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Palavra Pastoral
Prezados irmãos, minhas saudações iniciais com a gloriosa paz do Senhor!

Quando Paulo está escrevendo a sua primeira carta ao seu filho espiritual Timóteo, no
capítulo 3 ele diz:

“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.” I Timóteo
3:1.

No entanto o desejo pelo episcopado e/ou pelo serviço na obra do Senhor, como
obreiros, diáconos, missionários, presbíteros, evangelistas e pastores, deve ser feito com
excelência em todo o seu exercício, pois Jeremias já diz em seu livro:

“Maldito o que faz com negligência o trabalho do Senhor! Maldito aquele que impede a
sua espada de derramar sangue!” Jeremias 48:10

Com este objetivo, de aprimorar e/ou capacitar aqueles que desejam servir o Senhor de
maneira excelente, decidimos por uma direção de Deus, promover este treinamento para todos
os obreiros que consagração e/ou que serão consagrados para trabalhar para o reino de Deus.

Tenho absoluta certeza que será um tempo muito rico de aprendizado para as nossas
vidas e que na troca de experiências durante este treinamento sairemos todos edificados pela
unidade da fé e comunhão entre os santos reunidos em Cristo Jesus. Ao final deste treinamento,
espero que todos sejam aprovados, para que não tenhamos do que nos envergonhar, pois
estaremos manejando corretamente a palavra do Senhor.

“Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se
envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade.” II Timóteo 2:15

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SUMÁRIO

I - O Chamado do Mestre. 4

I – 1 - Os Doze Apóstolos 5

I – 2 - A Essência da Chamada 6

I – 3 - A Natureza da Chamada 7

II - Os Ministérios e a Sua Diversidade 8


II – 1 - O Que é Um Ministério? 8
II – 2 - Apóstolos 8
II – 3 – Profetas 9
II – 4 - Evangelistas 10
II – 5 - Pastores 10
II – 6 - Mestres ou Doutores 18
II – 7 - Ação Conjunta dos Ministérios 18

III - Obreiro Aprovado 19

III – 1 - Esboço de II Timóteo 2 19

III – 2 - Fortalecidos na Graça 20

III – 3 - A Graça de Jesus Cristo 20

III – 4 - Cinco Características do Obreiro Aprovado. 21

III – 5 - O Obreiro e a Sua Liderança. 23

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IV - Diaconato e Seu Significado. 24

IV – 1 - Ética Diaconal 25

IV – 2 - As Qualificações e Responsabilidades Bíblicas dos Diáconos. 26

IV – 3 - Quais São Alguns Deveres Pelos Quais os Diáconos Devem ser 30


Responsáveis Hoje?

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V - Presbíteros

V - 1 - A Escolha dos Presbíteros. 31

VI - Líderes de Mocidade. 34

VI – 1 - O Que Faz o Líder de Mocidade. 34

VII - Serviço do Culto e Manutenção da Igreja. 35

VII – 1 - Antes do Culto. 35

VII – 2 - Durante o Culto 35

VII – 3 - Postura Durante o Culto 36

VII – 4 - Após o Culto 36

VIII - Sujeição e subimissão. 36

IX - Deus Recompensará a Todos. 36

X – Visão do Ministério
42
XI – Missão do Ministério 42

XII – Nosso Credo 42

XIII – Nossos Pilares 44

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I - O Chamado do Mestre.
Quando Cristo iniciou seu ministério, escolheu doze discípulos que aprenderiam com Ele,
para depois pregarem, ensinarem e continuarem a grande obra a realizar-se até a consumação
dos séculos. Esses discípulos precisavam aceitar os convites de Jesus abaixo descritos: “Vinde
a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu
jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a
vossa alma” esse foi um convite extensivo a todos os pecadores, a se libertarem das garras do
diabo e das inflicções da Lei que era iminente, assim como o pesado jugo que essa lhes
impunha (Mt 11:28-29); “Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após
mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me, porque aquele que quiser
salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á” nestes dois
versículos, Jesus usa a imagem de Seus discípulos carregando uma cruz e seguindo-O; estes
entenderam o que Ele queria dizer. A crucificação era um método romano muito usado nas
execuções, onde os condenados carregavam sua cruz pelas ruas até o local designado para a
execução, acompanhar Jesus, portanto, sempre significou um compromisso com risco de
morte, sem a possibilidade de voltar atrás (Mt 16:24-25; ver também Mt 10:39); “E Jesus lhes
disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens” seguir após Jesus, significa
preparar-se para a grande tarefa de buscar os perdidos através das Boas Novas do Evangelho
da Graça.

Os discípulos são chamados para, primeiramente, seguirem a Jesus e conhecê-lo. Partindo


desse relacionamento com Jesus, Seus discípulos estão aptos a levarem outros à salvação (Mc
1:17; ver também Fp 3:8, 10; Pv 10:30; Dn 12:3; 1Co 9:22).

Entre os diversos aspectos da chamada Divina, é bom destacar, Lucas 24:49, onde diz: “E
eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que
do alto sejais revestidos de poder”. Entre a preparação do discípulo e o seu envio como obreiro
para o campo, Cristo exige de cada um: “... Ficai, porém na cidade...”. Primeiro ficar para
depois ir. Ficar sobre a ordem do Senhor é tão sublime quanto partir sob a orientação e bênção
do mesmo Senhor. A precipitação tem levado muitos à derrota ministerial. É Deus quem
chama, capacita e envia, todavia, sob a égide da Igreja Local, por Ele estabelecida em
conformidade com Mt 16:18. Ir quando deve ficar não é menos perigoso do que ficar quando
se deve ir. Davi ficou em Jerusalém quando devia estar com os seus soldados lutando contra
os filhos de Amom, e como resultado disso pecou gravemente contra Deus (2Sm 11:1-4).
Aimaás partiu quando devia ter ficado, o resultado disso foi que, quando chegou ao seu
destino, descobriu que não tinha mensagem alguma (2Sm 18:29). Pedro estava entre os mais
de quinhentos que ouviram: “... Ficai, porém na cidade...” Não estava entre os
aproximadamente 380 que não ficaram, mas, entre 120 que atentaram para a ordem do Grande

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Mestre, e ficou; conseqüentemente recebeu o batismo com o Espírito Santo, e após esse dia,
não era mais o Pedro de outrora (At 2:14-47). A exemplo de nosso Senhor Jesus Cristo,
nenhum de nós deveríamos incluir um ministério de maiores proporções, até que tivesse uma
especial visitação do Espírito Santo. E para tê-la, precisamos ficar na cidade, até que do alto
sejamos revestidos do poder. Havendo os discípulos ficado na cidade, o que significa: preparo
na palavra, na oração, na comunhão, no jejum, no servir uns aos outros, na obediência, veio
sobre eles o Espírito Santo, capacitando-os a partir de então a saírem como testemunhas de
Cristo, em Jerusalém, Samaria, Judéia e até aos confins da terra (At 1:8).
Como para todas as coisas há um preço, não seria diferente para com a chamada do obreiro,
enquanto que o preço da nossa salvação é o sangue de Jesus, o da chamada do obreiro é após
o efeito do sangue de Jesus, ficar na cidade, adquirindo experiências na higiene dos toaletes
da Igreja, nos serviços braçais, na oração, nos cultos de doutrina, no aprendizado, servindo na
Santa Ceia, na comunhão, com abnegação, humildade, compreensão, ajudando o seu pastor
em tudo que lhe for atribuído. Começando como membro cooperador, missionário, diácono,
presbítero, evangelista e pastor. É comum se vê hoje “pastores” sem rebanho. Quando se fala
em pastor é porque há um rebanho, a não ser que esse pastor seja ordenado na Igreja Local ou
na Convenção, para ajudar no ensino, na direção de Igreja, bem como em tudo que o líder lhe
indicar para o bom desempenho na obra do Senhor.

I – 1 - Os Doze Apóstolos

- A procedência dos primeiro discípulos. Eram Galileus. No conceito judaico, Cristo não
nasceria na Galiléia e nem de lá surgiriam profetas (Jo 7:41-52). Jesus não chamou seus
discípulos da corte herodiana, na Escritura lemos(1Co 1:26). Não escolheu de Jerusalém,
dentre os principais sacerdotes, e anciões. Mas da Galiléia, exceto Judas Iscariotes, que era
Judeu.
- As qualidades dos primeiros apóstolos. Jesus, chamou primeiro dois pares de irmãos: Pedro
e André, e Tiago e João (Mc 1:16-20). Eles eram discípulos de João Batista, e foram
submetidos ao batismo do arrependimento. Os mais dispostos a seguir a Cristo, aceitaram de
bom grado as regras da nova vida de fé. Além disso, compunham duas famílias estruturadas,
que trabalhavam juntas (Lc 5:9-11).

- Exerciam uma profissão modesta. Eram pescadores. Cristo não despreza o homem, por
exercer uma profissão humilde. Quem estiver pronto a trabalhar e a aprender, será útil à causa
do Mestre.

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I – 2 - A Essência da Chamada.

As palavras de Jesus eram plenas e objetivas.

O teor da chamada. “Vinde a mim, e eu vos farei pescadores de homens”(Mc 1:17). Três
fatos importantes compõem o chamado de Cristo:

- “Vinde a mim”. Vir a Jesus é condição essencial para que alguém seja enviado a pregar o
Evangelho de Cristo.

- “Eu vos farei”. Nenhum homem, por si mesmo, pode elevar-se à categoria de ministro de
Cristo, pois Ele mesmo disse: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:5); “O homem nada pode
receber, sem que do céu lhe seja dado”

- “Pescadores de homens”. Jesus não os chamou apenas para proferirem belos discursos.
Escolheu-os para participarem de seu plano de salvação. Pescadores de homens significa
ganhadores de almas para o reino de Deus.

Jesus chamou-os para o trabalho. Não os escolheu para uma vida cômoda, cheia de regalias.
Chamou pescadores, experientes no trabalho árduo, e de riscos constantes, que exigia coragem
para enfrentar os perigos, e vigilância para evitar possíveis tragédias. Estas condições
determinam o perfil de homem chamado por Cristo, nos dias atuais. Tem que ter disposição
para trabalhar e libertar os escravos de Satanás, e vigiar, para não ser enlaçado nos seus ardis
(1 Pe 5:8).

A prontidão dos discípulos. Sem pensar em honrarias e sem temer dificuldades, eles
deixaram suas redes de pescar, e prontamente se dedicaram ao labor de pregar o Evangelho,
que “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16). Aliás, a Igreja
nasceu, quando ninguém tinha de que se orgulhar. O ministério não é motivo de orgulho e não
serve para honrar comodistas, atraídos por interesses próprios, sua única finalidade é promover
o Reino de Deus entre os pecadores. Neste caso, o “eu” desaparece, assim como o ponto de
vista, a razão e o legalismo radical. Jesus não veio, senão aos perdidos, miseráveis e destituídos
da graça de Deus. Ele veio às pessoas que se encontravam fora da sociedade e sem condições
para reintegrar-se à mesma, assim como, a mulher samaritana, os publicanos, os leprosos, e
etc. (Mt 9:13, 18:11; Mc 2:17; Lc 5:32; Lc 17:12, 19:10). A prontidão do obreiro, constitui-se
também, além de empenhar-se inteiramente à obra do Mestre, como atentar para a necessidade
que o pecador tem de Deus.

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I – 3 - A Natureza da Chamada.

A chamada de Cristo para o trabalho é de natureza comum e especifica.

- A chamada de natureza comum. A Igreja é o corpo de Cristo, composto de muitos membros,


e todos devem contribuir para o seu desenvolvimento e edificação, mediante o testemunho, o
conselho e a oração. “Para cada crente, o Mestre preparou um trabalho certo, quando o
resgatou”.

- A chamada de natureza especifica. Além da participação de todos, existem ministérios


distintos, para os quais há homens chamados por Deus. À luz das Escrituras, essas chamadas
sempre foram precedidas de marcantes experiências espirituais, pelas quais as pessoas foram
capacitadas a colocar em um plano inferior todos os demais interesses. Moisés, apesar de sua
posição elevada e da instrução “em toda a ciência dos egípcios”, tornou-se “poderoso em suas
palavras e obras” (At 7:22). Os quarenta anos como pastor de ovelhas, no deserto, contribuíram
para torná-lo manso (Nm 12:3). Entretanto, só após a experiência da sarça ardente, foi
capacitado para a grande missão de libertar o povo israelita, escravizado no Egito (Êx 3:2-10).
Temos também os exemplos de Isaías (Is 6:1-8) e de Saulo, no caminho de Damasco (At 9:1-
22).

