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Valéria da Silva
ITAÚNA-MG
2019
Valéria da Silva
Supervisão Escolar e a Educação Inclusiva
ITAÚNA-MG
2019
Supervisão Escolar e a Educação Inclusiva
Valéria da Silva
Resumo
O Movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e
Pedagógica e constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos
humanos, que conjuga igualdade e diferença com valores indissociáveis, e que avança em
relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstancias históricas da
exclusão dentro e fora da escola. A partir dos referenciais para a construção de sistemas
educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada,
implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham
suas especificidades atendidas. E é nesse contexto que aparece o agente
modelador,articulador que possibilite as mudanças necessárias no interior
escolar,favorecendo o processo de inclusão.O objetivo deste trabalho foi analisar o papel do
supervisor escolar e sua significância na educação inclusiva,expecificamente na atuação do
AEE- Atendimento Educacional Especializado. A nossa pesquisa foi do tipo
qualitativa,utilizamos também como instrumentos metodológicos a observação participante
que foi realizada durante o ultimo trimestre de 2018 na escola municipal Genuino Brito da
Silva , Montadas-PB.
Introdução
Supervisão Escolar
A supervisão escolar teve início aqui no Brasil por meio de cursos promovidos pelo
Programa Americano Brasileiro de Assistência ao ensino Elementar(PABAEE) o qual foi o
primeiro a formar supervisores escolares para atuarem no ensino elementar brasileiro.A
finalidade era modernizar e melhorar a qualidade do ensino e a formação dos
professores.De acordo com Medina,uma das idéias contidas nos objetivos do PABAEE era:
O que se espera do trabalho da supervisão hoje nas palavras de Costa (2003)é que:
A supervisão precisa perder um pouco o seu caráter burocrático, não que ele venha
negar essa atuação mas que esteja bem mais em evidências seus aspectos
pedagógico,político e humano,pois dentro das escolas o trabalho do supervisor é bem maior
que uma dimensão meramente técnica que não atenda ao novo paradigma educacional dos
dias atuais.É necessário o comprometimento com o meio escolar de maneira integrada e
partindo dos problemas enfrentados entre alunos e professores.
Uma família que tinha em sua casa uma pessoa com deficiência como algo que não
poderia mudar ou como uma situação irreversível, levava a omissão da sociedade em
relação à organização de serviços para atender as necessidades individuais dessas pessoas.
Apenas no século XIX, a sociedade apresentou condições materiais favoráveis, com o
surgimento de líderes da sociedade para sensibilizar para o atendimento as pessoas com
deficiência.
Essas pessoas, como representantes dos interesses das necessidades das pessoas com
deficiências ou identificadas com elas, abriram espaço nas mais variadas áreas para a
construção de conhecimentos e de alternativas para dar melhor condição de vida as tais
pessoas (Mazzotta,2005). Foi principalmente na Europa que surgiram os primeiros
movimentos pelo atendimento às pessoas com deficiência, o que refletiu em mudanças nas
atitudes dos grupos sociais e, consequentemente, concretizando-se em medidas
educacionais e que foram se expandindo até o Brasil.
Em breve relato sobre a forma como eram tratados pela sociedade as pessoas com
alguma deficiência, podemos mencionar que passaram do extermínio, do abandono a um
novo período em que podiam continuar vivas, embora ainda vistas como pessoas doentes,
defeituosas ou mentalmente afetadas. Na Idade Média, de acordo com as ideias cristãs, elas
não podiam mais ser exterminadas, eram abrigadas em igrejas, conventos, asilos. Foi a
época do asilismo, precursor do assistencialismo ainda visto na sociedade atual. O período
do organicismo surge da Idade Moderna passando da filantropia para o modelo médico
relacionado à deficiência.
A educação especial antes atendia todas as crianças que tinha alguma necessidade
especial, depois mudou para atendimento as pessoas com necessidades educacionais
especiais e passou a atender as crianças que tinham uma dificuldade ou uma deficiência,
ou seja um fracasso escolar, aquelas que vinham repetindo de série; através da educação
especial na perspectiva inclusiva vem definir a clientela para esse atendimento
educacional especializado à Educação especial e dizer que tipo de atendimento a ser
ofertado a essas crianças.
O AEE é realizado no período inverso a sala regular, freqüentada pelo aluno, para
possibilitar um melhor beneficio, o atendimento é realizado em sua própria escola ou em
uma escola pólo,organizada para esse fim,como é o caso da escola Genuino Brito da
Silva,que tem dado inicio ao AEE para as crianças com necessidades especiais matriculadas
regularmente na rede municipal de ensino. Esse atendimento é organizado para suprir as
necessidades que o aluno possui em ter acesso ao conhecimento, porem a participação a
este atendimento não é obrigatório,é uma decisão dos responsáveis, embora seja
obrigatório ao sistema de ensino oferecer o atendimento. É realizado em espaço localizado
na escola, organizado com mobiliários, matérias didáticos e pedagógicos, recursos de
acessibilidade e equipamentos específicos para o atendimento dos alunos em horário
oposto a sala regular, que é o espaço denominado sala multifuncional.
Considerações finais
A educação especial inclusiva no Brasil se tornou um mecanismo de discussões
e práticas de ações que contemplem o exercício da efetivação do respeito aos direitos
humanos e repúdio ao preconceito. A inclusão e acessibilidade possibilitam que milhões de
crianças, adolescentes, jovens e adultos possam ter o direito de frequentarem uma escola
com qualidade. Sabe-se que só a discussão teórica não efetiva o exercício pleno do direito
de toda criança, independente de sua condição, ir a uma escola, ser aceito e aprender o que
se espera para sua idade. Porém, com o advento das reflexões sobre a educação especial
inclusiva no cenário educacional brasileiro, efetiva-se ai práticas educativas que
possibilitam crianças, adolescentes e jovens em idade escolar tenham garantidos o direito
de não somente frequentar uma escola, mas aprender. O acesso e a permanência da criança
na escola são direitos constitucionais garantido e um dever das instâncias governamentais.
__________ Como chamar as pessoas que têm deficiência? In: Vida Independente: história,
movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos. Anais eletrônicos... São Paulo:
RNR, 2003, p.12-16. Disponível em:
<http://www.bauru.apaesaopaulo.org.br/repositorio/SP/bauru/Como%20chamar%20as
%20pessoas%20que%20tem%20deficiencia.pdf>. Acessado em: 20 dez. 2013.
MEC/SEESP. A inclusão do aluno com baixa visão no ensino regular: orientações aos
professores da escola regular. Brasilia-DF:.2006.