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Em 17/1/2015, Rodolfo T.

, brasileiro, divorciado, com 57 anos de idade, administrador de


empresas, importante dirigente do clube esportivo LX F.C., contratou profissional da advocacia
para que adotasse as providências judiciais em face de conhecido jornalista e comentarista
esportivo, Clóvis V., brasileiro, solteiro, com 38 anos de idade, que, a pretexto de criticar o fraco
desempenho do time de futebol do LX F.C. no campeonato nacional em matéria esportiva
divulgada por meio impresso e apresentada em programa televisivo, bem como no próprio blog
pessoal do jornalista na Internet, passou, em diversas ocasiões, juntamente com Teodoro S.,
brasileiro, de 60 anos de idade, casado, jornalista, desafeto de Rodolfo T., a praticar reiteradas
condutas com o firme propósito de ofender a honra do dirigente do clube. Foram ambos
interpelados judicialmente e se recusaram a dar explicações acerca das ofensas, mantendo-se
inertes.

Por três vezes afirmou, em meios de comunicação distintos, o comentarista Clóvis V.,
sabendo não serem verdadeiras as afirmações, que o dirigente "havia 'roubado' o clube LX F.C.
e os torcedores, pois tinha se apropriado, indevidamente, de R$ 5 milhões pertencentes ao LX
F.C., na condição de seu diretor-geral, quando da venda do jogador Y, ocorrida em 20/12/2014" e
que "já teria gasto parte da fortuna 'roubada', com festas, bebidas, drogas e prostitutas". Tal
afirmação foi proferida durante o programa de televisão Futebol da Hora, em 7/1/2015, às 21 h
30 m, no canal de televisão VX e publicado no blog do comentarista esportivo, na Internet, em
8/1/2015, no endereço eletrônico www.clovisv.futebol.xx. Tais declarações foram igualmente
publicadas no jornal impresso Notícias do Futebol, de circulação nacional, na edição de
8/1/2015. Destaque-se que o canal de televisão VX e o jornal Notícias do Futebol pertencem ao
mesmo grupo econômico e têm como diretor-geral e redator-chefe Teodoro S., desafeto do
dirigente Rodolfo T. Sabe-se que todas as notícias foram veiculadas por ordem direta e expressa
de Teodoro S.

Prosseguindo a empreitada ofensiva, o jornalista Clóvis V. disse, em 13/1/2015, em seu


blog pessoal na Internet, que o dirigente não teria condições de gerir o clube porque seria "um
burro, de capacidade intelectual inferior à de uma barata" e, por isso, "tinha levado o clube à
falência", porém estava "com os bolsos cheios de dinheiro do clube e dos torcedores". Como se
não bastasse, na última edição do blog, em 15/1/2015, afirmou que "o dirigente do clube está tão
decadente que passou a sair com homens", por isso "a mulher o deixou".

Entre os documentos coletados pelo cliente e pelo escritório encontram-se a gravação,


em DVD, do programa de televisão, com o dia e horário em que foi veiculado, bem como a
edição do jornal impresso em que foi difundida a matéria sobre o assunto, além de cópias de
páginas e registros extraídos da Internet, com as ofensas perpetradas pelo jornalista Clóvis V.

Rodolfo T. tomou conhecimento da autoria e dos fatos no dia 15/1/2015, tendo todos eles
ocorrido na cidade de São Paulo – SP, sede da emissora e da editora, além de domicílio de
todos os envolvidos.

Em face dessa situação hipotética, na condição de advogado(a) contratado(a) por


Rodolfo T., redija a peça processual que atenda aos interesses de seu cliente, considerando
recebida a pasta de atendimento do cliente devidamente instruída, com todos os documentos
pertinentes, suficientes e necessários, procuração com poderes especiais e testemunhas.

Olhar:

Art. 138, caput, CP;

Art, 138, §1º, CP;

Art 139, CP

Art 141, III CP

Art 145 CP

Art 41 CPP
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO __ JUIZADO ESPECIAL
CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO - SP.

RODOLFO TARSO , brasilerio, divorciado, administrador de empresas,


portador da Carteira de Identidade RG nº 225.788 e CPF nº 561.698.004-54, residente e
domiciliado na Rua Domingos Fernandes, Jardim Petrópolis, São Paul - SP, neste ato,
por seu procurador assinado in fine (doc. junto), estabelecida profissionalmente na Rua
47,, nº 60, Setor Brasil, São Paulo - SP, onde recebe intimações e avisos, vem à digna e
honrosa presença de Vossa Excelência, apresentar a presente:

QUEIXA-CRIME

em face de CLÓVIS VIEIRA, brasileiro, solteiro, jornalista e comentarista


esportivo, nascido aos 18/05/1978, com 38 anos, filho de Joana da Costa Vieira e de
Antônio Carlos Moreira, residente na Rua Catedral, nº 5.220, Setor Jaraguá, São Paulo -
SP, e TEODORO SACRAMENTO, brasileiro, casado, jornalista, nascido aos 08/02/1956,
com 60 anos, filho de Maria Sacramento e de César Batista, residente na Rua do
Apóstolos, nº 1.545, Vila Maria, São Paulo - SP, mediante os fatos e fundamentos a
seguir expostos:

DOS FATOS

No dia 15/01/2015, Rodolfo tomou conhecimento que os QUERELADOS


por diversas vezes tentaram denegrir sua imagem em meios de comunicação, usando
como pretexto à critica ao fraco desempenho do time de futebol dirigido pelo por ele.

