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AULA DE PROCESSO PENAL – RENATO – 05 DE AGOSTO DE 2008.

MATERIA DO SEMESTRE:

• Nulidades

• Recursos

• Execução Penal

NULIDADES -- Art. 563/573 -- CPP


Os atos praticados no processo penal têm a finalidade de levar o direito às
partes, o processo é o meio pelo qual o estado tem de levar o direito as
partes. O processo penal é o instrumento pelo qual o estado leva o direito
objetivo na prática, efetivar a norma penal objetiva.

O processo penal formalmente falando, tem várias formas de se materializar:

PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO (Reclusão) / PROCEDIMENTO SUMÁRIO


(detenção)/ PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO(mais leves). – São procedimentos
genéricos.

TRIBUNAL DO JURI / CRIMES DE IMPRENSA E OUTROS AINDA.

Cada procedimento penal vai vincular um crime especifico a ele vinculado e


vai fazer valer o fim especifico. A formalidade do processo tem como
finalidade fazer valer a LEI, é a FINALIDADE DO PROCESSO. O direito material
só é aplicado com o DEVIDO PROCESSO LEGAL, assim tbm funciona no
Processo Penal.

O ESTADO VAI APLICAR A LEI, O ESTADO TEM A JURISDIÇÃO.

Uma lide penal nasce quando ocorre um crime.

O legislador tem o interesse de fazer o processo se tornar mais rápido, sendo


boa ou ruim, o processo deve ter um fim, e o mais rápido possível. DEVE-SE
PACIFICAR OS CONFLITOS SOCIAIS.

O PROCESSO PENAL SE INICIA COM O RECEBIMENTO DE UMA DENUNCIA, E


NO FINAL UMA SENTENÇA. – o processo penal regula os atos que serão
praticados durante esse lapso de tempo, todos os atos nele praticado já esta
previsto em lei. O direito processual penal é um direito impositivo, é norma
de direito público. NORMAS PROCESSUAIS, QUALQUER QUE SEJA É SEMPRE
DE DIREITO PUBLICO, NÃO PODEM AS PARTES TRANSIGIR, É MATÉRIA DE
ORDEM PUBLICA, SÃO IMPOSITIVAS DEEEEVEM SER CUMPRIDAS.

O processo penal tem o chamado IMPULSO OFICIAL, o processo NÃO para. O


processo penal tem interesse PUBLICO, e é impulsionado pelo estado, no
caso pelo MINISTÉRIO PUBLICO.

Em caso de Ação Penal privada se a parte durante o tramite processual


deixar de praticar os atos a ele cabidos, torna-se renunciado o direito
processual, põe fim ao processo.

O ATO PROCESSUAL TEM QUE ATINGIR A SUA FINALIDADE, COMO EXEMPLO


A CITAÇÃO.

O processo somente se valida, quando há citação VALIDA para o processo,


depende sempre de uma ciência EFETIVA do réu.

No processo penal não há revelia SEM CITAÇÃO, somente há revelia quando


o réu toma ciência do PROCESSO, e a partir daí ele decide por si só NÃO
comparecer em audiência. ART. 366 CPP.

Sempre o ATO que forem comentador aqui neste texto, será entre o
oferecimento da DENUNCIA E A SENTENÇA.

NULIDADE É SINONIMO DE FAAALHAS PROCESSUAIS ERROS. É UMA


DESCONFORMIDADE DO ATO.

A NULIDADE É UM VICIO PROCESSUAL, É UM DEFEITO PROCESSUAL


DECORRENTE DA NÃO OBSERVAÇÃO OU INOBSERVANCIA DA LEI
PARA A PRATICA DE UM ATO PROCESSUAL CAPAZ DE INVALIDA-LO.

A nulidade do processo nasce da desconformidade, a lei fala uma coisa e o


ato foi objetivado com outra, diferente do que a lei diz.

Exemplo, a citação não foi efetivada corretamente conforme a lei manda, se


a citação não foi efetivada em conformidade com a legislação, o ato não foi
praticado corretamente, não atingiu a sua finalidade, daí nasce a NULIDADE.

ENTENDEMOS QUE A NULIDADE DECORRE UMA DESCONFORMIDADE. TEMOS


QUE ANALISAR POREM SE O ATO ATINGIU A SUA FINALIDADE, E A PARTIR DE
ONDE SERA ANULADO OS ATOS PRATICADOS, O FIM OBJETIVADO É A
SENTENÇA SEM VÍCIOS, SEM ATOS ANULÁVEIS.
O juiz ao analisar a nulidade, ira fazer varias verificações antes de anular
todos os atos praticados até o momento.

O DEFEITO PODE SER UM DEFEITO: PEQUENO, MÉDIO, GRAVE OU GRANDE.

A PARTIR DAÍ IREMOS ESTUDAR A MODALIDADE DE NULIDADE, OU


ESPECIES DE VÍCIOS PROCESSUAIS OU NULIDADES, PARA VER COMO
SE COMPORTA CADA UMA DELAS.

FORMA DE DEFEITO MEEENOS GRAVE:

Irregularidade – desatende a exigências formais sem qualquer


relevância. O descumprimento dessa formalidade não vai acarretar
a anulação do ato, pois não o impede de produzir os seus efeitos e
principalmente de atingir sua finalidade, alem disso fica bem claro
no art. 564, IV CPP, que essa irregularidade não é invalidada porque
a formalidade desatendia não era essencial ao ato.

FORMA DE DEFEITO DE GRAVANTE MÉDIO:

Nulidade Relativa – aqui já se da quando se descumpre uma


formalidade essencial ao ato, só que essa formalidade é
estabelecida no interesse das partes. Nesse caso o interesse é
muito mais das partes no processo. É em relação da ordem publica e
as partes, ou seja, se da essa nulidade relativa em interesse das
partes e não da ordem publica. Por isso quando o ato é mais dos
interesses das partes do que da ordem publica, gera uma
conseqüência, ou seja, depende OBRIGATORIAMENTE do interesse
da parte, A PARTE DEVE REQUERÊ-LO E TEM PRAAAAZO PRA ISSO! E
MAIS AINDA FICA CONDICIONADA A DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO.

• AS CARACTERISTICAS BÁSICAS DA NULIDADE RELATIVA:


INTERESSE DA PARTE; NECESSIDADE DE PROVAR O PREJUÍZO;
DEVE SER CUMPRIDO UM PRAZO! NORMALMENTE O PRAZO É
LOGO APÓS A SUA OCORRENCIA, COM PENA DE
PRECLUSAO/CONVALIDAÇÃO (o ato é tido como válido!) DO
ATO.

• O JUIZ NAAAAO PODE RECONHECER DE OFICIO.


O juiz para conceder a nulidade analisa muitos fatos, pois com essa
concessão o processo anda para trás, gerando vários transtornos no
Processo Penal. Perde tudo que foi feito e volta tudo de novo.

FORMA DE DEFEITO GRAVE:

Nulidade Absoluta – é o grau mais avançado de defeito


processual. A nulidade absoluta decorre da violação das exigências
formais para pratica do ato, somente que nesse caso é mais para o
interesse da ORDEM PUBLICA. NORMALMENTE as nulidades
absolutas estão relacionadas em relação com os princípios
CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL, violando-as, claro. (EX.:
AMPLA DEFESA, CONTRADITÓRIO).

• NORMAS DE INTERESSE PUUUUBLICO, INDEPENDE DA VONTADE


DA PARTE.

• A PARTE NÃO PRECISA DEMONSTRAR NENHUM PREJUIZO, ELE É


PRESUMIDO.

• O JUIZ DEEEEVE! RECONHECER DE OFICIL. TOMANDO CIENCIA JÁ


DEVE RECONHECER, SE NÃO O FIZER, A PARTE PODERÁ
REQUERER.

TANTO A NULIDADE RELATIVA QUANTO A NULIDADE ABSOLUTA,


DEPENDEM DE DECLARAÇÃO JUDICIAL. AS PARTES REQUEREM AO
JUIZ E ELE DEFERE OU NÃO.

A NULIDADE ABSOLUTA Não esta sujeito a PRECLUSAO, ELE NUNCA VAI SE


CONVALIDAR.

A lei fala que o juiz pode reconhecer de OFICIO em qualquer fase do


processo ou em grau de jurisdição. Refere-se tanto ao primeiro como no
segundo grau de JURISDIÇÃO. 1ª e 2ª ENTRANCIA.

COMO RELAÇÃO DO RECONHECIMENTO DA NULIDADE ABSOLUTA EM


SEGUNDO GRAU DE JURISDIÇÃO EXISTE A SUMULA N. 160 DO STF, QUE
RESTRINGE OS ATOS QUE PODEM SER ANULADOS.

• AS NULIDADES MESMO QUE ABSOLUTAS (caso acima da súmula


160 do STF) NÃO PODEM SER RECONHECIDAS EM PREJUÍDO DO
RÉU EM CASO DE RECURSO EXCLUSIVO DA DEFESA.
MAIS UM DEFEITO DO ATO JURÍDICO FORMA MAAAAAAAAIS GRAVE!

Inexistência – o ato inexistente é aquele que não reúne os


elementos mínimos para sequer existir no mundo jurídico como tal,
são chamados também de NÃO-ATOS, ao contrario da Nulidade
ABSOLUTA a INEXISTENCIA não DEPENDE DE DECLARAÇÃO JUDICIAL.
BASTA QUE APENAS QUE SE IGNORE O ATO PRATICADO, ELE É TAO
GRITANTE QUE NÃO TEM EFEITOS JURIDICOS PARA ESTAR NO
MUNDO JURÍDICOS. DEVE SER SOMENTE DESCONCIDERADO,
DESCARTADO DO PROCESSO.

Exemplo na pratica: no processo penal durante o tramite, é juntada uma


certidão de óbito do réu, o juiz com isso extingue a punibilidade, é transitada
em julgado art. 107, I. Sendo o documento juntado falso, é pacifico dizer que
quando a sentença do juiz for dada em cima de um documento falso, é
considerada a decisão como INEXISTENTE. O grau de defeito do ATO é o
maaaixmo, basta com isso ser somente ignorado.

PRINCÍPIOS QUE REGEM ESSAS NULIDADES ACIMAS CITADAS.

Princípio do Prejuízo – esse principio é baseado no art. 563 do CPP,


que fala que nenhum ato processual será declarado nulo se não houver
prejuízo a parte, tanto a acusação quanto para defesa, serve em si para da
andamento processual, sempre para frente e poucas vezes para trás..
(NULIDADE RELATIVA)

Princípio da Instrumentalidade das Formas – e Princípio da


Economia Processual: esses princípios estão ligados ao art. 566 do CPP
e o art. 572, II. Pelo principio da instrumentalidade das formas não vai se
declarar nulidade de um ato que não houver influencia na apuração da
verdade dos fatos, verdade substancial. Não tem sentido nenhum declarar
nulidade do ato que não houve influencia que não se envolveu na
mentalidade da decisão, não trouxe nenhum beneficio ou malefício para o
processo. Certas nulidades serão relevadas sendo praticado de outra forma
mais atingida seu fim. Se caso atingiu sua finalidade, então não será
anulado. Se não houver o reconhecimento da nulidade irá ter uma economia
processual.

Principio da Causalidade ou de Seqüencialidade – art. 573 §1º


CPP. A nulidade de um ato uma vez declarada causara os atos de que dele
dependa, então irá gera nulidade dos outros atos decorrente do que foi
anulado, será uma contaminação dos que dele depende. Somente os atos
dependentes do que foi anulado, também o sejam.

Principio do Interesse – art. 565 segunda parte CPP, essa disposição


somente ira autoriza o requerimento da nulidade para quem dele tem algum
benefício, deve haver um interesse, não pode somente para atrasar,
procrastinar o processo. (NULIDADE RELATIVA) aqui também exclui a aquele
que deu causa da nulidade, não pode ser usada de sua própria torpeza,
principio constitucional, essa idéia vem da primeira parte do art. 565 CPP.

Princípio da Convalidação – (NULIDADE RELATIVA) esta ligada ao art.


572, I as nulidade relativas serão sanadas se não forem argüidas no
momento oportuno, caso passe o prazo será convalidado o ato anulável.
Somente é possível a convalidação na NULIDADE RELATIVA. Ocorre por
causa da inércia da parte, a parte não argüiu no tempo oportuno, no tempo
certo, então daí vai ser convalidado. Justamente porque não fere nenhum
direito constitucional, caso da nulidade absoluta. O art. 571 do CPP
estabelece um prazo para que essas nulidades relativas sejam argüidas.
Normalmente é o próximo momento que a parte terá oportunidade para ser
alegada a nulidade, daí precluirá seu direito.

NULIDADES EM ESPÉCIE – ART. 564 DO CPP

O legislador fala que a nulidade ocorrera nos casos seguintes, conforme o


artigo acima.

1. O primeiro inciso fala que a nulidade ocorrerá por


INCOMPETENCIA/SUSPEIÇÃO/SUBORNO do Juiz, será sempre NULIDADE
ABSOLUTA. O art. 109 do CPP trás as regras de competência do juízo.
EXCEÇÃO: Quando se tratar de competência de foro a competência
passa a ser Relativa então, a NULIDADE TAMBÉM SERA RELATIVA. A
Competência de foro é a competência territorial. TODAS AS OUTRAS
REGRAS DE COMPETENCIA VAI GERAR NULIDADE ABSOLUTA. Com
relação à SUSPEIÇÃO é sempre estudada com o IMPEDIMENTO do juiz.
No art. especifica os casos de suspeição. O impedimento não gera
nulidade, gera o dano mais grave que será a inexistência do processo,
o processo é inexistente. O impedimento O JUIZ ESTA IMPEDIIIDOOOO
DA JURISDIÇÃO, por isso que não esta elencada no ART. 564 –
QUESTAAAAAO DE PROOOOOOOOOVA! A suspeição gera sempre
nulidade ABSOLUTA. O SUBORNO DO JUIZ, ira gera nulidade absoluta.
Geralmente é o crime de CONSUÇÃO, CORRUPÇÃO PASSIVA OU ATIVA,
ARTS 316-317-333 CPP.

2. O segundo inciso fala da ILEGITIMIDADE DA PARTE. É uma questão


estritamente processual, então irá gera nulidade do processo. Diz
respeito à legitimidade ATIVA. A legitimidade de parte pode ser
analisada por dois aspectos: “AD CAUSAM” (diz respeito a quem figura
no pólo ativo (ministério publico em ação penal publica e o querelante
em ação penal privada subsidiaria da publica)) E “AD PROCESSUM” (diz
respeito à capacidade de estar em juízo (aqui deve ser um promotor
de justiça devidamente aprovado em concurso publico e tomado posse
e de outra parte o advogado da parte “ius postuland”)). A “AD
PROCESSUM” PODE SER CONVALIDADA, NULIDADES RELATIVAS –
NORMALMENTE, A PESSOA NÃO PODE SER PARTE MAIS PODE SER
CORRIGIDO.

3. Por falta das formulas e termos destacados no código. Falhas que


podem ocorrer em vários atos processuais.

A) Denúncia [A. Penal Pública] e a Queixa [A. Penal Privada] (petição


inicial no processo penal, requisitos art. 41 do CPP, sendo esses
requisitos peças ESSENCIAIS DO PROCESSO), a lei diz o que deve cada
uma dessas peças deve ter, na falta desses requisitos irá gerar
nulidade ou falha no Processo. A Denúncia pode ser Aditada até a fase
da Sentença sem nenhum problema, diferente da Queixa, pois
algumas falhas não podem ser corrigidas, que pode gerar Renúncia do
direito. O crime de Ação Penal Privada, como o crime de Dano, feita
por vários agressores, deve ser ingressada contra TODOS OS
AGRESSORES. Sendo essa queixa crime ingressada contra somente
um, acarretara em nulidade da ação, perda do direito. A renúncia de
um acarreta renuncia para os demais. NAS CONTRAVENÇÕES PENAIS
não esta mais em vigor, pois esta Revogada. Deve ser cumpridos todos
os Requisitos, como por exemplo os do Auto de Prisão em Flagrante,
que não sendo cumprido todos os requisitos acarreta o Relaxamento
da Prisão.

B) Art. 158 CPP, o EXAME DO CORPO DE DELITO é imprescindível


para os crimes que deixarem vestígios, chamados de Crimes
Materiais (causa modificação no mundo exterior), quando é possível
de se realizar (caso onde o réu esconde ou espalha o corpo de delito).
Não sendo possível o exame, por desaparecer os vestígios, a prova
testemunhal supre esse exame. Quando pode se fazer o exame de
delito de outra maneira, como fixas técnicas de hospitais e outras
coisas, chama-se EXAME DE CORPO DE DELITO INDIRETO. No caso
do réu ter dado FIM no corpo da vítima, não é caso de NULIDADE
ABSOLUTA DO PROCESSO, ninguém pode tirar proveito de sua
PROPRIA TORPESA, acórdão do STF. O que gera a nulidade do processo
é quando se PODE FAZER E NÃO FAZ!

C) A parte do Réu menor de 21 anos, esta Revogado pelo Código


Civil, pois não são mais relativamente incapazes, a maioridade é 18
anos, quando ele é plenamente CAPAZ. A nomeação de Defensor de
Réu presente causa nulidade Absoluta. A todo réu sem condições de
manter um advogado, deve ser assegurado um DEFENSOR PUBLICO, é
IMPRESCINDÍVEL. HOJE NO ATO DA PRISAO DO RÉU, NO
FLAGRANTE DELITO, NA FORMALIZAÇÃO DA PRISAO DO RÉU,
SERA QUESTIONADO A ELE SE TEM CONDIÇOES DE ARCAR COM
O ADVOGADO, TERA O DELEGADO MANDAR UMA CÓPIA DO
AUTO DE PRISAO EM FLAGRANTE PARA A DEFENSORIA QUANDO
NÃO PUDER ARCAR COM ADVOGADO OBVIAMENTE. Normalmente
era mandando uma cópia somente para o JUIZ e para o PROMOTOR. A
NOMEAÇÃO DE ADVOGADO É IMPRESCINDIVEL SOB PENA DE
NULIDADE ABSOLUTA. PRINCIPIO CONSTITUCIONAL DA AMPLA DEFESA
É UM DIREITO CONSTITUCIONAL DO RÉU, TEM DOIS PARAMETROS, A
AUTO DEFESA (a falta de interrogatório do réu quando ele se faz
presente é causa de nulidade, pois ele pode falar ou se explicar, não
podendo se falar depois, que quem fala por ele é seu advogado. “ius
postuland” Art. 133 CF) E A DEFESA TÉCNICA (é feita pelo advogado do
réu). AS NORMAS PROCESSUAIS SÃO NORMAS IMPOSITIVAS, O
DELEGADO DEEEEEEEEEEEEEEEEEEEVE!!!!! MANAR UMA CÓPIA
PARA O JUIZ, DEFENSOR (dependendo do caso) e para o
PROMOTOR! Quando o réu responde o processo Solto, terá ele o
direito de DEFENSOR somente na hora da CITAÇÃO, diferente do RÉU
Preso.

D) Falta de intervenção do MP no Processo. Essa nulidade do Processo


é RELATIVA, porem existe duas correntes, mais a maioria diz que é
Relativa. SENDO RELATIVA, DEVE SER PROVADO O PREJUÍZO
PARA SER ANULADO, como já dito anteriormente. A ação penal
pública e a subsidiária, o MP deve intervir em todos os Atos do
Processo, principalmente na AÇÃO PENAL PUBLICA o Juiz normalmente
aplica o Art. 28 do CPP, remete o Processo ao Procurador Geral, para
que nomeie um PROMOTOR para sanear a nulidade.

E) Fala da CITAÇÃO DO RÉU e INTERROGATÓRIO DO RÉU.

