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Universidade Paulista

Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia


Graduação em Engenharia Civil

Aline Fernanda Ramos


Diógenes Duarte Nogueira
Gabriel Tainan Fernandes Teodoro
Nicolas Reno Guerrero Garcia

VIADUTO DE CONCRETO ARMADO PRÉ-MOLDADO

São José dos Campos - SP


2019
Aline Fernanda Ramos
Diógenes Duarte Nogueira
Gabriel Tainan Fernandes Teodoro
Nicolas Reno Guerrero Garcia

VIADUTO DE CONCRETO ARMADO PRÉ-MOLDADO

Trabalho de curso apresentado ao Instituto de


Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade
Paulista – UNIP, campus de São José dos
Campos, como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil, sob orientação do Prof.º Dr.
Cristiano Roberto Martins Foli;

São José dos Campos - SP


2019
Aline Fernanda Ramos
Diogenes Duarte Nogueira
Gabriel Tainan F Teodoro
Nicolas Reno Guerrero Garcia

VIADUTO DE CONCRETO ARMADO PRÉ-MOLDADO

Trabalho de curso apresentado ao Instituto de


Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade
Paulista – UNIP, campus de São José dos
Campos, como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil, sob orientação do Prof.º Dr.
Cristiano Roberto Martins Foli;

_______________________________________________________
Titulação e nome do primeiro componente da banca - Instituição

_______________________________________________________
Titulação e nome do segundo componente da banca - Instituição

_____________________________________
Titulação e nome do orientador - Instituição

00 / 00 / 2019
Data da aprovação
Dedicamos este trabalho à Deus, que nos
proporcionou saúde e sabedoria para que
conseguíssemos completar essa jornada, e
também aos nossos familiares.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente à Deus, por ter nos dado saúde e sabedoria para concluir
essa graduação.

Agradecemos também aos nossos familiares e amigos, pela compreensão e apoio em


nosso tempo de ausência.

Agradecemos também ao nosso orientador pela atenção e ensinamento.


RESUMO

O presente trabalha apresenta o projeto de um viaduto de concreto armado pré-


moldado no Distrito Industrial do Una no município de Taubaté-SP, onde passarão veículos e
pedestre, em busca do presente projeto, foi encontrado um déficit de acessibilidade de
veículos de grande porte, onde os mesmos acessam a área industrial pelo município de
Pindamonhangaba-SP, à falta dessa acessibilidade também causa congestionamento no túnel
da Avenida Brigadeiro Faria Lima. O viaduto passará em cima da rodovia Presidente Dutra e
terá 30 metros de vão livre total, ligando a Av. dos Bandeirantes a R. Pedro I. Nesse local não
existem árvores e não haverá a necessidade de desmatamento para a execução da obra.

Palavras-chave: Concreto Armado; Viaduto, Vigas; Dimensionamento.


ABSTRACT

The present work presents the design of a prefabricated reinforced concrete


viaduct in the Industrial District of Una in the municipality of Taubaté-SP, where vehicles and
pedestrians will pass. In search of the present project, was found a deficit of accessibility of
large vehicles, where the same access to the industrial area by the municipality of
Pindamonhangaba-SP, due to the lack of accessibility, also causes congestion in the
Brigadeiro Faria Lima Avenue tunnel. The viaduct will pass over the Presidente Dutra
highway and will have 30 meters of total free span connecting Av. Dos Bandeirantes to R.
Pedro I. In this place there are no trees and there will be no need for deforestation.

Key words: Armed Concrete. Viaduct. Beams. Sizing.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Imagem 1.1 – Mapa do local da construção ............................................................................. 11


Imagem 1.2 – Mapas das rotas ................................................................................................. 12
Imagem 1.3 – Mapa implantação do Projeto ............................................................................ 12
Imagem 2.1 – Ponte Rio Niterói ............................................................................................... 15
Imagem 2.2 – Viaduto do Chá - SP .......................................................................................... 15
Imagem 2.3 – Representação das estruturas ............................................................................. 18
Imagem 3.1 – Equipamentos utilizado na sondagem .............................................................. 22
Imagem 4.1 – Canteiro de obra ................................................................................................ 26
LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 – Quantidade de furos ............................................................................................. 23


Tabela 3.2 – Perfil individual de sondagem ............................................................................. 24
Tabela 3.3 – Classificação do solo quanto a sua resistência e compacidade............................ 25
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
1.1 Objetivos do Trabalho ............................................................................................ 13
1.1.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 13
1.1.2 Objetivo Específico ...................................................................................... 13
1.2 Justificativa do Trabalho........................................................................................ 13
1.3 Metodologia de Pesquisa ........................................................................................ 14

