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CAPÍTULO 12

TOMADA DE DECISÃO COM MÚLTIPLOS


OBJETIVOS E HEURÍSTICA

VISÃO GERAL DO CAPÍTULO


12.1 Introdução
12.2 Programação da produção (trabalhos em seqüência)
12.3 Programação com recursos limitados (suavização da carga de trabalho)
12.4 Múltiplos objetivos
12.5 Processo da hierarquia analítica
12.6 Observações sobre implementação

Termos-chave
Exercícios de revisão
Problemas
Caso 1: Sleepmore Mattress Manufacturing: consolidação da planta fabril
Referências
CD12-2 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

A teoria na prática
Reconciliando vários objetivos concorrentes: questões sobre o gerenciamento de áreas florestais

Nas últimas duas décadas, vários fatores modificaram a prática as questões sociais e econômicas das comunidades dependentes da
do gerenciamento de áreas florestais no mundo todo. À medida floresta, eqüidade entre gerações diferentes, eficiência e imparcia-
que a população e a demanda por recursos aumentam, a produti- lidade. Na última década, pode-se perceber o envolvimento cres-
vidade de muitas florestas aproxima-se ou excede os níveis sus- cente de grupos ecologicamente conscientes, apoiados por um pú-
tentáveis de uso. As pessoas estão cada vez mais cientes da ne- blico cada vez mais preocupado com as questões ambientais. O re-
cessidade da preservação de ecossistemas florestais, para garan- conhecimento explícito dos múltiplos objetivos nos modelos de
tir um amplo espectro de recursos e para proteger as espécies planejamento de áreas florestais está se tornando cada vez mais
ameaçadas de extinção, o hábitat da vida selvagem, as belezas importante.
naturais e a biodiversidade. Como resultado, os gerentes de áreas Os dois modelos com múltiplos objetivos mais amplamente
florestais estão mudando a ênfase da produção de mercadorias e utilizados no gerenciamento de áreas florestais baseiam-se na pro-
serviços (o modelo agrícola) para a manutenção da saúde das flo- gramação por objetivos e na programação linear com múltiplos ob-
restas, biodiversidade e produtividade (o modelo de ecossiste- jetivos. Geralmente, esses modelos otimizam um conjunto especí-
ma). Com uma participação pública cada vez maior no gerencia- fico de decisões sobre o gerenciamento de áreas florestais levando
mento de todos os recursos florestais, não surpreende o fato de em consideração múltiplos objetivos.
que o processo decisório tenha se tornado mais aberto, político e Muitos problemas do gerenciamento de áreas florestais com
complexo. múltiplos objetivos são resolvidos em um ambiente controverso em
As florestas de domínio público têm múltiplas utilizações su- que são propostas restrições reguladoras em um esforço para alcan-
jeitas a muitas preocupações. A produtividade de algumas florestas çar níveis satisfatórios de recursos importantes como água, peixes e
está diretamente relacionada a valores econômicos: madeira, pas- fauna. Soluções conciliatórias estão sendo desenvolvidas em torno
tagem, recreação e água. Outras têm um valor menos mensurável: da mesa de negociação por meio de modelos computacionais com
belezas naturais, vida selvagem intocada, biodiversidade e preser- múltiplos objetivos que ajudam a delinear essas discussões. (Ver
vação de espécies em risco de extinção. Igualmente importante são Weintraub e Bare.)

12.1 Introdução know-how e a tecnologia existente. Nesse caso, poderia ser em-
pregado um algoritmo heurístico.
Às vezes, o modelo de um gerente pode ser tão complexo que
Um algoritmo heurístico é um algoritmo que fornece
o modelo matemático construído para apoiá-lo não pode ser re-
eficientemente boas soluções aproximadas a um dado mode-
solvido com os algoritmos tradicionais disponíveis para o ana-
lo. Freqüentemente (mas, de modo algum, sempre), ao em-
lista. Essa situação pode ocorrer porque
pregar esse algoritmo, uma pessoa pode ser capaz de medir
1. O modelo, “formulado corretamente”, pode ser muito precisamente a “excelência” da aproximação. Por exemplo,
grande, excessivamente não-linear ou logicamente muito no contexto da otimização, com alguns algoritmos heurísti-
complexo (exigindo, por exemplo, o uso de muitas variá- cos, uma pessoa pode afirmar: “Ao término você pode ter cer-
veis 0–1 na sua formulação). teza de estar dentro de _ % de condição ótima”. Ou, “sob cer-
tas suposições a resposta heurística será ótima em ___% do
2. Percebe-se que a imposição de suposições ou aproxima- tempo”. Um aspecto importante de um algoritmo heurístico é
ções simplificadoras, que podem tornar o modelo mais que ele nunca oferece uma solução “ruim”. É mais importan-
administrável, destruiria boa parte da importância de sua te ter sempre uma solução relativamente boa do que ter a me-
estrutura prática (isto é, afastaria o modelo demasiada- lhor solução algumas vezes e uma solução ruim de vez em
mente da realidade na qual seria útil). quando.
Eis um dilema real. O modelo disponível é muito complexo pa- O termo heurística também é freqüentemente encontrado.
ra resolver. Ao mesmo tempo, não estamos dispostos a simpli- A heurística é uma regra geral intuitiva e atrativa para lidar
ficar e aperfeiçoá-lo de qualquer maneira. O que uma pessoa com alguns aspectos de um modelo. Uma coleção heurística,
faz nessa situação aparentemente sem solução? ou algoritmos heurísticos, é referida como um programa heu-
O campo da programação heurística foi desenvolvido para rístico. Alguns códigos de computador para resolver progra-
lidar, dentre outras, com este tipo de situação. Na discussão mas lineares (como o Solver do Excel), por exemplo, empre-
precedente, quando empregamos a frase “o modelo é muito gam a heurística na fase inicial do método Simplex para tentar
complexo para resolver”, estávamos utilizando a palavra resol- rapidamente encontrar um ponto inicial. A heurística é empre-
ver no sentido estritamente matemático. Tínhamos em mente gada para obter um ponto de partida rápido com o algoritmo de
que o modelo matemático era tão complicado que, mesmo que transporte e assim por diante.
existisse uma solução precisa (por exemplo, uma solução óti- Como podemos deduzir das definições anteriores, você
ma em um modelo de otimização), ela seria muito difícil, mui- sem dúvida utiliza freqüentemente a heurística na resolução de
to demorada, talvez até mesmo impossível de descobrir com o problemas cotidianos. Você vai ao banco e, para minimizar seu
Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-3

tempo de espera, fica na fila mais curta. Embora isso não ofe- programação de objetivos poderia ser pensada como uma abor-
reça nenhuma garantia de ser ótimo, é uma regra geral que fre- dagem heurística para lidar com múltiplos objetivos.
qüentemente funciona muito bem. Ao passar pela alfândega, Em seguida, examinaremos uma nova área importante cha-
talvez você prefira um policial sorridente, embora isso certa- mada processo de hierarquia analítica (analytic hierarchy pro-
mente não garanta que ele seja mais tolerante que os outros. A cess – AHP), que é uma ferramenta para ajudar os gerentes a
lista prossegue. escolher entre várias alternativas decisórias diferentes quando
No contexto da programação matemática, a heurística é há múltiplos critérios utilizados para avaliar as alternativas. Po-
freqüentemente empregada em conjunção com, ou como um demos lembrar de vários exemplos que se encaixam nessa área
caso especial de, estratégias mais gerais ou mais precisas na de modelagem geral; por exemplo, escolher um novo computa-
solução de problemas. O ponto importante a lembrar é o fato dor ou um pacote de software, selecionar uma universidade, ou
de que um procedimento ou algoritmo heurístico é intuitiva- aceitar uma oferta de trabalho. O AHP traz boa disciplina a es-
mente atraente, mas somente pode garantir os resultados, se sa metodologia de decisão.
houver algum, de uma maneira estatística ou dentro de certas
margens de erros. Ele é empregado principalmente para efi-
12.2 Programação da produção (trabalhos
ciência – a saber, produzir rapidamente bons, se não ótimos,
em seqüência)
resultados.
Tempo de preparação dependente da seqüência
Em termos gerais, do ponto de vista de um gerente, um procedi-
mento heurístico certamente pode ser o mais aceitável e possivel- Considere uma única instalação de produção por meio da qual
mente (em termos de custos) preferível a um algoritmo “mais exa- vários trabalhos devem ser processados – por exemplo, um
to” que produza uma solução ótima. As considerações predomi- computador, uma furadeira ou uma máquina de sorvetes. Em
nantes devem ser o volume de discernimento e de orientação que geral, essa instalação precisa parar depois de processar um dos
o modelo pode fornecer e o benefício líquido global conforme me-
trabalhos a fim de estar pronta para o trabalho seguinte. Esse
dido pela diferença “economia obtida através do modelo menos o
custo da produção do modelo e sua solução”. “tempo de inatividade” (downtime) é chamado de tempo de
preparação (setup time), ou tempo de troca de ferramentas
(changeover time). A duração do tempo de preparação pode
Na primeira parte deste capítulo, discutimos vários exem- depender do próximo trabalho a ser processado e do trabalho
plos de algoritmos heurísticos como aplicados aos grandes mo- recém-concluído. Uma seqüência de trabalhos semelhantes
delos de otimização combinatória. O termo otimização com- (produzir sorvete de baunilha à francesa depois de sorvete de
binatória significa que há somente um número finito de alter- baunilha à americana) seria interrompida por menos tempo de
nativas praticáveis e, se todas elas fossem enumeradas, o mo- preparação (limpeza da máquina) que uma seqüência de traba-
delo ótimo poderia ser encontrado. O problema é que, na práti- lhos sem similaridade (baunilha à francesa depois de chocola-
ca, esse número finito freqüentemente significa milhões ou te holandês). Um problema administrativo típico seria criar
mesmo bilhões de possibilidades e, conseqüentemente, mesmo uma seqüência de trabalhos de tal maneira que minimize o
em computadores com alta velocidade uma enumeração com- tempo total de preparação. Esse é um problema típico para
pleta está fora de cogitação. Embora esses modelos possam ser uma empresa como a Monsanto Chemical, que produz subs-
freqüentemente formulados como programas de números intei- tâncias químicas em tonéis ou os transporta por meio de cami-
ros com variáveis 0–1, eles freqüentemente são tão grandes que nhões-tanque. Faz diferença a ordem em que os produtos quí-
mesmo a formulação IP é proibitivamente cara para alcançar o micos são produzidos ou transportados, como no custo de
ótimo com a abordagem usual de enumeração parcial ou de substituição do equipamento.
partição e avaliação sucessivas (branch-and-bound). Você pode ver facilmente que, do ponto de vista combina-
Seguindo os exemplos descritos na primeira parte deste ca- tório, isso pode gerar um modelo muito grande. Se houver so-
pítulo, examinaremos os modelos nos quais o objetivo é alcan- mente três trabalhos a serem processados, digamos os traba-
çar níveis aceitáveis de certos “objetivos”. Por exemplo, consi- lhos A, B e C, qualquer um dos três poderia ser selecionado
dere um modelo com objetivos múltiplos, mas contraditórios. em primeiro lugar, com um dos dois remanescentes em segun-
O presidente de uma empresa quer lucros altos, mas também do lugar e o terceiro determinado (isto é, o único trabalho res-
quer manter os preços baixos a fim de evitar a perda de clien- tante). As possíveis seqüências podem ser exibidas como uma
tes. Um executivo com um orçamento fixo quer investir em árvore com cada ramificação representando uma seqüência.
P&D (pesquisa e desenvolvimento) para fornecer benefícios de As seis possibilidades são mostradas na Figura 12.1. Em
longo prazo à empresa, mas também quer comprar matérias- geral, com n trabalhos, há n! = n(n – 1) (n – 2)… 1 possíveis
primas para produzir um produto que gere lucros no curto pra- combinações ou seqüências (n! é o termo matemático n fato-
zo. Esses exemplos de objetivos múltiplos e contraditórios são rial). Apenas 10 trabalhos produzem 10! = 3.628.800 seqüên-
típicos nas aplicações de negócios. A programação de objeti- cias diferentes. Você pode ver que esse número de possíveis
vos lida com esses modelos. O tópico está intimamente relacio- seqüências (n!) aumenta rapidamente de acordo com o tama-
nado à programação heurística, pois, de certa forma, a própria nho de n.
CD12-4 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

A B C Tabela 12.1 Resultados da enumeração completa


Tempo de
B C A C A B
Seqüência preparação Total (min)

C B C A B A 0 →A → B → C 27 + 35 + 46 108
0 →A → C → B 27 + 22 + 12 61
Figura 12.1 Árvore mostrando seis seqüências possíveis dos três
0 → B → C →A 21 + 46 + 46 113
trabalhos A, B, C.
0 → B →A → C 21 + 49 + 22 92
0 → C →A → B 32 + 46 + 35 113
Obviamente, uma maneira de pensar sobre como resolver 0 → C → B →A 32 + 12 + 49 93
o problema da minimização anterior é por meio da enumera-
ção completa. Isto é, gerar cada uma das n! possíveis seqüên-
cias de trabalhos e calcular o tempo total de preparação neces-
Uma heurística gananciosa Agora vamos ver como uma re-
sário para cada seqüência. Em seguida, selecionar a seqüência
gra heurística poderia ser aplicada a esse modelo. A regra que
associada ao menor tempo total. Embora esse algoritmo forne-
ilustraremos é chamada de próxima melhor regra, às vezes
ça um verdadeiro ótimo, ele não é prático nem mesmo para
chamada de algoritmo ganancioso (greedy algorithm). A re-
valores modestos de n devido ao grande número de seqüências
gra é a seguinte:
que teria de ser enumerado. Se houvesse 20 trabalhos e um
computador (como o Deep Blue da IBM) pudesse calcular 1. No passo 1 (por exemplo, ao selecionar o primeiro traba-
6.500.000.000 combinações a cada segundo (6500 MIPS na lho), realize a tarefa com menor tempo inicial de prepa-
linguagem de computação), seriam necessários mais de 11 ração.
anos para determinar a resposta ótima listando todas as com-
binações possíveis. 2. Em cada passo subseqüente, selecione a tarefa com me-
nor tempo de preparação, baseado no estado atual.
Soluções heurísticas Vamos agora aplicar essa regra aos dados na Figura 12.2. A ta-
As regras da heurística, embora não garantam uma solução refa com o menor tempo inicial de preparação é B. Portanto, o
ótima, são freqüentemente aplicadas a esse modelo, pelo fato primeiro passo é 0 → B. De acordo com o algoritmo ganancio-
de elas levarem rapidamente a uma solução satisfatória. so, dado o fato de que acabamos de completar B, a tarefa a ser
selecionada é C, uma vez que a configuração para B → C é me-
Como exemplo, considere um operador de máquina que
nor que para B → A. Portanto, temos 0 → B → C e podemos
tem três trabalhos em lote relativamente grandes a serem exe-
então terminar somente com A. Assim, obtemos
cutados na tarde de uma segunda-feira. A máquina está atual-
mente desocupada. Para cada um desses trabalhos, há um heurística gananciosa: 0 → B → C → A
tempo de preparação (limpar o último trabalho da máquina, tempo total de preparação = 21 + 46 + 46 = 113
configurar os componentes individuais e outros equipamentos
auxiliares para o novo trabalho, etc.) como especificado na Fi- Observe que isso está longe do ótimo. Na verdade, nesse
gura 12.2. Uma vez que há somente 3! = 3 × 2 = 6 possíveis exemplo, a heurística gananciosa, mesmo que intuitivamente
seqüências, todos eles podem ser enumerados. Os resultados atraente, fornece a pior diretiva possível para o nosso mode-
são mostrados na Tabela 12.1. Como você pode ver, a seqüên- lo. Embora seja verdade que, em geral, para modelos decisó-
cia ótima (tempo mínimo total de preparação) é 0 → A → C rios seqüenciais, o algoritmo ganancioso não leve a uma so-
→ B. lução ótima, há de fato alguns modelos especiais com os
quais isso ocorre. (Veja, por exemplo, o problema de encon-
trar uma árvore de distribuição mínima no Capítulo 5.) Entre-
Para o tanto, a regra é extremamente fácil de ser aplicada e estudos
Do traba-
lho sobre esse tipo de modelo mostraram que, estatisticamente,
traba A B C
lho para o tipo de modelo de seqüenciamento anterior, a regra
0 27 21 32 não é ruim. Por exemplo, um dos artigos [ver Gavett] mostrou
que a heurística freqüentemente produzirá melhores resulta-
A 35 22
dos do que poderiam ser obtidos por uma seleção puramente
B 49 46 aleatória de tarefas.
C 46 12 Uma heurística mais apropriada O mesmo artigo mostra
que a seguinte heurística modificada fornece melhores resul-
Figura 12.2 Tempo de preparação em minutos. tados:
Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-5

1. Transformar os dados originais na Figura 12.2 subtrain- estará sujeito à restrição de que algumas atividades não podem
do o tempo mínimo de preparação em cada coluna de to- iniciar até que outras tenham sido concluídas. Os recursos (di-
das as outras entradas nessa coluna. Esse processo pro- nheiro, mão-de-obra, maquinaria e assim por diante) necessá-
duz os dados na Figura 12.3. rios para completar as atividades individuais são freqüente-
2. Aplicar o algoritmo ganancioso a esse conjunto de dados mente considerados disponíveis em quaisquer quantidades re-
transformados. Fazendo isso, obtemos queridas por qualquer agenda particular. Na realidade, porém,
esses recursos talvez sejam limitados, caso em que a disponibi-
Melhor primeiro passo 0→A lidade de recursos torna-se outra restrição.
Melhor segundo passo A→C
Terceiro passo C→B Um exemplo simples
e, portanto, a heurística modificada produz a seqüência 0 Como exemplo simples, considere o modelo de programa-
→ A → C → B, que já se mostrou ser ótima para esse ção mostrado na Figura 12.4 e na Tabela 12.2. A Figura 12.4
modelo. mostra relacionamentos de precedência entre as várias ati-
Mesmo que essa heurística modificada nem sempre forneça a vidades. Isto é, mostra quais atividades devem ser concluí-
solução ótima, ela é fácil de implementar e, na prática, para gran- das antes que outras possam começar. Por exemplo, a ativi-
des modelos, ela freqüentemente produz resultados muito bons. dade VIII não pode começar até que a VII seja concluída e a
VII não pode começar até que a I seja concluída. A Tabela
12.2 mostra a duração de cada atividade (em semanas) e os
A B C
recursos requeridos (número de pessoas) para completar ca-
da atividade.
0 0 9 10 Ignorando, por enquanto, o “número necessário de pes-
soas”, esse problema é simples e, portanto, o tempo de conclu-
A 23 0
são possível no início pode ser facilmente calculado. É de nove
B 22 24 semanas.* A Figura 12.5 mostra uma agenda de atividades pro-
postas que alcançará esse tempo global de conclusão. Portanto,
C 19 0
a Figura 12.5 respeita os relacionamentos de precedência da
Figura 12.4 e, ao mesmo tempo, mostra quando cada atividade
Figura 12.3 Dados transformados.
deve iniciar e quanto tempo (em semanas) levará. Nessa agen-
da proposta, cada atividade inicia logo que possível. Você pode
ver que I, II e III iniciam imediatamente (no começo da sema-
12.3 Programação com recursos limitados na 1). As atividades IV, V, VII e IX iniciam no começo da se-
(suavização da carga de trabalho) mana 4. A atividade VI inicia no começo da semana 6 e a ativi-
Imagine uma seqüência de atividades a ser programada para dade VIII, no começo da semana 5.
concluir um projeto. Modelos básicos como PERT e CPM, dis-
cutidos no Capítulo 14, agendarão as atividades de tal maneira * Se já estudou o PERT, você pode ver que as atividades I, V e VI formam o
que a minimização do tempo total de conclusão de um projeto caminho crítico (consulte a Seção 14.3).