CITAÇÃO é o ato que chama o Réu para ingressar a LIDE, seria a


ESTABILIZAÇÃO DO PROCESSO, quando o réu é VALIDAMENTE CITADO.
Art. 366 CPP, não pode o processo penal ter CITAÇÃO FICTA, ocorrendo
a REVELIA someeeeeeeeeeeente nos casos que ele toma
EFETIVAMENTE A CIENCIA DO PROCESSO e por sua CONTA não
comparece no PROCESSO, mas ele esta CIENTE de que HÁ um
processo contra ele. Então a CITAÇÃO é o ato mais importante do
PROCESSO PENAL, e deve essa CITAÇÃO ser PESSOAL. Para que seja
VALIDA DEVE SEGUIR UMA REGRA que esta na LEI, É COMO JÁ DITO,
UMA NORMA IMPOSITIVA, NORMA PROCESSUAL. A falha na citação
CONTAMINAAA O PROCESSO TODINHOOO, isso confirma a
IMPORTANCIA DO ATO PROCESSUAL.

INTERROGATÓRIO. Deve ser o Réu interrogado. Hoje o interrogatório


é o último ato no processo, diferente de antigamente, na qual ocorre,
preliminar à sentença, a audiência chamada de AUDIÊNCIA
CONCENTRADA, (é ouvida a vítima, se houver, depois ouvida a
testemunha da vítima, depois a testemunha do MP, da Defesa e por
ultimo é ouvido o RÉU).

PRAZOS para todo ato são determinados prazos, a falta de concessão


do prazo no processo é causa de Nulidade Absoluta no Processo. De
forma alguma pode não ser concedido prazo para a parte no processo,
sempre causando NULIDADE ABSOLUTA. Para os atos OBRIGATÓRIOS,
caso o advogado da parte não cumpra, o Juiz deve nomear outro
advogado “ad-hoc” para que cumpra com esta diligencia, diferente dos
que o Juiz deve dar o prazo para que a parte APRESENTE um ato
processual SE O QUISER, dependendo se é IMPRESCINDÍVEL OU
NÃO, porem existe uma tendência de todos os atos processuais serem
imprescindíveis.

F) Essa regra esta revogado na parte do LIBELO, no rito do Tribunal do


Júri, sendo valido somente a Sentença de Pronuncia e a entrega da
cópia. Não existe LIBELO, o processo irá para o MP somente para a
complementação das Testemunhas. Qualquer falha que houver na
Sentença de Pronuncia irá sempre GERAR NULIDADE ABSOLUTA DO
PROCESSO. O art. 381 do CPP traz quais são os requisitos específicos
de qualquer Sentença no Processo Penal, normalmente a não
observância dos requisitos legais da sentença gera sempre NULIDADE
ABSOLUTA DO PROCESSO. (requisitos: relatório, dispositivo e
fundamentação).

OS INCISOS NA SENTENÇA DO ARTIGO TRATAM TODOS DA NULIDADE


NO RITO DO TRIBUNAL DO JURI.

O ato mais formal no PROCESSO PENAL é o TRIBUNAL DO JURI.


NA PRIMEIRA FASE DO PROCESSO NÃO É FEITO O JULGAMENTO, É
FEITO NA ULTIMA FASE DO PROCESSO PELOS JURADOS. O PROCESSO
SE COMPOE DE UMA FASE PRELIMINAR E A OUTRA É O JULGAMENTO
EM SI PELOS JURADOS, NA PRIMEIRA FASE NÃO HÁ JULGAMENTO
MOTIVO DE QUE O JUIZ NÃO TEM COMPETENCIA PARA JULGAR O RÉU,
SENDO ESTA COMPETENCIA DOS JURADOS. DEVE SER O RITO DO
TRIBUNAL DO JURI SER CUMPRIDO A RISCA.

G) o réu deve ser intimado para ser julgado;

H) intimação das testemunhas é uma Regra Processual, pode causar


nulidade; (o júri só poderá ser adiado quando a testemunha intimada
morar na comarca do julgamento)

I) a presença de pelo menos 15 jurados. Hoje são 25 Jurados


nomeados, sendo que no mínimo devem comparecer 15 jurados;

J) o sorteio dos jurados com o numero legal (7 jurados) e sua


incomunicabilidade (dos jurados sorteados) [não pode discutir a causa
do processo com nenhuma pessoa, deve somente ele tomar partido,
deve só ele decidir se é culpado ou não]; a incomunicabilidade pode
causar NULIDADE ABSOLUTA.

K) os quesitos e as respectivas respostas; a quesitação é a pergunta


feita aos jurados, que é formulada pelo JUIZ, advêm das teses
apresentadas pelas partes. Hoje a votação é mais simples, a lei nova
impõe que as perguntas devem ser mais simples.

L) a acusação e a defesa terão as mesmas oportunidades.

M) o juiz deve acatar o que os jurados decidirem. A função do juiz no


processo é de presidir e de aplicar a pena, motivo de ser um juízo
composto, os juízes leigos, que são os escolhidos para o tribunal do
júri, julgam o mérito. (juiz leigo e juiz togado).

EM REGRA TODAS AS FALTAS DOS REQUISITOS DO TRIBUNAL DO JURI,


GERA CONCEQUENCIA DE ANULAÇÃO.

UMA NULIDADE ABSOLUTA OCORRIDA NO MOMENTO DO PLENARIO


PERDE-SE TODO O TRABALHO, TENDO QUE COMEÇAR TUDO
NOVAMENTE

N) falha na sentença (segue o requisito do Art. 381 não lembrei CPP).


REFUNDI (relatório, fundamento e dispositivo) se faltar algum desses
requisitos é NULA ABSOLUTAMENTE, são requisitos ESSENCIAIS.

N) Art. 574 e 746 CPP. Recurso de Oficio (a lei determina em alguns


casos, que algumas decisões do juiz esta sujeita ao duplo grau de
jurisdição, obrigatoriamente o juiz deve mandar sua decisão para ser
analisada), o nome correto no caso seria o REEXAME NECESSARIO. A
CONSEQUENCIA DE NÃO UTILIZAR O RECURSO DE OFICIO, ENQUANDO
NÃO FOR REEXAMINADO PELO TRIBUNAL A DECISAO DE PRIMEIRO
GRAU NAAAAAAAAAO TRANSITA EM JULGADO.

O) notifica-se (para se praticar um ato) intima-se (dar ciência de um


ato já praticado). As sentenças quando possível é dada logo em
audiência para acelerar o processo. A partir da ciência do ato começa
o PRAZO para poder recorrer ou impor algum recurso cabível, caso é
dado ciência em audiência já começa a correr o prazo, agora quando o
ato não é praticado na presença das partes é utilizada a INTIMAÇÃO
DA PARTE. Toda intimação é feita por DIÁRIO OFICIAL, para os
advogados, para as partes no processo é feita a INTIMAÇÃO PESSOAL.
Promotor é intimado pessoalmente com vistas dos autos, o advogado
é intimado por diário oficial e o réu é intimado pessoalmente. O prazo
começa a correr depois da intimação do ultimo. Qualquer falha na
intimação gera nulidade do processo por cerceamento de defesa.
P) quando o julgamento for mandando para segundo grau, será
sempre dada por um COLEGIADO, são proferidas por mais de um juiz,
eles se reúnem em TURMAS ou CÂMARAS. Existem alguns recursos
que dependem de um numero mínimo para julgamento, o chamado de
quorum legal, caso não há este quorum é nulo o ACÓRDAO.

4. Por omissão de formalidade que constitui elemento essencial do ato.


Há nulidade no processo toda vez que houver omissão de formalidade que
constitua elemento essencial do ato! Neste caso em que haja uma omissão a
formalidade que constitui elemento essencial e que isso impeça o ato atinja
sua finalidade e produza seus efeitos. Este dispositivo diz respeito à
NULIDADE RELATIVA, somente diz NULIDADE ABSOLUTA quando infringir
regulamentos constitucionais.

MOMENTO DE ARGUIÇÃO DE NULIDADES RELATIVAS

Art. 571 do CPP. As regras vêm nos incisos.

a) As que ocorrem durante a instrução criminal devem ser argüidas em


alegações finais;

b) No procedimento sumário, durante a instrução do procedimento


sumário, devem ser argüidas em alegações finais, porque o
procedimento sumario é um ato todo concentrado, pois é o próximo
momento de se falar nos autos;

c) As nulidades, ocorridas depois da pronúncia (rito do Tribunal do Júri),


devem ser alegadas após o anuncio do julgamento e pregão das
partes; o momento a alegar nulidade só diz respeito à NULIDADE
RELATIVA, pois NULIDADE ABSOLUTA PODE SER ALEGADA A
QUALQUER MOMENTO.

d) As nulidades ocorridas durante a sessão de julgamento do Tribunal do


Júri devem ser argüidas logo após sua ocorrência, sob pena de
preclusão.

e) As nulidades ocorridas após a sentença e na sentença, terá de ser


argüidas na motivação ou razoes do recurso;

AS NULIDADES RELATIVAS ESTARÃO SANADAS:


a) Se o ato embora praticado de outra forma tiver atingido a sua
finalidade;

b) A parte ainda que tacitamente, aceitar os seus efeitos;

c) Não forem alegadas em tempo oportuno.

AS NULIDADES RELATIVAS ESTARÃO SANADAS:

d) Se o ato embora praticado de outra forma tiver atingido a


sua finalidade;

e) A parte ainda que tacitamente, aceitar os seus efeitos;

f) Não forem alegadas em tempo oportuno.

O Art. 572 especificou quais são as nulidades Relativas, então por


EXCLUSAO as outras nulidades serão NULIDADES ABSOLUTAS. (---------
LER ARTIGO---------)
II – nos casos de crime de DETENÇÃO, só pode neste caso ser julgado a
revelia;

III – havendo falha na essência do ato já é falha, porem deve ser analisado se
é norma constitucional ou não, e ver se a norma concretizou sua finalidade;

 Os operadores do direito na podem perder a visão de que o processo


tem um OBJETIVO, os conflitos devem ser pacificados, se forem
observados TOOOOOOOOOOOOOOOODOS os requisitos formais do
processo, nunca irá chegar ao fim.

Da decisão que do Juiz que Anula o processo EM TODO OU EM PARTE cabe o


sanado RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, Art. 581, XIII CPP.
RECURSOS
É uma matéria muito importante no processo penal.

Para cada decisão cabe um recurso específico, Principio da


Unirecorribilidade.

A Ação Penal é muito importante junto com a matéria de Recursos.

A jurisdição se divide em graus, a CF define o poder judiciário em Graus, tem


a jurisdição de Primeiro Grau e a de Segundo Grau. A ação tem inicio com o
recebimento de uma denuncia e termina com a sentença, a jurisdição do juiz
de primeiro grau esta entre esse momento, da denuncia até a sentença,
onde é encerrada, o término da jurisdição de primeiro grau termina com a
Publicação da Sentença (entrega da sentença em cartório). Quando não há
prerrogativa de foro (foro privilegiado) o processo começa sempre na
jurisdição de primeiro grau. A partir da publicação da sentença e a devida
intimação das partes é que nasce a possibilidade de interposição de recursos
(o termo adequado é realmente INTERPOR um recurso), obviamente no seu
devido tempo ou prazo. Com a interposição irá acarretar um “retrocesso” no
processo, pois irá ser analisado novamente.

O RECURSO PROVOCA UM RETROCESSO NO PROCESSO.

Definição: Recurso é a providencia concedida a parte interessada para


pedir ao Órgão Jurisdicional o Reexame da questão decidida e sempre
quando se fala em recurso, todo recurso pressupõe o duplo grau de
jurisdição, pois será analisada pela jurisdição superior.

 1º Grau: Juiz Singular (a decisão recebe o nome de Sentença)

 2º Grau: Tribunal Colegiado (turmas ou câmaras {em RO é


câmaras}) [Acórdãos]

Em primeiro grau, normalmente a decisão é dada pelo juiz singular, com


exceção do Tribunal do Júri (7 juízes leigos e 1 Togado).

Quando a SENTENÇA transita em Julgado é quando não foi interposto


nenhum recurso e não há mais possibilidade de nenhum Recurso.

Quando o ACÓRDÃO transita em julgado recebe o nome de ARESTO.


O Pressuposto lógico e FUNDAMENTAL de qualquer recurso é a
SUCUMBÊNCIA (interesse de agir).

SUCUMBÊNCIA: é a desconformidade entre o que foi pedido e o que foi


deferido pelo juiz, é quando seu direito é sucumbido, não é satisfatória a
parte.

Espécies de Sucumbência:

Sucumbência única: quando os efeitos da decisão atingem somente uma das


partes.

Sucumbência múltipla: quando os efeitos da decisão atingem TODAS as


partes do processo.

Sucumbência direta: quando atinge uma das partes da relação processual.

Sucumbência Reflexa: atinge pessoa fora da relação processual.

Sucumbência Parcial: quando somente parte do pedido é acolhido.

Sucumbência Total: quando o pedido não é acolhido por inteiro.

SÓ PODE RECORRER DA PARTE EM QUE FOI SUCUMBIDO (pressuposto


lógico).

Razão de Existência do Recurso: (FUNDAMENTOS)

1- Necessidade psicológica daquele que sucumbiu;

2- A falibilidade humana (falha);

3- Combate ao arbítrio.

A BASE CONSTITUCIONAL DO RECURSO (toda norma deve respeito à CF)


ESTA INTRINSECAMENTE ONDE DISPOE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO PODER
JUDICIARIO, NOS ARTIGOS 93 E SEGUINTES, ONDE ESTABELECE DOS
TRIBUNAIS E DA ATRIBUIÇÃO RECURSAO A ELES.
PRESSUPOSTOS RECURSAIS
(condições para interposição do recurso)

Divisão: Pressupostos Objetivos e Pressupostos Subjetivos.

Pressupostos Objetivos: (eles são cumulativos, deve todos estar


presentes no recurso)

 Cabimento; (alguns doutrinadores o chamam de autorização legal)


nada mais é do que a exigência ou a necessidade da previsão legal
do recurso para aquela decisão recorrida. Deve ter recurso cabível
para que possa ser interposto o recurso, tem algumas decisões que
não há recurso (decisão interlocutória simples);

 Adequação; sendo o recurso cabível, agora deve ser adequado. Vem


de que para cada decisão há um recurso específico cabível, ele
deve ser adequado da decisão que queira recorrer. (Princípio da
Unirecorribilidade).

Principio da Fungibilidade dos Recursos  se interposto o


recurso com todos os requisitos adequados e não houver má-fé,
porem com nome adverso, pode o juiz recebê-lo como sendo
adequado, seria ele receber o recurso inadequado como
adequado.

Princípio da Conversão  quando há erro no endereçamento


do recurso, quando o recurso é interposto perante o órgão
jurisdicional errado, o errado encaminha o recurso ao órgão
competente.

 Tempestividade; esta ligada ao tempo/prazo previsto em lei, e ele


deve ser respeitado rigorosamente. No processo penal a regra geral é
que o recurso tem 05 dias de PRAZO. Vem prevista no art. 575 do
CPP, a verificação do prazo se da no momento da entrega da Petição
do Recurso em cartório. Não existe remédio para intempestividade do
recurso.

 Regularidade Procedimental; o recurso deve obedecer às


formalidades previstas em lei para interposição daquele recurso. A
regra geral esta prevista no art. 578 do CPP, ou seja, fala que o
recurso pode ser interposto por PETIÇÃO ou TERMO NOS AUTOS (é
quando a parte sucumbente expressa verbalmente à intenção de
recorrer e reduzido por escrito pelo escrivão). (APELAÇÃO E
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO podem ser interpostos por PETIÇÃO
OU TERMOS NOS AUTOS, os demais recursos somente por PETIÇÃO). A
parte deve seguir as regras formais, sob pena de ser rejeitado. Com os
meios de comunicação avançando é admitido pela jurisprudência o
recurso eletrônico.

Fatos Objetivos:

(estudado dentro dos pressupostos Objetivos)

• Fatos Impeditivos: Acontece antes da interposição do recurso,


ocorrendo, havendo sua existência, impede a interposição do recurso.

o Renúncia: é a manifestação da vontade de não recorrer, a lei


proíbe a renuncia no processo penal do Ministério Publico nem o
Defensor Publico.

o Não recolhimento do réu a prisão: somente nos casos em


que o juiz determina. Digamos que o réu respondia em liberdade,
porem quando profere sentença ele decreta que deve ser preso.
Quando a sentença é absolvitória ele é colocado imediatamente
em liberdade, caso estivesse preso. (O NÃO RECOLHIMENTO A
PRISAO É FATO IMPEDITIVO DA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO)
digamos que o réu foge, não pode o advogado interpor o recurso.
O IMPEDIMENTO É SEMPRE FATO ANTERIOR A INTERPOSIÇÃO DO
RECURSO.

• Fatos Extintivos: Ocorrendo os fatos extintivos, já interposto o


recurso extingue o recurso.

o Desistência: a parte que interpôs o recurso pode desistir. Não


pode, porém, o Ministério Publico desistir do processo como não
pode o Defensor Publico não pode desistir sem a anuência do Réu.
Para desistência ter validade depende da manifestação tanto do
réu como de seu advogado. Se houver divergência da vontade do
réu e do advogado, prevalece a vontade de Recorrer. Depois de
interposto o recurso é a manifestação de desistência do recurso.
(vide art. 576 CPP)

o Deserção: se da em duas hipóteses, o recurso se dará extinto.


 Fuga: se o réu estiver preso, opera-se a chamada deserção
do réu. A recaptura do réu não revalida o recurso extinto.
REVOGAD Nem sempre irá ocorrer a deserção, em alguns casos
O PELA LEI específicos não ocorre a deserção, essa regra geral aplica-se
11.719/20 ao recurso chamado de apelação. Mesmo o réu fugindo
08. alguns recursos irá continuar. A DESERÇÃO
DEEEEEEVERÁ!! ESTAR EXPRESSA NA LEGISLAÇÃO.

 Falta de Preparo: na ação penal privada, existe o preparo.


Deve ser pago o preparo recursal. Caso deixar em recolher
as custas irá extinguir o recurso. No processo penal só
existe preparo na ação penal privada.

Essas são questões objetivas que podem ocorrer.

O art. 387 do CPP revogou o art. 595 expressamente


e 585 tacitamente pelo art. 387 do código. A lei
11.719/08, sendo que foram 3 leis que entraram em
vigor, e a que alterou esse artigo foi especificamente
esta ultima. Esta mesma lei revogou o art. 594 e os
artigos mencionados (595 e 585).

Pressuposto Subjetivo:

 Interesse: somente a parte que tenha interesse na reforma da


decisão que pode recorrer, ou seja, a parte sucumbida. É a partir da
desconformidade do que eu pedir com o que o juiz decidiu que surge o
interesse de recorrer. (art. 577, §único CPP).

 Legitimidade: o recurso deve coincidir com a sua posição processual.


De regra no processo penal quem pode recorrer é o Ministério Público,
o querelante (ação penal privada), o réu, o seu Advogado ou seu
Defensor. O assistente de acusação pode recorrer somente
supletivamente (se o MP não recorreu em tudo que podia, pode o
assistente recorrer onde o MP for inerte, caso o MP recorra de tudo,
não há no que recorrer) (quando há inércia do Ministério Público),
a vítima em alguns casos também pode recorrer. (art. 577 caput). É
possível o MP recorrer em favor do Réu (nesse caso ele age como
“custos legis”, fiscal da lei). Terceiros atingidos pelo efeito da sentença
também pode interpor recurso (terceiro de boa-fé).
Para que qualquer recurso, seja recebido e
processado pelo juiz, deve preencher todos
os pressupostos, objetivos e subjetivos. No
momento da interposição o juiz irá analisar
todos os pressupostos para então receber o
Recurso, caso não tenha a presença dos
pressupostos (são cumulativos TODOS DEVEM
ESTAR PRESENTES) ele Rejeita ou Renega, não
pode ocorrer nenhum fato Impeditivo e nem
Extintivo do Recurso, obviamente.