- A chamada para o trabalho. Ela sempre comove o homem a sentir profundo amor pelas almas,
sem pensar em recompensas materiais. Aliás, esta é uma condição imposta por Jesus:
capacidade de vencer todos os obstáculos e de suportar os sacrifícios, por esta causa gloriosa.
- A chamada divina, um desafio irresistível. A chamada divina manifesta-se na vida do
candidato ao ministério, antes de sua consolidação. Constitui-se, na pessoa, um desafio
irresistível, a ponto de ela nada temer, mesmo consciente das inúmeras adversidades que
enfrentará em favor do reino de Deus. A chamada divina o inflama. A paixão pelas almas o
domina. O executar a sua missão, em qualquer circunstância, proporciona-lhe a maior
felicidade, por tudo o que sofrerá.

- A chamada e o preparo intelectual. A instrução, o preparo intelectual, e o treinamento em um


educandário cristão não constituem uma chamada divina para o santo ministério. Estes fatores,
indubitavelmente, tornam mais amplas as oportunidades do servo de Deus, e são úteis ao seu
ministério. Ninguém pode ensinar o que não aprendeu. Os que se aventuram, envolvem-se em
confusão, e caem no descrédito das pessoas entendidas no assunto.

- O mérito das escolas de preparação. Quanto aos seminários e institutos, a formação e o nível
espiritual deles determinarão, em grande parte, a condição espiritual do ministro. Por outro
lado, nenhum preparo intelectual substitui a meditação na Palavra de Deus, e a oração.

A isto, temos denominado de “velho método”, pois o encontramos na Bíblia, desde tempos
remotos: “Moisés e Arão caíram sobre os seus rostos’’ (Nm 14:5-7). Diante dos problemas da

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primeira comunidade cristã, os apóstolos buscaram soluções que lhes permitissem dedicar-se
à oração, e ao ministério da palavra (At 6:4).

II - Os Ministérios e a Sua Diversidade.


Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e
outros para pastores e mestres, com vista ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho
do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo. . . (Ef 4:11-12).

A necessidade do ser humano viver em grupos pode ser sentida desde a sua criação, no
Éden (Gn 2:18). Esta constatação foi do próprio criador. Todavia, a convivência em grupo tem
também seus problemas e gera novas necessidades. Logo se são muitos os componentes do
grupo, muitas são as cabeças e diversas as opiniões. Por isso ao líder é necessário, não para
fazer a sua própria vontade, mas para interpretar a vontade do grupo e viabilizar sua execução.
Daí a grande importância do líder ter capacidade e a devida preparação a fim de conduzi-lo de
maneira a alcançar os reais objetivos.

II – 1 - O Que é Um Ministério?

A palavra ministério vem da palavra grega “diakonia”, que quer dizer servir. Ou seja, Deus,
em sua soberania, escolhe alguns homens para certas funções. Ele os chama e concede dons
para um ministério específico. Este dom é uma grata ”capacitação” que alguém recebe para
desempenhar determinada função no Corpo. Então, observando (Ef 4:11 e 1 Co 12:28), vemos
que os ministérios principais da igreja são quatro: apóstolo, profeta, evangelista, pastor/mestre.
O ministério de “pastor” não aparece em (1 Co 12:28), pois ali os ministérios estão listados de
acordo com os dons e pastor não é dom, é função. Ministério é, portanto, serviço. Todo
ministro deve ter em mente essa verdade.

II – 2 - Apóstolos

A palavra apóstolo ocorre mais de oitenta vezes no Novo Testamento. O nome que designa
o primeiro ministério estabelecido na igreja (1 Co 12:28), é de origem grega “apóstolos” e
significa “enviado”, ou seja, um indivíduo que executa serviço especial, agindo em nome e
pela autoridade de quem enviou. Em geral, significa enviado com uma missão especial.
O maior de todos os apóstolos é o próprio Senhor Jesus, que foi enviado pelo Pai para
executar sua obra na terra (Jo 4:34 e Hb 3:1). Para que essa obra fosse levada adiante, após
sua ascensão, Jesus escolheu doze homens (Mt 10:1,2 e Jo 20:21). Tais homens foram

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capacitados pelo Senhor com autoridade, poder para operar milagres, ousadia para pregar etc...
Tudo isso, mediante a operação do Espírito Santo que lhe fora dado (At 1:8). Toda essa
“munição” tinha por objetivo capacitá-los a desbravar todas as frentes por onde fossem, e aí
estabelecerem a Igreja de Jesus Cristo. “Esse ministério exigia praticamente que um apóstolo
reunisse quase todos os outros ministérios num só homem”.

II – 3 – Profetas

Na Igreja Primitiva, profetas, eram homens de considerável aptidão espiritual, conhecido


pelas suas declarações inspiradas, o que os distinguia dos pregadores normais das igrejas. Tais
declarações se caracterizavam como uma revelação, uma admoestação ou uma predição.
Muitos profetas existiram na história de Israel. Sua presença é constante no Velho Testamento,
apontando o caminho para o povo de Deus. Sua importância era tão grande, pois como
confirmou Salomão: (Pv 29:18).

No novo Testamento, Deus continuou levantado profetas. O primeiro foi João Batista, que
veio no estilo dos profetas antigos, assemelhando-se, sobretudo, a Elias (Mt 11:9-14; Mc 11:32
e Lc 1:76). Seu papel foi preparar o caminho para o profeta maior: Jesus, que, por sua vez,
levou outros profetas para orientar a Igreja que surgia. Hoje já não há mais alguém que se
distinga através de um ministério profético no modelo exercido pelos profetas dos dois
testamentos. Vale ressaltar, porém, que em sentido secundário, ainda há profetas hoje, homens
através dos quais Deus fala visando a edificação, exortação e consolação da Igreja. O profeta
não é um mero pregador da palavra, um mestre da Bíblia, nem preditor do futuro. O profeta é
um ministro de Cristo. Não apela para os poderes da lógica, erudição, oratória, psicologia,
ignorância ou misticismo. Sua mensagem pode vir através de uma pregação, mas não
necessariamente.

Definindo as atribuições da profecia:

- Edificação.

- Construção, elevação, edifício, prédio, instrução, educação, e informação.

Exortação.

- Estímulo, animação, encorajamento, conselho, advertência e sugestão. A exortação ao


contrário do que dizem, traz alegria, (At 15:30-31).

Consolação.

- Ato ou efeito de consolar, alívio, conforto, consolo.

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Essas são as finalidades da profecia na Igreja, tudo o que passar disso foge às regras
bíblicas.

II – 4 - Evangelistas

A palavra evangelista significa mensageiros de boas novas. Na Igreja Primitiva exerciam


função especial que era de anunciar o Evangelho. Como não pastoreavam igrejas locais,
estavam em condição de ir de lugar em lugar pregando Cristo a todos, como um poderoso
ministério, acompanhado da operação de sinais. No entanto, a Bíblia ainda cita Filipe e
Timóteo como evangelistas (At 21:8 e 2 Tm 4:5).

Todos os cristãos podem e devem anunciar o evangelho. Todavia, a maioria não é capaz de
fazer uma pregação apropriada para o momento contemporâneo. O evangelista é um pregador,
e faz isso com maestria, habilidade, e poder que lhe são conferidos pelo Espírito Santo
especialmente para esse fim. Evidentemente, nem todo o pregador é evangelista.

Consideremos que todo o apóstolo é um evangelista, mas nem todo evangelista um é


apóstolo. O Evangelista na conjuntura atual deve ser o maior cooperador do seu pastor, desde
que desempenhe seu ministério com o desvelo que merece, combatendo contra as novidades
que aparecem. Tendo seu trabalho voltado sempre para a Igreja local.

II – 5 - Pastores

Voltando à origem do termo, um pastor é a pessoa que cuida de um rebanho de ovelhas.


Seu trabalho vai desde a procura do melhor alimento para elas, até a defesa contra ladrões ou
animais selvagens que possam atacá-las. Ao reconhecer este fato, Davi escreveu o conhecido
(Sl 23): “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”. No Novo Testamento esse título já era
usado normalmente como o usamos hoje. Jesus disse de si mesmo: “Eu sou o bom pastor” (Jo
10:11). O ministério do pastor na Igreja tem as atribuições que vimos no ínicio: alimentar,
cuidar, proteger, defender, conduzir; de acordo com (Ef 4:11-16).
Nas cartas enviadas às sete Igrejas da Ásia ele aparece como o anjo da Igreja (Ap 1:20). Alguns
dizem que eram os anjos designados a guardar as Igrejas. Outros, que são anciãos ou pastores
das Igrejas locais. Como as sete cartas dos capítulos 2 e 3 de Apocalipse contém repreensões,
não é possível crer que fossem endereçadas a mensageiros celestiais. Tratando-se de
mensageiros terrenos, estes anjos seriam as pessoas responsáveis perante Deus pelas Igrejas
que representavam (Ap 2:1,8,12,18; 3:1,7 e 14). Entendemos neste caso que o pastor é o anjo
da Igreja do Senhor na terra.

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Em (Hebreus 13:7), o pastor aparece como aquele que deve ser lembrado e imitado em sua
fé e modo de vida. Se você é um cristão, deve muito àqueles que lhe ensinaram e lhe
apresentaram aquilo que você precisava saber a respeito das Boas Novas e do viver cristão.
Continue seguindo os bons exemplos daqueles que investiram algo de si mesmos em sua vida
através do evangelho, do serviço e da educação cristã.

Na mesma carta aos hebreus ele aparece como aquele que deve ser obedecido, respeitado,
pelo motivo de haver recebido de Deus a incumbência de dar contas das almas dos crentes. A
tarefa dos líderes da Igreja é ajudar as pessoas a amadurecerem-se em Cristo. Os cristãos que
cooperam com seus pastores aliviam-lhes muito o fardo da liderança. A sua conduta dá a seu
pastor motivo para falar com alegria a seu respeito?

Pastor ancião.

O termo significa velho, ancião. Na primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé, na ida
fizeram trabalho evangelístico e público; no retorno em cada cidade por onde passaram
reuniram os convertidos, organizaram igrejas e ordenaram presbíteros (At 14: 21-23).

Deveria ser homens de certa idade, firme na fé, inabaláveis no amor e constante na obra do
Senhor. Eles foram eleitos pela igreja para desempenhar funções pastorais na palavra, nos
batismos, na celebração das ceias etc. O ministério pastoral surgiu no livro de Atos. Em
Jerusalém surgiu o primeiro rebanho pela obra do Espírito Santo. Constituído de 120 pessoas,
aumentou para 3,1 mil; foi crescendo sempre até chegar a dezenas de milhares (At 21:20). No
princípio, os doze cuidavam de tudo. Houve problemas e os doze cuidaram da oração e da
palavra e outros homens passaram a ser designados para outras tarefas. O trabalho do Senhor
foi além de Jerusalém e chegaram até Antioquia da Síria. Antioquia organizou trabalhos no
continente. Em cada cidade havia presbitérios.

Na era apostólica, encontramos pluralidade de pastores em cada igreja (Fp 1:1). Os


presbíteros recrutados entre os convertidos das igrejas, deveriam ser homens de negócios e de
trabalho. Alguns se dedicaram grandemente ao trabalho do Senhor e passaram a dar tempo
integral ao ministério e o apóstolo Paulo mandou dar a esses homens, duplicada honra (I Tm
5:17).

Pelo retrato que a Bíblia guarda de alguns pastores, homens transformados pelo Espírito
Santo, cheio da graça do Senhor, revestido de poder, conduta exemplarem, irrepreensíveis,
consagrados, dedicados exclusivamente ao ministério da palavra, bons chefes de família,
sérios, operosos e humildes, encontramos reprodução perfeita hoje em muitos obreiros que se
sacrificam por Cristo, colocam o Reino de Deus acima de tudo e constituem galeria daqueles
que vivem para glorificar o Senhor.

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A Bíblia alinha nessa imortal galeria de pastores reais, Tiago, o irmão do Senhor, que foi
pastor da Igreja em Jerusalém. Paulo e Barnabé somaram ao dom apostolar o dom pastoral.

O significado de ser pastor.

Desde os tempos do Antigo Testamento os líderes do povo de Deus (reis, sacerdotes,


profetas) já eram chamados de pastores (ver exemplo em Jer. 23:1-4) porque tinham a função
de guiar, conduzir o povo pelos caminhos estabelecidos por Deus. No Novo Testamento
encontramos três designações para a mesma pessoa que é responsável pela condução da igreja,
do povo de Deus. Em Atos 20:17,28, encontramos o apóstolo Paulo reunido com os anciãos da
igreja de Éfeso (v.17), aos quais chama também de bispos e declara que foram constituídos
para exercerem a tarefa de pastoreio. Neste texto fica estabelecido que na igreja primitiva o
que pastoreava era também o bispo que supervisionava e, ainda, o ancião (ou presbítero) que
ensinava, aconselhava exortava.