II
IV
2
1 V VI
2 4
I
Início Término
3 VII
VIII
1
2
IX
III
2
1

Figura 12.4 Relacionamentos de precedência.


CD12-6 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

Tabela 12.2 Requisitos para cada atividade


IV
Tempo necessário
para conclusão Número de pessoas I V VI
VII
Atividade (semanas) para conclusão VIII
II
I 3 6
III IX
II 2 3
III 1 3
IV 1 3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 Semanas
V 2 6
VI 4 5 Figura 12.5 Agenda de atividades proposta.
VII 1 3
VIII 2 4
IX 2 3
ciar no começo da semana 6 e o projeto não poderia ser con-
cluído até o final da nona semana. Portanto, a atividade V não
tem nenhuma folga. Ao contrário, a conclusão da atividade
VIII poderia ser adiada em três semanas sem adiar a conclu-
Agora, considere o número de pessoas por semana necessárias
são do projeto. A atividade VIII tem, assim, uma folga de três
para implementar a programação proposta. Os dados sobre o
semanas.
quadro de funcionários na Tabela 12.2 podem ser combinados
com a programação da Figura 12.5 para produzir o gráfico de Agora, utilizando esse conceito, é fornecida a seguinte
carga de trabalho do pessoal mostrado na Figura 12.6. Como heurística para ajudar a “reduzir os picos” e “elevar os vales” a
você pode ver, a programação proposta faz uma utilização irre- fim de fornecer uma carga de trabalho mais suave ao longo do
gular do pessoal, com os requisitos flutuando entre os extremos tempo:
de 15 pessoas na semana 4 e apenas 5 nas semanas 7, 8 e 9. Po- 1. Determine os recursos máximos requeridos na agenda
de ser vantajoso à gerência ter uma programação que empregue proposta, digamos m trabalhadores/semana.
recursos de maneira mais suave. Programas heurísticos são fre-
qüentemente aplicados para alcançar esse objetivo. 2. Em cada semana, imponha um novo limite superior de
m – 1 para utilização do recurso (lembre-se de que esta-
Heurística para suavizar a carga de trabalho mos tentando reduzir os picos um passo por vez) e, se
possível, revise a agenda proposta para satisfazer essa
A fim de discutir um desses tipos de heurística, vamos definir, restrição. A revisão é sistematicamente realizada como a
para cada atividade, sua folga (slack). seguir:
a. Começando com a primeira semana que viola a restri-
A folga é o período máximo de tempo que uma atividade pode ser ção, considere as atividades que contribuem para a
adiada sem adiar a conclusão do projeto global.
sobrecarga e mova para frente aquela com a maior
folga o menor tempo possível até que ela não contri-
Observe na Figura 12.5 que, se o tempo de conclusão da ati- bua com nenhum sobrecarregamento, mas sem adiar
vidade V fosse adiado, a atividade VI não poderia então ini- a conclusão de todo o projeto (o que significa que as

Número total
de pessoas
agendadas
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1

1 2 3 4 5 6 7 8 9 Semanas

Figura 12.6 Gráfico da carga de trabalho do pessoal para a agenda proposta.


Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-7

atividades com folga zero não podem ser movidas).


Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Se houver laços, prossiga para a atividade que menos
contribui com a sobrecarga (isto é, requer menos pes-
soas).
6 6 5
b. A heurística termina quando a sobrecarga atual não
3 I V VI
pode ser diminuída.
II
Para aplicar essa heurística, vamos retratar o plano proposto 3

como na Figura 12.7. Nessa figura, o rótulo da atividade (por III 3


exemplo, I, II, etc.) aparece abaixo de cada seta. Acima de ca- IV
3 4
da seta há o número de pessoas requerido a cada semana. Por
VII VIII
exemplo, o 6 acima da atividade I implica que seis pessoas 3
são necessárias para cada uma das três semanas necessárias IX
para completar a atividade I. Portanto, você pode examinar as Número total
de pessoal 12 9 6 12 13 12 5 5 5
colunas apropriadas para obter a utilização total de pessoal
em uma dada semana. Por exemplo, uma vez que a semana 2 Novo limite 12 12 12 12 12 12 12 12 12
é interseccionada pelas atividades I e II, a entrada na linha to-
tal de Pessoal, sob a coluna da semana 2, é 9. De maneira se- Figura 12.8 Segunda proposta.
melhante, a distância entre a ponta de cada seta descontínua
no final de uma série de trabalhos até o final da semana 9 in-
dica a folga para essa seta. Portanto, a atividade IV tem cinco Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9
semanas de folga, enquanto a atividade VIII tem três semanas
de folga e assim por diante. Para a atividade VII, que é uma
seta contínua, calculamos a folga fazendo uma observação de
6 6 5
que a VII é seguida somente pela VIII. Uma vez que a folga
3 I V VI
na VIII é três semanas, a folga na atividade VII também deve
II
ser três semanas. Observe também que as atividades I, V e VI 3
têm folga zero, uma vez que elas não podem prosseguir sem III 3
aumentar o tempo total de conclusão de nove semanas. Ao
IV
aplicar a heurística anterior, avançamos somente para as ati- 3 4
vidades com folga positiva e, conseqüentemente, as ativida- VII VIII
3
des I, V e VI não são consideradas.
IX
Número total
de pessoal 12 9 6 9 10 12 8 8 5

Novo limite 11 11 11 11 11 11 11 11 11

Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Figura 12.9 Terceira proposta.

6 6 5 Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9

3 I V VI

II
3
6 6 5
III I V VI
3 3
IV II
3 4 3
VII 3 VIII III 3 3

IX IV
3 4
Número total
de pessoal 12 9 6 15 13 9 5 5 5 VII VIII
3
Novo limite 14 14 14 14 14 14 14 14 14
IX
Número total
Figura 12.7 Primeira proposta. de pessoal 9 9 9 9 10 9 11 8 5

Novo limite 10 10 10 10 10 10 10 10 10

Figura 12.10 Quarta proposta.


CD12-8 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

Aplicando a heurística Dadas essas observações, agora nas 7 e 8, ou 8 e 9, para 12. O passo 2b da heurística é, portan-
podemos empregar a heurística. Para a primeira proposta to, satisfeito e por isso essa agenda é a solução heurística. Es-
(veja a Figura 12.7), o recurso máximo requerido é 15 no pe- sa programação final suavizou consideravelmente a utilização
ríodo 4. de pessoal em relação àquela mostrada na Figura 12.6, pelo
Portanto, de acordo com o passo 2, impomos um novo li- fato de que a utilização máxima agora é 10 (na semana 5) e a
mite superior de 14 em cada semana. Esse limite é violado so- mínima é 8.
mente na semana 4. As atividades “móveis” que contribuem Para esse modelo, uma pessoa poderia definir uma solução
com a sobrecarga são IV, VII e IX (uma vez que a V não preci- ótima como uma agenda que minimiza a utilização máxima de
sa ser considerada). Dessas, aquela com a maior folga é a IV. pessoal. Uma programação ótima, de acordo com esse critério
Mover IV para frente um período reduz a utilização na semana minimax, é mostrada na Figura 12.12. Para essa programação,
4 em três unidades para 12 pessoas, mas cria uma utilização de a utilização máxima é 9. Embora o algoritmo heurístico não te-
três unidades adicionais na semana 5, resultando em um total nha levado ao ótimo (no sentido desse minimax – e deve ser
de 16 na semana 5, o que sobrecarrega a semana 5 (isto é, vio- admitido que a agenda na Figura 12.12 é mais suave que aque-
la o limite superior imposto de 14). Conseqüentemente, ela de- la na Figura 12.11), nossa abordagem heurística foi muito boa.
ve ser movida para frente mais ainda. Você pode ver que, avan- Em grandes modelos (isto é, com muitas atividades), não seria
çando a atividade IV em um total de duas semanas (na semana possível gerar facilmente a agenda minimax ótima. É por essa
6 como ilustrado na Figura 12.7), nenhum limite superior será razão que uma heurística é freqüentemente empregada para
violado. Isso resulta na segunda proposta, como mostrado na suavizar os requisitos.
Figura 12.8. Esta seção e a anterior ofereceram apenas uma introdução
Nessa figura, o limite superior de 13 deve ser reduzido a muito breve ao importante tópico dos algoritmos heurísticos.
12. A única sobrecarga é causada pelas atividades VIII e IX na Um outro exemplo, atribuir instalações a diferentes locais
semana 5. A atividade IX tem a maior folga e deve avançar três dentro de uma empresa ou prédio (às vezes chamado de mode-
semanas para começar na semana 7, como mostrado. Isso re- lo de “leiaute”), é discutido nos problemas 12-2, 12-3 e 12-4
sulta na terceira proposta apresentada na Figura 12.9. Aqui, o no final deste capítulo.
limite superior de 12 deve ser reduzido para 11. Há violações
nas semanas 1 e 6. De acordo com o algoritmo, primeiro move- 12.4 Múltiplos objetivos
mos III para frente duas semanas e então IV, uma semana. Con-
tinuando com a heurística, obtemos a quarta e a quinta propos- Em muitas aplicações, o planejador tem mais de um objetivo.
tas mostradas nas Figuras 12.10 e 12.11. Todos esses objetivos diferentes podem ter igual importância
ou, no mínimo, pode ser difícil ao planejador comparar a im-
Término da heurística O algoritmo é incapaz de melhorar portância de um objetivo com a de um outro. A presença de
além da quinta proposta. Para verificar isso, observe que a so- múltiplos objetivos é freqüentemente referida como o proble-
brecarga na semana 5 pode ser reduzida somente avançando- ma de “combinar alhos com bugalhos”. Considere, por exem-
se a atividade VIII. Contudo, avançar VIII em uma, duas ou plo, o planejador corporativo cujos objetivos em longo prazo
três semanas aumentaria o número total de pessoal nas sema- são: (1) maximizar o lucro líquido, (2) maximizar a fatia de
mercado no final do período de planejamento e (3) maximizar
o capital físico existente no final do período de planejamento.

Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9

6 6 5

3 I V VI
6 6 5
II I V VI
3 3
III 3 II
3
IV III 3
3 4
VII VIII IV
3 4
3
VII VIII
IX 3
Número total
de pessoal 9 9 9 9 10 9 8 8 8 IX
Número total
Novo limite de pessoal 9 9 9 9 9 9 9 8 8

Figura 12.11 Quinta proposta. Figura 12.12 Agenda minimax ótima.


Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-9

Esses objetivos não são proporcionais, o que significa que eles Foram desenvolvidas várias abordagens para os modelos
não podem ser combinados ou comparados diretamente. Tam- com múltiplos objetivos (também chamados de tomada de de-
bém está claro que os objetivos são conflitantes. Isto é, há cisão com múltiplos critérios). São os seguintes: utilização da
compensações no sentido de que sacrificar os requisitos em teoria utilitária de múltiplos atributos, pesquisa de soluções
qualquer um dos objetivos tenderá a produzir melhores retor- ótimas de Pareto através de programação linear com múlti-
nos nos outros. Por exemplo, gastar menos dólares em marke- plos critérios, processo de hierarquia analítica (analytic hie-
ting pode reduzir a fatia de mercado e assim evitar que a em- rarchy process – AHP) e a programação de objetivos. Nossa
presa alcance seu segundo objetivo. Entretanto, esses dólares discussão está limitada às duas últimas abordagens: AHP e
podem ser gastos em nova maquinaria em um esforço de au- programação de objetivos. O AHP foi desenvolvido por Tho-
mentar o capital físico e satisfazer o terceiro objetivo. mas Saaty [ver Saaty] e é uma abordagem relativamente nova
O tratamento de múltiplos objetivos é uma área nova, mas para ajudar os gestores a escolher entre muitas alternativas de
importante na administração. Até agora, os métodos analíticos decisão com base em múltiplos critérios. A programação de
para tratar modelos com múltiplos objetivos não foram aplica- objetivos (goal programming – GP) foi um conceito introdu-
dos com tanta freqüência na prática como alguns outros mode- zido por A. Charnes e W.W. Cooper [ver Charnes e Coopper]
los como programação linear, previsão, controle de inventário que, de alguma maneira, pode ser pensado como uma aborda-
e simulação Monte Carlo. Entretanto, os conceitos envolvidos gem heurística para o modelo com múltiplos objetivos. A GP
são importantes e alguns líderes na comunidade da ciência de é uma abordagem poderosa baseada no desenvolvimento da
gerenciamento percebem que esses conceitos vão se tornar programação linear apresentado nos Capítulos 3 e 4. As duas
mais importantes no futuro próximo. Descobriu-se que esses áreas agora passam por um interesse e desenvolvimento con-
modelos são especialmente úteis para resolução de problemas siderável e são tópicos potencialmente importantes aos futu-
no setor público. ros gerentes.

A teoria na prática
Planejamento das instalações na University of Missouri

No ambiente acadêmico, o impulso à excelência do ensino, à pes- o laboratório, aumentar a consciência do ramo industrial quanto
quisa e ao serviço de extensão apresenta desafios peculiares ao pla- aos conceitos do CIM, etc.) e o processo de hierarquia analítica
nejador de instalações que deve tentar alocar recursos limitados pa- (AHP) foi utilizado para determinar as prioridades dos objetivos.
ra alcançar uma compensação otimizada entre os objetivos fre- Foi formulado um questionário para que a equipe extraísse as prio-
qüentemente conflitantes de uma universidade. O departamento de ridades relativas. A análise preliminar das respostas revelou várias
engenharia na University of Missouri-Rolla se beneficiou, em inconsistências quanto à comparação subjetiva dos pares de atribu-
1987, de uma expansão importante das suas instalações físicas. Es- tos. Os respondentes tiveram a oportunidade de revisar e ajustar
se processo incluiu 468 metros quadrados de área livre a ser trans- suas respostas, o que resultou em uma consistência maior nas com-
formada em um laboratório para fabricação integrada de computa- parações subjetivas.
dores (computer integrated manufacturing – CIM) para ensino, Depois que as prioridades foram estabelecidas, foi utilizado
pesquisa e extensão. A instalação foi concebida para estimular o um modelo de programação de objetivo linear para determinar a
interesse no ensino e pesquisa de sistemas de produção avançados alocação de espaço para cada uma das 15 áreas. Nove dessas áreas
e esperava-se que se transformasse em um centro para excelência obtiveram alocação de espaço por um fator menor que 1,0, o que
técnica do setor industrial desse estado. sugeria uma redução das áreas ideais originalmente alocadas.
A universidade via a instalação do novo laboratório CIM co- Quatro áreas foram reduzidas significativamente. O comitê utili-
mo um amplo campus universitário a ser utilizado por todos os de- zou a alocação do espaço como um guia para desenvolver o leiau-
partamentos da faculdade de engenharia e por vários centros de te inicial do laboratório. A análise de sensibilidade também foi
pesquisa dentro da universidade. Isso resultou em intenso debate e utilizada para determinar o efeito da alteração das prioridades e
discussão sobre o melhor leiaute da instalação do novo laboratório. descobriu-se que o modelo era relativamente robusto em resposta
Uma força tarefa foi designada para resolver o conflito. Depois de às classificações de prioridade.
identificar as propostas alternativas para o leiaute, identificou-se Descobriu-se também que o AHP era uma metodologia eficaz
que 15 seções estavam no laboratório CIM (por exemplo, área de para obter o consenso do grupo em um ambiente altamente políti-
simulação física, AutoCAD, robótica, etc). A área ideal para cada co e de uma maneira oportuna para um problema de planejamento
seção foi estimada. A soma dos requisitos ideais foi de 557 metros institucional relativamente complexo. Como essa metodologia de
quadrados, quase 90 metros quadrados a mais do que havia dispo- planejamento sistemático foi adotada, a faculdade de engenharia
nível. prontamente aceitou as propostas do departamento para o leiaute
A equipe teve de encontrar uma maneira sistemática de alocar do laboratório CIM e reconheceu que o desenvolvimento futuro do
o espaço real disponível às seções desejadas que fosse consistente laboratório deveria ser entregue ao departamento de engenharia. O
com a missão global da universidade. Cinco objetivos foram esta- laboratório CIM cumpriu habilmente seus objetivos de ensino, pes-
belecidos (por exemplo, desenvolver novos cursos que utilizassem quisa e extensão. (Ver Benjamin et. al.)
CD12-10 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

