Guia Da Crianca 2019 PDF

MINISTÉRIO DA SAÚDE
GUIA ALIMENTAR PARA

CRIANÇAS BRASILEIRAS
MENORES DE 2 ANOS
Brasília – DF
2019
Guia alimentar
Para crianças brasileiras
menores de 2 anos
Brasília – DF
2019
Secretaria de Atenção Primária à Saúde
Departamento de Promoção da Saúde
Guia alimentar
Para crianças brasileiras
menores de 2 anos
Brasília – DF
2019
2019 Ministério da Saúde.
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Ministério da Saúde:
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Título para indexação:
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................ 7
O GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS BRASILEIRAS MENORES DE 2 ANOS COMO

INSTRUMENTO PARA PROMOÇÃO DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO .............................. 10
UM GUIA ALIMENTAR PARA AS FAMÍLIAS DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS ....................... 15
PRINCÍPIOS ......................................................................................................................................... 17
LEITE MATERNO: O PRIMEIRO ALIMENTO ...................................................................................... 21
CONHECENDO OS ALIMENTOS ........................................................................................................ 63
A CRIANÇA E A ALIMENTAÇÃO A PARTIR DOS 6 MESES ............................................................... 93
CRIANÇAS MENORES DE 6 MESES QUE NÃO ESTÃO SENDO AMAMENTADAS

EXCLUSIVAMENTE ............................................................................................................................. 135
ALIMENTAÇÃO DE CRIANÇAS NÃO AMAMENTADAS ..................................................................... 141
COZINHAR EM CASA.......................................................................................................................... 157
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL: LIDANDO COM OS DESAFIOS DO COTIDIANO ....... 189
CONHECENDO OS DIREITOS RELACIONADOS À ALIMENTAÇÃO INFANTIL ............................... 209
DOZE PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL .................................................................. 221
PARA SABER MAIS ............................................................................................................................. 229
GLOSSÁRIO ........................................................................................................................................ 243
ANEXO – PROCESSO DE ELABORAÇÃO DA NOVA EDIÇÃO DO GUIA ALIMENTAR PARA

CRIANÇAS BRASILEIRAS MENORES DE 2 ANOS ........................................................................... 253
6
GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS BRASILEIRAS MENORES DE 2 ANOS
APRESENTAÇÃO
O Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos é um
GRFXPHQWR R¿FLDO GR 0LQLVWpULR GD 6D~GH DOLQKDGR DR *XLD $OLPHQWDU SDUD
a População Brasileira, publicado em 2014. Ele traz recomendações e
informações sobre alimentação de crianças nos dois primeiros anos de vida com
RREMHWLYRGHSURPRYHUVD~GHFUHVFLPHQWRHGHVHQYROYLPHQWRSDUDTXHHODV
alcancem todo o seu potencial. Além de apoiar a família no cuidado cotidiano,
HVWH GRFXPHQWR VXEVLGLD RV SUR¿VVLRQDLV QR GHVHQYROYLPHQWR GH Do}HV GH
educação alimentar e nutricional em âmbito individual e coletivo no Sistema Único
GH6D~GH686HHPRXWURVVHWRUHV(OHpWDPEpPXPLQVWUXPHQWRRULHQWDGRU
GH SROtWLFDV SURJUDPDV H Do}HV TXH YLVHP DSRLDU SURWHJHU H SURPRYHU D
VD~GHHDVHJXUDQoDDOLPHQWDUHQXWULFLRQDOGDVFULDQoDVEUDVLOHLUDV
A alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da

YLGDHVSHFLDOPHQWHQRVSULPHLURVDQRVTXHVmRGHFLVLYRVSDUDRFUHVFLPHQWR
H GHVHQYROYLPHQWR SDUD D IRUPDomR GH KiELWRV H SDUD D PDQXWHQomR GD
VD~GH1DV~OWLPDVGpFDGDVRFRUUHUDPGLYHUVRVDYDQoRVQDLPSOHPHQWDomR
GHSROtWLFDVS~EOLFDVGHSURPRomRSURWHomRHDSRLRDRDOHLWDPHQWRPDWHUQR
H j DOLPHQWDomR FRPSOHPHQWDU VDXGiYHO ([HPSORV GLVVR VmR D 3ROtWLFD
Nacional de Alimentação e Nutrição, a Política Nacional de Atenção Integral à
6D~GHGD&ULDQoDDLPSOHPHQWDomRGD1RUPD%UDVLOHLUDGH&RPHUFLDOL]DomR
GH$OLPHQWRVSDUD/DFWHQWHVH&ULDQoDVGH3ULPHLUD,QIkQFLD%LFRV&KXSHWDV
H0DPDGHLUDV1%&$/HQWUHRXWUDV1RHQWDQWRVmRPXLWRVRVGHVD¿RVDVHUHP
VXSHUDGRVSDUDVHJDUDQWLUDSUiWLFDGHXPDDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHO
no início da vida.
$SHVDUGHDSUiWLFDGDDPDPHQWDomRWHUDXPHQWDGRQR%UDVLOVXDGXUDomR
DLQGDpPHQRUGRTXHDUHFRPHQGDGD'XDVHPFDGDWUrVFULDQoDVPHQRUHV
GH VHLV PHVHV Mi UHFHEHP RXWUR WLSR GH OHLWH VREUHWXGR OHLWH GH YDFD
IUHTXHQWHPHQWH DFUHVFLGR GH DOJXPD IDULQKD H Do~FDU H VRPHQWH XPD HP
FDGDWUrVFULDQoDVFRQWLQXDUHFHEHQGROHLWHPDWHUQRDWpRVGRLVDQRVGHLGDGH
7
Além disso, desde os primeiros anos de vida, as crianças estão consumindo

SRXFD YDULHGDGH GH DOLPHQWRV VDXGiYHLV FRPR RV DOLPHQWRV in natura ou
PLQLPDPHQWH SURFHVVDGRV H HVWmR VHQGR H[SRVWDV PXLWR FHGR D DOLPHQWRV
XOWUDSURFHVVDGRV TXH SRGHP SUHMXGLFDU D VXD VD~GH $VVLP R GHVPDPH
SUHFRFH H D DOLPHQWDomR GH EDL[D TXDOLGDGH H SRXFR YDULDGD RFDVLRQDP
GLIHUHQWHVIRUPDVGHPiQXWULomRSUHMXGLFDQGRRGHVHQYROYLPHQWRLQIDQWLO
'HXPODGRDXPHQWDDFDGDDQRDSDUFHODGDSRSXODomRLQIDQWLOTXHMiDSUHVHQWD
H[FHVVRGHSHVRVREUHSHVRHREHVLGDGHGHYLGRDLQWHQVDVPXGDQoDVQDV
SUiWLFDVDOLPHQWDUHVHQRPRGRGHYLGDGDVRFLHGDGHWDLVFRPRDXPHQWRGR
FRQVXPRGHDOLPHQWRVQmRVDXGiYHLVFRPRRVXOWUDSURFHVVDGRVDH[LVWrQFLD
GHDPELHQWHVTXHIDYRUHFHPVHXFRQVXPRIDOWDGHWHPSRGDIDPtOLDSDUDR
SUHSDURGDVUHIHLo}HVHPGHFRUUrQFLDSRUH[HPSORGHH[WHQVDVMRUQDGDVGH
WUDEDOKR H GH GHVORFDPHQWR SDUWLFXODUPHQWH QDV JUDQGHV FLGDGHV IDOWD GH
UHGHGHDSRLRjVPXOKHUHVWUDEDOKDGRUDVHDVXDVIDPtOLDVSDUDRFXLGDGRFRP
DVFULDQoDVHSHUGDRXGLPLQXLomRGDWUDGLomRGHFR]LQKDUHGDWUDQVPLVVmR
GDVKDELOLGDGHVFXOLQiULDVHQWUHDVJHUDo}HVGHQWUHRXWUDV
'HRXWURFDVRVGHGHVQXWULomRDQHPLDHGH¿FLrQFLDGHYLWDPLQD$FRQWLQXDP
DH[LVWLUVHMDHPJUXSRVSRSXODFLRQDLVPDUFDGRVSHODGL¿FXOGDGHGHSURGX]LU
RXDGTXLULUVHXVDOLPHQWRVVHMDSHODYLRODomRGHGLUHLWRVEiVLFRVHPIXQomR
GDVFRQGLo}HVVRFLRHFRQ{PLFDVGHFRQÀLWRVSHODSRVVHGHWHUUDVRXRXWURV
IDWRUHV(PDOJXPDVUHDOLGDGHVDLQGDTXHRDOLPHQWRHVWHMDSUHVHQWHHVVDV
GH¿FLrQFLDV QXWULFLRQDLV WDPEpP SRGHP VHU UHVXOWDGR GD LQDGHTXDomR GD
alimentação ou da presença de doenças.
&RPRLQWXLWRGHDSRLDUDVIDPtOLDVHRULHQWDUSROtWLFDVS~EOLFDVD2UJDQL]DomR
0XQGLDO GD 6D~GH 206 UHFRPHQGD TXH RV JRYHUQRV HODERUHP GLUHWUL]HV
nacionais sobre alimentação e nutrição. Essas diretrizes são normalmente
DSUHVHQWDGDVHPJXLDVDOLPHQWDUHVTXHWrPRREMHWLYRGHIRUQHFHULQIRUPDo}HV
atualizadas e objetivas em linguagem acessível para todas as pessoas, levando
em conta as culturas dos países e de suas populações. A primeira versão
do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos foi publicada
8
em 2002, sendo revisada em 2010. Esta nova edição busca responder às