Daí por diante, vamos encontrar o apóstolo Paulo sempre se referindo aos incumbidos de
dirigirem as igrejas de Cristo, como pastores, ou presbíteros, ou bispos (ver Ef. 4:11; Heb.
13:7,17 e Tito 1:5,7) e nunca se referindo a eles como pessoas diferentes em cargos diferentes.
O que precisamos entender é que o líder da igreja, na realidade, desempenha três funções
essenciais para a condução do povo de Deus.

Pastor.

Em Efésios 4:11 o apóstolo Paulo usou a expressão grega poiménas que


significa literalmente pastores. Em Hebreus 13:7,17, a expressão usada é uma derivação
de eiguéomai que significa chefe, condutor, que exerce governo. Para entendermos bem a
função de pastoreio, podemos ler as explicações de Jesus encontradas em João 10:1-11. O
Pastor é quem tira as ovelhas para fora do curral (v. 3 e 4); é quem vai adiante delas indicando-
lhes o caminho; é quem chama pelas ovelhas dizendo-lhes do perigo (v.4); é quem deve estar
alerta contra os animais ferozes que rodeiam o rebanho (v. 11 e 12).

Para que um pastor possa desempenhar bem a sua função, são requeridas na Bíblia algumas
atitudes das ovelhas para com ele:

Precisa ser seguido (Heb. 13:7).

Não se pode imaginar um pastor que esteja sendo conduzido pelo rebanho, que deixe que
o rebanho o conduza. Infelizmente alguns crentes em muitas ocasiões não se conformam em
serem ovelhas e passam a querer conduzir o pastor, passam a querer governar o pastor,
dizendo-lhe o que deve fazer e por onde deve andar. Não é por acaso que o povo de Deus é
comparado a um rebanho de ovelhas e não é também por acaso que pastores foram
constituídos para estarem adiante do rebanho. Ovelhas precisam seguir por caminhos bíblicos,
seguros, e é o pastor quem deve conduzi-las.
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Precisa ser obedecido (Heb. 13:17).

Porque são os pastores que velam pela vida espiritual dos que compõem a igreja. Existem
igrejas onde os encarregados de velarem pela vida espiritual são componentes de uma
comissão, ou são os diáconos, ou são outras pessoas quaisquer. Mas esta função é atribuída na
Bíblia somente aos pastores, porque são eles que darão contas das almas das ovelhas. Muitas
pessoas querem ter o privilégio de conduzir, de ditar normas nas igrejas, mas somente o pastor
é quem dará contas do rebanho a Deus. Por isso mesmo ele deve ter cuidado na condução do
rebanho, sabendo que este não lhe pertence e que deve ser conduzido segundo os padrões pré-
estabelecidos pelo Senhor das ovelhas, que são encontrados nas Escrituras.

Os pastores devem também ser obedecidos para que a igreja desfrute de uma condução
alegre e agradável para ela própria. Quando os pastores gemem debaixo da pesada carga da
desobediência das ovelhas, as igrejas também sofrem.

Bispo. A expressão grega traduzida por bispo é episkopoi, que significa superintendente,
supervisor. Cabe ao Pastor e também ao Presbítero. Retornando a Atos 20:28, lemos que o
pastor é constituído bispo da igreja pelo próprio Espírito Santo. Um pastor que tenha convicção
da sua vocação, do seu ministério, não tem coragem de passar o episcopado à outra pessoa
por sua própria vontade. Ele precisa assumir esta função por mais pesada que lhe pareça, por
mais árdua e ingrata que seja.

Pelo desejo de poder, há pessoas que desejam se tornar superintendentes das igrejas de
Cristo, mas talvez não percebam o grave erro em que estão incorrendo, porque é o que desejam
por suas próprias vontades, quando é necessário que sejam vocacionadas pelo Espírito Santo
para tal obra.

Em algumas igrejas a função de supervisão, de superintendência, é atribuída a um grupo de


irmãos e em outras a uma só pessoa, mesmo não sendo o pastor. No entanto, diante do Espírito
de Deus, quem dará contas dessa função é o pastor da igreja. Há muitos crentes, há diversos
dons do Espírito Santo distribuídos aos crentes nas igrejas de Cristo, mas a supervisão de todos
cabe sempre ao que recebeu o dom de pastorear o rebanho.

Podemos dizer que:

- Se um crente se deixar conduzir por outro crente qualquer, estará se expondo a ser conduzido
por quem não tem responsabilidade estabelecida pelo dono do rebanho e que, portanto, pode
conduzir o crente de qualquer maneira.

- Não existe nada pior para uma igreja do que a desobediência a pastores que procuram
conduzir o rebanho dentro dos princípios estabelecidos por Cristo. Isto faz com que uma igreja
se arraste com muitos problemas e crie sofrimentos terríveis para o seu líder, que
indubitavelmente irá refletir todo o seu sofrimento sobre o rebanho.
Ministério Kadosh Santidade ao Senhor
14

- Existem pessoas que desejam estabelecer caminhos próprios para que os pastores conduzam
a igreja. Deve lembrar-se que a igreja é de Cristo, que Ele deixou diretrizes a serem observadas
e que constituiu os pastores para que conduzam suas ovelhas através dessas diretrizes.

- Ninguém deve culpar o pastor por querer conduzir a igreja dentro dos princípios bíblicos.
Deve, antes, aceitar os ensinos e procurar mudar seu coração se porventura pensar de maneira
diferente dos padrões estabelecidos no Novo Testamento.

- A igreja deve estar sempre orando pelo seu pastor, para que Deus o capacite a conhecer cada
vez melhor o caminho bíblico e para que Deus lhe dê sabedoria.

- Se alguém auxilia o pastor na tarefa de ensinar, compenetre-se de que está cumprindo uma
função que é pastoral, porque o pastor de sua igreja lhe delegou poderes para isto. Assim ele
será mais fiel a um compromisso muito sério com Deus.

Pastoras.

Um breve levantamento de opiniões.

"As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas
estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem
em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja".O
trecho bíblico, que pertence a carta de Paulo à igreja de Coríntio, é interpretado de diversas
formas por diferentes denominações, assim como o papel da mulher na igreja, especialmente
em cargos de liderança.

O Antigo e Novo Testamento trazem exemplo de mulheres que exerceram atividades para
que o Evangelho fosse pregado. Algumas foram profetisas como Miriã, retratada no livro de
Êxodo (15.20), e Ana, parte do texto de Lucas (2.36); juíza instituída por Deus em Israel, como
Débora (Jz 4.4); outras obreiras, como Priscila, esposa de Áquila, mencionada no livro de
Atos.

Todavia, não há propriamente a citação de títulos de liderança espiritual dados à mulher,


como por exemplo, o pastorado, o que é suficiente para deixar o tema controverso.

Base bíblica

Presidente do CIMEB - Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil


e líder da Assembleia de Deus Bom Retiro, denominação que ordena mulheres ao pastorado,
o pastor Jabes de Alencar interpreta a passagem de Coríntios utilizando o contexto histórico:
"As mulheres, sentadas em 'alas' diferentes das dos homens, faziam perguntas em tom muito
alto a seus maridos, interrompendo a ordem do culto. Assim, era-lhes necessária uma
solicitação de silêncio para não comprometer o andamento daquela reunião".

Ministério Kadosh Santidade ao Senhor


15

Jabes, que também tem ao seu lado sua esposa como pastora, exemplifica sua interpretação
para a atuação da mulher na Igreja com outras passagens do Novo Testamento. "Em Atos 18,
dois ministros são apresentados: Priscila e Aquila, tendo o nome da mulher à frente do homem,
indicando sua autoridade. Febe, outra personagem com ministério na igreja, é citada em
Romanos 16. Além disso, devemos considerar que o apóstolo Paulo, em algumas ocasiões,
como em 2 Tm 2.11-12, fala sobre a impossibilidade das mulheres ensinarem. No entanto, este
texto encontra sua razão de ser no fato das mulheres não terem acesso à educação - somente
os homens - o que as impediria de uma atuação ostensiva na igreja. Não é o caso hoje", aponta.

Rita de Cássia Leon, pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular de Vila Industrial, bairro
de São Paulo (SP), indica que muitas mulheres tiveram funções importantes nas narrativas
bíblicas. Para fundamentar o exercício do pastorado por mulheres, Rita cita Gálatas 3:28:
"Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque
todos vós sois um em Cristo Jesus".

"Quem primeiro pregou o Evangelho foram mulheres, quando elas chegaram no túmulo de
Jesus. O que é ser pastor, evangelista? É pregar o Evangelho. Por que Deus permitiu que as
mulheres fossem as primeiras? Quando Deus nos chama para o ministério, ele nos dá o 'Ide' e
o Ide pregar o Evangelho, expulsar demônios, falar em línguas, curar enfermos, não está
direcionado para homem ou mulher, pastor ou pastora. Jesus manda ir", expressa Rita.

Pastor titular da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória (ES), conferencista e escritor,


Hernandes Dias Lopes cita a mesma passagem de Gálatas 3:28 para explicar a equivalência
feminina: A mulher tem plena igualdade com o homem no que concerne ao valor intrínseco,
ao valor pessoal. Deus criou homem e mulher a sua imagem e semelhança. A mulher tem a
mesma posição do homem com respeito à questão da salvação [...] Em relação à família, a
mulher também tem direitos legítimos [...] Agora o grande aspecto é com relação ao papel de
liderança [...] A liderança não é uma posição que Deus confiou à mulher, Deus confiou ao
homem. Uma questão de função dada por Deus".

Hernandes entende o papel relevante da mulher. "A mulher tem direito a falar na igreja, tanto
é que você encontra no Novo Testamento profetisas. A mulher pode, no meu entendimento,
ser uma professora de Escola Dominical, pode pregar, ser uma missionária [...] Agora, para a
questão do papel de liderança, do oficialato, eu não vejo base bíblica.

Uma questão cultural?

Jabes de Alencar define como "machismo" a posição de denominações que não possuem
pastoras em suas igrejas, e argumentam que não há na Bíblia mulheres com títulos de liderança
espiritual: "Na Bíblia, Débora, Miriã, Febe, entre outras, são citadas em posição de liderança,
inclusive sobre homens. Imagine se no contexto absolutamente patriarcal já havia ensaios de
liderança feminina, por que Deus impediria as mulheres de exercerem alguma função de
Ministério Kadosh Santidade ao Senhor
16

liderança? Isso é de um peso preconceituoso sem tamanho. Respeito, sim, as posições


contrárias, mas devo dizer que Jesus resgatou o valor da mulher na Cruz".

"Eu entendo que foi cultural [...] Eu acredito que do jeito que nós vivemos hoje, se fosse
esperar do homem, com toda vida corrida, nós seríamos poucas pessoas no ministério. Hoje as
mulheres estão tomando sim, porque elas se dispõem", expõe a pastora Rita.

Para o rev. Hernandes Dias Lopes, utilizar o argumento de que a cultura da época teria
impedido mulheres de exercerem a liderança, é desvincular-se da Bíblia. "Se nós hoje
adotarmos o princípio da mulher presbítera, pastora, por uma questão da evolução da
sociedade, costumes, esses argumentos são antropológicos e sociológicos [...] Nós não
encontramos em qualquer lugar do Novo Testamento o estabelecimento de presbíteras,
pastoras, nem mesmo diaconisas, muito embora Febe, por exemplo, Romanos 16 versículo 1º,
servisse à igreja, e a palavra servir vem de diácono, diáconos. Alguns entendem que ela fosse
diaconisa, é um assunto controvertido, ainda não plenamente definido, há pontos de
divergência".

"Os argumentos hoje, em sua vasta maioria, que tentam apoiar são muito mais
implementação da sociologia. Ah, porque hoje a mulher pode ser vereadora, ela pode ser
prefeita, pode ser deputada, pode ser senadora, governadora, presidenta de uma nação, de
grandes empresas multinacionais, então por que ela não pode ser presbítera, pastora? Na
verdade, a mulher tem tanta capacidade quanto o homem, e não há nada de errado dela ocupar
diversos cargos de liderança na sociedade, mas na Igreja nós temos a Bíblia como única regra
de fé e prática", evidencia Hernandes.

Rita, que é pastora ao lado de seu esposo, Vagner Leon, explica que quando homem e
mulher exercem função de liderança na igreja, os ministérios devem ser complementos um do
outro. "Tem que trabalhar em conjunto, é muito difícil para uma mulher ser pastora sozinha, a
não ser que ela seja solteira [...] O ministério de um pastor precisa também muito de uma
esposa para lidar com as mulheres na igreja, aconselhar [...] Cada um tem um dom e trabalha
dentro do seu dom. Eu sou pastora e mestre e o Vagner é o pastor administrador".

Ela destaca que é importante que a mulher diferencie seu desempenho na igreja e em casa:
"Uma coisa é o ministério. Outra coisa é dentro do seu lar, porque eu sou pastora e meu marido
é pastor, e nós cumprimos a cadeia de autoridade que a Bíblia fala: que a mulher esteja
submissa a seu marido [...] Dentro do lar eu sou esposa, mãe. A gente não está lá para competir
com o ministério do outro ou com o dom".