Programação de metas Uma análise geométrica simples mostrará que não existe tal
possibilidade. Obviamente, a fim de satisfazer a restrição de
A programação de metas geralmente é aplicada aos modelos
sistema, será violada pelo menos uma das duas metas.
lineares; é uma extensão da LP que permite ao moderador se
Para implementar a abordagem da programação de metas,
aproximar o máximo possível da satisfação de vários objetivos
a condição “discussão em um pequeno grupo” é reescrita como
e restrições. Ela permite que a pessoa responsável pela tomada
a restrição do objetivo
de decisão, pelo menos na perspectiva heurística, incorpore seu
sistema de preferências ao lidar com múltiplas metas conflitan- 12x1 + 29x2 + u1 – v1 = 1500 (u1  0, v1  0)
tes. Ela às vezes é considerada uma tentativa de colocar em um onde u1 = a quantidade que falta para a experiência total de
contexto de programação matemática o conceito de satisfação. pequenos grupos alcançar 1500
Esse termo foi cunhado por Herbert Simon, vencedor do prê-
v1 = a quantidade na qual a experiência total de
mio Nobel em economia, para transmitir a idéia de que as pes-
pequenos grupos excede 1500
soas freqüentemente não buscam soluções otimizadas, mas,
antes, buscam soluções “suficientemente boas” ou “suficiente- Variáveis de desvio As variáveis u1 e v1 são chamadas va-
mente próximas” ou, em outras palavras, o desejo de maximi- riáveis de desvio, uma vez que medem a quantidade com que
zar várias metas simultaneamente para níveis pelo menos satis- o valor produzido pela solução se desvia da meta. Observamos
fatórios. Ilustraremos o método de programação de metas com que, por definição, queremos que u1 ou v1 (ou ambas) seja zero
vários exemplos. porque é impossível simultaneamente exceder e não alcançar
Suponha que tenhamos um modelo de projeto para um 1500. Para tornar 12x1 + 29x2 o mais próximo possível de 1500,
programa educacional com variáveis de decisão x1 e x2, onde x1 basta tornar a soma de u1 + v1 pequena.
são as horas de trabalho em sala de aula e x2 são as horas de tra- Da mesma forma, a condição da solução de problemas in-
balho no laboratório. Assuma que temos a seguinte restrição dividuais é escrita como a restrição da meta
quanto ao número total de horas do programa:
19x1 + 11x2 + u2 – v2 = 2000 (u2  0, v2  0)
x1 + x2  100 (total de horas do programa)
e, nesse caso, queremos que a soma das duas variáveis de des-
Dois tipos de restrições Na abordagem da programação de vio u2 + v2 seja pequena. Nosso modelo completo (ilustrativo)
metas, há dois tipos de restrições: (1) restrições de sistema (de- agora é escrito como a seguir:
nominadas restrições fortes) que não podem ser violadas e (2)
Min u1 + v1 + u2 + v2
restrições de objetivo (denominadas restrições fracas) que po-
s.a. x1 + x2  100 (total de horas do programa)
dem ser violadas se necessário. A restrição anterior quanto ao 12x1 + 29x2 + u1 – v1 = 1500 (discussão em um pequeno grupo)
número de horas total do programa é um exemplo de uma res- 19x1 + 11x2 + u2 – v2 = 2000 (resolução de problemas)
trição de sistema. x1, x2, u1, v1, u2, v2  0
Agora, no programa que estamos projetando, suponha que Observação: tanto u1 como v1 não podem ser  0.
cada hora de trabalho em sala de aula envolva 12 minutos para
discussão em um pequeno grupo e 19 minutos para resolução in- Esse é um modelo PL comum e agora pode ser facilmen-
dividual de problemas, enquanto cada hora de trabalho no labora- te resolvido no Excel. As variáveis de decisão otimizadas sa-
tório envolva 29 minutos de discussão em um pequeno grupo e tisfarão a restrição de sistema (número total de horas do pro-
11 minutos de resolução individual de problemas. Observe que o grama). Além disso, o Solver (por razões técnicas que não dis-
tempo total do programa é no máximo 6 mil minutos (100 h × 60 cutiremos) garantirá que u1 ou v1 (ou ambas) será zero, e assim
min/h). Os projetistas têm os dois objetivos a seguir: cada aluno essas variáveis satisfazem automaticamente essa condição de-
deve investir o mais próximo possível de um quarto do tempo má- sejada. A mesma afirmação é verdadeira para u2 e v2 e, em
ximo do programa trabalhando em pequenos grupos e um terço geral, para qualquer par de variáveis de desvio.
do tempo na resolução de problemas. Essas condições são Observe que a função objetivo é a soma das variáveis de
desvio. Essa escolha de uma função objetivo indica que não
12x1 + 29x2 1500 (experiência em pequenos grupos) temos preferência entre os vários desvios nas metas declara-
19x1 + 11x2  2000 (resolução individual de problemas) das. Por exemplo, qualquer uma das três decisões a seguir é
aceitável: (1) uma decisão que erre para mais a meta da expe-
onde o símbolo  significa que desejamos que o lado esquerdo riência em grupo por 5 minutos e acerte a meta da solução de
esteja “o mais próximo possível” de RHS. Se fosse possível en- problemas precisamente, (2) uma decisão que acerte a meta
contrar uma diretiva que satisfizesse de maneira exata os obje- da experiência em grupo precisamente e erre para menos a
tivos de se ter um grupo pequeno e de se realizar a solução de meta da solução de problemas por 5 minutos e (3) uma deci-
problemas (isto é, alcançar precisamente os dois lados direi- são que erre para menos cada meta por 2,5 minutos. Em
tos), sem violar a restrição de sistema quanto ao número total outras palavras, não temos nenhuma preferência entre as três
de horas do programa, essa diretiva então resolveria o modelo. soluções:
Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-11

(1) u1 = 0 (2) u1 = 0 (3) u1 = 2,5 Quando os termos u1 e v1 são incluídos na função objetivo, o
v1 = 5 v1 = 0 v1 = 0 código PL tentará minimizá-los. Observamos que, quando, na
u2 = 0 u2 = 5 u2 = 2,5 condição ótima, u1* = 0 e v1* = 0 (seus valores mínimos possí-
v2 = 0 v2 = 0 v2 = 0 veis), o número total de minutos da resolução de problemas
Não devemos ter nenhuma preferência porque cada uma des- (19x1 + 11x2) está dentro do intervalo desejado (isto é, 1800 
sas três decisões resulta no mesmo valor (isto é, 5) para a fun- 19x1 + 11x2  2100). Caso contrário, veremos que, na condi-
ção objetivo. ção ótima, uma das duas variáveis será positiva e a outra, zero,
o que significa que somente um dos lados da desigualdade po-
Ponderando as variáveis de desvio Essa falta de preferên- de ser satisfeito.
cia de uma solução certamente não se aplicaria a todos os mo-
delos de programação de metas. Diferenças nas casas deci- Resumo sobre a utilização das restrições de metas Nes-
mais poderiam produzir uma preferência entre as variáveis de se ponto, pode ser útil resumir as várias maneiras como as
desvio. Suponha, por exemplo, que a restrição da solução in- restrições de metas podem ser formuladas e empregadas. Ca-
dividual de problemas fosse escrita em horas; isto é, da restrição de objetivo consiste em um lado esquerdo, diga-
mos, gi(x1,…, xn) e em um lado direito, bi. As restrições de
19 11 2000 meta são escritas utilizando-se variáveis de desvio não-nega-
x + x + u2 – y2 =
60 1 60 2 60
tivas ui, vi. Na condição ótima, pelo menos um dos pares ui, vi
É difícil acreditar que os projetistas do programa não iam pre- sempre será zero. A variável ui representa erro para menos; vi
ferir um excesso de 1 minuto na experiência em pequenos gru- representa erro para mais. Sempre que ui é utilizada, ela é
pos (v1 = 1) à falta de 1 hora na resolução individual de proble- adicionada a gi(x1,…, xn). Sempre que vi é utilizada, ela é sub-
mas (u2 = 1). traída de gi(x1,…, xn). Somente as variáveis de desvio (ou um
Uma maneira de expressar uma preferência entre as várias subconjunto das variáveis de desvio) aparecem na função ob-
metas é atribuir coeficientes diferentes às variáveis de desvio jetivo, e a meta é sempre minimizar. As variáveis de decisão
na função objetivo. No exemplo do planejamento do progra- xi, i = 1,…, n não aparecem na meta. Discutimos quatro tipos
ma, uma pessoa poderia selecionar de metas:
Min 10u1 + 2v1 + 20u2 + v2 1. Alvo. Tornar gi(x1,…, xn) o mais próximo possível de bi.
como a função objetivo. Uma vez que v2 (erro para mais na re- Para fazer isso, escrevemos a restrição de meta como
solução de problemas) tem o menor coeficiente, os projetistas gi(x1,…, xn) + ui – vi = bi (ui  0, vi  0)
do programa iam preferir ter v2 positivo a qualquer uma das
e no objetivo minimizamos ui + vi. Na condição ótima,
outras variáveis de desvio (v2 positivo é a menos penalizada).
pelo menos uma das variáveis ui, vi será zero.
De fato, com essa função objetivo é melhor ter nove minutos
em excesso para o objetivo da solução de problemas que errar 2. Minimizar o erro para menos. Para fazer isso, podemos
para menos por 1 minuto o objetivo da experiência em peque- escrever
nos grupos. Para verificar isso, observe que, para qualquer so- gi(x1,…, xn) + ui – vi = bi (ui  0, vi  0)
lução em que u1  1, diminuir u1 em 1 e aumentar v2 em 9 re-
sultaria em um valor menor para a função objetivo. e no objetivo minimizamos ui, o erro para menos. Uma
vez que vi não aparece na função objetivo e está somente
Restrições do intervalo da meta Outro tipo de restrição da nessa restrição, conseqüentemente, a restrição pode ser
meta é chamado de restrição do intervalo do objetivo. Ela res- escrita de maneira equivalente como
tringe o objetivo a uma extensão ou intervalo em vez de um
gi(x1,…, xn) + ui  bi (ui  0)
valor numérico específico. Suponha, por exemplo, que no
exemplo anterior os projetistas fossem indiferentes entre pro- Se o ui ótimo for positivo, essa restrição estará ativa, do
gramas para os quais contrário u*i poderia ser menor. Esse resultado também é
1800  [minutos de resolução individual de problemas]  2100
evidente na forma de igualdade da restrição. Isto é, se
u*> 0 então, como v1* deve ser igual a zero, deve ser ver-
i.e., 1800  19x1 + 11x2  2100 i
dadeiro que gi(x1,…, xn) + u*i = bi.
Nessa situação, a meta do intervalo é capturada com duas res-
3. Minimizar o erro para mais. Para fazer isso, podemos
trições de objetivo:
escrever
19x1 + 11x2 – v1  2100 (v1 = 0)
gi(x1,…, xn) + ui – vi = bi (ui  0, vi  0)
19x1 + 11x2 + u1  1800 (u1 = 0)
CD12-12 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

e no objetivo minimizamos vi, o erro para mais. Como ferentes com essa campanha. Para determinar como uma
nesse caso ui não aparece na função objetivo, a restrição campanha em particular atende às necessidades desse cliente,
pode ser escrita de maneira equivalente a a agência estima o impacto dos anúncios sobre o público-al-
gi(x1,…, xn) – vi  bi (vi  0)
vo. O impacto é medido em exposições estimadas, um termo
que significa “número de pessoas atingidas por mês”. O rádio
Se o vi ótimo for positivo, essa restrição estará ativa. O e a televisão, as duas mídias que a agência pensa utilizar, não
argumento é análogo ao do item 2 anterior. são igualmente eficientes para atingir todos os públicos. Os
4. Restrição do intervalo da meta. Nessa instância, o obje- dados relevantes à campanha do Mylonal são mostrados na
tivo é chegar o mais próximo possível de satisfazer Tabela 12.3.

ai  gi (x1,…, xn)  bi
Tabela 12.3 Exposições por US$ 1000 de gastos
A fim de escrever isso como uma meta, primeiro “esten-
TV Rádio
demos” o intervalo escrevendo
ai – ui  gi(x1,…, xn)  bi + vi (ui  0, vi  0) Total 14.000 6000
Renda mais alta 1200 1200
o que é equivalente às duas restrições
gi(xi,…, xn) + ui  ai gi(xi,…, xn) + ui – v̂i = ai (ui  0, v̂i  0)
gi(xi,…, xn) – vi  bi gi(xi,…, xn) + ûi – vi = bi (ûi  0, vi  0) Depois de longas discussões com o cliente, Tom aceita as
seguintes metas para essa campanha. Tom acredita que a or-
No caso de uma restrição do intervalo da meta minimizamos ui dem em que ele listou suas metas reflete a prioridade absolu-
+ vi na função objetivo. As variáveis v̂i e ûi são meramente ex- ta entre eles.
cessos e folgas, respectivamente (não variáveis de desvio). Co-
mo anteriormente, na condição ótima, pelo menos uma das va- 1. Ele espera que o total de exposições seja de pelo me-
nos 840.000.
riáveis de desvio ui, vi será zero. Ao lidar com duas restrições
que representam o intervalo de uma meta, a restrição com a va- 2. A fim de manter um contato eficaz com a estação de
riável de desvio não-zero (se houver uma) estará ativa. rádio líder, ele espera gastar não mais de US$ 90.000
Em geral, restrições de meta são mais comumente expres- em anúncios publicitários na TV.
sas na forma de igualdade apropriada utilizando variáveis de
3. Ele acredita que a campanha deve atingir pelo menos
desvio, excesso e folga conforme requerido. As formas de de- 168.000 exposições para pessoas com renda mais alta.
sigualdade equivalentes que exibimos permitirão, para mode-
los nas duas variáveis de decisão, obter uma idéia geométrica 4. Por fim, se todos os outros objetivos forem satisfeitos,
sobre o procedimento da solução. ele gostaria de se aproximar o máximo possível de
maximizar o número total de exposições. Ele observa
Prioridades absolutas que, se gastar o total dos US$ 120.000 em anúncios
publicitários na TV, ele obteria 1.680.000 exposições
Em alguns casos, os gerentes não desejam expressar suas pre- (120 * 14.000) e esse é o número máximo possível.
ferências entre as várias metas em termos de variáveis de des-
vio ponderadas, pois o processo de atribuição de ponderações Obviamente, esse é um modelo com diversas restrições. Mas
talvez pareça muito arbitrário ou subjetivo. Nesses casos, tal- não é verdadeiramente um modelo típico de programação mate-
vez seja mais aceitável declarar preferências em termos de mática, uma vez que Tom tem várias metas. Contudo, ele perce-
prioridades absolutas (em oposição a ponderações) para um be que uma abordagem de programação matemática o ajudará a
conjunto de metas. Essa abordagem, que exige que as metas se- entender e resolver o modelo. Assim, ele prossegue da maneira
jam satisfeitas em uma ordem específica, é ilustrada no exem- usual. Para modelar o problema, ele introduz uma notação
plo a seguir. Com ponderações, o modelo de programação de x1 = dólares gastos em TV (em milhares)
metas é resolvido somente uma vez. Com prioridades, o mode-
x1 = dólares gastos em rádio (em milhares)
lo de programação de metas é resolvido em etapas como uma
seqüência de modelos. Uma vez que seu objetivo com a mais alta prioridade é maximi-
zar o número de exposições, ele percebe que uma maneira ra-
Modelo de seleção de mídia da Swenson: um minicaso zoável de modelar o problema é utilizar exposições totais como
Tom Swenson, um sócio sênior na J. R. Swenson, uma agên- a função objetivo e tratar os outros objetivos como restrições.
cia de publicidade do seu pai, acabou de finalizar um acordo
com um fabricante farmacêutico para criar uma campanha no Um modelo sem solução A formulação e a solução da pla-
rádio e na televisão para lançar um novo produto, o Mylonal. nilha desse modelo (“caso básico” de SWENSON.XLS) são
Os gastos totais da campanha não podem exceder US$ mostrados na Figura 12.13. Cada restrição e a função objetivo
120.000. O cliente está interessado em alcançar públicos di- são rotuladas para indicar o propósito a que elas servem. A cai-
Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-13

=SOMAPRODUTO(C3:D3,C7:D7)

Função Objetivo Variáveis de Decisão


Dólares na TV Dólares no Rádio

Total de Exposições por US$ 1000 gastos em


TV Rádio

Exposições Superiores de Renda por US$ 1000 gastos em


TV Rádio

Restrições
Despesas Totais
Despesas TV
Exposições Superiores Renda

Célula Fórmula Copiar Para


A2 = SOMAPRODUTO(C3:D3,C7:D7) —
B13 = SOMA(C3:D3) —
B14 = C3 —
B15 = SOMAPRODUTO(C3:D3,C11:D11) —

Figura 12.13 Maximizando o número total de exposições.

xa de diálogo Solver Results (Resultados do Solver) informa a Modelo de programação por meta de Swenson A fim de
Tom que o modelo não possui solução. Obviamente, como não configurar o modelo como um programa por meta, Tom obser-
possui solução, não há nenhuma maneira de satisfazer simulta- va que a primeira meta, se violada, será subestimada. A segun-
neamente as três metas (gastos totais, gastos em TV e exposi- da meta, se violada, será superestimada e assim por diante. Ao
ções para pessoas com renda mais alta) que Tom declarou co- empregar essa racionalização, ele reafirma suas metas, em
mo restrições. Uma vez que há somente duas variáveis de deci- prioridade decrescente, como
são nesse modelo, a abordagem gráfica pode ser utilizada para
1. Minimizar a erro para menos do total de 840.000 exposi-
analisar as formulações iniciais do Tom. A análise da Figura
ções (isto é, Min u1, sujeito à condição 14.000x1 + 6000x2
12.14 mostra claramente que não há nenhum ponto que satisfa-
+ u1  840.000; u1  0).
ça a primeira (gastos totais) e a terceira (exposições para pes-
soas com renda mais alta) restrições simultaneamente. Nesse
ponto, Tom poderia tentar abordar o modelo de uma maneira
X2
um pouco diferente. Talvez ele modifique uma ou mais de suas
140
metas, ou talvez a função objetivo, e inicie novamente. Contu-
do, em geral, essa não é uma abordagem sistemática satisfató- 120
ria. Em modelos com muitas variáveis de decisão e várias me-
tas conflitantes, reestruturar o modelo e criar um novo modelo
que tenha uma solução praticável poderia ser difícil. Mais im- X 1 = 90
portante, nesse processo de reestruturação, a essência do mo-
X 1 + X 2 = 120
delo real poderia ser perdida.
Lembre-se de que Tom não está indiferente quanto às vá- 1200X 1 + 1200X 2 = 168.000

rias metas; de fato, ele declarou uma prioridade absoluta entre 



eles. A programação de metas com prioridades absolutas é pro-

jetada para tratar exatamente o tipo do processo de decisão que
Tom Swenson quer. Trata-se de um processo seqüencial em 120 140 X1
que as metas são adicionadas uma por vez (na ordem descren- Figura 12.14 Maximizando o número total de exposições: uma
te de prioridade) a um modelo PL. abordagem gráfica.
CD12-14 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