Observa-se que o Clóvis publicou informações sobre o Rodolfo, mesmo


tendo conhecimento que elas não são verdadeiras, afirmado que o mesmo havia
"roubado" o clube LX F.C. e os torcedores, apropriando-se, indevidamente de R$ 5
milhões pertencentes ao LX F.C., na condição de seu diretor-geral, na ocasião da venda
do jogador Y, ocorrida em 20/12/2014" e que "já teria gasto parte da fortuna 'roubada',
com festas, bebidas, drogas e prostitutas".

Sendo essas informações divulgadas durante o programa de televisão


Futebol da Hora, em 7/1/2015, às 21 h 30 m, no canal de televisão VX e publicado no
blog do comentarista esportivo, na Internet, em 8/1/2015, no endereço eletrônico
www.clovisv.futebol.xx. Tais declarações foram igualmente publicadas no jornal impresso
Notícias do Futebol, de circulação nacional, na edição de 8/1/2015. Destaque-se que o
canal de televisão VX e o jornal Notícias do Futebol pertencem ao mesmo grupo
econômico e têm como diretor-geral e redator-chefe Teodoro S., desafeto do dirigente
Rodolfo T. Sabe-se que todas as notícias foram veiculadas por ordem direta e expressa
de Teodoro S.

Clóvis V. ainda não satisfeito com as declarações acima descritas,


publicou em 13/1/2015, em seu blog pessoal na Internet, que o dirigente não teria
condições de gerir o clube porque seria "um burro, de capacidade intelectual inferior à de
uma barata" e, por isso, "tinha levado o clube à falência", porém estava "com os bolsos
cheios de dinheiro do clube e dos torcedores". E ainda, na última edição do blog, em
15/1/2015, afirmou que "o dirigente do clube está tão decadente que passou a sair com
homens", por isso "a mulher o deixou".

Por fim, ambos os QUERELADOS foram ambos interpelados judicialmente


e se recusaram a dar explicações acerca das ofensas, mantendo-se inertes.

DA CARACTERIZAÇÃO DA CALÚNIA

A Calúnia consiste em imputar falsamente à alguém a autoria de fato


definido como crime e a pena prevista é de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos
e multa, conforme texto disposto no artigo 138 do Código Penal, in verbis:

“Art. 138: Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido


como crime.
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação,
a propala ou divulga.

Para a caracterização do Crime de Calúnia, o agente não necessariamente


precisa ter consciência de que é falsa suas afirmações, mas basta que haja a incerteza
da autoria, para que este assuma os riscos decorrentes da ofensa a integridade moral
alheia. Assim sendo, é oportuna a transcrição dos textos jurisprudenciais, que firma
entendimento quanto ao assunto, senão vejamos:

"Na calúnia, a culpabilidade compreende a vontade e a


consciência de imputar a outrem, perante terceiro, fato
definido como crime, sabendo ao agente que, assim agindo,
pode atingir a reputação da vítima. Irrelevante à configuração
do delito a existência de certeza de falsidade por parte do
acusado. Basta ao reconhecimento do crime a ocorrência de
dúvida na mente do réu, uma vez que apesar da incerteza, age
assumindo o risco de criar condição pela qual a possível
inverdade afirmada pode determinar lesão à honra
alheia" (TACRIM - SP - AC - Rel. Mello Almada - JUTACRIM
33/276).(Grifei)

"Na calúnia o dolo do agente é sempre presumido, cabendo-


lhe a prova da verdade para isentar-lhe a culpa. E para a
configuração do delito basta a voluntariedade da imputação
do fato ou a consciência do caráter calunioso do escrito.
Ainda quando a agente suponha estar publicando um fato
verdadeiro, sendo este falso, incorrerá em sanção." (Ac. Nº
7.225 - Campinas - Apelante: José Moraes Coelho - Apelada:
Justiça Pública).(Grifei)

O elemento subjetivo específico do crime de calúnia, qual seja a vontade


de atingir a honra objetiva da vítima, atribuindo falsamente e publicamente fato definido
como crime, emerge claro quer o primeiro QUERELADO ao ter acusado
o QUERELANTE de ter cometido o crime de Furto e apropriação indevida do dinheiro do
clube LX F.C. e dos torcedores Simples, perante os meios de comunicações não condiz
com a verdade. Ficando claro que com tal conduta o Querelado praticou o crime de
Calúnia e deverá ser punido.

