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Resenha sobre “A ética protestante e o espirito do capitalismo – Max Weber”

O espírito do capitalismo
Para Weber, a ganancia nunca foi o capitalismo, diferentemente do que se é ensinado
onde o capitalismo seria o ganho exacerbado do capital, para ele devemos eliminar esse
pensamento. O capitalismo não é apenas a "ganancia". O capitalismo moderno tem que
ter temperança, o capitalismo quer lucro, mas com racionalidade,
com acúmulos orientados e com cálculo.

"O capitalismo, porém identifica se com a busca do lucro, do lucro sempre renovado por
meio da empresa permanente, capitalista e racional. Pois assim deve ser: numa ordem
completamente capitalista da sociedade, uma empresa individual que não tirasse
vantagem das oportunidades de obter lucros estaria condenada à extinção." (WEBER, p.
5)

Weber explora a individualidade histórica para explicar o espirito do capitalismo, ele cita
algumas passagens de Benjamin Franklin (1748) onde o mesmo fala sobre ganhos e a
própria ética:

“Lembre-se que o tempo é dinheiro. Para aquele que pode ganhar dez shillings por dia
pelo seu trabalho e vai passear ou fica ocioso metade do dia, apesar de não gastar mais
que seis pence em sua vadiagem ou diversão, não deve ser computada apenas essa
despesa; ele gastou, ou melhor, jogou fora. mais cinco shillings."

Essas passagens explicitam o espirito do capitalismo, onde quem produz deve produzir
cada vez mais, por sua vez que o tempo é dinheiro. Weber cita que o capitalismo existiu
em vários lugares, como na China, Babilônia ou na Idade Média, mas em que em nenhum
desses lugares houve a prosperidade que aconteceu na América do Norte ou na Europa
Ocidental, por sua vez que nos outros lugares, faltou o "ethos".
E o " summum bonum" como cita Weber, dessa ética, seria a forma como a forma de
ganhar dinheiro fosse acoplada com o fato de não gastar com prazeres de viver. A
aquisição econômica não se dá mais apenas para a satisfação material de bens, mas sim
como um dever estreitamente ligado com algumas ideias religiosas.
“Vês um homem diligente em seus afazeres? Ele estará acima dos reis”. (Provérbios
22; 29).
A ideia do indivíduo que seu dever em aumento com o capital, que tal dever constitui um
fim em si mesmo, vem além do que já estamos familiarizados atualmente. A obrigação
que o indivíduo sente de ter uma profissão e conseguir a felicidade através dela e não
somente o dinheiro (embora ele também) é uma característica da ética social.
Ele cita que o capitalismo não pode se utilizar do trabalho daqueles que praticam a
doutrina do livre arbítrio indiscriminadamente. Ele cita que a "auri sacra fames" não pode
representar o capitalismo moderno e volta a criticar o "capitalismo aventureiro" e de como
ele fez com que o tradicionalismo entrasse em colapso.

Com o colapso, o capitalismo moderno entra como uma solução, uma substituição
socioeconômica. Com a força da expansão do espirito do capitalismo. Não é a princípio
apenas uma de soma de capitais disponíveis, mas sim um desenvolvimento do próprio
espírito do capitalismo. Pessoas dominadas por ele geralmente possuem uma visão
negativa de religiões, pois ela defende a abnegação e condena a ganancia.

O processo de racionalização nas ciências e na economia fez com que o capitalismo


aparecesse dado ao fato de que esses processos acarretaram mudanças na vida social. O
trabalho para organizar socialmente os bens materiais da humanidade tem se apresentado
como o "espirito do capitalismo" como uma finalidade da sua vida.
O progresso do “espírito do capitalismo” pode ser julgado como parte do avanço do
racionalismo, dessa forma o processo do protestantismo pode ser considerado como o
formador de um “estágio historicamente anterior” ao andamento da filosofia racional.

O ascetismo e o espírito do capitalismo


Weber dando base a sua teoria entre o protestantismo e o espirito do capitalismo, ele
indaga o vínculo entre relações religiosas do protestantismo e o sistema cotidiano
econômico. Weber cita Richard Baxter, disseminador da palavra puritana, que expõe em
seus textos o tema da riqueza como uma tentação totalmente reprovável e que não tinha
nenhum valor no reino de deus. O ócio seria o abandono, estar em ócio seria perda de
tempo, ele não seria santo. O ócio que o acumulo de riquezas poderia provocar era
totalmente reprovável pois provoca uma parada na busca pela conduta moral. Na busca
pela "perfeição divina", o indivíduo deveria agir de acordo com a vontade de Deus,
tentando aumentar sua gloria pelo trabalho sem um ócio, trabalhar duro. A vontade de
trabalhar é uma graça, que remete a coisas boas.
O protestantismo crê na separação do trabalho como aperfeiçoamento do ser humano
em que foi dado a vocação por Deus. Lutero acreditava que a vontade divina se
manifestava na divisão das profissões, onde cada um exercia sua função que foi reservada
por Deus:

O que Deus requer não é o trabalho em si, mas um trabalho


racional na vocação. No conceito puritano de vocação, a ênfase
é sempre posta neste caráter metódico do ascetismo laico, e não;
como et utero, na aceitação do fado designado
irremediavelmente pó Deus. (p.76)

A ética protestante é racionalizada por sua organização natural, a especialização de sua


profissão não é condenada se ela for fazer com que o indivíduo se aproxime cada vez
mais da graça de Deus. Se ele puder obter mais lucros, o indivíduo deve fazê-lo, pois
quanto mais lucrar, significa que está fazendo sua função divina excelentemente. Se o
indivíduo se recusa a seguir essa conduta, significa que ele está recusando ser
administrado por Deus. Weber lista as normas presentes no antigo testamento e as
relaciona com uma "justeza formal" e as éticas judaicas. Existia uma certa distância entre
as éticas judaicas econômicas (modernas e medievais), que se encontravam no
capitalismo aventureiro, já a puritana se encontrava do lado do capitalismo moderno,
racional. Para os puritanos existia uma crença de que eles eram o povo eleito por Deus, e
que a forma de gratidão deles era a "disposição da vida cotidiana burguesa" que fortalecia
o carácter do capitalismo na época.
Weber esclarece que a concepção da vocação profissional estava totalmente ligada com
a conduta da vida do "crente", de uma vida ascética, e isso influenciava o capitalismo. O
ascese era contra o ócio, menos aos domingos onde podia-se praticar esportes (eram
aceitos apenas pois representava a restauração racional do corpo). Era combatido pelos
puritanos porque poderia desviar da finalidade de buscar uma vida ordeira, e a graça de
Deus. Teatro ou qualquer coisa cultural considerado "irracional" era tido como
improprio, e até contraditório a ética do puritanismo.
Weber desconstrói toda a fala do puritanismo para depois reconstruí-lo deixando claro
todas as vertentes que o mesmo gerava para fortificar a conduta, onde era voltada para o
ponto de vista econômico em relação a alguém que leve uma vida ascética. Um tipo de
ação do efeito da virtude na vida moral. O espirito do capitalismo se encontra na
racionalização que as apresenta.

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