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2008- 2° SEMESTRE
RELATO DE CASO
de Pequenos Animais
RELATO DE CASO
RELATO DE CASO
Professor Avaliador
Agradecimentos
semana.
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
Resumo ...................................................................................................................... v
Abstract....................................................................................................... vi
1 Introdução ............................................................................................................. 1
4 Discussão ................................................................................................................. 15
5 Conclusão ............................................................................................................... 17
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
cães e rara em gatos, e pode ser definida como um distúrbio paroxístico involuntário do
de todos os cães e em 40 a 80% dos cães com atividade convulsiva ( PARENT, 2003).
quando usado como droga única. Além disso, o baixo custo e o fácil acesso à droga
prolongado de fenobarbital, aliado ou não a outras drogas. Cerca de 14% dos cães
tratados com anticonvulsivantes por mais de seis meses apresentam hepatopatias sérias
(BUNCH, 1982).
(SCHWARTZA, 1986).
que têm sido realizados em cães tratados cronicamente com fenobarbital, comprovar a
sua eficácia e investigar como é possível minimizar os efeitos colaterais dessa droga,
possibilitando um protocolo adequado para garantir uma boa qualidade de vida para o
paciente.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Epilepsia
2.1.1 Definição
1992).
Entre 2 e 3% dos cães e 0,5 % dos gatos são epiléticos (FENNER, 1994).
2.1.2 Classificação
2.1.3 Causas
Dentre as causas extra cranianas encontra-se a maioria dos distúrbios metabólicos, como
2.1.4 Diagnóstico
sem causa diagnosticável. Muitos dos pacientes que tiveram uma convulsão nunca mais
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terão uma segunda; por isso, é imperativo que o clínico inclua no protocolo um período
1994).
exame neurológico, que oferecerá ao clínico a melhor pista da presença de uma doença
estrutural. Alguns testes laboratoriais também podem ser úteis nesse caso, bem como o
magnética (IMG), embora de difícil acesso no país, e mais dispendiosos, podem ser
2.1.5 Tratamento
considerados, quando convulsões isoladas ocorrerem mais de uma vez a cada seis
semanas, ou conjuntos de convulsões ocorrerem mais de uma vez a cada oito semanas.
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Antes do início da terapia, o dono do animal deve ser cientificado de que a medicação
não representa uma cura, podendo ser necessária durante toda a vida do cão. Também é
usado, e seu custo. O anticonvulsivante principal para o tratamento a longo prazo das
oralmente, duas vezes por dia (KONEGAY, 1990). Nos níveis séricos apropriados (15-
40µg/kg) pode-se controlar mais de 60% dos cães epiléticos com esse fármaco; as
outras drogas parecem ser menos efetivas e possuem efeitos colaterais maiores
2.2 Fenobarbital
excitabilidade neuronal, ele também inibe a difusão do foco epilético para outras áreas
1999).
(14 a 45mg/l). Alguns autores recomendam, para um controle adequado, níveis séricos
>30mg/l. Na maioria dos cães um nível mais baixo de fenobarbital, de cerca de 25mg/l,
é ideal para a fase de controle inicial (FENNER, 1994). Os níveis sanguíneos acima da
1992).
a) Sedação
adaptam aos efeitos sedativos, o que pode acontecer em 7 a 10 dias, não havendo
b) Hiperexcitabilidade
c) Dependência
animais normais; por isso é preciso cuidado, ao terminar a terapia (FENNER, 1994).
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e) Hepatotoxicidade
na variação terapêutica entre média e superior. Ela pode ter um início insidioso e
(FENNER, 1994).
livre.
são indutores potentes da atividade sérica da FA que ocorre de início, sem evidências
são menos consistentes, mas aumentos acima desses níveis sugerem lesão hepatocelular.
hepáticas e para avaliar quanto a outros distúrbios hepáticos. A biópsia hepática deve
ser realizada quando possível. O achado mais consistente nos cães em terapia com
o que não justifica alteração na terapia com drogas. Pode haver achados consistentes
1994).
estudo que o uso crônico de fenobarbital está diretamente relacionado ao aumento das
aumento no número dessas áreas. Esse assunto ainda necessita de estudos em cães e
gatos, mas requer cautela, mediante os resultados obtidos pelos autores, quanto ao uso
hepáticas.
