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CAPÍTULO 1
ANÁLISE DE SISTEMAS DE ENERGIA ELÉTRICA
1.1 – Introdução
Até por volta de 1950, a maioria dos sistemas elétricos funcionavam
como unidades separadas, onde poucos geradores alimentavam pequenas
regiões, por intermédio de alguns transformadores e linhas de transmissão.
Com o crescimento do consumo e com o desejo de maior confiabilidade de
funcionamento, os sistemas próximos foram interconectados (Exemplo:
CEMIG c/ FURNAS, CESP, ESCELSA, etc.). Hoje em dia, a troca de energia
entre companhias é bastante comum no Brasil.
A interconexão de sistemas trouxe, além dos benefícios, novos
problemas. A maioria deles, no entanto, foram solucionados satisfatoriamente.
Assim, por exemplo, a existência de um maior número de máquinas
interligadas, faz com que a corrente que circula durante um curto-circuito seja
aumentada, obrigando à instalação disjuntores de maior capacidade. Além
disso, as perturbações causadas por um curto-circuito em um sistema, podem
se estender, indesejavelmente, aos sistemas a ele interligados.
Por outro lado, planejamento da operação, o aperfeiçoamento e a
expansão de um sistema elétrico de potência, exigem, em geral, as seguintes
análises:
a) estudos de fluxo de carga (determinação das correntes e potências
transferidas ao longo do sistema, magnitude das tensões);
b) cálculos de curto-circuitos (estudos necessários para assegurar que os
equipamentos não serão destruídos devido às solicitações de correntes de
curto-circuito e para auxiliar na regulagem de relés);
c) estudos de estabilidade (estudos requeridos para assegurar que as
máquinas rotativas conectadas ao sistema permanecerão estáveis, em
operação, quando ocorrerem falhas no sistema);
d) estudos de transitórios eletromagnéticos (análises requeridas para
analisar, por exemplo, os efeitos causados por descargas atmosféricas e por
chaveamentos nos elementos componentes do sistema elétrico).
e) estudos de fluxo harmônico (Com o crescente uso dos tiristores em
conversores, inversores, etc., estudos harmônicos também podem ser
necessários para analisar os efeitos das correntes e tensões harmônicas ao
longo de um sistema elétrico).
Todas essas análises podem ser realizadas através de simulações em
programas digitais.
O engenheiro eletricista adequado para trabalhar em empresas
concessionárias de energia elétrica ou em grandes indústrias, deve conhecer
os métodos para realizar os estudos anteriormente mencionados. Ele deveria,
2
também, saber operar os respectivos programas digitais e analisar os
resultados de tais estudos.
Cada tipo de estudo (fluxo de carga, curto-circuito, transitórios,
estabilidade, harmônicos, etc.) requer que os elementos elétricos constituíntes
do sistema (geradores, motores, transformadores, linhas, etc.) sejam
modelados adequadamente para cada estudo. Assim, uma linha de
transmissão, para um estudo de curto-circuito, poderá ter suas capacitâncias
shunt omitidas, sem que o resultado final seja significantemente alterado. Por
outro lado, para um estudo de fluxo de carga, essas mesmas capacitâncias
devem ser incluídas, sob pena do resultado final ser bastante impreciso.
O presente capítulo objetiva estudar a representação de um sistema
elétrico visando as análises de curto-circuito e de fluxo de carga.
Ea N R RL
A RL
Zg N N E a 120
o
R R XL
L L
E a 240o L L RL
Zg L R XL
L R
Figura 1.1 - Circ. Trifásico: gerador suprindo uma carga trifásica equilibrada, através de uma
L.T.
Nessas condições, o sistema poderá ser também estudado por meio de
um circuito monofásico equivalente, composto por uma das três linhas e
pelo neutro. Frequentemente, o circuito é ainda mais simplificado,
suprimindo-se o neutro (ver figura 1.2). Esta consideração é válida porque,
com as hipóteses simplificadoras adotadas, a corrente de retorno é nula, não
havendo queda de tensão.
3
L R
L Zg ZL
N
A B
. . .
Z/2 . Z/2 ZL
Es Y
. .
