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SEGURANÇA NA
OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
SENAI - CETIND
SEGURANÇA NA
OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
Lauro de Freitas
2006
Copyright 2006 por SENAI DR BA. Todos os direitos reservados
Normalização: NIT
CDD 363.18
_____________________________________________________________
APRESENTAÇÃO
1 NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES ............................. 6
1.1 PRESSÃO ............................................................................................... 6
1.1.1 Pressão atmosférica ................................................................................ 6
1.1.2 Pressão interna de um vaso .................................................................... 6
1.1.3 Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta ................... 7
1.1.4 Unidades de pressão .............................................................................. 9
1.2 NOÇÕES GERAIS: O QUE É CALOR, O QUE É TEMPERATURA ....... 12
1.2.1 Modos de transferência de calor ............................................................. 13
1.2.2 Calor específico e calor sensível ............................................................. 14
1.2.3 Transferência de calor a temperatura constante ..................................... 18
1.2.4 Vapor saturado e vapor superaquecido .................................................. 19
2 CALDEIRAS - CONSIDERAÇÕES GERAIS .......................................... 21
2.1 TIPOS DE CALDEIRAS E SUAS UTILIZAÇÕES ................................... 21
2.1.1 Caldeiras flamotubulares ......................................................................... 21
2.1.2 Caldeiras aquotubulares ......................................................................... 22
2.1.3 Caldeiras elétricas ................................................................................... 25
2.2 PARTES DE UMA CALDEIRA ................................................................ 27
2.2.1 Caldeiras flamotubulares ......................................................................... 27
2.2.2 Caldeiras aquotubulares ......................................................................... 27
2.2.3 Caldeiras elétricas ................................................................................... 27
2.2.4 Aquecedores para fluído térmico ............................................................ 28
2.3 INSTRUMENTOS E DISPOSITIVOS DE CONTROLE DA CALDEIRA .. 32
2.3.1 Dispositivo de alimentação ...................................................................... 32
2.3.2 Visor de nível ........................................................................................... 34
2.3.3 Sistema de controle de nível ................................................................... 35
2.3.4 Indicadores de pressão ........................................................................... 36
2.3.5 Dispositivos de segurança ...................................................................... 36
2.3.6 Dispositivos auxiliares ............................................................................. 37
2.3.7 Válvulas e tubulações ............................................................................. 37
2.3.8 Tiragem de fumaça ................................................................................. 40
2.3.9 Desaeração térmica ................................................................................ 41
2.3.10 Informações complementares ................................................................. 42
3 OPERAÇÃO DE CALDEIRAS ................................................................ 45
3.1 PARTIDA E PARADA .............................................................................. 45
3.1.1 Partida ..................................................................................................... 45
3.1.2 Partida da caldeira em linha .................................................................... 45
3.2 REGULAGEM E CONTROLE ................................................................. 46
3.2.1 De temperatura ....................................................................................... 46
3.2.2 De Pressão ............................................................................................. 47
3.2.3 De fornecimento de energia .................................................................... 47
3.2.4 Do nível de água ..................................................................................... 47
3.2.5 De Poluentes ........................................................................................... 48
3.3. FALHAS DE OPERAÇÃO, CAUSAS E PROVIDÊNCIAS ....................... 49
3.4. ROTEIRO DE VISTORIA DIÁRIA ........................................................... 49
3.5. OPERAÇÃO DE UM SISTEMA DE VÁRIAS CALDEIRAS ..................... 51
3.6. PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA ..................... 51
3.7 DEVERES DO OPERADOR DA CALDEIRA .......................................... 52
4 TRATAMENTO DE ÁGUA E MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS ........... 54
4.1 IMPUREZAS DA ÁGUA E SUAS CONSEQÜÊNCIAS ........................... 54
PREJUÍZOS CAUSADOS PELAS IMPUREZAS CONTIDAS NA ÁGUA,
4.2
SOB FORMAS DISSOLVIDAS OU SUSPENSAS ................................. 54
4.3 PROCESSOS INTERNOS ...................................................................... 56
4.4 CORROSÃO ........................................................................................... 56
4.5 ARRASTAMENTO – DISPOSIÇÃO DE SÍLICA ...................................... 57
4.6 DESCARGAS........................................................................................... 57
4.7 DESAERAÇÃO ....................................................................................... 57
4.8 TRATAMENTO DE ÁGUA ...................................................................... 57
4.9 MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS ........................................................... 58
5 PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS ............... 59
5.2 RISCOS GERAIS DE ACIDENTES E RISCOS À SAÚDE ..................... 60
5.3 RISCOS DE EXPLOSÃO ........................................................................ 61
6 LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO ....................................................... 63
6.1 NORMAS REGULAMENTADORAS ....................................................... 63
6.2 NORMA REGULAMENTADORA 13 – NR 13 ......................................... 64
ANEXOS DA NR 13 ................................................................................ 88
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 99
APRESENTAÇÃO
Este material didático foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.
Possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do profissional,
e apresenta uma linguagem simples e de fácil assimilação. É um meio que
possibilita, de forma eficiente, o aperfeiçoamento do aluno através do estudo do
conteúdo apresentado no módulo.
1. NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES
1.1 PRESSÃO
Pressão atmosférica é a razão entre uma força e a área onde ela atua.
F m.g d . A.H .g
P P P P d .H .g
A A A
A pressão de uma coluna líquida sobre a base do recipiente que a contém é dada
pelo peso da coluna sobre a área da base em questão.
Porém, a densidade dos gases é muito menor que a dos líquidos. Por exemplo, ao
nível do mar e à temperatura de 0ºC, a densidade da água é cerca de 1000 vezes
6
maior que a densidade do ar e a densidade do mercúrio e cerca de 10 000 vezes
maior que a do ar.
7
A pressão é uma grandeza que pode ser medida a partir de qualquer referencial.
Chama-se pressão diferencial à medida tomada entre dois pontos. Quando o
referencial é o zero absoluto chama-se pressão absoluta.
O pascal é uma unidade muito pequena, na prática são utilizados kPa e MPa.
Pressão relativa - É a pressão medida em relação à pressão atmosférica, tomada
como unidade de referência.
O fato de se omitir esta informação na indústria significa que a maior parte dos
instrumentos medem pressão relativa.
Obs. 02: O item Vácuo, sinalizado no item de conteúdo, não foi contemplado aqui.
Verificar.
8
Pressão diferencial - É a diferença entre 2 pressões, sendo representada pelo
símbolo P (delta P). Essa diferença de pressão normalmente é utilizada para
medir vazão, nível, pressão, etc.
9
1.1.4 Unidades de pressão
Exemplo:
Como existem muitas unidades de Pressão, é 10 PSI = ______?______ Kgf/cm2
necessário saber a correspondência entre elas, 1 PSI = 0,0703 Kgf/cm2
pois nem sempre na indústria temos De acordo com a tabela
instrumentos padrões com todas as unidades e 10 x 0,0703 = 0,703 Kgf/cm2
para isto é necessário saber fazer a conversão.
Em uma unidade de processo é comum ouvir o termo normal metro cúbico. Nm 3/h é
uma unidade de medida de vazão volumétrica para gases. Normal refere-se à vazão
dos gases medida nas condições convencionadas como normais, isto é, medida a
0ºC e 1 atm. de pressão.
Pressão de gás - Quando estudamos a dilatação dos sólidos e dos líquidos, não
levamos em conta a pressão, pois os sólidos e líquidos são bastante
incompressíveis e, assim, as variações de pressão têm pouca influência sobre o
volume. No entanto, no caso dos gases a situação é diferente, pois, eles possuem
grande compressibilidade e expansibilidade e, assim, mesmo pequenas variações
de pressão produzem significativas variações de volume. Desse modo, ao
estudarmos o comportamento de um gás, teremos que levar em conta a sua
pressão.