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3 RELATO DO CASO
anos de idade, pesando 8 - 500 kg, foi atendido dia 03 de junho de 2008, na Clínica
Também relatou que cinco anos antes ele havia sido diagnosticado com epilepsia; que
estava sendo tratado desde então com fenobarbital e que o protocolo inicial foi de 12mg,
duas vezes ao dia, o que não se mostrou suficiente para controlar as convulsões. A dose
cada 2 - 3 meses. Segundo a proprietária, no último ano, por conta própria, ela diminuiu
a dose para 50mg, duas vezes ao dia, e, nos dias em que o paciente apresentava
convulsões, administrava, também por conta própria, 50mg a mais na dose diária.
Naquele período de 5 anos não havia sido realizado qualquer exame para monitoração
38,2ºC, desidratação leve (5%), dor na região abdominal, hálito com odor de acetona,
uréia, creatinina, exame de urina e glicose. O hemograma revelou uma anemia não
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(Tabela 2). A suspeita de diabete melittus cetoacidótica foi comprovada pelo exame de
urina, que acusou presença de glicose (+++) e de corpos cetônicos (++). Esse exame
sugestivas de gastrite.
animal não apresentou melhora nos cinco dias que se seguiram. O vômito e a anorexia
última tentativa de tratamento. Ele observou que o fígado apresentava lesões nodulares
por todo o parênquima (Figura II) e hepatomegalia, além de uma vesícula biliar repleta.
em consideração a pouca qualidade de vida que ela estava tendo, o clínico optou, com a
fenobarbital, uma vez que essa droga induz intensamente a hiperplasia de vários
anos de idade
SÉRIE VERMELHA
Leucócitos 14200
Bastonetes 3 426
Segmentados 91 12922
Eosinófilos 0 0
Basófilos 0 0
Linfócitos 5 710
Monócitos 1 142
Linfócitos atípicos 0 0
Plaquetas 254000
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Figura 2 – Fígado de um canino, fêmea, poodle, 10 anos de idade, apresentando sinais clínicos de
poliúria, polidipsia, apatia, anorexia e vômitos, submetido a uma laparotomia exploratória. Percebe-se o
aspecto lesional nodular em todo o parênquima hepático, assim como hepatomegalia e vesícula biliar
repleta, demonstrando lesão grave em fígado.
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4 DISCUSSÃO
associado a outro anticonvulsivante, pode induzir moléstia hepática grave e, por isso,
dose em intervalos de 2 semanas, para que seja atingido o nível sérico entre 15 e 45
mg/ml. Já AMARAL e LARSSON (2006) concluíram em seus estudos que, por causa
ajuste de dose; neste caso, o equilíbrio dinâmico seria obtido em 100% dos animais. A
colheita do material para monitoração pode ser realizada em qualquer horário entre 8 e
suspeita de intoxicação, deve-se optar por duas coletas: a primeira entre 8 e 12 horas
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animais. Ou seja, cães que recebem doses altas de fenobarbital podem estar com a
concentração sérica dentro dos limites desejáveis, enquanto cães que recebem doses
hepática.
sempre procurar esclarecer ao máximo todas as dúvidas que o proprietário possa ter,
orientando-o de forma a que ele entenda que a epilepsia é uma condição crônica e que o
5 CONCLUSÃO
efetivo para cães e deve ser a primeira droga escolhida, na ocorrência dessa afecção.
Vimos, contudo, por meio deste relato de caso, que o fenobarbital também pode
danificar a saúde dos animais tratados, se o clínico não seguir um protocolo adequado
rotina para o clínico e para o proprietário do animal tratado com essa droga; com isso
completamente eliminadas; a maioria dos animais afetados, contudo, pode ter uma vida
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHRISMAN, C. Neurologia dos pequenos animais. São Paulo: Roca, 1997. In: CURY,
E.Z; DITTRICH, Rosângela Locatelli. Avaliação clínica laboratorial e radiológica de
filhotes de cães submetidos à terapia com fenobarbital. Curitiba: Dissertação de
Mestrado (Universidade Federal do Paraná.), 2005.
YAZAR, E. et al. Effects on Brain and liver, Tissues enzyme activite in mice. Acta
Veterinary Brno, v. 71, 2002, p.309-312.