Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
ACADEMIA DE BOMBEIRO
MILITAR
SALVAMENTO TERRESTRE
Organizador
AL TEN IGOR GOMES MARCHIONATTI
Porto Alegre/2019
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Orientador
Organizador
2
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
LISTA DE FIGURAS
3
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
4
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
SUMÁRIO
6
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
UNIDADE DIDÁTICA 1
LIÇÃO 1
ASPECTOS CONCEITUAIS ACERCA DO
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: flicr.com 1
Objetivos:
Ao final desta lição você será capaz de:
1.1 - Conhecer e entender o Conceito de Salvamento Terrestre;
1.2 - Conhecer casos práticos de ocorrências de Salvamento Terrestre;
1.3 - Conhecer noções de autoconhecimento físico, psicológico e técnico do bombeiro;
1.4 - Conhecer os equipamentos utilizados em salvamento Terrestre segundo a sua
finalidade.
UNIDADE DIDÁTICA I
Busca (localização)
É toda operação aérea, aquática ou terrestre, que visa o encontro de pessoas,
animais ou bens materiais. Observa-se que o conceito de busca não se aplica apenas
a pessoas, mas também a animais, materiais ou equipamentos. Conforme Manual de
Busca, Salvamento e Proteção do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar de 1981,
buscas conceitua-se como toda operação terrestre, aquática ou aérea, executada com
com a finalidade de encontrar pessoas, animais ou coisas (Manual de Busca,
Salvamento e Proteção do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, 1981, pág 11).
Resgate
Conceito também extraído do Manual de Busca, Salvamento e Proteção do
Corpo de Bombeiros da Brigada Militar de 1981 e conceitua resgate como sendo:
Os Tipos De Salvamento
Salvamento em Todo aquele salvamento que Ex: Pessoa tentando se
altura é realizado acima do solo. jogar do alto de um prédio.
Ex: Retirada de pessoas
Salvamento Aquele que se realiza na
presas em um carro ou de
Terrestre terra.
um local confinado.
Salvamento Aquele que se realiza na Ex: Retirada de pessoas que
aquático água. estejam se afogando
5 Manual de Busca, Proteção e Salvamento do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, 1981, pág 11.
10
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
11
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
8 FONTE: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/08/desabamento-em-obra-deixa-operarios-soterrados-em-
Fonte: GaúchaZH10
10FONTE: https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2011/02/jovem-morta-em-enxurrada-no-sitio-da-
familia-lima-e-sepultada-em-caxias-do-sul-3224007.html Acesso em 03 fev 2019.
13
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
que, dentro em breve, a gente consiga varrer toda área à medida que a gente for
encerrando as quadriculas”, explicou.
Números da tragédia
•165 mortos confirmados – 156 identificados;
•165 desaparecidos;
•393 localizados;
•138 desabrigados.11
11 FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/02/10/com-ajuda-de-caes-farejadores-bombeiros-
15
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
em 05 fev 2019.
14 Fonte: Disponível em http://bibliotecamilitar.com.br/ordem-unida-manual-de-campanha-c-22-5. Acesso em 05
fev 2019.
16
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
17
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
UNIDADE DIDÁTICA 1
LIÇÃO 2
MATERIAIS UTILIZADOS EM SALVAMENTO
Objetivos:
Ao final desta lição você será capaz de:
18
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
UNIDADE DIDÁTICA I
Conceito de Ferramentas
Fonte: SOSSul16
15 Manual operacional de bombeiros : salvamento terrestre / Corpo de Bombeiros Militar. – Goiânia : - 2017. Pág
267.
16 Fonte: Disponível em http://www.sossul.com.br/entrada-forcada. Acesso em 03 fev 2019.
19
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Conceito de Equipamento
Fonte: SOSSul18
Conceito de Acessório
17 Manual operacional de bombeiros salvamento terrestre / Corpo de Bombeiros Militar. Goiânia 2017. Pág 267.
18 Fonte: Disponível em http://www.sossul.com.br/resgate-veicular. Acesso em 03 fev2019.
19 Manual operacional de bombeiros salvamento terrestre / Corpo de Bombeiros Militar. Goiânia. 2017. Pág 267.
20 Idem. Pág 274.
20
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Abaixo será exemplificado alguns equipamentos que podem ser utilizados para
realizar o Salvamento em Poços, Galerias e demais espaços confinados.
Fonte: SOSSul21
Fonte:Aacrotec22
Fonte: SOSSul24
Cordas e cordelete
22
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Corda Cordelete
Descensores
São equipamentos utilizados para realizar a descida controlada por uma corda.
Existem diversos tipos de descensores, alguns mais simples e outros com sistemas
de segurança anti-panico.
Fonte: Climbclean26
Polias
Fonte: Climbclean27
Fonte: Climbclean28
24
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Macas
Fonte: Climbclean29
Fonte: Climbclean30
29Idem.
30Fonte: Disponível em https://www.climbclean.com.br/Maca-para-Resgate-Envelope-Sked-Mamute-Flex-
Inovation-~636~46~1~Linhas~Macas. Acesso em 03 fev 2019.
25
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: Climbclean31
Triângulo de evacuação
Fonte: Climbclean32
Detectores de gases
31Idem.
32Fonte: Disponível em https://www.climbclean.com.br/triangulo-de-evacuacao-pegasus-fraldao-marca-kong-
ce-en~120~31~1~linhas~locais-confinados. Acesso em 03 fev 2019.
26
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: MSA33
Monóxido de
Ácido Carbono
Sulfídrico
Vapores
Oxigênio
inflamáveis
Fonte: MSA34
Todos os diferentes tipos de detectores de gases tem a finalidade de monitorar
e alertar quando os níveis de gases perigosos ou do oxigênio ultrapassam os níveis
Conjunto autônomo de ar
Fonte: Balaska35
Fonte: Incendioseresgates36
Trava-quedas
Câmeras de inspeção
Fonte: Fieldfire.com39
31
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
com a vítimas, mesmo que ela esteja a 5 metros de distância ou até 8 metros de
profundidade. As câmeras de inspeção também possuem sistema de iluminação junto
a câmera para que possam ser utilizadas a noite ou em situação de baixa
luminosidade. As câmeras mais modernas também são equipadas com visor com
módulo térmico, facilitando a localização da vítima.
Fonte: Impact.com40
Câmeras Térmicas
Fonte: TechMundo.com41
Detector de movimento
Fonte: Resgatécnica.com42
Almofada Pneumática
Almofadas pneumáticas são dispositivos para elevação de cargas essências
para o resgate e salvamento em situações de BREC. Podem elevar cargas de até 70
toneladas e funcionam de forma pneumáticas. Alguns modelos podem ser conectado
no próprio cilindro da EPRA.
43
Fonte: Disponível em http://incendioseresgates.blogspot.com/2017/04/almofadas-pneumaticas.html.
Acesso em 05 fev 2019.
34
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: Quality45
em 05 fev 2019.
45 Fonte: Disponível em http://www.qualylocadora.com.br/clientes/pra-que-serve-o-martelete. Acesso em 03 fev
2019.
35
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Cortador a disco
Fonte: Sthill46
Hallingan
Fonte:Vatrogasci 48
Ferramenta Hi-Lift
P
37
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: Holmatro50
Moto Bomba Elétrica: Unidade dotada de motor elétrico alimentado por bateria
Fonte: Resgatécnica51
Moto Bomba Costal: Moto bomba elétrica adaptada para transporte em locais de
difícil acesso, como por exemplo ribanceiras
Fonte: Dees52
Fonte: Resgatécncia53
Fonte: Resgatécnica54
39
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Puçá de Captura
40
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Cambão de Captura
Fonte: Med-sinal57
Fonte: Iguapó58
Fonte Igapoo59
2019.
