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História

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


HISTÓRIA

PRIMEIRA GUERRA
MUNDIAL (1914-1918)

Capítulo 1. INTRODUÇÃO

A Primeira Guerra Mundial foi o primeiro conflito armado de proporções mundiais


ocorrido na História, conflito esse que se iniciou no dia 28 de julho de 1914 e se
estendeu até 11 de novembro de 1918.

O conflito teve como estopim o assassinato do arquiduque Francisco


Ferdinando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, por um nacionalista sérvio,
durante a visita de Francisco Ferdinando e de sua esposa à cidade de Sarajevo. O
atentado foi cometido por Gavrilo Princip, integrante do grupo nacionalista sérvio Mão
Negra, episódio que �icou conhecido como o Atentado de Sarajevo.

O assassinato de Francisco Ferdinando pode ser explicado como o resultado do choque


entre a política expansionista do Império Austro-Húngaro e o projeto de
formação da Grande Sérvia, que tinha como objetivo o fim da in�luência do Império
Austro Húngaro sob a região dos Bálcãs e a unificação de todos os territórios ocupados
por populações de origem Sérvia (Pan Eslavismo).

Após o assassinato de Francisco Ferdinando, o Império Austro-Húngaro exige imediata


reparação do governo sérvio, o que não é atendido. Diante da recusa, o Império Austro
Húngaro declara guerra à Sérvia.
Por si só, o assassinato de Francisco Ferdinando não seria suficiente para levar a
uma guerra de proporções mundiais. Ocorre que, em razão da política de alianças
vigente na Europa naquele período, rapidamente o conflito atinge o restante dos países
europeus, como veremos a seguir.

Capítulo 2. POLÍTICA DE ALIANÇAS

Para entendermos a Política de Alianças acima mencionada, devemos lembrar que de


1870 a 1914, a Europa viveu um período de relativa estabilidade, conhecido como Belle
Époque. Essa estabilidade era apenas aparente, pois havia intensa disputa comercial
entre as potências industriais europeias pelos mercados consumidores e fornecedores
de matérias-primas da África e Ásia.

A essa disputa deu-se o nome de colonialismo, fenômeno que se veri�icou durante todo
o século XIX, e que consistia na ocupação dos continentes africano e asiático,
especialmente por parte dos Impérios da Grã-Bretanha (Inglaterra) e da França.

Vale lembrar que a Alemanha e a Itália acabaram se lançando tardiamente ao


colonialismo, tendo em vista que, somente na metade do século XIX é que esses
países se unificaram e se transformaram em estados-nações, possibilitando com isso sua
industrialização. Também, enfrentaram a resistência de França e Grã-Bretanha. Fato que
marcará o nascimento da política de alianças, tendo a França e Grã-Bretanha, de um lado,
e a Alemanha e a Itália, de outro.

É importante também mencionar o revanchismo francês, nascido a partir da derrota


da França na Guerra Franco-Prussiana (1870-71). Essa guerra consistiu em uma disputa
entre a França e o Reino da Prússia (que posteriormente se transforma em Alemanha)
pela região da Alsácia-Lorena, rica em minérios de ferro e carvão. O conflito teve como
desfecho a vitória dos alemães, que anexaram a Alsácia-Lorena a seu território. Com a
derrota na guerra franco-prussiana, os franceses passam a alimentar um forte
sentimento de revanche contra os alemães, aliando-se à Grã-Bretanha, que estava
sofrendo com a concorrência dos produtos da indústria alemã.

Por fim, o Império Russo também aderiu à aliança entre os franceses e os ingleses,
pois tinha interesse em combater a expansão da Alemanha e do Império Austro
Húngaro, ambos motivados pelo pangermanismo, ideia que defendia a unificação de
todos os territórios em que houvesse população de origem germânica. Estava, portanto,
formada a Tríplice Entente, composta por Grã-Bretanha, Rússia e França.

Por sua vez, a Tríplice Aliança se formou a partir da união entre a Alemanha e o Império
Austro-Húngaro, ambos motivados pelo pangermanismo, que tinha como objetivo a
união dos povos de origem germânica. O pangermanismo acabava entrando em choque
com o pan-eslavismo, que pretendia a união dos povos eslavos, dentre eles o povo
sérvio. Foi a partir daí que nasceu o choque entre o Império Russo e o Império Austro-
Húngaro, e é nesse contexto em que ocorre o assassinato de Francisco Ferdinando e
desencadeia-se o maior conflito armado já visto na história até então.

Importante também mencionar que o Império Otomano e a Bulgária aliaram-se à


Alemanha (Tríplice Aliança), pois alimentavam ressentimentos contra o Império Russo
e a Sérvia, respectivamente.
Devemos, ainda, ficar atentos à posição da Itália no conflito. Inicialmente, a Itália se
posiciona a favor dos alemães, na Tríplice Aliança. Só que, em 1915, os italianos mudam
de lado, passando para a Tríplice Entente, após um acordo com a Grã-Bretanha, que
prometeu a anexação das “províncias irridentas” (Trieste, Ístria e Trentino) ao território
italiano, territórios estes que pertenciam ao Império Austro-Húngaro.

Os EUA somente ingressaram na Guerra no ano de 1917, em razão de interesses


comerciais com a Inglaterra e a França.

