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História do Brasil - João Pedro de Freitas Gomes

Aula 16 - A República Nova, Revolução de 30 e Início da Era Vargas

Com a Revolução de 1930, e a ascensão de Vargas à presidência, têm início o período da história
brasileira conhecido como “A República Nova”, compreendendo o período entre 1930 e 1964.

O governo provisório de Getúlio Vargas (1930 - 1934):​ plenos poderes ao executivo.


Estado de compromisso: ​Pluriclassista e baseado em alianças políticas. Ainda se podia
observar um predomínio oligárquico, as elites dominantes já não mais estavam sozinhas, da
mesma forma que já não havia um único setor claramente hegemônico que pudesse, por si só,
exercer o poder.
● Militares: Tenentes nomeados interventores dos estados e capitais. Pobreza teórica do
movimento, gerou dissidentes no comunismo (Luís Carlos Prestes) e no fascismo. Defesa
do Estado e o descompromisso com as velhas elites dirigentes.
● Burguesia Industrial: ​Industrialização, transição gradual do modelo agroexportador
para o urbano industrial. Substituição das importações (crise de 1929), bens de consumo,
infraestrutura do café (SP), capacidade ociosa das fábricas de SP, financiamento estatal,
protecionismo alfandegário (nacionalismo econômico).
● Classe Média: ​Beneficia-se do crescimento econômico do país, código eleitoral (1932):
voto secreto e feminino (obrigatório).
● Operariado: ​Ministério do Trabalho, da Indústria e do Comércio.
○ Leis Trabalhistas (Pai dos pobres): proibição do trabalho infantil (<14);
○ Regulamentação do trabalho feminino (licença maternidade);
○ Jornadas de 8h/dia;
○ Férias remuneradas (30 dias);
○ Carteira de Trabalho e Previdência Social;
○ Proibição de greves (Mãe dos ricos);
○ Controle e unicidade sindical;
○ Não valiam no campo.
● Coronéis: ​a elite agrária foi “beneficiada” com a invalidação das leis trabalhistas no
campo.
● Cafeicultores: ​CNC (Conselho Nacional do Café): compra o excedente de café; queima
do café excedente; controle da produção. Posição delicada: café era a mais importante
atividade econômica do Brasil, e a velha oligarquia era o principal adversário político de
Vargas. A política do CNC acabou gerando benefícios econômicos para o país, mantendo
a economia relativamente estável mantendo a sobrevivência do setor cafeeiro e de outros
setores. Os efeitos da Grande Depressão da década de 1930 foram amenizados no Brasil.
A Revolução Constitucionalista de 1932 (São Paulo): ​guerra civil.
Elitista: ​PRP + PD = FUP (Frente Única Paulista).
Objetivos: Convocação de uma Assembleia Constituinte e a elaboração de uma Constituição
(pretexto); volta da elite paulista ao poder e o restabelecimento do Estado oligárquico; volta do
federalismo (autonomia política e econômica e o fim dos interventores; separatismo paulista.
Protestos: estudantis que culminaram no assassinato de Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo
(MMDC), 9 de julho de 1932.
A guerra:​ 3 meses. De 9 de julho a 29 de setembro.
Resultados: ​Forças varguistas saem vitoriosas, abrindo a perspectiva de uma legitimação do
governo, e acabando com seu caráter provisório; porém, com uma questionável vitória política
de São Paulo, com a convocação da Assembleia Constituinte.

A Constituição de 1934​ (3ª do Brasil Independente, 2ª do Brasil República).


Vargas convocou ainda em 1933, eleições para a Assembleia Constituinte, que aprovaria a
Constituição promulgada em 1934, que determinava dentre outros aspectos:
● Manutenção do princípio federativo, com autonomia reduzida aos estados;
● Divisão dos três poderes;
● Serviço militar obrigatório e ensino primário gratuito;
● Incorpora as leis trabalhistas;
● Incorpora o código eleitoral:
○ Voto feminino, secreto, obrigatório, direto, quatro anos de mandato e sem
reeleição.
● Primeiro presidente eleito indiretamente (mandato de 4 anos): Vargas.

O Governo Constitucional de Getúlio Vargas (1934 - 1937): conturbado politicamente,


marcado pela polarização ideológica (radicalismo político).
Contexto internacional:​ Revolução Russa x Nasifascismo
Ação Integralista Brasileira (AIB): liderada por Plínio Salgado, expressava a tendência
fascista, evocando símbolos nacionais e apelando para o nacionalismo. Apresentavam-se
inimigos do Comunismo e do Capitalismo, e protetores da família, e da ordem.
Aliança Nacional Libertadora (ANL): ​“libertação” nacional por meio da união dos setores
assalariados, reunindo sindicatos, comunistas, socialistas, setores liberais e democráticos, que
viam-se ameaçados pelo fascismo. Liderança do PCB.
Intentona Comunista: novembro de 1935, levante popular no Rio Grande do Norte,
impulsionado por setores da ANL, principalmente o PCB. Intervenção militar controlou a região,
bem como Recife, Olinda e o Rio de Janeiro. Getúlio utilizou essa tentativa de golpe para
justificar o endurecimento político, decretando o Estado de Sítio.
O Golpe de 1937: ​Vargas dá um golpe de Estado e inicia o período conhecido por Estado Novo.
Em meio a instabilidade política, existiam três candidatos para as eleições, Armando Salles de
Oliveira apoiado pelo PRP e PD, da oligarquia paulista, José Américo de Almeida, apoiado pelos
sindicatos, e Plínio Salgado, apoiado pela extrema direita.
Vargas procurou manter-se equidistante das disputas partidárias, acenando com a perspectiva de
manter-se no poder. Tinha apoio do exército, dominado pela ideologia anticomunista. Apoiado
pela classe média e pela elite, interessados mais na estabilidade estatal e no combate ao
Comunismo do que na manutenção e respeito da ordem constitucional.
O Plano Cohen: Vargas alegou a existência de um plano de subversão criado pelos comunistas,
que incluía assaltos e assassinatos. O plano era absolutamente falso, e foi elaborado por um
oficial do exército.
O golpe: ​Com esse pretexto, Vargas fechou o Congresso, suspendeu as eleições e a Constituição.

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