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SMART ELECTRICITY IN THE SMART

CITY

DANIELLE LEIVA CAMPOS*

DANIELLI DA SILVA BATISTA**
ELVYS DE SOUZA GODOY***
FERNANDA BETONI DOS SANTOS****
PATRÍCIA DA SILVA SANTANA*****
PRISCILA REGINA RIBEIRO BUENO******
* Graduanda em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. E-mail:
dani.leivacampos@hotmail.com
** Graduanda em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. E-mail:
danny.s.batista@gmail.com
*** Graduando em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. E-mail:
elvysgodoy752@gmail.com
**** Graduanda em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. E-mail:
fernanda_betonisantos@hotmail.com
***** Graduanda em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. E-mail:
paatysantana13@gmail.com
****** Graduanda em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. E-mail:
prirrbueno@gmail.com

RESUMO
Este artigo tem como objetivo o proporcionar conhecimento sobre o tema geração de energia própria na smart home
e as questões ambientais e econômicas envolvidas. Para tal foi realizado uma pesquisa de caráter exploratório adotando
o método de pesquisa bibliográfica por intermédio de trabalhos acadêmicos, artigos científicos e revistas cientificas
sobre o assunto, podendo observar vantagens econômicas e dificuldades de implantação. Com isso foram elaborados
tópicos sobre casa inteligente, panorama atual da energia solar, termoconversão, coletor solar, instalação de coletores,
energia solar fotovoltaica, efeito fotovoltaico, características elétricas dos módulos, fotovoltaicos, evolução das
tecnologias de geração solar, sistemas isolados, sistemas interligados à rede e instalações solares no mundo. Desse
modo, observa-se que da atualidade, há uma constante necessidade de resultados rápidos e eficazes, consumindo cada
vez menos recursos naturais, a geração da própria energia elétrica e o máximo aproveitamento da luz solar são atitudes
que se tornam cada vez mais necessárias para uma vida de qualidade. Porém, uma grande dificuldade para implantação
de sistemas fotovoltaicos nas residências brasileiras diz respeito ao alto custo dos equipamentos e sua implantação.

Palavras chave: casa inteligente; energia solar; sistemas solares; termoconversão; energia fotovoltaica.

ABSTRACT
2

Este artigo tem como objetivo ou fornecer conhecimento sobre o tema geração de energia própria em casa inteligente
e questões ambientais e econômicas. Para tal foi realizada uma pesquisa de caráter exploratório adotado ou o método
de pesquisa bibliográfica por meio de trabalhos acadêmicos, artigos científicos e revistas científicas sobre o assunto,
usando as vantagens econômicas e as dificuldades de implantação. Com isso foram elaborados tópicos sobre casa
inteligente, panorama atual de energia solar, termoconversão, coletor solar, instalação de coletores, energia solar
fotovoltaica, efeito fotovoltaico, características elétricas dos módulos, fotovoltaicos, evolução das tecnologias solares,
sistemas instalados, sistemas interligados à rede e instalações solares no mundo. Esse modo, observa-se que a
atualidade, há uma constante necessidade de resultados rápidos e consumidos, consumindo cada vez menos recursos
naturais, uma geração da própria energia elétrica e o máximo aproveitamento da luz solar são atitudes que se tornam
cada vez mais necessárias para uma vida de qualidade. Contudo, uma grande dificuldade para implantação de sistemas
fotovoltaicos nas residências brasileiras diz respeito ao alto custo dos equipamentos e sua implantação.

Palavras-chave: casa inteligente; energia solar; sistemas solares; termoconversão; energia fotovoltaica.