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 14


2.1 Definição de Ponte e Viaduto ................................................................................. 14
2.2 Classificação de Pontes - Cargas Móveis .............................................................. 15
2.3 Concreto Pré-Moldado ........................................................................................... 16
2.4 Métodos Construtivos ............................................................................................. 17
2.5 Fundações ................................................................................................................ 17
2.6 Partes do Viaduto .................................................................................................... 18
2.6.1 Elementos Estruturais ................................................................................... 18
2.6.2 Dispositivos de Drenagem ............................................................................ 19
2.6.3 Dispositivos de Segurança ............................................................................ 19
2.7 Considerações para o Dimensionamento de um Viaduto .................................... 19

3 INVESTIGAÇÃO DO SOLO ............................................................................................. 20


3.1 Procedimento SPT ................................................................................................... 21
3.2 Numero de Furos ..................................................................................................... 23
3.3 Relatório de Sondagem ........................................................................................... 23

4 CANTEIRO DE OBRA ...................................................................................................... 25


4.1 Planejamento e Execução de Obra ........................................................................ 26
4.2 Portaria .................................................................................................................... 27
4.3 Estacionamento ....................................................................................................... 27
4.4 Escritório .................................................................................................................. 27
4.5 Almoxarifado ........................................................................................................... 27
4.6 Carpintaria .............................................................................................................. 27
4.7 Oficina de Armação em Aço................................................................................... 27
4.8 Vestiário ................................................................................................................... 27
4.9 Instalações Sanitárias ............................................................................................. 28
4.10 Alojamento ............................................................................................................. 28
4.11 Refeitório ................................................................................................................ 28
4.12 Lavanderia ............................................................................................................. 28
4.13 Área de Lazer ........................................................................................................ 28
4.14 Fornecimento de Água .......................................................................................... 29
4.15 Fornecimento de Energia ..................................................................................... 29

5 MEMORIAL DESCRITIVO ............................................................................................. 29


5.1 Projeto ...................................................................................................................... 29
5.2 Geometria................................................................................................................. 29
5.3 Materiais e Serviços ................................................................................................ 30
5.3.1 Instalações do Canteiro de Obras ................................................................. 30
5.4 Execução da Obra ................................................................................................... 30
5.4.1 Limpeza do Terreno ...................................................................................... 30
5.4.2 Infraestrutura................................................................................................. 30
5.4.3 Mesoestrutura ............................................................................................... 30
5.4.4 Superestrutura ............................................................................................... 31
5.4.5 Pavimentação ................................................................................................ 31
5.4.6 Dispositivos de Segurança Lateral ............................................................... 31
5.4.7 Impermeabilização ........................................................................................ 31

6 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 32
11

1 INTRODUÇÃO

O viaduto é uma construção que liga duas áreas, sobre uma via, feita para vencer
obstáculos naturais, morros, depressões e rodovias, dando uma continuidade no fluxo de
trânsito sem interrupções. Os viadutos são mais comuns em grandes cidades, onde o tráfego
de veículos é intenso, com avenidas, vias expressas onde o tráfego não pode ser interrompido.
O presente trabalho refere-se ao projeto de um viaduto de concreto armado pré-
moldado, o viaduto foi projetado para interligado a Av. dos Bandeirantes a R. Pedro I
localizados no bairro do Distrito Industrial do Uno. A localidade atual está conforme o mapa
abaixo:

Imagem 1.1 – Mapa do local da construção

Fonte: Google earth, 2019.

Com as mudanças propostas possibilitarão o tráfego de veículos de grande porte,


pois o único acesso a está área é um túnel, que impossibilita a passagem desses veículos, para
conseguirem acessar está região pela cidade vizinha Pindamonhangaba-SP. Para quem está
vindo de São Paulo para acessar o bairro Una, é necessário fazer o retorno no viaduto
totalizando uma distancia a mais de 12,5 km, conforme a figura abaixo rota de A até B, para
quem já está no bairro e quer acessar a via Presidente Dutra sentido Rio de Janeiro, é
necessário fazer o retorno por dentro da cidade, totalizando 14,6 km, conforme a figura abaixo
rota de B até D.
12

Imagem 1.2 – Mapas das rotas

Fonte: Google maps, 2019.

A figura abaixo representa como o projeto ficará:

Imagem 1.3 – Mapa implantação projeto

Fonte: Google earth, 2019.


