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Fichamento texto: Arte da África

Peter Junge

 “A exposição exibe mais de trezentas peças da coleção africana do Museu Etnológico de


Berlim, cujos 75.000 objetos formam um dos mais importantes acervos africanos do mundo inteiro.”
 “Em quantidade e qualidade variáveis, a coleção cobre todo o continente africano [...] suas
coleções do reino do Benim, da República dos Camarões, da região do Congo e da África Oriental.”
 “não se restringe a esculturas figurativas e máscaras, mas apresenta também obras
importantes da cultura cotidiana, [...] seu significado religioso distinto está firmemente ancorado na
consciência dos artistas e das pessoas da respectiva cultura (cf. Koloss, Africa. Art and Cultura 2002:
11 ss.)”

Existe uma arte na África?


 A exposição “Arte da África” “usa deliberadamente a preposição “de” para descrever um
grupo de objetos de arte originários da África e apresentados na Europa [...]. A pergunta se na África
também se considera arte o que é recepcionado como tal na Europa é uma questão controversa no
universo acadêmico.”
 “nas culturas “tradicionais” da África, as obras de arte não foram criadas com vistas a elas
mesmas, mas somente seriam compreensíveis a partir do seu fundo religioso ou social.”
 “são, em primeiro lugar, um relato da história da cultura – inclusive da história da arte – de
uma determinada civilização. [...] o papel dos antepassados e o seu significado para a integração da
sociedade. [...] Mas ela só pode funcionar como signo se puder ser identificada como tal pelos
membros da sociedade.”
 “o fato de as obras de arte desempenharem uma função específica num contexto cultural não
as distingue da maioria das obras criadas na Europa desde a Antiguidade.”

A recepção europeia da arte da África


 “a maioria das esculturas figurativas u das máscaras [...] caracterizavam-se pela abstração e
por um tratamento da livre forma.”
 “A crise na cultura europeia nos anos que precederam a Primeira Guerra Mundial”:
“necessidade de uma ruptura com a tradição [...], admiração desses artistas de vanguarda era
provocada pelo suposto primitivismo, pelo “vigor originário”, força mágico-religiosa.”
 “ideia da arte da África considerada positivamente como “originária”, “animada com força
mágica”, atravessa todo o século XX e, ainda hoje, define a sua imagem na mente d emuitos
frequentadores de museus e colecionadores na Europa.”
 “museus e exposições, como lugares de transmissão de informação sobre contextos culturais
diversos e os respectivos critérios estéticos [...], alcançaram pouco êxito nesse tocante.”
 “o próprio lugar também se estrutura como obstáculo, à medida que submete obras africanas a
uma transformação radical. Arrancados do seu contexto originário, adquirem outra identidade: tornam-
se peças de museu [...] destruição do seu contexto original.”
 “a recepção da arte da África pelos Europeus moveu-se essencialmente no âmbito das
imagens que a Europa fez e faz da África, submetida a critérios europeus de avaliação.”

Artistas
 “As máscaras ou esculturas não erma produzidas para um mercado de arte anônimo ou para
uma galeria que comercializava as obras, mas para um cliente concreto ou para uma ocasião
determinada.”
 Os artistas desempenham seu “trabalho segundo critérios iconográficos e estéticos e mede a
sua máscara pelos modelos de outros artistas [...], deixava espaço para soluções individuais.”
 “Nos últimos cem anos, a pesquisa etnográfica frequentemente ignorou a pessoa do artista. [...]
Os objetos representam sobretudo um grupo étnico.”

A exposição
 “três núcleos temáticos: [...] escultura figurativa, [...] os considerados componentes das artes
performáticas, [...] objetos de uso que apresentam uma dimensão adicional, estética, em virtude de sua
forma especifica.”

Aspectos da história da arte


 “evolução da arte de culturas africanas [...] inconcebível pensar que a arte não tenha
experimentado nenhuma transformação nesse processo”: “remonta à ideologia do período colonial,
que considerou como estagnadas as culturas africanas.”
 “ideia da ausência de historicidade das culturas africanas”: “as culturas africanas constituíam
resquícios de um passado, ao qual não se concedia um desenvolvimento ulterior nem no processo da
colonização.”
 “formação de uma visão das transformações históricas da arte de civilizações africanas”:
“revelam também um intercambio fecundo entre essas culturas no decorrer desse longo período.”
 “Relações e intercambio de formas artísticas que, na África, quase sempre caminham de mãos
dadas com contatos econômicos com o universo extra-africano.”
 Superação da “ideologia colonialista, em cuja perspectiva a África não era somente um
continente em estagnação sem evolução histórica, mas ao mesmo tempo um continente isolado.”
 “intercâmbio cada vez mais intenso de formas artísticas”: “aumentou a produção par ao
comercio de obras de arte”
Esculturas figurativas
 “Seria errôneo atribuir a todos esses objetos uma função religiosa ou magica”, por exemplo,
objetos que “constituíam materializações do poder monárquico”
 “sociedade nas quais os objetos podem assumir simultaneamente funções de todas essas áreas,
sem deixar de ser obra de arte.”