2. Minimizar os gastos acima de US$ 90.000 em TV (isto “otimizados” (isto é, o melhor que Tom pode fazer) e
é, Min v2, sujeito à condição x1 – v2  90; v2  0). (novamente, considerando somente a meta mais alta)
ele é indiferente com relação a quais desses pontos ele
3. Minimizar o erro para menos das 168.000 exposições pa- seleciona.
ra pessoas com renda mais alta (isto é, Min u3, sujeito à
condição 1200x1 + 1200x2 + u3  168.000; u3  0). 2. Encontrar o subconjunto dos pontos na FR I que forne-
ça o valor Min para v2, sujeito à restrição (2) e v2  0.
4. Minimizar o erro para menos das 1.680.000 exposições Chame esse subconjunto de FR II. Considerando so-
totais – o máximo possível (isto é, Min u4, onde 14.000x1 mente a classificação ordinal das duas metas com prio-
+ 6000x2 + u4  1.680.000; u4  0). ridade mais alta, todos os pontos em FR II são “ótimos”
e, em termos dessas duas metas com prioridade mais al-
Observe que as prioridades de Tom agora estão claramente ta, Tom é indiferente com relação a quais desses pontos
identificadas em termos da minimização do erro para menos ele seleciona.
(isto é, minimizar uma ui) ou da maximização do erro para
mais (isto é, minimizar uma vi). Suas metas, como declarada 3. FR III é o subconjunto de pontos na FR II que minimi-
anteriormente, foram expressas como desigualdades de acor- zam u3, sujeito à restrição (3) e u3  0.
do com nossa discussão prévia. Esse método facilitará uma 4. FR IV é o subconjunto de pontos em FR III que minimiza
análise gráfica. u4, sujeito à restrição (4) e u4  0. Qualquer ponto em FR
Dado que ele formulou corretamente suas prioridades, IV é uma solução ótima para modelo global de Tom.
Tom deve distinguir entre (1) restrições de sistema (todas as
Análise gráfica e implementação de planilha para busca da
restrições que não podem ser violadas) e (2) restrições de obje-
solução Uma vez que o modelo de marketing de Tom tem
tivo. Em seu modelo, a única restrição de sistema é que os gas-
tos totais não serão maiores que US$ 120.000. Assim, (uma somente duas variáveis de decisão, a solução anterior pode ser
vez que as casas decimais de x1 e x2 são milhares) temos alcançado com uma análise gráfica. Em modelos do mundo
real, a planilha com sua ferramenta Solver poderia ser utiliza-
x1 + x2 ≤ 120 da. Na próxima seção, mostraremos como isso pode ser feito
com a PL.
Na notação da programação de metas, o modelo de Tom agora
pode ser expresso como na Figura 12.15. 1. Na Figura 12.16, tanto a saída da planilha (nova planilha
Observe que a função objetivo consiste somente em variá- chamada “Primeira Meta” na mesma pasta de trabalho
veis de desvio que tem a forma Min. Como já afirmado, todas SWENSON.XLS) como a figura revela que o Min de u1
as formulações da programação por metas são modelos de mi- s.a. (S), (1) e x1, x2, u1= 0 é u*1  0. Embora o Solver re-
nimização, uma vez que o objetivo deve se aproximar o máxi- torne valores otimizados para x*1 e x*, 2 esses valores não
mo possível da meta definida. Os termos servem meramente são importantes. A informação importante é que u*1 = 0,
para indicar prioridades, com P1 representando a prioridade que nos informa que a primeira meta pode ser completa-
mais alta e assim por diante. Assim, mente atingida. Otimizações alternativas para o modelo
atual são fornecidas por todos os valores de (x1, x2) que
1. Encontrar o conjunto de variáveis de decisão que satis- satisfaçam as condições
faça a restrição (S) de sistema e que também forneça o
possível valor Min para u1 sujeito à restrição (1) e x1, x2,  x1 + x2 ≤ 120
u1  0. Chame esse conjunto de decisões FR I (isto é, 
FR I 14.000 x1 + 6000 x2 ≥ 840.000
“feasible region I” – região viável I). Considerando so- x , x ≥ 0
mente a meta mais alta, todos os pontos na FR I são  1 2

Min P1u1 + P2v2 + P3u 3 + P4u4

s.a. x1 + x2 ≤ 120 (S)

14.000 x1 + 6000 x2 + u1 ≥ 840.000 (1)

x1 – v2 ≤ 90 (2)

1200 x1 + 1200 x2 + u3 ≥ 168,000 (3)

14.000 x1 + 6000 x2 + u4 ≥ 1.680.000 (4)

x1, x2, u1, v2, u3, u4 ≥ 0

Figura 12.15 Formulação do programa de metas.


Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-15

Nesse ponto, a primeira meta de Tom é atingida (u1* = 0), 2. Na formulação da planilha na Figura 12.17 (nova plani-
de modo que, em termos da primeira meta apenas, essas lha chamada “Meta 2”), inserimos as restrições que defi-
decisões são igualmente preferíveis. Assim, FR I é a área nem a FR I (restrições nas células B10:D11), junto com
sombreada ABC na Figura 12.16. a nova restrição da meta (2) (mostrada nas células
A linha rotulada (1) representa a meta 1. A seta mar- B12:D12) e vemos que
cada u1 = 0 indica que, em todos os pontos à direita da li- Min v2
nha (1), a meta é alcançada. s.a. x em FR I, meta (2), e v2  0

=E3+SOMAPRODUTO(C3:D3,C7:D7)

Função Objetivo Variáveis de Decisão


Dólares na TV Dólares no Rádio Variável Desvio (u1)

Total de Exposições por US$ 1000 gastos em


TV Rádio

Restrições
Despesas Totais
Meta 1

Célula Fórmula Copiar Para


A2 = E3 —
B10 = SOMA(C3:D3) —
B11 = E3 + SOMAPRODUTO(C3:D3,C7:D7) —

X2

140

(1)
120
B

FR I

(S)
u1 = 0

A C
60 120 X1

Figura 12.16 Primeira meta.


CD12-16 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

é v2* = 0. Portanto, a FR II é definida por que é a área sombreada ABDE, claramente um subconjunto
de FR I. Como esperado, o tamanho da região praticável tor-
 x1 + x2 ≤ 120 nou-se menor.
14.000 x + 6000 x ≥ 840.000
 1 2
FR II 
 1x ≤ 90
 x1 , x2 ≥ 0

Função Objetivo Variáveis de Decisão


Dólares na TV Dólares no Rádio Variável Desvio (u2)

Total de Exposições por US$ 1000 gastos em


TV Rádio

Restrições
Despesas Totais
Meta 1
Meta 2

Célula Fórmula Copiar Para


A2 = E3 —
B10 = SOMA(C3:D3) —
B11 = SOMAPRODUTO(C3:D3,C7:D7) —
B12 = C3–E3 —

X2

140

(1)
120
B

(S)
FR II
(2)

v1 = 0 D

u1 = 0
A E C
60 90 120 X1

Figura 12.17 Meta 2.


Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-17

Continuando dessa maneira, a Figura 12.18 (nova planilha cha-  x1 + x2 ≤ 120


mada “Meta 3”) mostra que FR III é o segmento da linha BD. 14.000 x + 6000 x ≥ 840.000
 1 2
Nesse caso, u*3 = 24.000. Embora as duas primeiras metas te- FR III 
x
 1 ≤ 90
nham sido completamente atingidas (uma vez que u*1 = v*2 = 0), a
1200 x1 + 1200 x2 ≥ 168.000 − 24.000 = 144.000
terceira meta não poderia ser completamente atingida porque u*3
> 0. Nessa etapa, Tom é indiferente quanto a qualquer decisão que define o segmento da linha BD.
que satisfaça

=E3+SOMAPRODUTO(C3:D3,C11:D11)

Função Objetivo Variáveis de Decisão


Dólares na TV Dólares no Rádio Variável Desvio (u3)

Total de Exposições por US$ 1000 gastos em


TV Rádio

Exposições Superiores de Renda por US$ 1000 gastos em


TV Rádio

Restrições
Despesas Totais
Meta 1
Meta 2
Meta 3

Célula Fórmula Copiar Para


A2 = E3 —
B13 = SOMA(C3:D3) —
B14 = SOMAPRODUTO(C3:D3,C7:D7) —
B15 = C3 —
B16 = E3 + SOMAPRODUTO(C3:D3,C11:D11) —

X2

140

120
(3)
B

(S)
(2)
u

3 =
24
00
0

(1)

A E C
60 90 120 140 X1

Figura12.18 Meta 3.
CD12-18 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

Por fim, a Figura 12.19 (nova planilha chamada “Ótima”) Na Figura 12.19, descobrimos o único ótimo x1* = 90 e x2* = 30;
mostra a solução ótima no ponto D. Lembre-se de que a quarta isto é, Tom deve gastar US$ 90.000 em anúncios publicitários
meta é minimizar o erro para menos do número máximo possí- na TV e US$ 30.000 em anúncios publicitários no rádio. Esse
vel de exposições, que é igual a 1.680.000. Portanto, deseja- fato é verificado na análise gráfica, em que está claro que o
mos minimizar o erro para menos de u4 onde ponto D (x1 = 90, x2 = 30) é o mais próximo da linha que des-
14.000x1 + 6000x2 + u4 = 1.680.000. creve a meta 4 (14.000x1 + 6000x2 = 1.680.000) do que qual-

=E3+SOMAPRODUTO(C3:D3,C7:D7)

Função Objetivo Variáveis de Decisão


Dólares na TV Dólares no Rádio Variável Desvio (u4)

Total de Exposições por US$ 1000 gastos em


TV Rádio

Exposições Superiores de Renda por US$ 1000 gastos em


TV Rádio

Restrições
Despesas Totais
Meta 1
Meta 2
Meta 3
Meta 4

Célula Fórmula Copiar Para


A2 = E3 —
B13 = SOMA(C3:D3) —
B14 = SOMAPRODUTO(C3:D3,C7:D7) —
B15 = C3 —
B16 = SOMAPRODUTO(C3:D3,C11:D11) —
B17 = E3+SOMAPRODUTO(C3:D3,C7:D7) —

X2

14,000X1 + 6000X2 = 1,680,000


140
u4 ≥ 0
120
B

u 4 = 240,000

Solução
ótima

30
D

60 90 120 140 X1

Figura 12.19 Solução ótima.


Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-19

quer outro ponto em FR III (isto é, que qualquer outro ponto no ra menos na quarta meta (total de 1.680.000 exposições). A
segmento BD). Também observamos que u*4 = 240.000. Portan- formulação, sua solução (uma nova planilha chamada “Pon-
to, Tom consegue somente 1.680.000 – 240.000 = 1.440.000 derado” na mesma SWENSON.XLS) e a análise gráfica são
exposições. apresentadas na Figura 12.20.
Vemos, então, que a programação por metas com priori- Na planilha, vemos que a solução ótima para esse modelo
dades absolutas permite que um gerente (como Tom) resolva é o ponto B (x1* = 15, x2* = 105). Lembre-se de que, quando a
um modelo em que não há nenhuma solução que alcance to- função objetivo era minimizar u4, a decisão ótima era o ponto D
das as metas, no qual ele está disposto a especificar uma clas- (x*1 = 90, x*2 = 30). Portanto, na análise gráfica, verificamos que
sificação absoluta entre as metas e sucessivamente restringir a nova função objetivo moveu a solução ótima de uma extremi-
a sua atenção para aqueles pontos que mais se aproximam de dade da FR III para outra. Não há nenhuma maneira gráfica ób-
cada uma. via de encontrar a solução ótima para esse modelo; isto é, não
há nenhum contorno óbvio para que a função objetivo seja di-
Combinando ponderações e prioridades absolutas recionada para baixo e que nos leve ao ponto x1 = 15, x2 = 105.
É possível combinar, até certo ponto, os conceitos com as prio- É, entretanto, intuitivamente atraente verificar que a solução
ridades ponderadas e absolutas das metas. Para ilustrar esse fa- ótima se aproxima o máximo possível da meta mais ponderada.
to, retornaremos ao modelo de anúncios publicitários de Tom Poderíamos realizar uma análise de sensibilidade sobre as pon-
Swenson. derações da função objetivo para ver quando a solução muda
Ao revisar os resultados do estudo de prioridade absolu- para o ponto B a partir do ponto D.
to, Tom e seu cliente começam a discutir a importância das Isso conclui a análise do modelo para a campanha publi-
pessoas mais idosas para o mercado do Mylonal. Em particu- citária de Tom Swenson. O procedimento PL seqüencial geral
lar, eles se concentram no número de exposições para pessoas descrito anteriormente para programação por metas com prio-
com 50 anos de idade ou mais. Novamente, eles verificam ridades absolutas é verdadeiro para qualquer modelo em que
que o rádio e a TV não têm a mesma eficácia em gerar expo- as restrições de sistema e as restrições de metas são formula-
sições para esse segmento da população. As exposições por das como funções lineares. Para cada novo modelo, é adicio-
US$ 1000 de anúncios publicitários ocorrem conforme a Ta- nada uma única restrição ao modelo anterior e a função obje-
bela 12.4: tivo é ligeiramente modificada. Em termos gerais, um núme-
ro relativamente grande de variáveis de decisão pode estar en-
volvido. O exemplo com duas variáveis foi útil porque ele
Tabela 12.4
tornou possível apresentar junto com os resultados da plani-
Grupo de exposição TV rádio lha, interpretações geométricas, que adicionam discernimen-
to à técnica da solução.
50 anos ou mais 3000 8000
O modelo anterior é útil em indicar como metas conflitan-
tes e incomensuráveis (isto é, alhos e bugalhos) podem ser con-
Se não houver nenhuma outra consideração, Tom gostaria siderados simultaneamente por meio da programação de me-
de obter o máximo possível de exposições para pessoas com tas. Portanto, ele fornece uma idéia da razão por que a progra-
50 anos ou mais. Uma vez que o rádio produz exposições a mação por metas é uma ferramenta promissora e cada vez mais
uma taxa mais alta que a TV (8000 > 3000), Tom percebe útil para analisar questões sobre políticas públicas.
que o número máximo possível de exposições para pessoas
com 50 anos ou mais seria alcançado alocando-se todos os 12.5 Processo da hierarquia analítica
US$ 120.000 disponíveis para o rádio. Portanto, o número
máximo de exposições para pessoas com 50 anos ou mais é Esta seção apresenta uma forma de lidar com situações reais
960.000 (= 120 × 8000). Tom e seu cliente gostariam de se nas quais há múltiplos objetivos ou critérios a considerar. Há
aproximar o máximo possível dessa meta (minimizar o erro vários exemplos em que esses tipos de decisões ocorrem em
para menos) depois que as três primeiras metas forem satis- nosso dia-a-dia. Considere o seguinte:
feitas. Mas lembre-se de que eles também querem se apro-
• Escolher qual oferta de emprego aceitar entre várias
ximar o máximo possível da meta de um total de 1.680.000
ofertas
exposições (minimizar o erro para menos) dado que as três
primeiras metas são satisfeitas. Para resolver esse conflito • Selecionar qual computador comprar (ou qual automó-
de metas, eles decidem utilizar uma soma ponderada das va- vel, etc)
riáveis de desvio como meta na fase final da abordagem das
• Decidir qual produto novo lançar primeiro
prioridades absolutas. Na avaliação deles, o erro para menos
na quinta meta (960.000 exposições para o grupo com 50 • Selecionar um local para instalação de um novo restau-
anos ou mais) é três vezes mais sério que obter um erro pa- rante, hotel, fábrica e assim por diante
CD12-20 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

Função Objetivo Variáveis de Decisão


Dólares na TV Dólares no Rádio Variável Desvio (u4) Variável Desvio (u5)

Total de Exposições por US$ 1000 gastos em


TV Rádio

Exposições Superiores de Renda por US$ 1000 gastos em


TV Rádio

Exposições Seniores de Renda por US$ 1000 gastos em


TV Rádio

Restrições
Despesas Totais
Meta 1
Meta 2
Meta 3
Meta 4
Meta 5

Célula Fórmula Copiar Para


A2 = 3*F3+E3 —
B16 = SOMA(C3:D3) —
B17 = SOMAPRODUTO(C3:D3,C7:D7) —
B18 = C3 —
B19 = SOMAPRODUTO(C3:D3,C11:D11) —
B20 = E3+SOMAPRODUTO(C3:D3,C7:D7) —
B21 = F3+SOMAPRODUTO(C3:D3,C14:D14) —

X2
Meta para 50 anos ou mais (u5)
140

120
B
u5 ≥ 0
Nova solução
ótima Meta total da espocição (u4)
u4 ≥ 0

60 90 120 X1

Figura 12.20 Ponderando a etapa final.

• Selecionar em que universidade estudar • Selecionar uma combinação de impostos (propriedade,


• Identificar a melhor faculdade de engenharia ou de eco- vendas, gás, etc) a ser tributado aos cidadãos de uma lo-
nomia no país calidade.