13

Esse projeto trará grandes benefícios e viabilidade a está área, que é um dos
principais complexos industriais de Taubaté-SP, contendo vinte e uma fábricas, e onde
também está localizado o Parque Tecnológico.
Com as modificações propostas além de possibilitar a entrada dos veículos de
grande porte, que são uns dos principais meios de transporte de carga do Brasil, também
diminuirá o tráfego nas regiões, e possibilitará o crescimento futuro dessa região.
No Brasil cerca de 60% das cargas são transportadas por caminhões, movimentando
mais da metade da economia, sendo o principal abastecedor de alimentos e combustível, tendo
grande importância para economia e para população, como vimos os transtornos que tivemos
com a paralisação dos caminhoneiros. Sendo assim é inviável que um município com o porte
de Taubaté, ainda tenho deficiências de acesso em uma área tão importante para a economia.

1.1 Objetivos do Trabalho

1.1.1 Objetivo Geral

O trabalho tem como o objetivo construir um viaduto no município de Taubaté-SP,


baseado no estudo de viabilidade desse projeto.

1.1.2 Objetivo Específico

• Projetar um viaduto que atenda às necessidades do local, sanado os problemas


citados;
• Realizar o dimensionamento estrutural;
• Realizar o orçamento do custo da obra, cronograma físico-financeiro;
• Realizar o projeto dentro das normas de sustentabilidade, acessibilidade e garantindo
o menor impacto ambiental.

1.2 Justificativa do Trabalho

O projeto é baseado em um problema real da falta de viabilidade de tráfego, que


beneficiará a região viabilizando a entrada de veículos de grande porte, que são de suma
importância para economia brasileira e também reduzirá o atual trânsito.
14

1.3 Metodologia de Pesquisa

Para elaboração desse trabalho foram feitas, pesquisas de campo, consulta em livros,
normas, sites, revista e profissionais da área da construção civil.
Para elaboração de croquis, detalhamentos e cálculos foram usados os softwares
AutoCad, Sketchup e Ftool.

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

2. 1 Definição de Ponte e Viaduto

Pontes e viadutos são obras com o objetivo de estabelecer a continuidade de uma via
vencendo vãos a fim de transpassar um obstáculo, seja natural ou artificial. Essas obras são
tecnicamente chamadas de Obras de Arte. Conforme a NBR7188 (2013), as pontes e viadutos
são classificadas da seguinte forma:

Ponte: estrutura a ação de carga em movimento, com posicionamento variável, aqui


chamada de carga móvel, utilizada para transpor um obstáculo natural (rio,
córrego, vale etc.)

Viaduto: Estrutura para transpor um obstáculo artificial (avenida, rodovia etc.)

Basicamente, a maior diferença entre elas está relacionada ao obstáculo que irá vencer.
Sendo a ponte a vencer obstáculos naturais, com um curso d’agua entre o vão e o viaduto
obstáculos artificiais, comumente utilizado em áreas urbanas e muito presença nas cidades
metropolitanas.
Em seguida as figuras representativas de uma ponte e um viaduto conhecidos no
Brasil:
15

Imagem 2.1 – Ponte Rio Niterói

Fonte: Google imagens, 2019.

Imagem 2.2 – Viaduto do Chá - SP

Fonte: Google imagens, 2019.

2.2 Classificação das Pontes - Carga Móvel

As pontes rodoviárias têm sua classificação levando em consideração fatores


relacionados ao tráfego no local onde será executado a obra, onde é dimensionado a ação
variável de carga móvel. São divididas em 3 classes:

• Classe 45: na qual a base do sistema é um veículo-tipo de 450 kN de peso total;


• Classe 30: na qual a base do sistema é um veículo-tipo de 300 kN de peso total;
• Classe 12: na qual a base do sistema é um veículo-tipo de 120 kN de peso total.
16

Essa classificação vai informar o peso a ser considerado no dimensionamento do meu


trem-tipo. Entende-se trem-tipo como o conjunto do carregamento móvel a ser aplicado à
estrutura em sua posição mais desfavorável para cada seção de cálculo e combinação de
carregamento.

