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Sumário
NEGAÇÃO LÓGICA ................................................................................................................................... 2
1. NEGATIVA DE UMA PROPOSIÇÃO COMPOSTA .............................................................................. 2
1.1. Negação de uma Proposição Conjuntiva: ~(p e q)................................................................................ 2
1.2. Negação de uma Proposição Disjuntiva: ~(p ou q) .............................................................................. 4
1.3. Negação de uma Proposição Condicional: ~(pq).............................................................................. 5
1.4. Negação de uma Proposição Bicondicional: ~(pq) ........................................................................... 6
2. NEGAÇÃO DOS TERMOS TODO, NENHUM E ALGUM .................................................................... 7

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Autoralnºnº9.610,
9.610,dede1919dedeFevereiro
Fevereirodede1998:
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NEGAÇÃO LÓGICA

1. NEGATIVA DE UMA PROPOSIÇÃO COMPOSTA

Já sabemos negar uma proposição simples. Mas, e se for uma proposição composta, como
fica? Aí, dependerá de qual é a estrutura em que se encontra essa proposição.

1.1 Negação de uma Proposição Conjuntiva: ~(p e q)

Para negarmos uma proposição no formato de conjunção (p e q), faremos o seguinte:
1º) Negaremos a primeira parte: ~p;
2º) Negaremos a segunda parte: ~q;
3º) Trocaremos e por ou.
E só!
Traduzindo para a linguagem da lógica, diremos que:
~(p e q) = ~p ou ~q

Essa relação é conhecida como a 1ª Lei de De Morgan, de autoria do ilustre matemático

inglês Augustus De Morgan (1806-1871).

Exemplo 01. Encontre a negação de cada proposição abaixo:

a) Negação da proposição (~X e Y)
1º) Nega-se a primeira parte: X
2º) Nega-se a segunda parte: ~Y
3º) Troca-se o “e” pelo “ou”. Resultado: X ou ~Y

b) Negação da proposição (~X e ~Y)

1º) Nega-se a primeira parte: X
2º) Nega-se a segunda parte: Y
3º) Troca-se o “e” pelo “ou”. Resultado: X ou Y

Exemplo 02. A afirmação “Não é verdade que Madalena não está em Curitiba e Saulo não
está em Porto Alegre” é logicamente equivalente à afirmação:
a) Madalena está em Curitiba ou Saulo está em Porto Alegre.
b) Madalena não está em Curitiba ou Saulo está em Porto Alegre.
c) Madalena está em Curitiba e Saulo está em Porto Alegre.

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d) Se Madalena está em Curitiba, então Saulo está em Porto Alegre.

e) Se Madalena não está em Curitiba, então Saulo não está em Porto Alegre.

Sol.: A sentença inicia pelo termo “não é verdade que”. E relembrando, dizer que “não é verdade
que...” é nada mais nada menos que negar o que vem em seguida.
E o que vem em seguida? Uma estrutura de conjunção!
Para negarmos uma proposição no formato de conjunção (p e q), faremos o seguinte:
1º) Negaremos o primeiro termo: (~p);
2º) Negaremos o segundo termo: (~q);
3º) Trocaremos e por ou.
E só!
Daí, como negaremos a sentença “Madalena não está em Curitiba e Saulo não está em
Porto Alegre”? Da forma explicada acima:
1º) Nega-se o primeiro termo: “Madalena está em Curitiba”.
2º) Nega-se o segundo termo: “Saulo está em Porto Alegre”.
3º) Troca-se e por ou, e o resultado final será o seguinte:
 “Madalena está em Curitiba ou Saulo está em Porto Alegre”.

Daí, procuraremos entre as opções de resposta, alguma que diga justamente que: “Madalena
está em Curitiba ou Saulo está em Porto Alegre”. Encontramos? Resposta! (letra A)

Exemplo 03. Qual é a negação da proposição (p e ~q e r e s)?

Solução:
A proposição composta em questão apresenta o conectivo E interligando as quatro
proposições simples; portanto, é uma conjunção. Para se fazer a negação desta conjunção,
procederemos da mesma forma que fazemos para uma conjunção com duas proposições
simples. Aplicaremos a seguinte regra:
1º) Negar os termos;
2º) Trocam-se os símbolos “E” pelo “OU”.
Aplicando esta regra, a negação de (p e ~q e r e s) será:
1º) Negando os termos, obteremos: ~p, q, ~r, ~s;
2º) Trocam-se os símbolos “E” pelo “OU”.
O resultado final será o seguinte: (~p ou q ou ~r ou ~s).