• Classificar as cidades com o melhor padrão de vida Por exemplo, ao comprar um carro, você talvez leve em con-
• Escolher um novo sistema de informações para sua em- sideração vários fatores, como preço, segurança, potência
presa que faz a folha de pagamento, contabilidade, etc. do motor, economia de combustível, etc. Cada um dos
(ou escolher um novo pacote de software qualquer entre exemplos discutidos anteriormente também teriam vários
fornecedores concorrentes) fatores a serem considerados na tomada de decisão.
Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-21

Uma maneira simples de considerar os fatores para a de- de cada critério e, assim, produzir as ponderações. O procedi-
cisão seria atribuir ponderações a cada um dos critérios que mento básico é o seguinte:
devem ser considerados. Em seguida, classificar cada alter-
1. Desenvolver as classificações para cada alternativa de
nativa de decisão em uma escala de 1 (pior) a 10 (melhor).
decisão para cada critério
Por fim, você multiplicaria as ponderações pelas classifica-
ções de cada critério e as somaria. A alternativa com a con- • desenvolvendo uma matriz de comparação de pares
tagem mais alta seria a preferida. Vamos considerar um para cada critério
exemplo. • normalizando a matriz resultante
Seu chefe pediu que você lhe ajudasse a escolher o mode- • determinando a média dos valores em cada linha
lo do próximo computador do escritório. Você tem de escolher para obter a classificação correspondente
entre três computadores: (1) O modelo A é executado com um • calculando e verificando a relação de consistência
chip AMD K6-II de 400 MHz, (2) O modelo B é executado
com um chip Celeron de 333 MHz e (3) O modelo C é possui 2. Desenvolver as ponderações para os critérios
um chip Pentium II de 450 MHz. Os critérios importantes pa- • desenvolvendo uma matriz de comparação de pares
ra você e seu chefe são preço, velocidade, tamanho do disco rí- para cada critério
gido e garantia/suporte. Você decide que o preço deve ter 50% • normalizando a matriz resultante
do peso ao tomar essa decisão, a velocidade, 15%, o tamanho • determinando a média dos valores em cada linha
do disco rígido, 20% e a garantia/suporte, 15%. Em seguida, para obter as ponderações apropriadas
você classifica cada um dos três modelos com esses quatro cri-
• calculando e verificando a relação de consistência
térios. Você os classifica em uma escala de 1 a 10 (como des-
crito anteriormente) como mostra a planilha a seguir (COM- 3. Calcular a classificação da média ponderada para cada
PUTER.XLS) na Figura 12.21. alternativa de decisão. Escolher aquela com o score mais
Como pode ser visto, o Modelo B possui a classificação alto.
ponderada mais alta (7,05) e assim seria a sua recomendação Demonstraremos esse procedimento em um novo exemplo. O
ao seu chefe. Essa abordagem é bem simplista e há dificulda- grupo Sleepwell Hotels está procurando ajuda para selecionar
des em configurar as escalas de classificação com critérios tão o “melhor” pacote de software para gerenciamento de receita
diferentes. entre os vários fornecedores. Mark James é diretor do departa-
O processo de hierarquia analítica (analytic hierarchy mento financeiro dessa rede de hotéis e tem a tarefa de selecio-
process – AHP) também utiliza a idéia de uma abordagem de nar o pacote de software. Ele identificou três fornecedores cu-
média ponderada, mas utiliza um método para atribuir coefi- jos softwares parecem atender a suas necessidades básicas –
cientes (ou classificações) e ponderações que são considerados Revenue Technology Corporation (RTC), PRAISE Strategic
mais confiáveis e consistentes que aqueles relacionados ao mé- Solutions (PSS) e El Cheapo (EC). Os critérios que ele pensa
todo simples descrito anteriormente. O AHP é baseado em serem importantes para tomar essa decisão são (1) o custo total
comparações de pares entre as alternativas de decisão sobre ca- do sistema instalado, (2) o serviço de acompanhamento forne-
da um dos critérios. Em seguida, é criado um conjunto seme- cido para o próximo ano, (3) a sofisticação dos mecanismos
lhante de comparações para determinar a importância relativa matemáticos subjacentes e (4) a quantidade de personalização

=SOMAPRODUTO($C$4:$C$7,E4:E7)

Classificações Aplicativosn
Critério Pesos Modelo A Modelo B Modelo C
Preço
Velocidade
Disco Rígido
Garantia

Célula Fórmula Copiar Para


C8 = SOMA(C4:C7) —
E8 = SOMAPRODUTO($C$4:$C$7, E4:E7) F8:G8

Figura 12.21 Modelo de decisão com múltiplos atributos para comprar um computador.
CD12-22 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

para o Sleepwell. O primeiro passo no procedimento AHP é fa- C4, D4 e D5), a planilha calcula automaticamente as preferên-
zer comparações de pares entre os fornecedores para cada cri- cias recíprocas. Por exemplo, uma vez que o fornecedor 1,
tério. A escala que é utilizada ao fazer essas comparações é comparado com o fornecedor 2, tenha recebido um “4”, então
uma escala-padrão que é descrita assim: a comparação entre o fornecedor 2 e o fornecedor 1 obtém um
“1/4” automaticamente (célula B5).
Classificação Descrição Depois que todas as comparações de pares relevantes te-
nham sido feitas, a matriz precisa ser normalizada. Faz-se essa
1 Preferência idêntica normalização somando os números em cada coluna. Cada en-
3 Preferência moderada trada na coluna é então dividida pela soma da coluna para pro-
5 Preferência forte duzir sua contagem normalizada. Agora, Mark fez isso na sua
7 Preferência muito forte planilha que é mostrada nas células B12:D14 da Figura 12.23.
9 Preferência extremamente forte Seu próximo passo é calcular a contagem média para cada for-
necedor no critério “Custo Total”. Esses valores são mostrados
Os valores 2, 4, 6 ou 8 também podem ser atribuídos e repre- na coluna E da Figura 12.23. Mark verifica que a EC tem a
sentam as preferências intermediárias entre os inteiros em contagem média mais alta nesse fator.
qualquer um dos lados (por exemplo, 2 está entre 1 e 3 – em al- Depois que a matriz normalizada é concluída, ele deve cal-
gum lugar entre as preferências idênticas e as preferências mo- cular a relação de consistência e verificar seu valor. O propósi-
deradas). to de fazer isso é assegurar que Mark foi consistente nas avalia-
Mark inicia com o primeiro critério (custo total) e gera os ções das preferências que ele expressou na tabela original. Por
seguintes dados na sua planilha (planilha “Custo Total” em exemplo, se Mark expressasse uma preferência forte pelo for-
SLEEPWLL.XLS mostrada na Figura 12.22). A tabela é inter- necedor 1 ao fornecedor 2 no critério Custo Total e uma prefe-
pretada desta maneira: o fornecedor na linha é comparado com rência moderada pelo fornecedor 2 ao fornecedor 3, isso então
o fornecedor na coluna. Se o fornecedor na linha for preferido seria inconsistente para expressar uma preferência idêntica en-
ao fornecedor na coluna, atribui-se um número de 1 a 9 (na ta- tre os fornecedores 1 e 3 ou pior para expressar uma preferên-
bela AHP) à célula na interseção da linha com a coluna. Mas, cia pelo fornecedor 3 ao fornecedor 1. Há três etapas para che-
caso se prefira o fornecedor na coluna ao fornecedor na linha, gar a uma relação de consistência:
então é atribuído 1 (dividido por um número entre 1 e 9) à cé- 1. Calcular o grau de consistência para cada fornecedor.
lula na interseção da linha com a coluna. Obviamente, uma vez
que o fornecedor 1 (RTC) tem uma preferência idêntica ao for- 2. Calcular o índice de consistência (consistency index – CI).
necedor 1, então se atribui um “1” a essa linha/coluna e, de fa-
3. Calcular a relação de consistência (CI/RI, onde RI é um
to, ao longo de toda a diagonal. O fornecedor 1 tem uma prefe-
índice aleatório).
rência entre moderada e forte com relação ao fornecedor 2 na
base do custo total e, portanto, é atribuído um “4” à primeira li- Para calcular o grau de consistência, tiramos proveito da
nha, segunda coluna (célula C4). O fornecedor 3 (EC) tem uma função de multiplicação de matriz do Excel = MMULT(). Co-
preferência entre idêntica e moderada ao fornecedor 1 (RTC), mo Mark nos mostra na Figura 12.24, para o fornecedor 1
e um “1/2” é, portanto, atribuído à linha 1, coluna 3 (célula (RTC) você multiplica a avaliação média de cada fornecedor
D4). Mark configurou sua planilha de modo que, depois que as (células E12:E14) pelas contagens na primeira linha (células
entradas acima e à direita da diagonal são inseridas (células B4:D4) uma de cada vez, soma esses produtos e divide essa so-

Célula Fórmula Copiar Para


B5 = 1/C4 —
B6 = 1/D4 —
C6 = 1/D5 —

Figura 12.22 Comparação de pares sobre o custo total.


Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-23

Soma

NORMALIZADO
Média

Célula Fórmula Copiar Para


B8 = SOMA(B4:B6) C8:D8
B12 = B4/B$8 B12:D14
E12 = MEDIA(B12:D12) E13:E14

Figura 12.23 Matriz normalizada para o custo total.

ma pela avaliação média do primeiro fornecedor (célula E12). Mark agora deve fazer a mesma coisa para os outros três
Faz-se um cálculo semelhante para o segundo e o terceiro for- critérios. Ele pode fazer isso facilmente copiando a planilha
necedores. Em teoria, o grau de consistência seria igual ao nú- “Custo Total” para as outras três planilhas (“Serviço”, “Sofisti-
mero de alternativas de decisão no exemplo (no nosso caso, te- cação”, “Personalizada”) e, em seguida, simplesmente modifi-
mos três fornecedores). Para calcular o índice de consistência car as comparações de pares. Os resultados desse processo são
(CI), Mark seleciona o grau médio de consistência entre os três mostrados nas Figuras 12.25 a 12.27. Mark observa que, em to-
fornecedores, subtrai o número de alternativas (n) e divide a dos os três casos, os valores de CR variam entre 0,0 e 0,047, o
quantidade total por n – 1. Isso é mostrado na célula F16 da Fi- que significa que ele está sendo consistente. Ele também obser-
gura 12.24 e Mark verifica que seu CI tem um valor de 0,001. O va que o PSS é o vencedor quanto ao critério Serviço, RTC e
passo final para encontrar a relação de consistência (consistency PSS estão empatados em termos de Sofisticação e o PSS é con-
ratio – CR) é dividir o CI por um índice aleatório (random in- siderado o melhor quanto à Personalização.
dex – IR) que é fornecido pelo AHP e mostrado a seguir: Todo esse trabalho conclui o primeiro passo no procedi-
mento. O próximo passo (2) no procedimento é utilizar as com-
n Índice aleatório parações de pares semelhantes para determinar as ponderações
apropriadas para cada um dos critérios. O processo é o mesmo
2 0,00 no sentido de que fazemos comparações, com a diferença de
3 0,58 que agora fazemos comparações entre os critérios e não entre
4 0,90 os fornecedores como fizemos no passo 1. Mark faz isso em
5 1,12 uma nova planilha chamada “Ponderações” (na mesma pasta
6 1,24
de trabalho), mostrada na Figura 12.28.
Mark percebe que o critério Sofisticação dos algoritmos
7 1,32
matemáticos obtém o maior peso na ponderação (52,5% na cé-
8 1,41
lula F14), seguido pelo Custo (30,4% na célula F12) com base
9 1,45
nas comparações de pares. Novamente, ele está satisfeito com
10 1,51 o grau de consistência, próximo a 4 e, portanto, com o fato de
seu CI e seu CR estarem próximos de zero.
Essa relação de consistência é mostrada na célula F20 da Figu- O passo final é calcular as avaliações da média pondera-
ra 12.24 e, no exemplo do Mark, ela é igual a 0,002. da de cada alternativa de decisão e utilizar os resultados para
Para um gerente perfeitamente consistente, as medidas de decidir de qual fornecedor comprar o novo pacote de softwa-
consistência serão iguais a n e, portanto, os CIs serão iguais a re. Esse último passo é realizado como o exemplo simples
zero, assim como a relação de consistência. Se essa relação for que demos no começo desta seção e Mark extrai os resultados
muito grande (Saaty sugere > 0,10), então o gerente não é sufi- de todas as suas outras planilhas a fim de fazer esse cálculo
cientemente consistente e a melhor coisa a fazer é voltar e revi- (veja a planilha “Comparação” na mesma COMPU-
sar as comparações (na maioria dos casos, você terá feito um TER.XLS). Isso é mostrado na Figura 12.29. Desses resulta-
erro simples e esse cálculo o alertará sobre esse fato). dos, Mark percebe que a RTC (0,378 na célula C8) fica mui-
CD12-24 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

Soma

NORMALIZADO
Média Medida Consistência

Relação

Célula Fórmula Copiar Para


F12 = MATRIZMULT(B4:D4,$E$12:$E$14)/E12 F13:F14
F16 = (MEDIA(F12:F14)-3)/2 —
F20 = F16/F18 —

Figura 12.24 Relação de consistência para o custo total.

Soma

NORMALIZADO
Média Medida Consistência

Relação

Figura 12.25 Relação de consistência para o critério Serviço.

=(MEDIA(F12:F14) - 3)/2

Soma

NORMALIZADO
Média Medida Consistência

Relação

Figura 12.26 Relação de consistência para Sofisticação.


Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-25

=(SOMA(C4:C6)

Soma

NORMALIZADO
Média Medida Consistência

Relação

Figura 12.27 Relação de consistência para Personalização.

=(MEDIA(G12:G15) - 4)/3

Custo Serviço Sofisticação Personalização


Custo
Serviço
Sofisticação
Personalização
Soma

NORMALIZADO
Custo Serviço Sofisticação Personalização Média Medida Consistência
Custo
Serviço
Sofisticação
Personalização

Relação

Célula Fórmula Copiar Para


B5 = 1/C4 —
B6 = 1/D4 —
B7 = 1/E4 —
C6 = 1/D5 —
C7 = 1/E5 —
D7 = 1/E6 —
B8 = SOMA(B4:B7) C8:E8
B12 = B4/B$8 B12:E15
F12 = MEDIA(B12:E12) F13:F15
G12 = MATRIZMULT(B4:E4,$F$12:$F$15)/F12 G13:G15
G16 = MEDIA(G12:G15)/3 —
G20 = G16/G18 —

Figura 12.28 Relação de consistência para os pesos de cada critério.


CD12-26 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

Avaliações Alternativas
Critério
Critérios Pesos
Custo
Serviço
Sofisticação
Personalização

Avaliações Peso

Célula Fórmula Copiar Para


B3 = WEIGHTS!F12 B4:B6
C3 = TOTAL COST!E12 —
D3 = TOTAL COST!E13 —
E3 = TOTAL COST!E14 —
C4 = SERVICE!E12 —
D4 = SERVICE!E13 —
E4 = SERVICE!E14 —
C5 = SOPHISTICATION!E12 —
D5 = SOPHISTICATION!E13 —
E5 = SOPHISTICATION!E14 —
C6 = CUSTOM!E12 —
D6 = CUSTOM!E13 —
E6 = CUSTOM!E14 —
C8 = SOMAPRODUTO($B$3:$B$6,C3:C6) D8:E8

Figura 12.29 Classificações de média ponderada AHP utilizando ponderações AHP.

to próximo da PSS (0,376 na célula D8) quanto ao novo con- Na prática, o uso da heurística está, em alguns casos, inti-
trato de software, enquanto a EC permanece em um distante mamente vinculado ao campo da inteligência artificial, em que
terceiro lugar. o programa de computador com técnicas heurísticas pode com-
provar teoremas, jogar xadrez e mesmo escrever poemas.
Talvez a utilização mais comum da heurística na adminis-
12.6 Observações sobre implementação
tração tenha sido, até a presente data, nos modelos de balancea-
Assim como para a maioria dos tipos de modelos quantitativos, mento de linha de montagem, seqüenciamento de tarefas (job-
em geral as abordagens heurísticas são implementadas com shop scheduling) e alocação de recursos no gerenciamento de
uma planilha ou algum outro programa de computador. Uma projetos. Entretanto, recentemente houve um aumento no esco-
diferença, na prática, entre utilizar procedimentos heurísticos e po das aplicações para essas áreas, como seleção de mídia em
utilizar modelos mais formais como programação linear ou marketing, divisão de áreas políticas, agendamento de aulas
quadrática, é que no caso dos modelos mais formais o softwa- universitárias ou sistemas de posicionamento urbano.
re de computador já existe. Contudo, no caso heurístico a apli- Na implementação de todos os modelos heurísticos, a inte-
cação é freqüentemente ad hoc, o que implica no fato de que o ração gerencial e o feedback talvez devam desempenhar um pa-
software deve ser construído. Uma aplicação típica da heurísti- pel ainda maior no caso da criação de modelos mais formais,
ca é, como declarado anteriormente, a área de grandes modelos pois, no caso heurístico, o gerente deve avaliar não apenas o
combinatórios, nos quais obter uma solução por enumeração modelo, mas, implicitamente, também o algoritmo heurístico.
ou aplicando um modelo formal de programação matemática Essa avaliação é necessária porque, para o mesmo modelo,
ou inteira seria proibitivamente caro. Em todas as aplicações da uma heurística diferente levará a “soluções” diferentes.
heurística, há um julgamento administrativo implícito de que Essa interação íntima entre o modelo e o tomador de deci-
“aceitabilidade”, em vez de “condição ótima”, é uma maneira sões também está manifesta na programação de metas quando
apropriada de pensar. Em outras palavras, percebe-se que o tomador de decisões deve atribuir prioridades para várias
“boas soluções” em oposição a “soluções ótimas” podem ser metas, como na forma de classificação ordinal (isto é, priori-
úteis e satisfatórias. Essa filosofia é particularmente bem ade- dades absolutas). A programação por metas é um recurso in-
quada para modelos que são relativamente vagos em suas ins- tuitivo e, nesse sentido, uma abordagem “heurística” para mo-
truções, como modelos de alto nível com objetivos substitutos delos com múltiplas metas. Na programação por metas com
ou para os quais há vários critérios conflitantes de interesses e prioridades absolutas, o gerente deve considerar cuidadosa-
para os quais, conseqüentemente, não há uma função objetivo mente a importância relativa ou utilitária de suas metas. De-
única, bem delineada e definitiva. pendendo da saída do modelo de planilha, o tomador de deci-
Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-27

sões talvez deseje modificar as prioridades ou mesmo o núme- especialmente à medida que a análise de sensibilidade torna-
ro de metas e executar novamente o modelo de planilha. Em se mais bem compreendida.
outras palavras, como ocorre com PL, a análise de sensibilida- Na prática, há programas de computador para resolver pro-
de torna-se um aspecto importante da implementação. Uma gramas com metas em larga escala no modo de processamento
vez que programação por metas ainda está temporariamente em lotes, mas, em geral, não fazem parte das bibliotecas do
engatinhando, o campo está se desenvolvendo, de um ponto de programa-padrão. Para modelos com tamanho modesto, o mo-
vista teórico, a uma velocidade rápida e parece evidente que do interativo é idealmente adequado à técnica seqüencial des-
esse desenvolvimento sugere uma maior utilização da técnica, crita neste capítulo.