. Z . ZL
Es Y/2 Y/2
. .
Y Y
. . .
Z/2 Y
Z/2
. .
Z/2 Z/2
. .
Y/2 . Y/2 .
p
Z Z
. . . .
Z Z Z Z
. .
Z Z
. .
Y/2 . . Y/2
Y/2 Y/2
~ ~
.
Y
.
Y
.
Z'
. .
Y'/2 Y'/2
1.3.2 - Cabos
As capacitâncias dos cabos, para um mesmo comprimento de
condutor, são maiores do que aquelas das linhas aéreas. Assim,
exceto para estudos de curto-circuito, mesmo um cabo curto deve ter
sua representação feita através do modelo π.
onde:
[Z] = R 2 + (ωL) 2
θ (fatôr de potência do circuito)= arctg(ωL/R)
Vm
Z . [sen(ωt + α − θ )] = componente alternada da corrente
Vm − Rt / L
[
Z . e . sen(α − θ ) ] = componente contínua da corrente,
que decresce com o tempo. Este decréscimo, também
conhecido por atenuação, ocorrerá mais rapidamente para
circuitos que possuírem grandes resistências elétricas.
Figura 1.9- Corrente nos primeiros ciclos da energização do circuito da figura 1.8,
quando α - θ = 0
CONCLUSÃO:
A componente contínua pode ter qualquer valor desde zero até
Vm/Z e depende do valor instantâneo da tensão quando o circuito é
fechado e do fator de potência do circuito.
armadura que fará com que a corrente resultante neste novo circuito
RL, seja do tipo daquela representada pela figura 1.11. Ressalta-se
aqui que a figura 1.11 é uma hipótese ideal, que não inclue o efeito
da componente contínua. Incluindo-se o efeito da componente
contínua ter-se-á a curva da figura 1.11 porém assimétrica em relação
ao eixo da abscissa (como na figura 1.10).
2,5
1,5
0,5
0
0 360 720 1080 1440 1800
-0,5
-1
-1,5
Angulo (graus)
-2
; ;
b) - Circuito equivalente
12
Z 1 [ p.u. ]
Z3 [ p.u. ]
_____________________________
(a)
Z2' 2
Z1 L
1 L
Z3' 3
V1 L V 2'
V3'
(b)
13
(a): Modelo genérico- (b) Modelo com todasas impedâncias referidas ao primário
Figura 1.19 - Circuitos equivalentes simplificados de transformador de 3
enrolamentos
OBSERVAÇÕES:
Considerando apenas a ligação de uma carga ao 2ário, a impedância
do transformador será:
Z12 = z1 + z2
(1.13)
Por outro lado, caso se tivesse uma carga conectada no 3ário (e
apenas ali):
Z13 = z1 + z3
(1.14)
Em uma seção posterior, será mostrada a maneira de se obter as
impedâncias Z1, Z2’ e Z3’ em p.u.
OBSERVAÇÕES
a) A escolha do valôr base é arbitrário.
b) Para um dado sistema elétrico, os valores base normalmente
escolhidos são tensão e potência. Os valores base da corrente e
impedância são calculados a partir dos dois primeiros.
c) O ângulo de fase não é alterado, quando se usa o p.u.
d) Para um sistema monofásico, cujos valores base são:
Potência base: Mb [VA]
Tensão base : Vb [V]
A base de corrente será:
Mb
Ib = [A ] (1.15)
Vb
CONCLUSÕES:
1) O valor da impedância do transformador, em p.u., é o mesmo em
ambos os lados do transformador.
Assim, quando a rede contém transformadores e, se valores
“p.u.” são utilizados, não há necessidade de se referir todas as
impedâncias para um mesmo enrolamento do transformador: o
transformador pode ser tratado como uma impedância série.
2) É útil poder mudar uma impedância Za de uma base “A” para uma
nova base “B”, onde as bases de tensão e potência são diferentes.
Sejam:
Ma e Va → base do sistema “antigo”
Mb e Vb → base do sistema “novo”
Za - impedância do sistema “antigo”
Zb - impedância que se quer obter, no sistema “novo”
Z 1 [ p.u. ]
Z3 [ p.u. ]
N____________________________________N
Figura 1.24 –
W A
L 2 ário
V 1 ário L
L 3 ário
Figura 1.25 –
IMPORTANTE:
Se os instrumentos são colocadas no 1ário, as impedâncias
calculadas estarão referidas a esse enrolamento.