Arte e poder político


 “Várias obras de arte da África estão diretamente vinculadas ao sistema de dominação:”
“espectro das variações de função”
 “Os reis e as suas decisões estavam inseridos num sistema de controles e apoios, [...] a sua
legitimidade estava vinculada ao bem-estar da comunidade.”
 “A arte dos reinos aqui descritos encontra a sua expressão mais importante na representação
comemorativa dos reis ou chefes, das rainhas-mães e dos antepassados reais.”
 “As imagens representam a contribuição da realeza e legitimavam o soberano vivo, referindo-
se aos seus antepassados.”
 “Decorações palacianas [...] são expressão e representação do poder e dos privilégios reais.”

Retratos
 “Observadores europeus [...] encontram dificuldades em ver retratos nas esculturas africanas”:
“são representações de pessoas individuais [...], sabia exatamente diante de qual altar ele estava e
quem era a pessoa representada pela cabeça.”
 “concepção de individualidade distinta da que se desenvolveu na Europa [...], uma pessoa era
definida pelo seu status social, pela filiação a um grupo e pala sua integração num sistema de regras
culturais [...], inclui, em grau muito menor, traços individuais exteriores.”
 “a representação de traços individuais de um retrato não deve ser diretamente compreensível
para pessoas pertencentes a outro universo cultural.”

Arte para manter o mundo em equilíbrio


 “A visão de mundo de culturas africanas não conhecia apenas o mundo terreno dos vivos. [...]
As relações entre os dois mundos são estreitas e multiformes.”
 “Imagens de antepassados não são apenas representações [...] o lugar no qual o espirito do
antepassado pode estar.”
 “O culto dos antepassados propiciava uma vida em consonância com as representações
culturais”

Performance
Máscaras
 As máscaras africanas “não eram formas expressivas de uma arte primitiva, tampouco eram
representações de rostos humanos.”
 “na sua maioria, são representações artísticas de seres, sejam eles espíritos auxiliares, forças
personificadas da natureza, seres que intermediam entre o mundo dos homens e o mundo dos deuses e
antepassados e, às vezes, são também representações de tipos humanos.”
 “as coleções d museus dão uma imagem distorcida da arte das máscaras nas culturas
africanas.”
 “Seu desfile são formas de manifestação de sistemas distintos de educação, ensino,
entretenimento, integração social, cultural e econômica, mas também de controle social, incluindo as
funções judicial e punitiva e o exercício e regulação do poder politico.”
 “O desfile cumpria funções distintas”: “evocação dos mortos, para homenageá-los e entreter
espectadores, [...] combate à bruxaria [...], entretenimento e ensinamento, [...] iniciação, [...] saber
cultural.”
 “Os portadores da uma mascara não eram percebidos simplesmente como pessoas
fantasiadas”: “Na consciência de quem as usava e dos espectadores, o próprio antepassado ou espirito
se manifestava.”
 “Nos museus são expostas e apreciadas como esculturas”: “reinterpretação de um objeto da
cultura material como um objeto de museu por um observador de outra cultura”
 “as máscaras talhadas também constituem um viés das artes plásticas, podemos caracterizar
melhor como performance”: “permanece inacessíveis à experiência espontânea de observadores
europeus.”

Música
 “instrumentos musicais, pertencem ao âmbito das artes performáticas e da dança.”
 “a seleção dos instrumentos musicais levou em conta, sobretudo, a sua forma específica.”

Design
 “objetos que se caracterizam pela sua forma especial.”
 “Na África não existiu uma separação entre a arte, artes plásticas ou design”: “em termos de
produção, no apreço social e mesmo na preservação e exposição em museus”, não “podemos
reconhecer uma distinção entre objetos destinados unicamente ao uso, indicativos do status ou aqueles
que também desempenham uma função protetora”
 A exposição pretende “chamar atenção para o amplo espectro e a impressionante qualidade da
elaboração artísticas dos objetos de uso, independente das suas funções praticas, rituais ou socialmente
orientadoras.”.

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