Вы находитесь на странице: 1из 19

UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

O USO DAS TECNOLOGIAS COMO APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-


APRENDIZAGEM

Projeto de pesquisa apresentado na disciplina do


Projeto Integrador para o curso de Pedagogia da
Fundação Universidade Virtual do Estado de São
Paulo (UNIVESP).
PAULA, Maria Erinalva Costa de; LIMA, Rodrigo de
Oliveira; AGUIAR, Danilo Paraiso de; SANTOS,
Mariane Rodrigues dos
Possibilidades de Trabalho e do Uso das
Tecnologias Como Apoio ao Processo de Ensino e
Aprendizagem - (Licenciatura em Pedagogia) –
Universidade Virtual do Estado de São Paulo

Tutora: Mary Selma Alves Bull

Guarulhos – SÃO PAULO


2019
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

O USO DAS TECNOLOGIAS COMO APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-


APRENDIZAGEM

Tutora: Mary Selma Alves Bulla

Apresentação do Projeto Integrador

Guarulhos – SÃO PAULO


2019
RESUMO

O presente estudo tem como objetivo desenvolver o uso das tecnologias no apoio ao processo
de ensino e aprendizagem. Durante o período escolar do ensino fundamental I mais
precisamente no quinto ano propusemos o desafio de interação tecnológica através de recursos
disponíveis como ebooks, tablets, celulares e computadores de mesa atividades integradoras
que visassem tanto o relacionamento com o professor como também com matéria e o currículo
oficial. A busca foi por um aumento de percepção por parte dos alunos sobre os temas
abordados em pesquisas realizadas por eles nestes consoles digitais.

PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias; Ensino- Aprendizagem; Metodologias Ativas

SUMMARY

The present study aims to develop the use of technologies to support the teaching and
learning process. During the elementary school period I more precisely in the fifth year we
proposed the challenge of technological interaction through available resources such as ebooks,
tablets, cell phones and desktop computers integrative activities that aimed at both the
relationship with the teacher as well as with subject matter and the curriculum official. The
search was for an increase of perception on the part of the students on the subjects approached
in research done by them in these digital consoles.

KEY WORDS: Technologies; Teaching-Learning; Active Methodologies


INTRODUÇÃO

Este relatório final pretende demonstrar que capacidades e habilidades dos alunos dos
alunos do quinto ano podem ser desenvolvidas através de consoles digitais tais como ebooks,
tablets, smartphones levando em consideração que seu aprendizado real, bem como sua cultura
esteja sendo correspondida em ambiente escolar. De acordo com Henri Wallon a personalidade
da criança se desenvolve pela afetividade (Wallon, 2005) e o aluno busca no professor uma
afeição para se sentir motivado no seu desenvolvimento. Nesse sentido a escola deve e pode
favorecer a disposição do aluno em demonstrar como funciona para ele jogos digitais, pesquisas
virtuais e toda a plêiade de recursos que conhecem na troca de aprendizagem com o professor.
Pois é nesse sentido que esperamos desenvolver propostas de ensino elaboradas na
relação teoria e prática com o claro objetivo de melhor entendimento entre as tecnologias
disponíveis na condição de reforçadora de ensino. Corroborando ao nosso trabalho, Burrhus
Frederic Skinner nos ensina que o ambiente produz efeito sobre o indivíduo que aprende sem
mesmo ser ensinado. (Skinner, 1968.p.3) Dessa forma, percorreremos este caminho a fim de
melhorar o ambiente de ensino aprendizagem no sentido de promover um espaço mais completo
para o acontecimento da interação entre alunos e professores.

METODOLOGIA

De acordo com Henri Wallon o eixo principal no processo de desenvolvimento é a


integração dos sentidos. Para o autor é preciso recorrer ao cognitivo, afetivo e demais
habilidades motoras, para o desenvolvimento da reflexão, do pensamento sem os quais tanto o
trabalho do professor como da escola ficam limitados. Dessa forma é imprescindível prover
meios de interação e diálogo entre aluno, professor e escola, sempre relacionado a família para
uma investigação mais profunda identificando as dificuldades de cada aluno individualmente.
Para Burrhus Frederic Skinner durante o processo de ensino-aprendizagem, uma máquina de
ensinar, por exemplo, pode vir a ser um dispositivo que implementa a instrução programada.
(SKINNER,1968, p. 3) Com isso, corrobora a tese de que é possível incrementar a sala de aula,
repleta de instrumentos tradicionais às novas experiências tecnológicas. Elas podem se
complementar. Nossa contribuição vai de encontro ao potencial existente nas tecnologias
aplicadas ao ensino de maneira que cada aluno seja alcançado através de seus próprios
smartphones, computadores, tabletes e demais recursos que conectem a transformação.
DIRETRIZ METODOLÓGICA

