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de Perdas
Prof. Léo Roberto Seidel
2010
Copyright © UNIASSELVI 2010
Elaboração:
Prof. Léo Roberto Seidel
658
S4581p Seidel, Léo Roberto.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-305-1
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico!
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – ACIDENTES DE TRABALHO................................................................................... 1
VII
2.2 QUANDO A INVESTIGAÇÃO DEVE SER REALIZADA........................................................ 28
2.3 PROPORÇÃO ENTRE ACIDENTES E INCIDENTES................................................................ 28
2.4 QUAIS ACIDENTES E INCIDENTES SE DEVE INVESTIGAR................................................ 29
2.5 VANTAGENS DA INVESTIGAÇÃO............................................................................................. 29
2.6 QUEM DEVE CONDUZIR A INVESTIGAÇÃO.......................................................................... 29
2.7 QUEM DEVE PARTICIPAR DA INVESTIVAÇÃO DE ACIDENTES E INCIDENTES.......... 30
3 ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO............................................ 30
3.1 OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE O ACIDENTE......................................................... 31
3.1.1 Ir ao local do acidente............................................................................................................. 31
3.1.2 Entrevistar os envolvidos e as testemunhas........................................................................ 31
3.1.3 Reconstituir o acidente............................................................................................................ 31
3.2 ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES SOBRE O ACIDENTE.......................................................... 31
3.2.1 Identificação das causas do acidente.................................................................................... 32
3.2.2 Proposição de recomendações e medidas de controle....................................................... 32
3.3 FORMULÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES............................................................ 33
4 A COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE................................................................................................ 33
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 34
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 35
VIII
4 CLASSIFICAÇÃO CONFORME FREQUÊNCIA E INTENSIDADE......................................... 59
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 62
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 63
IX
3.1 O MÉTODO..................................................................................................................................... 87
3.2 TÉCNICAS COMPLEMENTARES............................................................................................... 91
3.3 FORMULÁRIO................................................................................................................................ 91
3.4 DANDO SEGUIMENTO AO HAZOP......................................................................................... 93
3.5 VANTAGENS E DESVANTAGENS............................................................................................. 93
RESUMO DO TÓPICO 4...................................................................................................................... 94
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 95
X
TÓPICO 2 – ESTUDO DE FREQUÊNCIAS...................................................................................... 125
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 125
2 OBJETIVO............................................................................................................................................ 126
3 ESTUDO DE FREQUÊNCIA............................................................................................................ 126
3.1 SELEÇÃO DE EVENTOS INICIADORES.................................................................................. 126
3.2 EVENTO INICIADOR.................................................................................................................. 126
3.2.1 Simples................................................................................................................................... 126
3.2.2 Complexo............................................................................................................................... 127
3.3 AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA PARA EVENTOS INICIADORES SIMPLES.................. 127
3.4 AVALIAÇÃO DE FREQUÊNCIA PARA EVENTOS INICIADORES COMPLEXOS.......... 127
4 CÁLCULOS DIVERSOS................................................................................................................... 128
4.1 CÁLCULO DA CONFIABILIDADE........................................................................................... 128
4.2 PROBABILIDADE DE FALHA DE UM COMPONENTE TESTADO PERIODICAMENTE... 129
4.3 TAXA DE FALHAS DE UM COMPONENTE MONITORADO . .......................................... 130
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 131
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 132
XI
3.1 RESPONSABILIDADE DA GERÊNCIA.....................................................................................153
3.2 RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS.........................................................................153
4 DISPONIBILIDADE DE RECURSOS.............................................................................................154
4.1 RECURSOS INTERNOS.................................................................................................................154
4.2 RECURSOS EXTERNOS................................................................................................................154
5 DEFINIÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA (PLANOS DE AÇÃO)......................................154
6 EQUIPE DE CONTROLE DA EMERGÊNCIA..............................................................................155
7 ELABORAÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA.........................................................................155
8 ATIVAÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA................................................................................155
8.1 IDENTIFICAÇÃO DA EMERGÊNCIA.......................................................................................156
8.2 COMUNICAÇÃO DA EMERGÊNCIA.......................................................................................156
8.3 REUNIÃO DA EQUIPE DE CONTROLE DA EMERGÊNCIA E DAS BRIGADAS
DE APOIO........................................................................................................................................156
9 TREINAMENTO DO PESSOAL.......................................................................................................156
10 TESTES PERIÓDICOS DO PLANO (SIMULADOS).................................................................157
11 MANUTENÇÃO DO PLANO.........................................................................................................157
12 CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES............................................................................................157
12.1 DESORDEM CIVIL.......................................................................................................................157
12.2 POLUIÇÃO DAS ÁGUAS E DO AR..........................................................................................157
13 TOMADAS DE DECISÕES E AVALIAÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA....................158
13.1 DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS.................................158
13.2 ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS............................159
LEITURA COMPLEMENTAR..............................................................................................................160
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................163
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................164
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................165
XII
UNIDADE 1
ACIDENTES DE TRABALHO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
• investigar acidentes;
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, sendo que no final de cada
um deles, você encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os conteúdos
estudados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONCEITO E CARACTERIZAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Desde os tempos antigos, o homem tem desenvolvido atividades e
ferramentas (faca, fogo etc.) que apresentam riscos potenciais e que podem
se materializar causando acidentes com lesões pessoais ou perdas materiais.
Registros esparsos relatam que já na Antiguidade havia o conhecimento de
que algumas profissões poderiam prejudicar a saúde do trabalhador, a saber,
dificuldades respiratórias nos mineradores do Egito, ou ainda, alguns distúrbios
característicos a muitos atletas, descrito por Aristóteles na Grécia Antiga. Em
1556, Georgius Agricola, publicou um interessante livro, Dere Metallica, que
descrevia com detalhes as más condições de trabalho dos mineradores e possíveis
medidas para melhorar aqueles ambientes. No entanto, foi no ano de 1700 que
o médico italiano Bernardino Ramazzini, publicou sua obra-prima intitulada De
morbis artificum diatriba (As doenças dos trabalhadores), em que relatava diversos
males e sua relação com as profissões da época. Considera-se que esta publicação
foi o marco inicial para a sociedade encarar o trabalho como possível causa de
doenças e acidentes em escala preocupante.
3
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
2 O ACIDENTE DO TRABALHO
Para nosso estudo é fundamental que se compreenda bem o conceito
de acidente de trabalho, que se constitui o elemento gerador de toda ciência
envolvida na questão da Segurança do Trabalho.
4
TÓPICO 1 | CONCEITO E CARACTERIZAÇÃO
NOTA
5
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
6
TÓPICO 1 | CONCEITO E CARACTERIZAÇÃO
NOTA
DICAS
7
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
• sem lesão;
• lesão leve (acidente sem afastamento);
• lesão incapacitante (acidente com afastamento).