Gás ideal - A partir de agora vamos estudar o comportamento dos gases levando
em conta as grandezas volume (V), temperatura absoluta (T) e pressão (p) do gás,
grandezas essas denominadas variáveis de estado do gás. Cada conjunto de
valores assumidos por V, T e p caracterizam o que chamamos estado do gás, como
veremos mais adiante, fixados os valores de duas quaisquer dessas grandezas,
automaticamente estará determinado o valor da terceira.
10
Segundo essa teoria, as moléculas do gás ideal:
2o) não exercem ação mútua, isto é, não interagem por mais próximas que estejam,
exceto durante as colisões.
O gás real nessa situação se comporta de modo aproximado com o ideal porque,
havendo poucas moléculas em temperatura elevada, a distância média entre as
moléculas é muito grande, sendo pequena a intensidade das forças de interação.
Além disso, como a velocidade de cada molécula é muito alta, é muito pequeno o
intervalo de tempo em que as moléculas se mantêm próximas, quando há
cruzamento entre elas. A pequena quantidade de moléculas faz com que o volume
próprio delas seja desprezível quando comparado com o volume total ocupado pelo
gás.
p.V
Da equação de Clapeyron tiramos: R
n.T
11
Na prática, é muito freqüente trabalharmos com a pressão em atmosferas e o
volume em litros; nesse caso verificamos que o valor de R é:
atm.
R 0,081 (I)
mol.K
É comum, para indicar o estado normal, usar as siglas TPN (temperatura e pressão
normais) e CNPT (condições normais de pressão e temperatura).
Aplicação - Tem-se 5,0 móls de moléculas de um gás ideal a 27°C e sob pressão de
5,0 atmosferas. Determine o volume ocupado por esse gás. E dada a constante
universal dos gases perfeitos.
atm .
R 0,082
Resolução: mol.K
pV nRT V
nRT
V
5,0 0,082 300 V 24,6
p 5,0
12
1.2 NOÇÕES GERAIS: O QUE É CALOR, O QUE É TEMPERATURA?
Mudanças de estado - Uma substância pode apresentar-se sob três fases distintas:
sólida, líquida e gasosa (ou vapor). A mudança de fase (ou mudança de estado)
apresenta nomes de acordo com o esquema da figura.
fusão (sólido -. líquido)
vaporização ou ebulição (líquido - vapor)
sublimação (vapor - sólido)
condensação (vapor - líquido)
solidificação (líquido - sólido)
sublimação (sólido - vapor)
Figura 3 - Mudanças de
estado
13
O gráfico que indica as mudanças de estado em função do tempo recebe o nome de
diagrama de mudanças de estado.
14
Convecção é a forma de transferência observada nos fluidos ocasionada pelo
movimento de suas moléculas. A convecção pode ser natural ou forçada.
Radiação é a forma de transferência sem o contato físico usual e sim com a ação
das ondas eletromagnéticas emitidas pelas moléculas em seus graus de excitação.
A radiação ocorre mesmo no vácuo. O calor transmitido pelo sol à terra é feito por
radiação.
15
Calor sensível - É o calor que fornecemos a uma substância (sólido, líquido ou
gasosa), sendo que este calor não irá alterar o estado físico da substância, somente
irá alterar a sua temperatura.
Q
1o) da sua definição de capacidade térmica: C Q C. (I)
C
2o) da definição de calor específico: c C c.m Substituindo: (II) em (I):
m
Q m.c
Resolução:
A quantidade de calor sensível é dada por: Q m.c sendo m = 200g c = 0,80 cal
/gºC e Δθ = 50°C vem:
IMPORTANTE:
16
Exemplo 2 - Para aquecer 100 g de água de 0° C até 99,1° C à pressão atmosférica
(1 Kgf/cm2 necessitamos fornecer 9,91 Kcal, após o que ela começa a transformar-
se em vapor. Para transformar todas as 100 g de água em vapor na mesma pressão
(1 Kgf/cm2 temos que fornecer à água (99,1° C) 53,94 Kcal. Assim teremos vapor a
99,1° C. Este calor com 53,94 Kcal é o calor latente da vaporização da água.
Daí, conclui-se que o QLV (calor latente de vaporização), da água com 1 Kgf/cm 2 é
53,94 Kcal /100 g de água, ou seja: 539,4 Kcal / Kg.
Calor Total - É a soma dos calores sensível e latente. No exemplo 2, QS = 9,91 Kcal
e QL = 539 Kcal.
Hsup = Csup . tsup onde: Csup = calor específico do vapor superaquecido (Kcal/Kg
°C);
17
Temos que, a entalpia de um vapor úmido pode ser calculada da seguinte forma:
hx = hL + x. hLV
No ponto B só há vapor, e para chegar até este estado, o líquido consome 539,4
kcal/kg, o que damos o nome de entalpia de vaporização simbolizado por hLv.
18
1.2.3 Transferência de calor a temperatura constante
A produção de calor pode ser feita de várias maneiras, mas sempre para
transformação de outra energia em energia calorífica. Assim, são usadas as
energias elétricas, químicas, atômicas, etc.
Vapor D’água - Na indústria, o vapor d’água encontra ampla aplicação como fluido
de aquecimento e como fluido motor (turbinas, compressores), pois apresenta uma
séries de vantagens como:
Capacidade térmica elevada;
Fornecimento de calor à temperatura constante;
Facilidade de distribuição e controle nas instalações;
Custo baixo;
É fluido limpo, inodoro e não tóxico;
Após a expansão em turbinas, o vapor de exaustão pode ser usado como
fluido de aquecimento etc.
Uma análise cuidadosa da instalação de uso do vapor pode mostrar diversos pontos
onde é possível otimizar o consumo de vapor. Alguns desses pontos são:
Entalpia de Superaquecimento
Observação:
20
PRESSÃO TEMPER PRESSÃO TEMPERA
Sob igual pressão temos um maior volume de ABSOLUTA ATURA ABSOLUTA TURA
vapor superaquecido do que o mesmo vapor Kgf/cm2 ºC Kgf/cm2 ºC
quando saturado. 0,01 6,7 8,0 169,6
0,015 12,7 8,5 172,1
Nos sistemas de aquecimento, o vapor mais 0,02 17,2 9,0 174,5
empregado é o baixa pressão, entre 4 a 16 ATA 0,025 20,8 9,5 176,8
(atmosfera absoluta), compreendidas entre 140 e 0,03 23,8 10 179,0
200 oC, por dois motivos: 0,04 28,6 11 183,2
005 32,5 12 187,1
1) Vapor com pressão acima de 16 ATA exige 0,06 35,8 13 190,7
0,08 41,2 14 194,1
tubulações reforçadas e com dispositivos de
0,10 45,4 15 197,4
segurança; 0,12 49,1 16 200,4
2) Quanto maior a pressão do vapor, menor o 0,15 53,6 17 203,4
calor latente disponível quando ele se condensar. 0,20 59,7 18 206,1
0,25 64,6 19 208,8
Exemplo: 0,30 68,7 20 211,4
0,35 72,2 22 216,2
0,40 75,4 24 220,8
1 Kg de vapor de 4 ATA fornece a um trocador de 0,50 80,9 26 225,0
calor 510 Kcal ao se condensar, enquanto que 0,60 85,5 28 229,0
um vapor a 16 ATA fornece 462,4 Kcal / Kg. 0,70 89,5 30 232,8
0,80 92,9 32 236,3
O vapor superaquecido e em altas pressões 0,90 96,2 34 239,8
usado em turbinas não contém gotículas de água, 1,0 99,1 36 243,0
as quais poderiam danificar as palhetas da 1,1 101,8 38 246,2
1,2 104,2 40 249,2
turbina. 1,3 106,6 42 252,1
1,4 108,7 44 254,9
Após ser utilizado nas turbinas, o vapor 1,5 110,8 46 257,6
superaquecido e com alta pressão poderá ser 1,6 112,7 48 260,2
usado em trocadores de calor, porém antes tem- 1,8 116,3 50 262,7
se que reduzir a sua pressão. 2,0 119,6 55 268,7
2,2 122,6 60 274,3
2,4 125,5 65 279,5
2,6 128,1 70 284,5
2,8 130,5 75 289,2
3,0 132,9 80 293,6
3,2 135,1 85 297,9
3,4 137,2 90 301,9
3,6 139,2 95 305,8
3.8 141,1 100 309,5
4,0 142,9 110 316,8
4,5 147,2 120 323,2
5,0 151,1 130 329,3
5,5 154,7 140 335,1
6,0 158,1 150 340,6
6,5 161,2 160 345,7
7,0 164,2 180 355.3
7,5 167,0 200 364,1
Observação: 8,0 169,6 220 373,6
Tabela 3 - Vapor Saturado
Professor, os itens de conteúdo referentes à
Conversão de Unidades de Calor e Temperatura;
Relação entre Expansão a Contração Volumétrica X Temperatura de Vapor e Gases;
21
Diferenças, aplicações e características do Vapor Saturado e Vapor Superaquecido,
não constam no conteúdo referente à Noções de Grandezas Físicas.