58 Fonte: Disponível em http://www.igapoo.com.br/produtos.php. Acesso me 12 fev 2019.
59 Fonte: Disponível em http://www.igapoo.com.br/produtos.php. Acesso me 12 fev 2019.
41
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: Igaapo60
UNIDADE DIDÁTICA 2
LIÇÃO 1
SALVAMENTO EM ELEVADORES
Objetivos:
Ao final desta lição você será capaz de:
2.1 - Conhecer os procedimentos em emergências com elevadores.
UNIDADE DIDÁTICA II
Partes do elevador
Cada fabricante de elevador coloca em seu equipamento características que o
diferenciam dos demais equipamentos no mercado, contudo os elevadores são
composto por 6 conjuntos principais. Cada uma destas partes apresentam
peculiaridades relativas as marcas e modelos de cada fabricante. Nos últimos anos a
tecnologia envolvida no controle dos elevadores também avançou muito. Hoje os
elevadores já são controlados por sistemas computadorizados que permitem seu
controle e operação de forma totalmente digital.
De forma geral, as partes dos elevadores são:
1 - Casa de Máquinas;
2 – Cabine;
3 - Contrapeso
4 - Caixa de Corrida ou Passadiço
5 - Patamar ou Pavimento de Acesso
6 - Fundo do Poço.
45
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Contrapeso – É que faz a redução da força que será necessária para realizar a
movimentação da cabine. Esse contrapeso tem entre 40% a 50% do peso da
capacidade máxima da cabine.
Patamar ou Pavimento de Acesso – São os locais que dão acesso para que os
passageiros entrem na cabine dos elevadores.
Fundo do Poço – É a parte inferior do passadiço, onde ficam instalados os para-
choques, que podem ser molas ou borrachas.
Observações: Caso não seja possível realizar o nivelamento da cabine a saída das
vítimas só poderá ocorrer após a entrada de um bombeiro no interior do elevador, pois
assim poderá auxiliar cada vítima a sair. Na saída das vítimas deve-se dar prioridade
as pessoas em pânico e as que apresentem sinas de claustrofobia. Caso ocorra de
existir vítimas com lesões, então a equipe de bombeiros deverá avaliar as condições
75 Fonte: MTB 03 Corpo de Bombeiros de São Paulo. 2 ed. Vol. 06 2006. Pág 189.
54
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
UNIDADE DIDÁTICA 3
76 Fonte Portal NBR. Disponível em http://www.portalnbr.com.br/noticia/151/bombeiros-resgatam-vitimas-
retidas-em-elevador-na-area-central-em-barretos Acesso em 02 fev 2019.
55
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
LIÇÃO 1
SALVAMENTO EM POÇOS E GALERIAS
Fonte: Bombeirosdf.com77
Objetivos:
Ao final desta lição você será capaz de:
2.1 - Conhecer técnicas para salvamento e Poços e Galerias.
77 Fonte: http://www.bombeirosdf.com.br/2017/01/bombeiros-sao-acionados-para-resgate-de.html.
56
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Assim, podemos observar que um poço, galeria, silos, bueiros são, por sua
natureza classificados como local confinado e qualquer que seja a entrada dos
bombeiros nesses locais irá requerer que todos os membros da equipe estejam
devidamente treinados e utilizando todos os Equipamentos de Proteção Individual
EPI’s, sob pena de que uma vez exposto a uma atmosfera insalubre o bombeiro
poderá ser seriamente contaminado.
LEITURA RECOMENDADA:
Ø NR 33 MTE - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços
Confinados;
Ø NBR 16.577 - Espaço confinado — Prevenção de acidentes,
procedimentos e medidas de proteção.
Cabo Solteiro (cabo da vida): É uma corda confeccionada com os mesmo matérias
das corda certificadas para resgate. Deve ter 6,50 metros e pode ser utilizada para
diversas atividades, desde a segurança do próprio bombeiro, trabalho com macas,
resgate de vítimas etc. É um material individual e todos os integrantes da equipe
devem possuir.
NOTA: O tamanho do cabo solteiro foi definido com base na altura de um “pé direito”
de uma edificação que tem por padrão entorno de 3.0 metros. Dessa forma o bombeiro
pode utilizar o cabo solteiro dobrado ao meio e com a utilização de um nó “salva cabo”
pode realizar a sua extração rápida de um ambiente em chamas.
60
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Esse procedimento de isolar o local também cria uma zona de exclusão onde
apenas os bombeiros podem permanecer. Essas zonas são separadas em zona
quente, morne e fria, onde cada uma dessas zonas tem uma finalidade específica de
exclusão. Caso essas zonas de exclusão sejam negligenciadas as consequências
podem ser desastrosas para o desenrolar da ocorrência. Essas zonas de exclusão
são aplicadas em, praticamente, todos os tipos de ocorrência de bombeiros
Zonas de Isolamento
Cada uma das zonas de isolamento servem para evitar que um desastre maior
aconteça e envolva pessoas que não precisariam estar ali.
Zona Fria: a zona fria deve ser instalada em zona segura, não pode ser atingda
por qualquer situação que envolva o acidente. Nesta zona ficam o Posto de Comando,
a Área de Concentração de Vítimas, o Acampamento, etc. Esses conceitos são
estudados através do Sistema de Comando de Incidente.
Fonte: Areafria.com.81
ambiente que está sendo avaliado. Desta forma a guarnição de bombeiros poderá
determinar os níveis de:
Ø O2 - Oxigênio;
Ø CO – Monóxido de carbono;
Ø H2S – Gás sulfídrico;
Ø Gases inflamáveis.
Conforme o manual de Salvamento Terrestre do Corpo de Bombeiros de Goiás
(Manual Salvamento Terrestre de Goiás, pág 169-170) cada um desses elementos
apresentam riscos específicos:
O Oxigênio (O2): Convém salientarmos que a presença de gases
considerados inertes ou mesmo de inflamáveis, considerados como
asfixiantes simples, deslocam o oxigênio e, por conseguinte, tornam o
ambiente impróprio e muito perigoso para a respiração. Logo, antes de
entrarmos no interior de um espaço confinado, devemos monitorá-lo e garantir
a presença de oxigênio em concentrações na faixa de 19,5% a 22%. Uma
concentração de oxigênio abaixo de 19,5% pode acarretar uma série de
sintomas, desconfortáveis e que podem ser até fatais, conforme foi descrito
anteriormente, e em uma concentração acima de 22%, além de também ser
nociva ao homem, torna o ambiente perigoso, uma vez que este gás,
considerado comburente, pode, pelo simples contato com alguns produtos e
materiais, provocar uma combustão.
o Monóxido de carbono (CO): Por não possuir cor e odor, este nocivo gás
pode permanecer por muito tempo em ambientes confinados sem que o
bombeiro tome providências de ventilar ou abandonar o local. A entrada ou
permanência nestes locais pode trazer consequências danosas ao homem
em caso de concentrações superiores ao seu limite de tolerância que é de
25ppm. São responsáveis por 60% das vítimas dos acidentes em ambientes
confinados: Dor de cabeça (200ppm); Palpitação (1000 a 2000ppm);
Inconsciência (2000 a 2500ppm); § Morte (4000ppm).
o Gás sulfídrico (H2S): Este é um dos piores agentes ambientais agressivos
ao ser humano, em pequenas concentrações, têm cheiro de ovo podre,
porém, em concentrações médias e superiores, torna-se inodoro. O seu limite
de tolerância ao organismo é de 8ppm. Concentrações acima disso podem
causar sintomas desconfortáveis.
o Gases inflamáveis: Os medidores e explosímetros devem nos alarmar, no
mínimo, com a presença de uma concentração que atinja 10% do limite
inferior de explosividade, podendo, em alguns modelos, serem
reprogramados para aumentar a sensibilidade, alarmando-nos em
concentrações menores. 82
82Fonte: Manual operacional de bombeiros : salvamento terrestre / Corpo de Bombeiros Militar. – Goiânia -
2017. Pág 169-170.
64
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
66
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
onde ume uma instalamos o exaustor e pela outra o ar é arrastado para dentro do
ambiente contaminado.
