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CAPÍTULO 13 Tráfego intracelular de vesículas 725

Parede Membrana Faixas de Figura 13-41 Papel do vacúolo no


Núcleo
Vacúolo celular plasmática citoplasma controle do tamanho das células ve-
getais. Uma célula vegetal pode alcançar
um grande aumento do volume celular
sem aumentar o volume do citosol. Enfra-
quecimentos localizados na parede celular
orientam o alargamento celular dirigido
pela turgescência que acompanha a cap-
tação de água para dentro do vacúolo em
expansão. O citosol acaba sendo confina-
pela quebra e ressíntese controladas de polímeros, como polifosfatos no vacúolo, e em par- do a uma camada fina periférica, que é
te pela alteração da taxa de transporte de açúcares, aminoácidos e outros metabólitos atra- conectada à região nuclear por faixas de
vés da membrana plasmática e da membrana vacuolar. A pressão de turgescência regula citosol estabilizadas por feixes de filamen-
as atividades de distintos transportadores em cada membrana para controlar esses fluxos. tos de actina (não mostrados).
Os seres humanos frequentemente recolhem substâncias armazenadas nos vacúolos
de plantas – da borracha ao ópio e ao aroma do alho. Muitos produtos estocados possuem
uma função metabólica. As proteínas, por exemplo, podem ser preservadas por anos nos
vacúolos de células de estocagem de muitas sementes, como as de ervilhas e feijões. Quan-
do as sementes germinam, essas proteínas são hidrolisadas, e os aminoácidos resultantes
fornecem um suprimento alimentar para o embrião em desenvolvimento. Os pigmentos
antocianinas armazenados nos vacúolos colorem as pétalas de muitas flores para atrair in-
setos polinizadores, enquanto as moléculas tóxicas liberadas dos vacúolos, quando uma
planta é consumida ou danificada, promovem uma forma de defesa contra predadores.

Múltiplas vias entregam materiais para os lisossomos


Os lisossomos são locais de encontro para onde várias vias de tráfego intracelular con-
vergem. Uma rota que leva para fora do RE pelo aparelho de Golgi entrega a maioria das
enzimas digestivas do lisossomo, enquanto pelo menos quatro vias de fontes diferentes
alimentam os lisossomos de substâncias para digestão.
A mais estudada dessas vias de degradação é aquela seguida pelas macromolécu-
las captadas do líquido extracelular pela endocitose. Uma via semelhante, encontrada
nas células fagocíticas, como os macrófagos e neutrófilos em vertebrados, é dedicada
ao engolfamento, ou fagocitose, de grandes partículas e microrganismos para formar os
fagossomos. Uma terceira via, chamada de macropinocitose, é especializada na capta-
ção não específica de fluidos, membrana e partículas anexadas à membrana plasmática.
Voltaremos a discutir essas vias mais adiante no capítulo. Uma quarta via chamada de
autofagia se origina no citoplasma da própria célula e é utilizada para digerir organelas
do citosol e deterioradas, como discutido a seguir. As quatro vias de degradação nos li-
sossomos estão ilustradas na Figura 13-42.

LÍQUIDO EXTRACELULAR

CITOSOL

Bactéria Fagossomo

Fagocitose

Membrana
plasmática
Endossomo primário

Endocitose
ENDOSSOMO LISOSSOMO
TARDIO

Mitocôndria
Figura 13-42 As quatro vias de de-
gradação nos lisossomos. Os materiais
Autofagossomo de cada via são derivados de uma fonte
diferente. Observe que o autofagossomo
Autofagia possui uma membrana dupla. Em todos
os casos, a etapa final é a fusão com os
Macropinocitose
lisossomos.
726 PARTE IV Organização interna da célula

Mitocôndria Peroxissomo
Citosol e organelas
engolfados

Autofagossomos

(B)
Hidrolases 1 m
INDUÇÃO ácidas

Lisossomo

NUCLEAÇÃO E FECHAMENTO FUSÃO COM DIGESTÃO


EXTENSÃO LISOSSOMOS

(A)

Figura 13-43 Modelo de autofagia. A autofagia degrada proteínas e organelas indesejadas