De regra o recurso é interposto junto ao juiz de primeiro grau, e


encaminhando ao tribunal. O juiz ao receber o recurso, vai exercer o
chamado o JUIZO DE ADMISSIBILIDADE ou PRELIBAÇÃO (Positivo
[quando aceita] ou Negativo [quando ele rejeita o recurso]), este juízo é
apenas um juízo processual, TÉCNICO (um juízo preliminar).

O recurso tem dois momentos, o da INTERPOSIÇÃO (simples


petição/manifestação da vontade de recorrer, apenas o manifesto de
inconformismo da decisão [é aqui que ele faz o juízo de prelibação]) e o
RAZÕES DO RECURSO (motivação/porque eu quero recorrer) daí a parte
contraria ira ser intimada para querendo apresentar contra razões.

O juiz encerra a jurisdição quando ele publica a sentença, não podendo


alterá-la, porem ele “ajuda” o tribunal fazendo o primeiro juízo de prelibação
ou de admissibilidade, não vinculando o segundo juízo feito pelo tribunal.

Quando o Juiz DENEGA o Recurso normalmente não tem cura, nos casos
previstos em lei de pressuposto.

Quando o processo chega ao TRIBUNAL, o RELATOR irá fazer uma análise


novamente seria um segundo JUIZO DE ADMISSIBILIDADE ou
PRELIBAÇÃO, o juízo feito em primeiro grau não vincula o segundo juízo.
EXISTEM DOIS MOMENTOS NO JUIZO DE ADMISSIBLIDADE. Até agora
não houve julgamento de mérito, somente é uma análise processual, seria
uma análise técnica.

UMA CARACTERÍSTICA ESSENCIAL DO RECURSO É QUE ELE É SEMPRE


VOLUNTÁRIO. Ninguém esta obrigado a interpor Recurso, não existe
Recurso obrigatório em lei. O que existe é que quando interposto o recurso
tem algumas partes que não podem desistir dele, como por exemplo o MP.
PORÉM ESSA VOLUNTARIEDADE DO RECURSO, o art. 574 do CPP trás uma
redação que coloca em cheque essa afirmação, “os recursos serão
voluntario, excetuando nos seguintes casos, que será interposto de oficio
pelo juiz”, essa redação tem uma leitura que pode levar uma interpretação
equivocada, tem uma redação ruim, lastimável. Esse artigo não tem
nenhuma característica de recurso. O recurso de oficio, não é certo essa
nomenclatura, pois o juiz não interpõe recurso, seria melhor o nome de
REEXAME NECESSÁRIO ou DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
OBRIGATÓRIO. O termo “o juiz recorre de oficio” tem que ser é banido do
nosso ordenamento jurídico, não é certo. Quem interpõe recurso são as
partes. Esse artigo diz que nos casos previstos em lei, a decisão proferida
pelo juiz deve, independentemente de recurso, ser reexaminada pela
instancia superior. O juiz no final da sentença diz assim “decisão sujeita ao
duplo grau de jurisdição, após os prazos recursais remeta os autos a
instancia superior”.

Se o juiz nesses casos não remeter


ao tribunal para reavaliação não se
faz coisa julgada.

Digamos que o juiz esqueceu de colocar que encaminhe para o tribunal, tem
a conseqüência que a sentença não transita em julgado, caso não for
reavaliar. Se houver recurso voluntario das partes, o recurso da parte supre
a reavaliação, pois a sentença será reavaliada pelo Tribunal, então supre a
omissão do juiz.

As hipóteses legais que deve ter o REEXAME NECESSARIO: no CPP;

a) DECISÕES QUE CONSEDEM HABEAS CORPUS; (art. 574, I)

b) DECISÃO DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA; (art. 574, II) {nessa hipótese


existe uma possibilidade de estar TACITAMENTE Revogado}

c) DECISÃO QUE CONCEDE A REABILITAÇÃO (art. 746)

EM LEIS ESPECIAIS, EXISTEM DUAS HIPÓTESES:

a) CRIMES CONTRA ECONOMIA POPULAR OU A


SAÚDE PUBLICA;

b) CRIME REFERENTE À INCORPORAÇÃO


IMOBILIÁRIA. (essas são mais a títulos de
curiosidade, não cai na prova)
CLASSIFICAÇÃO DO RECURSO

É classificado em três partes:

a) Extraordinário; (é previsto na CF e tem por finalidade discutir


questão federal de natureza constitucional, discutida no STF)

b) Especial; (vem previsto no art. 105 da CF e tem por finalidade levar


ao conhecimento do STJ questões Federais Infra Constitucionais)

c) Ordinário. (todos os outros Recursos previstos na Legislação)

EFEITOS DOS RECURSOS

(quando interposto o recurso ocasiona conseqüência para o processo)

1. DEVOLUTIVO: o conhecimento da decisão recorrida é devolvido ao


Juízo de Segundo Grau para seu REEXAME, esse efeito é comum a
todos os recursos. O devolutivo é conseqüência o RETROCESSO do
processo, o Tribunal vai analisar novamente o processo, retrocedendo
a matéria, vai devolver para o tribunal todo o conhecimento da causa
(interposto o recurso toda a análise feita em primeiro grau passará
para o segundo grau), para ser novamente avaliado.

A regra é que o efeito devolutivo sempre será para segunda instancia,


mas existem alguns recursos que o reexame da matéria, o
conhecimento da matéria, é devolvido ao próprio órgão que prolatou a
sentença, quando isso acontece a doutrina da um nome a essa
situação, são chamados recursos INTERATIVOS (então é quando o
efeito devolutivo é para o próprio órgão que prolatou a sentença) e O
RECURSO REITERATOVOS (quando é para o órgão de SEGUNDO grau
de jurisdição).

O TRIBUNAL recebera, ou terá o efeito devolutivo da matéria somente


da cota em que a parte solicitou REEXAME, não pode o TRIBUNAL
julgar alem do que foi pedido, pode ele então ser PLENO ou não, só
pode ser julgado aquilo que foi objeto do recurso, fica adstrito a isto.

2. SUSPENSIVO: é suspensivo em relação aos efeitos da eficácia da


decisão proferida, fica suspensa então a eficácia da sentença ou da
decisão proferia e é a lei que confere esse efeito, deve então ter
previsão legal, não tendo essa previsão não tem efeito suspensivo,
caso a lei silenciar sobre o caso não tem efeito suspensivo.

EXEMPLO: o recurso de decisão absolutória


própria nunca terá efeito suspensivo. O juiz ao
proferir a sentença ele absolve o réu, é obvio
que colocara que seja colocado o réu em
liberdade, o promotor ao interpor recurso
pretende a condenação do réu, não pode então
a eficácia da sentença ficar suspensa, não
pode o réu permanecer preso, deve ele ser
colocado IMEDIATAMENTE em liberdade, caso
houvesse o efeito suspensivo, ao interpor o
recurso o réu ficaria preso.

3. EXTENSIVO (Art. 580 do CPP): ocorre no caso de CONCURSO DE


PESSOAS, a lei fala que a decisão do recurso interposto por um dos
réus se não for de caráter pessoal aproveitara aos demais. Se a
questão tratada no recurso for de caráter GENÉRICO aproveitará aos
outros, porém se for PERSONALÍSSIMO não aproveitara aos outros. O
RECURSO VAI SE ESTENDER AOS OUTROS COMPARSAS. (vem
previsto dentro do capitulo da apelação, porem se estende a todos os
outros recursos, mesmo sendo tratado no capitulo da APELAÇÃO).

4. REGRESSIVO, ITERATIVO OU DEFERIDO: é o chamado o juízo de


retratação, que é o como o recurso iterativo falado anteriormente, com
o recurso especificado em lei, é a possibilidade de, antes que o
processo suba para o TRIBUNAL, (sendo uma exceção a regra) o juiz de
primeiro grau pode se RETRATAR. Interposto o recurso ao juiz que
prolatou a decisão é dado a oportunidade de REVE-LA antes que vá
para o TRIBUNAL, a possibilidade de RETRATAÇÃO. Então a regra
que de que o juiz não pode mais modificar a sentença não é
absoluto.

OS DOIS MAIS IMPORTANTES


RECURSOS SÃO: APELAÇÃO E RECURSO
EM SENTIDO ESTRITO.

NA PRATICA É MUITO DIFICIL UM JUIZ SE RETRATAR, PORÉM A


MANIFESTAÇÃO DE RETRATAÇÃO É OBRIGATÓÓÓÓÓÓRIA, “reanalisando
a decisão, mantenho a decisão proferida, encaminhe-se para o
tribunal”. Se o processo segue para o tribunal sem a manifestação de
retratação o relator manda voltar ou devolve ao juiz para se manifestar.
CAUSA NULIDADE ABSOLUTA.

QUANDO O JUIZ RECEBE O RECURSO, JÁ TRAZ INUMERAS CONSEQUENCIAS,


PRINCIPALMENTE QUANTO AOS EFEITOS.

RECURSO DE APELAÇÃO

(Artigos 593/603)

Primeira modalidade de recurso a ser estudada. É um dos mais importantes


e comuns.

Conceito: “é o recurso ordinário interposto de decisão definitiva ou


com força de definitiva, para a segunda instancia, com o fim de que
se proceda ao REEXAME da matéria para a MODIFICAÇÃO total ou
parcial da decisão”.

A apelação é um recurso que remonta ao direito romano, é o recurso mais


antigo verificado na história do direito, e na verdade não era só previsto para
o Direito Processual Penal, como também era previsto para o Civil. Era
previsto para todas as decisões proferidas no direito, porem com as
especialização das matérias foram criados outros recursos com
características peculiares.

Uma CARACTERÍSTICA do recurso de apelação é de que ele tem uma


NATUREZA AMPLA, é um recurso amplo, que de regra o efeito devolutivo
que ele produz no processo é PLENO, é total, ou pelo menos ABRE essa
possibilidade. A parte pode recorrer de tudo no processo.

Outra característica é que é um RECURSO RESIDUAL, significando que


somente será cabível se não houver um recurso específico previsto para
aquele caso. As hipóteses de cabimento elas são GENÉRICAS, sendo cabível
somente se não houver outro recurso especifico para aquele caso.

É um recurso que tem PRIMAZIA com relação ao RECURSO EM SENTIDO


ESTRITO, pois que em casos que couber os dois recursos PREVALECERÁ o
de APELAÇÃO, ele é AMPLO abrange TODO o julgado.

Art. 599: princípio do Tatum “devolutum e apelatum”. Fica o tribunal


proibido de julgar EXTRA ou ULTRA petita, é uma segunda fase do processo,
é uma REVISAO só pode ser reanalisada a matéria impugnada pela parte.
SUPRESSAO DE INSTANCIA é matéria que não foi analisada pelo juízo de
primeiro grau, DEEEEEEEVE a matéria impugnada ter sido analisada em
primeiro grau, não pode INOVAR no recurso, sob pena de supressão de
instancia (dito supra).

Em particular, com relação à defesa, existem julgados do STF que matérias


em defesa estritamente em razão da AMPLA DEFESA e DO PRINCIPIO DA
PRESUNÇÃO DE INOCENCIA (somente em matéria de DEFESA),
algumas questões mesmo não sido analisada em primeiro grau, pode o
tribunal conhecer, pode até mesmo conhecer de OFICIO, independente de
requerimento da parte, É UMA EXCEÇÃO, deve ser respeitado a REGRA.

A REVISÃO VAI SER PLENA quando a parte recorrer de toda decisão, em


caso de SUCUMBÊNCIA total, a parte interpõe APELAÇÃO e recorre de todo
julgado.

A APELAÇÃO LIMITADA é quando a parte recorre somente de PARTE da


decisão, é PARCIALMENTE SUCUMBENTE. Fica então o TRIBUNAL adstrito ao
que foi pedido na APELAÇÃO.

O momento que se limita a APELAÇÃO é no momento da INTERPOSIÇÃO


DO RECURSO (momento em que manifesta o inconformismo da decisão,
então é bom sempre fazer uma peça de forma GENÉRICA, abrangendo toda
a APELAÇÃO, podendo apresentar os motivos no momento DAS RAZOES
DO RECURSO)

LEGITIMIDADE E INTERESSE NA APELAÇÃO

Só vai ter interesse à parte que de alguma forma SUCUMBIU no processo,


foi prejudicada com a decisão dada.

A legitimidade é conforme as pessoas que podem interpor Recurso. O MP


não tem legitimidade para APELAR de sentença ABSOLUTÓRIA proferida em
AÇÃO PENAL EXCLUSIVAMENTE PRIVADA. Na ação penal pública,
mesmo na sentença ABSOLUTÓRIA o MP tem legitimidade para recorrer
(custus legis). O ASSISTENTE somente tem legitimidade para apelar
SUPLETIVAMENTE (de modo que se apelação do MP for AMPLA, não sobra
nada para o assistente, então só pode o ASSISTENTE recorrer
supletivamente, na parte em que o MP se omitiu).
O próprio Réu tem legitimidade para APELAR. APELAÇÃO SUBSIDIÁRIA
ocorre quando não havendo recurso do MP no prazo legal o OFENDIDO, o seu
CONJUGE, ASCENDENTE, DESCENTENTE OU IRMÃO (CADI) poderá interpor
APELAÇÃO no prazo de 15 DIAS. Começa esse prazo de 15 dias a partir do
dia que termina o prazo do MP para recorrer da decisão.

O PRAZO PARA O RECURSO DE APELAÇÃO É DE 05 DIAS, é válido para


as partes e para o ASSISTENTE HABILITADO NO PROCESSO (quando ele é
aceito oficialmente no processo, integrando a lide no pólo ativo ao lado do
MP), CASO ELE NÃO ESTEJA HABILITADO O PRAZO É DE 15 DIAS.

O DEFENSOR PÚBLICO E O MP não podem nunca DESISTIR do RECURSO


interposto (principio da indisponibilidade da Ação Penal), com relação ao
defensor público há julgados que admitem quem podem desistir do recurso,
porém com a ANUÊNCIA DO RÉU.

HIPÓTESES DE CABIMENTO DA APELAÇÃO

(Art. 593 do CPP)

É dividida em duas partes:

I. DECISÕES DO JUIZ SINGULAR;

a) Sentenças definitivas de condenação ou de Absolvição


(põe fim ao processo julgando o mérito da questão,
condenando ou absolvendo o mesmo); (essa parte fala
sentença de absolvição é um dispositivo por demais
genéricos, em tese tudo cabe Apelação, é o que falamos
supra, a Apelação é RESIDUAL, o recurso tem que ser
Adequado, então é um recurso residual, caso não tenha
DEVE
SEMPRE recurso previsto em lei usa-se a Apelação).
VERIFIC
b) Decisões definitivas que julga o mérito entretanto nem
AR SE
condena e nem absolve o acusado. São as decisões
NÃO
CABE Definitivas em Sentido Estrito, ela julga o mérito, põe fim ao
OUTRO processo, porem nem condena nem absolve. A decisão que
RECURS extingue a punibilidade do réu, ele julga o mérito (art. 107
O PARA CPP). Todas as decisões com essas características podem ser
SE objetos de APELAÇÃO especificamente.
UTILIZA
RO
RECURS
O DE
APELAÇ
ÃO
NESSAS
EXEMPLO: decisão que concede REABILITAÇÃO DO
CONDENADO, decisão que julga pedido de RESTITUIÇÃO NO
PROCESSO.

c) Decisões com força de Definitivas ou Interlocutórias


mistas (durante o processo) (as mistas é dada no curso
do processo que DA FIM a algo durante o processo, não
condenam nem absolvem mais da fim a uma fase
processual); sempre se não cabível outro recurso.
Especificamente se não cabível recurso em sentido estrito.
Lembrando sempre que a APELAÇÃO tem caráter residual.
(Art. 581, IV deve excluir a IMPRONUCIA DO RÉU [a decisão
que impronunciar o réu cabe agora somente apelação])

As decisões que encerram o processo com julgamento do mérito, sempre é


passível de APELAÇÃO, foi à preocupação do legislador, dando um rol bem
genérico, podendo recorrer de todas as decisões proferidas pelos juízes.

II. TRIBUNAL DO JÚRI.

A APELAÇÃO NO TRIBUNAL DO JURI TEM UMA CARACTERISTICA


ESPECIAL TEM UM CARATER REEESTRITO!!!!!!!! SOMENTE O
JURADO PODE JULGAR CRIME DOLOSO CONTRA VIDA. Devido
isto que o TRIBUNAL NAAAAAAAAAO PODE MUDAR O QUE O
JURADO DECIDIU, não pode alterar o que o jurado decidiu está na
CF, somente o tribunal do júri pode julgar os crimes dolosos
contra a vida. Então, não pode o tribunal mudar, alterar a decisão
do tribunal do júri. DEIVIDO ISTO A APELAÇÃO É RESTRITA.
Vamos verificar quando cabe a apelação. NESTE CASO O EFEITO
DEVOLUTIVO É TOTALMENTE RESTRITO. De regra o TRIBUNAL não
pode reformar a decisão, nunca reformar o mérito, no MÁXIMO O
TRIBUNAL PODE ANULAR O JULGAMENTO E MANDAR FAZER
OUTRO JULGAMENTO. O juízo técnico não tem competência para
julgar esta questão.

As hipóteses do recurso de apelação no tribunal do júri:

a. Art. 593, a. (nulidade posterior a pronuncia) – se


acontecer qualquer nulidade depois da pronúncia. Então o
tribunal vai anular o júri e submeter o réu a novo
julgamento. Neste caso é uma nulidade que fez com que não
poderia o réu ser julgado, então como o tribunal não pode alterar
o mérito da decisão proferida pelo tribunal do júri, ele anula e
manda o réu para novo julgamento

b. Quando a sentença do juiz for contrária a lei ou a decisão


dos jurados. No tribunal do júri a função do juiz presidente é
presidir e também tem que lavrar a sentença de acordo com o
que os jurados decidiram (por mais que seja diferente ao seu
pensamento). Ele tem que aplicar e dosar a pena. Com a
alteração cabe ao juiz verificar a procedência ou não das
atenuantes ou as agravantes, pois é referente às penas. Então
ao chega no tribunal quando ocorre que a decisão do juiz é
diferente ao dos jurados pode ser somente ser alterada para se
adequar a decisão dos jurados, não tendo necessidade de se
fazer novo julgamento. A decisão dos jurados é irretocável.