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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1.2 Negação de uma Proposição Disjuntiva: ~(p ou q)

Para negarmos uma proposição no formato de disjunção (p ou q), faremos o seguinte:
1º) Negaremos a primeira: (~p);
2º) Negaremos a segunda: (~q);
3º) Trocaremos ou por e.

Na linguagem apropriada, concluiremos que:

~(p ou q) = ~p e ~q

Essa relação é conhecida como a 2ª Lei de De Morgan.

Exemplo 04. Encontre a negação de cada proposição abaixo:

a) Negação da proposição (~X ou Y)
1º) Nega-se a primeira parte: X
2º) Nega-se a segunda parte: ~Y
3º) Troca-se o “ou” pelo “e”. Resultado: X ou ~Y
b) Negação da proposição (~X ou ~Y)
1º) Nega-se a primeira parte: X
2º) Nega-se a segunda parte: Y
3º) Troca-se o “ou” pelo “e”. Resultado: X ou Y

Exemplo 05. Qual é a negação da proposição (p ou ~q ou ~r ou s)?

Solução:
A proposição composta em questão apresenta o conectivo OU interligando as quatro
proposições simples; portanto, é uma disjunção. Para se fazer a negação desta disjunção,
procederemos da mesma forma que fazemos para uma disjunção com duas proposições
simples. Aplicaremos a seguinte regra:
1º) Negar os termos;
2º) Trocam-se os símbolos “OU” pelo “E”.
Aplicando esta regra, a negação de (p ou ~q ou ~r ou s) será:
1º) Negando os termos, obteremos: ~p, q, r, ~s;
2º) Trocam-se os símbolos “OU” pelo “E”.
O resultado final será o seguinte: (~p e q e r e ~s).

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Exemplo 06. Qual é a negação da proposição [p e ~q e (~r ou s)]?

Solução:
A proposição composta em questão apresenta os conectivos E e OU. Para se fazer a
negação desta proposição, procederemos da seguinte forma:
1º) Negaremos as proposições simples;
2º) Trocaremos o E pelo OU e o OU pelo E.
Aplicando esta regra, a negação de [p e ~q e (~r ou s)] será:
1º) Negando os termos, obteremos: ~p, q, r, ~s;
2º) Trocaremos o E pelo OU e o OU pelo E; e o resultado final será o seguinte:
[~p ou q ou (r e ~s)].

1.3 Negação de uma Proposição Condicional: ~(pq)

Esta negativa é a mais cobrada em prova! Como é que se nega uma condicional? Da seguinte
forma:
1º) Mantém-se a primeira parte;
2º) Nega-se a segunda;
3º) Troca-se o conectivo “” pelo conectivo “e”.

Na linguagem lógica, teremos que:

~(pq) = p e ~q

Exemplo 07. Encontre a negação de cada proposição abaixo:

a) Negação de (~XY)
1º) Mantém-se a primeira parte: ~X
2º) Nega-se a segunda parte: ~Y
3º) Troca-se o “” pelo “e”. Resultado: ~X e ~Y
b) Negação de (~X~Y)
1º) Mantém-se a primeira parte: ~X
2º) Nega-se a segunda parte: Y
3º) Troca-se o “” pelo “e”. Resultado: ~X e Y

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Exemplo 08. (ESAF) A negação da afirmação condicional "se estiver chovendo, eu levo o
guarda-chuva" é:
a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva.
b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva.
c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva.
d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva.
e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva.
Sol.: O que a questão pede é a negação da condicional seguinte:
"está chovendo  eu levo o guarda-chuva"
Daí, recordaremos aquilo que acabamos de aprender: para negar uma condicional,
manteremos a primeira parte, negaremos a segunda, e trocaremos o “” por “e”. Teremos:
1) Mantém-se a primeira parte: “está chovendo”
2) Nega-se a segunda parte: “eu não levo o guarda-chuva”
3) Troca-se o conectivo “” pelo conectivo “e”.
O resultado ficou assim: “está chovendo e eu não levo o guarda-chuva”.
Resposta (letra E)!