1 INTRODUÇÃO e ambientais o aumento da demanda e consumo de

energia devido o progresso tecnológico e do avanço
Com o crescimento populacional, nota-se a no desenvolvimento humano (DAL PONT, 2013).
alta demanda de energia elétrica, fato que estimula a Uma boa resposta para começar a
busca de formas alternativas de geração de energia solucionar os problemas ambientais é adequar as
com o objetivo de suprir toda essa necessidade. necessidades básicas de vida ao conceito
Parker (2009) aponta que esse alto consumo pode ser sustentabilidade, por meio de ideias simples, práticas
notado na decrescente disponibilidade de e baratas, que podem além de criar modos de vida
combustíveis, bem como no aumento da simples e sustentáveis como também solucionar
preocupação com a sustentabilidade. Atualmente, a problemas políticos (BOZZ, 2012).
maior parte da energia consumida no mundo provém O tema energia é aprofundado
do petróleo, do carvão e do gás natural principalmente por estudiosos do cenário
(CONCEIÇÃO et al, 2005). internacional por conta da falta de recursos naturais
Segundo Kon e Santana(2016) a maior e das alterações climáticas, causadas pela queima de
parte da população mundial vive em cidades e a combustíveis fósseis. Dessa maneira, surgem novas
infraestrutura e os recursos existentes nelas muitas pesquisas sobre a elaboração de alternativas para
vezes não são suficientes para comportar o produção de energia com o objetivo de suprir o
crescimento e a concentração da população. Uma consumo interno dos países em busca da
forma de enfrentar esse problema é tornando as autossuficiência na geração de energia (PACHECO,
cidades mais inteligentes, otimizando o uso dos seus 2006).
recursos e infraestrutura de uma forma sustentável e As redes elétricas inteligentes (smart grid,
melhorando a qualidade de vida de sua população. no termo original em inglês) é um conceito amplo
Com o crescimento da população urbana, que envolve tecnologias de controle, de
problemas de infraestrutura e de acesso limitado a monitoramento, de armazenamento e de
recursos em diversas cidades ao redor mundo afetam comunicação cujo objetivo é fazer um melhor uso
negativamente a vida de bilhões de pessoas. Tornar dos recursos existentes. Os ganhos decorrentes da
as cidades mais inteligentes pode ajudar a melhorar adoção destas redes surgiram principalmente do uso
os serviços urbanos aumentando a qualidade de vida de um maior volume de informações sobre consumo,
de seus cidadãos (KON; SANTANA, 2016). transmissão, perdas, entre outras variáveis, que
Aponta-se como os fatores mais guiaram os agentes envolvidos em suas escolhas
importantes na aceleração das alterações climáticas
3
relacionadas ao uso e à geração de energia
(CABELLO,2012).
As principais definições de Cidades
Inteligentes encontradas na literatura consideram
desde as mudanças sociais esperadas, como o
empoderamento e a melhora na qualidade de vida da
população até o uso de tecnologias de informação e
comunicação (TIC) para a melhora na infraestrutura
e nos serviços da cidade e na otimização do uso dos
recursos da cidade (KON; SANTANA, 2016).
A criação de sistemas capazes de lidar com
toda a massa de informação criada é essencial, seja
através de sistemas complexo para análise dos dados
seja através de infraestrutura para interligar estes
sistemas. Níveis de maturidade tecnológica
serviriam como guia gradativo rumo à construção de
uma cidade inteligente, auxiliando na tomada de
decisão, gestão e planejamento estratégico das
cidades (GAMA; ALVARO; PEIXOTO, 2012).
Cidade inteligente (do inglês smart cities),
Inteligente aqui é sinônimo de uma cidade na qual
tudo é sensível ao ambiente e produz, consome e
distribui um grande número de informações em
tempo real (LEMOS, 2013).
As definições citam como objetivo de uma
cidade inteligente a melhoria da qualidade de vida do
cidadão, falam também da necessidade do uso de
tecnologia da informação para otimizar o uso da
infraestrutura da cidade, o gerenciamento dos
recursos e os serviços da cidade Algumas dessas
definições ainda adicionam a necessidade do
desenvolvimento sustentável da cidade, com a
melhoria no uso de recursos como água e energia
elétrica(KON; SANTANA, 2016).
A necessidade de uma cidade inteligente
facilitar também o crescimento econômico da cidade
possibilitando a inclusão e participação de toda a
população na sociedade também é considerado
importante, assim como, o monitoramento da
infraestrutura da cidade e do uso de recursos como
água e energia elétrica (KON; SANTANA, 2016).
As cidades inteligentes apresentarão
soluções mais eficientes e econômicas para os
problemas urbanos, que vão desde a mobilidade ao
uso de energia, emissões de CO2 e eficiência de uso
de recursos (BRANDÃO; JOIA, 2018). A principal
finalidade deste trabalho é a análise das alternativas
de fontes de energia elétrica para as cidades.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
A análise da tipologia foi de caráter
exploratório a fim de proporcionar um conhecimento