WUDQVIRUPDo}HVVRFLDLVHjVPXGDQoDVQDVSUiWLFDVDOLPHQWDUHVRFRUULGDVQRV
~OWLPRV DQRV H WDPEpP DOLQKD VXD DERUGDJHP H VXDV UHFRPHQGDo}HV DR
Guia Alimentar para a População Brasileira.
Esta publicação reforça o compromisso e a prioridade absoluta do Ministério da

6D~GHGHFRQWULEXLUSDUDRGHVHQYROYLPHQWRGHHVWUDWpJLDVSDUDDSURPRomR
HJDUDQWLDGR'LUHLWR+XPDQRj$OLPHQWDomR$GHTXDGD'+$$jVFULDQoDV
FRQVLGHUDQGRDHVSHFL¿FLGDGHHDUHOHYkQFLDGRVSULPHLURVDQRVGHYLGDQR
GHVHQYROYLPHQWRGRVHUKXPDQR
Ministério da Saúde
9
O GUIA
ALIMENTAR
PARA CRIANÇAS
BRASILEIRAS MENORES
DE 2 ANOS COMO
INSTRUMENTO PARA
PROMOÇÃO DO DIREITO
HUMANO À ALIMENTAÇÃO
ADEQUADA
10
O Direito Humano à Alimentação

$GHTXDGD'+$$pXPGLUHLWRKXPDQR
EiVLFR ,VVR TXHU GL]HU TXH WRGDV DV
SHVVRDV QmR LPSRUWD TXHP VHMDP
nem onde vivam, devem ter acesso a
DOLPHQWRVGHTXDOLGDGHHPTXDQWLGDGH
VX¿FLHQWH GH IRUPD SHUPDQHQWH H
UHJXODU¿FDQGRDVVLPEHPQXWULGDVH
livres da fome. Esse direito é garantido
pela Constituição Brasileira, sendo
obrigação do Estado, tanto em âmbito
IHGHUDO TXDQWR HVWDGXDO H PXQLFLSDO
UHVSHLWiOR SURWHJrOR SURPRYrOR
H SURYrOR $ DOLPHQWDomR DGHTXDGD
H VDXGiYHO p IXQGDPHQWDO SDUD D
PDQXWHQomR GD YLGD FRP EHPHVWDU
H TXDOLGDGH$ DOLPHQWDomR DGHTXDGD
H VDXGiYHO GHYH VHU KDUP{QLFD HP
11
TXDQWLGDGH H TXDOLGDGH DWHQGHQGR DRV SULQFtSLRV GD YDULHGDGH HTXLOtEULR

moderação e prazer. Ela deve atender às necessidades de cada pessoa
GH DFRUGR FRP D IDVH GD YLGD HP TXH VH HQFRQWUD VXDV SUHIHUrQFLDV H
HVSHFL¿FLGDGHV FRPR WHU DOJXPD GRHQoD RX UHVWULomR DOLPHQWDU 3DUD
LVVR p SUHFLVR TXH D SURGXomR GRV DOLPHQWRV VHMD RULHQWDGD SRU SUiWLFDV
DGHTXDGDVHVXVWHQWiYHLVTXHSURWHMDPRSODQHWD
8PDDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHOGHYHVHUIHLWDFRP³FRPLGDGHYHUGDGH´
e começa com o aleitamento materno. Ela deve ter como base alimentos in
natura RX PLQLPDPHQWH SURFHVVDGRV FRPR DUUR] IHLMmR IUXWDV OHJXPHV
H YHUGXUDV PDQGLRFD PLOKR FDUQHV H RYRV HQWUH RXWURV 2V DOLPHQWRV
SURFHVVDGRV LQGXVWULDOPHQWH FRPR HQODWDGRV TXHLMRV H FRQVHUYDV GHYHP
VHU OLPLWDGRV H VH IRUHP FRQVXPLGRV XWLOL]DGRV HP SHTXHQDV TXDQWLGDGHV
-i RV DOLPHQWRV XOWUDSURFHVVDGRV FRPR ELVFRLWRV H ERODFKDV VXFRV DUWL¿FLDLV
UHIULJHUDQWHV VDOJDGLQKRV GH SDFRWH PDFDUUmR LQVWDQWkQHR JXORVHLPDV QmR
devem fazer parte da alimentação da criança.
A alimentação é um fator de identidade de povos e grupos e diz respeito aos

afetos, ao cuidado consigo mesmo, com os outros e com o meio ambiente.
(VFROKDVDGHTXDGDVHVDXGiYHLVWDPEpPUHVSHLWDPRVKiELWRVHDVFXOWXUDV
UHJLRQDLVWDQWRGDFLGDGHFRPRGRFDPSRGHTXDOTXHUUHJLmREUDVLOHLUDRXGH
SRYRVLQGtJHQDVHSRYRVHFRPXQLGDGHVWUDGLFLRQDLVSRUH[HPSORTXLORPERODV
HFRPXQLGDGHVULEHLULQKDVHQWUHRXWUDV
6HQGRDVVLPXPDDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHOFRQWULEXLSDUDDVD~GH
LQIDQWLO RX VHMD SDUD TXH DV FULDQoDV FUHVoDP H VH GHVHQYROYDP HP WRGR
seu potencial. Isso é muito importante durante a infância, e é crucial nos dois
SULPHLURV DQRV GH YLGD$ SUHYDOrQFLD GH REHVLGDGH LQIDQWLO FUHVFH D FDGD DQR
QR%UDVLOVHQGRIXQGDPHQWDOTXHWRGDVHWRGRVSURWHMDPDVFULDQoDVHHYLWHP
R JDQKR GH SHVR GHVQHFHVViULR FRP FRQVHTXHQWH GHVHQYROYLPHQWR QD IDVH
adulta, de doenças crônicas relacionadas à obesidade.
,QIHOL]PHQWH QHP WRGDV DV FULDQoDV EUDVLOHLUDV WrP DFHVVR j DOLPHQWDomR

VDXGiYHO2%UDVLODLQGDFRQYLYHFRPGHVLJXDOGDGHVGHDFHVVRDDOLPHQWRV
RTXHOHYDLQ~PHUDVSHVVRDVDQmRFRQVXPLUHPQHPFRPSUDUHPDOLPHQWRV
12
VDXGiYHLV QD YDULHGDGH H TXDQWLGDGH QHFHVViULDV +i DLQGD SHVVRDV TXH

WrP DFHVVR OLPLWDGR D DOLPHQWRV VDXGiYHLV H DGHTXDGRV QDV ORFDOLGDGHV
RQGH YLYHP e LPSRUWDQWH VHU FUtWLFR TXDQWR D LQIRUPDo}HV RULHQWDo}HV H
mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais, pois
OHYDPDRFRQVXPRGHDOLPHQWRVGHVQHFHVViULRVHRXSUHMXGLFLDLVjVD~GH
eIXQGDPHQWDOTXHDVFULDQoDVVHMDPSURWHJLGDVHDVIDPtOLDVVHMDPDSRLDGDV
SDUDDJDUDQWLDGR'+$$3DUDWDOVmRQHFHVViULDVSROtWLFDVS~EOLFDVLQWHUVHWRULDLV
SDUDSURPRYHURDFHVVRGDSRSXODomRjDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHOHSDUD
DX[LOLDUDVSHVVRDVDGHVHQYROYHUHPDXWRQRPLDHPVXDVHVFROKDV
É essa a perspectiva deste Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores

GH $QRV VHU XPD SXEOLFDomR TXH DSUHVHQWD DV LQIRUPDo}HV QHFHVViULDV
SDUDLQFHQWLYDUDSRLDUSURWHJHUHSURPRYHUDVD~GHHDVHJXUDQoDDOLPHQWDU
e nutricional da população menor de 2 anos de idade.
13
14
UM GUIA ALIMENTAR
PARA AS FAMÍLIAS DE CRIANÇAS
MENORES DE 2 ANOS
Com a chegada da criança à família, é comum surgirem dúvidas sobre a sua
alimentação. A família toda e as pessoas próximas querem oferecer o que há de
melhor para a criança crescer feliz e com saúde. O que é recomendado para essa
idade? Como e com que frequência ela deve ser alimentada? Até quando ela
pode mamar no peito? Quais alimentos ela pode comer?
O Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos traz

recomendações e informações sobre como alimentar a criança para promover
VHXFUHVFLPHQWRHGHVHQYROYLPHQWRHIDYRUHFHUVXDVD~GH'~YLGDVPDLVFRPXQV
H[SOLFDo}HV IXQGDPHQWDGDV H RULHQWDo}HV SUiWLFDV VREUH D DPDPHQWDomR H D
DOLPHQWDomRQRFRPHoRGDYLGDHVWmRDTXLUHXQLGDV
1DV SUy[LPDV SiJLQDV YRFr HQFRQWUDUi RULHQWDo}HV VREUH DPDPHQWDomR