1.4 Negação de uma Proposição Bicondicional: ~(pq)

Os valores lógicos da bicondicional e do “OU exclusivo” são mostrados na tabela-verdade
abaixo.
p q pq p ou q
V V V F
V F F V
F V F V
F F V F

Observe nas linhas da tabela-verdade acima que a bicondicional e o “OU exclusivo” possuem
valores lógicos opostos. Em consequência, podemos afirmar que a negação da bicondicional é o “OU
exclusivo”, e vice-versa.
Simbolicamente, teremos:
~(pq) = p ou q
Qual é a regra que podemos deduzir da fórmula acima? Simplesmente repetem-se as partes da
bicondicional, e troca-se o conectivo “” por “ou”.

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Exemplo 09. Encontre a negação das bicondicionais abaixo:

a) Negação da proposição (~XY)
1º) Mantém-se a primeira parte: ~X
2º) Mantém-se a segunda parte: Y
3º) Troca-se o “” pelo “ou”. Resultado: ~X ou Y

Há uma outra forma de negar a bicondicional. Vejamos!

Foi visto por nós que a bicondicional é equivalente a conjunção (pq) e (qp). Daí, para
negar a bicondicional, teremos que negar essa conjunção. E a negativa da conjunção é obtida
negando as duas partes e trocando o E por um OU. Teremos:
~(pq)= ~[(pq) e (qp)] = ~(pq) ou ~(qp)
Temos que realizar a negação dessas duas condicionais, por meio da regra: 1º) mantém-se a
primeira parte; 2º) Nega-se a segunda parte; 3º) Troca-se o implica pelo “e”. Feito isto para cada uma
das condicionais, teremos como resultado:
~(pq) = (p e ~q) ou (q e ~p)
Pronto! Esta é a segunda forma de negar a bicondicional!
Colocando as negações das proposições compostas numa tabela, para ajudar a memorização,
teremos:
Negativas das Proposições Compostas:
negação de (p e q) é ~p ou ~q
negação de (p ou q) é ~p e ~q
negação de (pq) é p e ~q
negação de (pq) é p ou q
negação de (p ou q) é pq

2. NEGAÇÃO DOS TERMOS TODO, NENHUM E ALGUM

Os termos todo, algum e nenhum aparecem frequentemente nas questões de concursos, e
necessitaremos muitas vezes de efetuar as negações desses termos. O quadro abaixo mostra as
negações para cada um deles.
Proposição Negação da proposição
Algum Nenhum
Nenhum Algum
Todo Algum... não
Algum... não Todo

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Lembro que o “algum” tem por sinônimo os termos: “pelo menos um” e “existe um”.
Resolveremos alguns exercícios para que fique bem claro como se realiza essas negações.

Exemplo 10. Resolva os itens abaixo:

1) Qual é a negação de “Algum carro é veloz”?
Basta trocar o algum por nenhum! Teremos:
 “Nenhum carro é veloz”. (Resposta!)
2) Qual é a negação de “Nenhuma música é triste”?
Basta trocar o nenhuma por alguma! Teremos:
 “Alguma música é triste”. (Resposta!)
3) Qual é a negação de “Nenhum exercício não é difícil”?
Basta trocar o nenhum por algum! Teremos:
 “Algum exercício não é difícil”. (Resposta!)
4) Qual é a negação de “Toda meditação é relaxante”?
Basta trocar o toda por alguma...não! Isto é, substitua a palavra toda por alguma e acrescente
a palavra não antes do verbo. Teremos:
 “Alguma meditação não é relaxante” (Resposta!)
5) Qual é a negação de “Todo político não é responsável”?
Faremos duas soluções:
1ª solução:
Para fazer a negação basta trocar o todo por algum...não! Isto é, substitua a palavra todo por
algum e acrescente a palavra não antes do verbo. Teremos:
 “Algum político não não é responsável”.
Apareceu na proposição acima uma dupla negação; daí, os dois não se anulam, resultando na
proposição seguinte:
 “Algum político é responsável”.(Resposta!)
2ª solução:
Conforme vimos na parte de Equivalência de Proposições, podemos transformar a proposição
dada inicialmente: “Todo político não é responsável”, para a seguinte forma equivalente:
 “Nenhum político é responsável”.
E agora faremos a negação pedida na questão. Basta trocar o nenhum por algum! Teremos:
 “Algum político é responsável”.(Mesma resposta!)

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