Em tom bem-humorado, Jabes de Alencar fala sobre a influência da esposa na família:


"Qual o casamento em que a mulher não seja líder? Qual o marido que não espera a opinião
da mulher para tomar as decisões? Qual o marido que exerce com maestria a liderança
familiar? A não ser nos casos extremos de machismo, ou em contextos culturais em que as
Ministério Kadosh Santidade ao Senhor
17

mulheres são tratadas como 'animais', todo o universo tem mulheres em posição de liderança
na casa, e isso não vai mudar por causa de um título, ou a ausência dele".

Com relação ao sacerdócio do lar, ele ressalta que esse papel de autoridade espiritual nem
sempre é exercido pelo homem. "Há casos em que a mulher é crente e o marido não. Eu te
pergunto: quem é o sacerdote neste lar? Isso compromete de alguma forma a liderança do
homem em outras instâncias?", questiona Jabes.

A diferença entre pastor e gestor.

Gestor cuida de coisas, pastor cuida de ovelhas.

Gestor visita obras, pastor visita ovelhas.

Gestor administra os negócios, pastor alimenta as ovelhas.

Gestor comanda de sua mesa, pastor se envolve com as ovelhas.

Gestor cheira a gabinete, pastor cheira a ovelha;

Gestor manda nos comandados, pastor serve as ovelhas.

Gestor possui seguranças, pastor protege as ovelhas.

Gestor consulta o número do cadastro, pastor conhece as ovelhas pelo nome.

Gestor espera o resultado, pastor vai em busca da ovelha e a carrega nos ombros

Gestor pune, pastor corrige as ovelhas.

Gestor demite, pastor restaura as ovelhas.

Gestor da treinamento para os liderados, pastor guia as ovelhas.

Gestor tem metas, pastor tem propósitos.

Gestor busca o topo, pastor caminha nos vales.

Gestor usa apenas a técnica acadêmica, pastor usa a experiência dos desertos e dos vales.

Gestor é formado, pastor é chamado.

Gestor assina papéis, pastor cumpre o seu papel.

Gestor gasta tempo e recursos com a manutenção do posto, pastor investe na oração.

Gestor constrói prédios, pastor edifica vidas.

Gestor paga contas, pastor paga o preço.


Ministério Kadosh Santidade ao Senhor
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Gestor é temido, pastor é amado.

Gestor possui igreja, pastor é dado a igreja.

Gestor é chefe, pastor é amigo.

Gestor é bajulado, pastor é honrado.

Gestor passa, pastor fica na memória.

Gestor vive regaladamente, pastor dá a vida pelas ovelhas.

II – 6 - Mestres ou Doutores

Deus disse: “O meu povo foi destruído porque lhe faltou o conhecimento” (0s 4:6). Esta
afirmação nos mostra claramente a importância do ensino da Palavra de Deus. O apóstolo
Paulo disse que não queria que os Coríntios fossem ignorantes a respeito dos dons espirituais
(1 Co 12:1). Certamente, Deus não quer que sejamos ignorantes acerca de nenhuma das
doutrinas bíblicas, por isso poderia significar nossa destruição. Por esse motivo, estabeleceu
mestres ou doutores na Igreja. Estes são pessoas que foram chamados por Deus a exercer o
ministério de ensinar aos crentes, isto é, os ensinos, preceitos e mandamentos das Sagradas
Escrituras (1Co12:8). Além disso, possuem capacidade intelectual e facilidade de
comunicação.
Atualmente, o nome que damos a quem exerce esta função é o de professor. Entretanto, o
professor não é tratado com a mesma importância, honra e respeito que o mestre recebia nos
tempos bíblicos. Provavelmente, trata-se de um problema ligado à conjuntura político-social
do nosso tempo, ou, especificamente, da nossa nação, onde a educação é relegada a último
plano.
A Bíblia valoriza o mestre, como acontecia na comunidade judaica. Acima de tudo, vemos
que Deus os valoriza e os estabeleceu na Igreja. Esses homens desempenham uma nobre
função, carregam uma grande responsabilidade (Tg 3:1), que só não é maior do que o galardão
que os aguardam na eternidade (Dn 12:3).

II – 7 - Ação Conjunta dos Ministérios

Os apóstolos e profetas são os alicerces da igreja, sendo Jesus a principal pedra de esquina
(Ef 2:20-22). Os evangelistas são aqueles que buscam o material para a construção. (Mt 22:9).
Os mestres são os edificadores. Os pastores são os que zelam pelo “Edifício de Deus” (Hb
13:17 e 1 Co 3: 5 -17). Essa ilustração nos dá uma idéia aproximada de como é a integração
do trabalho dos cinco ministérios.
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III - Obreiro Aprovado


Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade (II Timóteo, 2.15).

Obreiros tem muitos, mas os aprovados por Deus são poucos. Infelizmente estamos
vivendo uma época em que as exigências e qualificações que a palavra de Deus recomenda
para escolha e consagração de obreiros para exercer o ofício ministerial; seja diácono,
presbítero, evangelista, pastor, apóstolo e outros, tem sido vulgarizada e desvalorizada. Uns
são chamados por simpatia, outros por amizade, outros por ter um bom status social, outros
por apadrinhamento, e na maioria das vezes eles não tem o mínimo de preparo ou vocação
ministerial. Antigamente os homens de Deus oravam para o Espírito Santo revelar obreiros
para serem consagrados, hoje muitos não oram mais neste sentido, parece que a urgência da
obra é muito grande, e eles não tem tempo para orar. Já existe uma frase que muitos estão
usando para justifica o seu erro, que diz: Se a chamada der errado, foi o homem quem chamou;
se der certo, foi de Deus. Muitos almejam o episcopado com interesse financeiro, para
engordar a sua conta bancária, muitos já se tornaram verdadeiros profissionais do púlpito nas
igrejas e estão pregando o que o povo gosta de ouvir e não o que o povo precisa ouvir. Mas
ainda existem obreiros qualificados e aprovados por Deus que estão fazendo a diferença nesta
geração.

Em 2 Timóteo 2, Paulo exorta Timóteo a dedicar-se inteiramente a prática do Evangelho


deJesus. Ele dá o exemplo do soldado, do atleta e do lavrador. Paulo mostra como estas três
classes de pessoas, só recebem a recompensa mediante dedicação e trabalho árduo. Ele
prossegue falando sobre seu próprio sofrimento e como tem suportado tudo, por causa de
Cristo e do Reino de Deus. Assim ele mostra que para Timóteo ser aprovado ele precisa
dedicar-se ao conhecimento e a prática da Palavra de Deus. Em seguida, ele distingue que em
uma casa há vasos de honra e de desonra e como devemos glorificar a Deus.

III – 1 - Esboço de II Timóteo 2

2 Timóteo 2.1 – 7: A dedicação devida ao Evangelho

2 Timóteo 2.8 – 13: Suportando tudo pelo Evangelho

2 Timóteo 2.14 – 19: O obreiro aprovado

2 Timóteo 2.20 – 26: Vasos de honra e vasos de desonra

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III – 2 - Fortalecidos na Graça

“PORTANTO, VOCÊ, MEU FILHO, FORTIFIQUE-SE NA GRAÇA QUE HÁ EM CRISTO


JESUS. E AS COISAS QUE ME OUVIU DIZER NA PRESENÇA DE MUITAS
TESTEMUNHAS, CONFIE A HOMENS FIÉIS QUE SEJAM TAMBÉM CAPAZES DE
ENSINAR A OUTROS”. (2 TIMÓTEO 2.1,2)

Aqui Paulo encoraja Timóteo à constância e perseverança em seu trabalho: “fortifica-te na


graça que há em Cristo Jesus”. Aqueles que têm trabalho para fazer para Deus devem
despertar-se a fazê-lo e fortalecer-se para isso. Ser forte na graça que está em Cristo Jesus pode
ser entendido em oposição à fragilidade da graça. Onde há a verdade da graça deve haver um
trabalhar para alcançar a força da graça. À medida que nossas provações aumentam,
precisamos nos tornar mais fortes no que é bom: nossa fé mais forte, nossa resolução mais
forte, nosso amor a Deus, e a Cristo, mais forte. Ou, pode ser entendido em oposição a sermos
fortes em nossas próprias forças: “Sejam fortes, não confiando em sua própria suficiência,
mas na graça que está em Jesus Cristo”.

III – 3 - A Graça de Jesus Cristo

Compare com Efésios 6.10: “Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder”. Quando
Pedro prometeu antes morrer por Cristo a negá-lo, estava confiando em sua própria força. Se
estivesse forte na graça que está em Cristo Jesus, lograria mais êxito.

Existe graça em Cristo Jesus; porque a lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade
vieram por Jesus Cristo (João 1.17). Existe graça suficiente nele para todos nós.

Devemos ser fortes nessa graça; não em nós mesmos, em nossa própria força, ou na graça
que já recebemos, mas na graça que está nele e que é o caminho para ser forte na graça.

Como um pai exorta seu filho, assim Paulo exorta Timóteo com grande ternura e afeição:
“Tu, pois, meu filho, fortifica-te”, etc. Timóteo deve contar com sofrimentos, mesmo até o
sangue, e, portanto, deve treinar outros a sucedê-lo no ministério do evangelho.

Ele deve instruir outros e treiná-los para o ministério, e, dessa forma, confiar-lhes as coisas
que havia ouvido. Ele deve também ordená-los para o ministério, colocar o evangelho como
um depósito nas mãos deles, e, assim, confiar-lhes as coisas que havia ouvido.

Timóteo deve prestar atenção em duas coisas ao ordenar ministros: a fidelidade e


integridade deles, e também a habilidade ministerial deles. Eles não devem ter conhecimento
somente, mas ser capazes de também ensinar outros, e ser aptos a ensinar. Timóteo deveria
confiar a outros o que tinha ouvido do apóstolo entre muitas testemunhas.

Ministério Kadosh Santidade ao Senhor


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Ele deve entregar a outros apenas aquilo que Paulo entregara a ele e a outros, de acordo
com o que havia recebido do Senhor Jesus Cristo. Ele deveria confiar a eles esse evangelho
como um depósito sagrado, que deveriam guardar e transmitir de maneira pura e incorrupta a
outros. Esses a quem ele deve confiar essas coisas devem ser fiéis, isto é, homens confiáveis,
e idôneos para ensinar a outros. Embora os homens fossem fiéis e idôneos, ainda assim, essas
coisas deviam ser confiadas a eles por Timóteo, um ministro, um homem com um cargo.

Porque ninguém deve introduzir-se no ministério, mas deve ter essas coisas confiadas a
eles por aqueles que já estão exercendo esse ministério.

III – 4 - Cinco Características do Obreiro Aprovado.

Fiel.
Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de
Deus. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel (ICo.4.1,2).
A fidelidade é indispensável na vida de um obreiro, todo obreiro que finge ser fiel, em algum
momento vai cair em contradição. A fidelidade envolve todas as áreas da vida do obreiro.
Fidelidade com Deus, fidelidade com a esposa e filhos, fidelidade com a igreja, fidelidade
ministerial, fidelidade nos negócios, enfim, em todas as coisas. O apóstolo Paulo instruindo o
jovem pastor Timóteo, disse: Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis,
na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé. na pureza. Persiste em ler, exortar e ensinar,
até que eu vá. Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja
manifesto a todos (I Tm.4.12,13,15).

Vigilante.
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te
salvarás, tanto a ti mesmo como aos que tem ouvem (ITm.4.16).O obreiro que não é vigilante
a sua vida pode se tornar uma tragédia. É preciso ser vigilante em todas as áreas, para que os
nossos adversários, inclusive o diabo, não tenha de que nos acusar. O obreiro deve ficar sempre
de prontidão e nunca dormir; pois o inimigo não dorme, ele trabalha de dia e de noite,
procurando uma brecha para entrar e destruir. Por isso a bíblia nos recomenda dizendo: Sede
sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em redor, bramando como leão,
buscando a quem possa tragar (IPe.5.8). O apóstolo Paulo também nos exorta dizendo: Não
durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios (ITes.5.6).

Sofredor.
Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se
embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se
alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente (IITm.2.3-5).
Hoje muitos obreiros não querem mais sofrer, muitos querem ostentar um titulo e ter isto como
Ministério Kadosh Santidade ao Senhor
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status, não estão interessados em se preocupar de cuidar das ovelhas, e sim em sugá-las,
recolher a sua lã (bens, dinheiro) e viver um evangelho business (de negócios). O obreiro não
foi chamado só para viver um evangelho de conforto, mais também de sofrimento. O apóstolo
Paulo escrevendo aos filipenses, diz: Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não
somente crer nele, como também padecer por ele, tendo o mesmo combate que já em mim
tendes visto e, agora, ouvis estar em mim (Fp.1.29,30). Palavra fiel é esta: que se morrermos
com ele, também com ele viveremos; se sofrermos, também com ele reinaremos, se o
negarmos, também ele nos negará; se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a
si mesmo (II Tm.2.11-13).

