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5 - Fissuração ao reaquecimento(37)
Além de ser sensível à fissuração na ZTA durante a operação de soldagem, aços inoxidáveis
austeníticos contendo Nb podem também trincar na região adjacente à zona fundida durante
um tratamento térmico pós-soldagem ou em serviço a alta temperatura. Este tipo de problema
foi observado em soldas em peças de grande espessura (>20 mm), quando a temperatura de
serviço ou tratamento térmico é superior a cerca de 500ºC. Este tipo de problema e o anterior
têm sido citados na soldagem em estações geradoras de vapor, refinarias de petróleo, peças
forjadas de grande espessura e na indústria nuclear(42). As trincas são intergranulares e se
desenvolvem na ZTA, em geral junto à linha de fusão, como mostrado na figura 32.
Figura 32 Trinca observada em um aço tipo AISI 347 após cinco anos em serviço a
560ºC. 100X(42).
Acredita-se que o mecanismo desta forma de fissuração seja semelhante ao problema que
ocorre em aços transformáveis. Este envolveria a formação de finos precipitados de
carbonetos intragranulares que tornariam o grão duro e resistente à relaxação de tensões por
deformação durante a exposição a temperatura elevada. Como resultado, estas deformações se
concentrariam nos contornos de grão e, se esta deformação excedesse a capacidade de
deformação do contorno de grão, trincas seriam formadas. A fissuração pode ser facilitada
pela fragilização dos contornos de grão devido à segregação de impurezas, como o fósforo,
nos contornos de grão, semelhantemente ao que parece ocorrer nos aços transformáveis.
Entre os aços inoxidáveis austeníticos mais utilizados, os mais sensíveis à esta forma de
fissuração são os estabilizados com Nb e, em seguida, com Ti (Tabela XVI). Os aços ligados
com Mo, do tipo 18%Cr-10%Ni-2,5%Mo, têm menor tendência à fissuração na ZTA, desde
que o aço não contenha Nb. De uma maneira geral, os teores de Nb e Ti devem ser
controlados quando as condições de fabricação ou de serviço impliquem em risco de
fissuração.
Tipo
347 Mais sensível
321
316 Nb
310
309
316
304 Menos sensível
5.6 - Corrosão
Na grande maioria de suas aplicações, um aço inoxidável é usado em função de sua elevada
resistência ao ataque químico em diferentes ambientes. A zona termicamente afetada e a zona
fundida apresentam alterações na estrutura e, às vezes, na composição química de uma junta
soldada e, desta forma, podem afetar a resistência à corrosão da peça. Nesta seção, serão
discutidos de forma resumida os principais problemas de corrosão em juntas soldadas de aços
inoxidáveis austeníticos.
Corrosão galvânica(20):
Esta forma de corrosão ocorre em ambientes úmidos, quando, por exemplo, duas partes de
uma peça com diferentes composições químicas ou microestruturas são imersos em um
eletrólito. Nestas condições, uma célula galvânica pode se formar e resultar no ataque
(dissolução) da parte anódica do circuito. A severidade do ataque aumenta com a densidade
da corrente anódica , isto é, quando a superfície da região anódica for muito menor que a da
catódica. Como uma solda tem, em geral, uma superfície muito menor que o resto da
montagem, é essencial que ela não se torne anódica e seja rapidamente atacada.
Para isto, um princípio a ser seguido usualmente é que o metal de adição deve um teor de Cr
ligeiramente superior ao do metal base para compensar qualquer possível efeito da diferença
de microestrutura. No caso de aços inoxidáveis que contêm Mo, a resistência à corrosão para
diferentes ambientes aumenta com o teor de Mo e a corrosão da solda pode ser controlada
pela utilização de metal de adição com maior teor deste elemento que o metal base.