22
2 – CALDEIRAS - CONSIDERAÇÕES GERAIS
Verticais
Podem ser classificadas em: Horizontais
a)
23
b) Caldeiras horizontais com tubocâmara de combustão.
24
Figura 10 - Caldeira aquatubular de tubos curvos com um único tambor.
Quando a temperatura nos tubos geradores de vapor for a de saturação da água a
uma determinada pressão, haverá formação de vapor nos tubos e no tambor de
vapor. Atente-se para a importância de altura “H”, entre os dois tambores, pois
haverá um valor mínimo para que se estabeleça a circulação, motivada pela
diferença de densidades. Com a circulação natural teremos limitada pressão de
trabalho (até 2500 psig) e a produção de vapor.
Havendo maior queima de combustível, os tubos não vaporizantes se aquecerão em
demasia, tornando a diferença de densidade muito pequena, diminuindo
consideravelmente a circulação.
Quando a circulação cessa por completo dizemos que a caldeira se afogou.
Podem ser classificadas em:
28
Inexistência de custo de transporte e estocagem de combustíveis, diminuindo
acentuadamente a área ocupada. Grande versatilidade e rapidez de resposta às
variações de carga. Eficiente, elevado rendimento para todos os regimes de
funcionamento (97 - 99,5%).
Segura, não falha em caso de falta de água. Eliminam a necessidade de
equipamentos de circulação de ar, pré-aquecedores, economizadores,
movimentação e eliminação de cinzas, sistemas de segurança de combustão,
equipamentos para redução de ruídos, etc...
29
2.2.4 Aquecedores para fluido térmico
Assim, usando vapor, tornam-se necessárias precauções que devem ser levadas em
conta na elaboração do projeto para garantia da segurança exigida, o que resulta
encarecimento da instalação.
De fato, para produzir vapor, por exemplo, à temperatura de 200°C a pressão deve
ser de 240 psi, isto é, de 16 kgf/cm 2 e à temperatura de 320°C a pressão atinge
1.800 psi (120 kgf/cm2 o que é realmente uma pressão muito elevada.
30
Tipos de fluidos térmicos - Os principais tipos de fluidos orgânicos térmicos são:
a) pode alcançar, como já foi dito, elevadas temperaturas, com elevação mínima de
pressão;
b) não há problemas de corrosão na serpentina da caldeira, na tubulação e nos
equipamentos;
c) o fluido térmico é de grande estabilidade e durabilidade, desde que o sistema seja
projetado dentro das normas, e o fluido tenha sido corretamente especificado para a
temperatura desejada;
d) consegue-se uma regulagem de temperatura fácil e precisa graças à vazão de
fluido bombeado e não pela mudança na temperatura de saída do fluido do
aquecedor;
e) não há necessidade de purgadores, e não ocorrem perdas similares ao flash-
steam (“vapor vivo”);
f) desaparece o problema de tratamento de água, existente nas instalações de
caldeiras de vapor.
31
Figura 14 – Sistema de aquecimento de fluido II
Um tanque de expansão dotado de indicador de nível e válvula de segurança e de
corte de fluxo comandada por controlador de nível baixo. Tem por finalidade
acomodar as variações de volume do fluido que ocorrem durante o aquecimento e
o resfriamento.
Dispositivos de segurança de nível de óleo.
Limitadores de temperaturas, termostatos de modulação e limite.
Bombas para circulação do fluido térmico, do aquecedor aos equipamentos e de
volta ao aquecedor.
Bomba de enchimento do sistema com fluido térmico e reposição quando
necessário.
Tanque de armazenagem de óleo térmico.
Desaeradores, sendo um na linha de recalque e outro na de retorno.
32
2.2.4.5 Emprego do sistema de fluido térmico - São inúmeras as aplicações do
fluido térmico em operações industriais. Mencionaremos algumas:
Aquecimento de evaporadores.
Moldagem de produtos plásticos e de borracha.
Aquecimento de autoclaves, agitadores, reatores, secadores em indústrias
químicas, e processamento de tintas, resina e vernizes.
Recipientes de aquecimento a vácuo.
Tratamento de fibras, fixação de corantes, secagem, impregnação de
plásticos em indústrias têxteis.
Aquecimento de asfalto, tanto em usinas de asfalto quanto em carros-tanque
e tanques de estocagem.
Aquecimento de fornos de secagem.
Aquecimento de rolos de calandras e cilindros secadores nas indústrias de
papel e papelão.
Aquecimento de prensas, secadores e prensas para compensados de
madeira.
Processamento de produtos alimentícios.
Muitas outras aplicações poderiam ser acrescentadas a esta lista. As que foram
indicadas revelam a importância do uso do fluido térmico.
As desvantagens são:
33
Observação: Professor, verificar os itens referentes à Caldeiras Mistas; Autoclaves e
Caldeiras Termo-Nucleares. Pois, eles foram sinalizados no formulário de itens de
conteúdo, mas não foram encontrados no texto acima.
2.3.1.4
I
n
j
e
t
o
r
:
35
primário: é aquele que entra no corpo do combustor para que se consiga o efeito
de pulverização.
2.3.1.10 Ar secundário: é aquele que entra no processo de combustão, quando
são utilizados maçaricos de baixa pressão, por efeito venturi, através de janelas
reguláveis, convenientemente colocadas.
2.3.1.11 Ar terciário: quando o ar secundário não for suficiente para o processo de
combustão, faz-se uma terceira adução de ar, que pode ser succionada por efeito de
tiragem ou soprada por um ventilador.
2.3.1.12 De energia elétrica: o sistema elétrico de comando é por assim dizer
cérebro da caldeira, para iniciar a operação, basta adicionar a chave de comando
automático, ficando a caldeira a partir deste momento, operando automaticamente,
segundo as necessidades. De forma geral recebe e colhe os impulsos fotoelétricos,
mecânicos, elétricos e térmicos, determinando a seqüência das operações a serem
mantidas. Montado no chassi da caldeira existe um armário metálico onde estão
abrigados todos os elementos componentes do sistema elétrico de comando ficando
livres da poeira e umidade, de golpes ou choques possíveis, abaixo discriminados:
38
2.3.6 Dispositivos auxiliares São aqueles projetados para garantir que a caldeira
funcione em perfeita segurança.
a) Pressostato de pressão máxima: é o dispositivo que desliga o circuito
automático, quando atinge a pressão máxima de trabalho da unidade e torna a
religar o circuito quando a pressão cai, conforme a regulagem.
b) Pressostato de modulação de chama: é aquele que, invertendo a posição dos
contatos ou auxiliando um relê na inversão, quando atinge a pressão em que foi
regulado e vice-versa processa o fogo máximo ou mínimo.
c) Foto resistor: constitui a proteção contra falha na combustão. Recebendo
luminosidade da chama, ele emite um impulso elétrico que é retificado no
programador abrindo e fechando circuitos.