8
TÓPICO 1 | CONCEITO E CARACTERIZAÇÃO
Qualquer acidente, mesmo aquele sem lesão, já, ocasiona perda de tempo
para normalização das atividades, podendo ocasionar ainda, danos materiais.
Não existe a necessidade legal de comunicação aos órgãos da Previdência Social
quando não há lesão que ocasione o afastamento do trabalhador, se este retornar
ao trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte, no horário normal. O acidente
sem afastamento seria aquele que o acidentado, embora tenha sofrido uma lesão,
pode retornar ao trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte, em seu horário
regulamentar de entrada.
• incapacidade temporária;
• incapacidade parcial;
• incapacidade total.
9
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
Exemplo: Perda de uma das mãos e dos dois pés, mesmo que a prótese
seja possível.
10
TÓPICO 1 | CONCEITO E CARACTERIZAÇÃO
Essa ficha (conhecida como CAT) solicita uma série de informações, tais
como Cardoso, (2005):
NOTA
TUROS
ESTUDOS FU
11
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, foram apresentados os seguintes assuntos:
12
AUTOATIVIDADE
4 Cite alguns benefícios que uma empresa pode receber quando implementa
medidas para redução dos acidentes do trabalho.
13
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Uma questão fundamental no estudo da prevenção e minimização dos
acidentes de trabalho é a correta identificação das causas. De um ponto de vista
mais amplo, podemos considerar três fatores causadores:
15
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
• Risco genérico – aquele a que todas as pessoas estão expostas como, por
exemplo, um acidente de trânsito.
• Risco específico – se refere ao risco inerente de um determinado trabalho.
Pode-se citar a condição de um pintor de paredes que trabalha em altura.
• Risco agravado – se trata de um risco genérico agravado pelas condições do
trabalho. O pintor, do exemplo anterior, está sujeito ao risco genérico do sol,
no entanto as condições em que está exposto (longos períodos), agrava esta
situação.
16
TÓPICO 2 | LEVANTAMENTO DAS CAUSAS DE ACIDENTES
3 FATORES DE ACIDENTES
Havendo lesão na ocorrência de um acidente, este é o ponto de partida
na análise dos fatos ocorridos e para a determinação das medidas preventivas a
serem estabelecidas. No estudo das causas de acidentes, existem cinco fatores a
serem investigados que, de alguma maneira, estão relacionados com a ocorrência
do acidente. Estes são denominados Fatores de Acidentes e se encontram listados
a seguir, conforme indicado por Michel (2008):
• agende da lesão;
• condição insegura;
• acidente tipo;
• ato inseguro;
• fator pessoal inseguro.
17
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
de
autoativida
18
TÓPICO 2 | LEVANTAMENTO DAS CAUSAS DE ACIDENTES
Segundo Michel (2008), 84% do total dos acidentes de trabalho são oriundos
do próprio trabalhador. Portanto, os atos inseguros no trabalho provocam a
maioria dos acidentes; não raro o trabalhador se serve de ferramentas inadequadas
por estarem mais próximas ou procura limpar máquinas em movimento por ter
preguiça de desligá-las, ou se distrai e desvia sua atenção do local de trabalho,
ou opera sem os óculos e aparelhos adequados. Ao se estudar os atos inseguros
praticados, não devem ser consideradas as razões para o comportamento da
pessoa que os cometeu, o que se deve fazer tão somente é relacionar tais atos
inseguros.
19
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
3.4 ACIDENTE-TIPO
O termo “acidente-tipo” é utilizado para classificar a maneira como os
trabalhadores sofrem a lesão, ou como acontece o contato entre a pessoa e o
agente da lesão.
20
TÓPICO 2 | LEVANTAMENTO DAS CAUSAS DE ACIDENTES
21
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
22
TÓPICO 2 | LEVANTAMENTO DAS CAUSAS DE ACIDENTES
Numa indústria química que lide com variados produtos, pode ser útil
subdividir o acidente tipo de acordo com a agressividade do agente de lesão,
fato que provavelmente não compensaria numa indústria de alimentos. Para um
armazém de carga e descarga, que emprega muito trabalho manual, é interessante
subdividir o esforço excessivo, já numa empresa de instalação elétrica, podem-se
classificar as várias maneiras possíveis de contato com a eletricidade.
23
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
24
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você estudou os seguintes conteúdos:
• Os riscos a que uma pessoa está sujeita podem ser classificados em três
modalidades: risco genérico, risco específico e risco agravado.
• A gravidade de um acidente não deve ser definida com base nas lesões sofridas
pelos trabalhadores.
• Existem cinco tipos de fatores acidentários que devem ser considerados para a
prevenção de acidentes: agente da lesão, condição insegura, acidente-tipo, ato
inseguro e fator pessoal inseguro.
25
AUTOATIVIDADE
26
UNIDADE 1
TÓPICO 3
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
1 INTRODUÇÃO
A investigação de acidentes faz parte da maioria dos programas
tradicionais de segurança. Porém, o objetivo de uma boa investigação de
acidentes geralmente não é bem compreendido e, como resultado, a maioria
das investigações se transforma em exercícios de achar culpados, responsáveis,
deficiências ou falhas, e raras vezes se preocupam em realmente identificar quais
foram as causas básicas do acontecimento e não chegam a soluções efetivas para
prevenir a repetição dos mesmos.
27
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
10 LESÕES LEVES
600 ACIDENTES
28
TÓPICO 3 | INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
29
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
PARTICIPANTES
Investigar ou
INCIDENTES
Registrar *
Com
lesão sem X X
afastamento
ACIDENTES Com lesão e
COM PERDAS afastamento X X
HUMANAS
Incapacidade
permanente X X X X
ou morte
Investigar ou
Até R$ 500,00
Registrar *
ACIDENTES De R$ 500,00
COM PERDAS a R$ 5.000,00 X X
MATERIAIS
Acima de R$
X X X X
5.000,00
* Os incidentes/acidentes com perdas materiais (cujo valor for de até R$ 500,00), mas que possuam
potencial de causar perdas elevadas devem também ser investigados pelo supervisor.
30
TÓPICO 3 | INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
31
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
32
TÓPICO 3 | INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
4 A COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE
Um dos valores mais significativos da comunicação de todos os acidentes
está na possibilidade de descobrir as causas que podem ocasionar eventos
com perdas no futuro. Quando determinados acidentes (e incidentes) não
são comunicados, não há a formação de uma base de dados para análise com
informações suficientes para a prevenção destes acontecimentos indesejados.
33
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você estudou os seguintes conteúdos:
34
AUTOATIVIDADE
35
36
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Foram apresentados no capítulo anterior os cinco fatores de acidentes:
agente da lesão, condição insegura, acidente-tipo, ato inseguro e o fator pessoal
inseguro.
