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Aula 05

Arquitetura medieval
O GÓTICO
Profª. Lila Donato

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1. INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO Profª. Lila Donato

O RESSURGIMENTO URBANO
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1. INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO Profª. Lila Donato

O RESSURGIMENTO URBANO

O vigoroso ressurgimento da vida urbana, desde os


começos do século XI, prosseguia a um ritmo acelerado
e a importância das cidades não se fez sentir apenas no
campo económico ou político, mas também noutras
esferas: os bispos e o clero urbano ganham influência; as
escolas catedrais e as universidades ocuparam o
lugar dos mosteiros como centros do saber,
enquanto os esforços artísticos da época
culminavam nas grandes catedrais.
H.W.Janson, História da Arte

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2. COMO SURGIU O GÓTICO? Profª. Lila Donato

O SURGIMENTO DO ESTILO GÓTICO

1 O burguês é um homem
orgulhoso de si próprio e da sua
cidade, não se poupando a
esforços para a embelezar e
engrandecer. Assim, contribui
com quantias avultadas para as
grandes construções urbanas:
muralhas, portas monumentais,
palácios, catedrais…
A burguesia estava empenhada
em demonstrar o seu poder
financeiro, rivalizando com as
elites das cidades vizinhas.
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2. COMO SURGIU O GÓTICO? Profª. Lila Donato

O SURGIMENTO DO ESTILO GÓTICO

2 Esta vontade de promover as


cidades coincidiu com o
surgimento de um novo estilo
artístico, o gótico.
Este surgiu pela primeira vez
na abadia de Saint-Denis,
perto de Paris, quando o
abade Suger mandou efetuar
obras de remodelação e
ampliação do templo (1137).

Abadia de Saint-Denis - desenho

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2. COMO SURGIU O GÓTICO? Profª. Lila Donato

O SURGIMENTO DO ESTILO GÓTICO

3 Uma combinação engenhosa


de elementos arquitectônicos
permitiu então elevar as
construções góticas a alturas
até então nunca erguidas.
As torres dos palácios
comunais e, sobretudo, das
igrejas podiam assim ser
vistas de muito longe,
anunciando a importância do
burgo e das suas gentes.

Abadia de Saint-Denis - interior


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3. GÓTICO: o estilo Profª. Lila Donato

DEFINIÇÃO

GÓTICO
Estilo artístico que dominou a
Europa entre os séculos XII e XV.
Evoluiu da arquitetura românica.
Iniciou no norte da França, entre
os anos 1050 e 1100, e, embora
se tenha desenvolvido em várias
vertentes artísticas (pintura,
escultura, vitral, ourivesaria, etc.),
permaneceu essencialmente ligado
à arquitetura.
Detalhe do afresco Les Démons Chassés d’Arezzo. Giotto.
Anterior a 1300. Assise, Igreja Superior de Saint-Françóis.

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3. GÓTICO: o estilo Profª. Lila Donato

DEFINIÇÃO
GÓTICO
Originalmente se chamava "Obra
Francesa" (Opus Francigenum).

O termo “gótico” só apareceu na


época do Renascimento.
A denominação era como um
insulto estilístico, pois os
renascentistas consideravam a arte
gótica uma arte bárbara,
tipicamente medieval. A palavra
gótico é em referência aos godos,
povo bárbaro-germano.
Ilustração de um rei-guerreiro Godo.
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3. GÓTICO: o estilo Profª. Lila Donato

DEFINIÇÃO

GÓTICO
Por vezes recebe também o
nome ogival, em referência
aos arcos cruzados das
abóbadas.

Arcos ogivais de Notre Dame.

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4. DE ONDE VEM O GÓTICO? Profª. Lila Donato

ANTECEDENTES ROMÂNICO → GÓTICO


O estilo gótico foi precedido na
Europa pelo estilo românico. Este
definia-se pela horizontalidade e
pela obscuridade dos interiores,
fazendo utilização sistemática do
arco de volta perfeita e da abóbada.
de berço.

Oratório Germigny-des-Prés. Oratório Germigny-des-Prés.


Vista externa da basílica. Vista do altar a partir da nave central
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4. DE ONDE VEM O GÓTICO? Profª. Lila Donato

ANTECEDENTES

Mal os artistas românicos tinham conseguido construir com


êxito as abóbodas de suas igrejas e disposto as estátuas de
uma nova maneira, quando uma idéia revolucionária fez
as igrejas normandas e românicas parecerem
desgraciosas, pesadas e obsoletas.
Foi o surgimento do estilo gótico...
Do ponto de vista construtivo, é indubitável que o gótico
continua, aprofunda e conclui a investigação românica,
uma vez que o conjunto românico passa a ser leve e
esguio, um esqueleto construtivo.

