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Bandas de Energia de Elétrons em Sólidos

Alexandre Benatti no usp:7144063


November 23, 2014

Abstract
Analisar um sistema de elétrons sujeitos a um potencial periódico,
verificando a origem de bandas de energia e bandas proibidas para
compreender a diferença entre condutores e isolantes

1 Introdução
Nesse trabalho vamos estudar fenômenos interessantes dos elétrons, que surge
do fato de se encontrarem em um cristal.
Para isso usaremos modelos aproximados, que geram resultados satisfatórios
com observações experimentais, para explicar propriedades importantes desses
sistemas, como bandas de energia e bandas proibidas.
Por simplicidade vamos considerar casos em uma dimensão, porém todos os
passos podem ser facilmente generalizados para três dimensões.
Com o modelo adotado será possı́vel explicar e entender as diferenças que fazem
os materiais se tornarem condutores, isolante e semicondutores.

2 Cálculo das Energias e Estados Estacionários


2.1 Descrição do modelo
Como primeira aproximação iremos utilizar o modelo de elétron quase livre, na
qual os valores de energia permitidos são distribuı́dos continuamente de zero à
infinito.

−h̄2 d2 h̄2 k 2
Da equação de Schrödinger: ψk = k ψ k ⇒  k =
2m dx2 2m
No caso de condições de contorno: k = 2π
L n; n = 0, ±1, ±2, . . .
Assim, a função de onda de um elétron livre é da forma: ψk (x) = eıkx

Sabendo que as reflexões de Bragg são umas das caracterı́sticas da propagação


de ondas em cristais. Usando a condição de Bragg (~k + G
~ 2 = k 2 ) para difração
~
de uma onda de vetor de onda k, podemos impor que:

1 π 2πn
k = ± G = ±n ⇒ G = (em 1 D)
2 a a

1
onde: G → vetor da rede recı́proca ; a→ parâmetro de rede

Assim as primeiras reflexões e a primeira banda proibida ocorrem em k = ± πa ;


onde chamamos o intervalo [− πa , πa ] de Primeira Zona de Brillouin.

Figure 1: (a) Energia em função do número de onda para um elétron livre.


(b) Energia em função do número de onda para um elétron em um potencial
harmônico pequeno.

2.2 Estados estacionários


Vamos encontrar os estados estacionários a partir do Teorema de Bloch, para
isso vamos considerar:
−h̄2 d2
elétrons descritos pela Hamiltoniana: H = + U (x)
2m dx2
potencial periódico: U (x + R) = U (x)

Vamos definir um operador Translação (TR ) de forma que:

TR f (x) = f (x + R)

Assim: TR+R0 f (x) = f (x + R + R0 ) = TR TR0 F (x)

Propriedades do operador de translação:


1. TR+R0 = TR TR0 = TR0 TR ; (grupo comutativo)
2. TR H = HTR ⇒ [TR , H] = 0; ( TR e H possuem auto-funções comuns)
Resolvendo: TR ψ(x) = C(R)ψ(x); ∀ R da rede direta

ψ(x + R) = C(R)ψ(x), com |C(R)|2 = 1

TR0 TR ψ(x) = C(R0 )C(R)ψ(x) ⇒ C(R + R0 ) = C(R)C(R0 )

2
Sendo, a o parâmetro de rede em 1 dimensão: R = na; com n inteiro. Sem
perda de generalidade, definimos: C(R) = e2πix

Usando a propriedade anterior: C(N x) = [C(x)]N = e2πixN = 1. Assim


xN = m (interio).
Definindo: k = xb; onde b é o parâmetro da rede recı́proca.

Dessa forma: kx = xb × na, onde ba = 2π ⇒ kx = 2πxn.

Teremos que TR ψ(x) = eikx ψ(x) = ψ(x + R).


As auto-funções de H tem a mesma forma: ψnk (x + R) = eikx ψnk (x)

Dessa forma:
ψnk (x) = eikx µnk (x) ⇒ ψnk (x + R) = eik(x+R) µnk (x + R)
com: µnk (x + R) = µnk (x) (função periódica)

2.3 Origem das bandas proibidas


Para os valores de k = ± πa , as funções e ondas são feitas em partes iguais de
ondas que se propagam para direita e para a esquerda, gerando assim ondas
estacionárias.
iπx
Podemos formar duas ondas estacionárias a partir das ondas progressivas: e± a

ψ(+) = eiπx/a + e−iπx/a = 2 cos πx


a
ψ(−) = eiπx/a − e−iπx/a = 2i sin πx
a

Figure 2: Distribuição de probabilidade na rede pare |ψ(+)|2 , |ψ(−)|2 .