37
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
ATOS INSEGUROS
ACIDENTE
LESÃO
39
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
Segundo Michel (2008), uma vez que não se consegue eliminar os traços
negativos da personalidade, surgirão em consequência, falhas no comportamento
do homem no trabalho, de que podem resultar atos inseguros e condições inseguras,
que poderão levar ao acidente e às lesões. Quando isso ocorrer, tombando a pedra
"personalidade", ela ocasionará a queda, em sucessão de todas as demais.
A S
ALIDAD
AN
UM
OS AS
UR GUR
SH
G
E E
PERSON
NS NS TE
S I ES I EN
HA
TO Õ I D
A IÇ AC
L
ND
FA
O LESÃO
C
ACIDENTE
LESÃO
ATOS INSEGUROS
CONDIÇÕES INSEGURAS
41
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
42
TÓPICO 4 | ANÁLISE DE ACIDENTES DE TRABALHO
N CA
CF = x 106
HHT
Este coeficiente isolado não é de grande valia, pois, por exemplo, em uma
empresa com coeficiente de frequência igual a 50, os acidentes foram somente de
incapacidade temporária total, enquanto que outra empresa com coeficiente de
frequência igual a 5, pode ter acidentes com incapacidade permanente ou mesmo
morte. Para dar ideia das lesões, criou-se outro coeficiente. (MICHEL, 2008)
43
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
dd + dp
CG = x 106
HHT
dp = dias perdidos
dd = dias debitados
Os dias perdidos são contados a partir do dia seguinte ao do acidente, nos
casos de afastamento por incapacidade temporária total, até o dia da alta médica
ou retorno ao trabalho do acidentado em seu horário normal. Na contagem, são
incluídos feriados e dias de descanso semanal obrigatório, portanto são dias
corridos.
44
TÓPICO 4 | ANÁLISE DE ACIDENTES DE TRABALHO
N x 106
FA =
H
N = número de acidentes com e sem lesão
H = horas-homem de exposição ao risco ou HHT
N x 106
FL =
H
N = número de acidentados com lesão
H = horas-homem de exposição ao risco ou HHT
N x 106
FS =
H
N = número de acidentados sem lesão incapacitante
H = horas-homem de exposição ao risco ou HHT
45
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
LEITURA COMPLEMENTAR
CONCEITOS LEGAIS
46
TÓPICO 4 | ANÁLISE DE ACIDENTES DE TRABALHO
DISTORÇÕES E SUBNOTIFICAÇÃO
47
UNIDADE 1 | ACIDENTES DE TRABALHO
INDICADORES DE (IN)SEGURANÇA
48
TÓPICO 4 | ANÁLISE DE ACIDENTES DE TRABALHO
CONCLUSÃO
FONTE: FUDOLI, Josevan Ursine. A subnotificação dos acidentes de trabalho. Art. Revista CIPA nº
345, ago. 2008.
49
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você estudou os seguintes conteúdos:
50
AUTOATIVIDADE
1 Por que o termo “descuido” não é apropriado para usar como causa de
acidentes?
51
52
UNIDADE 2
RISCOS PROFISSIONAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Essa unidade está dividida em cinco tópicos, sendo que no final
de cada uma delas, você encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os
conteúdos estudados.
53
54
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Desde as épocas mais remotas, grande parte dos ofícios aos quais o
homem se tem dedicado, apresentou riscos em potencial, que frequentemente se
concretizaram em lesões que afetaram a sua integridade física ou a saúde.
55
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
Para os clientes:
• insegurança;
• confiabilidade;
56
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS
• danos à saúde;
• indenizações;
• queixas e reclamações.
Para os funcionários:
• acidentes de trabalho;
• danos à saúde;
• dificuldades na operação;
• falta de comprometimento (desmotivação).
57
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
ATENCAO
Esta classificação citada anteriormente não tem por objetivo o rigor científico-
biológico sobre o conceito de ser vivo.
58
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS
R=F x G
R = risco
F = frequência
G = gravidade
Os níveis de frequência dos riscos são determinados de acordo com o
quadro a seguir:
59
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
FREQUÊNCIA PERÍODO
Ocorrência em intervalo superior a 100 anos ou improvável
Improvável
que ocorra.
Ocorrência possível entre 10 e 100 anos ou não esperada
Possível
nesta planta, contudo é possível que ocorra.
Ocasional Ocorrência entre 1 e 10 anos, pelo menos uma vez.
Meio
Ser humano (na
Gravidade Ambiente e Recursos Perda Imagem
empresa)
Comunidade
Pequenos Podem
acidentes A área resultar De
Afeta apenas
Desprezível pessoais, sem resolve a numa perda conhecimento
a área.
perda de tempo situação. de até R$ da área.
com o trabalho. 10.000,00
Podem
Lesões
resultar
graves não
A área numa perda De
incapacitantes, Afeta áreas
Moderada resolve a entre R$ conhecimento
com afastamento vizinhas.
situação. 10.000,00 da empresa.
do trabalho
e R$
inferior a 30 dias.
100.000,00.
Necessita
de recursos
Lesões Afeta o meio internos Podem
graves não ambiente e para seu resultar De
incapacitantes, pequenos controle numa perda conhecimento
Crítica com afastamento danos à (Corpo de entre R$ da
do trabalho comunidade Bombeiros 100.000,00 comunidade
superior a 30 (lesões da empresa, e R$ local.
dias. leves). enfermaria, 500.000,00.
brigadistas
etc.).
60
TÓPICO 1 | CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS
Necessita
de recursos
As externos
proporções para seu
podem controle
colocar em (Corpo de Podem
Morte ou risco o meio Bombeiros, resultar De
Catastrófica invalidez ambiente e a Polícia em perdas conhecimento
permanente. comunidade Militar, acima de R$ público.
(lesões Civil ou 500.000,00.
graves, Rodoviária,
pânico ou Defesa
morte). Civil,
Hospitais
etc.).
Gravidade
Desprezível Moderada Crítica Catastrófica
Frequência
Frequente Médio Alto Muito Alto Muito Alto
Ocasional Baixo Médio Alto Muito Alto
Possível Muito Baixo Baixo Médio Alto
Improvável Muito Baixo Muito Baixo Baixo Médio
61
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você estudou:
62
AUTOATIVIDADE
4 Quais são as categorias de risco segundo sua gravidade? Para cada categoria,
quais os valores estimados em perdas?
63
64
UNIDADE 2 TÓPICO 2
SEGURANÇA DE PROCESSOS
1 INTRODUÇÃO
Todo projeto de análise de riscos de uma indústria deve demandar a
devida atenção à segurança dos processos, focos de grande parte dos acidentes.
Nesta análise, estão incluídos três campos de aplicação:
IDENTIFICAR
PROCESSOS
CONTROLAR ENTENDER
2 OBJETIVOS E METAS
Conforme indica Neto (2006), são os seguintes:
• demonstrar o status de segurança do processo como uma função de
gerenciamento em relação a outros objetivos do negócio;
• destacar a importância de estabelecer critério para uma operação segura na
empresa;
• reforçar o valor do estabelecimento de objetos em segurança de processos, os
quais podem ser usados como medida desempenho e auxílio em tomada de
decisões comerciais.