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4. DE ONDE VEM O GÓTICO? Profª. Lila Donato

ANTECEDENTES ROMÂNICO → GÓTICO


Algumas construções românicas já
apresentavam vários elementos que
se aproximam do estilo gótico.
Fala-se de um estilo pré-gótico ?
Christ Church Cathedral,
Dublin, Irlanda. Exterior.

Christ Church Cathedral, Dublin,


Irlanda. Interior.
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5. GÓTICO: objetivos Profª. Lila Donato

OBJETIVOS DA ARQUITETURA GÓTICA

louvar a Deus louvar os homens

Deus é luz os pobres que os ricos que


participavam na financiavam a
construção construção

as catedrais são as
as catedrais eram motivo de orgulo para
moradas de Deus
os habitantes das cidades

a expansão das cidades dá-se em torno da


catedral

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6. GÓTICO: características Profª. Lila Donato

GENERALIDADES
Sobre todas as cidades e todos
os burgos cercados de novos
muros, o arranha-céu de
Deus dominava a paisagem.
Tinha sido feito mais alto do
que se podia,
extraordinariamente alto.
Era uma desproporção no
conjunto; mas não, era um
ato de otimismo, um gesto de
altivez, uma prova de
mestria.
(Le Corbusier, 1937 apud BENEVOLO )

The Parish Church of St Mary, Redcliffe,


Bristol, England.
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6. GÓTICO: características Profª. Lila Donato

GENERALIDADES

Com o gótico, a arquitetura ocidental atingiu um dos pontos


culminantes da arquitetura pura.

As abóbadas cada vez mais elevadas e maiores, não se


apoiavam mais em muros e paredes compactas e sim sobre
pilastras ou feixes de colunas. Uma série de suportes que
eram constituídos por arcobotantes e contrafortes possuíam
a função de equilibrar de modo externo o peso excessivo
das abóbadas. Desta forma, imensas paredes espessas
foram excluídas dos edifícios de gênero gótico e foram
substituídas por vitrais e rosáceas que iluminam o ambiente
interno.

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6. GÓTICO: características Profª. Lila Donato

GENERALIDADES
A arte gótica teve na catedral a sua
melhor expressão.
Uma vez que elas deveriam ser
vistas de muito longe, as catedrais
góticas caracterizam-se pela
verticalidade e majestade.

Catedral de Notre Dame, Paris, França.


Mede 145 metros de altura.
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6. GÓTICO: características Profª. Lila Donato

ORIGINALIDADE

inovações nova mudanças na


técnicas estética estrutura formal

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6. GÓTICO: características Profª. Lila Donato

CARACTERÍSTICAS GERAIS
O que imediatamente distingue as
catedrais góticas é a sua elevação e
verticalidade.

O exterior é imponente e profusa-


mente decorado.
O interior é amplo, elevado e
luminoso, de formas arquitectónicas
graciosas e leves, quase sem peso,
quando as compararmos com a
solidez maciça dos interiores
românicos.

Basílica da Assunção da Virgem Maria, Cracóvia,


Polónia.
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6. GÓTICO: características Profª. Lila Donato

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Grandes janelas,
adornadas de magníficos
vitrais, dão ao interior
uma luminosidade coada,
que simultaneamente
deslumbra e convida à
meditação.

“Deus é luz” e essa


vivência espiritual é
deliberadamente realçada
pelo estilo gótico.
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6. GÓTICO: características
ELEMENTOS ESTRUTURAIS
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A - nave central
B - nave lateral
C - pilar
D- arco quebrado ou
arco ogival
6. GÓTICO: características

E - abóbada de ogivas
ELEMENTOS ESTRUTURAIS

F - fecho da abóbada
G - contra forte
H – arcobotante
I - vitral
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6. GÓTICO: características
ELEMENTOS ESTRUTURAIS
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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS
Salisbury - Planta em formato de cruz latina
- Arcos de ogiva, gótico ou quebrado
- Abóbodas em cruzaria
• o cruzamento de arcos diagonais de
Amiens suporte - as ogivas - permite
descarregar o peso não sobre as
paredes, como acontecia no estilo
românico, mas sobre os pilares,
possibilitando a construção de paredes
Chartres mais finas e pre-enchidas por vitrais,
sem afetar a segurança do edifício.

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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS
ARCO OGIVAL
Substitu o arco de volta
perfeita, semicircular,
utilizado na arte românica.

O arco quebrado ou ogival


pode ser “estirado” em
altura, independentemente
da largura da sua base, o que
confere aos portais e às
arcaturas interiores um
aspecto de verticalidade e
elevação.
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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS
ABÓBADAS EM CRUZETA
Deriva da abóbada de aresta e identifica-
se facilmente pelos arcos diagonais de
suporte – as ogivas.
Ao contrário das abóbadas de berço do
estilo românico (que descarregam o seu
peso de forma contínua sobre as
paredes), as abóbadas góticas são
articuladas, isto é, compostas por seções
independentes (tramos).