Intermediária.
c. Erro ou injustiça no tocante na aplicação da pena. No júri
temos o tribunal de primeira instancia colegiado é heterogênea,
composto por um juiz togado e os juízes leigos. O togado deve
aplicar à pena, e comandar a sessão. A sentença deve ser
composta por (REFUNDI) Relatório, fundamentação (juízo de
mérito [decisão do júri], e aplicação da pena [segue uma regra
estritamente técnica, então é reservado ao juiz togado essa
aplicação]), Dispositivo e Autenticação. Na parte da
fundamentação no que toca na dosagem da pena, pode a parte
interpor recurso de apelação, pedindo que seja abaixada ou
diminuída sua pena, aqui não precisa necessariamente ir a novo
júri, o mérito já esta resolvido, então o tribunal pode acatar o
recurso. Aqui a apelação não irá ser restrita, por se apelar de
uma regra técnica vai ser PLENA ou TOTAL, não será RESTRITA
como dita anteriormente. Quando o júri é anulado, os
jurados de que eles participaram estarão impedidos de
participar de outro.

d. Quando a decisão dos jurados for manifestamente


contrária a prova dos autos. Esse fundamento é o mais
utilizado, é o mais importante. Na CF art. 5, XXXVIII, c, fala
da soberania dos veredictos, como teria um recurso de uma
decisão que é soberana? Nos 3 primeiros casos, é protegido pela
constituição, por este fundamento, mas se formos comparar, a
princípio a matéria do CPP seria INCONSTITUCIONAL, nenhum
direito é absoluto, nem a SOBERANIA, abre espaço para outros
princípios importantes, por isso que se a decisão for
manifestadamente contrária a prova dos autos, não sendo esse
dispositivo constitucional absoluto, o TRIBUNAL irá ANULAR O
JULGAMENTO e determinará que vá a NOVO JULGAMENTO. A
apelação com esse fundamento só podem ser INTERPOSTA UMA
ÚNICA VEZ, a SOBERANIA DO VEREDICTO FALA MAIS ALTO na
segunda vez. Se os jurados são soberanos podem eles decidirem
do jeito que bem entenderem. Assim, o julgamento pode ser
recorrida, mas a constituição tem o objetivo do Tribunal do Júri,
para que sejam decididos aos olhos do povo. NÃO IMPORTA
QUAL DAS PARTES QUE INTERPORAM O RECURSO, SOB
ESSE FUNDAMENTO SÓ É POSSIVEL A INTERPOSIÇÃO UMA
ÚNICA VEZ. SÓ CABE UMA VEZ JUSTAMENTE PARA
PROTEGER A SOBERANIA DOS VEREDICTOS. Aqui é para
proteger o Réu, é uma segurança jurídica, porem não pode ser
interposto mais de uma vez. Se condenar na segunda vez, não
pode recorrer novamente, então podem os jurados
decidirem contrários a prova dos autos, porem na segunda
vez, no segundo júri, provando que nada no direito é ABSOLUTO.
PRAZO

A regra geral para o recurso de apelação é de 05 dias.

O prazo começa a correr a partir da intimação do MP, ou no caso do


réu, será intimado ele e seu defensor, sendo contado a partir da
intimação do ultimo. Se for por edital é a partir do prazo nele estabelecido.

No TRIBUNAL DO JURI, as partes tomam ciência em audiência quando o juiz


profere sentença, não precisando de intimação. Com a alteração dos
procedimentos, hoje a regra geral é que as partes saem intimadas, a
sentença deve ser dada em audiência.

A apelação pode ter prazo diferenciado como visto anteriormente, existindo


a APELAÇÃO SUBSIDIÁRIA quando se faz se o MP não o fizer, e também para
o ASSISTENTE não habilitado no processo, que será de 15 dias. No juizado
especial é de 10 dias.

PROCESSAMENTO DA APELAÇÃO

Ela pode ser interposta por PETIÇÃO OU POR TERMOS NOS AUTOS.

Normalmente é o réu que apela oralmente, falando na própria sentença que


não se conforma sobre a decisão, transpondo assim como termo nos autos.

A apelação deve ser interposta em 5 dias, como dito supra. Sendo


interposta a apelação, o juiz ao analisar o recurso, fazendo o juízo
de prelibação, recebendo irá determinar seu processamento,
determinando a intimação, para expor as RAZOES DO RECURSO
no prazo de 08 dias. Apresentada as razões, o vencedor, irá ser
intimado para que no prazo de 08 dias apresente CONTRA-
RAZÕES.

As razões e contra-razões são PEÇAS OBRIGATÓRIAS, caso o advogado da


parte não o faça, o juiz irá nomear um defensor dativo para que o faça, pois
o tribunal esta entendendo que são peças fundamentais, dizendo em que
aspecto que a parte quer que a sentença seja modificada, e não o
apresentar irá decorrer em multa, de 10 a 100 salários mínimos.
No caso de haver assistente de acusação no processo, e na apelação
especificamente, ele sempre se manifestará após o MP no prazo de 03 dias.
A manifestação do assistente é facultativa e sempre supletiva.

O art. 600 do código §4º faz uma exceção no caso de APELAÇÃO (só se aplica
no caso de apelação, mas está quase para sumir, para ser revogado). Ele
fala que o recorrente pode apresentar as suas razoes no TRIBUNAL, é uma
faculdade que a lei da para apresentar suas razoes diretamente ao
TRIBUNAL. A vantagem seria simplesmente para se ganhar tempo, ou prazo.
Mas, sendo o recurso interposto no juízo de primeiro grau, e as razoes
também, não tem porque ser utilizada essa faculdade para procrastinação,
se valendo do artigo, causa um transtorno no processo, tem alguns juízes
que nem autorizam a utilização do artigo.

Com as contra-razoes e as razoes, o processo está preparado e o juiz


encaminha ao TRIBUNAL.

O processamento do recurso, em primeiro grau é feito a interposição da


vontade de recorrer, as razoes e contra-razoes, daí vai para o segundo grau,
que começará o seu segundo processamento. A primeira coisa que é feita é
que ele será distribuído, onde vai ser sorteado um Relator para o processo.
Todo julgamento em segundo grau.

CÂMARAS: 3/5 DOS JUÍZEM DEVEM ESTAR PRESENTES

RELATOR

REVISOR

REVISOR

LER NA DOUTRINA ESSA PARTE, VERIFICAR A


NUMERAÇÃO DE JUIZES, E COMO FUNCIONA O
SORTEIO DO RELATOR E O PROCESSAMENTO
DO RECURSO.

NA DUVIDA O JUIZ DE PRIMEIRO GRAU DEVE SEMPRE RECEBER O RECURSO,


POIS QUEM IRÁ FAZER O JUIZO DEFINITIVO DO RECURSO É O JUIZO DE
SEGUNDO GRAU.

Feito o juízo de prelibação em segundo grau, fará a remeça do processo ao


MP de segundo grau (composto pelos procuradores de justiça), a função é
exclusivamente de “custus legis”, pode ir até contra o próprio MP de
primeiro grau, ele não é parte no processo, quem é parte é o MP de primeiro
grau, seria como se fosse um terceiro no processo, irá opinar no processo
livremente. No caso da APELAÇÃO o prazo para MP de segundo grau se
manifestar é de 10 dias.

RAZÕES - CONTRA-RAZÕES - JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE (2 GRAU) MP


SEGUNDO 2º GRAU - DAÍ VAI PARA PAUTA PARA JULGAMENTO (sempre em
audiência pública).

O MP de segundo grau e o Relator deverá necessariamente está presente na


Pauta de Julgamento.
Cont. Recurso de Apelação.

Sumária: é aquela advindas das contravenções penais e dos crimes


apenados com detenção. Teria um prazo para o MP de Segundo grau para se
manifestar (5 dias)

Ordinária: nos crimes apenados com Reclusão. O prazo para o MP se


manifestar (segundo grau) é de 10 dias.

EFEITOS

Quando o juiz recebe o recurso interposto, a partir daí já gera efeitos no


processo.

Devolutivo  quando da interposição do recurso a matéria é devolvida de


regra ao segundo grau. A apelação não é diferente, advêm do principio de
“tatum devolutum quantum apelatum”

A parte pode restringir o conhecimento do Tribunal. Em alguns casos ele


deve obrigatoriamente ser restrito (caso do Tribunal do Juri), pois vigora o
princípio de competência para julgar os crimes dolosos contra a vida.

Suspensivo  esse efeito a lei deve expressamente o prever. No caso dos


artigos 596 e 597 do CPP. Normalmente a apelação de sentença
condenatória onde o réu respondeu o processo solto e tem bons
antecedentes sempre terá efeito suspensivo. Mesmo sendo condenado,
poderá ele aguardar o seu recurso em liberdade. Suspende à eficácia da
sentença proferida, ele “congela” a sentença.

A decisão absolutória que o réu responde preso, o recurso interposto pelo


MP, NUNCA terá efeito suspensivo. Apelação de decisão absolutória nunca
terá efeito suspensivo, terá o réu que ser posto IMEDIATAMENTE EM
LIBERDADE. “deve ser solto o réu se por outro motivo não tiver de continuar
preso”

Artigo 596, diz isso expressamente.

Por expressa previsão legal tem sempre efeito EXTENSIVO.


Extensivo  foi previsto especificamente para a APELAÇÃO, em razão da
sua importância. Quando somente um apela, (concurso de pessoas artigo
580) aproveitará aos demais se fundados em fatos genéricos, sem estar
vinculado a caráter pessoal.

O recurso de apelação não possui o efeito chamado de REGRESSIVO, ou


chamado de JUÍZO DE RETRATAÇÃO (o juiz “a quo” pode rever a
sentença).

“REFORMATIO IN PEJUS”

Art. 617 do CPP proíbe a chamada “reformatio in pejus”, que significa (se
formos verificar a redação do artigo iremos ver que O TRIBUNAL NÃO
PODERA AGRAVAR A PENA QUANDO SÓ O REU TIVER APELADO)
prejuízo na reforma. Significa o termo: REFORMA PARA PIOR, REFORMA EM
PREJUÍZO DO RÉU, o tribunal no recurso do réu agravaria a pena do réu. O
tribunal quando há recurso de AMBAS as partes, pode (decidir
livremente) ele reformar para pior na visão do réu, pois ele tem um recurso
abrangendo o conhecimento, no caso recurso do MP e do Réu.

A “reformatio” só aparece quando se trata DE RECURSO


EXCLUSIVO DA DEFESA. FICA O TRIBUNAL VEDADO A
PIORAR/AGRAVAR O CASO DO RÉU. Seria uma lógica, não
pode ele decidir “extra petita”.
SUMULA 160 STF. Em um recurso exclusivo da defesa o PROCESSO
TRANSITOU EM JULGADO PARA O MP. Não pode o MP alegar NULIDADE
ABSOLUTA nem NULIDADE RELATIVA, pois para ele já transitou em julgado.
Tudo baseado no art. 617, proibição de piorar ou agravar o caso do réu.

A DOUTRINA fala na chamada “reformatio in pejus INDIRETA”. É parecida


com o primeiro caso só que agora ocorre que em recurso exclusivo da defesa
é anulada uma sentença penal condenatória.

Se o houver recurso da parte contrária do réu, DESAPARECE ESSE PRINCÍPIO.

QUANDO UMA DECISÃO DO PROCESSO FOR ANULADA EM


DECISÃO DE UM RECURSO EXCLUSIVO DA DEFESA, A NOVA
DECISAO A SER DADA NÃO PODERÁ SER PIOR OU MAIS
GRAVOSA A DADA ANTERIORMENTE, OU SEJA, O JUIZ FICA
LIMITADO A PENA DADA NA SENTENÇA ANULADA
ANTERIORMENTE (SEJA NULIDADE ABSOLUTA OU
NULIDADE RELATIVA). A DECISÃO ANULADA FICA COMO
LIMITE PARA DECISÃO SEGUINTE.

Pergunta sempre feita por ai:

- Se uma nulidade depois de declarada e reconhecida, ainda gera efeitos?

Sim excepcionalmente uma nulidade reconhecida ou declarada


ainda gera efeitos, é o caso da “reformatio in pejus”, limita a nova
decisão do juiz, esse é o efeito da decisão anulada.

O PROBLEMA É QUANDO TRATARMOS SOBRE O TRIBUNAL DO JURI.

FAMOS FALAR AGORA DA REFORMATIO IN PEJUS NO TRIBUNAL DO JURI.

Agora, será que uma decisão anulada por um recurso de APELAÇÃO. O


tribunal não analisa o mérito, lembrando. Pode no Maximo determinar que o
réu vá a novo julgamento, agora esse novo julgamento terá de ser
obedecida a reformatio in pejus?

Lembrando que os jurados que participaram do primeiro julgamento não


poderão participar do novo julgamento

Segundo ponto. Será que eles ficam adstrito ao julgamento feito


anteirormente?

A CONSTITUIÇÃO FEDERAL NO SEU ARTIGO 5º, XXXVIII, diz que os


jurados tem SOBERANIA EM SEU VEREDICTOS, não se aplicando
assim o “reformatio in pejus” não se aplica na norma constitucional,
por ser um princípio infra-constitucional. Os jurados são
SOBERAAAAANOS para decidir.

EM UMA DECISÃO ANULADA NO T. DO JURI, PODEM OS JURADOS


AGRAVAREM A SITUAÇÃO DO RÉU, E TBM PODE ABSOLVE-LO E DIMINUIR A
SUA PENA.

Se no novo julgamento os jurados decidirem absolverem o réu, o juiz deve


acatar, sendo sua obrigação. Caso eles condenarem o réu com as
qualificadoras, o juiz também deve agravar a pena.

VAMOS SUPOR QUE A DECISÃO DO JURI SEJA A MESMA DO PRIMEIRO


JURI. SE FOR IGUAL. COINCIDÊNCIA. Se isso acontecer, para o juiz togado
(A SITUAÇÃO É PARA O JUÍZ), irá ter a situação do “reformatio in pejus”,
somente quaaaaaaaaando, coincidentemente for igual à decisão do primeiro
com o segundo julgamento dos jurados, que lembrando, são soberanos na
sua decisão. A aplicação da pena é a cargo do juiz, então essa proibição é
aplicada na dosimetria da pena, aplica a proibição para ele.

Por fim, a doutrina (algumas pessoas só), perguntam-se se existe uma


“reformatio in mellius” (reforma para melhor), interpretação extensiva ao
“reformatio in pejus”, seria o inverso. Em recurso exclusivo do MP, o tribunal
pode ou não reformar a decisão do réu? A pena pode ser reduzida.

Existem duas correntes, porém a corrente majoritária pensa que não existe
essa teoria de “reformatio in mellius”, mesmo em se tratando em recurso
exclusivo do MP, pode o tribunal reconhecer circunstancias que favoreçam
o Réu, que atenuem a sua situação. Pode então, o TRIBUNAL julgar, “extra
ou ultra petita” neste caso. Não existindo assim essa teoria extensiva da
reforma para melhor. Essa teoria cai abaixo em decorrência do PRINCÍPIO
DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA.

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Art. 581/592

Ao lado da APELAÇÃO, é um dos recursos mais importantes no processo


penal, e mais comum.

Ele tem uma característica diferenciada.

Conceito: é o recurso mediante o qual se procede ao reexame da decisão do


juiz, nas matérias especificadas em lei, permitindo-se-lhe novo
pronunciamento antes do julgamento pela instância superior.

Uma característica é a possibilidade do chamado JUÍZO DE RETRATAÇÃO.


É bem própria deste recurso. O juiz antes de remeter o processo pode rever
sua própria decisão.

CABIMENTO

(ao contrário da APELAÇÃO {que traz hipóteses genéricas [RESIDUAL], que


cabe quando não houver recurso específico para dada decisão})

As hipóteses de cabimento vêm previstas no artigo 581 CPP, que vem


enumerando inúmeras decisões possíveis. A lei, nesse recurso, especificou
onde cabe sua utilização. 24 hipóteses (estando algumas delas revogadas,
algumas delas pela lei de execução penal)

Ela é TAXATIVA OU EXEMPLIFICATIVA?

Existem duas correntes.

Uma diz que é taxativa, pois não havia necessidade de o legislador se


preocupar enumerar inúmeras situações, caso em que podia ser dado
genericamente. Se o legislador não quisesse que fosse taxativa, não
cabendo o recurso ser manejado em outras hipóteses, teria ele dado de
forma genérica.

Para o professor, a interpretação coerente, é que o rol do artigo é


TAXATIVO.

O que é possível é uma interpretação (no que cabe ao artigo 581)


EXTENSIVA, quando ficar clara a intenção da lei em prever aquela hipótese.

Para entender: o art. 581, I fala que, caberá recurso da decisão que não
receber a denúncia ou a queixa, ou seja, esse inciso fala da que REJEITA a
denuncia ou a queixa, a que ACEITA, não cabe recurso. Não cabe uma
interpretação extensiva, irá contrariar a lei. Quando o legislador abranger as
duas situações ele ESPECIFICA NO ARTIGO.

NO CASO ONDE A PESSOA INTERPÕE UM RECURSO DA DECISÃO QUE


REJEITA O ADITAMENTO DA DENÚNCIA, PODE SER USADA UMA
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA EM CIMA DOS CASOS/HIPÓTESES DO RECURSO,
NESSE CASO A DOUTRINA DIZ QUE É POSSIVEL. OU SEJA ENTÃO, CABE EM
ALGUNS CASOS A INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA DA LEI, NUNCA
CONTRARIANDO-LA.

RECENTEMENTE (1998) O STF ANALISOU A QUESTÃO E FIRMOU


ENTENDIMENTO DE QUE O ROL DO ARTIGO É EXEMPLIFICATIVO,
CABENDO ANALOGIA E INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. NUNCA
CONTRARIANDO O SENTIDO EXPRESSO DA LEI.

Artigo 581: hipóteses de cabimento

I. Da decisão do juiz que rejeitar a denuncia ou a queixa; (art. 43


CPP foi revogado pela lei 11.719/2008). O artigo 43 tinha casos de
rejeição da denuncia ou da queixa, que passaram para o artigo 395
do CPP. Nas hipóteses nela prevista, o juiz rejeita a
denúncia/queixa. Dessa decisão cabe RECURSO EM SENTIDO
ESTRITO, somente do NÃO RECEBIMENTO. O não recebimento do
ADITAMENTO da denúncia ou da queixa também cabe esse recurso,
extensivamente. A decisão que ACEITA/RECEBE A denúncia/queixa
NÃO CABE RECURSO. (obs. O juiz quando recebe a denúncia, ele
não pode fazer nenhuma alteração. Ou ele recebe ou rejeita a
denuncia somente. Se o juiz recebe uma denúncia com outra
capitulação do crime, seria como se rejeitasse, cabendo assim o
RECURSO) todas as correições a serem feitas na denúncia devem
ser feitas pelo MP/OFENDIDO, podendo ele alterar somente na
sentença.

II. Da decisão do juiz que concluir pela incompetência do juízo; os


casos de incompetência devem ser em tese reconhecida de oficio
pelo juiz, conforme o artigo 109 do CPP, devendo remeter o
processo ao juízo competente. Se o juiz se der por incompetente
aplica o inciso II, cabendo RECURSO. A HIPÓTESE CONTRARIA
NÃO CABE RECURSO (o que se declara competente). (DE OFICIO)

III. Que julgar procedente as exceções (artigo 95 do CPP), salvo a


de suspeição; exceções de incompetência de juízo, litispendência,
ilegitimidade ou coisa julgada. As exceções são defesas indiretas do
processo que podem causar extinção do processo sem julgamento
do mérito. Se o juiz julgar procedente as exceções irá ser passível
do RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. A HIPOTESE CONTRÁRIA É
IRRECORRÍVEL (improcedente). RESSALVADA A DE SUSPEIÇÃO
SEMPRE! (PROVOCADA PELA PARTE). Então cabe somente quando o
juiz julga procedente a exceção, sempre excluindo a suspeição.

IV. Que pronunciar ou impronunciar o réu; (é um rito do tribunal do


júri) foi alterada pela lei 11.689/2008 em seu art. 416, revogou
parcialmente esse inciso. Ficando somente a pronúncia, “da
decisão que pronunciar o réu”, autorizando que o réu seja
julgado pelo TRIBUNAL DO JURI, estando sujeito RECURSO EM
SENTIDO ESTRITO. A sentença de impronúncia não mais é cabível
este recuso, cabendo apenas APELAÇÃO.

V. Que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a


fiança (as hipóteses da fiança, cabendo em todas as hipóteses,
lembrando que ele esclareceu no artigo tanto quando é aceita
quanto rejeita) indeferir requerimento de prisão preventiva ou
revogá-la (também é passível de recurso, a decisão que decreta
prisão não cabe este recurso, cabendo outro), decisão do juiz que
concede liberdade provisória ou relaxar a prisão em
flagrante (quando há vício formal na prisão, quando está correto
cabe outro recurso e não esse);

VI. Que absolver o réu no caso do art. 411; também foi revogado
pela lei 11.689/2008, cabendo somente APELAÇÃO (pois são [se
tornaram] decisões definitivas no processo) sobre essa decisão.
Essa decisão é dada no TRIBUNAL DO JURI quando verifica que o réu
cometeu o delito, entretanto se faz presente uma excludente de
antijuridicidade ou culpabilidade (réu louco), poderia ele então
absolvê-lo sumariamente, não cabendo mais RECURSO EM SENTIDO
ESTRITO, somente agora cabendo APELAÇÃO.