65
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
3 ABRANGÊNCIA
Os sistemas e setores que englobam a segurança em processos são:
• processo de fabricação;
• distribuição e armazenamento;
• mistura e embalagem (transformação, regulação, preparação e disponibilização
para o consumo);
• plantas piloto;
• tubulações;
• tratamento de resíduos (meio ambiente);
• sistemas de energia.
4 SUCESSO NA APLICAÇÃO
Depende diretamente da liderança exercida. Os resultados são percebidos:
• no processo (fisicamente e operacionalmente);
• maior segurança aos funcionários;
• redução do histórico de acidentes;
• redução no pagamento de seguros.
5 BASES
Neto (2006), afirma que alguns fatores fundamentais na segurança de
processo são:
66
TÓPICO 2 | SEGURANÇA DE PROCESSOS
6 DOCUMENTAÇÃO E CONHECIMENTO
No início da elaboração de um projeto de segurança em processos, é
necessário disponibilizar informações das seguintes áreas ou setores, de acordo
com Neto (2006):
• recursos técnicos (áreas elétrica, civil, mecânica);
• diagramas de fluxo do processo;
• balanços de energia;
• planta geral, com tubulação de água e incêndio;
• equipamentos de processo;
• catálogos;
• principais variáveis de controle e seus valores;
• arquivos CAD;
• outros documentos (manuais de operação, softwares etc.;
• condições normais e anormais de operação: valores de projeto;
• memória da empresa:
о registro da experiência de engenheiros seniores;
о causas e ações corretivas de acidentes;
о desvios de quase-acidentes;
о possibilidade de transferência para um sistema inteligente.
Por outro lado, a manutenção de uma documentação atualizada e
completa trará benefícios para a empresa:
• manutenção do registro e condições do projeto;
• memorização da lógica;
• facilidade para a compreensão de todo o processo;
• referência para mudanças futuras;
• registros de acidentes (causas, consequências etc.);
• respaldo em situações legais.
7 REVISÕES E AUDITORIAS
Cardoso (2005) afirma: é de suma importância a realização de revisões e
auditorias periódicas para que o planejamento das medidas de segurança esteja
em consonância com a planta industrial e processos existentes.
Deve-se ter em mente a revisão e reclassificação dos riscos da seguinte
maneira:
• Alto: processos novos, produtos perigosos ou grandes quantidades.
• Médio: tecnologia testada, porém sem análise de riscos. Grandes impactos.
• Baixo: riscos já conhecidos e avaliados de baixo impacto.
67
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
8.1 OBJETIVOS
Podemos citar que esta análise objetiva:
• identificação de riscos do processo;
• identificação de falhas que podem causar um acidente;
• avaliação do risco;
• proposição de mudanças;
• documentação sistemática.
68
TÓPICO 2 | SEGURANÇA DE PROCESSOS
NOTA
69
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
IDENTIFICAÇÃO ELIMINAÇÃO
PREVENÇÃO
AVALIAÇÃO REDUÇÃO
AUTOSEGURO
FINANCIAMENTO AUTOADOÇÃO
TRATAMENTO
SEGURO
PROCESSO
PERIGO
(evento indesejável)
GRAVIDADE PROBABILIDADE
falhas: materiais,
produto, pessoal, meio instrumentação,
ambiente, material, etc. humanas, etc.
RISCO
(conhecimento)
MEDIDAS
prevenção/ proteção
70
TÓPICO 2 | SEGURANÇA DE PROCESSOS
• inspeção de segurança;
• lista de verificação (checklist);
• análise de classificação relativa;
• análise preliminar de riscos – APR;
• “What-if?” (E se...?);
• estudo de risco e operabilidade (HAZOP);
• modos de falha e análise dos efeitos (FMEA);
• análise de árvore de falhas (AAF);
• análise de árvore de eventos (AAE).
• objetivo do estudo;
• tempo;
• custo;
• grau de complexidade;
• grau de importância;
• dados disponíveis.
71
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
What-if / Checklist
Relative Ranking
Checklist
HAZOP
What-if
Pesquisa e Desenvolvimento
Projeto Conceitual
Operação de planta piloto
Projeto Detalhado
Contrução / Start-up
Operação de Rotina
Expansão ou Modificação
Investigação de Incidente
Retirar de Operação
72
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, foram apresentados os seguintes assuntos:
73
AUTOATIVIDADE
74
UNIDADE 2 TÓPICO 3
IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
1 INTRODUÇÃO
Conforme Oliveira (1991), de um modo geral, todas as técnicas de
análise e avaliação de riscos passam antes da fase principal por uma fase de
identificação de perigos.
• substâncias;
• agentes;
• produtos;
• situações;
• eventos (perigosos ou danosos);
• operações.
75
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
Desvantagens:
• requer experiência e conhecimento do processo;
• não tem apresentação sistemática;
• depende do nível de variedade de pessoas integradas;
• menos eficaz.
76
TÓPICO 3 | IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
2.4 FORMULÁRIO
O formulário da análise What If consiste em, basicamente, relacionar
os possíveis problemas (aquilo que pode sair de errado) com suas respectivas
consequências e as devidas recomendações (medidas de controle de riscos e de
emergência).
E se...?
Identificação de Perigos
Órgão Folha
Objeto da análise: festa de aniversário
Número Data
Executado por:
Medidas de Controle de
E se...? Perigo / Consequência
Risco e Emergência
Avaliar a possibilidade
de comparecerem mais
Vierem mais pessoas
Falta de espaço, falta de bebidas. convidados e prever
que o esperado?
alimentos e bebidas com
folga.
As pessoas não Desagradar amigos, criar clima Anexar mapa aos convites,
encontrarem o local de insatisfação, não receber acrescentando número do
da festa? presentes, perda de alimentos. telefone.
Adquirir guarda-chuva
Dificuldades na chegada, grande para ajudar as
Chover?
pessoas com roupas molhadas. pessoas a se deslocarem do
carro à porta da casa.
77
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
78
TÓPICO 3 | IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
79
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
4.3 FORMULÁRIO
A lista de verificação, ponto chave deste método de análise, deve ser
elaborada com muito discernimento e cautela. Sua composição inclui campos
para o registro dos itens a serem verificados bem como os resultados desta
verificação. A seguir, apresentamos um formulário exemplo para verificação de
um automóvel antes de uma viagem.
Verificado ?