A Metodologia aplicada neste estudo teve caráter empírico, que foi realizada através de
pesquisas com levantamentos de estudos sobre o assunto, em artigos, vídeos e visitas técnicas,
teve como embasamento as disciplinas de Psicologia da Educação, Didática, Políticas
Educacionais e Metodologias ativas de Aprendizagem, o objetivo é analisar e observar
fisicamente as escolas trazendo as possibilidades com fundamento nas pesquisas. Em visita
técnica, foi observado que a escola consultada dispõe de sala de computação com 14
computadores, todos em funcionamento, a escola pode utilizar-se das TICs. Com esse recurso
poderá fomentar a interação dos alunos em sala de aula, como também de professores, assim
formando grupos de pesquisas em diversas disciplinas. Sugere-se, inicialmente, o uso dos
celulares para acessar filmes no youtube, como também aplicativos e softwares de meios para
montagem de vídeos.
Também se observou uma sala de estudo que contempla materiais pedagógicos,
espalhados com vários desenhos pedagógicos colados nas paredes. Esses materiais poderão
favorecer no ensino de reforço nas disciplinas Geografia e Língua Português utilizando uma
didática mais específica e criativa.

A escola poderá formar seus professores no Design Thinking, que é um meio para é o
conjunto de ideias e insights para abordar problemas, relacionados a futuras aquisições de
informações, análise de conhecimento e propostas de soluções. O intuito é de resolver os
diversos entraves, entre eles, o trabalho ainda muito individualizado dos professores. Visto que
esse método utiliza planos de ação em grupo, desenvolvendo a criatividade do indivíduo, e é
ferramenta bastante qualificada na preparação de materiais. Sem dúvida, é um modo de
trabalhar em cooperação com os demais colegas, construindo conhecimento coletivo e
participativo onde todos aprenderão uns com os outros
Entendemos que, professores abertos à inovação agem com mais autonomia e iniciativa
para novas possibilidades de pesquisas. Sempre usando programas específicos para suas
disciplinas, monitorando e orientando os alunos é possível estar conectado com o mundo atual
e conectar o aluno ensinando-o a se conectar a qualquer tempo ou lugar. Pode-se iniciar Design
Thinking em sala de aula, dar continuidade nos laboratórios e bibliotecas como também
prosseguir em casa. Sem dúvida uma fonte inesgotável de curiosidade para o aprendizado.
O professor pode apresentar um problema-desafio e os alunos poderão por sua vez
propor uma solução a partir de uma discussão iniciada e tratada por eles mesmos num processo
em que suas habilidades e conhecimentos ganhem mais autonomia à medida que vão se
desenhando resoluções. Imaginamos dessa forma, contribuir para o desenvolvimento da
capacidade de pensar criticamente e trabalhar em grupo, interagindo e superando os
preconceitos, a timidez e a própria insegurança de se expor em público, que mais uma vez o
ajudará a adquirir autonomia, conseguindo resolver problemas.
A grande vantagem é que cada aluno aprenderá em seu próprio ritmo, e quando surgir
dificuldades para realizar uma tarefa em sala, contará com a ajuda do professor e dos colegas,
como pode ser visto constantemente nas propostas wallonianas em que o desenvolvimento da
pessoa se faz a partir da interação do potencial genético, típico da espécie e uma grande
variedade de fatores ambientais e com a interação da criança com o meio.
Mais um método que contribui bastante nesse processo são as aulas invertidas, centradas
no estudante, no qual aprende melhor quando interage com outras pessoas e com seu objeto de
aprendizagem: nas aulas invertidas é valorizado a experiência que o professor já tem, adaptando
a nova proposta ativa, entendendo essa lógica ele irá mudar a forma de se relacionar com o
aluno, utilizando-se de uma didática mais sensível (saber aprender para ensinar melhor),
conduzindo uma discussão de caso baseado em um projeto de equipe, abrindo espaço para o
estudante trazer seu interesse de estudo. Tem-se em vista a competência intelectiva, por já trazer
em si o costume de refletir ele passa naturalmente esse hábito para o aluno, tornando-o um
indivíduo mais ativo, não descartando a Competência Emocional do docente que também
trabalha o autoconhecimento, disseminando tranquilidade e segurança no grupo.
O Ensino Híbrido

O Ensino Híbrido, ou blended learning, é uma das maiores tendências da Educação do


século 21, que combina o ensino presencial com o ensino online, integrando a Educação com a
tecnologia, que já está presente na vida dos estudantes. Ele envolve a utilização das tecnologias
com foco na personalização das ações de ensino e de aprendizagem, apresentando aos
educadores formas de integrar tecnologias digitais ao currículo escolar.1

1
Disponível em: https://educacao.estadao.com.br/blogs/colegio-prudente/ensino-hibrido-e-a-sala-de-aula-
invertida-o-aluno-como-protagonista-do-proprio-aprendizado/ Acesso em 02.07.2019
No nosso dia a dia foi utilizada essa ferramenta para os alunos pesquisarem as redes de coleção
de esgoto e como eles são recebidos pela empresa saneadora. Logo após realizamos visita a
rede subterrânea da Sabesp para acompanhar de perto os desafios do saneamento básico.