Essas ondas estacionárias acumulam elétrons em regiões diferentes, como


mostra a Figura 2. A função ψ(+) acumula elétrons nas proximidades dos ı́ons
positivos diminuindo assim a energia potencial em relação a energia potencial
média vista por uma onda progressiva, enquanto a função ψ(−) acumula elétrons
entre os ı́ons aumentando a energia potencial em relação à energia vista por uma
onda progressiva.
Portanto as duas ondas têm valores diferentes de energia. Essa é a origem da
banda proibida.

3
2.4 Energias possı́veis: Conceito de bandas de energias
Um potencial periódico para o qual a equação de onda pode ser resolvida em
termos de funções elementares é o potencial em forma de ondas quadradas,
mostrado na figura 3

Figure 3: Potencial periódico quadrado em uma dimensão.

h̄2 d2 ψ
A equação de onda é: − + U (x)ψ = ψ
2m dx2
Na região na qual U = 0, a autofunção é uma combinação linear de ondas
planas se propagando para direita e para esquerda:

h̄2 K 2
ψ = AeiKx + Be−iKx , com energia :  =
2m
Na região dentro da barreira de potencial (U (x) = U0 ), a solução é da forma:

h̄2 Q2
ψ = CeQx + De−Qx , com : U0 −  =
2m
Queremos que a solução completa tenha a forma de uma função de Bloch. Desse
modo, podemos escrever: ψ(a < x < a + b) = ψ(−b < x < 0)eik(a+b)
As constantes A, B, C e D são determinadas impondo que ψ e d2 ψ/dx2 sejam
continuas em x = 0 e x = a.

Em x = 0:
A+B =C +D
iK(A − B) = Q(C − D)
Em x = a:
AeiKa + Be−iKa = [CE −Qb + DeQb ]eik(a+b)
iK[AeiKa − Be−iKa ] = Q[Ce−Qb − DeQb ]eik(a+b)

Para que essas quatro equações tenham solução, é preciso que o determinante
dos coeficientes seja nulo, implicando na equação:

(q 2 − K 2 )
[ ] sinh Qb sin Ka + cosh Qb cos Ka = cos k(a + b)
2QK

4
Fazendo o limite em que: b → 0 e U0 → ∞, forma que Q2 ba/2 = P seja
uma grandeza finita. Nese limite Q  K e Qb  1, assim obtemos o seguinte
resultado:
P
( ) sin Ka + cos Ka = cos ka
Ka

P
Figure 4: Gráfico da equação ( ) sin Ka + cos Ka em função de Ka para o
Ka

caso em que P = .
2
Os valores permitidos de energia são dados pela faixa pela qual a função está
entre -1 e +1. Para os outros valores não existe solução da equação de onda na
forma de ondas progressivas. Esse é o conceito de bandas de energia.


Figure 5: Energia em função do número de onda, com P = 2 .

Na figura 5 podemos ver os valores correspondentes das energias permitidas


para um dado vetor de onda k, comparadas com o caso do elétron livre.

5
3 Discussão
Apesar de o modelo adotado ser uma simples aproximação é possı́vel obter várias
conclusões interessantes e úteis.
Com os cálculos realizados foi possı́vel demonstrar que os elétrons nos cristais
estão dispostos em bandas de energia separadas por bandas proibidas.

Podemos concluir que um cristal se comporta como um isolante se todas as


bandas de energia permitidas estão totalmente vazias ou totalmente cheias, pois
desse modo, não existe nenhuma forma de aumentar ligeiramente o momento
dos elétrons em resposta à aplicação de um campo elétrico externo.
Temos também que um cristal se comporta como um condutor no caso em que
uma ou mais bandas estão parcialmente cheias, dessa forma esses elétrons tem
liberdade por haver espaços vazios na banda.
Por fim, o cristal se comporta como um semicondutor quando as bandas estão
quase cheias ou quase vazias, sendo que haverá poucos elétrons livres para re-
alizar a condução ou pouco espaço livre para os elétrons ocuparem.

4 Bibliografia
• Cohen-Tannoudji, Claude 1933 - Quantum Mechanics - volume 2

• Kittel, Charles - Introdução à Fı́sica do Estado Sólid, 8o eição

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