Item Descrição Observação
Sim/Não, S/N
1 Estado dos pneus
2 Pressão dos pneus
3 Pressão do estepe
4 Nível de óleo do motor
5 Óleo do freio
6 Funcionamento dos freios
7 Nível de água de arrefecimento
8 Filtro de ar
9 Filtro de gasolina
10 Gasolina
11 Lavar
12 Amortecedores
13 Alinhamento das rodas
14 Balanceamento dos pneus
15 Documentos de porte obrigatório
16 Carteira de habilitação
17 Caixa de primeiros socorros
18 Manual de manutenção
19 Pano e solução limpa vidros
20 Limpador de para-brisa – estado e funcionamento
21 IPVA – Seguro obrigatório
22 Lanterna de mão
23 Saco para lixo
24 Dinheiro trocado para pedágio
FONTE: Cardella (2009 p. 146)
80
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, foram apresentados os seguintes assuntos:
• O método What-If.
81
AUTOATIVIDADE
82
UNIDADE 2
TÓPICO 4
ANÁLISE DE RISCOS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, veremos a análise de riscos. Entre eles estão a análise
preliminar de riscos e a análise de riscos e operabilidade.
NOTA
83
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
NOTA
Objeto de segurança é tudo que pode ser escolhido para análise quanto a
eventos indesejáveis que causem agressão a pessoas, meio ambiente e patrimônio,
provocando danos físicos, psicológicos e morais, degradação ambiental, danos ao
patrimônio e dos diversos tipos de perda. Quando escolhemos um objeto para estudo
é porque pretendemos simplesmente conhecê-lo ou conhecê-lo e transformá-lo.
(CARDELLA, 2009)
84
TÓPICO 4 | ANÁLISE DE RISCOS
2.4 FORMULÁRIO
A técnica da APR exige um formulário próprio com campos
destinados à descrição de eventos perigosos, causa, consequências, categoria
de consequência, medidas de controle de risco e de emergência. O registro
de muitos itens pode tornar o formulário “carregado”. Por isso, os agentes
agressivos que auxiliam a identificação de eventos perigosos podem ser
listados à parte. (CARDELLA, 2009)
Uma sugestão de formulário, com definições e descrições é apresentada
a seguir.
85
QUADRO 8 – FORMULÁRIO PARA APR
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS – APR
Objeto da análise (ou Sistema): é o sistema sob o qual é realizado o estudo.
ÓRGÃO FOLHA
Subsistema (ou Fase): parte do processo que está sendo analisado.
DATA
Equipe: Nome das pessoas que fazem parte da equipe de Referência: Plantas, diagramas, relatórios ou outros
NÚMERO
trabalho. documentos que estão sendo utilizados na análise.
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
Modos de
Risco Causas Efeitos Frequência Gravidade Classificação Recomendações Cenário
Detecção
Os cenários
Os cenários
acidentais devem
Riscos são acidentais devem
ser classificados
probabilidades ser classificados
em categorias de
(não em categorias de Esta coluna
severidade, as
conformidades) Principais efeitos frequência, as representa a
quais fornecem
de eventos As causas dos acidentes. quais fornecem conjugação
uma indicação
86
acidentais, com envolvem A detecção Por exemplo: uma indicação da categoria
qualitativa da
potencial para tanto falhas do perigo l explosões; qualitativa do de frequência Atribuir
perda esperada
causar danos intrínsecas pode se dar l incêndios; número de vezes com a um
para a ocorrência
às instalações, dos por meio de l mortes; esperado para a categoria de Medidas número
de cada um
operadores, equipamentos instrumentos l danos elétricos; ocorrência de cada gravidade, mitigadoras sequencial
dos cenários
público ou como erros ou pela l vazamentos; um dos cenários mediante a dos riscos. a cada
identificados.
meio ambiente. humanos percepção l nuvem tóxica; identificados. noção de um um dos
As categorias
Esses eventos durante testes, humana l quebra de As categorias de risco global. cenários.
de gravidade
devem ser operação e direta. máquina; frequência não (ver Matriz de
não são
identificados manutenção. l parada de são padronizadas. Categoria de
padronizadas,
para cada produção. Sugere-se: Riscos) mais
sugere-se:
subsistema l improvável; adiante.
l desprezível;
de análise em l possível;
l moderada;
estudo. l ocasional;
l crítica;
l frequente.
l catastrófica.
3.1 O MÉTODO
O líder da equipe orienta o grupo através de um conjunto de palavras-
guias que focaliza os desvios dos parâmetros estabelecidos para o processo ou
operação em análise.
87
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
PALAVRA-GUIA SIGNIFICADO
NÃO Negação da intenção de projeto.
MENOR Diminuição quantitativa.
MAIOR Aumento quantitativo.
PARTE DE Diminuição qualitativa.
BEM COMO Aumento qualitativo.
REVERSO Oposto lógico da intenção de projeto.
Segundo Cardella (2009), o Hazop deve ser aplicado por uma equipe
cujo número de componentes não seja maior do que sete para não prejudicar a
produtividade. O núcleo básico deve ser constituído por:
• um líder experiente em Hazop;
• um assistente;
• um engenheiro, tecnólogo ou técnico de processos;
• um engenheiro, tecnólogo ou técnico de manutenção mecânica, elétrica e/ou
instrumentação;
• um engenheiro ou tecnólogo de segurança;
• um operador.
88
TÓPICO 4 | ANÁLISE DE RISCOS
89
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
Seleção do nó de estudo
Sim
Registro de:
- Causas
- Consequências
- Ações requeridas
90
TÓPICO 4 | ANÁLISE DE RISCOS
3.3 FORMULÁRIO
O formulário para a implementação do Hazop deve conter campos
destinados ao registro dos desvios, causas, consequências, medidas de controle de
risco e emergência. Deve-se também deixar claro qual o nó de estudo, abordado
no formulário em questão, e também a que processo se refere.
91
QUADRO 11 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE UM FORMULÁRIO HAZOP
HAZOP – Identificação de Perigos e Operabilidade
Unidade de processo: Produção do DAP ÓRGÃO
FOLHA
Nó de estudo: 01 Parâmetro de Processo: Fluxo
Executado por: NÚMERO DATA
Palavra
Desvio Causas Consequências Ações Sugeridas
Guia
1. Válvula “A” não abre.
2. Suprimento de ácido fosfórico Fechamento automático da válvula B
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
92
1. Válvula aberta além do
Excesso de ácido fosfórico degrada o Controle automático da válvula A
parâmetro
Mais Maior vazão produto, mas não apresenta riscos ao local de em função do nível do tanque para
2. Elevação do nível de ácido
trabalho. regulagem da vazão.
fosfórico.
1. Fornecedor entrega produto
Excesso de amônia no reator e liberação para Estabelecer procedimento de checagem
Decréscimo da errado ou com concentração
a área de trabalho; a quantidade liberada da concentração de ácido fosfórico do
Parte de concentração de diferente.
está relacionada à redução quantitativa do tanque suprimento de ácido após o
ácido fosfórico 2. Erro no carregamento do tanque
suprimento. carregamento do tanque.
de ácido fosfórico.
Esta é uma consideração não
Aumento da
passível de ocorrência, uma vez que
Além de concentração de
a concentração de armazenagem é a
ácido fosfórico
mais alta possível.