DESENVOLVIMENTO

O uso de tecnologias em sala de aula e nos processos de aprendizagem é uma missão a


conquistar. No ensino fundamental é bastante interessante envolver tal tecnologia para
compreender melhor os fenômenos das dificuldades cognitivas. Pois é nessa fase propicia de
agitação, impulsividade, e inquietação que muitas dificuldades surgem. O aluno neste caso pode
até mesmo tornar-se desatento, confuso e desmotivado. Em alguns casos até agressivo,
perdendo o gosto pelo aprendizado e sentido preguiça para ir à escola, nessas situações o
professor precisa estar atento e ser sensível para perceber a individualidade de seus alunos.
Manter o equilíbrio emocional é fundamental para avaliar com cautela o contexto da sala de
aula, pois na maioria dos casos essas dificuldades de relacionamento e afetividade por parte de
alunos e professores pode resultar em rivalidades. Nesse sentido, professor deve exercer o papel
daquele que possibilita ao aluno um melhor acesso ao conhecimento; até que ele obtenha um
grau de autonomia, estabelecendo uma aproximação que resulte em confiança e motivação.
De acordo com as Professoras Margareth Castro e Marilza Regattieri

Do ponto de vista dos alunos, a escola é percebida como um espaço de


relações social e humanas. De imediato, a escola é uma etapa
obrigatória da vida, as crianças são levadas a ela pelos pais, que
entregam seus filhos aos cuidados dos profissionais da escola para
passarem ali algumas horas do dia. Nesse lugar, para os alunos,
instituem-se algumas relações com adultos que em princípio detêm uma
autoridade em parte delegada pelas famílias, em parte derivada da
definição institucional e jurídica da escola. Durante a jornada escolar,
os alunos não são totalmente livres, eles têm que enfrentar rotinas,
horários e atividades determinadas por outros e realizadas em espaços
previamente determinados. (CASTRO, 2009, p. 101)

Na cidade de Guarulhos tem se verificado muitas escolas com um número significativo


de baixo índice de aprendizagem. Em 2017 dois projetos sendo eles Mais Educação e Mais
Alfabetização, para os anos de 2017 e 2018, novos educadores foram contratados para trabalhar
com aulas de reforço para os alunos mais necessitados. As aulas aconteciam nos horários
regulares, e esses profissionais, professores auxiliares, ficavam em sala junto com o professor
titular formando uma parceria direta. Esse foi um esforço em que a proximidade de professor
e aluno gerou maior satisfação no processo de ensino-aprendizagem com mais atenção e
carinho inclusive nas disciplinas de Português, Matemática e Inglês. Ainda que, em virtude da
falta de verbas, o projeto tenha sido encerrado, o modelo permaneceu como exemplo a ser
adotado.
Tornar um aluno como um agente ativo, com poucos recursos é uma tarefa difícil que
exige da instituição e dos professores vontade, interesse e criatividade. A relação pedagógica
entre professor e aluno tem uma finalidade bem específica e bem definida que se estrutura para
garantir o conjunto de saberes. O professor deve enxergar o aluno como um indivíduo com suas
necessidades e não como uma ameaça ou um empecilho para o seu trabalho.
É comum encontrarmos nas escolas o relato da coordenação escolar sobre a dificuldade
e interesse de alguns professores em ministrar suas aulas; sobre o despreparo e até mesmo a
falta de vontade de profissionais que deveriam no ensino de crianças e adolescentes. Este
estudo pretende contribuir em conjunto a UNIVESP ao objetivo de refletir sobre as
Possibilidades de Trabalho e do Uso das Tecnologias como Apoio no processo de ensino de
maneira mais efetiva. Ajudando os alunos com suas dificuldades, evidenciando que os
professores tenham mais clareza das realidades e das necessidades de seus alunos, num processo
de transição com mais eficácia para que possam alcançar grandes avanços, objetivando suas
conquistas, como o direito a educação que vai além do ambiente escolar, que interfere na
família, no convívio social e em outras realidades, é um espaço para superar limites, criar ideias
e reproduzir saberes. Nesse sentido a escola é uma aliada da família na construção do ser
humano. Para isso as relações afetivas com seus familiares, professores e amigos se mostram
fundamentais no processo de novas descobertas e socializações dos alunos, e o professor é um
grande colaborador, sendo referência para alargar essas possibilidades de interações pessoais
por meio de descobertas afetivas.
Pois ainda é bastante comum ver nos colégios agressões cumulativas, repetitivas que
tem o objetivo de desgastar uma vítima escolhida. Nesse processo de agressão forma-se uma
verdadeira teia de vulnerabilidade com implicações e consequências no conjunto como um
todo. Pois forma-se um curso de agressões, de uma violência em espiral que gera a perda da
confiança do grupo num sistema mais humano e equilibrado. A intensa e preocupante situação
de violência nas escolas está reforçada muitas vezes na incapacidade de respostas dos adultos
permeados por ações superficiais e removedoras das ações naturais que não se esperam no
processo educativo.