(A) A ativação de uma via sinalizadora
inicia o evento de nucleação no citoplas- Todos os tipos celulares descartam partes obsoletas por um processo dependente do
ma. Uma membrana autofagossômica lisossomo chamado de autofagia. O processo de degradação é importante durante o
na forma de crescente cresce por fusão
crescimento normal da célula e no desenvolvimento, quando ajuda a reestruturar célu-
de vesículas de origem desconhecida e,
por fim, funde-se para formar um auto- las em diferenciação, mas também nas respostas adaptativas a estresses como privação
fagossomo envolto por membrana dupla, alimentar e infecção. A autofagia pode remover grandes objetos – macromoléculas, gran-
que sequestra uma porção do citoplasma. des agregados proteicos e até mesmo organelas – com os quais outros mecanismos de
Então, o autofagossomo se fusiona a descarte, como a degradação proteossômica, não conseguem lidar. Defeitos na autofagia
lisossomos portadores de hidrolases ácidas
que digerem seu conteúdo. Durante a for-
podem impedir que as células se liberem de micróbios, agregados de proteínas indeseja-
mação da membrana do autofagossomo, das e proteínas anormais e, assim, contribuir para doenças desde distúrbios infecciosos
uma proteína semelhante à ubiquitina se a neurodegeneração e câncer.
torna ativada pela ligação covalente de Nos estágios iniciais de autofagia, a carga citoplasmática fica cercada por uma
uma âncora lipídica fosfatidiletanolamina.
membrana dupla que se forma pela fusão de vesículas pequenas de origem desconheci-
Essas proteínas, então, intervêm no apri-
sionamento e fusão da vesícula, levando à da, formando um autofagossomo (Figura 13-43). Foram identificadas algumas dezenas
formação de uma estrutura de membrana de proteínas diferentes em células de levedura e de animais que participam no processo,
em forma de crescente que se arranja ao que deve ser regulado rigorosamente: um pouco a mais ou um pouco a menos já pode
redor do seu alvo (não mostrado). (B) Uma ser deletério. Todo o processo ocorre na seguinte sequência de etapas:
micrografia eletrônica de um autofagosso-
mo contendo uma mitocôndria e um pe- 1. Indução por ativação de moléculas sinalizadoras: proteínas-cinase (incluindo o
roxissomo. (B, cortesia de Daniel S. Friend,
complexo mTOR 1, discutido no Capítulo 15) que retransmitem informação sobre
de D.W. Fawcett, A Textbook of Histology,
12th ed. New York: Chapman and Hall, a condição metabólica da célula se tornam ativadas e sinalizam para a maquinaria
1994. Com permissão de Kluwer.) autofágica.
2. Nucleação e expansão de uma membrana delimitante em forma de crescente:
Vesículas de membrana, caracterizadas pela presença de ATG9, a única proteína
transmembrana envolvida no processo, são recrutadas para um sítio de monta-
gem, onde elas concentram a formação do autofagossomo. A ATG9 não é incorpo-
rada no autofagossomo: uma via de recuperação deve removê-la da estrutura de
montagem.
3. Fechamento da membrana ao redor do alvo para formar um autofagossomo deli-
mitado por dupla membrana selado.
4. Fusão do autofagossomo com lisossomos, catalisada pelas SNAREs.
5. Digestão da membrana interna e dos conteúdos do lúmen do autofagossomo.
A autofagia pode ser tanto não seletiva como seletiva. Na autofagia não seleti-
va, uma porção do citoplasma é sequestrada em autofagossomos. Pode ocorrer, por
exemplo, em condições de privação alimentar: quando os nutrientes externos são li-
mitados, os metabólitos derivados da digestão do citosol capturado podem ajudar a
célula a sobreviver. Na autofagia seletiva, cargas específicas são empacotadas dentro
dos autofagossomos que tendem a conter pouco citosol, e sua forma reflete a forma da
carga. A autofagia seletiva medeia a degradação de mitocôndrias, ribossomos e RE que
estão debilitados ou indesejados; ela também pode ser utilizada para destruir micró-
bios invasores.
CAPÍTULO 13 Tráfego intracelular de vesículas 727

A autofagia seletiva de mitocôndrias deterioradas ou danificadas é chamada de


mitofagia. Como discutido nos Capítulos 12 e 14, quando as mitocôndrias funcionam
normalmente, a membrana interna mitocondrial é energizada por um gradiente ele-
+
troquímico de H que direciona a síntese de ATP e a importação de proteínas precur-
soras mitocondriais e de metabólitos. As mitocôndrias danificadas não podem manter
o gradiente, então a importação de proteínas é bloqueada. Como consequência, uma
proteína-cinase chamada Pink1, que, em geral, é importada para as mitocôndrias, fica
retida sobre a superfície mitocondrial onde recruta a ubiquitina-ligase Parkin do cito-
sol. A Parkin realiza a ubiquitinação das proteínas da membrana mitocondrial externa, o
que marca a organela para destruição seletiva nos autofagossomos. Mutações na Pink1
ou Parkin causam uma forma de aparecimento precoce da doença de Parkinson, uma
doença degenerativa do sistema nervoso central. Não se sabe por que os neurônios que
morrem prematuramente nessa doença são particularmente dependentes da mitofagia.

