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Apesar disso, a escravidão só lentamente diminuiu – para dar lugar, pouco a pouco, à servidão.
Com ela, a dignidade humana estava muito acima da escravidão. Nessa, o escravo era uma
coisa que falava; naquela, o servo tinha deveres (e muitos!) – mas também direitos (como, por
exemplo, a inalienabilidade da terra).
Mas os homens são dificilmente civilizados (e com revezes regulares). Mesmo com a pregação
regular da Igreja, na Europa medieval a escravidão continuou tão comum que teve que ser
reiteradamente condenada pela Igreja (Concílios de Koblenz, em 922, de Londres, em 1022, e
no Conselho de Armagh, ocorrido na Irlanda em 1171). Naquele Concílio de Londres, por
exemplo, foi decidido: “Que futuramente, na Inglaterra, ninguém queira entrar naquele
comércio nefasto no qual estavam acostumados a vender homens como animais irracionais”.
Assim, com a ascensão do Cristianismo, o direito também se cristianizou. Os advogados
medievais chegaram à conclusão que a escravidão era contrária ao espírito cristão, proibindo a
escravização de cristãos e, porquanto não tinham poder sobre os não-cristãos, criaram leis
para exigir o bom tratamento dos escravos. O comércio de escravos tinha se tornado quase
que inexistente entre cristãos da idade média, até o surgimento do período Renascentista
entre os séculos XV e XVI, que foi um período da história européia marcado por um renovado
interesse pelo passado greco-romano clássico, que se afastou das premissas religiosas e elegia
a razão como a principal forma pela qual o conhecimento seria alcançado. Como o comércio
escravagista continuava florescendo especialmente entre muçulmanos que invadiam a europa,
não demorou para que a europa voltasse a esse costume nefasto, influenciada pelas novas
ideologias.
Com a ascensão do Império Otomano no século XV, os portos para o oceano oriental
mediterrâneo e o mar negro foram fechados aos mercadores de escravos venezianos e
genoveses, forçando os escravagistas europeus a se voltar para o comércio africano e
balcânico. Mas pelo fato da diminuição da oferta e a consequente alta de preços dos escravos,
foi tornando-se mais barato contratar trabalhadores livres do que comprar escravos. Essa
situação econômica de falência do estilo escravagista, levou o rei Luis XVI da França a fazer a
Convocação dos Estados Gerais com a intenção de aumentar os já extorsivos impostos
cobrados, o que levou à Proclamação da Assembleia Geral Nacional por parte da burguesia,
com o intuito de instaurar uma constituição parlamentarista. Após esse evento, a população
invadiu a fortaleza de Bastilha em Paris, em 1789, com o objetivo de demonstrar
simbolicamente a queda do absolutismo. Após a invasão de Bastilha, a Assembleia Geral
Nacional se transformou em Assembleia Constituinte, onde os deputados elaboraram uma
constituição, que estabelecia a Monarquia Parlamentar e limitava o poder do rei pela atuação
do parlamento. Três anos depois, a Assembleia derrubou a monarquia e instituiu a república
Girondina, decapitando o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta em praça pública, o que
instigou os revolucionários chamados de Jacobinos a derrubar os girondinos do poder. No
entanto, os revolucionários causaram um verdadeiro banho de sangue pela guilhotina, e
acabaram sendo derrubados do poder novamente pelos girondinos, e assim foi a chamada
Revolução Francesa, que foi o primeiro grande movimento laico a garantir o trabalho livre. As
primeiras normas trabalhistas aprovadas pelos Estados Europeus eram relativas ao
reconhecimento do sindicato (Inglaterra, 1824), ao exercício do direito de greve (França, 1864), aos
seguros sociais (Alemanha, 1881) e, particularmente, aos acidentes do trabalho (Itália, 1883;
Alemanha, 1884)
Em 1922, em São Paulo, foram criados os Tribunais Rurais, sob a presidência do Juiz de Direito,
que marcaram o primeiro esforço de criação da Justiça do Trabalho no Brasil. Um ano depois,
abre-se o capítulo da Previdência Social, como a criação de Caixas de Aposentadorias e Pensões,
atingindo, inicialmente, os trabalhadores ferroviários, marítimos e, assim, sucessivamente.