A W
L 2 ário V
1 ário L
L 3 ário
Figura 1.26
Que fornecerá:
O n d e:
a rio
M 1 a rio Z 2 3 : im p ed . (% ), en tre 2 e
Z23 = Z’23
M 2 a rio 3 a rio , re ferid a a o 1 a rio .
Z '' : id em , referid a a o 2 a rio .
23
Agora a impedancia Z23 está nas mesmas bases das impedancias Z12
e Z13. A terceira equação pode, assim, ser montada:
Z23% = z2% + z3% (1.28)
EXEMPLOS APLICATIVOS
1 : 10 2:1
A L L B L L C R 300W
300 OHMS
A-B B-C
Solução:
No lado “B”, sendo Ubase : 138 KV; então tem-se:
1
No lado “A”: Ubase = . 138 = 13,8KV
10
1
No lado “C”: Ubase: . 138 = 69 KV
2
( U base ) 2 1382
Impedância base do lado “B”: Zbase(B ) = = = 1904,4Ω
Pbase 10
U 2base ( A ) (13,8) 2
Impedância base do lado “A”: Zbase(A) = = = 19Ω
Pbase 10
L L
j 0,10 j 0,08
U1 R 0,63 U2
Regulação de tensão:
U1 − U 2 0,995 − 0,957
R= = = 0,0397 R% = 3,97%
U2 0,957
Solução:
- As bases de 30 MVA e 13,8 KV (do circuito do gerador) requerem:
1) Nbase = 30 MVA → para trafos, motores e L.T.
2) Ubase =
2.1 - Na L.T.:
13,2 - 115
13,8 - x → x = 120 KV
3) Reatâncias:
N ,base : 35MVA ( Ma )
3.1 - Dos trafos: Xd = 10% para
U ,base : 13,2 KV ( KVa )
p / N base = 30Mb MVA
→ Xd será alterada:
U base = 13,8 KVb KV
2 2
KVa Mb 13,2 30
Zb = Za . = 0,1 . ⇒ Zb = 0,0784 p. u.
KVb Ma 13,8 35
3.2 - Da linha:
1202
Zbase(linha) = = 480Ω
30
- A reatância da linha (80 Ω) em p.u. é:
80
⇒ X L = 0,167 p. u.
480
N b = 30MVA ( Mb)
p/ as bases
U b = 13,8 ( KVb)
2 2
KVa Mb 12,5 30
Zb = Za . = 0,2 . = 0,246 p. u.
KVb Ma 13,8 20
E1
Em1 Em2
E G1 EM E G2
j 40W B
A
1 2
20 MVA j 20W j 20 W 20 MVA
13,2 KV 13,2 KV
X "= 15 (p.u.) X "= 15 (p.u.)
132 KV
2000 MVA
TRAFOS:
20 MVA; 13,8/138 KV
X = 10%
Solução:
Adotando novamente, na L.T de 40 Ω: VB = 138 KV; MB = 50 MVA
2
V 1382
ZB = = = 380,88 Ω B
MB 50
A impedância equivalente do sistema de potência será:
132 2
Zsist. = = 8,71 Ω
2000
Em pu:
Z
Zsist.(p.u) = sist = 0,02287 pu
ZB
O diagrama de impedâncias ficará:
j 0,1051
L
j 0,05251 j 0,05251
j 0,25 L L L
L j 0,25
L j 0,25 L j 0,25
A C B
E G1 E sist. E G2
27
Solução:
3) Reatâncias:
U 2 b 132 2
3.1 - Da L.T., z l : Zbase = = = 174Ω
Nb 100
z l (p.u.) = 100/174 = j0,575 p.u.
L Vr = 0,91 pu
Vs = ?
Es
50 MW
A corrente na carga será: I = = 1.200[ A]
3.30kV .0,8
NB 100.106
A corrente base será: I B = = = 1.750[ A]
3.U B 3.33.10 2