2.3 Concreto Pré-moldado

O concreto pré-moldado é a estrutura a qual os elementos estruturais, como pilares,


vigas, lajes e outros, são moldados antecipadamente assim já adquirindo um certo grau de
resistência antes do seu posicionamento final, definitivo. Por isso há a necessidade de um
eficiente controle de qualidade. Esse conjunto de peças podem ser conhecidos também como
estrutura pré-fabricada.
Estas estruturas podem ser fabricadas e adquiridas a partir de empresas
especializadas, ou moldadas e executadas na própria obra, sendo realizadas a partir da
necessidade e andamento da obra. Essa decisão de produção própria ou não das peças pré-
moldadas vai depender das características especificas de cada projeto.
Se tratando desse tipo de concreto, é extremamente importante, portanto, um estudo criterioso
dos custos envolvendo todos os aspectos como transporte, dimensões das peças, aquisições de
formas, tempo de execução, espaço no canteiro, disposições de ferramentas e equipamentos e
o próprio controle de qualidade.
Abaixo vemos algumas vantagens e desvantagens do concreto pré-moldado
Vantagens:
• Redução do prazo de obra;
• Redução da Mão de Obra;
• Construção mais limpa;
• Redução de Custos.
Desvantagens:
• Alto investimento inicial;
• Indisponibilidade de serviços perto da obra;
Falta de personalização nos projetos.
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2.4 Métodos Construtivos


Os métodos construtivos consistem em determinar a melhor maneira que será
executada a construção da superestrutura. Os processos de execução a abaixo referem-se às
pontes de concreto, classificados em:
Concreto moldado no local (in loco):
É a denominação do tipo tradicional de execução de concreto armado, esse método
consiste na concretagem da superestrutura no local, com o emprego de fôrmas apoiadas em
cimbramento fixo.
Elementos pré-moldados:
No geral, consiste no lançamento de vigas pré-moldadas por meio de dispositivo
adequado, seguido da aplicação de parcela adicional de concreto moldado no local, em fôrmas
que se apoiam nas vigas pré-moldadas. Há uma grande redução da utilização do cimbramento.
Balanços sucessivos:
Pontes em balanços sucessivos é feita a partir dos lados dos pilares, em segmentos.
Estruturas sendo executadas a modo que se encontrem vencendo o vão. Sendo assim, faz-se
necessário que o concreto desse segmento anterior esteja com a resistência adequada. O
cimbramento no vão é bem reduzida, sendo quase eliminada.
Deslocamentos progressivos.
A construção com deslocamentos progressivos consiste na execução da ponte em
segmentos, chega a ser bem parecido com a do balanço sucessivo, a diferença é que a
estrutura é lançada a partir de uma das cabeceiras da ponte. A medida que o concreto de cada
segmento vai adquirindo a resistência adequada, a ponte é progressivamente deslocada para o
local definitivo. Esse método também reduz o uso do cimbramento.

2.5 Fundação

A fundação, considerada como a parte de infraestrutura das pontes e viadutos, é o


termo utilizado para designar a parte da estrutura destinada a transmitir ao solo os esforços
provenientes do peso próprio e as cargas atuantes de toda estrutura. Elas podem ser
executadas de concreto, aço ou madeira e são classificadas de acordo com a profundidade da
estrutura no solo, assentamento, denominadas fundações superficiais ou profundas
Fundações superficiais ou diretas, são aquelas assentadas nas primeiras camadas dos
solos, geralmente não necessitam de equipamentos de grande porte para a escavação, sendo
18

executado em sua maioria manualmente. No geral a uma profundidade de até duas vezes a sua
menor dimensão em planta ou no máximo 3 metros de altura. São exemplos desse tipo de
fundação os blocos, as sapatas e os “radiers”. Já as fundações profundas são as fundações
assentadas em grandes profundidas e que necessitam de equipamentos de maior porte para sua
execução, são utilizadas quando os solos resistentes estão a profundidades difíceis de atingir
por escavações convencionais. Como exemplo temos as estacas, tubulões e caixões.
Para definição da fundação em pontes e viadutos, vai depender das cargas a serem
resistidas e transmitidas ao solo, do estudo e análise desse solo, bem como sua resistência e
características de cada camada, como o ensaio NSPT e também da análise do ambiente em
volta da obra levando em consideração obras já existentes. Para viadutos, é considerado um
estudo bem parecido com as considerações para um edifício, por exemplo, porém para pontes,
como sua execução, em grande maioria, é realizada submersas na água tem-se que levar em
consideração e utilizar a fundação mais apropriada para esse tipo de condição específica.

2.6 Partes do Viaduto

2.6.1 Elementos Estruturais

Os viadutos ou pontes, são constituídos por três elementos estruturais, são eles a
superestrutura, mesoestrutura e infraestrutura.
Abaixo a figura representativa dos elementos estruturais:

Imagem 2.3 – Representação das estruturas

Fonte: Google imagens, 2019.