Termos-chave
Algoritmo ganancioso. Um algoritmo que informa que a melhoria ternativas concorrentes quando há múltiplos critérios conside-
máxima deve ser feita em cada passo de um processo seqüencial. rados importantes.
Algoritmo heurístico. Um algoritmo que fornece eficientemen- Programa heurístico. Uma coleção de heurística e/ou algorit-
te boas soluções aproximadas para um dado modelo, freqüen- mos heurísticos.
temente com estimativas como base da aproximação. Programação por objetivos. Busca decisões admissíveis que se
Folga. No contexto de programação de projeto, refere-se ao pe- aproximem o máximo possível da realização das metas espe-
ríodo máximo de tempo que qualquer atividade pode ser adia- cificadas.
da sem adiar a conclusão do projeto global. Próxima melhor regra. Idêntica ao algoritmo ganancioso.
Gráfico de alocação de pessoal. Um gráfico de barras que mos- Relacionamentos de precedência. Significa que certas ativida-
tra o número total de pessoas requeridas por semana a fim de des devem ser concluídas antes que outras possam iniciar.
executar uma dada programação de atividades. Restrição do intervalo do objetivo. Uma restrição com a qual
Heurística. Uma regra geral intuitivamente atraente para lidar os objetivos são especificados por um intervalo, em vez de por
com alguns aspectos de um modelo. um valor numérico específico.
Otimização combinatória. Um modelo de otimização com um Tempo de preparação. Tempo requerido antes que uma ativida-
número finito de alternativas praticáveis. de possa iniciar.
Prioridade absoluta. Uma forma da programação por metas em Variáveis de desvio. Variáveis utilizadas na programação por
que as metas devem ser satisfeitas em uma ordem específica. objetivos para medir com que extensão um objetivo especifi-
Processo de hierarquia analítica (AHP). Um procedimento cado é violado.
que utiliza comparações de pares para tomar decisão entre al-

Exercícios de revisão
Verdadeiro – Falso 6. V F Considere a restrição de objetivo 12x1 + 3x2 + u1 – v1 =
100. Suponha que, devido a outras restrições no modelo, a
1. V F Os algoritmos heurísticos têm garantia de alcançarem
meta não possa ser alcançada. Se u1 for positivo, a meta é
uma porcentagem especificada de condição ótima na con-
superestimada.
clusão.
7. V F Uma maneira de declarar prioridades entre metas é co-
2. V F A solução ótima para um modelo de otimização com-
locar ponderações nas variáveis de desvio.
binatória pode, a princípio, ser encontrada por meio da enu-
meração completa. 8. V F Considere a restrição de intervalo da meta 180  4x1 +
12x2  250. Uma formulação de meta correta é
3. V F Uma heurística alternativa no modelo de programação
com recursos limitados é adiantar a atividade que contribui 4x1 + 12x2 – v1  250
com a maior parte da sobrecarga (isto é, que utiliza o maior 4x1 + 12x2 – u1  180
número de pessoas).
9. V F Se uma restrição no intervalo da meta não puder ser al-
4. V F A programação por metas é a única técnica quantitativa cançada (precisamente satisfeita), então uma das variáveis
desenvolvida para utilização nos modelos com múltiplos ob- de desvio será positiva e a restrição em que essa variável
jetivos. aparece estará ativa.
5. V F Cada passo na programação por metas com priorida- 10. V F Uma restrição de sistema na programação por meta
des absolutas introduz uma nova meta e elimina outras con- não pode ser violada.
siderações sobre todos os candidatos atuais que não satisfa-
zem essa nova meta da melhor maneira possível. 11. V F Um modelo de programação por meta pode não ter
solução.
CD12-28 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

Múltipla escolha c. às vezes podem ser tratados com a abordagem da pro-


gramação por metas
12. Se o tempo de troca de ferramentas (changeover) de n tra-
balhos em uma única máquina depende da seqüência, o d. todas as anteriores
problema de minimizar o tempo total de preparação re- As perguntas 17, 18, 19 aplicam-se ao seguinte problema:
quer a análise de
a. n seqüências 1. g1(x1, x2)  b1 é uma restrição de sistema
b. 1 seqüência 2. minimizar o erro para menos de g2(x1, x2) = b2 é a priorida-
c. n! seqüências de mais importante
d. n2 seqüências 3. minimizar o erro para mais de g3(x1, x2) = b3 é a próxima
prioridade
13. A noção intuitivamente atraente que motiva o uso de um 17. O primeiro passo do procedimento de solução é
algoritmo ganancioso é
a. Min u2, s.a. g1(x1, x2)  b1; g2 – u2 = b2; x1, x2, u2  0
a. aproximar o máximo possível da solução ótima
b. Min u2, s.a. g1(x1, x2)  b1; g2 + u2  b2; x1, x2, u2  0
b. fazer o melhor que você puder na etapa atual
c. Min u2, s.a. g1(x1, x2)  b1; g2 – u2  b2; x1, x2, u2  0
c. minimizar o número de passos requeridos
d. nenhuma das anteriores 18. FR I representa os pontos (x1, x2) obtidos no primeiro pas-
so do procedimento da solução. O segundo passo é
14. No modelo de programação de produção, subtrair o tem- a. Min u3 + v3, s.a. (x1, x2) em FR I e g3(x1, x2) + u3 – v3
po de preparação mínimo em uma coluna das outras en- = b3
tradas nessa coluna
b. Min u3, s.a. (x1, x2) em FR I e g3(x1, x2) + u3  b3
a. é uma heurística baseada na noção de que são os cus-
c. Min v3, s.a. (x1, x2) em FR I e g3(x1, x2) – v3  b3
tos relativos que importam
b. certamente produz uma solução ótima se o algoritmo 19. Nesse modelo,
ganancioso for aplicado a. pelo menos uma das metas será alcançada
c. torna o algoritmo ganancioso inútil b. se a primeira meta não for alcançada, a segunda meta
d. todas as anteriores não será alcançada
c. nenhuma das anteriores
15. Se um modelo de programação por metas incluir a restri-
ção g1(x1,…, xn) + u1 – v1 = b1 e o termo 6u1 + 2v1 na função 20. Considere um programa por metas com a restrição
objetivo, o tomador de decisões
g1(x1,…, xn) – v1  b1, v1  0
a. prefere que g1(x1,…, xn) seja maior, e não menor, que b1
b. prefere que g1(x1,…, xn) seja menor, e não maior, que b1 com v1 na função objetivo. Então,
c. é indiferente se g1(x1,…, xn) for maior ou menor que a. a meta é minimizar o erro para mais
b1 b. se v*1 > 0 então a restrição estará ativa
16. Os modelos com múltiplos objetivos c. nenhuma das anteriores
a. são difíceis porque freqüentemente é verdadeiro o fa- d. tanto a como b estão corretas
to de que melhorar um objetivo prejudicará outro
b. são difíceis porque os objetivos podem estar em uni-
dades incomensuráveis (isto é, o problema de “combi-
nar alhos e bugalhos”)

Respostas
1. F, 2. V, 3. V, 4. F, 5. V, 6. F, 7. V, 8. F, 9. V, 10. V, 11. F, 12. c, 13. b, 14. a, 15. a, 16. d, 17. b, 18. c, 19. c, 20. d
Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-29

Problemas
12-1. Para o modelo de agendamento minimax, encontre uma 12-2. Suponha que Solomon atribuiu o departamento 1 ao local
solução ótima alternativa àquela dada na Figura 12.12. 4, o departamento 2 ao local 3, o departamento 3 ao local
2 e o departamento 4 ao local 1.
Os problemas 12-2, 12-3 e 12-4 referem-se ao seguinte
exemplo, chamado modelo de leiaute de instalações: (a) Qual seria a distância entre os departamentos?
(b) Qual seria o custo total das atribuições de Solomon?
Solomon Farson, um consultor de gerenciamento, foi em- (c) Qual seria o número total das possíveis atribuições de
pregado para refazer o leiaute de um pequeno banco. Há instalações a locais que Solomon consideraria se abor-
quatro departamentos-chave a serem levados em conside- dasse o modelo por enumeração completa?
ração: (1) Investimentos (2) Imóveis, (3) Contabilidade, (4)
(d) Para o modelo geral de atribuir n instalações a n lo-
Poupança. Esses quatro departamentos devem ser atribuí-
cais, qual é o número total de atribuições possível?
dos a quatro locais. A distância entre os locais é dada na Ta-
bela 12.5. Portanto, a distância do local 2 ao local 4 é uma 12-3. Suponha que o departamento 1 seja atribuído ao local 1.
unidade, do 4 ao 1 é uma unidade e assim por diante. Na Desenhe uma árvore, análoga à Figura 12.1, mostrando as
Tabela 12.6, é mostrada uma medida dos “fluxos diários” possíveis atribuições restantes dos departamentos 2, 3 e 4
de ida e volta entre os quatro departamentos-chave. aos locais 2, 3 e 4.
O problema é atribuir os quatro departamentos aos
12-4. Ainda referindo-se a Solomon e seu modelo de leiaute,
quatro locais (um departamento por local) para minimizar
a soma dos fluxos diários com distância ponderada. Por (a) Quantos pares diferentes de departamentos podem ser
exemplo, se fizéssemos a atribuição dos departamentos selecionados a partir dos quatro departamentos?
aos locais como a seguir: 1 → 1, 2 → 2, 3 → 3, 4 → 4, en- (b) Inicie a partir da resposta do item (a) do problema 12-
tão o valor objetivo será 2 para aprimorar a atribuição empregando a Best Pair-
wise Exchange Heuristic (heurística da melhor troca
custo de duas vias ponderado entre as de pares), como descrito aqui. (Várias heurísticas fo-
instalações 1 e 2 = distância × fluxo = 2(15) = 30 ram propostas na literatura para abordar o modelo de
custo de duas vias ponderado entre as atribuição de instalações. Em um desses estudos [ver
instalações 1 e 3 = distância × fluxo = 3(20) = 60 Mojena et. al.] envolvendo 12 instalações, foi relatado
custo de duas vias ponderado entre as que alcançar um resultado verdadeiramente ótimo
instalações 1 e 4 = distância × fluxo = 1(16) = 16 com um algoritmo de partição e avaliação sucessivas
exigiu duas horas em um computador de alta veloci-
custo de duas vias ponderado entre as
dade. Em sete segundos, a heurística da melhor troca
instalações 2 e 3 = distância × fluxo = 3(13) = 39
de pares produziu uma proposta que estava, em ter-
custo de duas vias ponderado entre as mos de valores dos objetivos associados, a 3% do óti-
instalações 2 e 4 = distância × fluxo = 1(9) = 9 mo). Quanto você aprimorou sua função objetivo?
custo de duas vias ponderado entre as Passo 1: Encontre o aprimoramento potencial na
instalações 3 e 4 = distância × fluxo = 2(19) = 38 função objetiva associada com cada troca
custo total = 192 de pares de departamentos. Por exemplo,
se os departamentos 1 e 2 fossem trocados,
Tabela 12.5 Distâncias entre os locais a nova atribuição seria 1 → 3, 2 → 4, 3 →
2 e 4 → 1. Isto é, o local dos departamen-
Local
tos 1 e 2 seria modificado, mas os departa-
Local 1 2 3 4 mentos 3 e 4 permaneceriam inalterados.
1 0 2 3 1 Passo 2: Faça a troca de pares que resulte no maior
aprimoramento. Em seguida, repita o pro-
2 2 0 3 1
cedimento até que nenhuma troca de pares
3 3 3 0 2
aprimore o valor da função objetivo.
4 1 1 2 0
12-5. Sam Hull é gerente de marketing de uma empresa farma-
cêutica. Ele deve designar cinco propagandistas para
Tabela 12.6 Fluxos entre departamentos cinco hospitais. As vendas esperadas são mostradas na
Departamento Tabela 12.7.
Departamento 1 2 3 4
(a) Utilize uma heurística gananciosa para atribuir cada
propagandista a cada hospital, de modo que o total das
1 0 15 20 16 vendas esperadas seja maximizado.
2 15 0 13 9 (b) Utilize a heurística modificada na Seção 12.2 (isto é,
3 20 13 0 19 depois de transformar os dados subtraindo as vendas
4 16 9 19 0 máximas em cada coluna de todas as outras entradas
nessa coluna, e utilizando então a heurística ganan-
CD12-30 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

ciosa) para chegar a uma nova solução. Quanto me- Tabela 12.8
lhor é essa heurística em relação àquela utilizada na
T1 T2 T3
parte (a)?
Tabela 12.7 Nenhuma preparação anterior US$ 50 US$ 35 US$ 39
T1 – US$ 30 US$ 34
Hospital
T2 US$ 41 – US$ 30
Propagandista A B C D E T3 US$ 35 US$ 25 –
1 25 18 23 22 16
2 20 21 18 15 12
D
3 23 19 20 21 20
4 30 26 25 22 20
A G
5 28 22 23 20 18
C F
B H
12-6. Três trabalhos – T1, T2 e T3 – devem ser realizados em
um torno. O custo da preparação de um trabalho depende
E
da preparação do trabalho anterior. Na Tabela 12.8, é
apresentado o custo da troca de ferramentas. Atualmente, Figura 12.30
o torno não está configurado para nenhum trabalho.
(a) Utilize a heurística gananciosa para programar os tra- Tabela 12.9
balhos. O objetivo é minimizar o custo total da prepa-
ração. Atividade Tempo requerido Pessoal
(b) Utilize a heurística modificada na Seção 12.2 para
A 1 4
programar os trabalhos.
B 2 5
(c) A heurística modificada sempre produz um resultado
C 1 3
melhor que a heurística gananciosa?
D 2 2
12-7. Erma McZeal é responsável pelo controle de qualidade do E 2 7
fornecimento de água da cidade de Chicago. Há atual- F 1 7
mente três estações de teste localizadas no lago Michigan.
G 1 5
Sejam (x1, x2) as coordenadas em milhas, os três locais
H 1 4
existentes estão posicionados desta maneira:
estação 1: x1 = 2, x2 = 10
estação 2: x1 = 6, x2 = 6 12-9. Mix de produtos. Uma empresa produz dois produtos.
estação 3: x1 = 1, x2 = 3 Cada produto deve ser processado por duas máquinas,
cada uma com 240 minutos de capacidade disponível
O trabalho de Erma é localizar uma nova estação de modo por dia. Cada unidade do produto 1 requer 20 minutos na
a minimizar a distância total entre a nova estação e as três máquina 1 e 12 minutos na máquina 2. Cada unidade do
estações existentes. Assuma que, devido aos locais do produto 2 requer 12 minutos na máquina 1 e 20 minutos
marcador de canal, a distância é medida de maneira retan- na máquina 2. Ao determinar a combinação diária de
gular. Em outras palavras, se a nova estação estivesse lo- produtos, a gerência gostaria de alcançar os seguintes
calizada em (x1 = 3, x2 = 4), ela então teria uma distância objetivos:
de | 3 – 2 | + | 4 – 10 | ou 7 (= 1 + 6) unidades, da estação
1; e assim por diante. Sejam (x1, x2) as coordenadas da no- 1. Produção total em conjunto de 12 unidades
va estação, formule um modelo de programação por me- 2. Produção de nove unidades do produto 2
tas para resolver o problema da Erma. 3. Produção de 10 unidades do produto 1
12-8. A Figura 12.30 é o diagrama de precedência para as ativi- Suponha que a gerência deseje minimizar o erro para me-
dades em um projeto. Na Tabela 12.9, são apresentados nos de cada uma dessas metas e que as ponderações das
tempo e o pessoal requeridos para cada atividade. Utilize prioridades predeterminadas, w1, w2 e w3, devam ser atri-
a heurística da suavização da carga de trabalho para gerar buídas às três metas, respectivamente. Formule isso como
uma agenda para esse projeto. um modelo de programação por metas.
Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-31

12-10. A T & C Furniture Company (TCFC) fabrica mesas e ca- 12-13. Considere o seguinte programa da meta:
deiras. Escreva as restrições de meta para os seguintes ob-
jetivos (utilizando as variáveis T e C para representar o Min P1u2 + P2v1 + P3u3
número de mesas e cadeiras, respectivamente, fabricados s.t. x1 + x2 + u1 – v1 = 80
em um período): x1 + u2 – v2 = 80
(a) Uma mesa leva 10 horas para ser fabricada e uma ca- x2 + u3  45
deira, 5 horas. O número total de horas de trabalho x1, x2, u1, v1, u2, v2, u3  0
disponível por turno é 3.200. Embora o tempo ocioso
e as horas extras sejam aceitáveis, a TCFC gostaria (a) Resolva-o por meio do método gráfico.
que o número total de horas de trabalho fosse o mais (b) A primeira prioridade da meta foi alcançada?
próximo possível de 3.200. (c) E a segunda e terceira?
(b) Uma mesa utiliza uma prancha de madeira inteira e Observação: no caso de erro para menos ou erro pa-
uma cadeira, metade de uma prancha; 300 pranchas ra mais, identifique os valores numéricos reais das
de madeira estão disponíveis durante um período, e violações.
não podemos comprar mais matéria-prima. A TCFC
gostaria de utilizar a maior parte possível dessa ma- 12-14. A empresa de transporte Al opera armazéns e distribui
deira em um período. mercadorias para o comércio varejista. A Al tem armazéns
em cinco locais diferentes e tem quatro clientes varejistas.
(c) A TCFC fabrica mesas sob encomenda e comprome-
Na Tabela 12.10, são apresentados os custos de transporte
teu-se a fornecer 200 mesas em um período. Mesas
por unidade, a demanda e os custos de operacionalização
extras, se produzidas, têm de ser mantidas em estoque,
dos armazéns. Todos os armazéns têm capacidade ilimita-
e a empresa gostaria de minimizar o número de mesas
da. A Al gostaria de decidir quais armazéns devem ser
mantidas em estoque.
mantidos em funcionamento e quais devem ser fechados.
(d) A demanda por cadeiras é incerta, mas é estimada entre A heurística aberta gananciosa para fazer isso consiste em
200 e 250. A empresa gostaria de produzir um número abrir o armazém mais lucrativo e continuar a fazer isso
de cadeiras o mais próximo possível desse limite. contanto que seja lucrativo.
12-11. Considere o modelo de programação por meta: (a) Utilize a heurística aberta gananciosa para resolver es-
se modelo. Quais armazéns devem ficar abertos?
Min P1v1 + P2v2 + P3u3 + P4(u4 + v4)
s.a. x2 + u1 – v1 = 100 (b) Quanto é economizado?
x1 + x2 + u2 – v2 = 80 12-15. Há seis trabalhos a serem processados nas duas máquinas
x2 + u3 = 40 (cortar e moer). Cada trabalho deve passar pela máquina
x1 + 2x2 + u4 – v4 = 160 de corte antes de ser processado na máquina de moer. As-
x1, x2, u1, u2, u3, u4, v1, v2, v3, v4  0 suma que a seqüência em que os trabalhos são processa-
dos é igual nas duas máquinas.
(a) Utilize o método gráfico para resolver o modelo.
A Tabela 12.11 mostra o tempo (em horas) requerido
(b) Interprete a terceira meta x2 + u3 = 40. para terminar um trabalho em cada máquina. O objetivo é
(c) Substitua x2 + u3 = 40 por x2 + u3  40. Qual é a nova programar os trabalhos de modo que o tempo requerido
interpretação? para terminar todos os trabalhos seja minimizado.
(d) Utilize o método gráfico para resolver o modelo com (a) Quantas alternativas você deve comparar para uma
a substituição prescrita em (c). enumeração completa?
12-12. Considere o modelo de programação por meta: (b) Quanto tempo é necessário para concluir todos os tra-
balhos se os trabalhos fossem processados em ordem
Min P1v1 + P2v2 + P3v3 + P4(u4 + v4)
crescente do tempo total de processamento?
s.a. x2 + u1 – v1 = 100
Observação: uma figura como a Figura 12.7 pode ser
x1 + x2 + u2 – v2 = 80
útil. Nessa aplicação, mantenha todas as tarefas atri-
x1 – v3 = 40
buídas à máquina 1 em uma linha e aquelas atribuídas
x1 + 2x2 + u4 – v4 = 160
à máquina 2 em uma segunda linha.
x1, x2, u1, u2, u3, u4, v1, v2, v3, v4  0
12-16. Utilize o AHP para ajudar Mick Mott a escolher a univer-
(a) Utilize o método gráfico para resolver o modelo. sidade em que ele deve se formar. Ele tem duas universi-
(b) Interprete a terceira meta x1 – v3 = 40. dades que ofereceram bolsas de estudo (Harvard e Stan-
(c) Substitua x1 – v3 = 40 por x1 – v3  40. Qual é a nova ford) e determinou que há quatro critérios (valor da bolsa
interpretação? de estudos, prestígio, custo de vida, qualidade da cidade)
(d) Utilize o método gráfico para resolver o modelo com que são importantes para ele. Veja a Figura 12.31, que
a substituição prescrita em (c). apresenta os seguintes dados:
CD12-32 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