Fonte: DocPlayer86
Pressão Combinada: Neste caso estamos utilizando as duas técnicas juntas, o que
potencializa a velocidade e a capacidade de renovação de ar. Devemos ter o cuidado
para que os dois exaustores estejam posicionados um mandando ar para dentro do
ambiente e o outro esteja retirando o ar do ambiente, lembrado que a posição do
vendo deve ser levada em consideração para que o ar contaminado não seja
reenviado para a área que está sendo limpa.
Direção do vento
Fonte: Enesens87
É importante ressaltar que o que vai definir a técnica que iremos adotar será
a análise do gás contaminante, se é mais leve ou mais pesado que o ar, se o local
apresenta uma, duas ou mais entradas de ar.
68
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Ventilação de Ambiente com contaminante mais pesado que o ar: Quando o gás
for mais pesado que o ar devemos estender a tubulação do exaustor até o fundo do
posso, pois dessa forma é possível realizar a captura do gás mais pesado e mandando
para a atmosfera externa.
Direção do vento
Ventilador / Exaustor
Ar de reposição entrando
no ambiente
Gases sendo
expulsos do poço
Ventilação de Ambiente com contaminante mais leve que o ar: Quando o gás for
mais leve que o ar ele vai se estabelecer na parte superior do ambiente, desta forma
devemos colocar a tubulação do exaustor ou somente o exaustor na entrada do posso,
pois dessa forma é possível realizar a captura do gás mais leve manda-lo para a
atmosfera externa. Neste caso a tubulação poderá ser até dispensada ou apenas a
ponta colocada na entrada do poço.
69
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
89 Fonte:Disponível em https://wandersonmonteiro.files.wordpress.com/2018/05/safety_tips_w_monteiro_2018
Ø Sistema Estendido
Ø Sistema Reduzido
NOTA: Sempre que for possível devemos
Ø Sistema Dependente utilizar duas cordas para o resgate. Uma
Ø Sistema independente sendo a corda de segurança e outra corda
como sendo a de trabalho, onde teremos o
Ø Sistema Aberto sistema de multiplicação de força. Desta
Ø Sistema Fechado forma se uma corda falhar a outra servirá
como segurança protegendo a vítima contra
Ø Sistema Simples quedas.
Ø Sistema Composto
90 Fonte:Disponível em https://wandersonmonteiro.files.wordpress.com/2018/05/safety_tips_w_monteiro_2018
Fonte: Content91
ponto em que a vítima se encontra. Os demais serão fixados no ramal que vem da
vítima, ou seja, todas as cordas não descem até a vítima. Ou seja, ocupam uma
quantidade menor de corda para resgatar a vítima.
2019.
95 Fonte: Disponível em http://www.salvamentobrasil.com.br/sistemas-de-vantagem-mecanica Acesso em 03 fev
2019.
74
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
está amarrada na vítima ou na carga que se quer levantar. Nesse sistema a força
exercida serve para deslocar uma carga (vítima).
Esse sistema requer cuidados para que não seja ultrapassada a margem de
segurança de força utilizada na corda. As literaturas demonstram que a força utilizada
na tração não deve ultrapassar a relação de 12. Ou seja, se estamos com 3 homens
puxando uma corda nós podemos utilizar, no máximo, um sistema de vantagem
mecânica de 4x1. Isso significa que 3x (4x1)= 12. Se tivermos 4 homens puxando
essa mesma corda o sistema máximo que poderá ser aplicado é o sistema 3x1. Isso
significa que 4x(3x1)=12.
Ponto de Ponto de
ancoragem ancoragem
2019.
98 Fonte: Disponível em http://www.salvamentobrasil.com.br/sistemas-de-vantagem-mecanica. Acesso em 03 fev
2019.
76
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
ENTRADA NO POÇO: A entrada em poços deve ser realizada, sempre, utilizado duas
cordas. Um corda principal e uma corda de segurança. Existem diversos tipos de
sistemas para entrada em poços, entretanto para que seja realizada a retirada de uma
vítimas de um poço é necessário um conhecimento aprofundado acerca de vários
outros tipos de equipamentos utilizados para salvamento e resgate em altura, tais
como cordas, descensores, bloqueadores, ascensores etc.
Material utilizado:
1 tripé;
1 placa multiplicadora;
1 id;
2 roldanas duplas;
Técnica de retirada com polia de desvio: Na técnica de retirada abaixo está sendo
utilizado o sistema de vantagem mecânica 3x1 com utilização apenas de roldanas. No
sistema com utilização apenas com polias o uso de sistema de captura de progresso
é obrigatório.
80
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Técnica de retirada com Freio Oito Resgate (morcego): Na técnica abaixo está
estão sendo expostas duas técnicas, sendo uma para descer a vítimas e outra para
subir a vítima.
O bombeiro deverá estar fazendo uso de EPRA e estar sempre conectado com
um cabo guia que servirá tanto para sua segurança quanto como auxílio para resgate
da vítima, sendo que este cabo guia deverá sempre ser controlado pelos bombeiros
que estão posicionados fora da galeria.
Cabo Guia: O cabo guia é uma corda de comprimento suficiente para auxiliar a equipe
de busca que irá entrar na galeria. O cabo guia deverá ter um nó em sua extremidade,
sendo este conectado a um mosquetão. O cabo guia será conectado através deste
mosquetão ao cinto paraquedista do bombeiros ou conectado a um cabo solteiro que
terá suas extremidades amarradas as pernas do bombeiro que entrará na galera.
NOTA: O que irá definir se o cabo guia estará ancorado aos pés ou no cinto
tipo paraquedista do bombeiros será a altura da galeria. Em túneis e galerias
muito baixas, onde não há possibilidade do Bombeiros entrar em pé o cabo
guia deverá ser ancorado no cabo solteiro amarrado nos pés, pois em uma
eventual emergência a equipe poderá realizar a sua retirada rápida.
Bengala
Cabo guia
83
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
UNIDADE DIDÁTICA 3
LIÇÃO 2
SALVAMENTO EM RIBANCEIRAS
Fonte: Bombeirosdf.com106
Objetivos:
Ao final desta lição você será capaz de:
3.1 - Conhecer técnicas para salvamento em Ribanceiras.
85
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Proteção
lateral
http://bombeirocivilbte.blogspot.com/2015/04
Esses suportes rígidos para os pés existem tanto nas macas envelopes quanto
nas macas ribanceiras e podem fazer uma grande diferença na qualidade do
atendimento prestado às vítimas polifraturadas ou com fraturas em membros
inferiores, pois ajuda na estabilização da vitima na maca, bem como a distribuição
mais homogênea do seu peso.
No vídeo abaixo, sobre maca flexível, podemos observar a melhor técnica para
a montagem e operação de maca envelope
86
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Maca cesto: São as macas mais indicadas para a resgate em ribanceiras e zonas
naturais, pois seu fundo rígido auxilia a proteger a vítima de impactos ou arestas e
pontas vivas que por ventura possam entrar em contato com a parte inferior da maca.
Alguns modelos de maca cesto podem ser desmontados em duas partes, o que facilita
no momento do transporte.
Suporte rígido
para os pés.
acesso fácil e rápido a ele. Sempre verificar como se amarra a vítima com estas cintas,
pois cada fabricante propõe uma maneira diferente.
Conforme o autor uma amarração boa e firme pode ser feita com duas fitas,
uma de 6 m e outra de 4m, conforme o desenho abaixo.
A amarração de vítima na maca pode ser feita com fitas tubulares, cabos
solteiro, ou até mesmo cordas.