informações sobre o desenvolvimento da criança nos 2 primeiros anos de vida
H VXD UHODomR FRP D DOLPHQWDomR TXDLV DOLPHQWRV HVFROKHU FRPR SUHSDUi
ORV H RIHUHFrORV FRPR OLGDU FRP GHVD¿RV GR FRWLGLDQR SDUD D DGRomR GH
XPDDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHOHQWUHRXWUDV9RFrHQFRQWUDUiDLQGD
RULHQWDo}HVVREUHFXOLQiULDHXPDVHomRFRPDVSULQFLSDLVOHLVTXHSURWHJHP
a infância, a amamentação e a alimentação no começo da vida.
$VLQIRUPDo}HVFRQWLGDVQHVWH*XLDSRGHPVHUGLIHUHQWHVGDVTXHYRFrYLX
QDLQWHUQHWRXGRTXHDPLJRVIDPLOLDUHVHDWpPHVPRDOJXQVSUR¿VVLRQDLVGH
VD~GH SRVVDP WHU IDODGR SDUD YRFr ,VWR DFRQWHFH SRUTXH D WRGR PRPHQWR
VmRUHDOL]DGDVPXLWDVSHVTXLVDVVREUHDDOLPHQWDomRGDFULDQoD(ODVWUD]HP
QRYRV FRQKHFLPHQWRV H ID]HP FRP TXH DV UHFRPHQGDo}HV PXGHP FRP R
SDVVDUGRWHPSR$VLQIRUPDo}HVHUHFRPHQGDo}HVDTXLDSUHVHQWDGDVIRUDP
EDVHDGDV QR TXH H[LVWH GH PDLV DWXDOL]DGR VREUH DOLPHQWDomR GD FULDQoD H
LUmRDMXGiODDWHUXPyWLPRLQtFLRGHYLGD
15
2 *XLD SRGH H GHYH VHU XWLOL]DGR SRU WRGDV DV SHVVRDV TXH SDUWLFLSDP GR
FXLGDGRFRPDFULDQoDVHMDDPmHRSDLSDUFHLUDVHRXSDUFHLURVGHPmHV
HSDLVDYyVDY{VKRPHQVHPXOKHUHVFRPRXVHPUHODomRGHSDUHQWHVFR
TXHPRUHPRXQmRQDPHVPDFDVDGDFULDQoD(VWHGRFXPHQWRWDPEpPSRGH
DSRLDU RV PHPEURV GD FRPXQLGDGH H SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH HGXFDomR H
DVVLVWrQFLDVRFLDOTXHFXLGDPGHFULDQoDVHPVHXVORFDLVGHWUDEDOKRFRPR
XQLGDGHV EiVLFDV GH VD~GH KRVSLWDLV FUHFKHV HQWLGDGHV DVVLVWHQFLDLV H
WRGRHTXDOTXHUHVSDoRFRPSURPHWLGRFRPDSURPRomRGHXPDDOLPHQWDomR
DGHTXDGDHVDXGiYHOSDUDFULDQoDV
$V UHFRPHQGDo}HV DTXL SUHVHQWHV VmR YiOLGDV SDUD D PDLRULD GDV FULDQoDV
EUDVLOHLUDV9DOHOHPEUDUHQWUHWDQWRTXHHODVYLYHPHPGLIHUHQWHVFRQWH[WRV
HFRQ{PLFRV VRFLDLV FXOWXUDLV H JHRJUi¿FRV FRP XPD JUDQGH YDULHGDGH
de alimentos, modos de preparo e de consumo. Por isso, as características
ORFDLV GHYHP VHU OHYDGDV HP FRQVLGHUDomR DR VH FRORFDU HP SUiWLFD DV
UHFRPHQGDo}HV 2 FXLGDGR GH FULDQoDV TXH DSUHVHQWDP DOJXPD GRHQoD
RX FRQGLomR HVSHFt¿FD H QHFHVVLWDP GH XPD DOLPHQWDomR GLIHUHQFLDGD RX
HVSHFLDOGHYHVHURULHQWDGRSRUSUR¿VVLRQDLVGHVD~GHTXHSRVVDPDGDSWDUDV
recomendações deste Guia às condições de cada criança.
16
PRINCÍPIOS
A elaboração deste Guia teve como ponto de partida os princípios apresentados
no Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado em 2014, e também se
orienta pelos princípios a seguir. Eles reúnem fundamentos, valores e preceitos
importantes para elaboração das recomendações sobre alimentação infantil.
1) A saúde da criança é prioridade absoluta e responsabilidade de todos
A gestação e os 2 primeiros anos de vida são importantes para o pleno

FUHVFLPHQWRHGHVHQYROYLPHQWRGDFULDQoDHSDUDDVXDVD~GHDWXDOHIXWXUD
$V RSRUWXQLGDGHV H GHFLV}HV WRPDGDV D UHVSHLWR GR FXLGDGR j VD~GH H GD
alimentação neste momento repercutirão por toda vida.
&ULDU XPD FULDQoD DOLPHQWiOD H RULHQWiOD QmR VmR WUDEDOKRV GH XPD ~QLFD
SHVVRDPDVWDUHIDGHWRGRVTXHHVWmROLJDGRVGLUHWDRXLQGLUHWDPHQWHDHOD
(VVH GHYH VHU XP FRPSURPLVVR SULRULWiULR GR (VWDGR H FRPSDUWLOKDGR HQWUH
família e sociedade, incluindo empresas, organizações e educadores.
2) O ambiente familiar é espaço para a promoção da saúde
O ambiente familiar deve proporcionar interações e fortalecer vínculos entre

DFULDQoDHRVGHPDLVPHPEURVGDIDPtOLDVHUVHJXURDFROKHGRUHSURSLFLDU
DOLPHQWDomR DGHTXDGD H VDXGiYHO $V UHODo}HV GH DIHWR D VHJXUDQoD H D
nutrição são fundamentais para o desenvolvimento integral da criança.
3) Os primeiros anos de vida são importantes para a formação dos hábitos

alimentares
1RVSULPHLURVDQRVGHYLGDDYDULHGDGHHDIRUPDFRPTXHRVDOLPHQWRVVmR
RIHUHFLGRVLQÀXHQFLDPDIRUPDomRGRSDODGDUHDUHODomRGDFULDQoDFRPD
DOLPHQWDomR$FULDQoDTXHFRPHDOLPHQWRVVDXGiYHLVHDGHTXDGRVTXDQGR
SHTXHQD WHP PDLV FKDQFHV GH VH WRUQDU XPD SHVVRD DGXOWD FRQVFLHQWH H
DXW{QRPDSDUDID]HUERDVHVFROKDVDOLPHQWDUHV
17
4) O acesso a alimentos adequados e saudáveis e à informação de

qualidade fortalece a autonomia das famílias
2 DFHVVR D LQIRUPDo}HV FRQ¿iYHLV IRUWDOHFH D DXWRQRPLD GDV IDPtOLDV H GH

FXLGDGRUHV SDUD HVFROKHU DOLPHQWRV GH IRUPD FUtWLFD H SURSRU PXGDQoDV D
UHVSHLWR GDV SUiWLFDV HQYROYLGDV QD DOLPHQWDomR $ DXWRQRPLD WDPEpP VH
relaciona com o direito e a capacidade de as famílias terem acesso, comprarem
RXSURGX]LUHPRVDOLPHQWRVTXHLUmRFRQVXPLU
5) A alimentação é uma prática social e cultural
2 DWR GH VH DOLPHQWDU WHP PXLWRV VLJQL¿FDGRV &RPHVH QmR VRPHQWH SDUD
VDFLDUDIRPHPDVWDPEpPSRUVHHVWDUIHOL]WULVWHDQVLRVRVROLWiULRHQWUH
RXWURVWDQWRVPRWLYRV$OLPHQWDUpXPDWRFXOWXUDOTXHHQYROYHUHODo}HVKiELWRV
H IRUPDV GH SUHVHUYDU H WUDQVPLWLU WUDGLo}HV H FRQKHFLPHQWRV )D] SDUWH GD
DOLPHQWDomR DGHTXDGD H VDXGiYHO R FRQVXPR GH DOLPHQWRV H SUHSDUDo}HV
OLJDGRVjKLVWyULDGDIDPtOLDFRPXQLGDGHHRXHWQLDHGDUHJLmRHPTXHVH
YLYH([LVWHPUHDOLGDGHVVRFLRHFRQ{PLFDVHFXOWXUDLVPXLWRGLIHUHQFLDGDVQR
SDtVFRPRDGRVJUXSRVSRSXODFLRQDLVWUDGLFLRQDLVHHVSHFt¿FRVGDVGLYHUVDV
]RQDVUXUDLVHXUEDQDVHVSDOKDGDVQDVFLQFRUHJL}HVEUDVLOHLUDV3RULVVRDV
recomendações deste Guia deverão ser adaptadas às diferentes realidades
regionais, culturais e étnicas.
6) Adotar uma alimentação adequada e saudável para a criança é uma

forma de fortalecer sistemas alimentares sustentáveis
$HVFROKDGRVDOLPHQWRVGHYHOHYDUHPFRQWDVHXVLPSDFWRVVREUHRDPELHQWH
e sobre as formas de produção, distribuição e organização do campo e
GD FLGDGH 4XDQGR D IDPtOLD ID] RSo}HV DGHTXDGDV H VDXGiYHLV SDUD D
DOLPHQWDomR GD FULDQoD GHVGH D HVFROKD SRU DPDPHQWDU DWp D RSomR SHOD
alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados,
HODHVWiFRQWULEXLQGRSDUDDSURWHomRGRPHLRDPELHQWH
18
7) O estímulo à autonomia da criança contribui para o desenvolvimento de

uma relação saudável com a alimentação
Incentivar a autonomia da criança é fundamental para construir uma boa