Um receptor de manose-6-fosfato seleciona hidrolases


lisossômicas na rede trans de Golgi
Consideremos, agora, a via que entrega hidrolases lisossômicas da TGN para os lisos-
somos. As enzimas são primeiro entregues nos endossomos em vesículas de transporte
que brotam da TGN, antes que eles se movam adiante para os endolisossomos e lisosso-
mos (ver Figura 13-39). As vesículas que deixam a TGN incorporam as proteínas lisossô-
micas e excluem as várias outras proteínas que são empacotadas em diferentes vesículas
de transporte para destiná-las a outros locais.
Como as hidrolases lisossômicas são reconhecidas e selecionadas na TGN com a
precisão necessária? Em células animais, elas carregam um marcador único na forma de
grupos de manose-6-fosfato (M6P), que são exclusivamente adicionados aos oligossa-
carídeos ligados ao N dessas enzimas lisossômicas solúveis, à medida que elas passam
através do lúmen da rede cis de Golgi (Figura 13-44). As proteínas receptoras de M6P
transmembrana, que estão presentes na TGN, reconhecem os grupos M6P e se ligam às
hidrolases lisossômicas na face luminal da membrana e a proteínas adaptadoras para
montar os revestimentos de clatrina na face citosólica. Dessa forma, os receptores aju-
dam a empacotar as hidrolases em vesículas revestidas por clatrina que brotam da TGN
e entregar seu conteúdo aos endossomos primários.
O receptor M6P se liga ao M6P em pH de 6,5 a 6,7 no lúmen da TGN e o libera em
pH 6, que é o pH no lúmen dos endossomos. Assim, depois que o receptor é liberado, as
hidrolases lisossômicas se dissociam dos receptores M6P, que são recuperados para den-
tro de vesículas de transporte que brotam dos endossomos. Essas vesículas são revestidas
por retrômero, um complexo de proteína de revestimento especializado no transporte de
endossomo para TGN, que devolvem os receptores para a TGN para reúso (Figura 13-45).
O transporte em qualquer das direções requer sinais na cauda citoplasmática do
receptor de M6P que direciona essa proteína para o endossomo ou de volta à TGN. Es-
ses sinais são reconhecidos pelo complexo retrômero que recruta os receptores de M6P
para as vesículas de transporte que brotam dos endossomos. A reciclagem do receptor
de M6P se parece com a reciclagem do receptor de KDEL discutida antes, embora difira
no tipo de vesículas revestidas que medeiam o transporte.
Nem todas as moléculas de hidrolase que carregam M6P chegam aos lisossomos.
Algumas escapam do processo de empacotamento normal na rede trans de Golgi e são Manose-6-fosfato
transportadas, “por padrão”, à superfície celular, onde são secretadas no líquido extrace- (M6P)

lular. Alguns receptores de M6P, entretanto, também fazem um desvio para a membrana P O CH2

plasmática, onde recapturam as hidrolases lisossômicas que escaparam e as devolvem O

por endocitose mediada por receptores (discutido adiante) aos lisossomos por intermédio OH HO
HO O
dos endossomos primários e tardios. Como as hidrolases lisossômicas necessitam de um Oligossacarídeo
ambiente ácido para funcionar, elas não podem causar muitos danos no líquido extrace- ligado ao N

lular, que geralmente tem pH neutro de 7,4.


Para o sistema de seleção que segrega hidrolases lisossômicas e as despacha até Hidrolase
lisossômica
os endossomos para agir, os grupos M6P devem ser adicionados somente nas glicopro-
teínas apropriadas no aparelho de Golgi. Isso exige o reconhecimento específico das
hidrolases por parte das enzimas do Golgi responsáveis pela adição de M6P. Uma vez Figura 13-44 Estrutura da manose-6-
-fosfato em uma hidrolase lisossômica.

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