VII. Que julgar quebrada a fiança ou perdido ou seu valor; (falando


novamente sobre a fiança) hipóteses estão no artigo 584 do CPP e
no art. 342 também do CPP. Esta quando o réu não cumpre os
requisitos da liberdade provisória, perdendo a fiança, total ou
parcialmente.

VIII. Decisão que decretar a prescrição ou julgar, por outro


modo, extinta a punibilidade; art. 107 do CP. (declara extinta a
punibilidade)

IX. Que indeferir o pedido de reconhecimento de prescrição ou de


outra causa extintiva da punibilidade; (indefere a extinção de
punibilidade)

X. Quando o juiz conceder ou negar ordem de Habeas Corpus;


qualquer decisão dada pelo juiz de primeiro grau, concedendo ou
negando será então utilizado o rec.sent.extrito.

XI. REVOGADO. (pela lei de execução penal, cabendo o agravo de


execução).

XII. REVOGADO. (mesma lei acima).

XIII. Que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em


parte; toda vez que o juiz anular o processo, sendo de oficio ou a
requerimento, dessa decisão cabe o recurso. Não estando
prevista quando o juiz indefere o requerimento para anulação
do processo, sendo taxativa.
XIV. Que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir
{REVOGADO}; a lei (11.789/08) trata da questão do sorteio dos
jurados e a forma de que é feita [o sorteio é feito no ano
antecedente para ser utilizada no ano subseqüente, tendo várias
formalidades, se firmando uma lista] {essa lista varia conforme o
numero da população da cidade, diferente da versão anterior que
era fixado em 200 pessoas}. (*obs. Esse recurso cabe estritamente
nessa hipótese, tendo como uma diferença dos outros, QUALQUER
PESSOA INTERPOR ESSE RECURSO (pedindo a exclusão de
alguém dessa lista de jurados, destacando seus motivos), NÃO
NECESSITANDO DE ADVOGADO, TENDO PRAZO
DIFERENCIADO DE 20 DIAS, DEPOIS DE PUBLICADA A LISTA
GERAL DE JURADOS). Alguns doutrinadores dizem que está
revogado, porém a maioria diz que ainda esta valendo. Porém,
aprofundando os estudos, parece que realmente está revogado pela
lei 11.689/08 no seu art. 426 (a lista geral dos jurados será
publicado pela imprensa até o dia 10 de outubro de todo ano
{PUBLICAÇÃO PROVISÓRIA}) §1º (a lista poderá ser alterada de
ofício ou de qualquer pessoa do povo até o dia 10 de Novembro do
mesmo ano {PUBLICAÇÃO DEFINITIVA}), trouxe uma nova
disposição. Estando então revogado tacitamente. Qualquer pessoa
do povo então, entra com uma RECLAMAÇÃO.

XV. Que denegar a apelação ou a julgar deserta; (também se ler


rejeitar) quando o juiz em primeiro grau rejeita a apelação pelos
pressupostos de admissibilidade, cabe então recurso em sentido
estrito dessa decisão, e também quando ele a julgar deserta
(quando o preso foge [esta revogado, como dito anteriormente], ou
quando não paga as custas).

XVI. Que ordenar a suspensão do processo em virtude de


questão prejudicial; as questões prejudiciais vêm tratadas nos
artigos 92 e seguintes do CPP. Na verdade a questão prejudicial é a
questão que surge no processo penal e que a procedência ou não
da ação penal depende de uma questão pendente. (ex.: o réu esta
sendo processado por crime de receptação, dependendo o objeto
de receptação ser ilícito, sendo suspenso em caso de dúvida se o
objeto é ilícito ou não). Toda vez que houver essa questão e o juiz
determine a suspensão cabe o recurso, é da SUSPENSÃO.

XVII. REVOGADO;
XVIII. Que decidir o incidente de falsidade; qualquer decisão que
decidir o incidente de falsidade. Vem previsto no artigo 145 a 148
do CPP, quando no processo penal surge dúvida da cerca da
falsidade de documentos nos autos. Quando isso acontecer, a parte
irá suscitar sua análise, sendo instaurado o incidente de falsidade.
Da decisão que o juiz der o incidente é que cabe o recurso em
sentido estrito. A redação foi genérica, é possível a que denegar,
acatar, qualquer que seja.

XIX. REVOGADO;

XX. REVOGADO;

XXI. REVOGADO;

XXII. REVOGADO;

XXIII. REVOGADO;

XXIV. REVOGADO.

É um rol apenas exemplificativo, cabendo interpretação extensiva. Exposto


isso pelo STF.

Processamento

Pode ser interposto por petição ou termos nos autos. Ele deve ser dirigido ao
juiz que proferiu a decisão recorrida.

O PRAZO É DE 05 DIAS, excepcionando somente o caso do 581, XIV, que é


de 20 dias.

O art. 583, §ún. Trata das hipóteses nos casos que o recurso sobe nos
próprios autos e nos demais casos sobe por instrumento [a parte terá que
indicar as peças que serão trasladadas] (significa que os autos principais
seguirão para o Tribunal para julgamento, sendo então suspenso o processo
principal, nos outros casos o processo continua caminhando). Os autos
principais seguem com o recurso não necessitando então de instrumento, ou
cópias das peças principais.

Normalmente o RSE é utilizado de Decisões Interlocutórias.

Recebido o recurso o juiz ira determinar que ele seja intimado para
apresentar as razões, tendo o prazo somente de 2 DIAS, pois é recurso
de decisões interlocutórias em regra geral. (art. 588 CPP). Não há
possibilidade de arrazoar em segunda instancia, somente sendo aplicada
essa possibilidade na APELAÇÃO.

O recorrido é intimado para apresentar as CONTRA-RAZÕES no mesmo


prazo, de 02 dias.

O art. 589 diz que com ou sem razões do recurso seguirá seu trâmite,
porém há o principio da ampla defesa e do contraditório, sendo
entendido nos tribunais que deve apresentar as razões e contra-razões. Essa
regra do tribunal não é absoluta, sendo somente uma tendência.

O processo ao contrário da APELAÇÃO, antes de encaminha o processo ao


segundo grau, tem o juiz de primeiro grau possibilidade de rever sua
decisão, ele terá que OBRIGATÓRIAMENTE (art. 589 segunda parte) se
manifestar, sendo caso de NULIDADE. Caso o tribunal receba o recurso não
manifestado, volta o processo ao juiz singular para se manifestar.
Normalmente o juiz singular não modifica sua decisão.

Quando o juiz no juízo de retratação mantém sua decisão, o processo segue


normalmente, o problema é quando ele se retrata. Então, a parte que é
vencedora torna-se perdedora e vice-versa. A parte que se tornou então
perdedora tem o direito de recorre, porém não necessita de interpor outro
RSE, dizendo a lei que a parte que for prejudicada poderá interpor Recurso
dessa reforma por SIMPLES PETIÇÃO, sem necessidade de novas razões no
prazo de 05 dias, devendo a outra parte ser apenas INTIMADA. (previsto no
§ún. do art. 589). Esse dispositivo da lei tem um sentido de acelerar o
processo, uma economia processual.

O juiz não se retratando ou no caso acima, o processo segue ao tribunal. No


tribunal o processamento do recurso é parecido com o da APELAÇÃO. Irá ser
distribuído a uma das câmaras criminais, e sorteado um RELATOR, irá ao MP,
irá novamente ao RELATOR, sera incluído em pauta e será então julgado
perante o TRIBUNAL.

Efeitos do Recurso em Sentido Estrito

Devolutivo: tem uma característica diferenciada, não é esse efeito somente


ao tribunal, é também ao juiz, tem um efeito DUPLO. Sendo primeiramente
ao juiz singular (para seu juízo de retratação) e depois ao tribunal.

Suspensivo: em alguns casos. Depende de expressa previsão legal e não é


comum a todos os recursos. Os casos que vai ter esse efeito estão elencados
no art. 584 do CPP. Significa esse efeito, suspende a eficácia da decisão
recorrida até o julgamento do recurso. Ex. no que diz perdimento da fiança,
da decisão de pronúncia (quando o réu for pronunciado e houver recurso,
era ele suspender a realização do julgamento, não podendo ser realizado o
júri antes da decisão do recurso).

Regressivo: é o chamado de juízo de retratação, a possibilidade de o juiz


reavaliar a sua decisão.

*o recurso interposto da decisão do juiz que


extingue a punibilidade, os casos do inciso
VIII e VIII do art. 581 não vão impedir que o
réu seja posto em liberdade.

Ver o art. 592 do CPP.

ENTÃO:

APELAÇÃO: encerra a relação processual (não é regra, deve ser avaliada).


Decisões que encerram o processo, decisões definitivas.

RESE: decisões interlocutórias e nos casos do art. 581.

SÃO OS DOIS PRINCIPAIS RECURSOS DO PROCESSO PENAL.

Protesto por novo Júri: Historicamente este instituto foi criado com a
finalidade de quando o réu era condenado a penas máximas, ele tinha direito
a um novo julgamento (pena de morte e pena perpétua). Acontece que com
o passar do Tempo essas penas foram abolidas e mesmo com todas as
alterações ele ainda permaneceu, que ficou restrito ao Tribunal do Júri, tendo
origem esse recurso para decisões de pena máxima. Hoje o art. 607 diz que
é o recurso cabível quando o réu for condenado pelo Tribunal do Júri a uma
pena igual ou superior a 20 Anos. Esse recurso é desprovido de
fundamentação, mas na verdade ele é um pedido de novo julgamento. Esse
pedido de novo julgamento não havia necessidade de fundamentação,
porém havia seus pressupostos de admissibilidade, sendo 1º uma sentença
condenatória 2º pena de reclusão igual ou superior a 20 anos e por ultimo 3º
exigia que a pena fosse imposta por um único crime. Então toda vez que o
réu fosse julgado pelo Tribunal do Júri e fosse condenado por um único crime
a uma pena igual ou superior a 20 anos ele tinha direito a utilização desse
recurso, e como esse recurso é desprovido de fundamentação ele era
tratado simplesmente como um pedido, então os juízes não davam pena
maiores de 20 anos, dando então penas de 19 anos e pouco, nunca
chegando a 20 anos, então veja, simplesmente com um pedido o júri é todo
refeito? O júri da muito trabalho, por um simples pedido ele era todo
perdido. Sendo manejado somente pela defesa. Na verdade, considerando a
finalidade e as questões do recurso é que ele estaria obsoleto, pois para as
decisões do Tribunal do Júri já têm recurso específico, não se utilizando esse
recurso, motivo pelo qual foi abolido do nosso ordenamento jurídico. Para
que ele interponha um recurso deve manejar aqueles previstos na
legislação, específicos para as decisões do Tribunal do Júri. Não tem
cabimento retornar a um novo júri por um simples pedido de 3 linhas, o júri é
muito trabalhoso.

CARTA TESTEMUNHÁVEL

Artigo 639 - 646

É outra modalidade de recurso, é prevista especificamente na lei para um


caso específico.

Tem por finalidade provocar o reexame da decisão que DENEGAR ou


IMPEDIR o seguimento de um recurso.

É genérico, então, se o recurso for rejeitado e não tem recurso específico usa
a carta testemunhável. Caso for rejeitado a APELAÇÃO, usa-se o RECURSO
EM SENTIDO ESTRITO, então, é somente nos recursos que não houver
recurso específico.

É um recurso SUBSIDIÁRIO, pelos motivos acima. Deve sempre verificar se


tem recurso específico previsto em lei.

A CARTA TESTEMUNHAVEL tem uma origem histórica.

Hipóteses de cabimento

Existe um consenso na doutrina de quando esse recurso poderá ser


manejado.

No caso de REJEIÇÃO ou DENEGAÇÃO:

a. DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO;

b. PEDIDO DE JUSTIFICAÇÃO;

c. AGRAVO EM EXECUÇÃO.

Processamento
Ela deve ser requerida no prazo de 48 horas. A partir da ciência do
despacho que rejeitou o recurso.

A petição/requerimento deve ser endereçada ao ESCRIVÃO, indicando as


peças do processo que devem ser trasladadas. O escrivão irá dar o recibo do
recurso ao recorrente.

O ESCRIVÃO no prazo máximo de 05 dias terá que entregar a CARTA


TESTEMUNHAL devidamente formada com as peças indicadas. A lei fala que
se o ESCRIVÃO se omitir será suspenso por 30 dias, artigo 642.

A pena é para precaver de o recurso não ir ao tribunal

Formado o instrumento o recorrente será intimado para apresentar razões


no prazo de 02 dias, será então intimada a parte contrária, se houver, para
apresentar as contra-razões no mesmo prazo, a regra porém é que só
apresente as razoes, não tendo parte contrária.

ESSE RECURSO TEM O CHAMADO JUÍZO DE RETRATAÇÃO.

O escrivão entrega o recurso ao juiz para fazer sua retratação, caso não
retrate, será encaminhado a instancia superior. Na instancia superior, a carta
testemunhável seguirá o procedimento do RECURSO DENEGADO, art. 645 do
CPP.

Na primeira instância o procedimento é igual ao RECURSO EM SENTIDO


ESTRITO, pelo motivo do juízo de retratação, sendo obrigatório.

A CARTA TESTEMUNHAVEL não possui efeito SUSPENSIVO, expresso no


artigo 646 do CPP.

Neste recurso, o recorrente é chamado de TESTEMUNHANTE, sendo o


recorrido o JUIZ chamado de TESTEMUNHADO.

CORREIÇÃO PARCIAL

Recurso previsto normalmente nos Regimentos Internos dos Tribunais. Ela


não vem prevista no CPP. É o caso do Tribunal de Justiça de Rondônia.
Conceito: é uma providencia administrativa/judiciária contra despachos do
juiz que causem inversão tumultuária no processo, sempre que não houver
recurso específico previsto em lei.

A doutrina discute a NATUREZA JURÍDICA, a primeira posição fala que é um


RECURSO, ou seja, tem natureza recursal, a segunda fala que seria uma
medida ou recurso administrativo disciplinar.

Quando uma medida tem NATUREZA recursal, ela visa reformar alguma
decisão dada no processo. O recurso ou medida administrativa disciplinar
tem a finalidade de coibir abusos do juiz. Prevalece na doutrina a primeira
posição, que afirma que a correição tem natureza recursal, pois muito
embora ela vise coibir abuso do juiz ela principalmente vai ter a finalidade de
reformar um despacho dado no processo.

Legitimidade

A regra é que pode ser interposto pelo réu, MP, pelo querelante e também
pelo Assistente de acusação (somente no caso de inércia do MP. Função
supletiva).

Objeto

Trazem a doutrina duas hipóteses de erro.

“Error in Judicando” – sempre envolve mérito, em parte ou totalmente.


Essa decisão não pode ser atacada por correição parcial.

“Error in Procedendo” – diz respeito exclusivamente ao processo.


Normalmente ao andamento do processo. Não tendo nenhum conteúdo de
mérito, e o despacho causar um tumulto no processo e não tendo recurso
cabível na hipótese é cabível o recurso da CORREIÇÃO PARCIAL.

Processamento

Havia algumas divergências, porém prevalece que o procedimento segue o


do AGRAVO DE INSTRUMENTO do CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, art. 522 e
seguintes.

a. O prazo de interposição será de 10 dias, a partir da ciência do


despacho impugnado;
b. A petição será dirigida diretamente ao TRIBUNAL competente
(contendo a exposição dos fatos e razões do recurso) já é interposto
com as razões;

c. Obrigatoriamente deve integrar o instrumento necessariamente da


decisão recorrida, a certidão da respectiva intimação (para provar
tempestividade), outras peças que o recorrente entender necessárias;

d. Recebida no tribunal e distribuída, o relator poderá requisitar


informações do juiz, prestando este no prazo de 10 dias (o relator pode
atribuir o efeito suspensivo ao recurso, caso entender que é
necessário);

e. A parte contrária é intimada para apresentar contra-razões;

f. Apresentada as contra-razões colhe-se a manifestação do MP, desde


que o CORRIGENTE não seja o próprio MP, caso que irá direto a
julgamento;

g. De regra a correição não tem efeito suspensivo, pode o juiz se


entender necessário atribuir esse efeito ao recurso, como dito
anteriormente.

Na correição a parte que interpõe o recurso é chamada de CORRIGENTE e a


parte contrária é chamada CORRIGIDA.

EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE

Art. 609 § ún. CPP

São recursos para ser interpostos em segundo grau.

Conceito: é a medida oponível contra decisão não unânime de segunda


instância, em recurso de APELAÇÃO e em SENTIDO ESTRITO, desde que
desfavorável ao Réu.

Então esse recurso é exclusivo da defesa, nesse caso nem o MP pode


interpor, por ser medida somente da defesa.

Quando houver o julgamento do recurso (apelação ou sentido estrito) e não


houver decisões unânimes é que pode ser interposto esse recurso.
Quando o recurso é recebido em segundo grau no dia do julgamento o
relator dará seu voto, dando provimento ou não ao recurso, depois os outros
juízes componentes da câmara darão seus votos. Só é possível o recurso
quando não forem unânimes as decisões, quando forem não cabe
obviamente.

Temos duas modalidades de embargos.

INFRIGENTES: ele tem por finalidade modificar o acórdão versando sobre o


mérito da questão.

NULIDADE: quando tiver finalidade de modificar o acórdão por tratar de


questões processuais. Quando quer alegar uma nulidade no processo
(ABSOLUTA), tendo a decisão em segundo grau que decidir os embargos de
nulidade não for unânime cabe o embargos infringentes.

Esses embargos são processados em segundo grau, havendo recurso nessa


mesma fase, chama-se mais 2 juízes de segundo grau para compor a
câmara, completando 5 juízes. Cada tribunal regulamenta em seu Regimento
Interno o processamento dos embargos.

PRESSUPOSTOS DO RECURSO

a. Decisão não unânime de segunda instância;

b. Acórdão proferido em Apelação ou Recurso em Sentido Estrito;

c. Decisão desfavorável ao Réu; (recurso exclusivo da defesa)

PROCESSAMENTO

O prazo é de 10 dias contados da publicação do Acórdão.

Aqui não é necessária a intimação das partes, basta a publicação. Todas as


decisões que são proferidas em segundo grau nunca há necessidade de
intimação, é feita pelo órgão oficial (publicação no Diário). Publicada a
decisão presume-se que o advogado tomou ciência.

A petição de interposição deve ser dirigida ao RELATOR do Acórdão


embargado.

Esse recurso é Facultativo, nem o Defensor Dativo é obrigado a interpor o


Recurso.
Esse recurso exige a chamada capacidade postulatória “ius postuland”,
não pode então, ser interposta pelo próprio réu, deve haver a presença de
um Advogado.

Interposto os embargos, vai colher sempre a manifestação da parte contrária


e também o Parecer do MP (chefe: procurador-geral de Justiça). Os prazos de
manifestação dessas pessoas são iguais, todos de 10 dias. Na seqüência
segue para JULGAMENTO no TRIBUNAL. Antes do julgamento o RELATOR e o
REVISOR 10 dias para apresentar o voto.

Esses embargos são previstos também no STF e no STJ (obedecido os


requisitos do Regimento Interno), como são previstos em Todos os Tribunais.
Essa disposição é aplicada tanto para os TRIBUNAIS ESTADUAIS como para
os TRIBUNAIS FEDERAIS.