A célula propriamente dita é uma placa que se encontra no interior do cabeçote. Sua
sensibilidade pode ser regulada para mais ou para menos, atuando sobre um
parafuso ajustando a resistência variável do programador.
Existem outros tipos de sensores que detectam ondas infravermelhas, não visíveis,
e os que detectam a radiação ultravioleta emitida pela chama.
a) Programador de combustão: é um dispositivo que controla a segurança e o
funcionamento do combustor. Ao operar, o programador faz as seguintes
supervisões: partida em baixa combustão; verificação da ignição piloto na partida;
permanente verificação da chama principal; liberação para modulação automática
após o acendimento e verificação da chama principal; limitação da pressão
máxima da caldeira.
b) Os tipos de programadores são: programador eletrônico; programador eletro-
mecânico.
c) Válvulas solenóides: São comandadas eletricamente. Existe uma bobina elétrica
que ao energizar-se, cria um campo magnético, abrindo a válvula para passagem
do óleo combustível ou vapor. Quando se corta a corrente, termina o campo
magnético e a mesma se fecha.
40
k) Rede de drenagem: duas redes de drenagem devem ser previstas: uma que
trabalhará sob a pressão da caldeira (rede fechada) e outra que estará à pressão
atmosférica (rede aberta). Compõem o sistema fechado às redes das válvulas de
descarga de fundo e descarga da coluna de nível de água e o sistema aberto às
redes do purgador da serpentina e dreno do pré-aquecedor de óleo, torneiras de
prova e injetor da caldeira, válvula de descarga do indicador de nível de água.
l) Descarga de fundo - A descarga de fundo da caldeira deve ser feita geralmente
sob pressão. A pressão e a temperatura da água (acima da ebulição) poderá
destruir o sistema de esgoto, por isso, recomenda-se instalar um tanque de
descarga entre a caldeira e o esgoto, onde os golpes e a temperatura elevada da
água serão eliminados.
Em muitas caldeiras,
principalmente as de menor
porte, é suficiente instalar uma
válvula de descarga rápida
(válvula de fundo de caldeira)
para se obter a extração de
lodo e sais. Mas as caldeiras de
maior porte requerem, um
dispositivo adicional para a
dessalinização contínua e a
automatização da válvula de
descarga periódica. Figura 23 – Tubulação de Descarga
41
À medida que a caldeira produz vapor, acumulam-se os sais minerais que penetram
no seu interior com a água de reposição. A concentração excessiva desses sais e
conseqüente formação de incrustações nas instalações da jusante da caldeira
compromete o funcionamento eficiente de todo o sistema.
Para evitar estes problemas, cuja gravidade nem sempre é previsível, efetua-se a
extração periódica do lodo através de válvulas instaladas no fundo das caldeiras.
A duração de descarga, normalmente não deve exceder a 3 segundos, para garantir
por um lado, o máximo efeito de arraste e, por outro lado, minimizar as perdas de
água. Além disso, as válvulas devem fechar automaticamente com a mesma
instantaneidade da abertura, a fim de minimizar as perdas de pressão e água, e
garantir o funcionamento normal de toda instalação, independente de eventual falha
do operador.
j) Rede de vapor: a válvula de saída de vapor para o consumo está localizada na
parte superior da caldeira, onde ocorre a extração de vapor para o consumo, a
abertura e fechamento desta válvula não devem ocasionar choques (mecânicos ou
térmicos) no restante da instalação, deve ocorrer lenta e continuamente. A tubulação
principal de vapor deve ser feita, na mesma bitola da saída da válvula de saída.
A perda de carga (queda de pressão) e a conseqüente condensação nas linhas
dependem do comprimento, do diâmetro e do número de curvas da rede, por este
motivo, algumas vezes é necessário construir as linhas com maior bitola que o
especificado. Uma redução de pressão implica num aumento de diâmetro da
tubulação da rede, uma vez que o volume aumenta.
O sistema de purga e condensado deve ser previsto nas partes mais baixas da rede,
evitando-se assim bolsas de água, este condensado além de prejudicar a
distribuição de vapor irá fatalmente às máquinas dificultando o funcionamento das
mesmas e podendo causar grandes avarias, teremos também de prever a purga do
ar na tubulação. A rede de distribuição de vapor é composta de: rede principal e
secundária, e devido ao aquecimento da mesma, as tubulações se dilatam, devemos
prever os pontos que se devem colocar as juntas de dilatação e as que a absorvem.
Além de isolá-las termicamente para evitar perdas de calor latente do vapor.
2.3.8 Tiragem de fumaça: é o processo pelo qual se garante a admissão de ar na
fornalha e circulação dos gases de combustão através de todo o sistema até a saída
para a atmosfera. A tiragem deve vencer a resistência oposta, por vezes
considerável. É medida em mm de coluna de água e pode ser obtida através de
métodos naturais ou processos mecânicos. O valor da perda de carga através do
sistema é que determina o processo a ser usado. Tipos de tiragem:
a) Tiragem mecânica (induzida, forçada e mista): é empregada, quase que na
sua totalidade, para aumentar a velocidade dos gases, que irá acarretar maiores
coeficientes de troca térmica, obtendo com isso maiores rendimentos, o que não
ocorre com a tiragem natural (antieconômica quando as perdas de carga
ultrapassam determinados limites).
b) Tiragem induzida: nesta tiragem, o circuito total permanece com compressão
reduzida, podendo ser conseguida de duas maneiras: aspiração com ejetor;
aspiração com exaustor. O sistema mais difundido nas caldeiras é a aspiração por
42
exaustores. O ventilador é dimensionado para a vazão total dos gases da
combustão à temperatura de saída.
c) Tiragem forçada: a tiragem forçada é realizada por ventiladores tipo centrífugo
ou axial. Estes ventiladores devem ser dimensionados, levando em consideração a
perda de carga no sistema, o suprimento de ar de combustão e garantir a saída dos
gases de combustão até a saída para a atmosfera. Para impedir a fuga de gás no
sistema, estas caldeiras têm que ter perfeita vedação. São também chamadas de
caldeiras pressurizadas.
b) Sistema misto: este sistema utiliza dois ventiladores: um ventilador soprador
responsável pela alimentação do ar de combustão e que vence as perdas de cargas
no circuito de ar, e um ventilador exaustor que vence as perdas de carga no circuito
dos gases de combustão, desde a câmara de combustão até a chaminé. Este
sistema é utilizado nos geradores de vapor de grande capacidade de combustão.
c) Controle de tiragem: o controle de tiragem é indispensável ao bom
funcionamento das caldeiras. Os sistemas de tiragem, via de regra, são
superdimensionados, com a finalidade de atender as variações de demanda de
vapor. A regulagem se faz de maneira a aumentar ou diminuir a circulação dos gases
com o propósito de assegurar a adequada entrada de ar e perfeita combustão.
2.3.10
I
nformações complementares:
a) Tambor de vapor: é um vaso fechado, localizado no ponto mais alto da
caldeira aguatubular, onde se encontram em equilíbrio água líquida evaporando-
43
se e vapor de água. Ao tambor estão conectados os tubos de descida de água
(economizadores) e os tubos de chegada da mistura de vapor mais água
(vaporizantes). O tambor é adaptado com válvulas de segurança, entrada de água
de alimentação e possuem internamente dispositivos destinados a evitar que o
vapor que sai do tambor arraste partículas de água e impurezas sólidas,
chamadas de partes internas do tambor.
b) Tambor de lama: fica localizado no ponto mais baixo do sistema de tubos e
tem por finalidade acumular lama, ferrugem e outros materiais. Faz-se
periodicamente a descarga desses materiais. Este tambor trabalha cheio de água.