maior do assunto abordado. Além disso, a
metodologia do artigo visa a pesquisa sobre fontes
alternativas de energia elétrica para cidades
inteligentes.
Em relação aos procedimentos, foi adotada
a metodologia de pesquisa bibliográfica por
intermédio de trabalhos acadêmicos, artigos
científicos e pesquisa em revistas científicas sobre o
assunto de fontes alternativas de energia, com
enfoque nas aplicações das energias geradas pelas
alternativas de usinas variadas.
3 RESULTADOS
3.1 CIDADE INTELIGENTE
A população mundial deixou de ser rural e
atualmente, passou a ser urbana em sua maioria.
Dados recentes da Organização das Nações Unidas
(ONU) mostram que dos 7,2 bilhões de habitantes do
planeta, mais de 50% habitam centros urbanos,
sendo que projeções estimam um aumento para
aproximadamente 66% até o ano de 2050 (ONU,
2015). A ONU ainda destaca que em 1990 havia 10
megacidades no mundo, com aproximadamente 153
milhões de habitantes, sendo que em 2014 haviam 28
4
megacidades com aproximadamente 453 milhões de
pessoas.
A formação de centro urbanos gera diversos
pontos positivos e negativos. De pontos negativos,
temos a poluição atmosférica, devido a indústrias e
frotas de veículos, crescimento desorganizado das
cidades. Problema socioambiental, como os
extremos climáticos nos centros urbanos.
Atualmente, 84% da população brasileira vive em
cidades e enfrenta impactos significativos das
alterações climáticas (IBGE, 2007).
Há também impactos ambientais no
crescimento de cidades mal planejadas, afetando a
saúde, segurança e bem estar social, atividades
sociais e econômicas, entre outras coisas. Problemas
de planejamento e de logística.
Certos desafios como a logística de
transporte público, uma área urbana de boa
qualidade de vida a todos, se tornaram temos de
suma importância para a construção de cidades
inteligentes (smart societies).
As Smart societies tem como objetivo criar
soluções que promovam a cidadania, a integração
social e a sustentabilidade através do uso de novas
tecnologias. Com o avanço da tecnologia,
principalmente na última década, passando a ser
parte integrante do dia-a-dia das pessoas. Houve o
avanço em comunicação sem fio e comunicação
móvel, passando assim a ter mais tecnologias no
meio externo, fora das casas e das organizações.
Tornando a sociedade mais inteligente e conectada.
De modo geral, Cidades Inteligentes são
cidades em que o capital humano e social, aceleram
o crescimento econômico sustentável e alta
qualidade de vida com adequado gerenciamento dos
recursos naturais. De acordo com a Iniciativa Smart
Cities, do IEEE, uma cidade inteligente engloba
tecnologia, mobilidade inteligente, ambiente,
pessoas, e governo inteligente. Portanto sendo um
modelo de estratégia para o planejamento e gestão
inteligente de cidades.
Segundo MecFedries 2014b, os princípios
das tecnologias da informação e comunicação ao
serem aplicados aos vários processos que compõem
a infraestrutura urbana, transformará uma cidade em
cidade inteligente. Sendo assim a produção, gestão
difusão do conhecimento são essenciais, bem como
o gerenciamento das próprias cidades e dos dados a
ela relacionados.
Tendo como objetivo principal a busca
contemporânea por soluções aos problemas sociais,
econômicos e culturais que as cidades enfrentam.
Passando por um processo de renovação e recriação
das cidades, mas não somente da urbanização, mas
também, segundo Silveira 2003, uma transformação
no padrão tecnológico e produtivo que se fazem
acompanhar da emergência de novas formas
espaciais.
Assim, para evitar catástrofes como a
escassez de serviços e produtos, as cidades
inteligentes podem solucionar transformando
centros em um ambiente inteligente. Com novas
políticas urbanas. As cidades inteligentes possuem
projeto integrado às diversidades e peculiaridades do
ecossistema natural, necessitando que o governo
local tenha articulação com o governo federal, com
os funcionários públicos e com os cidadãos, com o
setor privado e instituições educacionais.
Como exemplos de Cidades Inteligentes,
temos Santander - Espanha, o projeto
SmartSantander , que possui aproximadamente 3000
dispositivos e 2000 etiquetas, que fornecem
informações ambientais, como temperatura, gás CO,
ruído e luminosidade, rastreamento de vagas de
trânsito, movimentação de veículos de transporte
público, tráfico e interação entre usuários.
Figura 1 - Representação Smart City
5
Fonte: SANCHES ET AL, 2014
Cidade de Pádua, Itália, o projeto Padova
Smart city, Candense et al. 2014, desenvolvido com
a colaboração da iniciativa pública e privada além da
universidade di Padova. Teve a implementação de
dispositivos nos postes de iluminação pública,
sensores de luz, CO, temperatura e umidade,
vibração de ruído.
Amsterdã, Holanda, um resultado da
parceria entre iniciativa privada, governo,
instituições de pesquisa e a população, fornecendo
dados em tempo real, para maior comodidade e
facilitando a vida de cada cidadão e tornando-a mais
segura.
