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Universidade Federal de Pernambuco – UFPE

Curso: Química-Licenciatura
Disciplina: Gestão Educacional e escolar
Sistematizadora do memorial: Fabiana Costa
1º Semestre de 2019.1
Docente da Disciplina: Fabiana Costa
Memorial da aula 1 da disciplina Gestão Educacional e Gestão Escolar, ocorrida em
07 de março de 2019
O primeiro encontro do componente curricular Gestão Educacional e Gestão
Escolar, oportunizou a partir do texto intitulado “Administração de empresa e
administração escolar: administração Científica?”, retirado do livro Administração
Escolar um problema educativo ou empresarial de Maria de Fátima Felix Rosar, as nossas
primeiras aproximações com a disciplina. Importa saber que a questão da gestão
educacional e escolar são parte do complexo social educacional que como todos os outros
complexos guardam relação de dependência entre si e cumprem funções especificas na
reprodução da totalidade das relações sociais.

Portanto, as questões estruturais e superestruturais, dialeticamente, determinam a


forma que cada sociedade produz e reproduz as suas relações. Neste sentido, na sociedade
capitalista a educação constitui-se um campo de luta de classes, dado que guarda uma
autonomia relativa com a base de produção material. Não há como entender a gestão
educacional e escolar sem compreender o trabalho como produtor de valor de uso e
categoria fundante do ser social, pois dele derivam todos os outros complexos sociais. E
como foi dito anteriormente, dentre eles, a educação que em sua essência deve possibilitar
o acesso ao conhecimento historicamente construído pela humanidade, “imprescindível
para que o individuo singular possa se tornar membro efetivo do gênero humano”
(TONET, 2016)

Com o desenvolvimento da sociedade produtora de mercadorias a relação entre


trabalho e educação contribuem para a reprodução da totalidade social, porém alteram-se
substancialmente suas essências. 1º O valor de uso do trabalho, ou seja, o trabalho
necessário para a sobrevivência é transformado em valor de troca, ou seja, ele mesmo
passa a ser uma mercadoria. O trabalho assalariado, então, é a forma que o capitalismo
encontrou de gerar mais valia. O trabalho passa a ser na sociedade capitalista, uma
mercadoria especial. Pelo caráter incontrolável do capital (MÉZARÓS, 2008), a
tendência é que cada vez mais se aprofundem os processos de exploração desta
mercadoria para que o sistema de reproduza. 2. A educação, na sociedade capitalista, ela
passa a ser mediadora na reprodução deste sistema, contribuindo de forma mediata e
imediata para sua reprodução. No entanto, a prática educativa escolar, enquanto pratica
social especifica, que não é da mesma natureza da pratica social de reprodução material
da existência, relaciona-se com esta não de forma imediata e direta, mas de forma
mediata. (FRIGOTTO, ano, p. 249)

Logo, não e de sua natureza, porém sendo essas relações sociais, relações de
classe, e que como tais expressam interesses antagônicos, essa mediação é contraditória,
não é de sua natureza, senão por ser o modo de produção social tende a mediar os
interesses do capital. Por isso, a luta pelo controle da escola é uma luta pelo saber
elaborado, saber que é poder, historicamente sistematizado e acumulado, e por sua
articulação com interesses de classe. (FRIGOTTO, ano, p. 249)

Disto isto, voltamos para o texto, a autora afirma, desta forma, que busca
contribuir para uma análise sobre a questão da administração educacional e escolar,
explicitando as relações que se estabelecem entre sistema escolar e a evolução do
capitalismo. Sem a qual, de certo, não poderíamos compreender os nexos, mediações e
contradições existentes pela ausência da busca da sua apreensão partir da totalidade que
o objeto está imerso.