No tambor estão conectados os tubos economizadores, vaporizantes e no fundo,
estão instaladas uma ou mais válvulas de descargas de fundo, com a finalidade
de purgar o sistema.
c) Feixe tubular: como o próprio nome indica é constituído de tubos de vários
perfis que interligam os tambores. Esses tubos, colocados sobre as paredes da
fornalha e no percurso dos gases quentes, integram a superfície de troca de calor
da caldeira aguatubular.
d) Superaquecedor: tem por finalidade transformar o vapor saturado
proveniente do tambor de vapor em vapor superaquecido, ou seja, com uma
temperatura superior (maior). Exemplo de grau de superaquecimento:
suponhamos um vapor superaquecido com pressão de 400 psig e temperatura de
320ºC. O vapor saturado à mesma pressão terá a temperatura de 230ºC. O grau
de superaquecimento será 90ºC, ou seja, 320 – 230ºC.
e) Economizador: tem por finalidade aumentar a temperatura da água de
alimentação, às expensas do calor residual dos gases de combustão. Com isto,
consegue-se melhorar o rendimento da caldeira e ainda evitar possíveis choques
térmicos no tambor de vapor. Para 6ºC de aumento na água de alimentação
temos uma economia de aproximadamente 1°C no consumo de óleo combustível.
f) Pré-aquecedor de ar: tem por finalidade elevar a temperatura do ar de
combustão. Com, isto se consegue melhor queima, aumentando o rendimento da
caldeira.
g) Chaminé: é o componente que permite o escoamento dos gases de
combustão.
h) Fornalha: é o local destinado à queima do combustível, que pode ser sólido,
líquido ou gasoso. É composta do combustor (maçarico), que promove a queima
do combustível e da câmara de combustão onde se verifica a completa queima
dos gases. Alguns fornos são dotados de câmara de pré-combustão.
i) Fornalha que queima com suporte: pertence a primeira grande categoria
das fornalhas que queimam sólidos a granel, picados ou moídos grosseiramente.
j) Fornalhas de grelhas planas levemente inclinadas: são destinadas para
combustão de lenha em toras. Tem aplicação limitada para caldeiras até 20 ton./h
de vapor.
44
k) Fornalha em escada: é constituída de degraus apoiados em travessões
inclinados, sobre os quais o combustível é projetado manual ou mecanicamente.
São adequados para queimar serragem, madeira picada, casca de arroz, etc...
l) Fornalhas de esteiras móveis rotativas: o processo de alimentação é
totalmente mecanizado, o combustível forma uma camada espessa que vai se
extinguindo a medida que vai penetrando na fornalha.
m) Fornalha para queima de combustível em suspensão: as fornalhas desta
categoria são destinadas à queima de óleo, gás ou combustível sólido
pulverizado, neste caso, aparece um equipamento chamado combustor ou
maçarico, que é responsável pela queima do combustível.
n) Combustível líquido: no caso do combustível líquido o problema principal é
passá-lo para o estado gasoso.
o) Funções da fornalha e maçarico: fornalha propriamente dita (vaporização e
combustão); queimador (atomizar, dosar a relação ar/combustível e proporcionar
turbulência)
p) Combustíveis líquidos mais usados: Fuel-oil e óleo diesel; misturam dos
dois OC-4, outros.
q) Combustíveis gasosos: neste caso a fornalha não apresenta tantos
problemas técnicos a resolver. O combustível gasoso apresenta várias vantagens,
tais como: pequeno excesso de ar, não há cinzas, boa combustão e fácil
regulagem.
r) Queimadores: do ponto de vista industrial as denominações maçarico,
queimador e combustor se equivalem.
3 – OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
46
3.1 PARTIDA E PARADA
3.1.1. Partida - uma unidade nova deve ser recebida, inspecionada e testada
para comprovação das especificações apresentadas pelo fabricante.
Objeto da operação:
d) Máximo aproveitamento do combustível, compatível com o projeto da fornalha;
e) Transferir para o vapor a maior quantidade possível da energia térmica liberada
pela queima de combustível;
f) Evitar a formação de incrustação ou depósitos sobre as superfícies de troca
térmica;
g) Realizar a operação em nível de segurança completa;
h) Conduzir a operação de maneira a se obter o menor número possível de paradas
da unidade;
i) Conduzir a operação de maneira a assegurar a duração da vida do equipamento.
A entrada em operação apresenta inicialmente duas etapas: secagem e boiling-out
Secagem: tem por finalidade eliminar a umidade contida nos refratários. Deve ser
feita lentamente, durando essa operação alguns dias, usando de preferência lenha
como combustível, pois é mais fácil a queima em pequenas quantidades. Claro está,
que durante a operação de secagem a caldeira deverá estar cheia de água. Quando
na operação de secagem for atingida mais ou menos a metade da pressão normal
de trabalho, a unidade deve ser esvaziada para iniciar-se a etapa seguinte.
Boiling-out: consiste em retirar da caldeira óleo e outros materiais estranhos,
inerentes a fabricação. Com essa finalidade a caldeira é cheia de orisfofato de sódio
e soda cáustica. Eleva-se a pressão até cerca da metade da pressão normal e assim
se conserva por 12 a 24 horas, após que, a caldeira é esvaziada, lavada com água
sob pressão e cheia com água tratada, para se dar início a operação e colocá-la em
serviço.
3.1.2 Partida da caldeira em linha: a caldeira entra em funcionamento lentamente,
com carga abaixo do normal e com a válvula principal de vapor totalmente aberta.
Se a caldeira tiver superaquecedor, deve-se, a princípio, deixar seus drenos abertos
para a eliminação do condensado.
Com a caldeira em linha e a pressão normal de operação deve-se manter, ainda, por
algumas horas a carga reduzida, então, pode-se, gradualmente, chegar à carga
máxima, tendo-se o cuidado de verificar se existe algum arraste para o aquecedor.
Durante a colocação da caldeira em linha, deve-se ter especial cuidado com o nível
de água na caldeira ou tambor de vapor, para ficarmos seguro que não existe
indicação ou registro de nível falso.
Antes de colocar a caldeira em operação deve ser feita uma verificação geral nos
manômetros, instrumentos indicadores, registradores e sistemas auxiliares, tanques
47
de serviços de água e óleo combustível para verificar se estão cheios, nas válvulas
que deverão estar fechadas e nas que deverão estar abertas. Após as primeiras 6-8
horas de serviço deve-se proceder a primeira descarga de fundo.
3.1.3 Parada: antes de pararmos totalmente a caldeira, devemos abrir o by-pass do
pré-aquecedor de óleo para que possamos introduzir no sistema o óleo diesel,
deixando - o queimar algum tempo, com a finalidade de limparmos a linha de óleo
BPF e o combustor, logo após, devemos retirar a mesmo e deixarmos em um
recipiente com óleo diesel. Após a parada devemos fechar totalmente a válvula de
saída de vapor e se necessário, completar de água a caldeira.
49
O nível máximo é aquele que permite que o volume da câmara de vapor seja tal que
este possa ser retirado da caldeira sem arrastar consigo gotículas de água. O
controle comanda o inicio e interrupção do funcionamento da bomba de alimentação
de água, dentro da faixa de nível normal; detecta o nível mínimo adicionando o
alarme correspondente; e detecta o nível crítico, atuando sobre o sistema de
segurança.
50
3.3.1. Volta da chama: ocorre geralmente quando a circulação dos gases através
do sistema não é mantida. Pode acontecer no início da operação, quando todo o
sistema está frio e em particular a fornalha, ou durante bruscas variações de carga,
quando são exigidas maiores demandas que mesmo com a tiragem forçada, não é
mantida a circulação adequada dos gases, acontece também, quando se verifica
uma obstrução na sucção obrigatória de passagem de gases.