Chicago, EUA, a mais avançada dentre as
citadas, aderiu a iniciativa de dados abertos através
de um portal que permite acesso a mais de 200
conjuntos de dados em área sustentável, eventos,
saúde, segurança, pública e transporte. Dando
transparência e informações relacionado
administração e finanças, educação, transporte,
ambiente, saúde, eventos e segurança pública.
São Paulo, Brasil, em 2014 a prefeitura de
São Paulo implantou o programa Wi-fi livre SP,
tornando o acesso livre aos cidadãos em locais
públicos. Além disso, o projeto abrange a troca das
lâmpadas por lâmpadas de LED com sensores e
atuadores, trazendo economia imediata e maior
segurança.
3.2 REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES
Há muitas definições para as chamadas
Redes Elétricas Inteligentes (REI) e, segundo
Garrido (2015) às REI’s podem ser definidas como
redes de transmissão e distribuição de eletricidade
que se move em dois sentidos, o sentido dos
consumidores para a distribuidora, assim como o
sentido das distribuidoras para os consumidores.
Não apenas transmitindo energia elétrica de forma
pura, as Redes Elétricas Inteligentes interligam essa
transmissão com a utilização de comunicações
através de banda larga, sensores e computadores
garantindo uma melhor eficiência, confiabilidade,
transparência e segurança no fornecimento de
energia.
É possível identificar na Figura abaixo
(figura 2) todas as fontes de energia que compõem a
rede trabalhando interligadas. As diversas fontes de
produção de energia como: eólica, placas
fotovoltaicas e usinas direcionam a sua produção
tanto para uma distribuidora quanto para as
residências, automóveis elétricos que por sua vez
também poderão produzir a sua própria energia e a
energia excedente retornar para a distribuidora
fazendo com que o sistema seja reabastecido, tudo
isso poderá ser controlado por sistemas inteligentes
de computadores e redes de comunicação sem fio.
Figura 2 - Representação de uma Smart Grid
a
6
Fonte: SIEMENS, 2015.
A Smart Grid é a integração entre várias
fontes de produção energética através de uma rede
de internet, no qual centrais de monitoramento terão
acesso em tempo real aos problemas que surgirem.
Assim, vindo a ocorrer um problema é possível
controlá-lo remotamente, apenas isolando o ponto
exato onde ocorreu o problema. Com essa
tecnologia, o sistema elétrico terá maior capacidade
para reagir a eventos inesperados, isolando os
elementos problemáticos, enquanto o resto do
sistema é restaurado para operar normalmente. Essas
ações de auto recuperação resultam na redução da
interrupção do serviço aos consumidores e auxiliam
as prestadoras de serviço a gerenciarem melhor suas
infraestruturas e seus usuários. (Júnior; Oliveira,
2012).
A eficiência gerada por uma rede
inteligente vai muito além do que temos hoje com a
distribuição tradicional, relatórios precisos de
consumo e horários de maior pico, as redes
inteligentes ajudariam a controlar melhor a Os
distribuição de energia. Assim, sendo possível
direcionar um maior fluxo de energia para regiões
mais com maiores demandas naquele instante de
tempo. Um outro fator econômico ligado a Smart
Grids é conseguir entender o cada consumidor está
utilizando de energia elétrica a cada instante e, com
isso, é possível descobrir quando existir algum
consumidor com ligação elétrica ilegal. Para que este
processo seja possível, a interação inteligente entre o
usuário, rede, distribuidoras e geradoras necessita da
substituição dos medidores eletromecânicos por
medidores elétricos inteligentes, dispositivos esses
que vão possibilitar a automação elétrica na
distribuição de energia e oferecer os recursos digitais
necessários para que se possa obter os resultados
esperados. (SIEMENS, 2015).
3.3 ESTUDOS SOBRE SMART GRIDS NO
BRASIL
O Brasil possui cerca de 200 projetos de
Smart Grid, com investimentos aproximados de
R$1,6 bilhão em pesquisas e desenvolvimento. Deste
total, 126 centros de pesquisa, desenvolvimento e
inovação no Brasil estão relacionados ao
fornecimento de energia, dados estes apresentados
pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
(MCTI, 2015).
Esses projetos estão divididas em 10
temáticas relacionadas às REI’S: (1) Automação da
distribuição, incluindo sistemas de supervisão das
redes de distribuição de energia elétrica; (2)
Tecnologias da Informação para Rede Elétrica
Inteligente, incluindo sistemas de BackOffice; (3)
Telecomunicações para Rede Elétrica Inteligente;
(4) Sistemas de medição inteligente de energia
elétrica, incluindo novos modelos e testes de novas
funcionalidades de medidores eletrônicos de energia
elétrica, entre outras seis temáticas, segundo (CGEE,
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos -2012).
projetos de pesquisa são
fundamentais para criar um novo pensamento em
relação a energia elétrica e estudar a forma mais
adequada de se resolver os problemas que
possivelmente irão surgir e que de fato irão surgir,
principalmente com a implantação dos projetos
7