A superestrutura é a parte útil, suportando diretamente a estrada e o tráfego, ela é


constituída por vigas primarias nomeada de longarina e secundárias nomeada transversina,
laje.
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A mesoestrutura recebe as cargas da superestrutura e transmite para infraestrutura,


ela também recebe foças solicitantes diretamente, como vento, movimentação da água e
eventuais colisões, ela é constituída por vigas de apoio, pilar e aparelho de apoio.
A infraestrutura recebe os esforços da mesoestrutura e transmite para o terreno de
implantação, ela é constituída por blocos sobre estacas, sapatas, estacas e tubulões.

2.6.2 Dispositivos de Drenagem

Os dispositivos de drenagem têm a finalidade de escoar a água proveniente de


precipitações, podem ser coletadas através de sarjetas ou barbacãs. Sua função é de estrema
importância para a prevenção de acidentes e corrosão da estrutura causado pelo acúmulo de
água.

2.6.3 Dispositivos de Segurança

Os dispositivos de segurança são os guarda-corpo, guarda rodas e defensas, são


dispositivos essenciais para segurança dos usuários.
O guarda-corpo é o dispositivo responsável pela proteção de pedestres, pode ser
feita de concreto, tendo uma grande durabilidade.
O guarda-rodas é uma barreira para impedir a passagem de veículos promovendo
seu retorno a estrada, eles são feitos de concreto pode ser moldado in loco ou pré0moldado.
A defensa é um dispositivo que fica na lateral da pista e absorve a energia de
eventuais impactos de veículos, ela poder ser feita de metal ou concreto, o mais usual são as
de metal que são mais flexíveis, já as de concreto por falta de flexibilidade acabam agravando
ainda mais os acidentes.

2.7 Considerações para o Dimensionamento de um Viaduto

Para efetuar o cálculo do viaduto devemos considerar as ações permanentes,


variáveis e excepcionais que ela sofrerá e o seu desgaste, para garantir melhor qualidade e
vida útil dessa estrutura.
As ações permanentes podem ser diretas, indiretas, concentradas ou distribuídas,
essas ações são:
20

• Peso próprio da estrutura


• Elementos como pavimentação, trilhos, sinalização, guarda-rodas, guarda-corpo,
defensa e revestimento
• Empuxo da terra ou água
• Deformações do concreto ou deslocamento
• Forças de proteção
As ações variáveis podem ser normais ou especiais, essas ações são:
• Veículos
• Pessoas
• Carga moveis como frenagem, aceleração, força centrífuga e ações gravitacionais
• Ação do vento
• Empuxo da terra
• Pressão e efeito dinâmico do movimento da água
• Temperatura
As ações excepcionais são os choques de veículos, explosões, catástrofes naturais,
ações com baixa probabilidade de ocorrência, mas não isentas de acontecer.

3 INVESTIGAÇÃO DO SOLO

Todas as obras de Engenharia Civil assentam-se sobre o terreno e inevitavelmente


requerem que o comportamento do solo seja devidamente considerado. A Mecânica dos
Solos, que estuda o comportamento dos solos quando tensões são aplicadas, como nas
fundações, ou aliviadas, no caso de escavações, ou perante o escoamento de água nos seus
vazios, constitui uma Ciência de Engenharia, na qual o engenheiro civil se baseia para
desenvolver seus projetos. Este ramo da Engenharia, chamado de Engenharia Geotécnica ou
Engenharia de Solos, costuma empolgar os seus praticantes pela diversidade de suas
atividades, pelas peculiaridades que o material apresenta em cada local e pela engenhosidade
frequentemente requerida para a solução de problemas reais (PINTO, CARLOS DE SOUZA,
2006).
Para iniciar os trabalhos de fundações da obra é necessário avaliar preliminarmente
as condições do solo a ser perfurado, e para que isso ocorra de forma segura e eficiente são
realizadas sondagens ao longo da área a fim de saber exatamente como será feita as
21

perfurações das fundações, profundidade, tipos de estacas, entre outros aspectos que darão
especificações técnicas do local.
As sondagens podem variar em vários tipos, dentre eles os principais são:
• Sondagens a trado
• Sondagens a percussão SPT
• Sondagens rotativas
Para a realização da obra foi avaliado os tipos de sondagens disponíveis na região e
será contratado uma empresa responsável para avaliação do solo especializada em sondagens
do tipo a percussão (SPT). Por ser um método de sondagem mais utilizado no Brasil,
extremamente eficaz, muita facilidade na execução e seu baixo custo será o ideal.