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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS
ABÓBADAS EM CRUZETA
os arcos de cada tramo desempenham o papel de uma armação,
suportando o peso da abóbada e descarregando-o nos pilares. É esta
concentração do peso em pontos
específicos que permite fragilizar as
paredes, introduzindo-lhes grandes
aberturas preenchidas por vitrais.
- Iluminação (filtrada e colorida)
7. As questões formais e estruturais do estilo • vitrais
• rosáceas
ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS

- Suportes Exteriores
7. As questões formais e estruturais do estilo

• arcobotante
• contraforte
- Verticalidade
ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS

Esquema estrutural de uma


Catedral gótica.
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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS
ARCOBOTANTES
São reforços no exterior aos pontos de
pressão. São compostos de duas partes:
• uma massa sólida, o contraforte (estribo)
• um ou mais arcos
que, a partir do
estribo, se apoiam
nas paredes da nave
central.
Para dar mais força e
estabilidade ao estribo,
este é, muitas vezes,
encimado por um
pináculo.

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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS
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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura

Trancepto quase tão largo quanto o corpo


principal, pouco ou nada saliente.

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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL Acomplexa


abside se tornou muito mais
e maior, ocupando
da fase inicial à fase madura cerca de 1/3 da área da igreja.
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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura

1 Os pilares das arcadas interiores


aumentam em número e são
colocados mais próximos uns
dos outros.

2 Eles se tornam mais finos e


altos, o que, em associação com
o aumento da altura dos tetos,
intensifica a verticalidade.

Nave central da Catedral de Colonha. Observe-


se a verticalidade acentuada.

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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura

1 (que no amadurecimento desaparece) e janelas clerestóricas.


Ordenação das paredes laterais: arcadas, trifório, galeria

2 Nado clerestório,
fase madura ocorre também o alongamento das arcadas e
reforçando as linhas verticais.
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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura

1 Asverticalmente,
janelas, alongadas
ocupavam toda
a largura das paredes.

2 Asimponentes,
rosáceas tornam-se
permitindo uma
iluminação melhor.

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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura


PORTAIS
1 Talhados num corpo saliente
da fachada, que avançava até à
espessura da base dos
contrafortes.

2 Asse mais
arquivoltas ogivais tornam-
esguias. Quando
inseridas nos gabletes, as
arquivoltas ficam mais
acentuadas.
Gabletes: empenas decorativas de
forma triangular, que servem de
moldura e remate.
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7. As questões formais e estruturais do estilo Profª. Lila Donato

ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA
FORMAL da fase inicial à fase madura

Verticalidade realçada pelas torres


sineiras (campanários), que se
elevam terminando em telhados
cônicos ou em flechas rendilhadas,
e que se prolongam ainda mais
com elementos como o pináculo e
as agulhas.

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8. DECORAÇÃO EXTERNA Profª. Lila Donato

Riquíssima decoração externa, com estátuas e altos relevos:

1 2
Arquivoltas
Tímpano

3
Colunelos
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8. DECORAÇÃO EXTERNA Profª. Lila Donato

Riquíssima decoração externa, com estátuas e altos relevos:

4 5

Contrafortes
Mainel

6
Gárgulas

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8. DECORAÇÃO EXTERNA Profª. Lila Donato

Riquíssima decoração externa, com estátuas e altos relevos:

7 8
Arcobotante

Pináculo
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9. INSERÇÃO NO ENTORNO Profª. Lila Donato

Os contrafortes afastados
das paredes prolongam a

Notre Dame, Paris


volumetria das catedrais
para o espaço circundante.

Contráriamente, no alto das


torres e telhados pináculos
e flechas dirigem o olhar
para o céu.

Chartres

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10. AS 4 FASES DO GÓTICO Profª. Lila Donato
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10. AS ESCOLAS GÓTICAS Profª. Lila Donato

FRANÇA INGLATERRA
Foi o modelo a partir do Prevalência das catedrais
qual se desenvolveu o monásticas, de corpo
estilo. Foi seguido em vários alongado, aberturas
países – Gótico menores, cabeceiras
Internacional quadradas e tranceptos
duplos.
Catedral de Amiens, França

Catedral de Westminster,
Londres

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10. AS ESCOLAS GÓTICAS Profª. Lila Donato

ALEMANHA ESPANHA
Igrejas salão, pois têm o espaço Teve um estilo muito
interno unificado. É denominano particular devido ao uso de
estilo Hallenkirchen. elementos decorativos de
Seguem o modelo francês, mas influência árabe – estilo
suas torres são muito mais altas. plateresco.
Catedral de Regensburg,

Catedral de Barcelona,
Alemanha.

Espanha
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10. AS ESCOLAS GÓTICAS Profª. Lila Donato

ITÁLIA
Surge tardiamente. Mantém Catedral de Florença, Itália.
poucas aberturas nas paredes,
e executa pintura mural em vez
do uso dos vitrais. É chamado
gótico flamejante.

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