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produção de marcas espaciais é realizada por atores diversos, que buscam produzir vínculos entre o espaço e suas identidades, restringindo a presença de outros grupos nesses espaços (Veschambre, 2008). No caso da paisagem do Recife, foi observado que a produção de diferentes marcas transformou os objetos geográficos já existentes pela adição de novos sentidos ou pelo apagamento de antigos olhares, vistos como retrógrados e necessários de esquecer. No presente texto, serão trabalhadas as marcas s
produção de marcas espaciais é realizada por atores diversos, que buscam produzir vínculos entre o espaço e suas identidades, restringindo a presença de outros grupos nesses espaços (Veschambre, 2008). No caso da paisagem do Recife, foi observado que a produção de diferentes marcas transformou os objetos geográficos já existentes pela adição de novos sentidos ou pelo apagamento de antigos olhares, vistos como retrógrados e necessários de esquecer. No presente texto, serão trabalhadas as marcas s
produção de marcas espaciais é realizada por atores diversos, que buscam produzir vínculos entre o espaço e suas identidades, restringindo a presença de outros grupos nesses espaços (Veschambre, 2008). No caso da paisagem do Recife, foi observado que a produção de diferentes marcas transformou os objetos geográficos já existentes pela adição de novos sentidos ou pelo apagamento de antigos olhares, vistos como retrógrados e necessários de esquecer. No presente texto, serão trabalhadas as marcas s
Para Sanguin, a paisagem política é formada pelas consequências diretas e indiretas
de processos políticos como as eleições, as leis, os governos nacionais, regionais
e municipais, a defesa nacional ou a gestão do território (p.24). A paisagem política é a impressão de uma ideologia sobre a paisagem. Temática que surge nos anos 1930, mas se desenvolve a partir dos anos 1960 com as análises das marcas geográficas produzidas por governos religiosos na paisagem. Roger Brunet (1974), ao relacionar a análise da paisagem e a semiologia faz referência ao tema. Enquanto Rimbert (1973) desenvolve a noção de paisagem legislativa. produção de marcas espaciais é realizada por atores diversos, que buscam produzir vínculos entre o espaço e suas identidades, restringindo a presença de outros grupos nesses espaços (Veschambre, 2008). No caso da paisagem do Recife, foi observado que a produção de diferentes marcas transformou os objetos geográficos já existentes pela adição de novos sentidos ou pelo apagamento de antigos olhares, vistos como retrógrados e necessários de esquecer. No presente texto, serão trabalhadas as marcas simbólicas realizadas por intelectuais e viajantes que deixaram relatos significativos sobre a área e que foram apropriados em trabalhos futuros sobre o centro do Recife, como, por exemplo, os de Gilberto Freyre ou de Vamirieh Chacon (1959). Diante disso, torna-se importante compreender como essa paisagem foi lida ao longo em diferentes momentos mantendo, porém, um fio condutor de interpretação, onde objetos culturais e naturais são destacados em narrativas oficiais, acadêmicas e poéticas. Assim, a presença material desses objetos influencia diretamente nas construções simbólicas existentes, estabelecendo um sistema simbólico com significativos reflexos materiais. Foram observados três momentos de construção de uma narrativa sobre a paisagem do Recife. O primeiro momento é caracterizado pela construção de um sentido histórico- geográfico, onde acadêmicos buscaram através da análise de documentos oficiais reconstruir uma paisagem até então desconhecida, mas que seria dominada aos poucos. Nesse momento o Recife assume um caráter de Vila/Cidade produzida pela conjunção de elementos naturais, como a Maré, os Rios com ações culturais, como as pontes, os aterros e as obras arquitetônicas. Um segundo momento é caracterizado pelos relatos de viajantes que chegavam ao Recife e observaram o período de modernização da cidade, onde um deleite pela dinamicidade do século XIX contrastava com a tristeza frente à pobreza, sujeira e escravidão. Por fim, um terceiro momento é aquele produzido já no século XX quando um grupo específico de intelectuais se (des)encantam com a modernidade e lutam pelo retorno de certas tradições. Apesar de estabelecerem marcas simbólicas distintas, essas narrativas se baseiam nos mesmos elementos: o Rio, as Pontes e a vegetação/mangue, constituindo aos poucos a metonímia geográfica da cidade. Destaca-se, porém, que não há aqui uma busca por apresentar todas as produções de marcas na paisagem do Recife ao longo da história. O objetivo é destacar como a produção de marcas por atores diversos contribuíram para a construção das metonímias geográficas da cidade.