3.1 Procedimento SPT

Regulamentado pela NBR 6484:2001 as sondagens a percussão SPT (Standart


Penetration Test) tem todo seu manual especificado na norma desde as medidas das peças do
equipamento até seu procedimento.
De forma simplificada é feita da seguinte forma, após a preparação do terreno,
depois de retirar a cobertura vegetal e abrir uma plataforma (caso seja necessário) a fim de
deixar a superfície livre de obstáculos para a instalação do tripé e fazer sulcos ao redor do
furo, para que a água seja desviada em caso de chuva, é feito um furo com trado concha até
um metro de profundidade.
O amostrador padrão é instalado na haste do equipamento e apoiado no fundo do
furo. Crava-se o amostrador no solo e bate-se nele com um martelo de 65 kg, caindo de uma
altura de 75 cm. Anota-se a quantidade de golpes que serão necessários para que o amostrador
penetre 45 cm do solo, anotando os golpes necessários a cada 15 cm de cravação.
Após anotar os resultados do ensaio, o amostrador é retirado e utilizando trado
concha ou trado helicoidal, escava-se mais um metro. O amostrador é inserido e é medida
novamente a quantidade de golpes necessários para descer 45 cm (anotando a quantidade de
golpes a cada 15 cm).
Este procedimento é repetido até ter atingido o critério de paralisação, ou quando for
atingido o impenetrável à percussão ou lavagem.
Se for atingido o lençol freático e o trado helicoidal avançar menos de 5 cm em 10
min de operação contínua, pode-se iniciar o método de lavagem. É utilizada uma bomba de
forma a injetar água na extremidade do furo, através de uma haste de menor diâmetro que o
22

furo. O objetivo é amolecer o solo do fundo do furo, a fim de conseguir avançar. O operador
deixa cair a haste de uma altura aproximada de 30 cm, fazendo movimentos de rotação para
um lado e para outro, de forma alternada, o material escavado é removido por meio de
circulação de água.
Se a parede do furo for instável, deve ser inserido no furo um tubo de revestimento.
Os resultados são anotados da seguinte forma, por exemplo: 2/15 1/15 3/15. Estes valores
querem dizer que foram necessários 2 golpes para descer os primeiros 15 cm, 1 golpe para
descer mais 15 cm e 3 golpes para descer os últimos 15 cm dos 45 cm medidos.
O valor do SPT (também chamado de N ou Nspt) é a soma dos golpes necessários
para descer os 30 cm finais. Neste caso N seria 1/15 + 3/15 => 4/30 ou simplesmente 4 (4
golpes para descer 30cm).
Pode acontecer que o solo seja muito fraco e que o próprio peso do amostrador o
faça descer, e, nesse caso, deve ser anotado o quanto penetrou o amostrador. Por exemplo:
P/60 quer dizer que o próprio peso do amostrador o fez descer 60 cm. Pode acontecer de o
solo ser muito duro e, nesse caso, os resultados podem ser anotados da seguinte forma no
boletim de sondagens: 30/5 - o que quer dizer que foram necessários 30 golpes para penetrar
no solo 5 cm.”

Imagem 3.1 – Equipamento utilizado na sondagem

Fonte: Google imagens, 2019.


23

3.2 Número de Furos

A quantidade necessária de furos no solo está especificada na NBR 8036:1983 e é


resumida na tabela abaixo:

Tabela 3.1 – Quantidade de furos

Fonte: Google imagens, 2019.

Para esse estudo foi adotado o valor de área entre 400 – 600 m² tendo a quantidade
especificada de 3 furos, mas por se tratar de um viaduto que passará sobre uma rodovia
altamente movimentada e não ter construções de grande porte ao seu redor será adotado 6
furos.

3.3 Relatório de Sondagem

Os boletins de sondagens é onde mostra os resultados do ensaio de SPT, todas as


características do solo por camada, deverá ser desenhado com escala vertical de 1:100 e nele
deverá conter:

• Coordenadas e cota da boca do furo (1)


• Descrição e identificação das camadas do solo (2)
• Interpretação geológica (3)
• Descrição do material (4)
• Número de golpes (5)
• N (ou Nspt ou SPT) (6)
• Profundidade do nível d'água (7)
• Data de Início e término da investigação (8)
24

Tabela 3.2 – Perfil individual de sondagem

Conforme NBR 6484:2001 segue tabela que classifica o solo em função de sua
resistência e compacidade.
25

Tabela 3.3 – Classificação do solo quanto a sua resistência e compacidade.