108 Fonte: Aguiar, Eduardo José Slomp, 1980-Resgate Vertical – Manual de Bolso / Eduardo José Slomp – 2 ed.
Curitiba: Associação da Vila Militar – Departamento de Cultura. 2016. Pág 187.
109 Idem. Pág 188
88
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
segurança, pois dessa forma a equipe de bombeiros minimiza os possíveis riscos nos
deslocamento.
UNIDADE DIDÁTICA 4
LIÇÃO 1
TÉCNICAS DE ORIENTAÇÃO
Objetivos:
Ao final desta lição você será capaz de:
4.1 - Conhecer conceitos e técnicas de orientação sem equipamentos;
4.2 - Conhecer e compreender os as técnicas de orientação com bússola;
4.3 – Tipos de Buscas e quadrantes.
91
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
UNIDADE DIDÁTICA IV
As informações contidas na Rosa dos ventos podem nos dar uma direção a see
seguida. Para tanto, devemos memorizar cada um dos pontos cardeais, Colaterais e
Sub-colaterais, pois mesmo que venhamos a nos orientar sem qualquer equipamento
devemos saber qual a direção será seguida com base na rosa dos ventos.
A orientação pelo relógio pode ser realizada de forma muito fácil e rápido,
necessitando apenas de um relógio. Para tal devemos colocar um pequeno palito de
madeira acima do número que indica 12 horas. A sombra formada por esse palito deve
passa sobre as 12h e as 6h. Após a linha da sombra do palito estar alinhada com as
12h e as 6h basta verificarmos que horas o ponteiro está marcando. Se o ponteiro
estiver marcando 4h da tarde a linha das 2h estará indicando o NORTE se estivermos
no Hemisfério sul. Casa estejamos no hemisfério norte esta mesma linha estará
indicando o SUL.
Fonte: Forte.jor114
Orientação pelo Sol: Para podermos nos orientar pelo sol devemos entender que o
nasce e ao Leste e põem-se a oeste. Dessa forma podemos descobrir a localização
do norte apenas analisando a nossa própria sombra. Se for pela manha nossa sombra
estará voltada para o OESTE. Se for a tarde nossa sombra estará voltada para o leste.
Caso seja observado que o horário seja próximo ao meio dia (12 horas) o sol
estará muito intenso e forte. Dessa forma se ficamos em pé irá aparecer uma pequena
sombra. Por estarmos no hemisfério sul essa sombra estará voltada para o sul.
Ficando de frente para essa pequena sombra o NORTE estará a nossas costas.
Fonte: AntonioCV116
2019.
116 Fonte: Disponível em https://antoniocv.wordpress.com/2015/08/31/orientacao-pelo-sol
94
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Orientação pelas estrelas: Para nos orientarmos pelas estrelas, no hemisfério sul,
devemos identificar onde se encontra o Cruzeiro do sul. Após encontrado o cruzeiro
do sul devemos multiplicar por 4,5 vezes a do braço maior da cruz. Após
multiplicarmos devemos traçar um linha reta até o chão, onde teremos a localização
do sul.
Fonte: Silvestre117
Fonte: Cafémateiro118
em 06 fev 2019.
95
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Esse mesmo exemplo se aplica as pedras. A região das pedras que mais
apresentar fungos e umidade será a que está voltada para o sul.
Orientação pela construção de abrigos pelos animais: No hemisfério sul os
animais procuram construir seus abrigos de forma a proteger a entrada dos ventos.
Dessa forma os ninhos de passarinhos como o “João de Barro” constrói seus abrigos
com a entrada voltada para o norte. Dessa forma protege-se da entrada de ventos e
da chuva. Dessa forma também aproveita a incidência de raios solares por uma maior
parte do dia.
Norte do mapa
Direção que
alinhado com o
queremos seguir.
norte da bússola.
Se observarmos cada ponto cardeal da rosa dos ventos veremos que estão
localizados em ângulos retos de 0, 90, 180 270 e 360 graus. Estas informações são
importantes para uma adequada orientação através da rosa dos ventos e da bússola,
pois mais a frente precisaremos da direção em graus.
Tipos de Bússola
Bússola Silva (cartográfica): A Bússola Silva é construída sobre uma base acrílica
transparente, isso facilita no momento de sua utilização com mapas. A bússola silva,
assim como a bússola prismática possui diversas informações, sendo importante
conhecê-las. Na figura abaixo está exposta cada parte da bússola e seu significado:
Fonte: https://www.trekkingbrasil.com/orientacao-com-bussola-
e-mapa-parte-1/. Acesso em 6 fev 2019.
Na imagem acima você pode observar que a agulha com uma ponta pintada de
vermelha será a nossa orientação, pois ela sempre estará voltada para o polo norte
geográfico.
Régua: serve para duas coisas: medir a distância entre dois pontos para
calcular a distância entre eles baseado na escala do mapa; e traçar linhas
retas entre dois pontos do mapa para fins de navegação.
Escalas: servem para simplificar o uso da régua, usando as escalas você não
precisa calcular a distância entre os pontos, pois as escalas já são graduadas
em metros ou kilômetros de acordo com o padrão indicado próximo a elas.
Seta de direção ou azimute: é usada para localizar a direção em graus de
um determinado ponto, ou seja, o azimute de um ponto (veremos depois o
que isso significa).
98
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Bússola Prismática: A bússola Prismática é a mais utilizada por militares. Este tipo
de bussola possui diversas partes que são diferentes das demais bússolas
Fonte: Tocandira122
Dispositivo Afastamento
Redes de alta-tensão 60 m
Redes de baixa tensão 20 m
Veículos 20 m
Torres de telefonia 20 m
Cercas e redes de arame 10 m
Eletroeletrônicos 5m
Celulares 1m
Massas metálicas em geral Depende do volume da massa
Fonte: Manual de Salvamento Terrestre do CBM SC124
Passo Duplo: A técnica do passo Duplo é utilizada para termos uma referência, com
base no nossos passos, de quantos passos devemos dar para percorrer 100 metros,
dessa forma, após algum treinamento, poderemos ter uma referência quando fizermos
os deslocamentos usando a bússola.
A técnica do passo duplo pode variar de pessoa para pessoa e também pode
variar de acordo com o terreno. Para que seja possível realizar uma aferição correta
dos nossos passos duplo é necessário que seja escolhido uma área plana e sem
obstáculos. Após, devemos medir 100 metros linear no terreno, fazendo uma marca
onde inicia e onde terminam os 100 metros. Depois disso basta percorrermos a
distância de 100 metros, sendo que a cada dois passos contamos apenas um (por
isso passo duplo).
O ideal e que façamos esse percurso várias vezes, pois assim podemos tirar a
média de passos duplos.
Para ficar mais fácil essa marcação de passos duplos devemos contar sempre
que o mesmo pé tocar ao chão. Na imagem abaixo a contagem se dá sempre que o
pé direito toca o solo.
101
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
queremos seguir, sendo que sua medida pode variar de 0 a 360 graus, sempre
contado no sentido horário.
Fonte: http://www.magnetic-declination.com
102
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
sempre que estivermos nos orientando apenas com bússolas devemos ter noção de
que estaremos nos orientando com o Azimute Magnético. Caso estejamos utilizando
cartas topográficas (mapas), devemos utilizar o Azimute Geográfico.
Tirando uma direção e usando a Bússola: Essa direção sempre será informada em
graus. Dessa forma, o azimute de qualquer ponto que seja é relativo ao ponto em que
estamos (ponto de partida). O nosso deslocamento com bússola sempre levará em
consideração duas coisas:
Ø Qual a direção (quantos graus): que pode ser de 0 a 360 graus e;
Ø Qual a distância (metros): que será medida através de passos
duplos.
Dessa forma, podemos dizer que se recebêssemos a ordem para deslocarmos
do ponto “A” para o ponto “B” 100 metros 90 graus estaríamos indo para o leste. Então
basta sabermos quantos passos duplos devemos dar para percorrer 100 metros.