pilotos, locais que estão servindo de base para a

introdução de Smart Grid no Brasil.
No momento, o Brasil possui alguns
projetos pilotos que estão em desenvolvimento e
visam implantar ações direcionadas a Smart Grid.
Estas soluções são financiadas diretamente por
instituições de energia em parceria com algumas
empresas e universidades. (Revista de
empreendedorismo Inovação e Tecnologia -
Creative, 2015).
Esses projetos têm por objetivo a
modernização e criação de novos serviços para as
redes elétricas das concessionárias. Nestes projetos
deverá ser promovido a criação de diretrizes para a
implantação das REI’s, desenvolvimento de
arquiteturas conceituais, comprovação prática de
interoperabilidade entre as tecnologias, e a
Fonte: Engerati, 2016.
elaboração de estratégias de manipulação e
informações que circulam nas Redes Elétricas
Inteligentes. 3.4 ARMAÇÃO DOS BÚZIOS
Através dessa análise, pode-se
concluir que existem diversos projetos sendo Famoso por suas praias, o município de

desenvolvidos no Brasil, com investimentos Armação dos Búzios (RJ) foi a primeira "cidade

superiores a 300 milhões de reais para que as Smart inteligente" da América Latina, e a quarta do mundo.

Grids sejam desenvolvidas e implementadas. Ainda, O balneário ficou inteligente porque a

espera-se que nos próximos anos mais investimentos concessionária de energia Ampla resolveu fazer dele

sejam disponibilizados para está área, visto que o seu laboratório do conceito Smart City, que já

poderá acarretar em redução de custos tanto para os existia, por exemplo, em Málaga (na Espanha,

clientes quanto para as diversas fases desde geração também pela Endesa, que controla a Ampla) e

até a distribuição energia elétrica. (IMED. 2015). Masdar, em Dubai.