Adultos em miniatura ou Adultos infantis?

A autoestima é oriunda dos processos orgânicos, sociais e psíquicos em que a família e


a escola se compõem em um todo coeso e conexo. A participação da família no processo ensino-
aprendizagem não é apenas um estímulo dado pelos educadores, mas peça fundamental da
composição dos fenômenos que ocorrem no entendimento dos jovens em temas cotidianos dos
mais variados. É nesse contexto que aparece uma situação bastante curiosa que é o
amadurecimento precoce dos estudantes combinada a imaturidade de pais quando não
conseguem se posicionar num diálogo de confiança e de afetividade em que se sintam capazes
de romper barreiras em direção a satisfação pessoal.
Os efeitos da responsabilidade de um amadurecimento precoce deturpam os níveis de
ensino e revela que trabalhadores, desempregados, donas-de-casa, portadores de necessidades
especiais, de origem rural e urbana, de etnias diferentes estão imbricados em inevitáveis e
variados conflitos sociais em que a baixa autoestima se estabelece na invariável condição
estrutural desfavorável no caminho de realização pessoal.
Para que se conquiste o espaço tão desejado na sociedade de consumo do século XXI,
as lacunas das desigualdades econômicas são por vezes ignoradas e reduzem a orientação e
missão da escola na oferta estrutural e sólida da formação desses jovens estudantes. Ainda que
a tecnologia digital possa ser um diferencial, através da acessibilidade e capilaridade, ainda não
há panaceias no processo ensino-aprendizagem. A informação como parte do processo
educativo e não a formação e si continua requerendo desenvolvimento de capacidades
cognitivas fruto de um conjunto de habilidades que permite às crianças e aos jovens assumir
gradualmente sua autonomia e enfrentar os desafios futuros de maneira mais produtiva e
colaborativa. Bastante diversos portanto das informações geradas por algoritmos que insistem
em ocupar o lugar de sucesso na educação.
Neste impasse, como as escolas farão para promover habilidades humanas que não
possam ser replicadas por robôs? Como garantir que características humanas como imaginação,
responsabilidade e inteligência emocional?
O aumento de expectativa de vida além de dado consolidado tem gerado a permanência
prolongada dos adultos no mercado de trabalho. Isto é mais um golpe na vida de quem precisa
iniciar uma longa rotina de experiência. Agora num ambiente em que a experiência gera mais
impasses. O novo e o antigo se encontram no mesmo ambiente produtivo. Gerando uma
verdadeira simbiose das muitas habilidades que colidem com a oferta de empregos disponíveis.