103
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
104
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
126Fonte: Manual operacional de bombeiros : salvamento terrestre / Corpo de Bombeiros Militar. – Goiânia : -
2017. Pág 286.
105
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
127 Fonte: Manual de Busca e Salvamento em Cobertura vegetal de Risco de São Paulo, 2006. Pág 86.
128 Fonte: Manual de Busca e Rescate em Estructuras Colapsadas. USAID/OFDA. 2016. Pág 49.
106
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
de, um uma questão de reflexo muscular, segurar o objeto que está realizando a
descarga elétrica.
Se no caso de que o bombeiro tenha que evacuar rapidamente a edificação
basta apenas ele trocar de mão na parede. Como ele entrou com a mão direita na
parede, então para sair deverá estar com o dorso da mão esquerda guiando-se pela
parede.
129 Idem.
107
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Busca circular:
O padrão de busca circular pode ser utilizada em uma grande variedade de
situações, como por exemplo incêndios em edificações, acidentes envolvendo
salvamento veicular.
Também pode ser utilizado em situações de BREC onde haja uma pilha muito
grande de escombros e que dificultem o acesso das equipes de bombeiros.
Nesta técnica devemos posicionar quatro bombeiros, em ângulos de 90 graus,
e ao passo que vão realizando a visualização do terreno e não encontram nada, então,
de forma coordenada realizam a rotação no sentido horário, até dar uma volta
completa no terreno.
130 Fonte: MCA 64-3 Manual de Busca e Salvamento (SAR). Ano 2016. Pág 58.
108
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
109
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
UNIDADE DIDÁTICA V
LIÇÃO 1
SALVAMENTO COM ESCADAS
UNIDADE DIDÁTICA V
com uso de escada, a mesma deve estar posiciona da de forma que ultrapasse 1
111
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Escada Tipo Plataforma: Tipo de escada que pode ser utilizada para auxílio em
salvamentos veiculares, visto que o bombeiro pode ter que ficar muito tempo na
posição com braços elevados. Essa escada proporciona uma posição mais
ergonômica para o Bombeiro.
Cabe ressaltar que devemos dar uma atenção especial ao nivelamentos dos
pés da escada, pois em situações de acidentes os locais normalmente não são planos
e podem apresentar uma base escorregadia, como derramamento de óleo, barro,
lama e outras questões que possam colocar o bombeiro em uma condição insegura.
Essas escadas também podem auxiliar as equipes de bombeiros nos próprios
serviços internos como conferencia do caminhão e manutenções.
Fonte: Equipleva133
Escada multifuncional: É uma escada que apresenta muitas configurações e por ser
articulada poder dar uma maior possibilidade de atendimento às ocorrências.
Fonte: Só Escadas134
Escada Prolongável: É a mais como das escadas utilizadas pelos bombeiros.
Apresenta diversos tamanhos e uma ótima resistência. Uma grande vantagem dessa
escada é a não condução de eletricidade.
fev 2019.
113
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: Masada135
Esse tipo de escada requer um treinamento específico para seu uso, pois além
de possuir várias partes que a integram ela apresenta um peso considerável para ser
transportada.
É indicado que seja transportada e operada por dois bombeiros. De todas as
escadas operadas pelos bombeiros a escada prolongável de fibra é uma das mais
resistentes, sendo que as operações de salvamento e resgate com esse tipo de
escada são as mais diversas. Também apresenta uma grande diversidades de
tamanho, podendo chegar até à 9,60m de comprimento.
contudo aos poucos vem caindo em desuso. É uma escada que em sua extremidade
superior possui dois ganchos fixados em seus banzos que proporciona conectá-la em
pontos como andares superiores, permitindo que o bombeiro possa acessá-lo. Dessa
forma o bombeiro pode subir todos os pavimentos de um prédio apenas com uma
Fonte: Interfire137
Fonte: Agrotama138
Escada Móvel com ponta de Ancoragem: Esta escada possibilita uma maior
segurança para o Bombeiro, pois os ganchos em seus banzos se fecham ao ser
conectado. Mesmo após conectados esses ganchos podem ser abertos com uma vara
de manobra extensível. Outro fator de segurança é que ao lado do banzo a escada
possui uma linha de vida onde o bombeiros, antes de subir na escada, pode conectar-
se, evitando assim uma queda.
Fonte: 2aj.com139
SLOMP, Eduardo José Slomp – Resgate Vertical Manual de Bolso, 2 Ed. Curitiba: Associação da Vila
140
Corda Guia
Essa técnica também utiliza uma corda para funcionar como guia da maca,
evitando que se aproxime da parede ou que fique presa em obstáculos durante a
descida.
DICA: Essa técnica pode ser utilizada tanto para descer uma vítima quanto
para subir. Caso a equipe queira subir a vítima deve ser instalado um
sistema de multiplicação de força ancorada aos dois banzos, no ultimo
degrau, criando um sistema de vantagem mecânica facilitando a operação.
141SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar. Ancoragens. In: _____. Coletânea de manuais técnicos
de bombeiros: manual de salvamento em altura. São Paulo: Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de
São Paulo, 2006. V.26. p. 129.
119
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: USAID/OFDA142
USAID/OFDA Embajada de los Estados Unidos de América Apartado Postal 920-1200 Pavas San José,
142142
120
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Escada em Dobradiça
SLOMP, Eduardo José Slomp – Resgate Vertical Manual de Bolso, 2 Ed. Curitiba: Associação da Vila
143
Nas figuras abaixo podemos observar que a técnica da escada em trilhos pode
ser utilizada tanto para subir quanto para descer uma vítima em maca, contudo ambas
as extremidades da maca devem estar bem amarras.
Para realização de descida ou subida em maca com uso de escada em trilho
devemos ter a precaução de sempre instalarmos um freio oito resgate ou ID, pois
dessa forma sempre teremos uma segurança o caso de a corda escapar da mão do
operador. Funciona como um sistema de captura de progresso.
Descensão de Vítima
144Fonte: I SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar. Ancoragens. In: _____. Coletânea de manuais
técnicos de bombeiros: manual de salvamento em altura. São Paulo: Corpo de Bombeiros da Policia Militar do
Estado de São Paulo, 2006. V.26. p. 130.
122
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Ascensão e Vítima
145 Fonte: I SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros da Polícia Militar. Ancoragens. In: _____. Coletânea de manuais
técnicos de bombeiros: manual de salvamento em altura. São Paulo: Corpo de Bombeiros da Policia Militar do
Estado de São Paulo, 2006. V.26. p. 130.
146 Fonte: Disponível em http://www.bombeiros.ms.gov.br/5o-sgbmind-realiza-resgate-de-vitima-em-local-
148 Fonte: DELGADO, Delfin. Rescate urbano en altura. 4a Ed. Madrid: Disponível, 2009. P. 152.
125
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
UNIDADE DIDÁTICA VI
LIÇÃO 1
TÉCNICA DE CORTE DE ÁRVORES
Objetivos:
Ao final desta lição você será capaz de:
6.1 - Entender os conceitos introdutórios acerca de corte de árvore;
6.2 - Entender as Técnicas de Corte de Árvore.
UNIDADE DIDÁTICA VI
6.1.1 Introdução
Seção II
Dos Crimes contra a Flora
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação
permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das
normas de proteção:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas
cumulativamente.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
127
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio,
plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada
alheia:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas
cumulativamente.
Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa.
Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um sexto
a um terço se:
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a
modificação do regime climático;
II - o crime é cometido:
a) no período de queda das sementes;
b) no período de formação de vegetações;
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça
ocorra somente no local da infração;
d) em época de seca ou inundação;
e) durante a noite, em domingo ou feriado.150
150Fonte: BRASIL. Lei 9.605. de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
128
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
cortes de árvores que realmente estejam dentro da lei e com a devida autorização da
Secretaria Municipal de Proteção Ambiental.