1. A relação entre a administração e o capitalismo

Importa explicar a função da administração enquanto meio de organização do


trabalho na sociedade capitalista. O modo de produção capitalista tem como objetivo a
acumulação do capital e como efeito a sua reprodução ampliada (FELIX, 2012, p. 25). O
que decorre do modo como são organizados os meios de produção e força de trabalho na
sociedade. A relação entre a administração e a expansão do capitalismo é reciprocamente
determinada. A organização dos trabalhadores passa a ser a principal função da
administração, pois mantem a relação entre capital e trabalho, assentada na exploração da
força de trabalho para a produção de mais valia (FELIX, 2012).
A função da administração é, portanto, exercer pleno controle sobre as forças
produtivas, desde o planejamento de produção até as operações executadas pelo
trabalhador. Desta forma, os princípios teóricos da administração constituem em suas
práticas a transformação a força de trabalho em lucro. Deste modo, alguns princípios
como racionalização, produtividade, controle, - de fundamentos teóricos e práticos –
visam garantir a divisão do trabalho e o seu controle.
As teorias clássicas, por exemplo, são tentativas de descobrir cientificamente as
formas de garantir esses objetivos. Neste sentido, Taylor é o primeiro a buscar na
racionalização do trabalho operário uma divisão técnica que assegura em todos os níveis
da empresa a subordinação do trabalho ao capital. Ele começo a distinguir entre,
produção, direção e execução. Fayol acresce teorizando que essa divisão pode ser
mantida por meio de planejamento, organização, coordenação, comando e controle.
Para Drucker a administração científica não consegue mais aumentar a
produtividade, então, afirma que para atender as novas exigências da sociedade capitalista
é necessário encontrar novos fatores de produtividade. Neste sentido, aponta para umas
das questões centrais do nosso tempo histórico: tornar produtivo o conhecimento. Fica
claro assim que, a administração clássica e a própria escola das relações humanas
contribuíram para o máximo de exploração possível. No entanto, é da natureza do
sociometabolismo do capital a sua expansão e ampliação, criando novas distribuições de
trabalho e transformando a vida social.
Logo, a proposta de Drucket a partir da escola chamada empiricista da
administração, visava uma organização inovadora capaz de transformar as necessidades
sociais em um negocio lucrativo. Neste sentido, não se limitaria a exploração do trabalho
manual, mas a subordinação do trabalho intelectual ao movimento de expansão do capital.
Mayo apresenta uma nova ideologia administrativa, destacando aspectos como o
conceito de homem, valores e poder. No entanto, apesar de se apresentar como uma
filosofia humanística e, portanto, colocar-se como se fosse oposta a formas de exploração
social do trabalho, favoreceram um maior controle, pois, evitou a geração de conflitos
entre estes grupos com trabalhos cooperativos entre eles e a própria direção. Naturalmente
o efeito destas práticas é relativizado pois não há como evitar a existência das relações
antagônicas entre capital e trabalho. No plano teórico a sua função ideológica cumpre
com maior efetividade a sua função, como tentativa de negar os conflitos existentes
oriundos do chão da fábrica.
De fato, podemos constatar que a posto a sua relação teórica e prática, concreta, é
considerada pelos seus teóricos não apenas natural como também eterna, no entanto, deve
ser aperfeiçoada se consolidando enquanto ciência. Segundo Drucker, o moderno teórico
da administração, no período de expansão do capital monopolista, a ênfase no
atendimento às necessidades sociais poderia indicar uma evolução da sociedade para um
estágio em que o objetivo de todas as organizações seriam as empresas privadas e a
instituição de serviços, fornecendo elementos para a interpretação da sociedade no seu
estágio atual. E que apesar da polêmica em torno desta questão, é um elemento chave
para entender como essa relação se reproduz e se amplia.

A autora chama a atenção para o fato de que, no entanto, os princípios tayloristas


permanecem perpetuando-se na divisão do trabalho de tarefas cada vez mais
simplificadas, resultando em especializações intermináveis, justificadas pelo
desenvolvimento tecnológico. É importante também frisar que acontece um processo
similar no nível intelectual, garantindo a “expropriação do conhecimento do trabalhador,
a perda de sua autonomia e o efetivo controle da administração sobre a sua produção, para
a expansão do capital (FELIX, 2012, p. 32)