Verdadeiro.
Tu porém, fala o que convém à sã doutrina (Tito, 2.1). Conjuro-te, pois, diante de Deus e
do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que
pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a
longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo
comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as sua próprias concupiscências;
e desviarão os ouvidos da verdade, voltando as fábulas. Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as
aflições, faz a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério (II Tm.4.1-5). O obreiro
aprovado, ele é verdadeiro porque vive na verdade e prega a palavra da verdade. Só pode
pregar a palavra da verdade, aquele que é verdadeiro; quando o apóstolo Paulo disse: Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja
bem a palavra da verdade; isto significa dizer que, para se apresentar a Deus aprovado, é
preciso está vivendo a verdade. Quem vive a verdade tem aprovação de Deus, não é
envergonhado por ninguém e tem autoridade de manejar bem a palavra da verdade.
Infelizmente, muitos não vivem o que pregam; muitos estão disfarçados de obreiros
verdadeiros, vivem de engano e são hipócritas, mas com um tempo as máscaras irão cai.

Humilde.
Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes
chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos
outros em amor (Ef.4.1,2). A humildade é uma virtude que identifica o verdadeiro homem de
Deus. O obreiro aprovado não deve ser orgulhoso, soberbo e de olhar altivo; e sim amigo,
comunicativo, amável, generoso e humilde. A palavra de Deus nos diz: A soberba precede a
ruína, e a altivez do espírito precede a queda (Pv.16.18). Antes de ser quebrantado, eleva-se o
coração do homem; e, diante da honra, vai a humildade (Pv.18.12). Há obreiros que
começaram bem, eram humildes, participavam, ajudavam, dividiam o que tinha para o bem da
obra, sabiam ouvir quando preciso, abraçavam a todos e pregavam a palavra de Deus, mesmo
se não fossem pagos para isso. Hoje infelizmente há muitos obreiros orgulhosos e até pensam
que são estrelas, e buscam honras para si, e acham que são especiais e por isso querem ser
destacados para ser o centro das atenções. Que Deus tenha misericórdia, e estes possam
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reconhecer que toda a glória e honra pertencem a Jesus. Muitos precisam descer do pedestal e
entrar no caminho da humildade, para ver a glória de Deus se manifestar na sua vida e no seu
ministério, antes que seja tarde.

III – 5 - O Obreiro e a Sua Liderança.

Quando ouvimos falar em liderança, somos quase que inconscientemente inclinados a


pensar que a palavra tem origem secular e o assunto só interessa aquelas pessoas que, no atual
sistema de governo antropocêntrico e avesso a Deus, têm como meta na vida dominar sobre
as demais pessoas para sobre elas impor a autoridade, realizar os seus caprichos e tirar suas
vantagens.

Ainda que a nossa observação e experiência neste mundo possam nos induzir a tal
preconceito, é preciso que entendamos que a verdadeira liderança nada tem a ver com estas
conotações pessoais e que, se persistimos nestes conceitos falhos vamos ter sérios problemas
no que diz respeito á nossa vida cristã pessoal e ao nosso serviço a Deus. Por causa da imagem
moral e da semelhança pessoal que trazemos dEle, temos necessidade de comunhão não só
com Deus mas também com os demais homens.

Auxiliar de Trabalho (Cooperador).

O Auxiliar de Trabalho é uma função que precede ao Diácono, o termo é relativamente


novo e não se encontra na Bíblia, por conta disso, algumas denominações mais rígidas quanto
à doutrina, não o reconhecem como cargo ministerial. Embora não haja referência bíblica sobre
o cargo, ele pode ser inferido no contexto de 1 Tm 3.10. Baseado neste conceito, o cargo de
auxiliar de trabalho foi criado com o objetivo de experimentar o obreiro para o diaconato, é
como se o obreiro ficasse em um período de observação, para ao ser aprovado como obreiro,
fosse então consagrado a Diácono. Ocorre freqüentemente no meio “assembleano”, que alguns
auxiliares de trabalho se destaquem tanto, que a própria igreja local o considerem como
diácono antes mesmo da sua consagração.

Há pessoas mencionadas na Bíblia como "cooperadores", no entanto, sem evidência de se


referir a um cargo. Eram pessoas que haviam prestado algum tipo de auxílio à alguém, em
algum momento específico (Fp. 2:25; At. 20:35). Pode ser até o mesmo que levitas (Ed. 7:24).
De todo modo, são pessoas escolhidas para servir no templo (AT), confundindo-se com a
função do diácono (NT)), porém, com atuação limitada. Numa melhor ordem,
são ajudantes dos diáconos nas atividades seculares da igreja.

Ministério Kadosh Santidade ao Senhor


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Portaria.

Óbvio. Para guardar as portas. Porteiro era considerado Levita, desenvolvia, também, a
tarefa de arrecadador de ofertas, como não temos nossas ofertas vão ao gazofilácio (2 Cr.
31:14) e vigia (Mc. 13:34); Jesus menciona o porteiro como responsável pela guarda da porta
do aprisco das ovelhas (Jo. 10:3; ver também Ed. 7:24). É improdutivo uma igreja de porta
única, com uma quantidade exagerada de porteiros para servir.

IV - Diaconato e Seu Significado.


A palavra "diácono" vem de uma palavra grega (diakonos) que é encontrada mais de 30
vezes no Novo Testamento. Palavras semelhantes são diakonia (ministério ou diaconato)
e diakoneo (servir ou ministrar). "Diácono" quer dizer "atendente" ou "servente". A mesma
palavra descreve, empregados e obreiros voluntários. A ênfase não está na posição da pessoa,
mas no servo em relação ao seu trabalho. No início foram escolhidos, para um trabalho de
assistência social com as viúvas e pessoas necessitadas, mas eles foram além destes serviços
interno e se destacaram em todo o trabalho da Igreja, como Felipe e outros. O que é o
diaconato? Um ofício? Ou um ministério? tendo em vista a análise das leituras propostas,
podemos observar que o diaconato é tanto um ofício quanto um ministério. Um ofício porque
sua função é claramente limitada: suprir as necessidades do santos; daí podemos afirmar que
o ofício básico do diácono é a assistência social. Um ministério pois é uma função eclesiástica
exercida por aqueles biblicamente ordenados. “E os apresentaram perante os apóstolos e estes
orando, lhes impuseram as mãos” At 6:6.

Quer dizer servo, assistente, servente,

Quer dizer responsabilidade,

Quer dizer compromisso,

Quer dizer amor,

Quer dizer gratidão pela salvação,

Quer dizer pronto a obedecer,

Quer dizer fidelidade,

Quer dizer pronto a ouvir as ordens do Rei Jesus,

Quer dizer ao inteiro dispor do mestre Jesus,

Quer dizer enviado,


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Quer dizer Ministro.

Os diáconos, ou servos, na Bíblia incluem servos domésticos (João 2:5,9), e governantes


(Romanos 13:4), mas os usos mais comuns são de servos de Cristo e da igreja. Jesus usou a
palavra para descrever seus discípulos, um em relação aos outros (Mateus 23:11), e Paulo usou
a mesma palavra frequentemente para descrever evangelistas ou pregadores da palavra (1
Coríntios 3:5; Efésios 6:21; etc.). Estes termos, nos usos gerais, descrevem tanto homens como
mulheres (veja Lucas 10:40; Romanos 16:1). Todos os cristãos devem servir uns aos outros (1
Pedro 4:10).

A palavra "diácono" é empregada num sentido específico em 1 Timóteo 3:8, onde Paulo
começa a lista de qualificações de alguns servos especiais escolhidos na igreja. É claro que ele
não está falando sobre servos no sentido geral (todos os cristãos), porque as qualificações
definem um grupo limitado de homens. Veja as qualificações desses servos:

"Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só


palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o
mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados;
e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a mulheres,
é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. O
diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. Pois os
que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita
intrepidez na fé em Cristo Jesus" (1 Timóteo 3:8-13).

1 Timóteo 3:1-13 e Filipenses 1:1 mostram que esses servos são distintos dos bispos ou
presbíteros. Eles servem sob a supervisão e direção dos presbíteros, auxiliando em diversos
aspectos do trabalho da igreja. Em Atos 6:1-7, achamos um exemplo de homens escolhidos
para servir na igreja, neste caso sob a supervisão dos apóstolos.

IV – 1 - Ética Diaconal

Além das qualificações que cada diácono deve observar em seu mister, todos precisam
observar a ética diaconal. A ética diaconal é a norma de conduta que o diácono deve observar
no desempenho de seu ministério. A ética diaconal procede principalmente da Bíblia (palavra
do Senhor), dos regulamentos da igreja a qual exerce o diaconato e a consciência do próprio
diácono.

Para que o diácono exerça seu ministério dentro da ética diaconal, este deve observar os
seguintes pontos:

- O conhecimento pleno de seu ofício;


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- A lealdade para com seu pastor e líder;

- Extremo cuidado quanto as críticas (de preferência não a faça), troque as críticas por orações
ao anjo da igreja;

- Seja prudente quanto a visita ao lar, principalmente a pessoas do sexo oposto, quando ambos
estiverem desacompanhados. Fuja da aparência do mal;

- Quanto ao dinheiro, se alguém quiser lhe entregar ofertas ou dízimo, peça gentilmente que o
faça no gazofilácio ou na tesouraria da igreja;

- Seja Discreto, saiba controlar a lingua, caso presencie casos extremamente graves procure
seu pastor;

- Exerce seu ministério no poder do Espírito Santo, você não precisa lembrar a ninguém que é
diácono cuidado com as arbitrariedades e ameaças, as pessoas devem vê-lo como homem de
Deus;

- Seja pontual, chegue antes de o culto começar e não se apresse em sair, seu pastor estará
sempre a necessitar de sua ajuda;

- Seja obediente às ordens de seus líderes, não murmure nem resmungue, e lembre-se, obedecer
é melhor do que sacrificar;

- Nunca se esqueça de exercer seu ministério com amor, pois assim você estará cumprindo a
Lei, os profetas e todo o Novo Testamento. E será, em todas as coisas, bíblica e eticamente
correto. Portanto não se esqueça da palavra de Deus.

IV – 2 - As Qualificações e Responsabilidades Bíblicas dos Diáconos.

Quem deveria ser um diácono?

O que a Bíblia diz que os diáconos devem fazer?

Os diáconos possuem uma função crucial na vida e saúde da igreja local, o papel bíblico
dos diáconos é cuidar das necessidades físicas e logísticas da igreja. Essa distinção é baseada
no padrão encontrado em Atos 6.1-6. Os apóstolos eram devotados “à oração e ao ministério
da palavra” (v. 4). Uma vez que esse era o seu chamado primário, sete homens foram
escolhidos para lidar com assuntos mais práticos, de modo a dar aos apóstolos a liberdade para
continuarem a sua obra.

Para que isto aconteça os diáconos servem a congregação em todas as necessidades práticas
que possam surgir.

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As Qualificações dos Diáconos e Diaconisas.

A única passagem que menciona as qualificações para os diáconos é 1Timóteo 3.8-13.


Nessa passagem, Paulo apresenta uma lista oficial, porém não exaustiva, dos requerimentos
para os diáconos.

As similaridades entre as qualificações para diáconos e presbíteros/bispos em 1Timóteo 3


são notáveis. Assim como as qualificações para os presbíteros, um diácono não pode ser dado
ao vinho (v. 3), avarento (v. 3), irrepreensível (v. 2; Tt 1.6), marido de uma só mulher (v. 2),
e um hábil governante de seus filhos e de sua casa (vv. 4-5). Além disso, o foco das
qualificações é o caráter moral da pessoa que há de preencher o ofício: um diácono deve ser
maduro e acima de reprovação. A principal diferença entre um presbítero e um diácono é uma
diferença de dons e chamado, não de caráter.

Paulo identifica nove qualificações para os diáconos em 1Timóteo 3.8-12:

- Respeitáveis (v. 8): Esse termo normalmente se refere a algo que é honorável, digno,
estimado, nobre, e está diretamente relacionado a “irrepreensível”, que é dado como uma
qualificação para os presbíteros (1 Tm 3.2).

- De uma só palavra (v. 8): Aqueles que têm a língua dobre dizem uma coisa a certas pessoas,
mas depois dizem algo diferente a outras, ou dizem uma coisa, mas querem dizer outra. Eles
têm duas faces e são insinceros. As suas palavras não podem ser confiadas, então eles carecem
de credibilidade.

- Não inclinados a muito vinho (v. 8): Um homem é desqualificado para o ofício de diácono
se for viciado em vinho ou outra bebida forte. Tal pessoa carece de domínio próprio e é
indisciplinada.