Poda em Corte Horizontal: Este tipo de corte visa fazer com que o galho caída
de uma ves só, evitando que o galho lasque e fique preso na árvore. Neste tipo de
corte devemos iniciar com um pequeno corte pela parte inferior do galho. Devemos
ter cuidado para que a motosserra não fique presa, pois isso tem que ser um corte
pequeno.
151
Fonte: Manual operacional de bombeiros : salvamento terrestre / Corpo de Bombeiros Militar. –
Goiânia : - 2017. Pág 97
129
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Corte Lascado: Este tipo de corte normalmente é realizado em galhos muito pesados
e grandes, onde o bombeiro deseja controlar a queda, fazendo com que a ponta dos
galhos toquem o chão primeiro.
Com essa técnica podemos direcionar os galhos para locais específicos através
de um cabo guia. Essa técnica é muito utilizada quando temos casa embaixo da árvore
que está sendo cortada.
Devemos ter cuidado em ter certeza que o galho superior tenha resistência
suficiente para resistir ao peso do galho que está sendo cortado. Outra questão
importante a ser explanada é que o controle do peso do galhos está sendo realizado
pelos bombeiros que estão no solo, dessa forma eles devem ser informados no
momento exato que será realizado o corte. A corda também deverá estar ancorada
em algum outro ponto, evitando assim que o bombeiro seja arrastado pelo peso do
galho que está sendo cortado.
152 Fonte: Manual operacional de bombeiros : salvamento terrestre / Corpo de Bombeiros Militar. –
Goiânia : - 2017. Pág 98
130
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Poda com linha de Tirolesa: É uma técnica que permite deixar o galho em um local
preestabelecido e longe da árvore.
153 Fonte: Manual de Salvamento Terrestre de São Paulo. 2006, Vol 1. Pág 142.
131
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Na técnica usando balancinho com roldanas isso ajuda a não criar atrito da
corda com a árvore, desta forma não ocorre danos ao material. A corda deve estar
ancorada a um freio oito resgare conectado na parte inferior da arvore para a descida
controlada do galho.
Fonte: pinterest155
É importante que o operador do corte reforce o galho onde está sendo realizado
o balanço sempre que houver dúvida na sua resistência.
Entalhe direcional
Objetivos:
Ao final desta lição você será capaz de:
7.1 - Entender os Conceitos gerais sobre Salvamento Veicular;
7.2 – Conhecer os conceitos de Anatomia Veicular;
7.3 – Conhecer as Técnicas de Avaliação da Cena e Estabilização Veicular.
7.4 – Conhecer as Técnicas de Quebra Controlada de vidros, acesso Inicial e
Avaliação de Vítimas;
7.5 – Compreender as Técnicas de Corte e Criação de Espaços;
7.6 – Compreender as Técnicas de Retirada de vítimas;
7.7 – Sequencia lógica de Salvamento veicular.
134
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Introdução
O Salvamento Veicular é uma das atividades mais desenvolvidas pelos Corpos
de Bombeiros. Cada acidente veicular é um novo acidente, com suas peculiaridades
e dificuldades. Os acidentes veiculares podem apresentar uma gama infinita de
variedades que os tornam únicos. Variedades como, tipo de veículo, número de
ocupantes, estado das vítimas, local do acidente etc. Nesse sentido o Corpo de
Bombeiros deve estar cada vez mais preparado para enfrentar essas dificuldades que
envolvem os acidentes veiculares de forma técnica e dentro dos mais rigorosos
padrões de segurança, visto que as ações de desencarceramento são, por si mesmas,
de altíssimo risco, não apenas para a vítimas, mas também para a equipe que trabalha
na cena.
Devemos dar ênfase nas questões voltadas ao fator psicológico envolvido no
acidente. Acidentes que envolvam crianças são psicologicamente perigosas para o
desenrolar da ocorrência, requerendo uma certa frieza por parte dos bombeiros que
estão envolvido no atendimento.
135
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
157 Fonte: Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Manual de Capacitação em Resgate Veicular / Corpo
de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Organizado por Diogo Bahia Losso.-1. ed.- Florianópolis, 2017. Pág 18.
158 Fonte Corpo de Bombeiros de São Paulo. Manual de Salvamento Terrestre. 2º Ed. 2006. Vol 1. Pág 150.
136
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
137
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: Mundo159
Barreira de Sacrifício
A barreira de sacrifício nada mais é do que utilizar a própria viatura de
bombeiros como proteção das zonas de trabalho. Desta forma estaremos protegidos
caso haja algum veículo desgovernado que venha a se envolver novamente no
acidente.
138
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Tipos de Aprisionamentos
Os tipos de aprisionamento podem ser classificados de acordo com a forma
que a vitimas se encontra dentro do veículo.
Aprisionamento Mecânico: No aprisionamento mecânico a vítima pode não
apresentar qualquer lesão ou até mesmo pode apresenta lesões leves. O que define
esse tipo de aprisionamento é o simples fato de a vítima não conseguir sair por meios
próprios do interior do veículo, sendo, desta forma, classificada como aprisionamento
mecânico.
Tipo Físico 1: No aprisionamento tipo Físico 1 a vítima se encontra
apresentando lesões que a impedem de sair do veículo. Mesmo que o veículo não
estivesse bloqueado (portas destrancadas), se as lesões que a vítima apresenta a
impede de sair do interior do veículo isso classifica o aprisionamento como sendo tipo
Fisico 1.
Tipo Físico 2: No aprisionamento tipo Físico 2 a vítima apresenta alguma parte
do corpo presa entre as ferragens do veículo, podendo apresentar, também partes do
corpo transfixadas pelas ferragens do veículo.
Tipos de Colisão
É importante que o corpo de bombeiros entendam quai são os tipos de colisão
que podem ocorrer em um acidente veicular Essa informação é importante para que
entendamos como funciona a transferência de energia do trauma e quais são as
possíveis lesões que a vítima poderá apresentar.
Colisão Frontal:
Fonte: Claudioandreopoeta.160
Colisão Lateral
Fonte: Portoferreira161
Colisão traseira
Fonte: canstockphoto162
140
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Tombamento
Capotamento
Manual de Capacitação em Resgate Veicular / Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Organizado por
Diogo Bahia Losso. -- 1. ed. -- Florianópolis, 2017. Pág 85.
141
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
164 Fonte: Manual Teórico Prova Prática Segundo CSV. Corpo de Bombeiros do Amapá. Pag 13.
142
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Com base nas informações da anatomia veicular apresentada fica muito mais
fácil identificar em qual local do veículo ocorreu o impacto, mesmo se o veículo estiver
capotado ou tombado.
Vertical
TETO
LINHA MÉDIA
PISO
PISO
LINHA MÉDIA
TETO
Fonte: Content166
Fonte: industriahoje167
Fonte:WebMotors168
Célula de sobrevivência
A célula de sobrevivência nada mais é do que uma estrutura montada na
fabricação do veículo que visa proteger os passageiros quando ocorre o acidente.
Funciona com a combinação de diferentes metais que fazem com que as colunas do
veículo tenham uma maior ou menor resistência. Desta forma, quando ocorre o
acidente, algumas partes do veículo são colapsáveis, o que por sua vez ajuda a
absorção da energia gerada pelo impacto. Contudo, algumas áreas do veículo não
podem ser colapsáveis, devendo ter uma resistência maior, criando uma cápsula de
sobrevivência para os passageiros. Isso é possível porque são utilizadas tecnologias
e metais de diferentes resistências em sua estruturação.