UHODomR FRP D FRPLGD (VVH H[HUFtFLR SRGH DFRQWHFHU HP VLWXDo}HV GR
FRWLGLDQR UHODFLRQDGDV j DOLPHQWDomR FRPR GHL[DU TXH HOD HVFROKD RV
DOLPHQWRV HQWUH RSo}HV VDXGiYHLV RIHUHFLGDV D HOD H[SHULPHQWDU QRYRV
VDERUHVFKHLURVHWH[WXUDVWHQWDUFRPHUVR]LQKDFRPHUMXQWRFRPDIDPtOLD
HQWUH RXWUDV 3UHSDUDU XP DPELHQWH IDYRUiYHO SDUD TXH LVVR DFRQWHoD
respeitar o tempo de cada criança, observar e responder aos seus sinais
de fome e de saciedade e a suas outras reações favorecem o protagonismo
GDFULDQoDQDVXDKLVWyULDFRPDDOLPHQWDomR
19
20
LEITE MATERNO:
O PRIMEIRO ALIMENTO
Se fosse possível dizer em uma frase por que o leite materno e a amamentação
são tão importantes, a frase seria “amamentar é muito mais que alimentar uma
criança”. O leite materno é o primeiro contato das crianças pequenas com uma
comida de verdade e o período da amamentação é especial, cercado de afeto
e cuidado.
Neste capítulo, falamos sobre a importância do leite materno e da amamentação,

VREUH DV GL¿FXOGDGHV PDLV FRPXQV H DSUHVHQWDPRV RULHQWDo}HV SDUD TXH D
DPDPHQWDomRRFRUUDGDPHOKRUPDQHLUDSRVVtYHO$R¿QDORWySLFR³3HUJXQWDVH
Respostas” vai direto ao assunto, esclarecendo as principais dúvidas.
Leite materno e amamentação
ÒQLFRHLQLJXDOiYHOROHLWHPDWHUQRpRDOLPHQWRLGHDOSDUDDFULDQoDSRLVp
totalmente adaptado às suas necessidades nos primeiros anos de vida. Não
H[LVWH RXWUR OHLWH LJXDO QHP SDUHFLGR DSHVDU GRV HVIRUoRV GD LQG~VWULD HP
PRGL¿FDU OHLWHV GH RXWURV PDPtIHURV FRPR R GD YDFD SDUD WRUQiORV PDLV
DGHTXDGRVDRFRQVXPRSRUFULDQoDVSHTXHQDV3URGX]LGRQDWXUDOPHQWHSHOR
FRUSR GD PXOKHU R OHLWH PDWHUQR p R ~QLFR TXH FRQWpP DQWLFRUSRV H RXWUDV
VXEVWkQFLDVTXHSURWHJHPDFULDQoDGHLQIHFo}HVFRPXQVHQTXDQWRHODHVWLYHU
sendo amamentada, como diarreias, infecções respiratórias, infecções de
RXYLGRVRWLWHVHRXWUDV2VSULPHLURVDQRVGHYLGDVmRRVPDLVGHFLVLYRV
para o crescimento e desenvolvimento da criança, com repercussões ao longo
de toda a vida do indivíduo. A amamentação nesse período pode prevenir o
DSDUHFLPHQWRGHYiULDVGRHQoDVQDYLGDDGXOWD
21
O desenvolvimento infantil é um processo contínuo e muito intenso nesse período.

2 FRUSR GD FULDQoD VH PRGL¿FD UDSLGDPHQWH H R FpUHEUR DSHUIHLoRD KDELOLGDGHV
IXQGDPHQWDLV FRPR YLVmR LQWHOLJrQFLD H FDSDFLGDGH GH LQWHUDomR (VVDV
WUDQVIRUPDo}HVHVWmRLQWHUOLJDGDVXPDLQÀXHQFLDDRXWUD7RGRHVVHGHVHQYROYLPHQWR
GHSHQGHQmRVRPHQWHGDVFDUDFWHUtVWLFDVGDFULDQoDTXDQGRQDVFHRXGROHLWHTXHHOD
UHFHEHPDVWDPEpPGDLQWHUDomRFRPRPHLRHPTXHYLYH7DQWRDVQHFHVVLGDGHV
ItVLFDVFRPRDOLPHQWDomRHKLJLHQHTXDQWRDVHPRFLRQDLVFRPRVHQWLUVHVHJXUD
amada e protegida, precisam e devem ser atendidas.
4XDQGR HOD VH DOLPHQWD GLUHWDPHQWH QR SHLWR UHFHEH YiULRV HVWtPXORV TXH D
DMXGDPDVHGHVHQYROYHUFRPRDWURFDGHFDORUFKHLURVVRQVROKRQRROKRHWRTXHV
num contato íntimo entre mãe e criança. Logo, a amamentação é muito importante
para o desenvolvimento infantil e o estabelecimento de laços afetivos.
Amamentar é um direito da mãe e ser amamentada é um direito da criança. Mas o

H[HUFtFLRGHVVHGLUHLWRQmRGHSHQGHDSHQDVGDYRQWDGHHGDGHFLVmRGDPXOKHU
0XLWDVYH]HVDSHVDUGHTXHUHUDPmHQmRFRQVHJXHDPDPHQWDUFRPRJRVWDULD
É muito importante a participação de todos durante a amamentação: do pai da

FULDQoDGRFRPSDQKHLURRXFRPSDQKHLUDGDPmHGRVIDPLOLDUHV GHPXOKHUHV
TXHMiSDVVDUDPSRUHVVDH[SHULrQFLDGDFRPXQLGDGHHPSUHJDGRUHVFROHJDVGH
WUDEDOKRHVWDEHOHFLPHQWRVGHHGXFDomRLQIDQWLOFUHFKHVHVFRODVSUR¿VVLRQDLVGH
VD~GHHGR(VWDGR$VDYyVHPHVSHFLDOWrPSDSHOGHGHVWDTXHQRDOHLWDPHQWR
PDWHUQR SRU SURYDYHOPHQWH Mi WHUHP YLYLGR HVVD H[SHULrQFLD H WHUHP JUDQGH
HQYROYLPHQWR DIHWLYR H[HUFHQGR IRUWH LQÀXrQFLD VREUH DV IDPtOLDV 3RUWDQWR D
DPDPHQWDomRWHPDYHUFRPWRGRVPDVRGHVHMRHDVHVFROKDVGDPXOKHUGHYHP
sempre ser considerados e respeitados.
2OHLWHPDWHUQRp~QLFRHLQLJXDOiYHOHDDPDPHQWDomRSURPRYHVD~GHH
DIHWRSDUDDPmHHSDUDDFULDQoD0XOKHUIDoDYDOHUVHXVGLUHLWRVHH[HUoD
VHXSRGHUGHGHFLVmRVREUHVHXFRUSRHVXDVHVFROKDVHPWRGRRSHUtRGR
da amamentação.
22
Amamentação até os 2 anos ou mais e exclusiva até os 6 meses
$UHFRPHQGDomRDWXDOpTXHDFULDQoDVHMDDPDPHQWDGDMiQDSULPHLUDKRUDGH
YLGDHSRUDQRVRXPDLV1RVSULPHLURVPHVHVDUHFRPHQGDomRpTXHHOD
UHFHEDVRPHQWHOHLWHPDWHUQR4XDQGRLVVRRFRUUHGL]HPRVTXHDFULDQoDHVWi
HPDPDPHQWDomRH[FOXVLYD1HQKXPRXWURWLSRGHDOLPHQWRQHFHVVLWDVHUGDGR
DREHErHQTXDQWRHVWLYHUHPDPDPHQWDomRH[FOXVLYDQHPOtTXLGRVFRPRiJXD
iJXD GH FRFR FKi VXFR RX RXWURV OHLWHV QHP TXDOTXHU RXWUR DOLPHQWR FRPR
SDSLQKDHPLQJDX0HVPRHPUHJL}HVVHFDVHTXHQWHVQmRpQHFHVViULRRIHUHFHU
iJXDjVFULDQoDVDOLPHQWDGDVVRPHQWHFRPOHLWHPDWHUQRSRLVHOHSRVVXLWRGDD
iJXD QHFHVViULD SDUD D KLGUDWDomR QHVVH SHUtRGR (P GLDV TXHQWHV D FULDQoD
SRGHUiTXHUHUPDPDUFRPPDLVIUHTXrQFLDSDUDPDWDUDVHGH
$ RIHUWD GH RXWURV DOLPHQWRV DQWHV GRV PHVHV DOpP GH GHVQHFHVViULD
SRGHVHUSUHMXGLFLDOSRUTXHDXPHQWDRULVFRGHDFULDQoD¿FDUGRHQWHHSRGH
SUHMXGLFDUDDEVRUomRGHQXWULHQWHVLPSRUWDQWHVH[LVWHQWHVQROHLWHPDWHUQR
FRPRRIHUURHR]LQFR$OpPGLVVRHPJHUDODFULDQoDVyHVWiPDGXUDSDUD
receber outros alimentos em torno dos 6 meses.
Apesar da recomendação de amamentar até 2 anos ou mais, muitas pessoas