1. Fornecedor entregou produto Depende do produto substituído. Um dos
Outro material
Outro que errado. integrantes do grupo ficará encarregado de
que não o ácido
não 2. Contaminação da linha com testar as substituições potenciais buscando na
fosfórico
outro produto. disponibilidade de outros materiais na planta.
FONTE: Neto (2006)
TÓPICO 4 | ANÁLISE DE RISCOS
Desvantagens:
• exige muito tempo para aplicação e desenvolvimento;
• requer análise concisa e precisa na divisão dos nós, aplicação e desenvolvimento;
• requer diagramas de instrumentação e processos atualizados e confiáveis;
• equipe precisa ter conhecimentos aprofundados das diversas etapas do
processo.
93
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, foram apresentados os seguintes assuntos:
94
AUTOATIVIDADE
95
96
UNIDADE 2 TÓPICO 5
AVALIAÇÃO DE RISCOS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos as avaliações de risco. Entre elas, veremos a
Análise por Árvore de Falhas e a Análise por Árvore de Eventos ou Série de Riscos.
2.1 MÉTODO
Seleciona-se um evento indesejável, através de alguma outra técnica de
identificação de riscos e desenvolve-se uma árvore constituída dos diversos eventos
e falhas contribuintes. Pelo método da AAF, é possível calcular a frequência de
ocorrência do evento indesejável a partir de dados de probabilidade e frequência
previamente conhecidos e registrados, conforme Cardella (2009) e Neto (2006).
97
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
2.4 SIMBOLOGIA
A Análise de Árvore de Falha utiliza uma série de símbolos para sua
representação esquemática, bem como alguns conceitos de Álgebra Booleana,
conforme veremos a seguir.
EVENTO NÃO
Um evento que ainda não foi examinado ou
DESENVOLVIDO desenvolvido por falta de informações ou de
consequências suficientes.
EVENTO
Evento que resulta da interação de outros eventos
INTERMEDIÁRIO cujo desenvolvimento se dá através de portas
lógicas.
FONTE: O autor
98
TÓPICO 5 | AVALIAÇÃO DE RISCOS
TUROS
ESTUDOS FU
Simbologia por
Simbologia por Operação Equivalente
Blocos de
Portas Lógicas Booleana Aritmético
Confiabilidade
E X
Eventos Paralelos
OU +
Eventos em Série
FONTE: O autor
99
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
ATENCAO
Porém, uma das características que torna a AAF uma poderosa ferramenta
para análise de riscos é a possibilidade de se analisar o sistema descrito de forma
quantitativa, isto é, com cálculo de probabilidades. Para tanto se faz necessário
conhecer a probabilidade de ocorrência dos eventos-base e pelo diagrama, pode-
se determinar a probabilidade de ocorrer o evento topo.
100
TÓPICO 5 | AVALIAÇÃO DE RISCOS
ET = E1 × E2
101
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
SIM
NENHUMA
SIM SIM
SIM NENHUMA
NÃO
NÃO FALHA TIPO 1
NÃO
FALHA TIPO 2
FONTE: O autor
103
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
NÃO (0,200)
NÃO 0,200
NÃO (0,999) NÃO (0,995)
NÃO 0,794
NÃO (0,999)
SIM (0,800) SIM 0,004
SIM (0,005)
SIM
SIM 0,001
SIM (0,001)
SIM 0,001
SIM (0,001)
FONTE: O autor
104
TÓPICO 5 | AVALIAÇÃO DE RISCOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Mario Fantazzini
Os mais jovens podem não ter tido contato com este texto ou similares;
é sempre bom reposicionar o histórico da preocupação com os acidentes e as
doenças.
105
UNIDADE 2 | RISCOS PROFISSIONAIS
Em 1556, um ano após a sua morte, Georg Bauer, mais conhecido pelo
seu nome latino de Georgius Agricola, publica em latim seu livro De Re Metalica.
Após estudar diversos aspectos relacionados à extração de metais argentíferos e
auríferos e à sua fundição, dedica o último capítulo aos acidentes do trabalho e às
doenças mais comuns entre os mineiros. Agricola dá destaque especial à chamada
“asma dos minérios”, provocada por poeiras que descreveu como “corrosivas”. A
descrição dos sintomas e a evolução da doença faz lembrar a silicose. Segundo as
observações de Agricola, em algumas regiões extrativas, as mulheres chegavam
a casar sete vezes, roubadas que eram de seus maridos, pela morte prematura
encontrada na ocupação que exerciam.
FONTE: FANTAZZINI, Mario. Do papiro egípcio a Bernardino Ramazzini. Revista Proteção, N. 215,
p.104, Nov. 2009.
106
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, foram apresentados os seguintes assuntos:
107
AUTOATIVIDADE
Torrada sai
queimada da
torradeira
O dono se distrai
Falha no sistema
não notando a
de controle da
demora da
torradeira
torradeira
Falha no
Ajuste interno da
dispositivo
torradeira muito
automático de
alto
desligamento
108
UNIDADE 3
TRATAMENTO DE RISCOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos, sendo que no final de cada
um deles, você encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os conteúdos
estudados.
109
110
UNIDADE 3
TÓPICO 1
ANÁLISE DE CONSEQUÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
O objetivo do estudo das consequências dos eventos perigosos é avaliar o
campo de ação do agente agressivo. Evento agressivo é qualquer elemento com
capacidade de produzir danos ou perdas, por exemplo, líquido pressurizado,
carga suspensa, veículo em movimento, radiação etc.
111
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
2 CONDIÇÕES DO CENÁRIO
As condições ambientais também compõem um importante fator a ser
considerado no estudo das consequências. Alguns pontos importantes são
destacados, conforme Neto (2006):
112
TÓPICO 1 | ANÁLISE DE CONSEQUÊNCIAS
3.1 METODOLOGIA
A análise de eventos indesejados envolvendo derramamentos ou
vazamentos de líquidos apresenta alguns fatores a serem analisados a seguir.
113
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
114
TÓPICO 1 | ANÁLISE DE CONSEQUÊNCIAS
115
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
Projeções de líquidos
Lesões que incapacitam para o muito quentes ou muito
6 Grave trabalho ou outras atividades. corrosivos sobre os
Cegueira, perda de membros. olhos, ação de máquinas
prensantes ou cortantes.
116
TÓPICO 1 | ANÁLISE DE CONSEQUÊNCIAS
Descarga elétrica em
tensão elevada ou mesmo
baixa se a pessoa estiver
7 Muito grave Uma morte.
molhada, inalação de gases
tóxicos em concentração
elevada e quedas.
Explosões, vazamentos
Extremamente
8 Algumas mortes. de gases tóxicos,
grave
desabamentos.
Explosões de grandes
quantidades de material,
bolas de fogo de grandes
9 Catastrófica Grande número de mortes.
dimensões, radiações
por fontes de elevada
atividade.