O conflito de gerações

De acordo com o sociólogo James Coleman o conflito de gerações demarca que o


exercício de força sobre os jovens decorre da posição minoritária que estes últimos estão em
relação a sociedade. De acordo com o autor é construída uma versão de infância e mesmo de
adolescência segundo os ideais de dependência como elemento de crise de identidade que se
justificaria através da conotação de subcultura de minoria. As escolas por sua vez trariam pouca
influência sobre a realização da criança, justamente porque ela está independente do contexto
social geral, o que significa que as desigualdades impostas a eles têm lugar no seu ambiente
familiar, de vizinhança e de pares. São desigualdades com as quais eles confrontam, inclusive
na vida adulta. Isto é, mesmo após ter vencido a etapa da escola. (SALEJ, 2005)
A sociedade de massas em que a grande maioria da população está envolvida na
produção, na distribuição e no consumo de bens e serviços, seguem modelo de comportamento
generalizado. Interagem ao meio político e cultural por meio do uso dos meios de comunicação
e também ressignificou a infância e também a adolescência. À medida que a rua se tornou o
espaço por excelência de convívio de crianças e jovens sem a instituição da família, passou a
ser o espaço ambivalente de aprendizado de sobrevivência e fonte de renda, como também da
delinquência e dos vícios. O imaginário negativo do espaço público continua a produzir o
marginalizado, aquele fora das regras do convívio social, o irresponsável de uma contracultura
improdutiva. Elementos atrelados a crise de autoridade dos pais numa sociedade que
desnuclearizou a família, inclusive pela força do capitalismo e das relações de consumo.
Produziu o imediatismo e a efemeridade da educação pela alternância de referenciais da
sociedade pós-moderna.
O enfraquecimento da figura pai, por exemplo, está repleta de significados no mundo
pós-moderno. Justamente por produzir relações horizontais, nem sempre simétricas que, ganha
conforto, consolo, alívio, no consumo desenfreado, no excesso de informações e na produção
da efemeridade. (COSTA, 2008)
O Psicanalista Contado Callegari notou em suas consultas clinicas que os pais de hoje
em dia costumam vestir seus filhos como se eles fossem pequenos adultos de férias. Aqueles
que não tem obrigação com o mundo real da disputa. Um verdadeiro alter ego, uma projeção
de si sobre meninos e meninas que pode demonstrar como a lógica da projeção do desejo ideal
de felicidade que eles mantêm sobre os filhos e que têm dificultado as relações. (CALLIGARIS,
2013) A transmissão entre adulto e não-adulto não está mais bem demarcada. Ainda que, os
não adultos, desenvolvam uma universalidade de conceitos típicos da adolescência que
replicam o comportamento um do outro na mesma geração, na linguagem das tribos se encontra
o distanciamento das gerações anteriores, desenvolvendo conteúdos culturais oriundos de seus
mesmos valores.
Cotidianamente mudanças constantes submetem esses jovens a uma alta performance,
de amplo dinamismo e de ordem imediata. Com desafios de um futuro indeterminado, o
monolitismo cultural, isto é, a cultura fixada e sem transformação imediata como encontrada
no início do século XX, vai perdendo seu significado. Pais admitem aprender com os filhos, e
adultos por vezes parecem não ter qualquer problema em afirmar que as crianças e os jovens
ensinam coisas novas. Uma verdadeira rendição as tecnologias da informação que demonstram
ser o lócus educacional, com a ultra precisão do relógio. O século XXI, tem transformado
infância e idade adulta na atualidade em novos tempos que levam em conta não apenas os
registros biológicos e psíquicos, mas igualmente os registros históricos, sociológicos e
institucionais e sobretudo de reviravolta da ordem familiar que segue de ponta-cabeça sem o
porto seguro da monoparentalidade. (KEHL, 2008).
A experiência dos alunos está diretamente marcada pelas ocorrências históricas e sociais
das sociedades contemporâneas. E que de alguma forma poderiam estar mais harmonicamente
integradas se não houvesse como agora uma verdadeira sobrecarga no indivíduo. Justamente
no seu momento de passagem para o universo adulto, a expectativa de inserção ou integração
social tem interferido na natureza dos seus processos subjetivos, universais, e levado a uma
transmissão de disputas, novamente com nítida tensão e poder. (MATHEUS, 2007)
Tecnologia e o Uso no Ensino-Aprendizagem