Zonas Colapsáveis
As zonas colapsáveis dos veículos servem para absorver a energia gerada no
impacto. Conforme o Manual de Resgate Veicular para veículos Leves do Corpo de
Bombeiros de Sergipe, Zonas Colapsáveis são:
Fonte: Corpo de Bombeiros de Sergipe. Manual de Resgate Veicular para Veículos Leve. 1° Ten QOBM João
169
145
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
147
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Estabilização em 3 Pontos
171 Fonte: Manual Técnico de Bombeiros de São Paulo 03 – Corpo de Bombeiros de São Paulo/SP. 2 Ed. Vol 1.
Fonte: g1.com173
Fonte: Resgatécnica174
149
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte:WebSta175
Fonte: Manual Técnico de Bombeiros de São Paulo 03 – Corpo de Bombeiros de São Paulo/SP. 2 Ed. Vol 1.
176
Acesso Inicial
A busca por formas de acessar a vítima no interior do veículo deverá ser
realizada primeiramente pelas portas do veículo, pois são os acessos naturais e se
caso não estiverem obstruídos farão com que os bombeiros ganhem muito tempo.
Caso as portas do veículo estejam bloqueadas a guarnição deverá buscar o acesso
pelos vidros do veículo.
Fonte: g1.com178
Fonte: SOSSul179
Os vidros temperados
São considerados mais resistentes que os vidros normais. Quando o vidro
temperado sofre uma impacto ele fragmenta em inúmeros pedaços pequenos. Os
vidros temperados tem resistência ao choque térmico, flexão, flambagem, torção e
peso. O principal fator de segurança desses tipos de vidro é a sua resistência
mecânica cerca de quatro a cinco vezes superior à do vidro comum. Os vidros
temperados tem sua produção reguladas através da NBR 7199.
Fonte: canaldoengenheiro180
Os vidros Laminados
São compostos por uma ou mais lâminas de vidro que entre essas lâminas é
interposta por camadas de PVB (polivinil butiral). Essas camadas são fortemente
ligadas entre si. Quando o vidro é quebrado, os fragmentos permanecem ligados ao
PVB. O vidro da parte frontal do veículo é Laminado. Desta forma quando queremos
realizar a sua quebra controlada usamos a tesoura do desencarcerador para realizar
a sua quebra e a serra sabre para realizar o seu corte.
Fonte: canaldoengenheiro181
Abertura de Espaço
As técnicas para a criação de espaço interno do veículo nas atividades de
salvamento veicular passam por questões das mais simples até as mais complexas.
Diversas são as possibilidades de realizar a criação de espaços internos, contudo para
que isso seja possível é necessário que o comandante da operação tenha uma visão
ampla sobre todo o atendimento. Na criação de espaço interno poderemos:
Ø Rebater os bancos;
Ø Rebate volante escamoteável;
Ø Retirar os encostos dos bancos;
Ø Retirar materiais e equipamentos que se encontre em seu interior;
Ø Retirar os partes móveis internas dos veículos etc.
Técnicas de Corte
São várias as técnicas de corte que podem ser aplicadas no resgate veicular.
Cada técnica se aplica a uma situação diferente, sendo que necessitam de muito
treinamento. Abaixo demonstraremos algumas técnicas de corte:
Passos:
1- Estabilize o veículo;
2- Proteger a vítima;
3- Realizar a quebra controlada do vidro;
4- Usar a ferramenta alargadora para amassar a porta e expor a fechadura
5- Com a ferramenta alargadora forçar a fechadura abrindo a porta;
6- Cortar o chicote de fios e as dobradiça e retirar a porta.
156
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
183 Fonte: Manual de Resgate Veicular Leve. Corpo de Bombeiro de Sergipe. 1º ed. 2012. Pág 85.
184 Fonte: Manual de Resgate Veicular Leve. Corpo de Bombeiro de Sergipe. 1º ed. 2012. Pág 86.
157
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
185 Fonte: Manual de Resgate Veicular Leve. Corpo de Bombeiro de Sergipe. 1º ed. 2012. Pág 88.
158
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Passos:
1- Estabilize o veículo;
2- Proteger a vítima;
3- Realizar a quebra controlada dos vidros;
4- Usar a ferramenta tesoura para realizar os cortes na coluna A, coluna B e
coluna C. Ambos os cortes nas colunas do lado do motorista;
5- Realizar os cortes de alívio no teto, próximo a coluna e coluna C.
6- Rebata o teto lateralmente;
7- Proteja os pontos de corte com mantas ou protetores.
186 Fonte: Manual de Resgate Veicular Leve. Corpo de Bombeiro de Sergipe. 1º ed. 2012. Pág 89.
159
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: CBMSC188
Fonte: Manual de Capacitação em Resgate Veicular / Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
188
Organizado por Diogo Bahia Losso. -- 1. ed. -- Florianópolis, 2017. Pág 74.
161
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: CBMSC189
Fonte: Manual de Capacitação em Resgate Veicular / Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
189
Organizado por Diogo Bahia Losso. -- 1. ed. -- Florianópolis, 2017. Pág 76.
162
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: CBMSC190
Fonte: CBMSC191
190 Fonte: Manual de Capacitação em Resgate Veicular / Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Organizado por Diogo Bahia Losso. -- 1. ed. -- Florianópolis, 2017. Pág 95.
191 Fonte: Manual de Capacitação em Resgate Veicular / Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Organizado por Diogo Bahia Losso. -- 1. ed. -- Florianópolis, 2017. Pág 96.
163
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
portas do veículo, pois muitas vezes é possível realizar o acesso desta forma. Quando
não for possível deverá ser realizado a entrada através da quebra controlada do vidro
mais distante da vítima, pois dessa forma evitamos que ela seja atingida por
fragmentos do vidro quebrado. Sempre que for possível o comandante deverá
determinar a remoção dos fragmentos de vidros para a área de descarte de material.
Nunca remova os vidros com as luvas. Coloque uma manta para proteger as luvas os
pedaços do vidros quebrados.
Técnicas de manuseio de vidros
Fonte: CBMSC192
Fonte: Manual de Capacitação em Resgate Veicular / Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
192
Organizado por Diogo Bahia Losso. -- 1. ed. -- Florianópolis, 2017. Pág 114.
164
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Método Saver
Outro método muito famoso dentro do Salvamento Veicular é o O método
SAVER - Systematic Approach to Victim Entrapment Rescue (abordagem
sistematizada no salvamento de vítimas encarceradas).
Este método consiste em criar uma sistemática de atendimento de forma a
facilitar todo o processo de atendimento da ocorrência. Esse processo. É dividido em:
Método Saver
194Fonte: Oliveira, Elísio Lázaro de Salvamento e Desencarceramento, Elísio Lázaro de Oliveira . 2.a edição,
revista e actualizada. Escola Nacional de Bombeiros SINTRA – 2009. Pág 13.
166
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Objetivos:
Ao final desta lição você será capaz de:
8.1 - Entender os Conceitos gerais utilizados no BREC;
8.2 - Conhecer os tipos de colapso;
8.3 - Conhecer a Técnica de Buscas em BREC;
8.4 – Conhecer as Técnicas de Elevação de Carga;
8.5 – Conhecer as Técnicas de Escoramentos
167
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
FEMA
A FEMA é uma agencia dos EUA, com as mesmas características da Defesa
Civil no Brasil. Nos EUA a FEMA desenvolve protocolos para atendimentos em
atividades de BREC, sendo que as forças armadas americanas são treinadas com
base nesses protocolos para auxilio em situações de desastres em território
Americano, como os atentados das Torres Gêmeas, em 2001, com 2.996 mortos e o
atentado de Oklahoma em 1995, com 166 mortos.
INSARAG
A INSARAG é uma rede mundial com mais de 80 países e organizada através
da ONU – Organização das Nações Unidas. A INSARAG cria protocolos
internacionais para ajudar as equipes internacionais a trabalharem juntos em uma
situação de desastre onde grupos de resgate do mundo inteiro tenham que trabalhar
juntos. As equipes certificadas pela INSARAG são as primeiras a serem empregadas
em grandes desastres mundiais.