VHHVSDQWDPDRYHUFULDQoDVGHVVDLGDGHQRSHLWRGDVPmHVSRUDFKDUTXHVmR
³JUDQGHV´GHPDLVSDUDPDPDU(QWUHWDQWRQmRKiWHPSRPi[LPRHVWDEHOHFLGR
SDUDR¿PGDDPDPHQWDomR(ODSRGHGXUDUHQTXDQWRIRUGHVHMDGDSHODPXOKHU
HSHODFULDQoDGHVGHTXHQmRKDMDQHQKXPSUHMXt]RSDUDDPEDV
Por que amamentar é tão importante?
• Porque faz bem à saúde da criança – O leite materno protege contra

LQIHFo}HV FRPR GLDUUHLD SQHXPRQLD H LQIHFomR GH RXYLGR RWLWH H FDVR D
criança adoeça, a gravidade da doença tende a ser menor. Também previne
DOJXPDV GRHQoDV QR IXWXUR FRPR DVPD GLDEHWHV H REHVLGDGH H IDYRUHFH
R GHVHQYROYLPHQWR ItVLFR HPRFLRQDO H D LQWHOLJrQFLD 2V PRYLPHQWRV TXH D
FULDQoDID]SDUDUHWLUDUROHLWHGRSHLWRVmRXPH[HUFtFLRLPSRUWDQWHSDUDDERFD
HSDUDRVP~VFXORVGRURVWRHLUmRDMXGDUDFULDQoDDQmRWHUSUREOHPDVFRPD
23
UHVSLUDomRDPDVWLJDomRDIDODRDOLQKDPHQWRGRVGHQWHVHWDPEpP
para engolir.
• Porque faz bem à saúde da mulher –$PDPHQWDUDX[LOLDQDSUHYHQomR

GHDOJXPDVGRHQoDVGDPXOKHUUHGX]LQGRDVFKDQFHVGHGHVHQYROYHU
QRIXWXURFkQFHUGHPDPDGHRYiULRHGH~WHURHWDPEpPGLDEHWHVWLSR
$PDPHQWDU H[FOXVLYDPHQWH QRV SULPHLURV PHVHV SRGH DXPHQWDU R
LQWHUYDORHQWUHRVSDUWRV4XDQWRPDLVWHPSRDPXOKHUDPDPHQWDUPDLRUHV
VHUmRRVEHQHItFLRVGDDPDPHQWDomRjVXDVD~GH$OpPGLVVRDPDPHQWDU
SRGHID]HUEHPSDUDDVD~GHPHQWDOGDPXOKHUDXPHQWDQGRVXDDXWRHVWLPDH
DXWRFRQ¿DQoDHOHPHQWRVLPSRUWDQWHVSDUDVHXHPSRGHUDPHQWR
• Porque promove o vínculo afetivo – A amamentação é um ato de interação

SURIXQGD HQWUH D PXOKHU H D FULDQoD FRP PXLWDV WURFDV VHQGR JHUDOPHQWH
SUD]HURVRSDUDDPEDV$VVLPDDPDPHQWDomRDSUR[LPDPmHH¿OKRRX¿OKD
facilitando o vínculo afetivo entre eles.
• Porque é econômico –$PDPHQWDUpEHPPDLVEDUDWRGRTXHDOLPHQWDUD

FULDQoDFRPRXWURVOHLWHVSRLVROHLWHPDWHUQRpSURGX]LGRSHODSUySULDPXOKHU
SDUDVHURIHUHFLGRSDUDRVHX¿OKR1mRH[LJHSUHSDURFRPHFRQRPLDGHWHPSR
iJXDHJiV-iDVIyUPXODVLQIDQWLVLQGXVWULDOL]DGDVSRGHPFRPSURPHWHUERD
parte do orçamento familiar. Além disso, não amamentar pode gerar gastos
H[WUDVMiTXHDFULDQoDQmRDPDPHQWDGDDGRHFHPDLV
• Porque faz bem à sociedade – Crianças amamentadas adoecem menos e

WHPPHQRVFKDQFHGHGHVHQYROYHUDOJXPDVGRHQoDVQRIXWXURFRPLVVRR
VLVWHPDGHVD~GHHVXDVIDPtOLDVJDVWDPPHQRVSDUDSUHVHUYDUDVXDVD~GH
Quando as crianças adoecem, as mães e cuidadores muitas vezes perdem
GLDV GH WUDEDOKR R TXH SRGH SUHMXGLFDU D IDPtOLD H D VRFLHGDGH &ULDQoDV
DPDPHQWDGDV WDPEpP WrP PDLRUHV FKDQFHV GH DOFDQoDU R VHX SRWHQFLDO
Pi[LPRGHLQWHOLJrQFLDUHVXOWDQGRHPDGXOWRVFRPPDLRUFDSDFLGDGHSDUDR
WUDEDOKRRTXHFRQWULEXLSDUDRGHVHQYROYLPHQWRGRSDtV
• Porque faz bem ao planeta – A amamentação contribui efetivamente para a

sustentabilidade ambiental e segurança alimentar e nutricional. O leite materno
é um alimento natural, não industrializado, produzido e fornecido sem poluição
24
e sem prejuízos aos recursos naturais. Dispensa a produção leiteira animal,

UHGX]LQGRRVHXLPSDFWRQDQDWXUH]DHYLWDQGRUHVtGXRVTXHFRQWULEXHP
SDUDDHPLVVmRGHJiVPHWDQRFRPUHVXOWDGRGLUHWRQRHIHLWRHVWXID5HGX]
DSURGXomRLQGXVWULDOGHIyUPXODVOiFWHDVHWRGDXPDFDGHLDGHSURGXWRV
JHUDGRUHVGHGHWULWRVFRPRWRQHODGDVGHODWDVSOiVWLFRVHUyWXORV
Como é o leite materno e como ele é produzido?
Durante a gestação, as mamas passam por transformações para produzir leite.

1RVSULPHLURVGLDVDSURGXomRGHOHLWHpSHTXHQDPDVVX¿FLHQWHSDUDDWHQGHUDV
QHFHVVLGDGHVGDFULDQoDUHFpPQDVFLGDTXHWHPXPHVW{PDJRPXLWRSHTXHQR
(PJHUDOQRWHUFHLURDRTXLQWRGLDDSyVRSDUWRFRVWXPDRFRUUHUD³GHVFLGDGR
OHLWH´RXDSRMDGXUDFRPRFKDPDPRVHVSHFLDOLVWDVeTXDQGRDVPDPDV¿FDP
PDLRUHVHDPXOKHUSDVVDDSURGX]LUPDLVOHLWH
2OHLWHGRVSULPHLURVGLDVGDDPDPHQWDomRpFKDPDGRFRORVWUR(OHpXPOHLWH
HVSHFLDOPHQWHSURGX]LGRSDUDRVEHErVGHVVDLGDGH7HPPDLVSURWHtQDVH
pULFRHPDQWLFRUSRVHRXWUDVVXEVWkQFLDVTXHDMXGDPDFULDQoDQDSURWHomR
contra doenças.
eLPSRUWDQWHVDEHUTXHGXUDQWHXPDPDPDGDDSHQDVSDUWHGROHLWHHVWDYDJXDUGDGD
QRSHLWR$PDLRUSDUWHpSURGX]LGDHQTXDQWRDFULDQoDHVWiVXJDQGRRSHLWR
$TXDQWLGDGHGHOHLWHTXHDPXOKHUSURGX]GHSHQGHSULQFLSDOPHQWHGHTXDQWR
GHOHLWHHVWiVHQGRFRQVXPLGRSHODFULDQoDRXUHWLUDGRGDPDPD/RJRTXDQWR
PDLVYH]HVDFULDQoDIRUDRSHLWRHPDLVOHLWHFRQVXPLUPDLVOHLWHDPXOKHU
YDLSURGX]LU,VVRH[SOLFDSRUTXHDVPXOKHUHVSRGHPGRDUOHLWHVHPTXHLVVR
SUHMXGLTXHDDPDPHQWDomRGHVHXV¿OKRVDVVLPFRPRPmHVGHJrPHDVRX
JrPHRVVmRFDSD]HVGHDOLPHQWDUDVFULDQoDVH[FOXVLYDPHQWHFRPRVHXOHLWH
$SHVDU GD FRPSRVLomR GR OHLWH VHU VHPHOKDQWH SDUD WRGDV DV PXOKHUHV
SHTXHQDVYDULDo}HVRFRUUHPSDUDDGDSWDUROHLWHDQHFHVVLGDGHVHVSHFt¿FDV
3RUH[HPSORROHLWHSURGX]LGRSHODPmHGHXPDFULDQoDSUHPDWXUDpGLIHUHQWH
MXVWDPHQWHSDUDDWHQGHUjVQHFHVVLGDGHVGHVVHEHEr
eFRPXPDVPXOKHUHVVHSUHRFXSDUHPFRPRDVSHFWRGROHLWHHPXLWDVYH]HV
25
R FRQVLGHUDP IUDFR SRU FDXVD GD FRU 7RGR OHLWH PDWHUQR p GH ERD TXDOLGDGH
independentemente do seu aspecto. A cor e a composição do leite podem variar
dependendo da dieta da mãe e, também, do momento da mamada. Em uma
PDPDGDROHLWHTXHVDLSULPHLURSRGHSDUHFHU³UDOR´RX³IUDFR´SRUVHUPDLV
WUDQVSDUHQWHPDVHVVHOHLWHpPXLWRULFRHPiJXDLPSRUWDQWHSDUDDKLGUDWDomR
GD FULDQoD H DQWLFRUSRV SDUD SURWHJrOD GH LQIHFo}HV 'HSRLV GH D FULDQoD
PDPDUSRUDOJXPWHPSRROHLWHSRGH¿FDUPDLVHVEUDQTXLoDGRRXDPDUHODGR
SRUFRQWHUPDLVJRUGXUDVeHVVHOHLWHTXHGHL[DDFULDQoDFRPDVHQVDomRGH
HVWDUVDWLVIHLWD3RULVVRpLPSRUWDQWHGHL[DUDFULDQoDPDPDUEDVWDQWHHPXPD
PDPDDQWHVGHRIHUHFHUDRXWUDSDUDTXHREHErSRVVDVHEHQH¿FLDUGHWRGDV
DVTXDOLGDGHVGROHLWHPDWHUQR
O leite materno pode variar também de sabor de acordo com a alimentação da

