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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA

CÍVEL DA COMARCA DE CANTO DISTANTE – RJ

CÓDIGO N. xxxx

RANJIT, já qualificado no processo de indenização material e moral que lhe move


PHOEBE BUFFAY, representado por seu advogado que a esta subscreve, com endereço
profissional localizado à Rua São João, s/n, Cavalhada, Município de Cáceres-MT, vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos termos do art. 9.003 e seguintes, do Código de
Processo Civil, interpor:

RECURSO DE APELAÇÃO

Pelas razões que seguem, requer-se a Vossa Excelência que seja remetido ao exame do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Rio de Janeiro. Ressalte-se, nesta oportunidade, que
a guia de preparo já se encontra devidamente juntada.

Nestes Termos, pede deferimento.

Cáceres/MT, 23 de dezembro de 2017.

Bruno de Jesus Barros

Advogado OAB/MT 0000


EXCELENTÍSSIMOS(AS) SENHORES(AS) DOUTORES(AS)
DESEMBARGADORES(AS) DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
RIO DE JANEIRO

RAZÕES RECURSAIS

APELANTE: RANJIT

APELADO: PHOEBE BUFFAY

PROCESSO N. 00000

JUÍZO AD QUO: VARA CÍVEL DA COMARCA DE CANTO DISTANTE – RJ

EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CÂMARA,
NOBRES JULGADORES,

I – SÍNTESE DA DEMANDA

Cuida-se de reclamação cível proposta pela Apelada contra o Recorrente a fim de


receber indenização moral e material pela perda da chance de participar de um concurso de
música que ocorreria em Rio de Janeiro-RJ. Alega a Recorrida que a perda se deu por conta de
um contrato em que o Recorrente se comprometeria a levar a Apelada da cidade de Canto
Distante até o local do concurso, município/capital Rio de Janeiro-RJ. Todavia, por razões de
segurança, não foi possível transportar a Recorrida em virtude de o Recorrente ter a necessidade
de fazer uma revisão no carro que seria usado para o serviço.
Em contestação o Apelante alegou que a Recorrida agiu de forma errônea e omissa ao
não tomar outro meio de transporte, no caso, totalmente viável pois havia inúmeras outras
formar de ir até o local desejado, o que resolveria sua necessidade momentânea. Portanto, tal
fato retira o nexo causal entre o contrato não cumprido e a suposta perda da chance.

Ao final da instrução processual, o Juízo ad quo compreendeu pela procedência total da


ação, condenando o recorrente ao pagamento de cinco vezes ao valor acordado entre as partes.
Outrossim, alegou que o fato da recorrida poder ter tido outro meio de transporte ao seu dispor
não retira o suposto nexo causal entre o inadimplemento contratual e o dano. Nesse aspecto, o
digno juiz condenou o Recorrente injustamente ao pagamento de um quarto do prêmio final que
seria pago ao vencedor do concurso.

É o relatório.

II – DAS RAZÕES DE REFORMA

A sentença proferida in totum modificada. Conforme os fundamentos a seguir:

A priori, vale destacar que o inadimplemento contratual não decorreu de culpa do


Recorrente, pois o mesmo tomou uma atitude necessária e importante. Ora, ao não cumprir o
contrato, por entender que não seria seguro viajar com carro sem a revisão necessária, o
Recorrente exerceu um direito seu garantido (ainda que implicitamente) pelas normas de
trânsito nacional (e os costumes).

Ao tratar do assunto, o art. 188, I, CC, prescreve que não se constitui ato ilícito o
praticado no exercício regular de um direito, in verbis:

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:


I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um
direito reconhecido;

De outro lado, a doutrina civilista consagra que, para que a perda de chance seja
indenizável é preciso que a chance seja concreta – a oportunidade deve ser certa e indubitável.
No caso em exame, a chance da Recorrida ganhar o concurso concorrendo com 20 MIL
INSCRITOS, é totalmente remota e incerta. Portanto, o Dano incerto meramente potencial é,
por regra, não indenizável.

Além disso, ao analisar o caso o juiz deve fazer um juízo de probabilidade e não de mera
possibilidade. A probabilidade da Recorrida ganhar o prêmio final concorrendo com mais
outros 20 mil inscritos é quase mínima se não impossível. A perda da chance, nesse aspecto,
nem sequer existiu, pois não se trata necessariamente de uma chance. O STJ, no julgamento do
REsp 1104665 RS 2008/0251457-1, traduziu que:

A chamada "teoria da perda da chance", de inspiração francesa e citada


em matéria de responsabilidade civil, aplica-se aos casos em que o dano
seja real, atual e certo, dentro de um juízo de probabilidade, e não de
mera possibilidade, PORQUANTO O DANO POTENCIAL OU
INCERTO, NO ÂMBITO DA RESPONSABILIDADE CIVIL, EM
REGRA, NÃO É INDENIZÁVEL.

Vale ressaltar, além disso, que a Recorrida não tomou nenhuma providência a fim de
evitar que o dano ocorresse, apenas deixou de comparecer no evento como se não houvesse
outra forma de ir para a localidade desejada. Dessa forma, a vítima concorreu culposamente
para que o dano ocorresse (art. 945, do CC), afasta-se qualquer hipótese de indenização em
favor da Apelada.

Pelo exposto, consubstancia-se indubitavelmente que a sentença prolatada pelo juízo ad


quo deve ser substancialmente reformada, pois não se trata de uma real e séria chance perdida.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer aos eméritos desembargadores:

a) A intimação da Recorrida para apresentar contrarrazões recursais


b) Seja o presente recurso recebido, conhecido e provido, de modo a reformar a sentença
atacada e desconsiderar os pedidos da Recorrida;
c) A condenação da Apelada ao pagamento de honorários e custas processuais;

Nestes Termos;

Pede-se deferimento;

Cáceres/MT, 23 de dezembro de 2018.

Bruno de Jesus Barros

Advogado OAB/MT 0000

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