Em 1930, com a ascensão de Getúlio Vargas, teve início da fase atual ou contemporânea do Direito
do Trabalho brasileiro, inspirada na Carta Del Lavoro, um documento de 1927, onde o Partido
Nacional Fascista de Benito Mussolini apresentou as linhas de orientação que deveriam guiar
as relações de trabalho na sociedade, nomeadamente entre o patronato, os trabalhadores e o
Estado, sendo uma das facetas do modelo político corporativista. Segundo este documento,
todos deveriam seguir as orientações e o interesse do Estado. Este modelo, que ficou para a
história sob a designação de Corporativismo e que foi replicado em Portugal (pelo Estatuto do
Trabalho Nacional), no Brasil durante a Era Vargas (pela CLT), na Turquia por Ataturk e em
França, era inspirado nas concepções colectivistas e socializantes próprias do socialismo e do
marxismo. No modelo italiano fascista de Mussolini não existiam, por princípio,
constrangimentos à iniciativa e propriedade privada, mas o seu desenvolvimento, os seus
meios e fins eram colocados sob a tutela do Estado, sendo que, quando este bem entendesse
que estariam a ser contrários às suas políticas, poderia intervir, uma vez que os interesses do
Estado e dos oligarcas que o controlam, sempre lhe seriam superiores.
A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então
presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil.
FGTS
Ferias
Direito de Férias: todo o funcionário terá direito às férias, não havendo prejuízos a sua
remuneração, além disso, esse período é contabilizado como tempo de serviço;
Período Aquisitivo: é o tempo que o funcionário precisa cumprir para ter direito a tirar férias
(12 meses trabalhados).
Perda do Direito: É importante saber quando uma pessoa poderá perder suas férias. Quando
este sai de uma empresa dentro do seu período aquisitivo ele perderá o seu direito.
Decimo terceiro
Conhecida como 13º salário, a gratificação de natal foi instituída no Brasil em 1962, e garantia
ao trabalhador o correspondente a 1/12 de sua remuneração mensal. Seria, em outras
palavras, o pagamento de um salário extra ao trabalhador ao final de cada ano. lei que
regulamenta a gratificação é a mesma responsável pela sua adoção, a Lei nº. 4.090, de 13 de
Julho de 1962, regulamentada pelo decreto nº. 57.155 de 03 de novembro de 1965.
A partir de quinze dias de serviço, o trabalhador já passa ter direito a receber o décimo
terceiro salário. Faz jus ao pagamento do benefício o trabalhador urbano ou rural, o
trabalhador avulso e o doméstico. O trabalhador com menos de um ano de empresa
também recebe o 13º, mas o valor de seu benefício é proporcional ao tempo que ele
integra a empresa.
PIS
PIS
Por meio da Lei Complementar n° 7/1970, foi criado o Programa de Integração Social
(PIS). O programa buscava a integração do empregado do setor privado com o
desenvolvimento da empresa. O pagamento do PIS é de responsabilidade da Caixa.
PASEP
Licença materninade
Segundo o artigo 392 do decreto lei nº 5.452 de 1° de maio de 1943, toda gestante ou
mãe adotante tem direito à licença-maternidade de pelo menos 120 dias nas
organizações privadas e de 180 dias no serviço público federal (assim como no
funcionalismo de muitos municípios e estados do país). De maneira geral, a lei se aplica
da mesma forma para gestantes, mães adotantes e mulheres que adquirem a guarda
judicial de uma criança. A principal diferença se relaciona ao dia do início da licença:
enquanto as mulheres grávidas podem pedir o afastamento a partir de 28 dias antes do
parto (se apenas previsto ou efetivamente programado), as outras só podem entrar de
licença quando o processo de adoção ou pedido de guarda for finalizado.
3 – AUXÍLIO ACIDENTE –
Ao solicitar o benefício pela primeira vez, será necessário ter pelo menos 12
meses de carteira assinada consecutivos antes da demissão;
Caso seja a segunda vez que você solicita o benefício, será necessário pelo
menos 9 meses consecutivos de carteira assinada no último emprego para a
solicitação do seguro desemprego;
Caso seja sua terceira solicitação do benefício (ou mais), será necessário 6 meses
de carteira assinada.
Vale lembrar, entretanto, que o benefício do Seguro Desemprego 2018 somente estará
disponível para os trabalhadores que se enquadrem nas regras a seguir:
UXÍLIO DOENÇA
É o benefício a que tem direito o segurado que, após cumprir a carência, quando for o
caso, ficar incapaz para o trabalho (mesmo que temporariamente), por doença por mais
de 15 dias consecutivos.
COMPROVAÇÃO
A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada através de exame realizado pela
perícia médica do INSS.
CARÊNCIAS
PAGAMENTO
O empregado que se afastar por auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses no decorrer
do período aquisitivo, perderá o direito à estas férias, iniciando novo período aquisitivo
quando da data de retorno ao trabalho.
Domestic Slavery in Renaissance Italy by Sally McKee published in Slavery and Abolition Vol. 29,
No. 3, September 2008, pp. 305–326
_________, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2007.