PXOKHU 3RU PHLR GR OHLWH PDWHUQR R EHEr HQWUD HP FRQWDWR GHVGH FHGR FRP
VDERUHVGRVDOLPHQWRVLQJHULGRVSRUVXDPmHRTXHLQÀXHQFLDSRVLWLYDPHQWHDV
UHDo}HVGDFULDQoDTXDQGRHODFRPHoDUDUHFHErORVDSDUWLUGRVPHVHV
7RGR R OHLWH PDWHUQR p DGHTXDGR SRVVXLQGR FDORULDV JRUGXUDV SURWHtQDV

YLWDPLQDViJXDHRXWURVQXWULHQWHVHVVHQFLDLVQDGRVHFHUWDSDUDRFUHVFLPHQWRH
RGHVHQYROYLPHQWRDGHTXDGRGDVFULDQoDV2OHLWHPDWHUQRQXQFDpIUDFR
3DUDFRPSOHPHQWDURVQXWULHQWHVGROHLWHpLPSRUWDQWHH[SRUDFULDQoDDRVRO
diariamente. Esse é o principal estímulo para a produção de vitamina D —
importante para a formação dos ossos — pelo organismo.
Como amamentar
$SHVDUGHDDPDPHQWDomRVHUDIRUPDQDWXUDOGHDVPXOKHUHVDOLPHQWDUHPDV
FULDQoDVSHTXHQDVpQHFHVViULRWHPSRSDUDDPXOKHUHDIDPtOLDVHDGDSWDUHP
jVURWLQDVHDRVFXLGDGRVFRPRQRYREHEr(VVHWHPSRpPDLRURXPHQRU
GHSHQGHQGR GD YLYrQFLD DQWHULRU GD PXOKHU FRP R DOHLWDPHQWR PDWHUQR GH
FDUDFWHUtVWLFDVSUySULDVGDFULDQoDGDPXOKHUGDIDPtOLDHGDVSHVVRDVTXH
DFHUFDPHDDSRLDP&DGDH[SHULrQFLDGHDPDPHQWDomRp~QLFDGLIHUHQWH
GDGHRXWURV¿OKRVHSULQFLSDOPHQWHGDGHRXWUDVPXOKHUHV Amamentar nem
VHPSUHpIiFLOSULQFLSDOPHQWHQRVSULPHLURVGLDVDSyVRQDVFLPHQWRHSDUDDV
PmHVGHSULPHLUDYLDJHP([LJHSDFLrQFLDLQIRUPDomRHDSRLR1RHQWDQWR
26
D DPDPHQWDomR SRGH VHU PDLV DJUDGiYHO H SUD]HURVD VH DOJXQV SUREOHPDV

puderem ser evitados.
Veja o que fazer para prevenir alguns problemas na amamentação.
• Cuidar para que a posição e a pega sejam adequadas –([LVWHPGLYHUVDV

SRVLo}HVSDUDDPXOKHUDPDPHQWDUSRGHVHUVHQWDGDUHFRVWDGDGHLWDGDRX
HPTXDOTXHURXWUDSRVLomRTXHVHMDDJUDGiYHOIDPLOLDUHPDLVDGHTXDGDDR
PRPHQWR0mHHEHErGHYHPVHVHQWLUFRQIRUWiYHLVFRPRFRUSRGDFULDQoD
YLUDGRSDUDRFRUSRGDPmHFRPDFDEHoDHRFRUSRGDFULDQoDDOLQKDGRVH
QXQFDFRPRSHVFRoRWRUFLGReLPSRUWDQWHDSRLDUEHPREHErFRORFDQGRR
rosto da criança perto e de frente para a mama.
Figura 1 – Diferentes posições para amamentar.
1. 0XOKHUVHQWDGDFRPREHErEHPMXQWRjPmHFRPRFRUSR
GR EHEr YLUDGR SDUD R FRUSR GD PmH H EHP DSRLDGR SHOR
EUDoR GR PHVPR ODGR GD PDPD TXH HVWi VHQGR RIHUHFLGD
SRVLomRWUDGLFLRQDO
2. 0XOKHUVHQWDGDFRPREHErSRVLFLRQDGRQDVXDODWHUDOSRVLomR
GHMRJDGRUGHIXWHERODPHULFDQR
3. 0XOKHUGHLWDGDMXQWRDREHEr
4. 0XOKHUVHQWDGDDSRLDQGRDFULDQoDFRPREUDoRRSRVWRDRGD 1
PDPDTXHHVWiVHQGRRIHUHFLGDSRVLomRWUDGLFLRQDOLQYHUWLGD
5. 0XOKHU VHQWDGD FRP R EHEr DSRLDGR DR VHX FRUSR
YHUWLFDOPHQWHSRVLomRGHFDYDOLQKR
27
Independentemente da posição, o principal é a “pega”

HVWDUDGHTXDGD3HJDpRQRPHGDGRDRHQFDL[HGD
boca da criança ao peito da mãe para poder mamar.
8PD SHJD DGHTXDGD IDYRUHFH D UHWLUDGD GR OHLWH GD
PmHSHODFULDQoDHQmRPDFKXFDDPXOKHU3DUDTXHLVVR
RFRUUDHPSULPHLUROXJDUQmRSRGHKDYHUREVWiFXORV
HQWUH D ERFD GD FULDQoD H D SDUWH GD PDPD TXH D
FULDQoD SUHFLVD DERFDQKDU FRPR URXSDV SDQRV H
PmRVGDPmHHREUDoRGDFULDQoDQmRGHYH¿FDU
entre o seu corpo e o corpo da mãe.
É recomendado apoiar a mama com a mão em forma

GH³&´)LJXUDLWHPH)LJXUDHPYH]GHXVDURV
dedos em tesoura, pois dessa maneira, os dedos não
DWUDSDOKDP D SHJD GR EHEr 2 QDUL] GR EHEr GHYH ¿FDU 5
EHPQDIUHQWHGRELFRGRSHLWRPDPLOR4XDQGRDFULDQoD
DEULUEHPDERFDpKRUDGHFRORFiODQRSHLWRSDUDVXJDU
eSRVVtYHOID]HUFRPTXHREHErDEUDEHPDERFDWRFDQGROHYHPHQWHRV
VHXVOiELRVFRPRPDPLOR&RPDERFDEHPDEHUWDREHErFRQVHJXH
SHJDURPDPLORHRPi[LPRSRVVtYHOGDDUpRODDSDUWHHVFXUD
GDPDPDHPYROWDGRPDPLOR([LVWHPDOJXQVVLQDLVTXH
LQGLFDP XPD SHJD IDYRUiYHO ERFD EHP DEHUWD OiELRV
YLUDGRVSDUDIRUDTXHL[RHQFRVWDGRQDPDPDHYHUD
DUpRODDSDUHFHUPDLVDFLPDGRTXHDEDL[RGDERFD
GREHEr)LJXUD
)LJXUD±3HJDDGHTXDGDGHXPEHEr
mamando logo após o parto.
28
)LJXUD±0mRHPIRUPDGH³&´HQmRHPWHVRXUD
• Amamentar não deve doer – 6H D PXOKHU VHQWH GRU DR DPDPHQWDU GHYH
REVHUYDUVHDFULDQoDHVWiID]HQGRDSHJDFRPRGHYHULD$GRUSRGHVHUXP
VLQDOGHTXHDSHJDSRGHVHUPHOKRUDGD6HLVVRRFRUUHUWLUHREHErGRSHLWR
com cuidado introduzindo o dedo indicador ou o dedo mínimo no canto de sua
ERFDID]HQGRFRPTXHHOHODUJXHRSHLWRVHPPDFKXFDURPDPLORYLGH)LJXUD
'HSRLVFRORTXHRGHQRYRFRPDERFDEHPDEHUWD6HFRQWLQXDUGRHQGR
SURFXUHDDMXGDGHSUR¿VVLRQDLVGHVD~GH
• Iniciar o mais cedo possível, de preferência na primeira hora de vida

do bebê – 5HFRPHQGDVH TXH D DPDPHQWDomR VHMD HVWLPXODGD R PDLV
precocemente possível, imediatamente após o parto se as condições da mãe
HGRUHFpPQDVFLGRSHUPLWLUHP,QGHSHQGHQWHPHQWHGRWLSRGHSDUWRDFULDQoD
UHFpPQDVFLGDGHYH¿FDUHPFRQWDWRSHOHDSHOHFRPDPmHRXVHMDREHEr
HPFLPDGDPmHVHPSDQRVRXURXSDVHQWUHHOHVSRUSHORPHQRVKRUD
29
UHVSHLWDQGR R GHVHMR GD PXOKHU $ DPDPHQWDomR ORJR DSyV R SDUWR OLEHUD