Procedimento: deve-se evitar o acúmulo de combustível não queimado na fornalha.
3.3.2. Furo nos tubos da fornalha: quando a perda de água através dos tubos é
muito grande, é necessário, então, uma parada imediata, mas, se a perda de água
não é considerável, permite-se uma parada folgada, ou seja, normal. Para fazermos
uma parada imediata devemos tomar as seguintes precauções: apagar os
maçaricos; desligar os ventiladores; bloquear a alimentação; desligar o sistema
elétrico. A abertura e o seu total esvaziamento só deve ser feito após resfriamento
lento, até que a caldeira chegue à temperatura ambiente.
Procedimento: substituir os tubos furados nas caldeiras flamotubulares e nas
aquotubulares se os furos forem pequenos e não houver formação de laranjas,
podem ser reparados com solda.
3.3.3. Baixo nível: quando se observar que o nível de água da caldeira ou do
tambor de vapor, é muito baixo, algumas providências devem ser tomadas, de
imediato.
3.3.4. Procedimentos: apagar os maçaricos, fechar a alimentação de água e a
válvula principal de saída de vapor, gradualmente, a fim de evitar perda de água, e,
portanto, maior abaixamento do nível, nos casos em que ainda houver algum nível
(esta prática deve ser feita com muito cuidado).
54
b) providenciar as amostragens da água para análise e as dosagens periódicas dos
produtos químicos, de acordo com a orientação do responsável pelo tratamento
da água.
55
4 – TRATAMENTO DE ÁGUA E MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS
56
c) Substâncias que provocam formação de espumas e arrastamento: carbonato
de sódio; sulfato de sódio; cloreto de sódio; sólidos suspensos; matéria orgânica.
d) Incrustação: a alimentação com água rica em sólidos suspensos (água sem
tratamento) determina a deposição de iodo oriundos de concentração de sólidos
suspensos e da sua precipitação facilitada pelas condições originais.
Esses iodos ou lamas realmente não têm maiores conseqüências, se for adotado um
regime adequado de descargas e se não houver presença de compostos
incrustantes que em sua aderência às paredes venham cimentar os iodos.
As incrustações ocorrem pela deposição direta nas superfícies de evaporação de
material transportado e pela adesão mecânica de partículas insolubilizadas pelas
condições de trabalho.
Na deposição direta, a água fica super saturada com sais incrustantes de cálcio e
magnésio, principalmente junto à zona de evaporação e os cristais são depositados
diretamente. Iniciada a cristalização esta tem prosseguimento e novas camadas se
formam para constituir uma massa compacta e cristalina. Na adesão mecânica, as
partículas insolubilizadas em resultado da elevação da temperatura ou pelas
reações secundárias, sedimentam formando uma massa sólida.
Poderemos citar, também, o caso de deposição, na zona de vapor, provocado pelas
espumas na superfície da água que são lançadas dos tambores, secando e
formando uma camada pulverulenta sobre as áreas superiores. Os carbonatos de
cálcio e magnésio são mantidos em solução graças à presença de gás carbônico em
equilíbrio que os transforma em bicarbonatos.
Com o aquecimento, o gás carbônico é expulso e os carbonatos se insolubilizam até
o ponto de saturação, diminuindo a dureza da água. Por isto que a dureza dos
carbonatos é também conhecida como “dureza temporária”. O sulfato de cálcio não
é insolubulizado com o simples aumento de temperatura, a não ser que esteja
concentrado até o ponto de solubilidade máxima. A “dureza” decorrente da presença
de sulfato de cálcio e outros não carbonatos permanece mesmo com o aumento de
temperatura e por isso é chamada “dureza permanente”.
O carbonato de cálcio, pouco solúvel à temperatura de 100ºC, é posto fora de
solução nos pré-aquecedores e linhas de alimentação e tende a incrustar essa
unidade e partes das caldeiras nas proximidades dos pontos de admissão de água.
No interior da caldeira com o aquecimento da água há um acréscimo da solubilidade
dos sais, mas como a evaporação provoca a concentração, muito rapidamente é
atingida a saturação. Outro tipo de incrustação é a provocada pela água que contém
apreciável quantidade de sílica (silicatos de magnésio e outros complexos com
alumínio, ferro, etc...).
As incrustações a base de sílica são as mais duras e de mais difícil remoção. A
eliminação dos componentes incrustantes pode ser realizada por meio de tratamento
da água, efetuando externamente (antes da alimentação) ou internamente (após
alimentação, no interior da caldeira).
57
Os principais processos externos são os seguintes, de acordo com o composto a
eliminar:
a) Sólidos em suspensão removíveis por clarificação (coagulação e filtração);
b) Dureza temporária: precipitação pela cal a frio ou a quente, idem pelos fostatos a
quente, e troca iônica (resinas abrandadoras);
c) Dureza permanente: precipitação pela cal e soda (frio ou quente), idem por
fosfato a quente por troca iônica;
d) Sílica: troca iônica - absorção.
58
4.5 ARRASTAMENTO - DEPOSIÇÃO DE SÍLICA - Em decorrências de ebulições
tumultuosas ou da formação de espumas, o vapor pode arrastar frações líquidas
ricas em sais, criando problemas de qualidade de vapor e provocando deposições
nas tubulações, aparelhos e principalmente nos pontos críticos.
A espumação (contínua) ou ebulição tumultuosa (eventual) podem ser causadas
pela excessiva concentração de sólidos, pela predominância de sais de sódio ou
presença de materiais orgânicos.
Outro problema sério em caldeiras de alta pressão é representado pela sílica em
teores elevados que sofre volatilização e é arrastado pelo vapor, depositando-se em
trocadores de calor e turbinas.
O controle da alcalinidade da água, que não deve ser superior a 30% do total de
sólidos dissolvidos, permite reduzir senão eliminar o “arrastamento” devido à
presença de sais sódicos.
59
A água de alimentação pode ser com:
a) Tratamento externo: purificada; desmineralizada; desgaseificada (eliminando O
e CO2);
b) Tratamento interno: quimicamente tratada.
Entre as maiores causas de inutilização de corpos de caldeiras e da troca precoce
da tubulação, indiscutivelmente, estão: a falta de tratamento da água de
alimentação, quando este se faz necessário; o uso de tratamento indevido ou
inadequado na água de alimentação.
Um laboratório de analise química, desde que competente, pode fornecer as
necessárias informações sobre a necessidade e o tipo de tratamento a ser aplicado.
60
5 – PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS
5.1 INTRODUÇÃO
Na indústria de processo contínuo o determinante em termos de rendimento e
qualidade dos produtos depende do controle adequado das cadeias de reações
físico-químicas, sendo este, portanto, um dos fatores cruciais do ponto de vista da
produtividade.
63
está sempre presente em todas as caldeiras, uma vez que a pressão neste lado é
sempre superior à atmosférica.
Qualquer quantidade de um fluido compressível, não importa qual, quando
comprimida a uma pressão de 10 atmosferas (por exemplo), estará ocupando um
espaço 10 vezes menor do que ocuparia, se tivesse submetido à pressão
atmosférica.
Essa massa deseja ocupar, portanto, um espaço 10 vezes maior, procurando-o
através de fendas e rupturas e conseguindo-o com a explosão, quando por um
motivo ou outro, a resistência do vaso é superada.
Daí a necessidade do emprego de espessuras, calculadas em função da resistência
do material e das características de operação.