USAID/OFDA
Trata-se da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (United
States Agency for International Development), mais conhecida por seu acrônimo em
168
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
195Fonte: USAID/OFDA Embajada de los Estados Unidos de América Apartado Postal 920-1200 Pavas
San José, Costa Rica. Pág 19.
169
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Esta observação demonstra que o tempo que as equipes levam para chegar e
prestar os socorros às vítimas são um fator que pode fazer a diferença entre a vida e
a morte para aqueles que estão a espera de socorro.
196Fonte: USAID/OFDA Embajada de los Estados Unidos de América Apartado Postal 920-1200 Pavas
San José, Costa Rica. Pág 21.
170
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: USAID/OFDA197
197Fonte: USAID/OFDA Embajada de los Estados Unidos de América Apartado Postal 920-1200 Pavas
San José, Costa Rica. Pág 17.
171
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: USAID/OFDA198
198Fonte: USAID/OFDA Embajada de los Estados Unidos de América Apartado Postal 920-1200 Pavas
San José, Costa Rica. Pág 18.
172
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
173
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Espaço Vital Isolado: são os locais onde podem ser encontradas vítimas
vivas. Esses espaços Vitais Isolados são encontrados em cada tipo de colapso.
Fonte: Manual confeccionado por elInstructor del Área de Rescate Urbano de TEEX the Texas A&M
200
University, Instructor de la Academia Nacional de Bomberos de Chile Instructor Grupo USAR Cuerpo de
Bomberos de Viña del Mar Dante Nasi Franzolini. 2006. Pág 53.
174
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Tipo EM ‘’V’’: Neste caso o colapso ocorre no meio da laje. Neste caso
apresenta dois espaços vitais isolados, um em cada lado da estrutura. A laje, quando
colapsada ao meio, apresenta uma figura em ‘’V’’. Apresenta grande capacidade de
apresentar vítimas vivas.
201 Fonte: Manual confeccionado por elInstructor del Área de Rescate Urbano de TEEX the Texas A&M
University, Instructor de la Academia Nacional de Bomberos de Chile Instructor Grupo USAR Cuerpo de
Bomberos de Viña del Mar Dante Nasi Franzolini. 2006. Pág 53.
202 Fonte: Manual confeccionado por elInstructor del Área de Rescate Urbano de TEEX the Texas A&M
University, Instructor de la Academia Nacional de Bomberos de Chile Instructor Grupo USAR Cuerpo de
Bomberos de Viña del Mar Dante Nasi Franzolini. 2006. Pág 53.
175
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
espaços. Esses espaços vitais podem ser criados quando os pisos ficam separados
pelos materiais e objetos das edificações como vigas, colunas de concreto, tijolos,
móveis, etc.
Nível Leve: Edificações que em uma situação de colapso tenha sofrido danos
leves em elementos arquitetônicos, podem ser reparadas facilmente e, normalmente,
não oferecem grande risco para a integridade das pessoas que as ocupam. Abaixo
poderá ser observado um exemplo de dano em edificação de nível leve. É possível
observar que na foto apenas a marquise foi afetada pelo colapso. As demais partes
da edificação não foram afetadas.
Fonte: Manual confeccionado por elInstructor del Área de Rescate Urbano de TEEX the Texas A&M
203
University, Instructor de la Academia Nacional de Bomberos de Chile Instructor Grupo USAR Cuerpo de
Bomberos de Viña del Mar Dante Nasi Franzolini. 2006. Pág 53.
176
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: g1.com204
Fonte: g1.com205
Fonte: Documentary.org206
Busca Técnica
As buscas técnicas são realizadas com equipamentos específicos para a
missão. Equipamentos como câmera térmica, câmera com visão noturna, sensor de
movimento, câmeras boroscópicas de inspeção. Essas buscas também devem ser
realizadas com base em nos comandos do líder da equipe, que deverá solicitar o
silêncio total de todos que se encontram na Área de Trabalho. Normalmente esses
equipamentos só poderão ser operados por profissionais treinados, pois requem
conhecimentos específicos de sua operação.
Busca Canina
As buscas com Cães são as ferramentas que necessitam de operadores e cães
treinados e, preferencialmente, certificados. O homem e o cão são chamados de
binômio e devem trabalhar como tal, de forma que o homem conheça o seu cão e
saiba exatamente como trabalhar com ele.
Um mito muito difundido é de que o cão precisa sentir o cheiro de uma roupa
da vítima para poder encontra-la. Isso é um mito que dever ser ultrapassado. Os cães
tem o olfato 10.000 vezes melhor que o do ser humano, podendo realizar as buscas
de vítimas a mais de 10 metros de profundidade em escombros.
Fonte: Manual confeccionado por elInstructor del Área de Rescate Urbano de TEEX the Texas A&M
210
University, Instructor de la Academia Nacional de Bomberos de Chile Instructor Grupo USAR Cuerpo de
Bomberos de Viña del Mar Dante Nasi Franzolini. 2006. Pág 72.
183
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
University, Instructor de la Academia Nacional de Bomberos de Chile Instructor Grupo USAR Cuerpo de
Bomberos de Viña del Mar Dante Nasi Franzolini. 2006. Pág 73.
184
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Fonte: Físicaifac213
187
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
188
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Tipos de Escoramentos
216Fonte: USAID/OFDA Embajada de los Estados Unidos de América Apartado Postal 920-1200 Pavas San
José, Costa Rica 2006. Pág 80.
189
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Capacidade
Largura Largura Tipo de Capacidade Capacidade Altura
por ponto
em cm. em pol. escoramento em libras em kiltos máxima
de contato
Caixa 3 vezes
10x10 4x4 24.000 10.800 2.700
2x2 base
Plataforma 3 vezes
10x10 4x4 48.000 21.700 2.411
3x3 base
Caixa 3 vezes
15x15 6x6 60.000 27.200 6.800
2x2 base
Plataforma 3 vezes
15x15 6x6 120.000 54.400 6.044
3x3 base
Fonte: Traduzido do Manual USAID/OFDA217
Escoramento com calços tipo Caixa: São os escoramentos com 2 (dois) calços
em cada nível. Lembrando que no primeiro nível o ideal é que seja construído de forma
sólida.
Escoramento com calço tipo Plataforma: é aquele que é construído com 3 (três)
calços em cada nível.
Escoramento com calços tipo Sólido: É aquele construído com 4 (quatro) calços
em cada nível.
217Fonte: USAID/OFDA Embajada de los Estados Unidos de América Apartado Postal 920-1200 Pavas San
José, Costa Rica 2006. Pág 99.
190
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
SÓLIDO
Fonte:USAID/OFDA 218
Escoramentos Verticais
Os escoramentos verticais apresentam características de resistência de acordo
com a sua altura, distância entre postes e largura dos postes transmissores. O manual
da USAID/OFDA demonstra essa capacidade de resistência conforme tabela abaixo:
218 Fonte: USAID/OFDA Embajada de los Estados Unidos de América Apartado Postal 920-1200 Pavas San
220 Fonte: USAID/OFDA Embajada de los Estados Unidos de América Apartado Postal 920-1200 Pavas San
Fonte: USAID/OFDA222
222Fonte: USAID/OFDA Embajada de los Estados Unidos de América Apartado Postal 920-1200 Pavas San
José, Costa Rica 2006. Pág 87.
193
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
Escoramentos Horizontais
Os escoramento horizontais tem a finalidade de realizar escoramentos de
paredes, muros ou corredores.
Fonte:FOG S&R224
223 Fonte: U.S. Army Corps of Engineers Urban Search and Rescue Program. Urban Search & Rescue Structures
Fonte: Odisecur225
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
196
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
197
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
198
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR - ABM
SALVAMENTO TERRESTRE
FIELD OPERATIONS GUIDE. U.S. Army Corps of Engineers Urban Search and
Rescue Program. Urban Search & Rescue Structures Specialist, 2014
199