KRUP{QLRVTXHDMXGDPQDGHVFLGDGROHLWHHQDGLPLQXLomRGRVDQJUDPHQWR
SyVSDUWRHSURWHJHDFULDQoDFRQWUDPLFUyELRVTXHSRGHPOKHID]HUPDO
• Ter atenção no período da “descida do leite” ou apojadura – Em torno do

WHUFHLURDRTXLQWRGLDSyVSDUWRFRVWXPDRFRUUHUD³GHVFLGDGROHLWH´RXDSRMDGXUD
mas ela pode ocorrer antes ou depois. Nesse período a produção de leite aumenta
HJHUDOPHQWHDPmHSURGX]PDLVOHLWHGRTXHDFULDQoDFRQVHJXHPDPDU3RU
FDXVDGLVVRpPXLWRFRPXPTXHDVPmHV¿TXHPFRPDVPDPDVFKHLDVSHVDGDV
H GHVFRQIRUWiYHLV 4XDQGR D PDPD ¿FD PXLWR FKHLD H HQGXUHFLGD D FULDQoD
SRGHWHUGL¿FXOGDGHGHID]HUDSHJDDGHTXDGDHUHWLUDUROHLWH3RUWDQWRQHVVDV
VLWXDo}HVDPmHGHYHUHWLUDUXPSRXFRGROHLWHSDUDTXHDPDPD¿TXHPDLV
macia e a criança mame com mais facilidade.
• 'DUWHPSRVX¿FLHQWHSDUDREHErVXJDUHPXPDPDPDDQWHVGHSDVVDU
para a outra –2WHPSRTXHREHEr¿FDQRSHLWRYDULDGHFULDQoDSDUDFULDQoD
3RGHYDULDUQDPHVPDFULDQoDGHSHQGHQGRGDIRPHHGR³KXPRU´QDKRUD
de mamar, do intervalo entre as mamadas e das condições do momento e do
DPELHQWH(PORFDLVPDLVTXHQWHVHVHFRVREHErSRGHUiTXHUHUPDPDUPDLV
YH]HVSRUFRQWDGDVHGH2LPSRUWDQWHpTXHDPmHUHVSHLWHRULWPRGDFULDQoD
H Gr WHPSR SDUD HOD UHWLUDU EDVWDQWH OHLWH GH XPD PDPD DWp TXH HOD ¿TXH
bem macia, antes de passar para a outra. Assim, a criança consegue ingerir
ROHLWHFRPVXDVGLIHUHQWHVFRPSRVLo}HVMiTXHHOHVHPRGL¿FDDRORQJRGH
uma mesma mamada. Nem sempre a criança suga as duas mamas em uma
PDPDGD+iYH]HVHPTXHHODSRGHVHVDWLVID]HUPDPDQGRDSHQDVHPXPD
GDVPDPDV$FULDQoDGHYHPDPDUDWp¿FDUVDWLVIHLWDRXVHMDDWpTXHSDUH
de sugar, solte a mama ou adormeça. Se, mesmo após a amamentação, a
PXOKHUVHQWLUGHVFRQIRUWRSRUTXHDPDPDHVWiFKHLDHODSRGHUHWLUDURH[FHVVR
de leite. Esse leite pode ser guardado para ser oferecido à criança em outro
PRPHQWRRXSRGHVHUGRDGRDXPEDQFRGHOHLWHKXPDQR5HFRPHQGDVHTXH
DPmHLQLFLHDPDPDGDSHODPDPDRIHUHFLGDSRU~OWLPR²FDVRWHQKDRIHUWDGR
DVGXDV²RXSHODPDPDTXHQmRWHQKDVLGRGDGDQDPDPDGDDQWHULRU
30
9HMDDVWpFQLFDVHSURFHGLPHQWRVQRWySLFR³&RPRUHWLUDUDUPD]HQDUHRIHUHFHU
ROHLWHPDWHUQR´
• Amamentar sempre que a criança pedir (em livre demanda) – Para atender
WRGDVDVQHFHVVLGDGHVGREHErLQFOXVLYHDVHPRFLRQDLVUHFRPHQGDVHTXHD
DPDPHQWDomRRFRUUDVHPSUHTXHDFULDQoDTXLVHUVHPKRUiULRVQHPLQWHUYDORV
SUpGH¿QLGRVGHGLDHGHQRLWHSUiWLFDFRQKHFLGDFRPRDPDPHQWDomRSRUOLYUH
GHPDQGD$PmHGHYH¿FDUDWHQWDDRVVLQDLVGHTXHDFULDQoDTXHUPDPDU
como fazer movimentos com a boca e as mãos, balbuciar e sugar a mão. A
PmHQmRSUHFLVDHVSHUDUDFULDQoDFKRUDUSDUDGDUGHPDPDU1RVSULPHLURV
PHVHV D FULDQoD FRVWXPD PDPDU YiULDV YH]HV DR GLD GH D YH]HV RX
PDLV&RPRWHPSRPmHHEHErHVWDEHOHFHPXPULWPRSUySULR$PXOKHUWHP
RGLUHLWRGHDPDPHQWDUHPS~EOLFRVHHODGHVHMDUHGDIRUPDTXHHODVHVHQWLU
PDLVFRQIRUWiYHO
5HFRPHQGDVH TXH D FULDQoD VHMD DPDPHQWDGD GHVGH D SULPHLUD KRUD GH

YLGDHVHPSUHTXHTXLVHUPDPDU$TXDQWLGDGHGHOHLWHSURGX]LGDSHODPXOKHU
GHSHQGH SULQFLSDOPHQWH GR TXDQWR D FULDQoD PDPD 0DLV PDPDGDV PDLV
OHLWHPDLVVD~GH.
Práticas que podem facilitar a amamentação
x Cuidar da saúde da mulher±$VD~GHItVLFDHPHQWDOGDPXOKHUpPXLWR

LPSRUWDQWHFXLGDUGHODpIXQGDPHQWDO7RGRVGHYHPHVWDUDWHQWRVDLVVR
SRLVjVYH]HVDPXOKHUHVWiPXLWRRFXSDGDHHQYROYLGDFRPRVFXLGDGRVGR
EHErTXHDFDEDHVTXHFHQGRGHFXLGDUGDVXDSUySULDVD~GH+iDVSHFWRV
SDUWLFXODUHV GD VD~GH GD PXOKHU FRPR D DOLPHQWDomR D KLGUDWDomR H R
GHVFDQVRTXHPHUHFHPDWHQomRUHGREUDGD
'XUDQWH D DPDPHQWDomR D PXOKHU FRVWXPD VHQWLU PDLV VHGH H IRPH 2

LGHDO p TXH HOD UHFHED RULHQWDomR QXWULFLRQDO GHVGH D JHVWDomR FRP EDVH
no Guia Alimentar para a População Brasileira: fazer dos alimentos in natura
RXPLQLPDPHQWHSURFHVVDGRVDEDVHGDDOLPHQWDomRXWLOL]DUyOHRVJRUGXUDV
31
VDOHDo~FDUHPSHTXHQDVTXDQWLGDGHVOLPLWDURXVRGH
DOLPHQWRV SURFHVVDGRV HYLWDU R FRQVXPR GH DOLPHQWRV
XOWUDSURFHVVDGRV FRPHU FRP UHJXODULGDGH GHYDJDU
HP DPELHQWHV DSURSULDGRV H VHPSUH TXH SRVVtYHO
HVWDUDFRPSDQKDGDGHIDPLOLDUHVDPLJRVRXFROHJDVGH
WUDEDOKR$PXOKHUSUHFLVDGHDSRLRWDQWRSDUDFXLGDUGD
FULDQoDTXDQWRSDUDFRQVHJXLUPDQWHUXPDDOLPHQWDomR
DGHTXDGDHVDXGiYHOQHVVHSHUtRGR
3RULVVRpLPSRUWDQWHTXHWRGRVRVPHPEURVGDIDPtOLD
GLYLGDPFRPHODDVWDUHIDVGRPpVWLFDVLQFOXVLYHDTXHODV
UHODFLRQDGDVFRPDDOLPHQWDomRRUJDQL]DomRGRFDUGiSLR
planejamento e realização das compras, preparo e, se
for o caso, congelamento de comidas caseiras, visando
IDFLOLWDUDURWLQDGDPXOKHUFRPDFULDQoD$PXOKHUWDPEpP
GHYHVHUHQFRUDMDGDDEHEHUiJXDUHJXODUPHQWHHFRP
IUHTXrQFLDH¿FDUDWHQWDDRVVLQDLVGHVHGHSDUDVDFLiOD
se costuma consumir alimentos e bebidas estimulantes,
FRPRFDIpFKiFKLPDUUmRHWHUHUpGHYHUiOLPLWDURVHX
FRQVXPR H HYLWDU UHIULJHUDQWHV VXFRV LQGXVWULDOL]DGRV
QpFWDUHVHGHPDLVEHELGDVDoXFDUDGDVRX³HQHUJpWLFDV´
1mR H[LVWH FRPSURYDomR GH TXH DOJXPD FRPLGD RX
bebida aumente ou reduza a produção de leite materno.
Veja as seções ³Conhecendo os alimentos”