Figura 3 - Comparação ontem e hoje - Smart

O projeto Cidade Inteligente Búzios
Electricity
atendeu mais de 10 mil clientes, residentes próximos
ao centro da cidade de Armação de Búzios, onde
também está localizado seu Centro de
Monitoramento e Pesquisa, que funciona ao mesmo
tempo como um laboratório e um centro de visitação
e exposição de serviços e dispositivos (FREITAS,
2014).
8
Figura 3 – Mapa de abrangência do projeto de
Búzios Cidade Inteligente
Fonte: FREITAS, 2018
As linhas coloridas indicam as três linhas de
média tensão (15 kV), somando 67 km de circuitos.
O projeto prevê também a instalação de 450
transformadores de média/baixa tensão novos.
Segundo a concessionária, o projeto beneficiará
10.363 clientes, sendo 13 industriais, 1.518
comerciais e serviços públicos e 8.832 residenciais.
No site da Enel, encontram-se as
principais iniciativas e benefícios gerados para a
cidade de Búzios:
* Cidadão como protagonista: modelo
de atuação específico para o ambiente escolar, com
quatro linhas de ação: Capacitação de professores;
Oficinas com alunos sobre uso da energia e sobre
identidade local; oficinas com pais e funcionários da
escola e Rodas de debates. Incentivamos também a
criação de uma rede de relacionamento para
multiplicar esse conceito com toda a população de
Búzios, promovendo cursos de capacitação, debates,
palestras e oficinas sobre sustentabilidade e inovação
que envolveram diversos segmentos da sociedade –
como a rede hoteleira, escolas, associação de
moradores e o comércio - mobilizando mais de
18.000 pessoas da região.
* Geração inteligente de energia: o banda larga: A automação da rede elétrica permite
modelo de geração de energia inovador permite que
o cliente produza sua própria energia a partir de
tecnologias de geração renováveis - como solar e
eólica – com a possibilidade de reinserir o excedente
gerado no sistema da distribuidora.
* Medidores Inteligentes: O medidor
eletrônico que possibilita a medição horária do
consumo, corte e religação remotos do fornecimento
e a medição bidirecional - necessária para a
implantação da Geração Distribuída pelo cliente.
Com o medidor eletrônico, é possível analisar o
consumo de forma precisa, permitindo que o cliente
acesse informações detalhadas do consumo de
energia, podendo programá-lo para o horário com
tarifa mais conveniente. O gerenciamento inteligente
do uso de energia pode gerar uma economia de cerca
de 30% na conta de luz.
* Iluminação pública: a iluminação das
cidades pode ser gerenciada de forma mais eficiente,
possibilitando regular os níveis de luminosidade em
função do horário e do fluxo de pessoas, adequando
a potência e evitando desperdício. A Lagoa da Usina
ganhou 60 lâmpadas LED comandadas
remotamente, capazes de diminuir em 60% o
consumo médio. Essa redução pode chegar a 80%,
com a alteração da potência de acordo com o horário.
Mais 90 pontos de luz como estes foram instalados.
* Veículos inteligentes: A utilização de
veículos elétricos torna o transporte de pessoas e
cargas mais limpo e eficiente, contribuindo para a
redução da poluição, do efeito estufa e do
aquecimento global. Búzios conta com uma frota de
veículos elétricos composta por quatro carros, trinta
bicicletas e o Aquatáxi Elétrico - embarcação
utilizada por escolas da região em passeios
educativos de estímulo à cultura sustentável.
*Telecomunicações, controle e internet
responder com rapidez a situações críticas,
9
minimizando o impacto das falhas elétricas,
reduzindo o tempo e a frequência das faltas de luz.
Além disso, proporciona maior segurança para as
informações e comunicação entre os dispositivos da
rede, permitindo também o fornecimento de acesso à
internet. Em Búzios, foram instalados pontos de
acesso gratuito de internet na Rua das Pedras,
beneficiando visitantes e moradores que transitam
pela movimentada rua comercial.
O Projeto, encerrado em novembro de
2016, contou com um investimento de R$ 40
milhões de reais. A Cidade Inteligente Búzios foi
considerada pela KPMG uma das 10 iniciativas mais
inovadoras do mundo em infraestrutura sustentável.
O estudo realizado pela empresa de auditoria avaliou
100 iniciativas por todo o mundo.
Figura 4. Smart Grid da Ampla
Fonte: FREITAS, 2018
Sobre a abrangência do projeto:
● 4 linhas de média tensão (15kV) com 67km
de circuitos;
● 450 transformadores de média/baixa
tensão;
● 10.000 clientes com medição de consumo
inteligente;
● 36MVA de Potência Total Instalada;
● 55GWh/ano de consumo.
Analisando os conceitos de Cidades
Inteligentes e o projeto realizado em Búzios,
percebe-se que a Cidade de Búzios é melhor
classificada como um laboratório e não como uma
cidade inteligente propriamente dita pois abrange
apenas uma vertente do conceito.
4. DISCUSSÕES
5 CONCLUSÃO
Portanto, o presente estudo teve como
objetivo abordar os conceitos de geração de energia
nas smart home. Como pode ser analisado no
presente artigo, uma residência smart é uma
residência automatizada, a fim de trazer um maior
conforto para seus habitantes, além de economia de
energia. Então os sistemas fotovoltaicos surgem
como uma excelente opção de inovação e economia
de energia.
Então é possível concluir que esse sistema
apesar de economizar bastante energia e gerar uma
energia “limpa”, ainda não é utilizado em grande
escala no Brasil, devido aos altos custos para sua
implantação, assim como as smarts homes, que
facilitam muito o dia-a-dia das pessoas, trazem
conforto e economia, mas que ainda possuem um
elevado custo. Dessa forma, se faz necessário
incentivos do governo para a redução de custos para
utilização dessa nova tecnologia.
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Inteligentes no Brasil: a necessidade de uma
avaliação adequada de custos e benefícios. 2012.
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10

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Regional Science (2007). “Smart cities Ranking of
European medium-sized cities”, final report.
Disponível em:
http://www.smartcities.eu/download/smart_cities_fi
nal_report.pdf Acesso em 30 de outubro de 2019.

ENEL, Cidade Inteligente Búzios, Disponível em:

<https://www.enel.com.br/pt/Sustentabilidade/inici
ativas/archive/Cidade_Inteligente_Buzios.html>,
Acesso em: 30 de outubro de 2019.

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