É notável observar que em boa medida, a juventude em escala mundial, mesmo nas
especificidades de seus países, se mostra notadamente contrária e, por vezes, indiferente à
academia como instrumento de leitura da realidade. Cada vez mais, a juventude interconectada
pelas redes de relacionamento sociovirtual despeja continuamente os relatórios de suas vidas
em narrativas progressivamente curtas e velozes, na instantaneidade de 140 caracteres:
conflitos, confrontos e suas resistências que consistem em mostrar à realidade, sua notória
relação de divergência, incongruências e até́ apatia. Temos cálculos bastante razoáveis em
relatórios qualitativos e quantitativamente expostos, em temas, assuntos e temas que atraem os
jovens em suas defesas de dissertação e tese; optam, maiormente em demonstrar o seu grau,
por vezes ampliado, de descontentamento com a vida real, preferindo: distanciar-se dela e,
sobretudo recrudescer análises comparativas e combinatórias aversivas à práxis
consideravelmente nas Universidades de público jovem de classes A e B.
Pode haver um problema residindo, justamente, em uma tábula rasa que faz a juventude
indistintamente ser unívoca e homogênea. O ser, ter, viver no consumo de padrões, artigos,
produtos e conhecimentos desconexos e por vezes não instrumentais à sua vida e no cotidiano
que vive, ainda não implicam, necessariamente, em um problema social ou de classes como
trataria o materialismo histórico. A juventude do novo milênio tem, em dados positivos, uma
realidade transformada e processada de um século XX, de uma geração anterior, sumamente
marcada por duas grandes guerras, e outros conflitos, que marcaram toda essa geração: em
tradutores de uma realidade, preocupada com a dialética, e assim, menos endurecida em planos,
aí já decodificados, nas suas intenções por posse e controle de poder.
Dessa forma, os ambientes de conhecimento, como as Universidades, tiveram de
fomentar/contar com a formação de profissionais que lessem o século XIX, para interpretar e
auxiliar os seus contemporâneos a encontrarem saídas àquela permanente escalada, busca e
manutenção por controle e poder que se assistiu na Guerra Fria. Entretanto, vemos alguns
reveses. E, o século XXI tenta ler o século anterior, ainda sem muitos avanços. Certamente,
podendo-se caracterizar analogamente, ao Mal-Estar da Civilização como tratou S. Freud no
início do século XX, e que parece estar atualizadamente com os jovens do século XXI.
A construção por esses jovens de estruturas que permitam acesso a melhores condições
e qualidade de ensino se tornou factível dentre a multiplicidade das determinações econômico-
sociais. Assevera-se que o capital humano obtido com o desenvolvimento econômico possa ser
preservado qualitativamente e permanentemente na formação desses jovens e da geração do
novo milênio que vem aí.
Novamente, a questão é ainda pode haver permanentemente mobilização por melhores
condições de desenvolvimento humano nesta nova geração do século XXI no Brasil? Ainda é
possível falar em formação consciente de representação nacional, em uma juventude ingressada
em realidade econômico-financeiro nova? Ainda é possível falar em educação dialética?

Desenvolvimento Disciplinar

Na escola Valdomiro Pompeu, localizada em Guarulhos, foi observado muitos alunos


do Ensino fundamental, 5°ano, que para eles as mudanças representam um grande desgaste
emocional. Desta maneira foi colocado em foco nesse estudo as dificuldades de adaptação e
relacionamentos entre alunos e professores, os alunos se sentem rodeados de cobranças diante
das novas responsabilidades, tendo em vista diversos fatores. Sendo como ponto Central
analisar se os professores estão se preparando adequadamente com as novas metodologias e
estratégias para ajudar essas crianças.
Nas relações entre professores e alunos, são permeadas por saberes, é pelo
conhecimento escolar que o professor detém o que os alunos precisam aprender. (Marin.2010
p.25). Conforme acontece a interação entre professor e aluno o relacionamento vai
possibilitando aproximação e confiança, gerando mudança de comportamento. Quando o
“professor já traz consigo uma didática” própria, em que possa ter adquirido com a vivencia
nas situações com professores que ensinaram bem e ele aprendeu enquanto aluno, ele consegue
detectar as complexidades para ter o controle e se posicionar adequadamente, (Alda
Marin.2010p.19) Trazendo uma didática já adquirida, representa uma qualidade para o
professor dar uma boa aula, interagir com seus alunos e despertar neles o interesse necessário.
O professor como qualquer profissional, cujo desempenho deve contar com a reflexão
sobre o que se faz e porque se faz, precisa recorrer a determinados referenciais que os guiem,
fundamentem e justifiquem sua atuação,( Solé.p.19 ) Considerando o papel e o poder do
professor é necessário ressaltar que há outras pessoas inteligentes na escola além dos
professores, e que também existem outros fatores que impedem a qualidade escolar, pois a
escola é habitada por diferentes profissionais e protagonistas como funcionários , gestores, pais,
entre outros, sem reflexão de conjunto, a transformação dos processos escolares ficam
limitadas, deste modo, esse estudo tem a pretensão de reconhecer e evidenciar como a
afetividade pode interferir no processo de aprendizagem.
O Objetivo é apresentando possíveis soluções no acolhimento e na motivação dos
estudantes nas novas escolas com discentes abertos a inovação.
O professor deve praticar um pensamento estratégico, a medida em que ele poderá ser
capaz de dirigir e regular a situação que tem em mãos. (Solé p.11) Pretende-se identificar
formas de integração entre escola, aluno, professor e família que tragam benefícios nesse
momento, contribuindo para o alcance do objetivo proposto de refletir sobre as relações afetivas
desenvolvidas pelo aluno e o uso das tecnologias como apoio no aprendizagem.
A transdisciplinaridade representa uma concepção de pesquisa baseada num marco de
compreensão novo e compartilhado por várias disciplinas, que vem acompanhado por uma
interpretação reciproca das epistemologias disciplinares. (Hernandez 2010 p.44) nesse sentido
o professor poderá se utilizar dos meios das tecnologias, elaborando aulas conjuntas, que
poderão envolver duas ou mais disciplinas no mesmo tema, essa maneira integra as disciplinas
escolares para um tema específico em diversas áreas do conhecimento.
Para (Hernandez 2010 p.45) A primazia do imperativo tecnológico que se baseia na
crença, concebe a fabricação de ferramentas (hoje representadas pelos computadores, as redes
de comunicação, as experiências biomédicas...) como fator determinante e essencial da
evolução da humanidade. Com essas ferramentas o professor poderá utilizar em favor da
formação de novos cidadãos, requer a urgência de aprender a aprender sempre, para toda vida....
Decidir o que aprender, como e para quê, exige do profissional uma constante formação para
lidar com o ser humano em suas potencialidades e limitações. (Hernandez 2010 p.45)