FONTE: Cardella (2009)
117
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
Substância Concentração
Amônia 300 ppm
Benzeno 500 ppm
Álcool Etílico 3.300 ppm
Sílica 25 a 50 mg/m³
Chumbo 100 mg/m³
118
TÓPICO 1 | ANÁLISE DE CONSEQUÊNCIAS
3.3.4 Sobrepressão
Explosões ou deflagrações de substâncias inflamáveis provocam
deslocamentos de ar cuja consequência é uma variação de pressão brusca
(sobrepressão). Dependendo da intensidade do fenômeno, as consequências
sobre o organismo humano podem ser fatais, conforme ilustrado pelos quadros
a seguir.
119
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
120
TÓPICO 1 | ANÁLISE DE CONSEQUÊNCIAS
121
RESUMO DO TÓPICO 1
122
AUTOATIVIDADE
123
124
UNIDADE 3
TÓPICO 2
ESTUDO DE FREQUÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
Antes de prosseguirmos, vamos relembrar alguns conceitos vistos
anteriormente.
E
IMPORTANT
Gravidade
Desprezível Moderada Crítica Catastrófica
Frequência
Frequente Médio Alto Muito Alto Muito Alto
Ocasional Baixo Médio Alto Muito Alto
Possível Muito Baixo Baixo Médio Alto
Improvável Muito Baixo Muito Baixo Baixo Médio
125
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
2 OBJETIVO
Segundo Neto (2006), o objetivo do estudo de frequências é identificar
combinações de falhas em equipamentos e erros humanos que podem resultar
num acidente.
3 ESTUDO DE FREQUÊNCIA
Inicia-se pela determinação do evento iniciador:
• é o evento responsável pela ocorrência do acidente;
• um evento iniciador pode dar origem a vários cenários diferentes.
3.2.1 Simples
É quando um único evento dá origem a um acidente com características
bem definidas. Por exemplo: ruptura intrínseca de uma tubulação.
126
TÓPICO 2 | ESTUDO DE FREQUÊNCIAS
3.2.2 Complexo
Várias causas concorrem para dar origem ao acidente. Como exemplo,
podemos citar o transbordamento de um tanque, a explosão de um tanque devido
a uma reação descontrolada.
f(EI)
= ∑ nλn
Onde:
λn = taxa de falhas
127
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
Frequência Probabilidade de
anual de falha do sistema
de controle de
enchimento enchimento do
do tanque tanque
Falha do Falha do
controle sistema de
manual de controle
enchimento automático
4 CÁLCULOS DIVERSOS
A seguir, você irá conhecer os vários tipos de cálculos e sua finalidade.
P(t) = e −λ.t
128
TÓPICO 2 | ESTUDO DE FREQUÊNCIAS
Onde:
• P(t) = confiabilidade do componente;
• λ = taxa de falhas (dados do fabricante ou levantamento histórico);
• t = é a vida útil considerada.
Q(t) = 1 − P(t)
Solução:
−4
−λ .t
P(
= t ) e= e −( 8.760 x1,4 x10
= )
0 , 2933
λ.θ
Q med =
2
Onde:
• λ é a taxa de falhas;
• θ é o intervalo entre os testes.
129
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
Solução:
Qmed = λ.τ
Onde:
• λ é a taxa de falhas;
• τ é o tempo médio de reparo.
Solução:
Qmed = λ.τ = 6,0 ×10-5 × 8 = 4,8 × 10-4
Horas paradas por ano: 4,8 × 10-4 × 8.760 = 4,3 h/ano.
130
RESUMO DO TÓPICO 2
131
AUTOATIVIDADE
132
UNIDADE 3
TÓPICO 3
CÁLCULO DO RISCO
1 INTRODUÇÃO
Vimos, anteriormente, que o risco pode ser compreendido como a
avaliação do cenário de perigo, associando a probabilidade de ocorrência e a
gravidade de suas consequências.
CAUSA PROBABILIDADE
Doenças do coração 3,4 × 10-3
Câncer 1,6 × 10-3
Acidentes do trabalho 1,5 × 10-4
Veículos automotivos 2,1 × 10-4
Homicídios 9,3 × 10-5
Quedas 7,4 × 10-5
Afogamentos 3,7 × 10-5
Queimaduras 3,0 × 10-5
Sufocamento 1,3 × 10-5
Acidentes com armas 1,1 × 10-5
Trens 9,0 × 10-6
Aviação Civil 8,0 × 10-6
Transporte marítimo 7,8 × 10-6
FONTE: Neto (2006)
133
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
FONTE: O autor
134
TÓPICO 3 | CÁLCULO DO RISCO
Região de risco
gerenciável ou de
"julgamento"
Região de risco
limite inferior
tolerável
135
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
1E-02
FREQUÊNCIA DE FATALIDADES
1E-03
intolerável
1E-04
1E-05
1E-06 gerenciável
1E-07
1E-08 negligenciável
1E-09
1 10 100 1000 10000
Nº DE FATALIDADES
136
TÓPICO 3 | CÁLCULO DO RISCO
137
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
138
TÓPICO 3 | CÁLCULO DO RISCO
139
RESUMO DO TÓPICO 3
140
AUTOATIVIDADE
141
142
UNIDADE 3
TÓPICO 4
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
1 INTRODUÇÃO
Um programa de prevenção de acidentes do trabalho é composto de
dois tipos de atividades a serem desenvolvidas pelo Serviço de Segurança: a
inspeção de Segurança e a Investigação de Acidentes. A primeira, a partir de uma
verificação de riscos mais comuns, inerentes a qualquer instalação industrial,
como instalações elétricas inadequadas ou falta de equipamento de combate ao
fogo, possibilita propor uma série de medidas que visem eliminar ou neutralizar
os riscos encontrados. (CARDOSO, 2005)
E
IMPORTANT
143
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
2 OBJETIVOS
Os principais objetivos das inspeções são a identificação:
• das deficiências em ambientes de trabalho, equipamentos, treinamentos,
normas e procedimentos;
• dos riscos e problemas potenciais nas instalações e operações;
• dos efeitos resultantes das modificações de processo, materiais ou ambiente;
• das deficiências nas ações preventivas e/ou corretivas;
• das ações recomendadas em inspeção anteriores e que não foram implementadas.
RISCOS
MEIO
EMPRESA PESSOAS COMUNIDADE
AMBIENTE
144
TÓPICO 4 | INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
Inspeção de Riscos
145
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
A inspeção informal deve ser feita com o auxílio de uma ficha para o
auxílio na descrição dos riscos verificados. Um exemplo de ficha é demonstrado
a seguir.
146
TÓPICO 4 | INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
Detectores Alarmes
147
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
FONTE: O autor
148
TÓPICO 4 | INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
Item 01
LOCAL Subestação de energia
CAUSA
Quadro elétrico principal com barramentos sem proteção ao contato direto.
