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Universidade dos Açores

Faculdade de Ciências sociais e Humanas | Departamento de Sociologia


Teorias Sociológicas Clássicas

Relatório da Aula Prática


1) Tema: Sociologia da Revolução Francesa
2) Esquema da aula:

1. Os factores da Revolução Francesa


1.1. A influência dos pensadores na política francesa
1.2. A perspetiva religiosa
1.3. O despotismo e a antecipação da vontade das reformas
1.4. Da riqueza ao esgotamento do reino de Luís XVI
1.5. Consciencialização do povo
1.6. Revolução administrativa
1.7. A liberdade e a igualdade de condições
1.8. O funcionamento do governo no antigo regime

3) Principais conceitos: administração, democracia, igualdade, liberdade e revolução.

4) Resumo:
Charles Alexis Henri Clérel de Tocqueville nasceu em 1805 e vem a falecer em 1859, assumindo
diversos cargos na política. De entre vários estudos, o autor fez um estudo sobre a revolução, que até
aos dias de hoje continua sendo um dos maiores clássicos da literatura.
O autor na sua obra, o Antigo Regime e a Revolução, define o lugar, a origem e o carácter da
revolução, fazendo uma perspetiva do que a França era e poderia ser. Tocqueville pretende
determinar quais os factos que conduziram à revolução francesa e para tal faz uma descrição da
França na época.
Para Tocqueville, a França era de uma das nações europeias a mais literária, contudo nem
sempre os literatos mostraram esse espírito até meados do século XVIII. Estes pensadores não
estavam ligados aos negócios do dia-a-dia do país. Não tinham autoridade nem riqueza e não
ocupavam cargos políticos. Contudo, face à Alemanha os literatos franceses não estavam alheios à
política. Tinham por hábito, entre si discutir e criticar em geral os temas da sociedade, de forma
pouco profunda. Poder-se-á dizer, que as ideologias políticas e literárias dos pensadores eram
abstratas e difusas, o mesmo se aplica aos sistemas políticos. O espírito abstrato e a falta de liberdade
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política fazem com que teorias gerais dominem chegando até às classes mais baixas através dos
literatos.
A religião perde poder no século XVIII de um modo geral, ocorrendo um fenómeno nunca
antes visto, a irreligião. Esta surge como o caráter da revolução francesa onde produz uma
descrença universal, um mau estar e até mesmo um fanatismo por parte dos cidadãos.
De acordo com os economistas o estado não deve só dirigir a nação, como o estado tem a
obrigação de formar as pessoas devendo fornecer tudo o que estiver ao seu alcance porque deve
haver limites para a liberdade.
Durante muitos anos o povo sentiu-se oprimido e tratado de forma desigual, o gerando
sentimentos de revolta que acabaram por levar a uma vontade descontrolada de revolucionar
completamente o estado político em que viviam. Há muito tempo que os cidadãos não estavam
satisfeitos com o governo.
Os cidadãos franceses perspetivam uma sociedade ideal baseada na liberdade da
centralização administrativa e um poder legislativo dividido. Estes factos devem-se ao facto da
governação real concentrar todo o poder em si. O desejo da nação é implementar a liberdade e
igualdade nas instituições.
As classes superiores começaram a ter a noção das injustiças em que o povo vivia querendo
libertá-los das mesmas. As medidas com o povo empregou também permitiu essa consciencialização
do povo.
A centralização administrativa uniformizadas as classes privilegiadas, mas desarticulava devido
ausência de liberdade política e diferenciação de direitos.
O povo vivia numa situação de pobreza e sem qualquer tipo de direitos. Deste modo, os
pensadores construíram as ideias e as teorias abstratas capazes de mobilizar o povo para revolução
contra o antigo regime. De forma a alcançar a igualdade de condições e a liberdade. A revolução
francesa provocou uma ruptura total com o antigo regime, ou seja, destruiu tudo o que estava
relacionado com as instituições antigas, implementado um novo modelo que assentava na
democracia.
No antigo regime o governo local era distinto em cada estado, nomeadamente Languedoc. Este
estado era referência de uma boa governação local no antigo regime, pois foi capaz de defender os
seus interesses e direitos. De tal modo, que a revolução não destruiu o modo de funcionamento da
governação apenas modificou as antigas instituições.
Tocqueville dedica uma parte do livro à explicação do código de leis, que foi elaborado pelo Rei
Frederico II da Prússia. Este foi aplicado em 1794 depois da eclosão da Revolução Francesa, código
civil este que é o documento legislativo mais recente e autêntico que dá cariz legal às desigualdades
feudais, que são banidas da Europa como consequência da Revolução.
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As diferentes classes deram o seu testemunho através de petições que foram elaboradas antes da
Revolução. Tocqueville apresenta um extrato das petições da nobreza, que revela o sentimento da
grande maioria desta ordem e onde podemos observar as suas pretensões na manutenção dos seus
privilégios.
Segundo o autor, o fenómeno que está na origem da revolução é a incapacidade dos grupos
privilegiados se entenderem quanto à forma de governação do país, ou seja, não existia unidade
entre as classes privilegiadas, devido à ausência de liberdade política. Os grupos privilegiados do
passado, que conservavam os seus privilégios, mas que tinham perdido o seu papel histórico,
mantinham-se separados dos grupos da nova sociedade. Estes embora afastados da antiga nobreza
desempenhavam um papel decisivo.
Em suma, no plano social são os privilégios da Aristocracia e consequente descontentamento do
povo que conduzem à revolução, e no plano político a centralização e uniformidade administrativa
era condicionada pela ação do estado. Os princípios primordiais que emergem com a revolução são:
a liberdade, a igualdade e a fraternidade.

5) Questões para debate:

1. Sabendo que existe um conjunto de caraterísticas especificas, em que medida, a revolução


francesa se aproxima de uma revolução religiosa?

2. Por que razão, segundo Tocqueville, os sentimentos que originaram a revolução - a ideia e o
gosto pela liberdade - apareceram por último?

6) Bibliografia:
Tocqueville, Alexis (1989), O Antigo Regime e a Revolução, Lisboa, Ed. Fragmentos, pp. 127-
211.

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