Considerações Finais

Durante a confecção dessa pesquisa foi possível identificar muitos valores que estão na
raiz dos problemas mais vergonhosos da sociedade pós-moderna como a naturalização da
violência coexistindo à condição humana coisificada. A situação dos jovens é também de
coisificação. Conceito sociológico bastante duro para descrever o cálculo para a felicidade que
esconde transtornos de emoções muito negativas tais como a culpa, a ansiedade, as mágoas que
revelam o jogo bastante cruel para quem tem tão pouca idade e quase nenhuma experiência.
Uma insensibilidade para aqueles que muitas vezes dão o seu melhor, mas esse melhor
geralmente não é bom o suficiente para mudar a ordem das coisas. De uma autoestima que sim
é oriunda de processos orgânicos, sociais e psíquicos mas que também operam um objetivo
centrado da produção de sujeitos ideais, de sujeito higiênicos e de sujeito felizes.

A juventude segue sendo enquadrada no extremo da individualidade. Em que a


solidariedade é um mal a ser banido em seu meio. Os aspirantes a fase adulta chegam bastante
endurecidos pelos ethos mecânico de uma sociedade ativa na secessão cultural, na luta
econômica diária e desigual; vemos nascer aí a indiferença das relações interpessoais em que o
egocentrismo distância o diálogo e encerra definitivamente ideologias de matizes diferentes.

Os adversários desse modelo imposto são capazes de demonstrar na essência de um

comportamento inquieto, em desacordo consigo mesmo, muito além de um mero

individualismo de espécie solitária. Pode sim, apontar intimamente novidades humanistas para

o estabelecimento de valores mais plurais, de participação mútua, num desenvolvimento do

todo humano. Crises de identidade certamente demonstram muito mais de um poder real que

enfeia o contexto social.

Nesse sentido, entendemos que se torna indispensável pensar a formação das crianças e

jovens com todo o completo tecnológico, sim, porém com algo a mais que está na participação

da família aos rumos que a escola pode tomar. O projeto político pedagógico é uma ferramenta

muito importante para a captação de informações e subsídios indispensáveis para o andamento

do aprendizado das turmas. Os pais contribuem com informações preciosas sobre seus filhos e

que devem ser tratadas pedagogicamente. De nenhuma forma o PPP pode ser inutilizado,

abandonado ou mesmo esquecido. Pois fere a dignidade de alunos que tem na jornada de

desenvolvimento a necessidade de apoio.

Iniciativas como o Projeto Integrador devem ser estimuladas, justamente porque tem

como ambição aliar individualidades que juntas compõe o coletivo educacional que se importa

com o real concreto encontrado no dia a dia das escolas. Dessas inciativas e laboratórios é que

nascem estímulos para a transformação da dura realidade brasileira tão sabidamente criticada,

porém carente de mais pessoas que ponham efetivamente a mão na massa.


REFERÊNCIAS

ALAIMO, K. Shaping Adolescence in the Popular Milieu: Social Policy, Reformers, and
French Youth, 1870 – 1920. Journal of Family History, vol. 17, 1992.

BANDINNI, Carmem Silvia Motta; ROSE, Júlio Cesar e Coelho. Tecnologia comportamental
no contexto de ensino. InterEspaço: Revista de Geografia e Interdisciplinaridade, 2015.
BARBOSA, Laura Monte Serrat. A psicopedagogia no âmbito da instituição escolar: A ação
psicopedagógica na escola. Curitiba: Expoente, 2001.

BELLAN, Zezina Soares. Andragogia em ação: como ensinar adultos sem se tornar maçante.
São Paulo: SOCEP, 2005.

BOSSA, Nádia A. Dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.

CALLIGARIS, Contardo. A adolescência. São Paulo: Publifolha, 2013.


CASARIN, Nelson Elinton Fonseca. Família e aprendizagem escolar. São Paulo: 2010.

