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Reflexões sobre a aquisição da escrita da língua portuguesa por criança surda usuária da

Língua Brasileira de Sinais

Resenha : Marlene Padilha

No artigo de Maria Cristina da Cunha Pereira, publicado na revista Espaço do mês


de junho e julho de 2015, traz uma reflexão sobre o tema da aprendizagem da escrita da
língua portuguesa por criança surda que faz uso da Língua de sinais.
A autora conta sobre a importância do uso da Língua de sinais nas escolas como
fundamental para a aprendizagem da língua portuguesa e da relevância de um professor
mediador entre uma língua e outra.
O artigo contempla o pensamento de vários estudiosos do assunto; SKLIAR, 1997
comenta sobre a história do ensino da escrita para surdos, onde estes eram vistos como
deficientes, a surdez uma patologia e a educação ressaltava a abordagem oralista e os
alunos surdos de comunicavam com a fala e o movimento orofacial. O aluno surdo posto
numa prática mecânica do ensino da língua portuguesa apresenta então dificuldades na
escrita e leitura que passam a ser classificadas como características da surdez.
Fernandes, Ferreiro e Svartholm também criticam a práxis adotada com o aluno
ouvinte ser a mesma para o aluno surdo, pois não é levado em conta que esta criança
não pode ouvir. Neste aspecto a autora referencia Lemos (1998) que aborda o cunho
irreversível da modificação pelo simbólico que ocorre quando a criança aprende a
escrever. Já Lemos, 2001, diz que a criança detêm um saber sobre a escrita construída
na sua vivência com o outro (social) mesmo antes de entrar na escola e que deve ser
baseada nesta vivência que o professor deverá ensinar a língua portuguesa à criança
surda.
É nesta abordagem interacionista trazida por Lemos (1998) e por Borges (2006),
onde o professor é mediador e enriquece o aluno surdo quando traz textos em língua
portuguesa ao mesmo tempo que faz uso da Língua de sinais que por ser visual-gestual
não lhe confere dificuldade em ser aprendida. Ora explicando e contrapondo uma língua
a outra de forma que o aluno surdo entenda o sentido do texto e este faça sentido a ele.
Neste aspecto a autora menciona pequisas sobre a aquisição da Língua que
constatam que crianças surdas, filhas de surdos, obtêm de modo semelhante e na mesma
época que as crianças ouvintes adquirem a língua oral. Já para as crianças surdas, filhas
de pais ouvintes, deverá a escola criar as condições de lhes ensinar a Língua de sinais
preferivelmente no convívio com o adulto surdo usuário da Língua de sinais.
A autora comenta sobre os estudos de Pereira e Nakasato (2004, 2011), que
estudaram relatos de crianças surdas, filhas de pais ouvintes, que aprenderam Libras na
escola com interação com surdos adultos perceberam sinais de expressões faciais, uso
do espaço, do olhar e do movimento do corpo na articulação dos eventos.
Ao confrontar os dados acima, crianças surdas filhas de pais surdos e crianças
surdas filhas de pais ouvintes, mesmo que a aprendizagem de Libras ocorra em
circunstâncias diferentes, o processo não difere e as crianças alcançam em pouco
tempo os recursos disponíveis na língua.
Portanto, para a autora, a Libras exerce para as pessoas surdas a mesma
atribuição de uma língua oral para os ouvintes, por isso a importância do professor
mediador em trazer, na linguagem escrita listas, bilhetes, cartões, contos infantis,
interpretações de gravuras e histórias. Importante também, na visão da autora que o
professor mediador explore os recursos visuais e faça com que as crianças as contem
história, assistam vídeos e os explore na Língua de sinais e escrevam em língua
portuguesa na lousa (acessível a visão) explicando e contrapondo sempre.

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