- Não cobiçosos de sórdida ganância (v. 8): Se uma pessoa ama o dinheiro, não está qualificado
para ser um diácono, especialmente porque os diáconos com frequência lidam com questões
financeiras da igreja.

- Sólidos na fé e na vida (v. 9): Paulo também indica que um diácono deve “conservar o
mistério da fé com a consciência limpa”. A expressão “o mistério da fé” é simplesmente um
modo de Paulo falar do evangelho (cf. 1Tm 3.16). Consequentemente, essa afirmação se refere
à necessidade de os diáconos manterem-se firmes no verdadeiro evangelho, e não oscilantes.
Contudo, essa qualificação não envolve apenas as crenças de alguém, pois o diácono também
deve manter essas crenças “com a consciência limpa”. Isto é, o comportamento de um diácono
deve ser consistente com suas crenças.

- Irrepreensíveis (v. 10): Paulo escreve que os diáconos devem ser “primeiramente
experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato” (v. 10).
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“Irrepreensíveis” é um termo genérico, que se refere ao caráter geral de uma pessoa. Embora
Paulo não especifique que tipo de teste deve ser feito, no mínimo, deve-se examinar a vida
pessoal, a reputação e as posições teológicas do candidato. Mais do que isso, a congregação
não deveria examinar apenas a maturidade moral, espiritual e doutrinária do diácono em
potencial, mas deveria também considerar o histórico de serviço da pessoa na igreja.

- Esposa piedosa (v. 11): É discutível se o versículo 11 se refere à esposa do diácono ou a uma
diaconisa. Acreditamos que aos dois. No que interessa a esta discussão, vamos assumir que o
versículo esteja falando das qualificações da esposa de um diácono. De acordo com Paulo, as
esposas dos diáconos devem ser “respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo”
(v. 11). Como o seu marido, a esposa deve ser respeitável ou honorável. Em segundo lugar,
ela não deve ser maldizente, uma pessoa que espalha fofocas. A esposa de um diácono deve
também ser temperante ou sóbria. Isso é, ela deve ser apta a fazer bons julgamentos e não deve
estar envolvidas em coisas que possam embaraçar tal julgamento. Por fim, ela deve ser “fiel
em todas as coisas” (cf. 1Tm 5.10). Esse é um requerimento genérico que funciona
semelhantemente ao requerimento para que os presbíteros e diáconos sejam “irrepreensíveis”
(1Tm 3.2; Tt 1.6; 1Tm 3.10).

- Marido de uma só mulher (v. 12): A melhor interpretação dessa passagem difícil consiste em
entendê-la como a fidelidade do marido para com sua esposa. Ele deve ser “um homem de
uma única mulher”. Isso é não deve haver qualquer outra mulher em sua vida com a qual ele
se relacione em intimidade, seja emocionalmente, seja fisicamente.

- Governe bem seus filhos e a própria casa (v. 12): Um diácono deve ser o líder espiritual de
sua esposa e filhos.

De modo geral, se uma qualificação moral é listada para presbíteros, mas não para
diáconos, aquela qualificação ainda se aplica a estes. O mesmo ocorre para aquelas
qualificações listado para diáconos, mas não para presbíteros. Por exemplo, um diácono deve
ser um homem de “uma só palavra” (v. 8). Paulo não afirma explicitamente o mesmo acerca
dos presbíteros, mas não há dúvida de que tal se aplica a eles, uma vez que Paulo disse que os
presbíteros devem ser “irrepreensíveis”, o que incluiria essa injunção.

Ainda assim, nós deveríamos observar as diferenças nas qualificações, uma vez que ou elas
significam um traço peculiarmente adequado ao oficial para que cumpra seus deveres, ou são
algo que era problemático no lugar para onde Paulo escreveu (no caso, Éfeso). Isso deve ficar
mais claro à medida que passemos a considerar as responsabilidades de um diácono.

As Responsabilidades dos Diáconos

O ofício de diácono é frequentemente mal-entendido. Conforme o Novo Testamento, a


função do diácono é, principalmente, ser um servo. A igreja precisa de diáconos para proverem

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suporte logístico e material, de modo que os pastores possam focar na Palavra de Deus e na
oração.

O Novo Testamento não nos dá muita informação acerca do papel dos diáconos. Os
requerimentos dados em 1Timóteo 3.8-12 focam no caráter e na vida familiar do diácono.
Existem, contudo, algumas dicas quanto à função dos diáconos quando os requerimentos são
comparados àqueles dos presbíteros. Embora muitas das qualificações sejam as mesmas ou
muito similares, há algumas notáveis diferenças.

Talvez a função mais perceptível seja que os diáconos não precisam ser “aptos a ensinar”
(1Tm 3.2). Diáconos são chamados a “conservar” a fé com uma consciência limpa, mas não
são chamados a “ensinar” aquela fé (1Tm 3.9). Isso sugere que os diáconos não têm um papel
de ensino oficial na igreja.

Os diáconos devem governar bem sua casa e seus filhos (1Tm 3.4, 12). Porém, ao referir-
se aos diáconos, Paulo omite a seção na qual compara governar a própria casa a cuidar da
igreja de Deus (1Tm 3.5). O motivo dessa omissão é, mais provavelmente, devido ao fato de
que aos diáconos não é dada uma posição de liderança ou governo na igreja – essa função
pertence aos presbíteros, pastores e bispos.

Embora Paulo indique que um indivíduo deva ser testado antes de poder exercer o ofício
de diácono (1Tm 3.10), o requerimento de que ele não seja um neófito não está incluso. Paulo
observa que, se um diácono for um recém-convertido, pode ocorrer que ele “se ensoberbeça e
incorra na condenação do diabo” (1Tm 3.6). Uma implicação dessa diferença poderia ser que
aqueles que exercem o ofício de presbítero são mais suscetíveis ao orgulho porque possuem
liderança sobre a igreja. Ao contrário, não é tão provável que um diácono, o qual se acha mais
em um papel de servo, caia no mesmo pecado. Finalmente, o título de “bispo” (1Tm 3.2)
implica a supervisão geral do bem-estar espiritual da congregação, ao passo que o título
“diácono” implica alguém que possui um ministério orientado para o serviço.

Além do que podemos vislumbrar dessas diferenças nas qualificações, a Bíblia não indica
claramente a função dos diáconos. Contudo, baseado no padrão estabelecido em Atos 6, com
os apóstolos e os Sete, parece melhor enxergar os diáconos como servos que fazem o que for
necessário para permitir que os pastores cumpram o seu chamado divino de pastorear e ensinar
a igreja. Assim como os apóstolos delegaram responsabilidades administrativas aos Sete,
também os pastores devem delegar certas responsabilidades aos diáconos, de modo que os
pastores possam focar os seus esforços em outras atividades. Como resultado, cada igreja local
é livre para definir as tarefas dos diáconos conforme as suas necessidades particulares.

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IV – 3 - Quais São Alguns Deveres Pelos Quais os Diáconos Devem ser Responsáveis
Hoje?

Eles poderiam ser responsáveis por qualquer coisa que não seja relacionada ao ensino e ao
pastoreio da igreja. Tais deveres poderiam incluir:

Instalações.

Os diáconos poderiam ser responsáveis por administrar a propriedade da igreja. Isso


incluiria assegurar que o lugar de culto esteja preparado para a reunião de adoração, limpá-lo,
ou administrar o sistema de som.

Benevolência.

Semelhante ao que ocorreu em Atos 6.1-6 com a distribuição diária em favor das viúvas,
os diáconos podem estar envolvidos em administrar fundos ou outras formas de assistência
aos necessitados.

Finanças.

Enquanto os presbíteros deveriam, provavelmente, supervisionar as questões financeiras da


igreja (At 11.30), pode-se deixar apropriadamente que os diáconos lidem com as questões
cotidianas. Isso incluiria coletar e contar as ofertas, manter registros, e assim por diante.

Introduções.

Os diáconos poderiam ser responsáveis por distribuir boletins, acomodar a congregação


nos assentos ou preparar os elementos para a comunhão.

Logística.

Os diáconos deveriam estar prontos a ajudar em uma variedade de modos, de modo que os
pastores possam se concentrar no ensino e no pastoreio da igreja.

Ao passo que a Bíblia encarrega os pastores e presbíteros das tarefas de ensinar e liderar a
igreja, o papel dos diáconos é mais orientado ao serviço. Isso são: eles devem cuidar das
preocupações físicas ou temporais da igreja. Ao lidarem com tais questões, os diáconos
liberam os presbíteros e pastores para que foquem no pastoreio das necessidades espirituais da
congregação.

Contudo, embora os diáconos não sejam os líderes espirituais da congregação, o seu caráter
é da maior importância, motivo pelo qual deveriam ser examinados e apresentar as
qualificações bíblicas arroladas em 1Timóteo 3.

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V - Presbíteros
No início da Igreja do primeiro século havia líderes que orientavam os crentes quanto ao
Evangelho, bem como à organização e desenvolvimento da igreja local. O Evangelho
frutificou na vida das pessoas, e por isso, surgiam cada vez mais novos crentes. Foi necessário,
a fim de garantir o discipulado integral da nova pessoa em Cristo, separar crentes idôneos e
maduros na fé para cuidarem desse precioso rebanho. Assim, os apóstolos de Cristo passaram
a estabelecer presbíteros para zelar pela administração e a vida espiritual da igreja local.

V - 1 - A Escolha dos Presbíteros.

Significado do ofício.

De acordo com a Bíblia de Estudo Palavras-Chave, o termo “presbítero” (do gr.


presbyteros) é uma forma comparativa da palavra grega presbys, “pessoa mais velha”. Como
substantivo, e no emprego dos judeus e cristãos, “presbítero” é um título de dignidade dos
indivíduos experientes e de idade madura que formavam o governo da igreja local. É um
sinônimo de bispo (gr. episkopos, supervisor); de professor (gr. didaskolos); e de pastor (gr.
poimēn).

A liderança local.

O apóstolo Paulo cuidou de organizar a administração das igrejas locais por onde as
plantava, separando um grupo de obreiros para tal trabalho. Quando escreve ao seu discípulo,
o jovem Tito, Paulo o instrui a estabelecer presbíteros em diversos lugares, de cidade em
cidade (Tt 1.4,5,7). Está claro, assim, o aspecto pastoral da função exercida pelos presbíteros
nas comunidades cristãs antigas.

As qualificações. Em o Novo Testamento, as referências aos presbíteros encontram-se no


plural: “presbíteros”, “bispos” ou “anciãos” (At 11.30; 15.2,4,6; 20.17; Tg 5.14; 1Pe 5.1).
Como a liderança local era formada por um grupo de irmãos experientes na fé para cuidarem
da igreja, a função dos presbíteros era pastoral. Portanto, o presbítero é um pastor, um
apascentador de ovelhas! A Palavra de Deus expressa qualificações bem objetivas para o
exercício fiel dessa função. Tais qualificações estão descritas em Tito 1.6-9 para presbítero,
assim como em 1 Timóteo 3.1-7 para “bispo”, denotando o aspecto sinonímico dos dois
termos. Uma leitura atenta das duas listas indica a importância da função e como as igrejas
não podem descuidar-se quando da ordenação de pessoas para servi-la. O bom conselho do
apóstolo Paulo ainda é a maneira mais segura para se separar obreiros.

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A importância do Presbítero.

Significado do termo. “Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia,
com a imposição das mãos do presbitério” (1Tm 4.14). Foi dessa forma que o apóstolo Paulo
lembrou Timóteo, aconselhando-o acerca do reconhecimento do ministério do jovem pastor
pelo conselho de obreiros. O Novo Testamento classifica esse corpo de obreiro de
“presbitério” (do gr. presbyterion, substantivo de presbítero, um conselho formado por anciãos
da igreja cristã).

A atuação do presbitério. No Concílio de Jerusalém, em relação às sérias questões étnicas


e eclesiásticas que podiam comprometer a expansão da igreja, os apóstolos e os anciãos
(presbíteros) foram chamados para debater e legislar sobre o assunto (At 15.2,6,9-11). Em
seguida, os presbíteros foram enviados à Antioquia para orientar os irmãos sobre a resolução
dos problemas que perturbavam os novos convertidos: “E, quando iam passando pelas cidades,
lhes entregavam, para serem observados, os decretos que haviam sido estabelecidos pelos
apóstolos e anciãos em Jerusalém” (At 16.4).

A valorização do presbitério. O presbitério deve ser valorizado, pois desde os primórdios


da Igreja cristã, a sua existência tem fundamento na Palavra de Deus. O rebanho do Senhor
será ainda mais bem atendido se o presbitério das nossas igrejas for preparado para uma
atuação mais efetiva no governo da igreja e no ministério de ensino, tal como instruiu o
apóstolo Paulo: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada
honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (1Tm 5.17). O Novo
Testamento mostra que, apesar de haver um pastor titular, o governo de uma igreja não era
exercido por um único líder, mas pelo conselho de obreiros (At 20.17-37; Ef 4.11, 1Pe 5.1). O
presbitério é de vital importância ao desenvolvimento das igrejas locais e ao bom ordenamento
do Corpo de Cristo.