Os embargos normalmente possuem efeitos SUSPENSIVOS, quando o réu


responder o processo SOLTO. Toda vez que o réu esteja respondendo o
processo solto e seja confirmado a sentença no processamento da
APELAÇÃO, fica SUSPENSO o efeito do ACÓRDÃO, até o julgamento dos
embargos. (embargos infringentes e de nulidade).

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Não tem nenhum nexo com os embargos acima. Por isso estudamos
separado.

Os embargos de Declaração é uma medida dirigida ao mesmo órgão


prolator da decisão quando a decisão contiver:

a. AMBIGUIDADE;

b. OBSCURIDADE;

c. CONTRADIÇÃO;

d. OMISSÃO.

Discute-se da doutrina a NATUREZA JURÍDICA DESSA MEDIDA.

Se formos pensar em uma analise estrutural, ela por estar disposto no


capítulo dos recursos tem natureza de recurso.

Outra parte da doutrina diz q não é por estar no capitulo do recurso que
deve afirmar que é verdadeiramente um recurso.
A primeira posição fala que tem natureza recursal. Afirmando que os
embargos de declaração tem a finalidade de reformar uma decisão dada,
visando a modificação da decisão proferida quando houver as circunstâncias
citadas acima (a, b, c, d).

A segunda entende que não se trata de um Recurso, ou seja, que não


possui natureza recursal. Fala que tem uma finalidade modificadora, mas
não no mérito da questão. Na verdade é apenas uma correção de erro
material da sentença, por isso seria apenas um meio de integração da
sentença ou acórdão. Excepcionalmente poderia ter finalidade recursal, pois
de regra não tem. (para o professor essa é a melhor tese).

É uma medida prevista tanto para o primeiro quando para o segundo grau e
também prevista nos tribunais superiores, sendo regulamentada no
Regimento Interno.

HIPÓTESES DE CABIMENTO

a. Ambigüidade; (dupla interpretação). A decisão deve ser precisa.

b. Obscuridade; O juiz não disse o que deveria dizer claramente. Ficou


faltando algum esclarecimento. Deve clarear a sentença.

c. Contradição; quando decorre conflito entre uma parte da sentença


com outra. Fundamentação diferente da parte Dispositiva.

d. Omissão; a omissão é uma situação que pode gerar uma complicação


maior do que as outras citadas acima (não é regra). Pode ocorrer
nesse caso a Alteração da Decisão, pois quando se trata de omissão,
por exemplo, vamos dizer que o magistrado deixe de analisar um
argumento da defesa. Quando acontece a omissão da analise de
alguma parte do processo pode ocorrer uma Alteração substancial do
julgado. Tendo aqui nesse caso os embargos natureza Recursal.
Enquanto os embargos de declaração não tiver objetivo de
modificação é somente um meio de integração.

PROCESSAMENTO

O prazo para apresentação dos Embargos (artigos 382 e 619 do CPP) é de 2


dias.

No Juizado Especial Criminal (art. 83 §1º lei 9099/95) diz que é de 5 dias. Na
lei do juizado especial ao invés de usar o termo ambigüidade usa o termo
dúvida, não acarretando muitas mudanças por serem sinônimos.
A petição de Interposição deve ser dirigida ao Juiz prolator da Sentença ou
ao Relator do Acórdão, devendo indicar expressamente o ponto da decisão
ou do acórdão que deve ser declarado, sob pena de ser rejeitado de plano.

De regra em embargos de declaração não há a manifestação da parte


contraria, entretanto essa regra esta quase desaparecendo (forte corrente),
pois dizem que passa a ser obrigatória a manifestação da parte contrária
decorrente de ter uma natureza recursal, em alguns casos. O juiz verificando
a modificação ou alteração do julgado vai exigir a manifestação da parte
contrária, sob pena de infringir o contraditório. Quando forem os embargos
somente para clarear a sentença não contendo nenhuma possibilidade de
modificação, não há necessidade de exigir a manifestação da parte
contrária. Por isso que em alguns casos a decisão é dada “inaldita altera
partis”, sem necessidade de ouvir a parte contrária ou sem ouvir a parte
contrária.

Quando houver a rejeição liminar dos embargos em primeiro grau não cabe
recurso. Alguns doutrinadores dizem que cabe, mas é minoria.

A rejeição do recurso em segundo grau, alguns doutrinadores dizem que


cabe o chamado AGRAVO REGIMENTAL.

LEGITIMIDADE

Pode ser oposto tanto pela defesa quanto pela acusação, ou seja, por
qualquer das partes do processo.

Os embargos de declaração é uma medida muito utilizada normalmente para


quem pretende interpor o chamado recurso extraordinário, pois existe um
pressuposto para que o recurso extraordinário seja recebido é o chamado
pré questionamento da matéria (exige que todos os órgãos do poder
judiciário devem se manifestar sobre a matéria). Se não houver a
manifestação de todos os órgãos do pode judiciário irá ser rejeitado o
recurso extraordinário.

O MP pode interpor embargos.

Quando da interposição dos embargos (temos dois prazos {2 e 5 dias}) da


sentença ou do acórdão corre o prazo normalmente para interposição de
outros recursos? Em cima disso começou a ter uma discussão se suspende
ou interrompe o prazo para interpor os outros recursos. Esses recursos ficam
pendentes da decisão dos embargos.
Diferença:

SUPENSÃO: o prazo corrido não é dispensado. Vamos supor que o prazo é


de 5 dias porém correrão 2 dias, depois de julgado os embargos somente lhe
restará mais 3 dias para interposição de outro recurso.

INTERRUPÇÃO: o prazo é todo devolvido a parte.

O art. 538 do CPC diz que irá INTERROMPER o prazo para os demais
recursos.

Então se usa a interpretação do CPC, INTERROMPENDO então o prazo para


interposição dos demais recursos.

Quando o recurso for manifestadamente protelatório, a parte PERDE o prazo


para recurso, não interrompe nem suspende o prazo para recorrer, como
pena a parte perde o prazo para recorrer.

Somente o juiz que proferiu a decisão é que vai poder declarar a sentença
objeto de embargos, deve ser necessariamente dirigida ao juiz que proferiu a
decisão.

Se o juiz verificar que possa o recurso de embargos ter efeitos


INFRIGENTES (modificativos) DEVE abrir vistas para manifestação da parte
contrária, para não contrariar o contraditório.

Embarguinhos: são os embargos de declaração de primeiro grau, definido


assim pela doutrina.

Se o juiz morrer, for promovido, aposentou, não são analisados os embargos.


Deve a parte manifestar o acontecido no Recurso apropriado.
REVISÃO CRIMINAL

Artigos 621/631

A Revisão Criminal não tem características próprias de Recurso, mesmo


sendo tratada no capítulo dos Recursos.

Toda decisão do Poder judiciário por segurança jurídica deve se passar em


julgados, com exceção de algumas decisões que não se faz coisa julgada
material, somente formal (ação de alimentos).

Nunca havia se imaginado existir um instrumento para modificar ou somente


se rever a coisa julgada. O primeiro passo foi dado com o Recurso de Revista
(1828), dirigido para decisões proferidas que causassem notória injustiça ou
algum erro grosseiro por parte do julgador. O Código de Processo Criminal
também previu no seu texto o tbm chamado Recurso de Revista, com a
mesma finalidade (desconstituir sentença transitada em julgado).

Esse instituto só foi incorporado no nosso ordenamento jurídico com o nome


Revisão Criminal em 1990, por um decreto lei. Desde que ela foi
instituída até hoje nunca foi permitido a Revisão de Sentenças
Absolutórias.

A CF de 1891 passou a Trazer no seu Texto a previsão da Revisão Criminal,


prevendo a possibilidade das decisões Condenatórias serem Revistas.

Dessa data pra cá, esse instrumento ora teve previsão expressa e ora teve
somente previsão indireta, mas sempre com essa possibilidade de Revisão
Criminal.

“Em alguns momentos a Revisão Criminal vai ter finalidade Recursal”, mas
isso não tira sua essência, que é na verdade uma verdadeira Ação
Rescisória.

A COISA JULGADA NO PROCESSO PENAL DEVE CEDER AOS IMPERATIVOS DA


JUSTIÇA, PREVALECENDO A VERDADE REAL E NÃO A VERDADE FORMAL.

Conceito: É uma Ação Penal Rescisória promovida originariamente perante


o Tribunal competente para que, nos casos expressamente previstos em lei,
seja efetuado o Reexame de um processo já encerrado por decisão
Transitada em Julgado.
É uma ação penal de NATUREZA constitutiva, verdadeira Ação de
Conhecimento. É na verdade uma AÇÃO AUTÔNOMA destinada ao
Desfazimento dos Efeitos produzidos por uma Sentença Condenatória
Transitado em Julgado.

Muito embora prevista no capítulo dos


recursos, sua função precípua é uma
Ação rescisória penal, uma ação de
conhecimento, constitutiva, autônoma.
Tem exceções que esse instrumento
tem característica de Recurso.

Existe uma diferença do Processo Civil. A ação rescisória encontra limites,


prazo. No processo penal não existe prazo para a proposição da Revisão
Criminal, e a princípio Imprescritível. (as conseqüências do processo penal
são indeléveis a vida da pessoa, uma vez condenada fica eternamente
marcada, por isso o motivo de ser imprescritível).

LEGITIMIDADE

Artigo 623 do CPP.

Pode ser pedida pelo próprio Réu, INDEPENDENTEMENTE DE ADVOGADO.


Em alguns casos a lei dispensa a presença de um Advogado, para proteger
alguns princípios constitucionais (liberdade ampla defesa).

Se o réu já for falecido, abre um espaço para seu CÔNJUGE (companheiro),


DESCENDENTE, ASCENDENTE OU IRMÃO.

O MP não é parte legítima para Requerer Revisão Criminal. Existem julgados


isolados que ele teria legitimidade porem os tribunais superiores já julgaram
contra, é quase que pacífico esse sentido, justamente pelo fato de se tratar
de uma ação exclusiva da Defesa, só visa desconstituir ação penal
condenatória, e nunca Absolutória.

Se depois de intentada a Revisão Criminal se o réu vier a Falecer, não


impedirá o prosseguimento da Ação, devendo apenas ser nomeado um
Curador, em respeito ao direito de Liberdade de Todo Cidadão. O curador é
nomeado pelo próprio Juiz, independe da iniciativa de seus familiares.

O momento para a propositura da Ação não importa esteja o réu cumprindo


a pena, já tenha a cumprido ou tenha ocorrido causa extintiva da
punibilidade. A finalidade da Revisão Criminal é de principalmente corrigir
uma injustiça restabelecendo, com a Rescisão do Julgado, o “STATUS
DIGNITATIS” do condenado.

REVISÃO CRIMINAL E A SOBERANIA DO TRIBUNAL DO JURI

Não há nenhum obste que decisões CONDENATÓRIAS do Tribunal do Júri


sejam atacadas pela Revisão Criminal.

O tribunal técnico pode reformar uma decisão do tribunal do Júri? Depende.


Hahaha.

Se for os Recursos Normais, Não.

Entretanto, em sede de Revisão Criminal “SIM”, pode o Tribunal Técnico


Reformar as Decisões proferidas pelo Tribunal do Júri. O caso aqui é para
rescindir uma decisão injusta declarando a liberdade de uma pessoa.

Conceito: A soberania dos Veredictos não pode ser Atingida, enquanto


preceito para garantir a liberdade do Réu. Mas, se ela é desrespeitada em
nome dessa mesma liberdade, atentado algum se comete contra o texto
Constitucional.

Mesmo as decisões proferidas pelo TJ podem ser atacadas pela Revisão


Criminal.

Lembrando: das decisões do TJ não transitada em Julgado, deve interpor os


Recursos Cabíveis no CPP, não podendo ser reformada pelo Tribunal Técnico.
Agora se a decisão do TJ transitou em julgado e houve uma Injustiça na
Decisão (hipóteses restritas) é que pode se falar em Revisão Criminal e daí o
Tribunal Técnico pode interferir na decisão do TJ.

A preferência é sempre que as decisões sejam atacadas antes do transito em


julgado.

HIPÓTESES DE CABIMENTO

Artigo 621 do CPP

I. Quando a sentença condenatória for contraria a texto expresso


da lei; exemplo: digamos que o réu é condenado por um fato que não
está previsto na lei como crime (furto de uso); quando o juiz condenar
o réu a uma pena superior a prevista no código.

“ABOLITIO CRIMIS” é uma lei nova que deixa de considerar um fato


anteriormente previsto como crime. A Revisão Criminal não é o meio
adequado para se requerer o Abolitio crimis, este tipo de pedido deve ser
feito ao juiz da Execução Penal. Simples Petição. Súmula 611 STF e
Art. 66, II da LEP. Isso ocorre é para que não ocorra a Supressão de
Instância (falado anteriormente). (BOA PARA PROVA).

II. Quando a sentença condenatória for contraria a evidencia dos


autos; aqui se da quando a condenação não encontrar apoio em
provas idôneas, ou seja, quando a condenação for fundamentada em
indícios sem qualquer consistência lógica. A prova deve ser razoável
para que nem dúvida cause, lembrando que in dúbio pró réu.

III. Quando a sentença condenatória se fundar em provas


comprovadamente falsas; aqui para que esse fundamento seja
procedente não basta que no processo havia uma prova falsa, deve se
provar que o juiz fundamentou nessa prova falsa. Em sede de Revisão
não vai ter oportunidade para que se faça a demonstração da
falsidade, deve ela ser pré-constituída, através do chamado do
PEDIDO DE JUSTIFICAÇÃO JUDICIAL, é um procedimento preparatório
para intentar uma REVISÃO CRIMINAL. Na revisão não se discute a
falsidade ou não de um documento, já deve ser acompanhada a
prova.

IV. Quando surgirem novas provas da inocência do condenado;


nada adianta fundamentar a Revisão em uma prova já existente nos
autos. Essa prova nova deve ser apurada antecipadamente em
PEDIDO DE JUSTIFICAÇÃO JUDICIAL, deve ser pré-constituída, não há
oportunidade para constituir essa prova nova, o motivo do pedido de
justificação judicial é pelo fato de haver o contraditório, deve se
passar por um crivo judicial com o contraditório para daí então
intentar a Revisão. Pode se chamar de um procedimento preparatório
para Revisão Criminal.

V. Quando surgirem provas novas de circunstâncias que


autorizem a diminuição da pena; vem no art. 59 do CP; hipóteses
que autorizam a diminuição da pena, e pode intentar a Revisão
Criminal com base nessas hipóteses novas. São as atenuantes ou
causas de diminuição da pena.

ADMISSIBILIDADE DA REVISÃO CRIMINAL


É cabível de Sentenças Condenatórias Transitadas em Julgado. Cabe também
a Revisão Criminal das Sentenças Absolutórias Impróprias onde há a
imposição de medida de segurança. Então não é ABSOLUTO que não cabe
Revisão Criminal de Sentenças Absolutórias, sendo essa uma exceção.

Quando o réu é considerado inimputável (menor de 18 ou incapacidade


mental), não pode ser responsabilizado pelo crime que comete, o fato é
típico mais ele não é culpável. Em casos gritantes (matando, é louco e não
vai parar de matar), daí sim chama a Sentença Absolutória Imprópria, pois
restringe a liberdade ou direitos da pessoa, cabendo daí a Revisão Criminal.

NÃO É ADMITIDO A REITERAÇÃO DO PEDIDO DE REVISÃO CRIMINAL, A NÃO


SER FUNDADO EM NOVAS PROVAS.

COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO

A competência do STF vem prevista no artigo 102, I, j CF;

A competência do STJ vem prevista no artigo 105, I, e CF;

A competência dos TRF vem prevista no artigo 108, I, b CF;

Nos demais Casos ressalvados jurisdição Especializada, cabe aos Tribunais


de Justiça Estaduais o Julgamento.

PROCESSAMENTO

PRAZO: só tem prazo INICIAL, que é após o Transito em Julgado da Decisão,


art. 622 CPP.

O Requerimento/Petição deve ser dirigido ao Presidente do Tribunal


Competente. O presidente poderá rejeitar liminarmente o pedido se tratar-se
de reiteração do pedido sem provas novas, se a petição não estiver
bem instruída (prova pré-constituída) ou também se o pedido não se
enquadrar em nenhuma das hipóteses do art. 621.

A petição deve vir obrigatoriamente com a comprovação de que a sentença


transitou em julgado (deve juntar cópia da certidão de Transito em Julgado).
Alem da prova, os documentos necessários da demonstração do meu pedido
devem ser juntados.

Se não for indeferido liminarmente, será distribuído a um RELATOR (não


pode ter se pronunciado sobre o processo, é motivo de impedimento).
Escolhido o Relator, ele poderá novamente rejeitar o pedido de Revisão (são
os chamados juízos de Prelibação da Revisão criminal, ele avalia os
Requisitos mínimos da Revisão Criminal). Dando prosseguimento,
novamente ele vai pedir que a Revisão seja apensada ao processo Original
(para se ter maior segurança no julgamento). Na seqüência os autos irão ao
Procurador Geral de Justiça (chefe do MP Estadual). Na esfera federal os
autos irão ao Procurador Geral da República. O procurador tem o Prazo de 10
dias para exarar o parecer (custus legis). Em seguida os autos retornam ao
RELATOR que terá o prazo de 10 dias para apresentar o Relatório. Na
seqüência os autos seguirão ao REVISOR que terá tbm o prazo de 10 dias
para examiná-lo e pedir designação e data para Julgamento. O Julgamento
da Revisão Criminal ficará a cargo do PLENÁRIO, grupo de CÂMARAS ou
grupo de TURMAS, de acordo com o Regimento Interno de Cada Tribunal.
(aqui em RO quem tem competência para julgamento de Revisão Criminal é
o Tribunal Pleno).

Quais são as possíveis decisões em sede de Revisão Criminal? As seguintes:

a. A decisão pode Absolver o Réu;

b. A decisão pode Diminuir a Pena;

c. A decisão pode Anular o Processo.

Obs. Quando a decisão Absolver o Réu é restabelecido todos os direitos


perdidos em virtude da condenação. Quando se tratar de Absolvição
Imprópria, deve o Tribunal impor medida de segurança. Em caso do Processo
ser Anulado vigora o principio da proibição da Reformatio in Pejus. O novo
processo a ser intentado não poderá piorar a situação do réu. Art. 617 do
CPP.

A soberania do Júri não limita a Revisão Criminal, isto em decorrência do


princípio da Ampla Defesa (art. 5º LV CF).

Não é cabível Embargos Infringentes e de Nulidade da Decisão em Revisão


Criminal, pois é uma Ação e não um Recurso.

Em caso de Empate da Votação, prevalecerá a decisão mais favorável ao


Réu.

Transitado em Julgado sentença Condenatória, não há o que se falar em


suspensão da execução ao fundamento de ajuizamento de Revisão
Criminal, isto entendimento do STJ.
Nos termos do art. 630 do CPP o Tribunal poderá reconhecer, a pedido do
interessado, indenização pelos prejuízos sofridos pela condenação
rescindida, e para que isso ocorra tem que ficar provado o chamado ERRO
JUDICIÁRIO (exige sempre a comprovação de dolo ou culpa por parte do
agente do Estado, não basta Absolvição por faltas de Provas. Se o erro
derivar da conduta do requerente [Réu] também não será deferido a
indenização [pode ser em qualquer modalidade de ação penal, inclusive na
ação penal privada]), art. 5º, LXXV da CF.

HABEAS CORPUS

Art. 5º, LXVIII, CF - Art. 647/667, CPP

É um instituto que vem do Direito Romano, ou seja, a finalidade do HC é


muito antiga.

Quando uma pessoa era detida, ou privada de sua locomoção, ela tinha o
direito de saber os motivos pelo qual sofreu esta restrição. E poderia pedir a
revisão dessa decisão.