Infere-se ainda, que o segundo QUERELADO, na qualidade de como


diretor-geral e redator-chefe desses meios de comunicações, ao permitir a divulgação de
fato incorreu no crime do art. 138, §1º.

DA CARACTERIZAÇÃO DA DIFAMAÇÃO

Dispõe o artigo. 139º, caput, do Código Penal:

“Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo a sua


reputação:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 ano, e multa. ”

Para a configuração do crime de difamação é preciso que o agente impute


à vítima, dolosamente, fatos que sejam ofensivos à sua reputação.

Neste sentido, colaciona-se preciosa lição do mestre Hungria:

Consiste na imputação de fato que, embora sem revestir


caráter criminoso, incide na reprovação ético-social e é, portanto,
ofensivo à reputação da pessoa a quem se atribui [...] Na
difamação o fato imputado ocorre apenas na reprovação moral e
pouco importa que a imputação seja falsa ou verdadeira.

Na mesma senda preleciona Victor Eduardo Rios Gonçalves:

Conforme indica o próprio nome do delito, difamar significa


causar má fama, arranhar o conceito que a vítima goza perante
seus pares, abalar sua reputação [...] Assim, constitui difamação
dizer, com o intuito de atingir a honra alheia, que o trabalhador
estava embriagado enquanto prestava serviço, que o empregado
dorme em serviço, que o juiz não lhe direito os processos que
decide, que uma mulher casada está tendo relações sexuais com o
vizinho.

Portanto, ao denegrir a imagem e a honra do QUERELANTE, ofendendo a


vítima em sua subjetividade perante a sociedade, menoscabando sua boa reputação,
lesando sua dignidade e seu decoro, incorreu a querelada no crime tipificado no art. 139
do Código Penal.

Analisando-se o caso em tela, não resta dúvidas de que o QUERELADO,


por meio de publicações em meios de comunicação, afirmando que o Rodolfo seria "um
burro, de capacidade intelectual inferior à de uma barata" e, por isso, "tinha levado o
clube à falência", e "o dirigente do clube está tão decadente que passou a sair com
homens", por isso "a mulher o deixou", abalou a honra e o respeito do querelante,
acusando-lhe de ter praticado atos que desabonaram sua própria imagem.

DO AUMENTO DA PENA

O Código Penal dispõe, ainda, em seu artigo 141, inciso III:

“Art. 141 – As penas cominadas neste Capitulo aumentam-se de


1/3 (um terço), se qualquer dos crimes é cometido:
III – na presença de várias, ou por meio que facilite a divulgação da
calúnia, da difamação ou da injúria; ”

Nesse sentido, vale ressaltar que Helena, além de cometer crime contra a
honra, previsto no artigo 139, caput, o fez por intermédio dos meios de comunicação, ou
seja, jornal e blog, sendo de grande abrangência, causando, assim, maior divulgação da
mensagem entre todos os contatos do QUERELANTE, razão pela qual deve incidir na
causa de aumento de pena descrita no artigo 141, inciso III, do Código Penal.

Destarte, em conformidade ao artigo 145 do Código Penal, estes tipos


penais somente se procede mediante Ação Penal Privada, eis o porquê do oferecimento
da presente Queixa-Crime.
DO PEDIDO

Em razão dos fatos acima epigrafados, vê-se o QUERELANTE na


contingência de promover a presente Queixa, requerendo a condenação
do QUERELADO nas sanções penais previstas no dispositivo legal supracitado, com
único intuito de coibir tais atos de voltarem a ocorrer, devendo o QUERELADO ser
citado para responder aos termos da presente Ação Penal, a qual deverá ao final ser
julgada PROCEDENTE.

Assim, protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em


especial a oitiva das testemunhas arroladas em anexo.

Nestes termos,
Pede deferimento.

São Paulo, 15 de Fevereiro de 2015.

- JANAÍNA DE PAULA PEREIRA BIANCHI –


OAB/SP Nº 24.968

ROL DE TESTEMUNHAS:

1. CLÁUDETE ABREU, brasileira, solteira, secretária, residente e domicilia na Rua


04, nº 140, Centro, Goiânia - GO (vítima);
2. JOSÉ BONIFÁCIO, brasileiro, solteiro, bancário, residente e domicilia na Rua das
Amoreiras, nº 342, Setor Sul, Goiânia - GO (testemunha);

3. CLAUDIO PESSOA, brasileir, solteiro, engenheiro, residente e domicilia na


Avenida Rodrigo Menezes, nº 1.020, Setor Planalto, Goiânia - GO (vítima);

Entre os documentos coletados pelo cliente e pelo escritório encontram-se a gravação,


em DVD, do programa de televisão, com o dia e horário em que foi veiculado, bem como a
edição do jornal impresso em que foi difundida a matéria sobre o assunto, além de cópias de
páginas e registros extraídos da Internet, com as ofensas perpetradas pelo jornalista Clóvis V.

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