4 CANTEIRO DE OBRA

Antes de começar uma obra de construção civil desse porte é necessário o


planejamento ideal de um canteiro de obras de forma que atenda todas necessidades da obra.
Esta etapa inicia-se logo após a viabilidade do projeto da construção e é a etapa onde se
planeja como será realizada a logística da obra, movimentação de materiais, tráfego de
caminhões e pessoas, visando sempre a qualidade do fornecimento para uma boa execução
final.
Seguindo a Norma Regulamentadora – NR 18, item 18.1.1 Estabelece diretrizes de
ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de
medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no
meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.
A seguir imagem do projeto do canteiro de obra:
26

Imagem 4.1 – Canteiro de obra

Fonte: AutoCad, 2019.

4.1 Planejamento e Execução de Obra

O Canteiro de Obras será construído na Avenida dos Bandeirantes a 100 metros da


saída da Rodovia Presidente Dutra, KM 105, sentido São Paulo, com seu perímetro fechado
com tela resistente de 2,20 metros de altura, com áreas de circulação munido de placas de
sinalização garantindo a segurança do local.

4.2 Portaria

Contendo uma área de 1,50 metros quadrados, 2 portões sendo um de 6,0 metros
para automóveis e caminhões e outro de 1,0 metros para pedestres, onde um funcionário
porteiro fiscalize e autorize as entradas de funcionários e materiais e sinalização de entrada e
saída de veículos.
27

4.3 Estacionamento

Com área de 200 metros quadrados destinado a 10 automóveis de pequeno/médio


porte.

4.4 Escritório

Com área de 24 metros quadrados tendo uma sala específica para engenheiro e uma
para setor financeiro, recursos humanos e fiscalização.

4.5 Almoxarifado

Com área de 8 metros quadrados localizado na entrada para guardar EPI’s


(Equipamentos de Proteção Individual), maquinários leves e ferramentas manuais.

4.6 Carpintaria

Com área de 12 metros quadrados contendo uma serra de bancada para corte e
moldes das fôrmas em madeira com piso de cimento nivelado e antiderrapante.

4.7 Oficina de Armações em Aço

Com área de 45 metros quadrados com uma bancada de armação utilizado para
dobras e montagens de armações em aço.

4.8 Vestiários

Com área de 24 metros quadrados e 2,50 metros de altura contendo armários


individuais com fechaduras e assento central de 4,0 metros x 0,30 metros.
28

4.9 Instalações Sanitárias

Com área de 18 metros quadrados com piso antiderrapante, contendo 3 chuveiros


elétricos, instalados a 2,10 metros de altura do piso, com gabinetes individuais de 1,0 metro
quadrado cada um, tendo portas e divisórias laváveis de 1,80 metros de altura, 3 vasos
sanitários com gabinetes individuais de 1,0 metro quadrado, portas e divisórias laváveis,
mictórios coletivos tipo calha com 0,50 metros de altura do piso.

4.10 Alojamentos

Com área de 50 metros quadrados e 3 metros de altura equipados com camas tipo
beliche armários individuais duplos com fechaduras, 1,20 metros de altura, 0,30 de largura e
0,40 de profundidade e prateleira interna, 1 bebedouro de jato inclinado, chão de cimento e
telhas ecológicas.

4.11 Refeitório

Com área de 30 metros quadrados e 2,80 metros de altura, com piso de cimento
lavável, 3 mesas coletivas com cadeiras acopladas e um micro-ondas para aquecimentos das
refeições. Os alimentos serão fornecidos por empresa de refeições terceirizada com entrega no
local.

4.12 Lavanderia

Com área de 15 metros quadrados dotado de 1 tanque e 1 lavadora auto secante,


com varal coletivo para que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar roupas de uso
pessoal.

4.13 Área de Lazer

Com área de 25 metros quadrados localizado ao lado do local de refeições, a fim de


recreação e descanso nos intervalos.
29

4.14 Fornecimento de Água

Para o fornecimento de água será instalado um cavalete montado conforme empresa


de saneamento da cidade, que distribuirá até a caixa d’água instalada em local próprio. O
esgoto será coletado por meio de fossa séptica.

4.15 Fornecimento de Energia

Para fornecimento de energia elétrica será instalado um poste padrão e solicitado a


concessionária de energia a ligação e seu aterramento, para posteriormente ser distribuída em
toda a área de vivência.

5 MEMORIAL DESCRITIVO

Obra: Execução de um viaduto rodoviário de concreto armado

5.1 Projeto

Será executado sobre a Via Dutra, no município de Taubaté, um viaduto interligando


a Av. dos Bandeirantes a R. Pedro I. O projeto prevê a construção do viaduto com sentido
duplo de circulação, com passeios em ambos os lados, prevendo todas as normas vigentes
para sua execução.