CASTRO, Margareth; REGATTIERI Marilza. Interação escola-família: subsídios para


práticas escolares. UNESCO, MEC, 2009.
CÉSAR. Maria Rita de Assis. A Invenção da “Adolescência” no Discurso Psicopedagógico.
São Paulo, Campinas. 1998.
CORDEIRO, Jaime. A Relação Pedagógica: o ponto de vista dos alunos. Portugal, 2012
COSTA, Leia Alves da. A magia de viver. 2ª ed. Rio de Janeiro: Edição da autora, 2006.

COSTA, Renata Pires Basto. O Desejo De Saber Na Adolescência Contemporânea:


Contribuições da Psicanálise à Psicopedagogia. UFPOR, Fortaleza, 2008.

CUNHA, Eugênio. Afeto e aprendizagem. Rio de Janeiro: Wak, 2008.

CURY, Augusto Jorge. Dez leis para ser feliz: ferramentas para se apaixonar pela vida. Rio
de Janeiro: Sextante, 2003.

FAZENDA, Ivani. A aquisição de uma forma interdisciplinar de professores. São Paulo,


Papyrus, 2014.
FERNÁNDEZ, Alicia. O lugar da queixa no processo de aprendizagem. In: FREIRE,
Madalena et al. Paixão de aprender. 12ª ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo:
UNESP, 2000. Disponível em: www.4shared.com. Acesso em 1º mai. 2010.
GALVÃO, Isabel. Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis, Vozes,
1998.

JUSANI, Natália de Cássia Oliveira da Silva. A importância da afetividade no processo de


cognição – afetividade e cognição: caminhos que se cruzam. São Paulo: jun. 2009.

KROTH, Lídia Maria. Repetência e autoestima. São Paulo: nov. 2009.

LIBÂNEO, José Carlos. A democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos


conteúdos. 19ª ed. São Paulo: Loyola, 2003.

MAHONEY, Abigail Alvarenga. Afetividade e processo ensino-aprendizagem. São Paulo ,


Revista Psicologia da educação, 2005.

MARQUES. Walter Ernesto Ude. Juventude, Redes Sociais E Políticas Públicas. A Revista
Veredas do Direito: Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável. Minas Gerais, 2005.
MATHEUS, Tiago Corbisier. Adolescência: histórica e política do conceito na psicanálise.
Casa do Psicólogo, São Paulo, 2007.
MARTUCCELLI, Danilo. Condición Adolescente y Ciudadanía Escolar. Educ. Real. vol.41
no.1 Porto Alegre jan./mar. 2016.
MEIRA, Marisa Eugenia Mellilo. Integração Organismo-Meio: a teoria de Vygotsky,
Conceitos e implicações para Educação. São Paulo, Revista Psic. da Ed, 2012.
MORAIS, Maria de Lourdes Cysneiros de. Andragogia – uma concepção filosófica e
metodológica de ensino e aprendizagem. São Paulo: jan. 2007.

MOYSÉS, Lucia. A autoestima se constrói passo a passo. São Paulo: Papirus, 2001.

MURANETTI, Robianca. A importância do trabalho psicopedagógico na Educação d Jovens


e Adultos. São Paulo: jan. 2007.

OLIVEIRA, Maria Helena Palma. Contribuições da psicologia ao estudo multidisciplinar dos


fenômenos educativos. São Paulo, Revista de Psicologia e Pedagogia, 1933.
PIMENTEL, Elizabeth. O poder da palavra dos pais. São Paulo: Hagnos, 2006.

PINTO, Álvaro Vieira. Sete lições sobre educação de adultos. São Paulo: Cortez, 1982.
Disponível em: www.4shared.com. Acesso em 27 jan. 2010.

PORTO, Olívia. Psicopedagogia institucional. Rio de Janeiro: Wak, 2009.

SALTINI, CLÁUDIO. Afetividade e inteligência. Rio de Janeiro: Wak, 2008.

SCHWERTNER, Suzana Feldens. Juventudes, conectividades múltiplas e novas


temporalidades. Educação em Revista. Belo Horizonte, 2012.
WALLON, Henri. A evolução psicologia da criança. Lisboa, 1978.

WALLON, Henry. Psicologia e Educação da Criança. Lisboa, Vega, 2005.


VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo, 2001.

HERNANDEZ, Fernandes. A Transdisciplinaridade como marco para organização de um


currículo integrado, Houston, 1995.

MARIN, Alda Junqueira. Didática Geral. In UVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA,


Prograd. Caderno de Formação: Formação de professores didática geral. São Paulo: Cultura
Acadêmica, 211,p.16-32,v.9.

Вам также может понравиться