Tabela 12.10 A gerência requer um mínimo de 15% de mistura prove-


niente de cada mina.
Revendedor
Custo fixo do armazém (a) Descubra o custo mínimo da mistura.
Armazém A B C D em funcionamento (b) Se o custo não for tão importante quanto a brancura e
a absorvência, descubra a mistura que se aproximará o
1 5 4 1 6 31 máximo possível das especificações do cliente. Qual é
2 9 7 3 5 35 o custo dessa mistura?
3 8 1 7 4 20
12-18. A CD’s.com é um revendedor de músicas pela Internet.
4 4 3 6 2 29 Ela está tentando maximizar a receita antes de sua IPO. A
5 6 3 5 2 38 empresa decidiu fazer isso por meio de uma grande cam-
panha publicitária em Denver, centro das operações da
Demanda 10 15 6 5 empresa. O diretor de marketing acredita que a empresa
será capaz de aumentar a receita tendo como alvo o grupo
Tabela 12.11 de clientes adolescentes em primeiro lugar, em seguida, o
grupo com cerca de 20 anos e, por fim, o grupo com cerca
Tempo requerido para de 30 anos de idade. As três maiores estações de rádio em
os trabalhos (horas) Denver forneceram ao diretor as informações sobre as
Máquina A B C D E F pesquisas mais recentes feitas sobre o perfil do ouvinte,
mostradas na Tabela 12.13.
Cortar 3 4 2 1 5 3
A empresa gostaria de alcançar 35 mil adolescentes, 28
Moer 2 5 2 1 3 4
Total 5 9 4 2 8 7 mil com cerca de 20 anos e 20 mil com cerca de 30 anos.
(a) Encontre a solução de custo mínimo que atenda ape-
nas à meta do ouvinte adolescente.
(b) Encontre a solução de custo mínimo que atenda à me-
ta para adolescentes, mais a meta do grupo de ouvin-
tes com cerca de 20 anos.
(c) Encontre a solução de custo mínimo que atenda à me-
ta de todos os três grupos de ouvintes.
(d) Qual é o custo das partes (a), (b) e (c)?
Figura 12.31
Tabela 12.12
(a) Quais são as avaliações médias para o critério “Pres-
tígio”? Mina Brancura Absorvência Custo/Tonelada
(b) Quais são as ponderações médias para cada critério?
A 67,1 175 50
(c) Em que universidade você recomendaria que o Mick B 68,3 410 110
estudasse no início do próximo ano letivo?
C 67,7 180 95
12-17. A Wyoming Bentonite Inc. tem três depósitos de extração
de bentonita para produção de caixas de areia para gatos. A
bentonita é uma substância parecida com argila encontra- Tabela 12.13
da na região central do estado do Wyoming com boas pro-
priedades de absorção. As três minas operadas pela Wyo- EXPOSIÇÃO
ming Bentonite têm características um pouco diferentes Faixa dos Faixa dos Custo/
quanto à bentonita, determinadas pelo teor de cálcio e só- Estação Adolescentes 20 anos 30 anos mínimo
dio. O aumento de cálcio resulta em uma cor mais branca,
enquanto o aumento de sódio leva a uma melhor absorvên- KFOX 1,300 1,610 1,042 US$ 157
cia. O cliente está preocupado com o custo, a absorvência KDOG 1,537 1,236 1,389 US$ 136
e a brancura. A especificação do cliente para brancura está KKAT 535 637 957 US$ 117
entre 67,2 e 67,8. A especificação para absorvência está
entre 200 e 275. Na Tabela 12.12, são apresentadas carac-
terísticas da bentonita provenientes de cada mina.
Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-33

Tabela 12.14
Para
1 2 3 4 5 6 7 8
DE 1 17 15 9 9 6 3 1
2 9 13 2 13 4 5 11
3 17 1 5 6 4 6 8
4 4 10 16 2 4 3 15
5 3 14 13 6 2 8 16
6 15 5 16 9 4 6 5
7 13 4 4 11 7 14 6
8 5 5 9 2 6 9 9

12-19. Uma empresa de entrega de cervejas tem uma rota com Tabela 12.15
sete entregas a serem feitas. Essa rota se origina na cerve-
jaria (local 1). Assuma que cada entrega consuma cinco Tempo
minutos. Na Tabela 12.14, é apresentado o tempo de via- Atividade Predecessores (semanas) Funcionários
gem entre dois pontos. Assuma que o caminhão pode fa-
I – 6 6
zer um máximo de quatro entregas.
II – 4 3
(a) Utilize o algoritmo ganancioso para determinar a rota III – 2 3
que minimizaria o tempo de percurso para todos os se- IV III 2 3
te locais de entrega (obviamente, isso incluirá uma V III 2 3
viagem de retorno à cervejaria para pegar as três últi- VI V 8 5
mas entregas).
VII VI 1 3
(b) Se um caminhão maior pudesse ser adquirido de mo- VIII I, II, IV, VII 4 4
do que as cinco entregas fossem concluídas antes de
retornar à cervejaria, como o tempo mínimo do per-
curso seria modificado? Tabela 12.16
(c) Uma solução mais apropriada poderia ser obtida com Para trabalho
um algoritmo diferente?
12-20. Carol tem um projeto a ser concluído para um novo reven- 1 2 3 4
dedor na Internet. Ela determinou o número de desenvol- 0 50 29 35 42
vedores necessários para implementar cada atividade no Do trabalho 1 15 54 36
projeto e a precedência das atividades (veja a Tabela 2 36 24 42
12.15). 3 34 27 37
Utilize a heurística de suavização de carga de trabalho 4 48 55 58
para reduzir o uso de pessoal no projeto.
12-21. Considere o tempo de preparação para as máquinas NC na 12-22. Uma empresa de produção de componentes eletrônicos
Stamped Metal Parts Inc. Há quatro trabalhos a serem fei- monta alarmes de segurança para o mercado de segurança
tos, e cada trabalho exigirá tempos diferentes de prepara- residencial. Ela produz três sistemas – o Guard Dog, o
ção, dependendo do trabalho que foi previamente realizado Home Guard e o topo de linha Terminator III. A monta-
(veja a Tabela 12.16). A razão para haver diferentes tempos gem do Guard Dog leva 1,5 hora por unidade. O Home
de preparação está relacionada com as ferramentas e ao Guard requer duas horas de montagem, e o Terminador III
corte de matérias-primas que são carregadas na máquina exige 2,5 horas para a montagem. O número total de horas
para cada trabalho. O trabalho zero representa o ponto ini- disponíveis de produção é 240. A lucratividade do Guard
cial da máquina descarregada e é a partida para o trabalho. Dog é US$ 320, do Home Guard é US$ 320 e do Termina-
Utilize o algoritmo ganancioso para minimizar o tem- tor III é US$ 350. A equipe de vendas previu que as ven-
po total de preparação para os quatro trabalhos. das da semana seguinte serão de 60 unidades de cada pro-
CD12-34 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

duto. A gerência determinou várias metas que são igual- (a) Utilizando essas classificações, encontre as melhores
mente importantes à empresa: decisões de combinação de lojas de acordo com o al-
1. Produzir 60 unidades de cada produto. goritmo AHP.
2. Utilizar todas as horas disponíveis de montagem. (b) Avalie a consistência do Bob ao classificar as alterna-
3. Gerar lucros de pelo menos US$ 3.600. tivas.

Formule e resolva o problema de programação por meta. Tabela 12.17


12-23. O gerente de marketing de uma nova churrascaria na cida- Retorno sobre investimento
de de Odessa, Texas, determinou que é necessária uma
SS MO IS
campanha publicitária para aumentar as vendas. O pro-
prietário da churrascaria e o gerente de marketing deter- SS 1 4 7
minaram que um orçamento de US$ 75.000 seria o máxi- MO 0,25 1 5
mo que poderia ser gasto para alavancar o lucro da chur- IS 0,142857 0,2 1
rascaria. A Permian Eats é uma revista local para restau-
rantes em que seria ideal publicar anúncios da churrasca-
ria. A Permian Eats comercializará um anúncio de página Tabela 12.18
inteira por US$ 1.000 e a exposição do anúncio é estima-
Funcionários
da em 60.000. A KOIL, a estação local de TV, comerciali-
zará anúncios com 30 segundos por US$ 6.000 e estima- SS MO IS
se que cada anúncio abranja 600 mil exposições. O geren-
te gostaria de veicular pelo menos cinco anúncios televi- SS 1 0,25 0,333333
sivos e dez anúncios na revista. Ele também gostaria de MO 4 1 0,5
gastar menos que seu orçamento para assegurar que have- IS 3 2 1
rá fundos disponíveis para outras mídias alternativas se a
campanha publicitária não produzir os resultados espera- 12-25. Há três alternativas disponíveis para a aquisição de servi-
dos. Ele tem as seguintes metas: ços financeiros para que a expansão do inventário da
1. Exposições de pelo menos 35.000.000. Gert’s suporte novas lojas na área de Chicago (veja o pro-
2. Gastar menos que US$ 60.000. blema 12-24). Todos os fornecedores apresentam vanta-
gens diferentes quanto às condições de crédito e serviço
(a) Crie um modelo de planilha para atender a essas metas.
de atendimento ao cliente. Bob classificou os dois crité-
(b) Comente os resultados. rios (ver as Tabelas 12.19 e 12.20).
12-24. Gert’s Sports Emporium é um revendedor de materiais es- Utilize o AHP para determinar uma única fonte de servi-
portivos que cresce rapidamente na costa leste americana. ços financeiros para a Gert’s.
Bob, o proprietário da Gert’s, obteve uma quantidade re- 12-26. Bob, o proprietário da Gert’s Sports Emporium (veja o
lativamente grande de capital para abrir novas lojas na problema 12-24), está procurando fornecedores de equi-
área de Chicago. Ele pode construir três tipos de lojas. A pamentos de hóquei. Ele espera um grande salto nas ven-
contrução de superlojas (superstores – SS) custa US$ 3,5 das devido a condições inesperadamente frias do inverno.
milhões e emprega 150 pessoas. As lojas em shoppings Ele determinou que a decisão sobre um fornecedor será
abertos (mall outlet – MO) custam US$ 1,7 milhão e em- baseada na capacidade de fazer entregas de maneira opor-
pregam 65 pessoas e uma loja na Internet (Internet store – tuna, isto é, sempre que necessárias. Ele tem quatro op-
IS) custaria US$ 1 milhão à Gert’s e empregaria 50 pes- ções de fornecedores e desenvolveu as classificações mos-
soas. A Gert’s tem um capital de US$ 10 milhões para in- tradas na Tabela 12.21.
vestir nas lojas, mas também tem várias metas a serem sa-
(a) Utilize o AHP para selecionar os dois melhores forne-
tisfeitas com o investimento desse capital. A Gert’s gosta-
cedores.
ria de maximizar o retorno do investimento e maximizar o
número de funcionários. O retorno esperado de uma su- (b) Bob é consistente com suas classificações?
perloja, de uma loja em shopping e de uma loja virtual é Tabela 12.19
de US$ 1 milhão, US$ 500.000 e US$ 1 milhão, respecti-
vamente. O número de cada tipo de loja é limitado pela Condições de crédito
demografia da região. O número máximo de lojas virtuais Grandes Pequenos Bucks
é um, o número máximo de superlojas é três e de lojas em bancos bancos R Us
shoppings abertos está limitado a sete. Avalie a situação
utilizando o AHP. Assuma que há dois critérios, retorno Grandes bancos 1 2 0,143
do investimento e funcionários. Bob classificou os dois Pequenos bancos 0,5 1 6,000
critérios utilizando a escala apresentada no texto. Os re- Bucks R Us 7 0,167 1
sultados são mostrados nas Tabelas 12.17 e 12.18.
Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-35

Tabela 12.20 Tabela 12.21


Serviço de atendimento ao cliente Sticks Puck's Rinks Suavização
Supply House Inc. de Metas
Grandes Pequenos Bucks
bancos bancos R Us Sticks Supply 1 3 1 0,5
Puck’s House 0,333333333 1 0,5 0,25
Grandes bancos 1 0,25 1 Rinks Inc. 1 2 1 1
Pequenos bancos 4 1 0,5
Suavização
Bucks R Us 1 2 1 de metas 2 4 1 1

Problemas de aplicação
12-27. Dado o exercício de agendamento de trabalho no Proble- (b) Essa solução é melhor ou pior do que aquela do Pro-
ma 12-15, você pode verificar alguma melhoria quando blema 12-14?
aplica o seguinte método heurístico?
12-30. Utilize o AHP para ajudar Marlene Wyatt a selecionar seu
Passo 1: Listar as atividades junto com o tempo de pro- primeiro trabalho fora da faculdade. Ela tem três ofertas
cessamento nas máquinas de corte e de moa- de emprego (uma em Bakersfield, Califórnia; uma em
gem. Fresno, Califórnia; e outra em Oildale, Califórnia) e deter-
Passo 2: Encontrar o trabalho com o menor tempo de minou que há três critérios (salário, estabilidade de em-
processamento. Se o menor tempo estiver na prego, qualidade da cidade) que são importantes. Veja os
máquina de corte, agende o trabalho logo que dados apresentados na Figura 12.32.
possível; se estiver na máquina de moagem, (a) Quais são as classificações médias para o critério “Sa-
agende-o para o mais tarde possível. Resolva lário”?
os empates arbitrariamente.
(b) Marlene é consistente? Se não, como você poderia
Passo 3: Eliminar o trabalho da lista. modificar as comparações de modo que ela seja con-
Passo 4: Repetir os passos 2 e 3 até que todos trabalhos sistente?
tenham sido agendados. (c) Quais são as ponderações médias para cada critério?
12-28. A cidade de Chicago está considerando dois projetos. Ca- (d) Qual trabalho você recomendaria a Marlene?
da unidade do Projeto A custa US$ 400, gera 20 empregos
12-31. Utilize o AHP para ajudar Charles Shumway a escolher
e tem um retorno de US$ 200 no final do ano. Cada unida-
seu novo automóvel. Ele restringiu sua escolha a três op-
de do Projeto B custa US$ 600, gera 40 empregos e têm
ções (Buick Regal, Toyota Camry e Honda Accord) e de-
um retorno de US$ 200. O planejador da cidade gostaria
terminou que há três critérios (preço, classificação de
de alcançar as seguintes metas:
confiabilidade pela Consumer Reports’, velocidade/de-
1. Manter o gasto total em US$ 2400 ou abaixo. sempenho) que lhe são importantes. Veja os dados da Fi-
2. Gerar pelo menos 120 empregos. gura 12.33.
3. Maximizar o retorno ao final do ano. (a) Quais são as classificações médias para o critério de
Suponha que as três metas estejam em ordem decrescente “Velocidade”?
de prioridade absoluta. (b) Quais são as ponderações médias para cada critério?
(a) Utilize a análise gráfica para encontrar o número óti- (c) Charles é consistente com suas ponderações?
mo de unidades a envolver em cada projeto. (d) Que carro você recomendaria que Charles comprasse?
(b) As metas são alcançadas? Se não, quais são os erros
para menos?
(c) Qual é o gasto liquido e o número de empregos ge-
rado?
12-29. Uma outra heurística para resolver o Problema 12-14 é
chamada de fechamento ganancioso (greedy close). Nes-
se caso, iniciamos com todos os armazéns abertos e fe-
chamos aquele mais lucrativo. Continuamos a fazer isso
até que não possamos fechar um armazém sem perder
dinheiro.
(a) Resolva o Problema 12-14 utilizando o fechamento
ganancioso. Figura 12.32
CD12-36 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