No caso de caldeiras, outro fator importante a ser considerado para avaliarem-se as
conseqüências de uma explosão é a grande quantidade de calor encerrada no
processo de vaporização de água, se comparada a um reservatório comum de ar
comprimido à mesma pressão e volume, os danos provocados por uma caldeira
serão bem maiores, por parte da energia que será liberada em forma de calor, o que
irá provocar o aquecimento do ambiente que contiver a explosão. O risco de
explosão pode, ser originado pela combinação de três causas:
a) Diminuição de resistência, que pode ser decorrente do superaquecimento ou da
modificação da estrutura do material;
b) Diminuição da espessura, que pode advir da corrosão ou da erosão;
c) Aumento de pressão, que pode ser decorrente de falhas diversas, operacionais
ou não.
Cuidados:
Superaquecimento;
Escolha inadequada de materiais no projeto da caldeira;
Emprego de material defeituoso;
Dimensionamentos incorretos;
Queimadores mal posicionados;
Incrustações;
Operação em marcha forçada;
Falta de água nas regiões de transmissão de calor;
Choques térmicos, defeitos de mandrilagem, falhas em juntas de solda;
Corrosão (externa, interna, galvânica, pittings);
Elevação de pressão e explosões do lado de gases.
6– LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO
64
6.1 NORMAS REGULAMENTADORAS
6.1.1 NR-13 - caldeiras e recipientes sob pressão. Define caldeira, PMTP, dados
para a placa de identificação e outros. Regulamentam o Prontuário e o livro Registro
de Segurança de caldeiras, instalação, inspeção e treinamento de segurança para
operadores.
Portaria de Nº 3511 de 20.11.85 - Altera a NR-13.
6.1.2 Caldeiras e Vasos de pressão - a entrada em vigor da portaria Nº 23 da
SSST/Mtb que coloca em vigor a NR-13 - caldeiras e Vasos de Pressão estabelece
prazos de 30 a 180 dias, conforme artigo segundo, para as empresas se adaptarem.
Além da mudança de denominação da Norma, que antes eram Caldeiras e
recipientes de pressão, o novo texto traz inovações como a necessidade, também
de curso de treinamento de segurança na operação de unidades de processo e
mudanças no currículo para treinamento de segurança na operação de caldeiras
além de acrescentar 60 horas para estágio prático e transfere para os sindicatos das
categorias predominantes na empresa o recebimento dos Relatórios de Inspeção.
6.1.3 NB-55 - Inspeção de segurança para caldeiras estacionárias - Descreve o
modo de realizar as inspeções, especifica as condições exigíveis das caldeiras nas
inspeções, faz definições diversas, estabelece: condições gerais de inspeção e
condições específicas, como prontuário, exames interno e externo, atualização da
PMTP, ensaios diversos, qualificações de inspetores e condições de segurança.
65
13.1 Caldeiras a vapor - Disposições Gerais.
13.1.1 Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob
pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os
refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo.
13.1.2 Para efeito desta NR, considera-se "Profissional Habilitado" aquele que tem
competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes
a projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e
supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a
regulamentação profissional vigente no País.
13.1.4 Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior
a PMTA; (113.071-4)
b) instrumento que indique a pressão do vapor acumulado; (113.072-2)
c) injetor ou outro meio de alimentação de água, independente do sistema principal, em
caldeiras combustível sólido; (113.073-0)
d) sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras de recuperação de álcalis;
(113.074-9)
e) sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que evite o
superaquecimento por alimentação deficiente. (113.075-7)
13.1.5 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem
visível, placa de identificação indelével’ com, no mínimo, as seguintes informações:
(113.001-3 / I2)
a) fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
f) capacidade de produção de vapor;
g) área de superfície de aquecimento;
h) código de projeto e ano de edição.
13.1.6 Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalada, a seguinte
documentação, devidamente atualizada:
66
a) "Prontuário da Caldeira", contendo as seguintes informações: (113.002-1 / I3)
- código de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais;
- procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção final e determinação da
PMTA;
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da vida útil
da caldeira;
- características funcionais;
- dados dos dispositivos de segurança;
- ano de fabricação;
- categoria da caldeira;
13.1.7 O "Registro de Segurança" deve ser constituído de livro próprio, com páginas
numeradas, ou outro sistema equivalente onde serão registradas:
13.1.7.1. Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso, o "Registro de
67
Segurança" deve conter tal informação e receber encerramento formal. (113.008-0 / I4)
13.1.8 A documentação referida no subitem 13.1.6 deve estar sempre à disposição para
consulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações
dos trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -
Cipa, devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa documentação. (113.009-9 /
I3)
13.2.3 Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a "Área de Caldeiras" deve
satisfazer aos seguintes requisitos:
a) estar afastada de, no mínimo, 3,00m (três metros) de: (113.010-2 / I4)
68
d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes
da combustão, para fora da área de operação atendendo às normas ambientais
vigentes;
a) para todas as caldeiras instaladas em ambiente aberto, as alíneas "b”, "d" e "f" do
subitem 13.2.3 desta NR;
13.3.4 Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de
operador de caldeira, sendo que o não - atendimento a esta exigência caracteriza
condição de risco grave e iminente.
13.3.5 Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira aquele que
satisfizer pelo menos uma das seguintes condições:
70
13.3.6 O pré-requisito mínimo para participação como aluno, no "Treinamento de
Segurança na Operação de Caldeiras" é o atestado de conclusão do 1° grau.
71
13.4 SEGURANÇA NA MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS.
13.4.1.1. Quando não for conhecido o código do projeto de construção, deve ser
respeitada a concepção original da caldeira, com procedimento de controle do maior
rigor prescrito nos códigos pertinentes.
13.5.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da
entrada em funcionamento, no local de operação, devendo compreender exames interno
e externo, teste hidrostático e de acumulação.
72
13.5.3 A inspeção de segurança periódica, constituída por exames interno e externo,
deve ser executada nos seguintes prazos máximos:
a) 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A, B e C;
b) 12 (doze) meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer categoria;
c) 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria A, desde que aos 12 (doze)
meses sejam testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança;
d) 40 (quarenta) meses para caldeiras especiais conforme definido no item 13.5.5.
13.5.5 As caldeiras que operam de forma contínua e que utilizam gases ou resíduos das
unidades de processo, como combustível principal para aproveitamento de calor ou para
fins de controle ambiental podem ser consideradas especiais quando todas as
condições seguintes forem satisfeitas:
a) estiverem instaladas em estabelecimentos que possuam "Serviço Próprio de
Inspeção de Equipamentos" citado no Anexo II;
b) tenham testado a cada 12 (doze) meses o sistema de intertravamento e a pressão de
abertura de cada válvula de segurança;
c) não apresentem variações inesperadas na temperatura de saída dos gases e do
vapor durante a operação;
d) exista análise e controle periódico da qualidade da água;
e) exista controle de deterioração dos materiais que compõem as principais partes da
caldeira;
f) seja homologada como classe especial mediante:
- acordo entre a representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento e o empregador;
- intermediação do órgão regional do MTb, solicitada por qualquer uma das partes
quando não houver acordo;
- decisão do órgão regional do MTb quando persistir o impasse.
73
13.5.7 As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser inspecionadas
periodicamente conforme segue: (113.028-5 / I4)
a) pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca, em
operação, para caldeiras das categorias B e C;
b) desmontando, inspecionando e testando em bancada as válvulas flangeadas e, no
campo, as válvulas soldadas, recalibrando-as numa freqüência compatível com a
experiência operacional da mesma, porém respeitando-se como limite máximo o
período de inspeção estabelecido no subitem 13.5.3 ou 13.5.4, se aplicável para
caldeiras de categorias A e B.
13.5.10 A inspeção de segurança deve ser realizada por "Profissional Habilitado", citado
no subitem 13.1.2, ou por "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos", citado no
Anexo II.