Os deveres do Presbíteros

Apascentar a igreja.

Os presbíteros têm o dever de alimentar o rebanho de Deus com a exposição da Santa


Palavra. O apóstolo Pedro bem exortou aos presbíteros da sua época acerca desta tarefa: (1Pe
5.2a). O apascentar as ovelhas do Senhor se dá com cuidado pastoral, não pela força ou
violência, como se os obreiros tivessem domínio sobre o Corpo de Cristo. Esse ato ocorre
voluntariamente, sem interesse financeiro, servindo de exemplo ao rebanho em tudo (1Pe
5.2,3). Os presbíteros formam o conselho da igreja local cujo objetivo maior é atuar na
formação espiritual, social, moral e familiar do povo de Deus.

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Liderar a igreja local.

A liderança da igreja local tem duas esferas principais de atuação: o governo e o ensino. O
presbítero, quando designado para essas tarefas, tem o dever de exercê-las na “Igreja de Deus”
(1Tm 3.5). Para isso, ele precisa saber “governar a sua própria casa” e ser “apto a ensinar”
(1Tm 3.2,4). Liderar o rebanho de Deus, segundo o Novo Testamento, é estar disponível “para
servir” e “não para ser servido” (Mt 20.25-28; Mc 10.42-45). Com o objetivo de exercer
competentemente esta função, o presbítero deve ser uma pessoa experiente, idônea e pronta a
ser exemplo na igreja local. Ensinar e governar com equidade e seriedade é o maior
compromisso de todo homem de Deus chamado para tão nobre tarefa.

Ungir os enfermos.

“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-
o com azeite em nome do Senhor” (Tg 5.14). O ato da unção dos enfermos não pode ser
banalizado na igreja local. Ele revela a proximidade que o presbítero deve ter com as pessoas.
O membro da igreja local tem de se sentir à vontade para procurar qualquer um dos presbíteros
e receber oração ou uma palavra pastoral. Tal obreiro foi separado pelo Pai e pela igreja para
atender a essas demandas.

Os presbíteros, sempre formaram um corpo de obreiros com a finalidade de contribuir para


a edificação da igreja local. Eles exercem uma função pastoral. Nas Assembleias de Deus no
Brasil, os presbíteros exercem este serviço, pastoreando as congregações. Eles ainda cuidam
da execução das principais tarefas da Igreja: a evangelização e o ensino da Palavra. Portanto,
esses obreiros precisam ser bem selecionados e valorizados pela igreja local.

O significado de ser pastor.

Desde os tempos do Antigo Testamento os líderes do povo de Deus (reis, sacerdotes,


profetas) já eram chamados de pastores (ver exemplo em Jer. 23:1-4) porque tinham a função
de guiar, conduzir o povo pelos caminhos estabelecidos por Deus. No Novo Testamento
encontramos três designações para a mesma pessoa que é responsável pela condução da igreja,
do povo de Deus. Em Atos 20:17,28, encontramos o apóstolo Paulo reunido com os anciãos da
igreja de Éfeso (v.17), aos quais chama também de bispos e declara que foram constituídos
para exercerem a tarefa de pastoreio. Neste texto fica estabelecido que na igreja primitiva o
que pastoreava era também o bispo que supervisionava e, ainda, o ancião (ou presbítero) que
ensinava, aconselhava exortava.

Daí por diante, vamos encontrar o apóstolo Paulo sempre se referindo aos incumbidos de
dirigirem as igrejas de Cristo, como pastores, ou presbíteros, ou bispos (ver Ef. 4:11; Heb.
13:7,17 e Tito 1:5,7) e nunca se referindo a eles como pessoas diferentes em cargos diferentes.

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O que precisamos entender é que o líder da igreja, na realidade, desempenha três funções
essenciais para a condução do povo de Deus.

VI - Líderes de Mocidade.
A escolha de líderes.

Levando em consideração esse potencial que a juventude representa para a igreja, muitos
pastores têm permitido que ela tenha seu próprio líder, no caso, um jovem capacitado, ou um
obreiro com funções junto ao ministério. Ideal seria que fosse uma pessoa que gozasse da
inteira confiança do pastor e que tenha livre curso entre os jovens.

Esse líder não é um mini-pastor, nem alguém que governe sobre a mocidade, independente
do pastor, não. Por ser ele um elemento que goza da confiança do pastor, é tido como seu
representante, e a sua autoridade sobre a mocidade depende do que lhe for delegado pelo pastor
da igreja. Mesmo porque a mocidade não constitui uma igreja dentro da outra. A mocidade é
parte inseparável da igreja como um todo, e só ao pastor foi dada a posição de liderança sobre
ela. O pastor é autoridade máxima da igreja e de tudo que a constitui.
Lembramos ainda que a liderança vem de Deus, é Ele quem levanta e capacita o líder.

VI – 1 - O Que Faz o Líder de Mocidade.

A experiência diz que quando o pastor não fornece delega para a mocidade, esta acaba
dando trabalho ao pastor. Então se chegou a conclusão que uma forma de manter mocidade
sempre pensando nas coisas do céu, é mantê-la sempre ocupada com as coisas do céu. É aí que
entra a figura do líder de mocidade que por possuir grande afinidade com ela, se constitui num
elo de ligação entre a mocidade e o pastor, levando a este os desejos e anseios da mocidade.
Isto não significa em absoluto que o pastor seja um elemento inacessível. Neste caso o líder
de mocidade deve se colocar na posição de um obreiro de confiança, a fazer em nome do pastor
aquilo que o mesmo gostaria que fosse feito, mas que está impedido em decorrência das suas
muitas ocupações em outras áreas igualmente importantes. Para isto requer-se que esse líder
mostre as seguintes qualidades:

Respeito pelo seu pastor – O líder de mocidade deve ter sempre em mente que a sua autoridade
é derivada de uma concessão feita pelo pastor, por isso deve agir de modo a nunca decepcionar
o seu pastor. Respeito aqui envolve obediência.

Acato as decisões ministeriais – Ao ministério ordinário da igreja é dado autoridade de


deliberar sobre aquilo que lhe diz respeito; assim é natural que muitos assuntos envolvendo a

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mocidade serão tratados e decisões tomadas através do ministério. Compete, ao líder de


mocidade acatá-las, contribuindo para que as mesmas sejam observadas.

Liderar com modéstia – “Modéstia” aqui é não-arrogância, humildade, e simplicidade. A


vaidade e a exaltação têm sido causa de destruição de muitos daqueles que governam sobre
muitos ou sobre poucos. Portanto, o líder de mocidade não deve agir como se não tivesse a
quem prestar contas. Que dê exemplo de piedade, fé e inteira dependência de Deus.

Moralmente irrepreensível – O líder de mocidade deve evitar a usar influência junto à


juventude com propósitos nocivos e impuros, principalmente no trato com as jovens. Deve ter
cuidado para não se deixar levar pela imoralidade que sempre termina em escândalo e tragédia.
Deve trata-las como irmãs, zelando pela integridade moral e espiritual das mesmas (1 Tm 5:2).

Amar os mais velhos – Deve contribuir para que sejam derrubados possíveis maus costumes
que surgem impedindo um sadio relacionamento entre jovens e velhos, como se os jovens nada
tivessem a aprender dos mais velhos.

VII - Serviço do Culto e Manutenção da Igreja.


Manutenção é uma necessidade real.

VII – 1 - Antes do Culto.

- Consagração no dia que estiver escalado;

- Limpeza e organização dos espaços (nave, salas e banheiros);

- Chegar 30 minutos antes do culto na segunda e na quarta; 1 hora antes no domingo;

- Se posicionar no local que estiver escalado e não se ausentar até o final do culto;

- No dia que estive escalado para Ceia do Senhor, chegar 1 hora antes do início do culto;

VII – 2 - Durante o Culto

- O casal de testemunhas escalado para a recepção na porta de vidro, será responsável também
por servir água para o pregador e para os levitas que estiverem servindo durante a ministração
da palavra;

- O casal de testemunhas escalado para o corredor, será responsável por conduzir os visitantes
até o local onde ficarão sentados;
Ministério Kadosh Santidade ao Senhor
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VII – 3 - Postura Durante o Culto

- Evitar conversas paralelas e segurar crianças no colo;

- O cumprimento na recepção deve ser breve, evitando acúmulo de pessoas na entrada e/ou
bloqueio da entrada;

- Controlar de maneira cordial, o fluxo de pessoas nos espaços fora da nave;

- Cuidado com as pessoas que estiverem recebendo ministrações, evitando que estas se
machuquem ou fiquem em situação vexatória;

- Verificar a necessidade de limpeza durante o culto;

- Auxiliar o pastor responsável nas boas vindas dos novos convertidos e reconciliados;

VII – 4 - Após o Culto

- No domingo quem estiver escalado, para as recepções e terceiro homem, fica responsável
pela limpeza da nave do templo, banheiros e salas dos kids.

VIII - Sujeição e subimissão.


- Os membros em geral, incluindo obreiros, devem ser submissos aos DIÁCONOS;

- Os membros em geral, incluindo obreiros e diáconos, devem ser submissos aos


PRESBÍTEROS;

- Os membros em geral, incluindo obreiros, diáconos e presbíteros, devem ser submissos aos
PASTORES;

- Os membros em geral, incluindo obreiros, diáconos, presbíteros e pastores, devem ser


submissos aos PASTORES SÊNIORS.

IX - Deus Recompensará a Todos.


"E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um
segundo as suas obras" (Ap 22:12).

Paulo disse que a obra de cada crente vai ser provada pelo fogo e, "se permanecer a obra
de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão" (1 Co 3:14).

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Em 2 Coríntios 5 está escrito que todos nós haveremos de aparecer perante o tribunal de
Cristo, "para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito" (v. 10)
A distinção entre dádiva e recompensa (galardão) nas Escrituras é bem clara.

A Graça é imerecida; é Dom Gratuito de Deus, recebida pela fé, sem dinheiro e sem preço.

Na Graça o melhor serviço é sem valor, a obrigação não é reconhecida e o valor não é
considerado. Porém, o Galardão é merecido; é o salário pelo serviço prestado, recebido pelas
obras através do labor e sacrifício. No Galardão o menor serviço é lembrado, a obrigação é
reconhecida e o valor é considerado.

O Galardão depende totalmente do crente; a Graça depende totalmente de Cristo. O


Galardão olha para a fidelidade de crente; a Graça olha para a fidelidade de Deus. O galardão
reconhece o mais simples serviço; a Graça ignora o melhor serviço.

A linguagem do Galardão é: “Vosso trabalho de amor.” A linguagem da Graça é: “não vem de


vós.” A mensagem do Galardão é: “Servi ao Senhor.”

A mensagem da Graça é: “Àquele que não trabalha.” A voz do Galardão é: “Fostes fiel no
pouco.” A voz da Graça é: “Nisto está o amor.”

Jesus disse que Ele está vindo de repente, e quando vier, Ele trará consigo recompensas para
dar aos homens de acordo com o que fizeram. Isso nos ensina que haverá um tempo de galardão
para os Cristãos.

Em 2 Timóteo 4, lemos as palavras de Paulo ao terminar seu ministério: “Combati o bom


combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a
qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os
que amarem a sua vinda”.

A distribuição das recompensas será logo depois da vinda de Cristo para arrebatar Sua
igreja. Deixaremos esse mundo, encontraremo-nos com Jesus Cristo nos ares, iremos à casa
do Pai e então haverá um momento para os galardões.

Apenas as obras que sobreviverem o fogo de purificação de Deus vão ter valor eterno e
serão dignas de galardão. Aquelas obras preciosas são conhecidas como “ouro, prata, pedras
preciosas” (1 Co 3:12) e são essas obras que foram construídas sobre o alicerce de fé em
Cristo.

As obras que não serão recompensadas são chamadas de “madeira, feno, palha” na mesma
passagem em Coríntios e representam não obras ruins, mas sim atividades superficiais, sem
nenhum valor eterno.

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Os galardões serão distribuídos no “Tribunal de Cristo”, um lugar onde as vidas dos crentes
serão avaliadas apenas com o propósito de distribuir as recompensas. O julgamento dos crentes
nunca se refere à punição do pecado.

Jesus Cristo foi punido pelo nosso pecado quando Ele morreu na cruz, e Deus disse: “Pois,
para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei”
(Hb 8:12). Que pensamento glorioso!

O Cristão nunca precisa temer punição, mas pode antecipar coroas de galardão que
poderemos colocar aos pés de nosso Salvador.