Porém foi na Constituição de 1215 da Inglaterra que foi a primeira previsão


Expressa do HC. Tinha como objetivo de se evitar o Arbítrio e a Total
autoridade do Rei. Ninguém poderia ser preso sem que estivesse de acordo
com as leis vigentes na época. Então, já vigorava o Império da Lei e não a
vontade do Rei.

Em 1789 que o HC passou a integrar na Declaração Internacional do Direito


dos Homens.

No Brasil, a primeira previsão foi no Código de Processo Criminal em 1832,


no art. 340. Ficou restrito na garantia no Direito de Locomoção, não falando
nada a respeito dos Bens. Há quem diga que o HC já estava prevista
intrinsecamente na Constituição de 1824 em seu art. 179, §8º.

Posteriormente o próximo registro é em 1871, com a Lei 2.033 em seu art.


18, §8º, previu a instituição do HC, reescrevendo o que já era dito no Código
de Processo Criminal.

A Constituição Republicana de 1891 ampliou um pouco mais o conceito do


HC, trouxe mais uma garantia.

A Reforma Constitucional de 1926 afunilou a definição do HC prevendo


especificamente para garantir a Liberdade de Locomoção.
Depois ainda tempos a Constituição de 34 (suprimindo o termo Locomoção,
ampliando assim a esfera de atuação do HC) e de 46 (introduziu novamente
o termo Locomoção).

Isso foi repetido pela Carta Constitucional de 67 e de 69.

Finalmente surge a nossa atual Constituição de 1988. Dando uma


interpretação Restritiva (apenas tutela o direito de Locomoção) para o HC.

Conceito: É um remédio Jurídico destinado a tutelar a liberdade física do


indivíduo, a liberdade de ir, ficar e vir (de se locomover para todos os lados),
tendo por finalidade evitar ou fazer cessar a violência ou a coação à
Liberdade de Locomoção decorrente de Ilegalidade ou Abuso de Poder.

Ver CF art. 5º, LXVIII.

É através das garantias Constitucionais é que se faz valer os Direitos


Fundamentais. Nada adianta a Constituição descrever direitos fundamentais
sem colocar meios ou garantias para que esses direitos não sejam violados.
Então o HC é uma Garantia Constitucional.

NATUREZA JURÍDICA

O HC não é na sua essência um recurso, é uma Garantia Constitucional.

É uma Ação Penal Popular Constitucional. Tem por finalidade fazer


cessar o constrangimento ou a simples ameaça ao direito de locomoção da
pessoa.

Qual o significado do termo Habeas Corpus?

Significa “tome o corpo e o apresente”.

Quando o Tribunal na época do Direito Romano quando a Ordem é concedida


(foi deferida) tem o seguinte teor: “tomai o corpo desse detido e vinde
submeter ao Tribunal o Homem e o caso”.

O HC atualmente só visa o direito de Locomoção, não protege os bens.

ESPÉCIES

1. HC Liberatório/Repressivo;

“destina-se a afastar um constrangimento já consumado, já efetivado”

2. HC Preventivo
“destina-se a afastar uma ameaça à Liberdade de Locomoção”

Em qualquer dos dois casos a Ordem de HC podem ser sempre concedas de


oficio pelo Juiz, sendo previsto no art. 654, §2º do CPP.

LEGITIMIDADE ATIVA

Vem previsto no art. 654 do CPP.

Pode ser impetrado por qualquer pessoa, independente de capacidade


postulatória (não tem necessidade de Advogado, até mesmo um Analfabeto
pode impetrar o HC). Pode ser também impetrado por Pessoa Jurídica, desde
que seja em favor de uma Pessoa Física. Promotor de Justiça tem
Legitimidade para impetrar. Juiz de Direito e Delegado de Polícia no exercício
de suas funções NÃO podem impetrar o HC, porem como pessoa física
podem.

LEGITIMIDADE PASSIVA

Decorre de duas circunstâncias:

1. Ato ilegal de particular;

2. Ilegalidade ou Abuso de Poder de autoridade pública.

Prevalece o entendimento de que o HC pode ser impetrado contra ato de


Particular, pois a CF não fala só em coação ou abuso de poder, fala também
em Ilegalidade.

A coação ou a ameaça não precisa vir só de autoridade pública.

Um ato de particular pode ser vislumbrado, por exemplo, em um hospital


que não deixa o paciente sair enquanto não pagar a conta.

ADMISSIBLIDADE

A própria CF impõe algumas restrições à impetração do HC. Por exemplo, é


inadmissível a impetração do HC no estado de sítio (art. 138, caput da CF).
No caso de Transgressão disciplinar não vai caber a impetração do HC se for
de natureza Militar (art. 142, §2º, CF). S. 694 do STF que restringe a
utilização do HC no que diz respeito à exclusão de militar da procuração ou
perda da patente. S. 395 do STF fala que será inadmissível o HC se não
houver no mínimo atentado contra liberdade de locomoção.
Mesmo na pendência de Recurso é possível a impetração de HC, e também é
admitida a REITERAÇÃO do pedido de HC desde que fundados sobre fato
novo.

Então o HC é muito mais do que um recurso, suas finalidades são diversas.


Em alguns casos excepcionais pode até ter uma função recursal, não tirando
sua natureza jurídica constitucional.

O HC independe de Petição, pode ser concedido de oficio pelo juiz. Não


precisa se quer de requerimento.

O HC não vai substituir nenhuma função recursal, até porque na sua


essência não é um recurso.

HIPÓTESES DE CABIMENTO

Art. 648 CPP

a. Falta de Justa Causa (quando ocorrer uma situação prevista em lei e


esta não estiver adequado no que ela estabelecer) “REQUISITOS
LEGAIS”

i. Para a PRISÃO visando à soltura do paciente; quando falta


justa causa para ficar preso ou for levado à prisão. Qualquer
modalidade de prisão tanto como a civil, flagrante, dentre
outras.

ii. Para o INQUÉRITO visando o seu trancamento; na


legislação existem os requisitos para que o inquérito seja
instaurado (art. 4 e seguintes do CPP), se faltar algum desses
requisitos vai estar sujeito ao HC visando seu trancamento.

iii. Para a AÇÃO PENAL visando a sua anulação; da mesma


forma do inquérito, pode acontecer que uma ação penal seja
instaurada (seja Pública ou Privada) sem os seus requisitos
mínimos, estabelecidos na lei. No caso em que não forem
observados os requisitos o réu pode lançar mão do HC visando
sua anulação.

b. Excesso de Prazo na Prisão (prisão processual)

Prazos: (novos prazos esparsos na alteração da legislação Processual


Penal)
 10 dias para a conclusão do Inquérito Policial;

 5 dias para o oferecimento da Denúncia/Queixa;

 1 dia ou 5 dias para o Juiz Receber/Rejeitar a Acusação (art. 800,


II e III do CPP);

 60 dias para Realização da Audiência, contados do Juízo de


Admissibilidade da Acusação;

 O número de Dias fixado pelo Juiz para o cumprimento das


diligencias requeridas pelas partes em audiência (nova redação
art. 402 do CPP);

 5 dias para apresentação de Memoriais ou Alegações Finais e o


mesmo prazo para defesa (se o réu estiver sendo defendido pela
Defensoria Pública ou Órgão de Assistência Judiciária Oficial, o
prazo é em Dobro);

 10 dias para a Prolação da Sentença.

Obs.: isso sem contar ainda os prazos que o cartório judicial possui para
o cumprimento das ordens (exemplo art. 799 CPP), e ainda eventuais
incidentes que podem ocorrer durante a instrução, podendo alargar
ainda mais os prazos.

Toda vez que houver excesso de prazo na prisão processual deve haver
justificativa, se não houver pode manejar o HC para a soltura e não
pode ser utilizado por quem causou o excesso de causa (“ninguém
pode se beneficiar da própria torpeza”). OS EXCESSOS DEVEM SER
INJUSTIFICADOS PARA SER MANEJADO O HC. Os prazos citados acima
são contados de forma Global (não é separado para cada ato, deve se
contar o prazo por exemplo para a instrução e julgamento). Encerrada a
Instrução do Processo (colheita de provas) não há em que se falar em
excesso de prazo S. 53 STJ.

Nunca haverá constrangimento ilegal quando o excesso for


devidamente justificado. A S. 64 do STJ traz uma hipótese de não
cabimento do HC quando o excesso for provocado pela própria defesa.

TRIBUNAL DO JÚRI. S. 21 STJ, fala que no procedimento do Júri, uma vez


pronunciado o réu fica também superado qualquer alegação de excesso
de prazo.
i. Procedimento comum – Rito Ordinário.

c. Coação por autoridade Incompetente

Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazer. Só


pode determinar a prisão a autoridade que tiver a competência
material e territorial. Fica ressalvada a prisão em flagrante, pois
independe de ordem judicial.

A incompetência Absoluta também pode ser Aferida em HC.

d.Quando já cessado o motivo que autorizou a coação

Quando o réu já cumpriu a sua pena e ainda continua preso, ou seja, já


esta cessado o motivo que autorizou a coação, podendo ser reparado
via HC.

e.Quando não se conceder fiança nos casos legais

Os artigos 323, 324 e 325 do CPP encontram as hipóteses em que


cabem a fiança. E a CF no art. 5º, LXVI. Quando a fiança for negada e
houver hipótese legal em que for cabível pode ser impetrado o HC.

f. Quando o processo for manifestamente nulo.

Essa hipótese nada mais é em que a reafirmação da hipótese tratada


na letra “a” desta classificação inciso iii, supra.

g.Quando já extinta a punibilidade.

As causas de extinção da punibilidade vêm elencadas no art. 107 do


CP. Art. 43, II do CPP, se uma causa extingue a punibilidade ocorrer
antes da denúncia ou da queixa, esta não pode ser recebida, com a
nova redação dada pelo art. 395 do CPP.

O ROL DO ART. 648 É APENAS EXEMPLIFICATIVO, SÃO AS MAIS COMUNS,


PORÉM A LEI NÃO CONSEGUE ABRANGER TODAS AS HIPÓTESES DA
UTILIZAÇÃO DO HC, POR SER UMA MEDIDA CONSTITUCIONAL DE PROTEÇÃO
DA LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO.

COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DO HC


 Do juiz de direito;
Mais
importantes
a. Para trancar inquérito policial;
para nosso
b. Quando a autoridade coatora for Delegado de Polícia;
estudo.
c. Quando a coação for exercida por Particulares.

 Tribunal de Justiça;

a. Quando a autoridade coatora for membro do MP Estadual;

b. Quando a autoridade coatora for Juiz de Primeira Instância, desde


que a matéria decidida seja de sua competência; (existem algumas
questões federais que são julgadas por justiça estadual onde não
existe vara específica)

c. Quando o Paciente for autoridade sujeita a sua Jurisdição;


(Secretários de Estado, Prefeitos, e outros)

 Tribunal Regional Federal;

a. A autoridade Coatora for Juiz Federal;

b. Membro do MP Federal.

 Superior Tribunal de Justiça;

a. Nos casos elencados no art. 105, I, c da CF;

b. Quando a autoridade coatora ou paciente estiver sujeito a sua


Jurisdição; (Governador, Desembargadores, e outros)

 Supremo Tribunal Federal;

a. Nos casos elencados no art. 102, I, i da CF.

b. Quando a autoridade coatora ou paciente estiver sujeito a sua


Jurisdição; (Ministro de Estado, Ministro do STJ, Presidente, Vice-
Presidente, Membros do CN, e o PGR)

PROCESSAMENTO

A impetração pode ser feita por qualquer pessoa, independentemente de


capacidade postulatória.
A petição inicial do HC deverá conter os Requisitos previstos no art. 654, §1º
do CPP.

a. O autor da Ação é o Impetrante; (pode ser ou não o paciente). A petição


deve vir Assinada pelo impetrante ou por Procurador (sendo
dispensável);

b. Não será aceita petição Apócrifa (sem assinatura). No entanto a


jurisprudência admite que a petição seja enviada por fax ou telex;

c. Não é necessária a autenticação da assinatura. O HC pode impetrado


juntamente com a interposição de outro recurso ou também após a
interposição de outro recurso;

Provas no HC:

A petição deve ser instruía com provas (documentos, certidões), e


devem trazer o rol de testemunhas que poderão ser ouvidas a critério
do Juiz ou Tribunal, assim então é admissível a produção de prova
testemunhal se necessário, mas caso essa produção seja indeferida,
não traz nenhuma irregularidade, pois o procedimento é sumário,
ficando sempre a critério do Juiz.

Liminar em HC (art. 660, §2º do CPP):

A liminar é admissível se os documentos que instruírem a petição


evidenciarem a ilegalidade da coação. Então é possível a concessão de
liminar no HC.

Rejeição Liminar da Petição (art. 663 do CPP); quando a manifestação do


impetrante for manifestadamente improcedente. Caso a petição não
preencher os requisitos previstos no art. 654, §1º, não é caso de rejeição,
mandando apenas Emendar, caso não feito é rejeitado.

Recebida a Inicial, o juiz poderá:

a. Se o paciente estiver preso, determinar que lhe seja imediatamente


apresentado (art. 656 do CPP); o Juiz poderá ir ao Local onde o
Paciente estiver (art. 657, §ún); se houver desobediência à ordem
judicial será expedido mandado de prisão contra o detentor (art. 656,
§ún);

b. Se verificar que já cessou a violência ou coação, julgar prejudicado o


pedido (art. 659 CPP);
c. Poderá requisitar informações (sendo optativa) por escrito da
autoridade coatora (art. 662 CPP);

d. Poderá determinar a realização de Diligências (art. 660 CPP);

e. Interrogar o Paciente, ou seja, ouvir a pessoa que sofre a coação (art.


660 CPP);

Após o cumprimento do que vem determinado no art. 660 do CPP o juiz tem
o prazo de 24 horas para decidir o HC.

Obs. Não há previsão legal para manifestação do MP em procedimento de HC


em primeira instância, mas de regra é praxe que sempre os juízes
encaminhas o HC para manifestação do Promotor de Justiça ou MP de
primeiro grau. Já o HC impetrado perante o Tribunal, há previsão expressa
de que o MP deve intervir como “custus legis”. O prazo para o MP se
manifestar é de 2 dias.

Obs2. A reiteração do pedido de HC somente é possível com base em novos


fundamentos de fato ou de direito. Não pode o fato novo ter sido analisado
anteriormente.

Julgamento e Efeitos

a. A concessão da ordem, que deverá ser feita na sentença que decidir o


HC, implica seja posto o Paciente em Liberdade, se por outro motivo
não deva permanecer preso (art. 660, §1º). Esse caso se da na
concessão do HC LIBERATÓRIO;

b. Se o pedido for para concessão de fiança, o juiz deve arbitrar a fiança


que poderá ser prestada em juízo, remetendo-se após os autos a
autoridade coatora (art. 660, §3º);

c. Se o HC for PREVENTIVO, ou seja, para evitar coação ilegal, o juiz


expedirá o chamado SALVO-CONDUTO (art. 660, §4º);

d. Se a ordem for concedida para Anular o Processo, este será renovado a


partir da nulidade constatada (art. 652 CPP);

e. Se a ordem for concedida para trancar inquérito policial, ou ação penal,


esta impedirá o seu curso;

f. A decisão favorável em HC pode ser estendida a outros interessados


que se encontre em situação idêntica a do paciente beneficiado
(aplicação analógica de efeito extensivo previsto no art. 580 CPP),
obviamente que dentro do mesmo processo.

Recursos

a. A decisão que concede HC está sujeita ao Reexame necessário (art.


574, I do CPP);

b. Cabe Recurso em Sentido Estrito da decisão do Juiz (de primeira


instância) que conceder ou negar ordem de HC (art. 581, X do CPP);

c. Cabe Recurso Ordinário Constitucional ao STF da decisão dos Tribunais


Superiores que julgar em única Instância o HC, desde que
DENEGATÓRIA (recurso exclusivo da defesa) (art. 102, II, a CF);

d. Cabe Recurso Ordinário Constitucional ao STJ da decisão denegatória


em HC, proferida em única ou ultima instância pelos TRF’s, TJ’s e do TJ
DF. (art. 105, II, b CF).

PROVA INTERMEDIÁRIA 28/10

 Carta Testemunhável

 Protesto por Novo Júri

 Embargos Infringentes e de Nulidade

 Embargos de Declaração

 Correição Parcial

 Revisão Criminal.
MANDADO DE SEGURANÇA CRIMINAL

Art. 5º, LXIX, CF

(garantia constitucional)

Conceito: é uma ação de natureza constitucional, que possui um rito


sumaríssimo, destinado a proteger direito líquido e certo não amparado por
HC (direito de locomoção) ou HD, quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do poder público.

Lei nº 1.533/51 – Regulamenta o MS

ADMISSIBILIDADE

Que ele somente poderá ser concedido diante direito líquido e certo, que
vem a ser o direito apto a ser comprovado de plano, mediante prova
documental.

DLC: é o que se apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua


extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração.

O MS tem um rito sumaríssimo, estabelecido na lei específica, não comporta


dilação probatória, não pode arrolar testemunhas, não pode juntar
documentos, não pode dilatar o processo, pode o juiz rejeitar de plano, por
absoluta inépcia. O DLC deve ser demonstrado de imediato, de plano, sem
nenhuma dilação probatória.

Súmula 625 do STF fala sobre o MS. Se houver controvérsia estiver discutida
nos tribunais não impede que o direito seja concedido. (LER)

Definição Jurídica que vem na CF fala em:

o Ilegalidade: é a desconformidade da atuação ou omissão do agente


público ou delegado (agente delegado) em relação à lei.

o Abuso de Poder: se da quando a autoridade tendo competência para


praticar o ato realiza-o com finalidade diversa da prevista em lei. Pois o
administrador público só pode fazer o que a lei determina, chamado
desvio, ao contrário do particular que não pode fazer o que a lei
determina. Quando a autoridade, mesmo tendo competência, ela
ultrapassa o limite estabelecido na lei, o chamado excesso de poder.

LEGITIMIDADE ATIVA
É sempre o titular do DLC violado. Aqui o direito pode ser individual ou
coletivo, chamado o MS coletivo. Pode ser impetrado por pessoa jurídica
como por pessoa física. O importante é que o impetrante seja titular do
Direito líquido e certo, devendo isso ser observado.

CAPACIDADE POSTULATÓRIA

Exige-se para a impetração a capacidade postulatória “ius postuland”,


devendo então, ter advogado.

O MP tem legitimidade para impetrar MS.

LEGITIMIDADE PASSIVA

Em se tratando de MS, existe uma restrição legal em comparação com o HC,


pois ela não restringiu nada, independendo se o ato for de autoridade
pública ou titular, ao contrario do MS, restringindo o ato, podendo ser
impetrado só por autoridade pública, sendo pessoas físicas que
desempenham funções públicas, podendo ser tanto na qualidade agente
políticos ou administrativos.

A autoridade coatora será sempre a autoridade superior, que pratica ou


ordena a pratica do ato, e não o subalterno, que só executa o ato emanado
pelo superior.

Os agentes de PJ com atribuições com poder público, que são todos os


agentes de PJ privadas que executem a qualquer título atividades, serviços
ou obras públicas, como por exemplo o diretor negue a matricula do aluno,
mesmo sendo particular, pois o serviço da educação é serviço público
concedido a particular explorar.

O MS nunca é impetrado contra Pessoa Jurídica e sempre contra Pessoa


Física, a autoridade coatora quem emanou o ato. Algumas súmulas do STF
trazem algumas restrições sobre o MS (266; 267; 268). {LER}

COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO

É definida pela categoria da autoridade coatora, então deve sempre se


verificar qual é a função desempenhada pela autoridade. Sendo Estadual ou
Municipal, fica a cargo da Justiça Estadual, devendo verificar se a autoridade
tem foro privilegiado no TJ, se não julgado pelo Juiz de Direito. Sendo Federal
segue a mesma regra.