5.2 Geometria

O projeto prevê a execução do viaduto com largura transversal total de 16,60 metros.
Será uma via de mão dupla, constituída de duas pistas de rolamento, sendo 3,60 metros cada,
separados por uma barreira tipo New Jersey de largura de base de 0,60 metros. Terá duas
pistas de acostamento de 2,5 metros cada. Nas laterais contara com um passeio de 1,5 metros
de largura, em cada lado, ambos separados da via por guarda rodas de 0,40 metros cada. Terá
a lateral protegida por guarda corpo de concreto armado.
A extensão longitudinal do tabuleiro é de 49,5 metros, que será composto por um
vão livre de 34 metros e dois balanços de 7,75 metros cada.
30

Serão dispostas duas vigas (longarinas) com área construtiva de 3,0 metros de altura.
Elas estarão espaçadas entre si (eixo a eixo) à uma distância de 8,60 metros. Do eixo para as
laterais será executado 4 metros para cada lado.
Os pilares terão suas alturas definidas com 5,50 metro. Dispostas na extremidade do
vão livre da minha extensão longitudinal.

5.3 Materiais e Serviços

5.3.1 Instalação do Canteiro de Obras


A instalação do canteiro será executada de acordo com as normas vigentes, com
fornecimento de água e energia elétrica, com os arranjos necessários para o bom andamento
da obra e prevendo todos os equipamentos e dispositivos necessários à segurança dos
funcionários e proteção do meio ambiente.

5.4 Execução da Obra

5.4.1 Limpeza do Terreno

O local será demarcado de acordo com a implantação geométrica do projeto. Será


realizada a remoção da camada vegetal e de materiais que afetem a correta implantação do
projeto.

5.4.2 Infraestrutura

Será realizada de acordo com a norma, de forma a atender as solicitações


provenientes da mesoestrutura por meio dos cálculos estruturais

5.4.3 Mesoestrutura

Para a mesoestrutura serão quatro pilares de concreto armado pré-moldado de


seção transversal retangular, dois em cada margem da rodovia, com fck mínimo de 30Mpa e
aço CA-50.
31

5.4.4 Superestrutura

Para a superestrutura, teremos duas longarinas e quatro transversinas em concreto


armado pré-moldado, com fck mínimo de 30Mpa e aço CA-50. O tabuleiro será composto por
três lajes de 10 metros de largura cada.

5.4.5 Pavimentação

Para a via de tráfego será realizada a imprimação ligante betuminosa, e


pavimentação asfáltica de espessura de 5 centímetros. Para os passeios será feita a
regularização com concreto, com espessura de 10 centímetros.

5.4.6 Dispositivos de Segurança Lateral

Os guarda-rodas serão do tipo New-Jersey de concreto armado, com fck mínimo


30Mpa e 0,40 metros, com pingadeiras. Os guarda-corpos serão executados em concreto
armado, com fck de 30Mpa, espessura de 0,15 metros e 1,10 metros de altura.

5.4.7 Impermeabilização

Serão impermeabilizadas as áreas que receberão aterro. Será também realizada a


impermeabilização do tabuleiro com manta asfáltica.
32

6 REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 8681/2003 – Ações e


segurança nas estruturas – Procedimento

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 6484/2001 – Solo –


Sondagens de simples reconhecimentos com SPT – Método de ensaio

NORMA REGULAMENTADORA – NR 18/2011 – Condições e meio ambiente de


trabalho na indústria da construção

ARRUDA, A. F. M. F. Dano moral puro ou psíquico. São Paulo: Juarez de Oliveira, 1999.

BITAR, C. A. Direitos do consumidor: código de defesa do consumidor. Rio de Janeiro:


Forense, 1991.

___________. Reparação civil por danos morais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.

BOSCH. Histórico da empresa. Disponível em: < transcrever o link desta pagina>. Acesso
em: 12 set. 2007.

BRAGA, N. C. Por dentro do DVD. Saber eletrônico, São Paulo, ano 39, n. 369, p. 22-6,
out. 2003.

BRASIL. Código de defesa do consumidor. São Paulo: Atlas, 2002.

_______. Constituição Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988:


Atualizada até 31 de dezembro de 1999. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000.

CAVALIERI FILHO, S. Programa de responsabilidade civil. São Paulo: Malheiros, 2000.

FIUZA NETO, R. (Coord.). Novo código civil comentado. São Paulo: Saraiva, 2.003.

GRINOVER, A. P. et al. Código brasileiro de defesa do consumidor comentado pelos


autores do anteprojeto. Rio de Janeiro: Forense, 2001.
33

THEODORO JR, H. Dano moral. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2000.

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