RECOMENDAÇÕES
Instalar barreira de proteção (chapa protetora) de material isolante (acrílico, fenolite
ou similar) conforme determinação da NR 10 (Instalação e Serviços em Eletricidade) e
NBR5410 (Instalações Elétricas em Baixa Tensão).
CLASSIFICAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES CORRETIVAS E/OU
DO RISCO PREVENTIVAS
Alto Data Prevista Data Realizada Responsável
(Possível e Dep. Manutenção
Catastrófico) 08/05/2011 06/05/2011
Elétrica
FONTE: Neto (2006)
5 ETAPAS DA INSPEÇÃO
Uma inspeção de segurança é classificada, tipicamente, em quatro etapas:
• preparação;
• realização da inspeção;
• desenvolvimento de ações preventivas e corretivas;
• acompanhamento das ações preventivas e corretivas.
149
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
5.1 PREPARAÇÃO
Antes de iniciar-se a inspeção propriamente dita, convém realizar a
preparação de alguns aspectos importantes que vão se traduzir em maior
eficiência da aplicação do método. Nesta questão, citam-se:
• enfoque positivo na inspeção dos inspetores (a inspeção deve ser vista como
algo benéfico a todos e não como uma tentativa de descobrir falhas para apontar
culpados);
• planejamento da inspeção (reuniões);
• determinação dos setores e/ou equipamentos a inspecionar;
• determinação do tipo de não conformidades a serem investigadas;
• preparação (ou adequação) do checklist;
• revisão de relatórios anteriores;
• levantamento dos recursos (material, equipamentos) necessários à realização
da inspeção.
150
RESUMO DO TÓPICO 4
151
AUTOATIVIDADE
152
UNIDADE 3 TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Há várias etapas que devem ser seguidas na preparação de um plano de
emergência. Elas serão discutidas na sequência.
3 DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADES
A seguir, veja a responsabilidade da gerência e dos funcionários.
153
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
4 DISPONIBILIDADE DE RECURSOS
A seguir, veja a disponibilidade de recursos internos e externos.
Segundo Neto (2006), os objetivos devem ser definidos para que todos
saibam o que fazer. As metas principais mais comuns utilizadas no planejamento
de emergência são:
• proteger as pessoas em geral;
• resgatar as vítimas e providenciar o seu tratamento;
154
TÓPICO 5 | PLANOS DE AÇÃO DE TRATAMENTO DE RISCOS
155
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
9 TREINAMENTO DO PESSOAL
Após o plano estar pronto, é essencial que todo o pessoal da fábrica o
conheça, devendo receber um treinamento teórico, pelo menos uma vez por ano,
nas seguintes situações:
• na contratação;
• após qualquer modificação do plano;
• quando transferido de área ou setor.
156
TÓPICO 5 | PLANOS DE AÇÃO DE TRATAMENTO DE RISCOS
11 MANUTENÇÃO DO PLANO
Quando já pronto um plano de emergência para uma fábrica ou unidade,
é importante que se mantenha atualizado com relação às mudanças que
normalmente acontecem em toda organização.
12 CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
É importante considerar: a desordem civil e a poluição das águas e do ar.
157
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
JUSTIFICATIVA
6. Quais as razões pelas quais se justificam a adoção das medidas de controle?
FONTE: Neto (2006)
158
TÓPICO 5 | PLANOS DE AÇÃO DE TRATAMENTO DE RISCOS
159
UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
LEITURA COMPLEMENTAR
PREVENÇÃO DE RISCOS
Percepção de Riscos – Como Aprimorar
O problema
Os gestores de riscos nas empresas se perguntam: será que as pessoas
realmente percebem os riscos? As pessoas correm riscos conscientemente?
Por que as pessoas não respeitam os riscos? Quantos acidentes não ocorreram
porque alguém não reconheceu ou compreendeu adequadamente um risco ou
subestimou suas consequências?
O que é risco?
Um risco é um conceito primitivo, mas costuma-se organizar os conceitos,
diferenciando risco e perigo.
• Perigo é uma condição ou característica com potencial para causar danos.
• Risco é um conceito que conjuga a expectativa da ocorrência e as consequências
resultantes de um evento (que pode ser causado por um perigo).
Risco = probabilidade x dano
Observe que:
• reconhecemos os perigos, mas avaliamos os riscos;
• um mesmo perigo pode apresentar vários graus de risco, segundo diferentes
medidas de controle adotadas;
• um risco pode ser reduzido ao mínimo; todavia, o perigo permanece. Se as
medidas se deteriorarem, o risco aumentará.
Objetivo
Desejamos que as pessoas reconheçam os perigos e saibam avaliá-los
corretamente, adotando ações de controle.
O que é reconhecer?
Reconhecer é conhecer de novo, identificar. Reconhecemos apenas aquilo
que já conhecemos. Daí a importância da informação, do treinamento.
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TÓPICO 5 | PLANOS DE AÇÃO DE TRATAMENTO DE RISCOS
O que é avaliar?
Avaliar não é apenas medir, quantitativamente. Avaliar é saber julgar,
apreciar. No caso nosso, avaliar a chance de ocorrer um evento devido ao perigo
e o dano resultantes.
Etapa 1
• Assegurar-se de que o estímulo é perceptível.
• Para perigos sem estímulo sensorial, sinalizar, restringir acesso.
• Prover elementos artificiais de alerta.
• Possuir ferramentas comportamentais que permitam o alerta mútuo entre os
trabalhadores
Etapa 2
Para reconhecer um perigo como tal, é preciso (re)conhecer. Portanto, é
necessário:
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UNIDADE 3 | TRATAMENTO DE RISCOS
Etapa 3
Para um bom julgamento do risco:
• Treinamento e conhecimento para o exercício do julgamento, com clareza sobre
o que é tolerável.
• Correção de problemas culturais e crenças, pessoais e coletivas, a respeito de
riscos e da capacidade de podermos controlá-los. Se o julgamento considerar
erroneamente que o risco é baixo, não serão tomadas medidas de controle.
• Prover ferramentas comportamentais que auxiliem no julgamento dos riscos
por uma interação constante entre as pessoas, desfazendo as crenças negativas
e promovendo um clima produtivo de segurança.
Etapa 4
Tomar medidas significa possuir uma atitude e exibir o comportamento
correto para a situação. As pessoas devem saber:
• Quais as medidas pertinentes para o controle de um risco.
• Ter acesso à orientação sobre os assuntos que desconhece.
• Ter o poder de intervir na situação, sabendo que seu comportamento não será
censurado (ao contrário, será elogiado).
162
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você estudou estes assuntos:
163
AUTOATIVIDADE
164
REFERÊNCIAS
ALBERTON, Anete. Uma metodologia para auxiliar no gerenciamento de riscos
e na seleção de alternativas de investimentos em segurança. Florianópolis:
UFSC, 1996.
165
NIOSH - National Institute Of Occupational Safety & Health. Disponível em:
<http://www.niosh.com.my/>. Acesso em: 8 jul. 2010.
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ANOTAÇÕES
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