PROCEDIMENTO
Está previsto na lei 1.533/51.

O Prazo para impetração é de 120 dias, a partir da ciência oficial do ato


impugnado.

Ao despachar a Petição Inicial o Juiz poderá determinar a Suspensão liminar


do ato impugnado se presente os requisitos, “FUMUS BONIS IURIS”
“PERICULUM IN MORA”.

Atualmente deve ser verificada a possibilidade da concessão ou não da


liminar, pois existem várias matérias que proíbem a concessão de liminar. A
medida liminar normalmente visa assegurar o futuro provimento, fica em
segurança o seu direito, ao contrário da Tutela Antecipada que tende logo o
direito discutido.

Concedida ou não a liminar o Juiz vai determinar, (se não for caso de rejeição
da inicial) o próximo ato do Juiz será determinar a Notificação da autoridade
coatora, recebendo uma segunda via do pedido, uma cópia da inicial, para
que preste informações no prazo de 10 dias. Prestada as informações, o MP
terá o prazo de 05 dias para se manifestar, a favor ou contra da concessão
da ordem (Súmula 701 do STF {no MS impetrado pelo MP contra decisão
proferida em processo penal é obrigatória a citação do réu como
litisconsórcio passivo}). A lei fala que a liminar eventualmente se foi
concedida, poderá ser suspensa pelo presidente do Tribunal competente
para julgar o recurso (art. 4º da lei 4.348/64), desde que mostre que há lesão
conforme a lei. Na seqüência o Juiz terá que proferir a Decisão em 05 dias,
tendo ou não as informações da autoridade coatora.

O MS tem uma característica peculiar, as decisões são auto exeqüíveis,


independem de qualquer processo de execução para cumprimento, o Juiz
determina que seja cumprida a ordem.

O MS admite desistência a qualquer tempo, independentemente do


consentimento do IMPETRADO (autoridade coatora).

Súmulas importantes, além das outras acima, 512; 622; 623; 626 todas do
STF, e a súmula 105 do STJ.

O MS tem caráter SUBSIDIÁRIO, pois não cabendo HC e HD, cabe MS.

Em matéria Criminal (autoridade coatora exerce suas funções na área


criminal {Delegado de Polícia; Promotor Criminal; Juiz Criminal}), o MS é
mais utilizado nos casos:
a. Direito de Vista do Inquérito Policial do Advogado;

b. Direito do Advogado de acompanhar o Cliente na fase do


Inquérito;

c. Direito do Advogado entrevistar-se com seu cliente;

d.Direito de Obter Certidões na Esfera Criminal;

e. Direito de Obter efeito Suspensivo em Recurso Criminal;

f. Direito de Terceiro de boa-fé a restituição de coisas


apreendidas;

g.Contra despacho do Juiz que não admite o Assistente de


Acusação;

h.Contra apreensão de Objetos sem qualquer relação com o


Crime;

O MS é o mesmo do processo civil, a única diferença é que a autoridade


coatora exerce função criminal.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Art. 102, III, “a”, “b”, “c”, e “d” da CF.

Recursos Extraordinários:

 Extraordinário (102, III CF);

 Especial (105, III CF);

 Ordinário Constitucional (102, II, e 105, II CF)

Os recursos dirigidos aos Tribunais Superiores, especificamente o


Extraordinário, é dirigido ao STF, tendo competência este, a matéria será
sempre Constitucional.

A principal função do STF é a interpretação uniforme à CF. (guardião da CF)

Todos os recursos Extraordinários de todo o Brasil vai para o STF, dando essa
interpretação uniforme da CF.
Nessa Função de Guardião da CF, existe uma peculiaridade. Não se admite
vincular em recurso extraordinário matéria de fato, somente matéria de
direito e direito Constitucional. (SÚMULA 279 STF)

A melhor definição jurídica para o R. Extraordinário é que se trata de um


instituto político de direito processual Constitucional, isto porque ele é
comum a todo o processo de qualquer natureza, de qualquer ramo do
direito.

O R. Extraordinário foi inspirado em um recurso previsto no Direito


Americano, que tem a mesma finalidade, da uma interpretação uniforme do
direito por uma corte maior.

Foi criado pela primeira vez em 1990, tendo sempre a mesma finalidade.

A CF de 88 ao criar o STJ, deixou matérias Constitucionais exclusiva para o


STF, então todos os recursos extraordinários vão para o STF.

Esses Recursos Extraordinários têm pressupostos de admissibilidade a mais


do que os outros recursos.

Normalmente os recursos têm pressupostos gerias (comum a todos),


divididos em pressupostos objetivos (cabimento, adequação,
tempestividade, regularidade procedimental) e subjetivos (interesse,
legitimidade).

Os pressupostos gerais também são exigidos nos Recursos Extraordinários,


tendo alguns específicos. Estão eles regidos no Regimento interno do STF e
do STJ. A parte do R. Extraordinário tratada no CPP está quase toda
revogada.

A CF exige da parte que pretende o recurso pressupostos do recurso. Muitos


recursos ficam no juízo de prelibação, pois não estão providos dos
pressupostos (90% dos recursos ficam no juízo de admissibilidade).

O Primeiro Juízo de prelibação quem faz é o Tribunal de Justiça (presidente).

Matéria Fática não se discute em recuso para os Tribunais Superiores, o


questionamento de fato termina nos Tribunais.

Os pressupostos desses recursos que afunilam a quantidade de recurso


interposto em todo canto do Brasil. Serve para controle, para que matérias
bestas, banais, não chegam aos Tribunais Superiores.
PRESSUPOSTOS RECURSAIS ESPECÍFICOS (é cabível tanto ao Recurso
Extraordinário quanto ao Recurso Especial)

• Exaurimento de Instância (art. 105, III); causa decidida em


única ou ultima instância. Visa à impugnação de uma decisão
Saber final levada ao conhecimento do poder judiciário, quando se fala
Diferen decisão final significa quando se foi esgotada de interpor
ça nenhum recurso. SÚMULA 281 STF. Todas as possibilidades
PROVA
recursais devem ser utilizadas. A grande maioria dos recursos
ficam nesse pressuposto.

• Prequestionamento; ele vem exigido em Súmulas do STF


282 e 356. O prequestionamento é mencionar/suscitar a
matéria/questão desde a primeira instância. Deve ser provocada
a análise do Juiz desde a primeira instância. O motivo para isso é
para não gerar a chamada SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA (não
ocorrer uma Nulidade Absoluta no processo).

• Questão Federal de Natureza Constitucional (art. 102, III,


a,b,c,d)

o “a1”: contrariar dispositivo desta constituição; toda vez


que a decisão dada em instância inferior contrariar
dispositivo da CF, vai ser admissível o R. Extraordinário por
este fundamento (alegando sempre o dispositivo ferido,
devendo sempre mostra de plano);

o “b1”: declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei


federal; nesse caso é preciso que a decisão recorrida seja
expressamente incompatível com a CF, caso ocorra, esta
está sujeita ao R. Extraordinário. Controle difuso de
Constitucionalidade (o juiz faz esse controle em cada
caso).

o “c1”: julgar válida lei ou ato do governo local contestado


em face desta constituição; quando ela fala de ato do
governo local está se referindo de ato do governo estadual
ou municipal. As leis buscam o fundamento de validade na
CF, não pode ela estar em controvérsia, devem estar
consoante a mesma. Então, se a decisão for contrária a CF
em face de ato do governo estadual ou municipal,
julgando-a válida em frente à CF, pode ser levado a
conhecimento do STF pelo R. Extraordinário.

o “d1”: julgar válida lei local contestada em face de lei


federal; foi introduzido pela EC nº 45/2004, alargando o
campo de competência do STF. Essa hipótese
anteriormente era de competência do STJ. A questão é de
divisão de competência, por isso questão Constitucional,
motivo da mudança. Existem alguns casos que ainda vai
para a competência do STJ.

Obs.:

Os pressupostos desse recurso vêm na Doutrina, em Súmula e na CF. Vamos


analisar súmulas, que também são pressupostos para o cabimento.

SÚMULAS DO STF.

 283; deve levar todas as matérias para a análise do STF, não pode
renunciar parte da matéria, pode ocorrer aqui a renúncia tácita. Esse
requisito existe por razões lógicas.

 284; deficiência da Fundamentação. Essa fundamentação deve ser


clara e objetiva.

 279; que fala que para simples matéria de prova não cabe recurso
extraordinário. Não existe recurso para os tribunais superiores que
discutem matéria de prova, somente matéria de direito. As questões
de fato transitam em julgado nas instâncias inferiores (TJ; TRT; TRF).

 EC 45/2004; introduziu o “§3º” no art. 102, trazendo mais um


pressuposto específico, chamada de “repercussão geral”, sendo o
ultimo pressuposto específico introduzido no nosso sistema. Esse
dispositivo teve a finalidade de tornar excepcional a atuação do STF,
tirando aquela então função de mera instância revisora dos recursos,
visando justamente elevar o STF a uma verdadeira Corte
Constitucional. Então pode o recurso pode ser rejeitada por 2/3 dos
ministros do Supremo, quando a parte não demonstrar a repercussão
geral, cabendo a ela demonstrar tal fato. A repercussão geral vai ter
que ser analisada em cada caso especificamente e essa exigência
também depende de regulamentação. A finalidade desse pressuposto
é que o recurso não trata de um caso especifico para uma pessoa, o
recurso serve para várias pessoas, deve demonstrar que a questão
tem uma repercussão geral, beneficiando inúmeras pessoas. Já existe
regulamentação para a repercussão geral, pela lei 11.418/2006,
dizendo seus requisitos.

LEGITIMIDADE

É imprescindível capacidade postulatória.

Vai ter legitimidade aquele que sucumbiu nas instancias inferiores, podendo
ser o MP (a competência para interpor o R. Extraordinário é do procurador-
geral de justiça), QUERELANTE, O RÉU e o ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
(sua atuação é bem limitada, agindo sempre de forma supletiva, somente
podendo agir em poucos casos [Súmulas 208 e 210 do STF]).

PROCESSAMENTO

Vem regulado atualmente é a Lei 8.038/90, artigos 26 – 29.

Prazo para interposição é de 15 dias a partir da publicação do acórdão.

A petição deve ser dirigida ao Presidente do Tribunal que proferiu a decisão


recorrida, junto com a petição de interposição deve vir as razões ou as
fundamentações do recurso, com todos os requisitos ou pressupostos do
recurso (chamado de demonstração do cabimento do recurso).

Recebida a petição a parte contraria será intimada, para no mesmo prazo,


para opor contra-razão (art. 27 da Lei 8.038). Juntada as contra-razões os
autos irão para o Presidente do Tribunal recorrido, para o chamado juízo de
admissibilidade ou prelibação, tendo o prazo de 05 dias. Da decisão que
denegar o seguimento ao recurso caberá Agravo de Instrumento (o agravo
deve vir instruído com as peças necessárias a demonstração do eventual
equivoco do presidente do tribunal) dirigido ao STF no prazo de 05 dias
(Súmula 699 STF). A súmula 288 trata dos documentos que são
imprescindíveis ao Agravo de Instrumento e o Juízo de Admissibilidade do
agravo é feito Exclusivamente pelo STF. No STF, distribuído o Agravo, o
Relator irá proferir uma decisão de admissibilidade e conforme for (caso
aceito o recurso) do mérito (R. Extraordinário). Caso o Presidente do Tribunal
não rejeite o R. Extraordinário, será este encaminhado ao STF. Caso o
Relator rejeite o Agravo de Instrumento, caberá outro Agravo, de acordo com
o Regimento de Cada tribunal superior, normalmente chamado de Agravo
Regimental. No STF o procedimento do recurso é também regulado pelo
Regimento Interno do Supremo. O STF é dividido em Turmas. Excepcionado
os casos que a competência é do Pleno, o STF também é dividido em
Turmas, da mesma forma será sorteado um Relator. O PGR irá
obrigatoriamente se manifestar sobre TODOS os R. Extraordinários, sendo
este em 05 dias. Na seqüência o Recurso será julgado. Nesse julgamento é
feito mais uma vez o juízo de prelibação.

O R. Extraordinário NÃO possui efeito SUSPENSIVO (de Regra). (súmula 267


do STJ) (art. 27 §2º da Lei. 8.038/90).

EXECUÇÃO PENAL

Lei n. 7.210/84

Execução penal é um novo processo, ou seja, o processo de condenação


ficou para trás. Já tem uma decisão, uma sentença condenatória, então o
estado vai executar essa sentença. É importante lembrar-se da chamada
coisa julgada.

A execução penal vai ser o que tudo que foi discutido em um processo de
conhecimento se transformando ou se materializando. Efetivar a decisão.

Art. 1º da Lei n. 7.210/84.

A execução penal tem por fim também a resocialização do apenado, para


que ele volte para a sociedade tendo a capacidade de nela estar.

O processo de execução penal tem alguns princípios:

• Princípio da humanidade da pena; nenhuma pena pode violar a


dignidade da pessoa humana.

• Princípio da Individualização da pena; esse princípio começa na


sentença, aderindo ao art. 59 do CPP.

• Princípio da Coisa Julgada ou Excesso de Execução; o estado só


tem direito de punir/executar nos limites em que ela foi imposta, ou
seja, se ao réu for aplicado uma pena não pode o estado no momento
da execução, fazer com que ele cumpra a mais do que lhe foi
condenado.

• Princípio da Jurisdicionalidade; o processo de execução tem caráter


jurisdicional, decidindo o juiz de execução penal sobre qualquer
incidente no decorrer do cumprimento da pena.
• Princípio da Legalidade; está correlacionado com o da
Jurisdicionalidade. Durante a execução da pena o estado só vai poder
impor ao apenado qualquer medida que estiver prevista em lei, ou
seja, o estado não pode aplicar uma sanção se não estiver prevista em
lei.

FINALIDADE DA PENA

Existem 3 teorias para a finalidade da pena:

o Absoluta ou Retribucionistas; (Kant, Hegel) A pena seria um fim em


si mesmo, ou seja, a pena seria um castigo pelo mal castigado. Puni-se
porque pecou. Para Hegel ela tinha uma retribuição política, o direito
foi violado, toda vez que fosse violado a regra deveria ser punido. Para
Kant a pena seria uma retribuição moral.

o Relativa ou Utilitárias; (Fever Bachf) A pena teria um caráter de


prevenção e resocialização. Prevenção geral (aquela prevenção a toda
sociedade, ou seja, o estado impõe a pena para que sirva de exemplo)
Prevenção especial (a própria aplicação da pena no individuo que
praticou o delito).

o Mistas ou Ecléticas; (Roxin, Ferravoli) A pena não é nem uma nem


outra é um misto disso, ou seja, a pena até tem uma retribuição moral,
porém também tem a finalidade de prevenção do crime.

Art. 5º da Lei de Execução Penal

A pena não é só um castigo que o estado impõe ao réu, de forma que ele
tenha que cumprir, o preso tem deveres e também tem deveres (direito a
assistência do estado [material, religiosa, jurídica]) a própria lei de execução
traz os direitos dos presos. Art. 10 da Lei.

EGRESSO: é o preso que termina de cumprir a pena e depois de ocorrido


isso até 1 ano depois será amparado pelo estado.

Art. 11 da Lei. (material, saúde, jurídica, religiosa). Cabe ao estado


promover políticas publicas para efetivação desses direitos, para que aos
poucos eles possam voltar ao convívio social. O condenado tem direito a
assistência educacional além desses elencados.
DIREITO DOS PRESOS – Art. 41 da Lei de Execução Penal

Em tese todo o presidiário tem direito ao que está escrito na lei.

A lei de Execução foi criada a propiciar condições para que o apenado, no


momento em que está cumprindo a pena, consiga ser orientado pelo estado
a voltar à vida social, ou seja, traz mecanismos ao estado para a
resocialização do indivíduo.

MINISTÉRIO PÚBLICO

A lei de execução penal diz que o MP acompanhará toda a execução da


pena, ele fiscalizará a execução da pena. O MP não atua somente como
fiscal, mas a lei da o poder de intervir na execução penal diante da
constatação do fato que houve uma irregularidade, atuando em alguns casos
como parte.

As atribuições do MP estão nos artigos 67 ao 70. Ler os artigos


principalmente o 68.

A lei de execução penal diz que durante o processo de cumprimento da


pena, caberá recurso de AGRAVO DE EXECUÇÃO, das decisões do juiz que
interfira na pena imposta ao condenado. Art. 197 da LEP.

Durante a Execução da pena cabe agravo e em tese não é cabível HC, porém
como o HC não é um recurso e sim um remédio Constitucional, toda vez que
houver uma ilegalidade ou Abuso de poder o apenado pode sim intentar o
HC, entendimento jurisprudencial. A doutrina fala que o HC não cabe dilação,
motivo de ela não aceitar tal instrumento nessa fase processual.

SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO EFICIÊNCIA X DEFICIÊNCIA.

RECURSO ESPECIAL

O Recurso Especial é dirigido especificamente ao STJ. Ao lado do STF está o


STJ, e o R. Especial tem por finalidade levar as questões de natureza
infraconstitucionais (questões Federais), para da mesma forma do R.
Extraordinário (STF/norma constitucional), haver uma interpretação uniforme
da matéria recorrida. Fica impedido debater questões fáticas, somente
matérias de mérito.

No que foi dito a respeito do R. Extraordinário, permanece tudo para o R.


Especial, pois tanto um quanto o outro depende dos pressupostos de
admissibilidades que são específicos.

O Art. 105 CF vem disciplinando o R. Especial.

As condições de Admissibilidade do Recurso vêm discriminadas no artigo


acima e muito parecido com o que foi dito a respeito do R. Extraordinário.

PRESSUPOSTOS

Gerais; (cabimento/adequação (objetivos) legitimidade (subjetivos)) –


pressupostos normais para todos os recursos.

Específicos;

1. Causa decidida em única ou ultima instancia; “exaurimento de


instância” (esgotar todas as possibilidades recursais)

2. Prequestionamento; opor embargos em todas as instâncias. É a parte


solicitar a manifestação em todas as instâncias da questão que
pretende levar ao Tribunal Superior, desde o juízo de primeiro grau. É
pra se evitar a Supressão de Instância (quando é alegada uma matéria
que o juiz anterior não se manifestou, impossível um recurso de uma
matéria em que o juiz não se manifestou).

3. O Art. 105, III, CF; - Questão federal de natureza


infraconstitucional; para que o recurso seja conhecido o recurso
deve ser de natureza infraconstitucional e não constitucional (não é
regra que uma matéria passa primeiramente no STJ e depois para o
STF, diferente do que muita gente pensa, não existe nexo nessa
relação, muitas matérias vão para o STF sem passar pelo STJ, existem
casos que cabem dois recursos, indo um para o STJ e o outro para o
STF).

a. Contrariar tratado ou lei federal ou negar-lhe vigência; cabe recurso


nessa hipótese.

b. Julgar Válida lei ou ato de governo local contestada em face de lei


federal; as hipóteses do R. Especial são muito parecidas com as
hipóteses do R. Extraordinário.
c. Der a lei federal interpretação divergente a que haja atribuído outro
tribunal; “uniformização de Jurisprudência” a finalidade desse
dispositivo é uniformizar a jurisprudência. A esse respeito existe
uma Sumula do STJ “13” diz que quando houver divergência dentro
do próprio tribunal não cabe R. Especial, devendo a divergência ser
entre outros tribunais e não entre as câmaras do tribunal local.

De regra não possui efeito SUSPENSIVO, EXCEPCIONALMENTE tem se


admitido em alguns casos em que a parte consiga demonstrar as graves
conseqüências da decisão recorrida.

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