A palavra grega que encontramos no Novo Testamento em grego, transliterada (escrita em


caracteres da nossa própria língua) para galardão é misthós, que significa salário (Rm4.4) ou
recompensa (Mt 5.46). Galardão, portanto, pode ser entendido como recompensas que os
salvos receberão na glória porvir, de acordo com suas obras (2 Co 5.10). Devemos lembrar
que a recompensa é como espada de dois gumes: “Vós, servos, obedecei... sabendo que do
Senhor recebereis a recompensa da herança; servi a Cristo, o Senhor” porque “quem faz
injustiça receberá a paga da injustiça que fez; e não há acepção de pessoas” (Cl 3:22-25).

Vejamos algumas das coisas que o Senhor há de retribuir naquele dia:

- Piedade e Conduta Semelhantes de Deus: “Amais os vossos inimigos, fazei o bem, emprestai,
nunca desanimado; e grande será a vossa recompensa e serei filhos do Altíssimo; porque ele é
benigno até para com os ingratos e maus” (Lc 6:35).

Aqui a recompensa gira em torno da conduta e caráter à semelhança do nosso Pai celestial.
Devemos amar a todos indistintamente assim como faz nosso Pai. Agindo assim é que seremos
“filhos” (Ruiós = filhos maduros, grego) do Altíssimo.

- Devoção Secreta: “Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu
Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”(Mt 6:6). Tal oração
será respondida e recompensada.

- Nossa Atitude de Coração: “Não julgueis e não sereis julgados... perdoai e sereis perdoados”
(Lc 6:37).

Um servo do Senhor disse que “nossa vida está colocando, palavra por palavra, à sentença
sobre nós nos lábios de Cristo.

- A bondade e a glória são apenas parte de um todo: a bondade é o lado do sofrimento da glória
e a glória é o lado resplandecente da bondade” .

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- Nosso Serviço: “E aquele que der até mesmo um copo de água fresca a um destes pequeninos,
na qualidade de discípulo, em verdade em verdade vos digo que de modo algum perderá a sua
recompensa”(Mt 10:42). Todo serviço que prestarmos ao Senhor será recompensado.

As medidas da recompensa serão devidamente pesadas pelo Senhor: “Quem recebe um


profeta na qualidade de profeta, receberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo na
qualidade de justo, receberá a recompensa de justo” (Mt 10:41)

Estas declarações manifestam de forma clara a tremenda e bendita verdade conhecida como
a “lei da semeadura”: “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia
na sua carne, na carne ceifará corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a
vida eterna” (Gl 6:7, 8).

Lamentavelmente, quando lemos estas palavras nossas mentes se voltam para o problema
do pecado. Entretanto, o sentido aqui é mais amplo, pois Paulo continua dizendo... “façamos
o bem a todos, principalmente aos domésticos da fé” (v. 10), e no versículo 6 ele disse: “E o
que está sendo instruído na palavra, faça participante em todas as boas coisas aquele que o
instrui.” Está claro que o contexto aqui é semear o bem através das boas obras. A expressão
“levai as cargas uns dos outros” (v.2) está intimamente ligada com a questão das nossas posses.
Podemos entender que existem várias categorias de galardões. A Bíblia os menciona em
Mateus 10.41 através das expressões "galardão de profeta" e "galardão de justo" essa divisão
em categorias. Entretanto ela não especifica quais são os galardões que pertencem a que
categoria.

Encontramos também a explicação de COROAS que indicam “prêmios” recebidos


(galardão) por desempenhar determinadas tarefas. No mundo antigo, a coroa tinha mais
significado que hoje, claro porque havia mais reis! Mas em competições, por exemplo, o
vencedor recebia uma coroa de louros ou depois de uma vitória em uma guerra havia vários
tipos de coroas para identificar o grau de envolvimento e a intensidade da vitória
alcançada. Assim, fica mais fácil de entender porque é usada essa forma de explicação para
“recompensas” que os seres humanos receberão por ter desempenhado uma tarefa ou não, já
que o texto Bíblico mostra que as pessoas receberão galardões de acordo com sua atitude,
positivas ou não, galardões considerados bons ou não.

Existe até uma forma de classificar os “galardões positivos” e como são alcançados, de acordo
com o que segue:

Coroa Como Ganhar Fonte Bíblica

Alegria Ganhando almas (1Ts 2.19 ;Fp 4.1)

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Vida Suportando provas, aflições e tentações, e mesmo assim permanecer fiel (Tg 1.12;Ap
2.10)
Incorruptibilidade Negando-se a si mesmo (1Co 9.25)

Glória Cuidando do rebanho (1Pe 5.4)

Justiça Ansiando pela volta de Cristo (2Tm 4.8)

A palavra grega para galardão é misthós , que significa salário (Rm.4:4) ou recompensa
(Mt.5:46). Galardão, portanto, são as recompensas que os salvos receberão na glória porvir,
de acordo com suas obras (2 Co 5:10).

A doutrina do galardão não é nenhum absurdo; ela encontra apoio escriturístico suficiente,
tanto no Antigo Testamento (2 Cr 15:7; Is 40:10; Is 62:11), quanto no Novo Testamento (Mt
16:27; 1 Co 3:8,14; Ef 6:8; Ap 2:23; 11:18; 22:12).

Ocorre outra palavra grega no Novo Testamento que dá apoio a esta doutrina. Trata-se da
palavra grega antapódosis cujo sentido é o de retribuição. Esta palavra é usada tanto no sentido
positivo de recompensa (Cl 3:24; Lc 14:12) como no sentido negativo de punição (Rm11:9).

Existem várias categorias de galardões. A Bíblia os menciona em Mateus 10:41, através


das expressões "galardão de profeta" e "galardão de justo". Entretanto ela não especifica quais
são os galardões que pertencem a categoria de profeta ou de justo.

As coroas.

Outras passagens do Novo Testamento mencionam os galardões, fazendo referência apenas


aos seus nomes e à forma como se consegue obtê-los. São as coroas que se constituem em
número de cinco: Coroa da Alegria, Coroa da Vida, Coroa da Incorruptibilidade, Coroa da
Glória e Coroa da Justiça.

Coroa da Alegria (1Ts 2:19; Fp.4:1): Esta Coroa será concedida aos ganhadores de alma. Paulo
se refere aos irmãos que ele levou à Cristo como sendo a sua alegria e coroa. Portanto aqueles
que ganham muitas almas receberão a Coroa da Alegria. Às vezes a coroa é símbolo de alegria
(Is 28:1; Ct 3:11; Ez.23:42), e a Bíblia declara que há alegria no céu quando uma alma é ganha
para Cristo (Lc 15:7)

Coroa da Vida (Tg 1:12; Ap 2:10): Esta Coroa não é a vida eterna como pensam muitos
cristãos. O galardão é dado com base nas obras; a salvação é dada exclusivamente com base
na graça de Deus. De maneira nenhuma a vida eterna poderia ser concedida ou obtida por meio
da fidelidade dos cristãos nos momentos de tribulação, embora se requeira tal fidelidade como
prova de genuína salvação.

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O fato é que muitos cristãos são reprovados em suas provações (Hb.12:5), mas apesar disso
continuam salvos pela graça de Deus. Esta coroa, então, está vinculada à fidelidade nas
tribulações. Aqueles que suportam provações e sofrimentos nesta vida, por causa do nome de
Cristo, e permanecem fiéis no seu amor a Deus, receberão como prêmio a Coroa da Vida.
Coroa da Incorruptibilidade (2 Co 9:25,27): Esta Coroa será concedida àqueles que procuram
viver uma vida incorruptível, de auto abnegação (Lc.9:23), renegando ao pecado, as obras da
carne, e vivendo uma vida íntegra diante de Deus e dos homens.

Coroa da Glória (1ª Pe 5:2-4): Esta coroa será concedida aos pastores que desempenharem bem
seus ministérios e também àqueles que liderarem com fidelidade sobre o povo de Deus,
procurando sempre o bem das ovelhas de Cristo, sempre com intuito de fazê-las crescer,
alimentando-as na fé e no amor de Deus.

Coroa da Justiça (2 Tm.4:8): Receberão esta Coroa aqueles cujas vidas foram entregues
inteiramente em prol do reino de Deus (Mt.6:33), e àqueles que demonstram uma ardente
expectativa pela volta de Cristo e a desejam ardentemente.

São estes aqueles que oram com intensidade no espírito: Maranatha (Ap 22:17,20).

Há quem pense que as Coroas devem ser desprezadas porque a salvação não é um evento
competitivo, cujos ganhadores poderão exibir seus prêmios nos céus.

Tal raciocínio, no entanto, é errôneo, pois satisfazer-se somente com a salvação em si


desvinculada de recompensas não é uma atitude cristã, embora pareça que os tais assim agem
movidos apenas pelo amor a obra de Cristo, não visando prêmios nem interesse pessoal, exceto a
própria salvação.

Os galardões serão oferecidos a Cristo (Ap 4:10,11; Rm 11;35,36), pois as obras que os cristãos
realizam no Espírito, são também frutos da graça de Deus (Is 26:12; Fp 2:13; Hb 13:20,21).
Cada palavra, pensamento ou ato nosso é como uma semente que lançamos no solo. Um dia a
colheita surgirá: será ela linda ou alarmante? Por isso devemos semear no Espírito e não na carne.
Devemos considerar seriamente estes quatro pontos: quando semeamos, os que semeamos,
quanto semeamos e o porquê semearam.

“Olhais por vós mesmos, para que não percais o fruto do vosso trabalho, antes recebei a plena
recompensa” (2 Jo 8).

Cada um de nó devemos fazer a obra de Deus da melhor maneira possível pois Deus não haverá
de recompensar-nos pelas quantidade de obras realizadas e sim pela qualidade delas.
Ele irá considerar as obras cujas motivações foram sinceras e verdadeiras; porém aqueles que ao
fazer algo para o Senhor tocam a trombeta já receberam o seu galardão aqui na terra não restando
algo a receber nos céus. A nossa oração a Deus é no sentido de que cada um de nós façamos a
obra do Senhor para a Glória de Deus. Amém!

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X – Visão do Ministério

Ser a representação do Reino de Deus na terra, estabelecendo a verdadeira Koinonia, entre os


santos salvos e remidos pelo Senhor Jesus.

“NISTO TODOS CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCIPULOS, SE VOS


AMARDES UNS AOS OUTROS”
JOÃO 13:35

XI – Missão do Ministério

Apresentar aos cansados e oprimidos, o verdadeiro Deus em Sua santíssima trindade, através
do amor salvívico do Pai, a graça do Filho Jesus Cristo e das manifestações do poder do
Espírito Santo.

“VINDE A MIM, TODOS OS QUE ESTAIS CANSADOS E OPRIMIDOS, E EU VOS


ALIVIAREI. TOMAI SOBRE VÓS O MEU JUGO, E APRENDEI DE MIM, QUE
SOU MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO, E ENCONTRAREIS DESCANSO PARA
AS VOSSAS ALMAS”
MATEUS 11:28-29

XII – Nosso Credo


1. Cremos em um só Deus, que é Santo, Criador de todas as coisas, soberano, eterno,
subsistente em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).

2. Cremos na inspiração divina e plenária da Bíblia, bem como na sua infalibilidade e


Inerrância, como única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristãos (2 Tm
3.14-17).

3. Cremos, como dizem as Escrituras, na concepção virginal de Jesus, como obra exclusiva do
Espírito Santo (Is 7.14; At 1.9; Rm 8.34).

4. Cremos na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o


arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo o podem restaurar a Deus
(Rm 3.23 e At 3.19).

5. Cremos na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante
do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo
3.3-8).

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6. Cremos no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da


alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso
favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9).

7. Cremos no batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt
28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12).

8. Cremos na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra
expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e
santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de
Cristo (Hb 9.14 e 1Pd 1.15).

9. Cremos no batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a
intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua
vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7).

10. Cremos na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para
sua edificação, conforme a sua soberana vontade (1 Co 12.1-12).

11. Cremos na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira -
invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação;
segunda - visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil
anos (1Ts 4.16. 17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5 e Jd 14).

12. Cremos que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber
recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2 Co 5.10).

13. Cremos no juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15).
E cremos na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os
infiéis (Mt 25.46).

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XIII – Nossos Pilares

1º Pilar: Kadosh = Santidade

“Sede santos, porque eu Sou Santos” I Pedro 1:16

2º Pilar: Koinonia = Comunhão

“Oh! Quão bom e agradável é que os irmãos vivam em união” Salmos 133:1

3º Pilar: Kharisma = Dom Divino

“Contudo, buscai com zelo os melhores dons. O amo que vem de Deus” I Coríntios 12:31

4º Pilar: Kerygma = Proclamação

“E este evangelho do Reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações
e então virá o fim” Mateus 24:14

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