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UNESP –UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

Câmpus de Franca
Rodolfo Nunes Dias

AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA DA AMÉRICA II

Franca – SP
2016
Rodolfo Nunes Dias
AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA DA AMÉRICA II

Avaliação para aprovação em


História Da América II
Universidade Estadual Paulista “Júlio De Mesquita Filho” –
Câmpus de Franca
Profa. Ana Raquel

Franca – SP
2016
Rodolfo Nunes Dias – 2º História – Noturno
1) Tendo em vista o grande poder dos EUA, o imperialismo e a hegemonia
do mesmo, explique como isso influenciou nos diferentes processos de
independência dos países da América Latina.

A divisão da maior parte do mundo, em países dominados diretamente ou


indiretamente por outra nação ou um grupo menor de nações que disputam o controle
por territórios e mercados, se dá com o desenvolvimento do capitalismo juntamente
com a expansão da produtividade industrial e o avanço de tecnologias para conquistas
militares, dividindo, então, o mundo em países “avançados” e “atrasados”. No final do
século XIX, os EUA conquistaram direta ou indiretamente o que sobrou do império
colonial espanhol no continente americano, especificamente Cuba e Porto Rico e a
conquista das Ilhas Filipinas no Pacífico.
Cuba foi vítima de intenções imperialistas norte-americanas em diversos
momentos na história, desde o início do século XIX, quando surgiu a primeira proposta
de anexação do país. Essa idéia voltou à tona e as tentativas de anexação se
reiniciaram na década seguinte por conta da crise gerada pelas revoluções de
independência da América Espanhola. A recém conquistada independência da
América Espanhola fez com que o presidente dos EUA, James Monroe, em 1823,
formulasse a famosa doutrina que considera uma agressão aos EUA, qualquer
tentativa de um país Europeu em estender seu sistema político á um país do
continente americano. Embora haja hegemonia americana sobre o continente nos dias
atuais, na época a real capacidade de influencia política e militar se limitava no
máximo à região do Caribe, indicando, assim, que essa teria sido uma defesa moral
para a América.
De qualquer forma, anos mais tarde, a Doutrina Monroe acabou servindo como
justificativa ideológica para a expansão dos EUA para o oeste e o massacre das
populações indígenas. A partir da década de 1840 o movimento anexionista ganha
força com a invasão do território do Texas e do Oregon e posteriormente com um
planejamento para a anexação de Cuba, que acabou não se efetivando devido ao
impasse das regiões norte e sul dos EUA quanto à questão da escravidão.
Com o avanço econômico e militar dos EUA, em 1889 foi convocada a Primeira
Conferência Pan-Americana de Washington, considerada um marco de uma tentativa
prática dos EUA de domínio e de assumir uma liderança efetiva sobre os rumos do
continente. Começa então uma propaganda ideológica pan-americanista com
interesse de afastar a influencia comercial da Inglaterra e outros países europeus, em
favor dos interesses comerciais dos EUA, mas essa imposição caiu por conta da
grande oposição de países como Argentina e Chile.
José Martí, em sua obra “Nossa América” faz essa denuncia muito importante
acerca das intenções do “vizinho” do Norte. Para o autor e outros revolucionários
cubanos, não interessava uma independência da Espanha se fosse pra virar
dependente de outro país. Os diversos projetos e intenções anexionista, fizeram estas
lideranças da luta independentista consolidar uma arraigada consciência
antiimperialista.
2) Com base na aula e no material disponibilizado disserte a respeito do
diálogo entre Hibridização Cultural e construção da Identidade Nacional na
América Latina.

Ao se falar em modernização nos países latino-americanos, é importante


considerar heterogeneidade dos países e suas diferentes culturas. Por isso se fala em
“Culturas Híbridas” para definir o rompimento entre as barreiras que separam o que é
tradicional e o que é moderno, entre o culto, o popular e o massivo. A hibridização
cultural consiste na miscigenação entre diferentes culturas, ou seja, uma
heterogeneidade cultural presente no cotidiano do mundo moderno.
A coexistência de culturas estrangeiras na América Latina gerou processos de
mesclagem que, em diferentes momentos do século XX, serão chamados de
ocidentalização, aculturação, transculturação, heterogeneidade cultural, globalização e
hibridismo, sendo a cultura urbana a principal causa da intensificação da
heterogeneidade cultural.
Um bom exemplo de hibridização cultural são os monumentos que, segundo
Néstor García Canclini, em Culturas Híbridas – Estratégias Para Entrar E Sair Da
Modernidade, é o cenário legitimador do culto tradicional. Além de conterem
frequentemente vários estilos e referências a diversos períodos históricos e artísticos,
há também a publicidade, os grafites e os movimentos modernos — todos convivendo
em um mesmo espaço e que representam as principais forças que atuam na cidade.
É na multicuralidade que ocorre a hibridização discutida por Canclini e que se
configura em processos socioculturais nos quais estruturas que existiam de forma
separada, se combinam para gerar novas estruturas. Por outro lado, porém, alguns
movimentos sociais insistem em limitar-se a usar as formas tradicionais de
comunicação (orais, de produção artesanal ou em textos escritos que circulam de mão
em mão).
Outro aspecto que contribui e destaca essa combinação de costumes são as
novas tecnologias que trazem à tona novas ferramentas de produção e novos espaços
de leitura de textos que diminuem as distâncias e que a revelam multiculturalidade.
As culturas já não são se agrupam em grupos fixos e estáveis e os dispositivos
de reprodução se proliferam. Para quebrar as barreiras culturais dentro de uma
mesma sociedade, é preciso uma reformulação da escola e das demais formas de
cultura. O que tem sido um desafio nos dias atuais em diversos países latinos, que
vem endurecendo as políticas na educação e no acesso a cultura, criando uma
resistência das escolas em incorporar essas novas tecnologias.
Na discussão sobre as culturas híbridas do continente Latino-Americano,
Canclini propõe pensar em estratégias que permitam a entrada e possibilitem a saída
da modernidade, isto é em processos de hibridização, já que nesse continente, o
processo de modernização se deu de forma tardia e em meio à inexistência de uma
política reguladora que fundamentasse os princípios da modernidade.
O conceito de hibridismo permite vislumbrar novas perspectivas de análise
para a compreensão dos processos de reconhecimento, de legitimação, de
interpretação e de apropriação das políticas curriculares nas diferentes instâncias,
permite também repensar os vínculos entre cultura e poder.

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