Taylor também aperfeiçoa através do conceito de administração funcional os


processos de intensificação do trabalho, permitindo assim manter uma administração
despótica a qual Gorz chamou de “administração despótica da produtividade”, pois faz
os trabalhadores trabalharem mais sob o controle dos seus dirigentes, apesar da aparente
participação do trabalhador nas decisões da empresa. Até aqui parece-nos bem claro que
a estrutura hierárquica da empresa aponta para a sua base de sustentação: a propriedade
privada dos meios de produção. Dessa forma, os mecanismos criados e readaptados são
para manter essa relação que define a separação das classes sociais, sendo concretamente
a sua relação antagônica. Desta forma a intensificação do trabalho se intensifica para
todos os níveis de atividade humana. (FELIX, 2012)

A interação entre o saber e a forma de organização do processo produtivo permite


uma combinação para o processo de valorização da mercadoria com a desvalorização do
trabalho, ou seja, a atomização dos produtos com a subordinação do seu produtor,
subordinação do trabalho. O trabalhador desqualificado pela divisão e especialização do
trabalho, reduzido a condição de instrumento de trabalho, fundamental para transformar
o processo de trabalho em um processo de valorização. Isso ocorre como uma decorrência
natural do avanço tecnológico, de modo os teóricos do capitalismo chegam a afirmar que
a divisão do trabalho surge por causa da superioridade tecnológica.

A estrutura hierárquica e a especialização de tarefas não pode portanto ser


explicado com argumentos de racionalização administrativa e tecnológica pois o modo
de produção capitalista não visa, apenas, o alcance de eficiência no processo aumentando
a produtividade, mas, sobretudo, diminuir o preço do trabalho, intensificando-o e
desqualificando-o. A automatização do processo produtivo, na medida que se dá a
subordinação do trabalhador ao capital, ocorre quando acontece a subsunção real do
trabalho ao capital. No modo de produção capitalista na subsunção real do trabalho, é o
trabalhador que serve como elemento de mediação entre máquinas e natureza.

Neste sentido o trabalho torna-se abstrato, na medida em que o trabalhador é


separado das condições objetivas e uma vez que o resultado do trabalho não é produção
de bens e sim a valorização do trabalho objetivado, ou seja, foi posto socialmente na
forma de valor. É determinante para esse processo manter a dependência do trabalhador,
aparecendo como uma continuidade natural e necessária para algo mais amplo, a própria
produção social da existência dos homens. Neste sentido, a organização do trabalho é
feita, de modo que a produção das mercadorias resulte ao mesmo tempo valor de uso e de
troca, que garantam o capital adiantando nos meios de produção e na força de trabalho,
aumentado. Ou seja, além de conservar o valor dos meios de produção, a força de trabalho
reproduz seu valor e cria valor excedente.

É importante frisar também, neste sentido, que diante da impossibilidade de


prolongar ainda mais a jornada de trabalho para a obtenção da mais valia, as proposições
teóricas da administração são cada vez mais indispensáveis. A automatização implica um
ritmo mais intenso de trabalho, pela própria especialização da tarefa, provocando
desgastes nervosos no trabalhador. Neste sentido, a escola de relações humanas insistem
na maior participação do trabalhador nas decisões da própria organização, como se a
organização forma tivesse desaparecido, tentando minimizar a função dos processos
hierárquicos como mediadores da exploração do trabalho pelo capital, mesmo que de
acordo com Gvishiani (1972) a distinção entre os que dirigem e os que são dirigidos seja,
de certa forma, ilusória.

Outras questões são importantes para a chamada “administração moderna”, a


responsabilidade individual e coletiva, interesses comunitários verdadeiros, para as
empresas, a satisfação das necessidades físicas dos empregados como também as
necessidades psicológicas. Além disso, as empresas passam a possibilitar a participação
do operários, mesmo que de forma restrita, a pressão do mercado externo, a premiação
por setor de produção e etc. apesar de notadamente estes mecanismos serem utilizados
com frequência nas últimas décadas, não significa que prevaleça a escola das relações
humanas, não havendo assim uma substituição de uma escola por outra e sim a sua
integração.

Desta forma, conclui-se nesta primeira parte do texto as proposições teóricas das
correntes administrativas, refletem as transformações do próprio capitalismo na medida
em que o mesmo se expande.

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