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TÉCNICAS PROJETIVAS
Goiânia
2014
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
TÉCNICAS PROJETIVAS
Goiânia
2014
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 04
1.1. Principais métodos projetivos e suas características 06
1.2. Avaliação das técnicas projetivas 17
2. REFERENCIAL TEÓRICO 21
3. CONCLUSÃO 24
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 26
1. INTRODUÇÃO
A avaliação psicológica dos indivíduos constitui-se como processo de variados
procedimentos úteis e relevantes para investigações cientifica em Psicologias e áreas
afins. Em especial, os métodos projetivos de avaliação psicológica podem ser
considerados respeitáveis instrumentos de exame tanto da personalidade, quanto de
elementos facilitadores da compreensão de vivencias individuais, como dinâmica
familiar e relações interpessoais (Fensterseifer & Werlang, 2008).
As técnicas projetivas são derivadas da psicanálise, que, conforme menciona Soley
(2010), concebeu que os humanos possuem um processo mental consciente, bem
como inconsciente. O conceito de projeção, no qual se baseiam as técnicas projetivas,
foi introduzida na medicina por Sigmund Freud (Boddy, 2007; Abt & Bellak, 1959 apud
Soley, 2010). O termo técnicas projetivas secolocou nas pesquisas a partir do artigo
escrito por Frank, (1939), “Projective Methods for the Study of Personality”, que propôs
que as técnicas projetivas eram necessárias para permitir que os indivíduos
revelassem a forma como organizam suas experiências (Soley, 2010).
A técnica projetiva parte de um principio bastante simples: por meio de um estimulo o
individuo projeta seus aspectos subjetivos, atitudes, comportamentos, opiniões entre
outros, o que por alguma razão não faria espontaneamente. É uma forma não
estruturada e indireta de perguntar que incentiva os entrevistados a projetarem suas
motivações, crenças, atitudes ou sensações subjacentes sobre os problemas em
estudo.
O suprimento disponível de técnicas projetivas é grande e diversificado. As técnicas
projetivas apresentam uma curiosa discrepância entre a pesquisa e a pratica. Quando
avaliadas como instrumentos psicrométricos, a grande maioria não se sai muito bem.
Mas a sua popularidade no uso clínico continua inalterada (Bellak, 1992; Lubin, Larsen
& Matarazzo, 1984; Piotrowski, 1984; Piotrowski, Sherry & Keller, 1985; Piotrowski &
Zalewski, 1993; Watkins, 1991).
Um dos aspectos distinguidor importante das técnicas projetivas é encontrado em
suas tarefas relativamente não-estruturadas, isto é, tarefas que permitem uma
variedade quase ilimitada de respostas possíveis. Para permitir liberdade total à
fantasia do individuo, só são dadas instruções breves e gerais. Pela mesma razão, os
estímulos de testes normalmente são vagos ou ambíguos. A hipótese subjacente é a
maneira como oindividuo percebe e interpreta o material de teste ou “estrutura”, a
situação ira refletir aspectos fundamentais de seu funcionamento psicológico. Em
outras palavras, espera-se que os materiais de testes sirvam como uma espécie de
tela, na qual os respondentes “projetam” seus processos de pensamentos, suas
necessidades, suas ansiedades e seus conflitos característicos.
Tipicamente, os instrumentos projetivos também representam procedimentos de
testagem disfarçada, na medida em que os testandos raramente se dão conta do tipo
de interpretação psicológica que suas respostas terão. As técnicas projetivas também
se caracterizam por uma abordagem global à avaliação da personalidade, a atenção
centra-se em um quadro composto de toda a personalidade, e não na mensuração de
traços separados. Finalmente, as técnicas projetivas habitualmente são consideradas
por seus expoentes como especialmente efetivas para revelar aspectos da
personalidade encobertos, latentes ou inconscientes. Afirma-se que quanto menos
estruturado for o teste, mais sensível ele será a esse material encoberto.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Em sua obra "Psicodiagnóstico", Rorschach menciona, tangencialmente, alguns
conceitos psicanalíticos como inconsciente, regressão e fixação. Considera, porém,
claramente, nessa obra, que o seu teste não se propõe a investigar conteúdos
inconscientes do psiquismo, não constituindo um "método de penetração no
inconsciente" (Rorschach, 1921/1974, p.130). Afirma, ainda, que o seu
Psicodiagnóstico se afasta de outros métodos psicanalíticos como a interpretação dos
sonhos e as provasde associação livre. Para Rorschach, esse afastamento é
compreensível visto que a prova não suscita uma criação livre, tendo como ponto de
partida o inconsciente mas que, ao contrário, exige uma adaptação a determinados
estímulos externos, uma atuação da 'fonction du réel'". (p.130)
A ênfase, inicialmente atribuída por Rorschach aos elementos perceptivos do teste,
levou este autor a dar pouca importância à análise de conteúdo que poderia, talvez,
"revelar, uma vez ou outra, certas tendências do inconsciente" (p.130). Nesse
momento, destacar-se-ia, para Rorschach, o mecanismo de percepção na formação
das respostas; a projeção seria estimulada de forma apenas secundária.