Capítulo 03. GUERRA DE TRINCHEIRAS

Inicialmente, imaginava-se que a I GM teria curta duração, mas não foi o que ocorreu. Em
linhas gerais, a Primeira Guerra Mundial apresentou duas grandes fases: 1914 – a Guerra
de Movimento e, de 1915 em diante, a Guerra de Trincheiras. A primeira fase estava
relacionada ao Plano Schlieffen: Estratégia alemã elaborada em 1905 que previa guerra
em duas frentes, concentrando o esforço bélico primeiramente no Ocidente e depois no
Oriente, sem dividi-las. Começaria com uma rápida ofensiva esmagadora contra a França,
derrotando-a, em seguida o grosso das operações militares seria a frente Oriental, contra
a Rússia, acreditando-se que teriam uma vitória em poucos meses.

Nos dois primeiros anos, a guerra desenvolvia-se apenas em lutas por posições,
com poucos avanços de qualquer dos lados. As trincheiras eram valas com
aproximadamente 2 metros de profundidade cavadas na terra, construídas em zigue-
zague.

Capítulo 04. BATALHAS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Para a execução da ofensiva ocidental, os Alemães invadiram a França, atravessando o


território Belga. Esse foi o pretexto para que a Inglaterra declarar guerra à Alemanha. Os
alemães marcharam em direção à Paris, surpreendendo as tropas Francesas. A França
salvou-se do ataque alemão na Batalha do Marne (1914).
Com o fracasso do Plano Sclieffen, terminava a Guerra do Movimento, iniciando a Guerra
de Posição ou das Trincheiras. Outras posições entraram no con�lito, pelo Lado Entente:
Japão(1914), Itália(1915), Romênia(1916), Grécia(1917). E nos Impérios
Centrais(Alemanha e Áustria-Hungria): Turquia(1914) e Bulgária(1915).

Capítulo 05. DESFECHO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Em 1917, dois fatos foram fundamentais para o desfecho do conflito: a retirada Russa e
a entrada dos EUA na I GM.

A retirada Russa, em razão das pesadas baixas sofridas pelos russos e da grave crise
econômica que atingiu o país, levando à Revolução Socialista Russa, que ocorreu
precisamente no ano de 1917. Com o Tratado de Brest-Litovski, de 1918, era o�icial a
saída dos russos da Guerra. Após esse acontecimento, os alemães realizaram uma grande
ofensiva na frente ocidental da guerra, antes da chegada dos efetivos norte-americanos.
Apesar disso, o ataque não foi suficiente para quebrar a resistência anglo-francesa, de
modo que, em julho de 1918, a Entente lança uma contraofensiva, já com o apoio das
tropas norte-americanas.

Com o apoio dos norte-americanos, a Entente rapidamente irá alcançar a vitória


sobre o Império Otomano e sobre a Bulgária.

Em seguida, as tropas italianas derrotam o Império Austro-Húngaro, na batalha de


Vittorio Veneto e, por derradeiro, o Império Alemão mergulha numa profunda crise, com
rebeliões no Exército, greves operárias e falta de alimentos, que acabam levando à
renúncia do imperador Guilherme II, à Proclamação da República Alemã e à rendição dos
alemães no conflito.

A guerra teve como saldo a morte de aproximadamente 10 milhões de pessoas, o triplo


de feridos, além de arrasar campos agrícolas, destruir inúmeras indústrias, e gerar
grandes prejuízos econômicos.

Capítulo 06. TRATADO DE VERSALHES E CONSEQUENCIAS DA GUERRA

Em janeiro de 1918, o presidente dos EUA Woodrow Wilson apresenta um plano de


paz que acaba sendo rechaçado pelas potências vitoriosas, pois não responsabilizava,
nem aplicava punições à Alemanha. Esse plano ficou conhecido como os 14 pontos de
Wilson.

Em junho de 1919, os países vencedores elaboraram o Tratado de Versalhes, impondo à


Alemanha uma série de medidas gravosas, como perda dos territórios da Alsácia-Lorena,
perda das colônias alemãs para a Inglaterra e a França e transferência da propriedade
de navios mercantes e locomotivas alemães aos países vitoriosos. Além disso, a
Alemanha deveria pagar uma indenização de 269 milhões de marcos-ouro aos países
vencedores, além de ser obrigada a manter efetivo militar sempre inferior ao número
de 100 mil soldados.

Os alemães não tiveram outra alternativa senão a de assinar o Tratado de Versalhes,


apesar de suas humilhantes imposições, que acabarão por alimentar o revanchismo
alemão, que terminará desencadeando a Segunda Guerra Mundial. Outro país que se
sentiu bastante prejudicado com o Tratado de Versalhes foi a Itália, que não viu
concretizadas suas pretensões imperialistas.

O Tratado de Versalhes também cria a chamada Liga das Nações, que tinha como objetivo
impedir a realização de uma nova Guerra. Mas, como veremos, a Liga fracassará nessa
missão, com a Eclosão de Segunda Guerra Mundial. Vale mencionar que, de certo
modo, a Liga das Nações já nasce morta, pois ela não integrava a Rússia, os EUA e a
Alemanha, principais protagonistas da Segunda Guerra Mundial.

Devemos também mencionar o Tratado de Saint German, que desmembra o Império


Austro-Húngaro e retira da Áustria sua saída para o mar, além de obrigá-la ao
reconhecimento da independência da Polônia, Tchecoslováquia, Hungria e Iugoslávia.

Por �im, é importante observar que o fim da Primeira Guerra Mundial assinala também
a diminuição da importância da Europa como o centro do mundo, emergindo nesse
período os EUA como a principal potência mundial.

ANEXO: Mapa Batalhas da I GM

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