13.5.11 Inspecionada a caldeira, deve ser emitido "Relatório de Inspeção", que passa a
fazer parte da sua documentação. (113.030-7 / I4)
13.5.12 Uma cópia do "Relatório de Inspeção" deve ser encaminhada pelo "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2, num prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar do
término da inspeção, à representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento.
74
d) tipo de inspeção executada;
e) data de início e término da inspeção;
f) descrição das inspeções e testes executados;
g) resultado das inspeções e providências;
h) relação dos itens desta NR ou de outras exigências legais que não estão sendo
atendidas;
i) conclusões;
j) recomendações e providências necessárias;
k) data prevista para a nova inspeção da caldeira;
l) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2 e nome legível e assinatura de técnicos que
participaram da inspeção.
75
EXERCÍCIO I
Responda.
76
2. A experiência com o barômetro de Torricelli é feita h (km) p (mmHg)h (km) p (mmHg)
em um local situado a 9km acima da superfície 0 760 5,0 417
terrestre e o resultado é apresentado em seguida. A 0,1 750 6,0 370
pressão do vapor de mercúrio contido no interior do 0,2 742 7,0 328
tubo e acima do líquido, em mm de Hg, vale 0,3 733 8,0 291
(consulte a tabela dada): 0,4 724 9,0 258
p VHg patm plíq 0,5 716 10 229
1,0 674 15 124
1,5 635 20 68
2,0 598 30 20
3,0 530 40 6,0
4,0 470 50 1,0
3.. Operando uma caldeira, fazendo descarga de fundo com tempo de 20 segundos
seis vezes (6) por turno, ou seja, dezoito vezes (18) por dia, e levando em
consideração a pressão do corpo da caldeira 100psi; diâmetro da válvula de
descarga de fundo 2 inch , calcule:
77
4. Sublinhe as palavras em negrito nas sentenças abaixo, de modo a torná-las
verdadeiras.
a) No interior de uma panela de pressão, a água está
sujeita a uma pressãomenor / maior que uma atmosfera
(1 atm) e, por isso, ferve a uma temperatura
inferior/superior a 100°C. Em conseqüência, os alimentos
cozinham em menos/mais tempo.
EXERCÍCIO 2
78
CONSIDERAÇÕES GERAIS
b) Pré-aquecedor
c) Ramonador
EXERCÍCIO 3
79
OPERAÇÃO DE CALDEIRA
EMERGENCIA
80
1- O que fazer se a caldeira acusa nível baixo?
3- Porque?
EXERCICIO 4
81
TRATAMENTO DE ÁGUA E MANUTENÇÃO
1- Como a água adquire as impurezas normalmente encontradas?
b) Turbidez
c) Cor
4- O que é clarificação?
82
6- Qual a diferença entre tratamento interno e externo?
9- O que a fuligem pode causar nos tubos e como pode ser notada pelas leituras
diárias?
EXERCICIO 5
83
PREVENÇÃO CONTRA RISCOS E LEGISLAÇÃO
1. Quais os riscos físicos a que um operador está exposto?
85
4 - Relacione os dispositivos de segurança de uma caldeira a combustível e os
respectivos cuidados a cada um deles.
6 - Qual a causa do fenômeno chamado golpe de ARÍETE, e como ele deve ser
evitado?
CALDEIRAS A ÓLEO
86
2 - Em uma caldeira a óleo, como proceder quando faltar energia elétrica, a pressão
do vapor estiver alta e o nível da água estiver na posição inferior?
87
RISCOS DE EXPLOSÕES DE CALDEIRAS
Uma caldeira para queima de combustível sólido, com fogo alto, pressão do vapor
0,5 kgf/cm acima da PMTP, a água não aparece no visor, as válvulas de segurança
não abriram, o operador está em pânico.
88
2 - Em caldeiras a óleo, quais os cuidados do operador em relação aos tanques de
aquecimento de óleo combustível (BPF)?
89
ANEXOS DA NR 13
90
ANEXO I-A
1.1. Pressão
91
3.2. Regulagem e controle
3.2.1. de temperatura
3.2.2. de pressão
3.2.3. de fornecimento de energia
3.2.4. do nível de água
3.2.5. de poluentes
92
ANEXO I-B
Esta certificação pode ser cancelada sempre que for constatado o não atendimento
a qualquer destes requisitos:
94
ANEXO III
a) qualquer vaso cujo produto "PV" seja superior a 8 (oito), onde "P" é a máxima
pressão de operação em KPa e "V" o seu volume geométrico interno em m 3,
incluindo:
g) vasos com diâmetro interno inferior a 150mm (cento e cinqüenta milímetros) para
fluidos das classes "B", "C" e "D", conforme especificado no Anexo IV.
95
ANEXO IV
CLASSIFICAÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO
1. Para efeito desta NR, os vasos de pressão são classificação segundo o tipo
de fluido e o potencial de risco.
CLASSE “D”: - água ou outros fluidos não-enquadrados nas classes “A”, “B”
ou com temperatura superior a 500C.
96
CATEGORIAS DE VASOS DE PRESSÃO
GRUPO DE POTENCIAL DE RISCO
1 2 3 4 5
P.V. P.V10 P.V30 P.V2,5 P.V1
CLASSE DE FLUIDO
100 0 P.V P.V 1
P.V 30 2,5
A
-Líquidos inflamáveis, combustíveis com
temperatura igual ou superior a 200 oC
- Tóxico com limite de tolerância 20 ppm I I II III III
- hidrogênio
- acetileno
B
- Combustíveis com temperatura menor que
200 oC I II III IV V
- Tóxico com limite de tolerância 20ppm
C
- Vapor de água
- Gases asfixiantes simples I II III IV V
- Ar comprimido
D
- Água ou outros fluidos não enquadrados nas II III IV V V
classes A, B ou C com temperatura superior a
50oC
Quando um vaso de pressão contiver uma mistura de fluido, deverá ser considerado
para fins de classificação o fluido que apresentar maior risco aos trabalhadores,
instalações e meio ambiente desde. que sua concentração na mistura seja
significativa, a critério do estabelecimento.
Produto: Etileno
a) Para verificar se o vaso se enquadra na NR-13
Máxima Pressão de Operação = 20,4 kgf/cm 2
20,4
Para transformar para kPa 0,010197 2000,58kPa 2,0MPa
Com P.V> 100 e fluido classe “A”, vamos à tabela do Anexo IV e constatamos que o
vaso é Categoria 1.
Entende-se por “outro dispositivo” de segurança dispositivos que têm por objetivo
impedir que a pressão interna do vaso atinja valores que comprometam sua
integridade estrutural. São exemplos de “outros dispositivos”: discos de ruptura,
válvulas quebra-vácuo, plugues, fusíveis etc.
Quando o vaso de pressão possuir apenas uma válvula de segurança, não deverá
existir bloqueio entre esta e o vaso.
Os instrumentos
para indicação de pressão,
por exemplo manômetros,
poderão ter mostrador
analógico ou digital e a
instalação dos mesmos
poderá ser feita no próprio
vaso ou em sala de
controle apropriada.
REFERÊNCIAS
100
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[S.l.], [199-?].
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de Janeiro]: Instituto Brasileiro de Petróleo - IBP, 1965. (Inspeção de Equipamentos,
Guia n. 8).
FILTRAL. FILTROS E TRATAMENTO D’AGUA LTDA. tanques hidropneumáticos
para sistemas de alta e de baixa pressão. Catálogo. [S.l.], [199-?].
FMC FILSAN SISTEMAS DE FORNECIMENTO DE ÁGUA PRESSURIZADA.
Catálogo. [S.l.], [199-?].
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Souza Marques Engenharia, [S.l.], v. 2, n. 1, 1976.
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THE AMERICAN SOCIETY OF MECHANICAL ENGINEERS. Boiler and Pressure
Vesseis Code, Altemative Rules for Pressure Vessels. New York, ASME, 1989.
Seção VIII, Div. 2.
101