dade para os subúrbios se o peso do imposto passar


de US$ 1,25 bilhão. Você deve trabalhar dentro das
seguintes restrições “fortes”:
• A alíquota de imposto sobre vendas deve estar entre
1% e 3%, como indicado no quadro “A teoria na prá-
tica”.
• A receita total obtida deve exceder o nível atual de
US$ 6,0 bilhões.
Figura 12.33
• O total de imposto na categoria de pessoas HI não
pode passar de US$ 1,5 bilhão.
12-32. Suponha que você tenha sido contratado pelo conselho mu- • O peso do imposto na categoria de pessoas MI não
nicipal da cidade de Peoria, Illinois, para ajudá-los a alcan- pode passar de US$ 3,0 bilhões.
çar as metas globais de impostos. O conselho tem quatro
(a) Utilize a programação por meta para formular esse
metas (listadas em ordem descendente de prioridade):
modelo.
1. Limitar a carga de impostos para pessoas com renda
mais baixa (lower income – LI) chegando a US$ 1,75 (b) Quais são as metas que você pode satisfazer?
bilhão. (c) E aquelas que você não pode satisfazer?
2. Manter a taxa de imposto de propriedade abaixo de 1%. 12-33. O Instituto de Artes de Chicago contratou um escultor pa-
3. Minimizar a “fuga para os subúrbios” mantendo o peso ra criar o design e construir uma grande escultura em aço
do imposto das pessoas com renda média (middle inco- inoxidável com altura de 25 m dentro do edifício. Uma vez
me – MI) menor do que US$ 2,5 bilhões e mantendo o que a ventilação é inadequada para máquinas de solda com
peso dos impostos das pessoas com renda alta (high in- motores, os trabalhadores devem utilizar grandes máqui-
come – HI) menor do que US$ 1,25 bilhão. nas de solda baseadas em eletricidade, fornecida pelo cir-
4. Tentar se possível eliminar o imposto sobre as vendas cuito elétrico do edifício. Cada máquina de solda requer
de alimentos e medicamentos. 100 KW de potência e é operada por uma pessoa. O escul-
Atualmente, a cidade arrecada cinco tipos de im- tor identificou as partes estruturais da escultura que devem
postos: (a) imposto sobre propriedades (onde p é a taxa ser concluídas na ordem especificada por questões de se-
de imposto), (b) imposto sobre as vendas de itens gerais gurança. A escultura retrata uma mãe e um pai que obser-
exceto alimentos, medicamentos e bens duráveis (onde vam seu filho construindo uma casa de árvore. A árvore su-
s é a taxa geral do imposto sobre vendas), (c) imposto porta uma escada de corda, um balanço de pneu e o chão
sobre vendas de alimentos e medicamentos (f é a taxa da casa de árvore com o menino sobre ele. A mãe, o pai e
de imposto sobre as vendas de alimentos e medicamen- a árvore podem ser soldados simultaneamente. Depois que
tos), (d) imposto sobre vendas de bens duráveis (d é a a árvore é concluída, o balanço de pneu, a escada de corda
taxa de imposto sobre vendas de bens duráveis) e (e) e o chão da casa da árvore podem ser adicionados. Quando
imposto sobre a gasolina (g é a taxa de imposto sobre a o chão da casa da árvore for soldado com sucesso à árvore,
gasolina). o menino pode ser então soldado ao chão. O número de
Na Figura 12.34, são fornecidas informações re- soldadores e o tempo requerido para cada parte dessa es-
levantes sobre a receita gerada por uma alíquota de cultura são mostrados na Tabela 12.22.
1% de imposto (e na pasta de trabalho PEO- O Instituto de Artes tem uma quantidade limitada de
RIA.XLS) para cada tipo de imposto por categoria eletricidade que pode ser fornecida à equipe, especificada
de rendimento das pessoas (por exemplo, LI, MI ou por um contrato com a companhia elétrica. Não mais do
HI). Assuma que 10% das pessoas na categoria LI que 900 KW pode ser fornecido ao projeto. O projeto de-
vai mudar da cidade para os subúrbios se o peso do ve ser concluído em nove semanas para assegurar que a
imposto passar de US$ 1,75 bilhão, 20% das pessoas escultura esteja pronta para o festival sobre Picasso.
na categoria MI se mudará da cidade para os subúr- Utilize a heurística de suavização da carga de traba-
bios se o peso do imposto passar de US$ 2,5 bilhões lho para assegurar que o projeto possa ser concluído sem
e 30% das pessoas na categoria HI se mudará da ci- exceder a capacidade elétrica do Instituto de Artes.

<---Tipo de Imposto--->
NÍVEL RENDA Propried. Vendas Alimen. & Medic. Duráveis Gasolina
Baixo
Médio A tabela indica os milhões de
Alto dólares obtidos à taxa de 1%.

Figura 12.34
Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-37

12-34. Utilize os dados do Problema 12-21. Há uma solução taxa de acidentes para a produção de asfalto é 0,2 aciden-
mais adequada para minimizar o tempo de preparação na te por milhão de barris produzidos. A produção da refina-
Stamped Metal Parts? ria está limitada a 10 milhões de barris para o mês seguin-
te. Cinco milhões de barris de gasolina devem ser produ-
12-35. Utilize os dados do Problema 12-24 (Gert’s Sports Empo-
zidos para um cliente importante.
rium).
Formule o problema da programação por metas para
(a) Utilize a programação linear para determinar a combi- minimizar o erro para menos tanto das metas de lucro co-
nação de lojas que apresenta o retorno máximo. mo de segurança.
(b) Determine a combinação de lojas que emprega a
maioria das pessoas. Tabela 12.22
(c) Modifique o programa linear para minimizar o erro pa- Atividade Tempo (semanas) Funcionários
ra menos das duas metas de maneira proporcional.
12-36. Uma refinaria produz diesel, gasolina e asfalto. A lucrati- Árvore 3 6
vidade do diesel é US$ 3 por barril. A lucratividade da ga- Pai 2 3
solina é US$ 2,50 por barril e a lucratividade do asfalto é Mãe 1 3
US$ 3,50 por barril. A refinaria quer maximizar o lucro, Escada de corda 1 3
mas também deve manter um ambiente de trabalho segu- Chão 2 6
ro. A experiência passada mostrou que a produção de as- Menino 4 5
falto tem uma “perda de trabalho”, devido a acidentes, Balanço de pneu 2 3
duas vezes maior que a produção de diesel ou gasolina. A

Estudo de caso – Sleepmore Mattress Manufacturing: consolidação da planta fabril1


W. Carl Lerhos, assistente especial para o presidente da Sleepmore Mat- classificações das três oportunidades em potencial de consolidação.
tress Manufacturing, foi designado para analisar a proposta de consoli- Somente as alternativas “consolidadas” são classificadas; em outras
dação de indústrias em três locais diferentes. A empresa havia incorpo- palavras, cada alternativa “separada” tem uma classificação-padrão de
rado recentemente várias novas instalações como resultado da aquisição 5 para cada atributo. Portanto, os atributos são realmente classificados
de um concorrente; algumas estavam em mercados atualmente servidos como relativos à situação atual, em que as plantas estão separadas. As
pelas instalações existentes. O presidente sabia que a economia em dó- classificações que Carl atribuiu basearam-se em avaliações subjetivas
lares seria relativamente fácil de calcular para cada local, mas os fatores depois de conversar com os gerentes e visitar os locais.
qualitativos e as compensações entre elas eram mais difíceis de julgar.
Essa era a área em que ele queria que Carl investisse a maior parte do
tempo. Ponderações
Os objetivos mais importantes ao avaliar um plano de consolidação Depois que Carl classificou cada atributo em sua escala de 0 a 10, ele
para os locais eram maximizar os benefícios da produção, maximizar os enfrentou uma tarefa mais difícil ao decidir sobre a importância de um
benefícios das vendas e maximizar os benefícios financeiros diretos. Esses atributo se comparado com outro. Os atributos quantitativos seriam re-
objetivos seriam compostos pela exploração de 13 atributos (ver Quadro lativamente fáceis de ponderar. Ele sabia que a taxa de desconto da
1). Depois de gastar algum tempo examinando cada atributo individual- empresa (15%), junto com o planejamento futuro (10 anos), poderia
mente, Carl e os outros diretores da Sleepmore classificaram esses atribu- ajudar nesse aspecto, mas ele não estava muito seguro sobre como fa-
tos em maior e menor importância. Eles também adicionaram os melhores zer isso.
e piores resultados possíveis para cada atributo (ver Quadro 2). Ele tinha ouvido o presidente dizer: “Quanto menor for a planta,
mais fácil será sua administração. Se pudermos melhorar a partir de
Medidas um tamanho de planta de US$ 35 milhões para um tamanho de US$
15 milhões, o ganho seria equivalente a uma economia em relação ao
Em cada caso, foi designado um número de 0 a 10 para os atributos, estado atual de US$ 1 milhão por ano em custos operacionais”. Carl
com 10 como o melhor resultado possível mencionado no Quadro 2. fez um cálculo mental rápido que sugeriu que a ponderação do tama-
Cada local estava em uma região diferente e cada um dos três locais nho da planta seria metade da ponderação da economia anual – ele te-
envolvia uma decisão entre duas alternativas – consolidar as plantas ria de verificar isso posteriormente.
nesse local ou mantê-las separadas. As plantas produziam linhas de A indústria de produção de colchões exigia uma grande quantida-
produto diferentes. Os Quadros 3 a 5 oferecem breves descrições e as de de espaço. Se uma consolidação exigisse uma nova planta ou uma
adição significativa, o trabalho de se mudar, bem como as despesas
1
Esse caso deve ser utilizado como base para discussão em classe, em vez de
não-previstas, acarretaria em fatores negativos adicionais. O custo se-
ilustrar qualquer tratamento eficaz ou ineficaz de uma situação administrati- ria de US$ 25/m2 para cada metro quadrado adicional de espaço.
va. © 1990, Darden Graduate Business School Foundation. Visualize os resu- Para ajudá-lo a atribuir ponderações aos outros atributos, aqueles
mos dos casos da Darden na World Wide Web no endereço www.darden.vir- mais qualitativos, Carl pegou suas notas de uma reunião com a partici-
ginia.edu/publishing. pação do presidente, do vice-presidente de operações e do vice-presi-
CD12-38 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

dente de recursos humanos. Nessa reunião, que aconteceu no momento Quadro 1 Hierarquia de objetivos
da aquisição, foi gerada a lista mostrada no Quadro 2 e se discutiu im-
I. Maximizar os benefícios de produção
portância relativa de cada atributo.
A. Mão-de-obra
O vice-presidente de recursos humanos disse o seguinte: “A mão-
B. Eficácia do gerenciamento
de-obra é a parte mais importante, porque ela determina a qualidade dos
1. Disponibilidade de talento
principais indicadores de desempenho da planta (como qualidade, lu- 2. Tamanho da planta
cratividade, etc.). A experiência mostrou que uma boa força de trabalho C. Capacidade de operação
pode superar muitos obstáculos, mas uma força de trabalho ruim gera 1. Complexidade de uma linha de produtos
problemas. Na verdade, eu penso que a mão-de-obra é duas vezes mais 2. Treinamento
importante que a média de todos os 13 atributos”. Carl pensou sobre o 3. Estabilidade da produção
contexto dessa afirmação. Ele verificou se o vice-presidente tinha em D. Instalações
mente os intervalos no Quadro 2: melhorar as relações de trabalho, pas- 1. Leiaute
sando de “criar uma união hostil” para “eliminar uma união hostil”, era 2. Local
duas vezes mais valioso do que melhorar o atributo médio de pior para 3. Disponibilidade de espaço
melhor. II. Maximizar os benefícios das vendas
O vice-presidente de operações concordou com o comentário so- A. Maximizar o serviço
bre a mão-de-obra e disse: “Acho que a qualidade e o serviço, embora B. Maximizar a qualidade
um pouco menos importantes que a mão-de-obra, são os dois outros III. Maximizar os benefícios financeiros diretos
atributos que merecem um peso maior do que a média”. A. Minimizar o custo inicial
B. Maximizar o benefício em progresso

Quadro 2 Treze atributos selecionados na avaliação da consolidação


Classificação Atributo Pior resultado Melhor resultado

1 Mão-de-obra Criar uma união hostil Eliminar uma união hostil


2 Qualidade Qualidade drasticamente pior Qualidade altamente aprimorada
3 Serviço Perda de negócios Aumento de negócios
4 Economias anuais Perder US$ 1 milhão/ano Economizar US$ 1 milhão/ano
5 Custo inicial Custo de US$ 5 milhões Economizar US$ 5 milhões
6 Talento da gerência Gerência gravemente piorada Gerência altamente aprimorada
7 Tamanho da planta (vendas) Criar uma planta de US$ 35 Criar uma planta de US$ 15
milhões milhões
8 Local da planta Mudar de uma área rural para Mudar da cidade para uma área
a cidade rural
9 Complexidade da linha Aumentada para toda a linha Reduzir a linha de produtos
de produto de produtos
10 Disponibilidade de espaço É necessária uma nova instalação Economizar uma expansão de
(10.000 m2) 10.000 m2
11 Estabilidade da produção Aumentar a variabilidade da demanda Diminuir a variabilidade
12 Treinamento Treinar toda a nova mão-de-obra Pequeno número de demissões –
nenhum treinamento novo
13 Leiaute da planta Criar um leiaute ruim Eliminar o leiaute ruim
Capítulo 12 • Tomada de decisão com múltiplos objetivos e heurística CD12-39

Quadro 3 Consolidação avaliada no local 1: incorporar a planta 1A à planta 1B


Classificação
Atributo Planta 1A Planta 1B para combinação
Mão-de-obra Ruim Excelente 9; grande aprimoramento
Qualidade Ruim Boa 9
Serviço Ruim Bom 8
Economias anuais Alta sobrecarga Eficiente; a incorporação –
economiza US$ 1 milhão/ano
Custo inicial Economiza US$ 1 milhão N/D –
se a planta for incorporada
Talento da gerência Ruim Excelente 9
Tamanho da planta US$ 3 milhões US$ 27 milhões –
(vendas)
Local da planta Cidade grande Área rural 10
Complexidade da 2 linhas de produtos 2 linhas separadas 0; muito complexa
linha de mais importantes
produtos
Disponibilidade N/D Tem espaço extra; não –
de espaço necessita de expansão
Estabilidade Demanda pequena/incerteza Demanda alta/baixa incerteza 7; reduz variação
da produção alta
Treinamento N/D Mão-de-obra extra disponível 7,5
Leiaute da planta Planta congestionada Bem organizada 7,5

Quadro 4 Consolidação avaliada no local 2: colocar a planta 2B na planta 2A


Classificação
Atributo Planta 2A Planta 2B para combinação
Mão-de-obra Média Ruim 6
Qualidade Média Média 5
Serviço Média Bom 7
Economias anuais Subcapacidade; a incorporação Subcapacidade –
economiza US$ 500 mil
Custo inicial N/D Economiza US$ 1 milhão se –
a planta for incorporada
Talento da gerência Média Bom 6
Tamanho da planta US$ 5 milhões US$ 10 milhões –
(vendas)
Local da planta Parque industrial Cidade grande 6
Complexidade da 2 linhas de produtos 2 linhas diferentes 0; muito complexa
linha de produtos mais importantes
Disponibilidade Há necessidade de adicionar Nenhum espaço –
de espaço 4,645 m2 se incorporada
Estabilidade da Demanda pequena/ Demanda anticíclica 9; reduz variação
produção incerteza alta
Treinamento Mão-de-obra subutilizada Mão-de-obra subutilizada 9; pequeno número
de demissões
Leiaute da planta Excelente Ruim 9
CD12-40 Tomada de Decisão em Administração com Planilhas Eletrônicas

Quadro 5 Consolidação avaliada no local 3: Coloque a planta 3B na planta 3A


Classificação
Atributo Planta A Planta B para combinação
Mão-de-obra Abaixo da média Bom 3; pode perder mão-de-obra da
Planta 3A
Qualidade Média Média 5
Serviço Média Bom 6
Economias anuais Subcapacidade; a incorporação Eficiente –
economiza US$ 200 mil/ano
Custo inicial N/D Economiza US$ 2 milhões –
se incorporada
Talento da gerência Média Abaixo da média 6
Tamanho da US$ 9 milhões US$ 18 milhões –
planta (vendas)
Local da planta Cidade grande Subúrbios 4
Complexidade da 2 linhas de produtos 2 linhas diferentes 0; muito complexo
linha de mais importantes
produtos
Disponibilidade São necessários 2,787 m2 Nenhum espaço –
de espaço se incorporada
Estabilidade Demanda pequena/ Demanda incerta 6; demanda não anticíclica
da produção incerteza alta
Treinamento Mão-de-obra subutilizada N/D 3; algumas pessoas se demitem
Leiaute da planta Bom Restringida 7

Parece haver um consenso de que a gerência era o próximo atri- Para os três atributos remanescentes – estabilidade, treinamento
buto qualitativo mais importante porque, como ocorre com a mão- e leiaute – foi acordado que eles teriam efeitos individuais relativa-
de-obra, a gerência determinaria o destino da planta. Mas, diferente- mente pequenos, mas seus efeitos combinados foram considerados
mente da mão-de-obra, a gerência poderia ser facilmente modifica- cerca de duas vezes maior que a complexidade da linha de produtos.
da. Globalmente, esse atributo foi considerado “médio” em termos A tarefa mais difícil foi avaliar as compensações que a gerên-
de importância. cia estaria disposta a fazer entre os fatores quantitativos e qualitati-
O presidente então defendeu a consideração do local da planta: vos. Nesse sentido, o presidente expressou a Carl as dificuldades da
“O local da planta é tão importante quanto o tamanho da planta. Nos- escolha entre uma situação com uma economia de custo inicial de
sos dados mostram que plantas em áreas mais congestionadas (cida- US$ 7 milhões e uma situação no qual uma união hostil tenha sido
des) tendem a ser menos lucrativas que as plantas nas áreas rurais”. eliminada.
O vice-presidente de operações afirmou o seguinte: “Como a
Sleepmore produz uma linha de produtos diferentes em plantas dife-
Decisão
rentes, as consolidações poderiam aumentar drasticamente a comple-
xidade e reduzir a eficiência a longo prazo. Proponho que a complexi- Carl tinha de descobrir uma maneira efetiva de combinar todas essas
dade dessa linha de produtos seja considerada o próximo atributo qua- informações tanto sobre os fatores quantitativos como qualitativos pa-
litativo mais importante, não obstante o fato de que sua importância é ra tomar decisões sobre a consolidação em cada um dos três locais.
cerca de dois terços da importância do talento da gerência, em minha Ele gostaria de saber o grau de sensibilidade que suas decisões teriam
opinião”. às ponderações que ele designou para cada atributo.

Referências
Colin Benjamin, Ike Ehie, and Yildirim Omurtag, “Planning Fa- Richard Mojena, Thomas Vollmann and Yoshihiro Okamoto, “On
cilities at the University of Missouri–Rolla”, Interfaces, 22, Predicting Computational Time of a Branch-and-Bound Algo-
no. 4 (1992): 95–105. rithm for the Assignment of Facilities”, Decision Sciences, 7,
Abraham Charnes and William Cooper, Management Models and no. 4 (1976): 856–867.
Industrial Applications of Linear Programming (New York: Thomas Saaty, The Analytic Hierarchy Process (New York: Mc-
John Wiley, 1961). Graw-Hill, 1988).
William Gavett, “Three Heuristic Rules for Sequencing Jobs to a Andres Weintraub and Bruce Bare, “New Issues in Forest Land
Single Production Facility”, Management Science, 11 (1965): Management from an Operations Research Perspective, ” In-
B166–76. terfaces, 26, no. 5 (1996): 9–25.

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