H³Cozinhar em Casa”.
32
xx Ter uma rede de apo

apoio±ePXLWRLPSRUWDQWHTXHSDUDVHGHGLFDU
jFULDQoDUHFpPQDVFLGDDPXOKHUWHQKDSHVVRDVHLQVWLWXLo}HVTXH
jFULDQoDUHFpPQDVFL
a apoiem, não só em relação aos cuidados com a criança, mas em
necessidades do cotidiano, como dividir as tarefas
outras situações e nec
GRPpVWLFDVDFRPSDQKDUDPXOKHUjVFRQVXOWDVUHFHEHURULHQWDo}HV
GRPpVWLFDVDFRPSDQ
GRV SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH
V ,VVR p FRQKHFLGR FRPR UHGH GH DSRLR
Ninguém pode amamamamentar pela mãe, mas isso não impede a
participação de outras pessoas na amamentação.
$PXOKHUSUHFLVDGHWHP
$PXOKHUSUHFLVDGHWHPSRHWUDQTXLOLGDGHSDUDDPDPHQWDUHFXLGDUGH
si própria. Por isso, é fu
fundamental a participação do pai da criança, do
FRPSDQKHLURRXFRPS
FRPSDQKHLURRXFRPSDQKHLUDGDPmHGDVDYyVGRVDY{VHPHPEURV
da família e de toda reder de relacionamentos, incluindo colegas de
WUDEDOKRHVFRODRXIDF
WUDEDOKRHVFRODRXIDFXOGDGH1RJUXSRPDLVtQWLPRHFRWLGLDQRFDEH
aos familiares dividir as
a tarefas domésticas e de cuidado das demais
crianças da casa.
2
2 DSRLR
DSRLR GH HPSUHJDGRUHV HRX FROHJDV GH WUDEDOKR RX HVWXGR H R
GH HPSUHJDG
amamentação precisam ser concretos, organizando e
incentivo à amament
RIHUHFHQGRjPXOKHUXPORFDODGHTXDGRSDUDDPDPHQWDU
RIHUHFHQGR
HRX UUHWLUDU R VHX OHLWH 2 PHVPR YDOH SDUD D
FUHFKH TXH GHYH HVWDU SUHSDUDGD SDUD UHFHEHU
FUH
e armazenar o leite materno retirado pela
mãe para ser dado à criança. No período de
amamentação, principalmente no início, a
PXOKHU FRVWXPD ¿FDU PDLV VHQVtYHO 2XYL
OD VHP MXOJDPHQWRV DFROKHU DQJ~VWLDV H
G~YLGDVWHUDWHQomRjVVXDVQHFHVVLGDGHV
e elogiar o esforço de amamentar são sinais
GH DSRLR TXH IRUWDOHFHP D PXOKHU QHVWH
momento tão particular.
33
Práticas que podem prejudicar a amamentação
$OJXPDVSUiWLFDVjVYH]HVFRQVLGHUDGDVLQRIHQVLYDVSRUDOJXPDVSHVVRDV
SRGHPSUHMXGLFDUDDPDPHQWDomR9HMDTXDLVHRSRUTXr
x Dar outros leites ou fórmulas infantis para “complementar” o leite

materno – ,VVRpGHVQHFHVViULRHID]FRPTXHDFULDQoDPDPHPHQRVQR
peito, reduzindo o efeito protetor do leite materno contra doenças e causando
GLPLQXLomR QD TXDQWLGDGH GH OHLWH SURGX]LGR SHOD PXOKHU 2 XVR GH RXWURV
OHLWHVVyGHYHVHURULHQWDGRSRUXPSUR¿VVLRQDOGHVD~GH
x Começar com alimentos sólidos ou pastosos antes dos 6 meses de idade

±$FULDQoDDPDPHQWDGDTXHFRPHoDDUHFHEHUTXDOTXHURXWURDOLPHQWRDOpP
do leite materno passa a mamar menos no peito. E nos primeiros 6 meses,
ROHLWHPDWHUQRpRPHOKRUDOLPHQWRHVXSUHWRGDVDVQHFHVVLGDGHVQXWULFLRQDLV
GDFULDQoDQmRGHYHQGRSRUWDQWRVHULQWURGX]LGRRXWURVDOLPHQWRVTXHIDoDPD
criança mamar menos.
x Oferecer mamadeira – Sugar em uma mamadeira pode confundir a criança,

pois a maneira de sugar o peito e a mamadeira são diferentes, independente
do tipo de bico da mamadeira. Se a criança sugar o peito da maneira com
TXHHODID]SDUDVXJDUDPDPDGHLUDROHLWHSRGHQmRVDLUWmRIDFLOPHQWHH
LVVRIUXVWUDUDFULDQoDTXHSRGHLQFOXVLYHSDVVDUDUHFXVDURSHLWR$OpP
GLVVRDIDOWDGRVPRYLPHQWRVTXHDFULDQoDID]SDUDVXJDURSHLWRIDYRUHFH
RDSDUHFLPHQWRGHSUREOHPDVRUDLVFRPRPDORFOXVmRGHQWiULD(WHPPDLV
a mamadeira pode ser uma fonte de contaminação de vírus e bactérias,
DXPHQWDQGRDFKDQFHGHDFULDQoDSHJDUXPDLQIHFomR
x Oferecer chupeta ± $V IDPtOLDV RIHUHFHP FKXSHWD jV VXDV FULDQoDV SRU
GLYHUVDV UD]}HV VHQGR D PDLV FRPXP SDUD ³DFDOPDU´ D FULDQoD GLPLQXLU R
FKRUR$QWHVGHRIHUHFHUFKXSHWDjVFULDQoDVpLPSRUWDQWHTXHVHIDoDXPD
UHÀH[mR VREUH VHXV ULVFRV H EHQHItFLRV &ULDQoD TXH XVD FKXSHWD WHQGH D
PDPDUPHQRVWHPSRQRSHLWR4XDOTXHUWLSRGHFKXSHWDPHVPRDVFKDPDGDV
RUWRG{QWLFDVSRGHPFDXVDUGHIRUPDo}HVQDERFDPDODOLQKDPHQWRGRVGHQWHV
e provocar problemas nas fala, mastigação e respiração. Além disso, usar
FKXSHWDDXPHQWDDFKDQFHGHDFULDQoDWHU³VDSLQKR´QDERFDQRPHSRSXODU
34
GD FDQGLGtDVH RX PRQLOtDVH e LPSRUWDQWH TXH DV IDPtOLDV FRQKHoDP RXWUDV
IRUPDVGHDFDOPDUDFULDQoDHPYH]GDFKXSHWDFRPRID]HUFDULQKRFRORFDU
no colo, cantar e amamentar.
x Fumar durante a amamentação – As substâncias nocivas do tabaco, além

GHVHUHPSUHMXGLFLDLVjPXOKHUSDVVDPSDUDROHLWHPDWHUQR$H[SRVLomRGD
FULDQoDDHVVDVVXEVWkQFLDVLQFOXVLYHSRUIXPRSDVVLYRDXPHQWDDFKDQFH
de doenças respiratórias alérgicas. Além disso, o tabagismo materno pode
DIHWDUDSURGXomRGROHLWHHDOWHUDURVHXVDERUSRGHQGRLQWHUIHULUQRJDQKR
GHSHVRGDFULDQoD3RULVVRUHFRPHQGDVHIRUWHPHQWHQmRIXPDUGXUDQWHD
DPDPHQWDomR6HDSHVDUGHWRGRVRVHVIRUoRVDPXOKHUQmRFRQVHJXLUSDUDU
de fumar, alguns cuidados podem ser tomados para minimizar eventuais danos
jFULDQoDIXPDURPHQRUQ~PHURGHFLJDUURVTXHFRQVHJXLUHQmRH[SRUDFULDQoD
jIXPDoDGRFLJDUUR$SHVDUGHDPXOKHUVHUGHVHQFRUDMDGDDIXPDUGXUDQWHD
DPDPHQWDomRDFUHGLWDVHTXHRULVFRGHIXPDUHDPDPHQWDUVHMDPHQRUTXH
RULVFRGHGHVPDPDUDFULDQoDSRUFDXVDGRFLJDUUR$VPXOKHUHVIXPDQWHV
SRGHPSURFXUDUXPDXQLGDGHGHVD~GHHSDUWLFLSDUGR3URJUDPD1DFLRQDOGH
&RPEDWHDR7DEDJLVPRRIHUHFLGRSHOR686SDUDWUDWDUDGHSHQGrQFLDDRFLJDUUR
Adesivos e goma de mascar antifumo podem ser usados durante a amamentação.
x Usar medicamentos por conta própria – Alguns medicamentos,

¿WRWHUiSLFRV FKiV H HUYDV QmR GHYHP VHU XWLOL]DGRV SHOD PXOKHU TXH
amamenta, pois podem passar para o leite e afetar a criança. Eles podem,
PXLWDV YH]HV VHU VXEVWLWXtGRV SRU RXWURV GH PHQRU ULVFR j FULDQoD HRX
j DPDPHQWDomR 0DV p LPSRUWDQWH VDEHU TXH D PDLRULD GRV UHPpGLRV
LQFOXVLYHRVDQWLELyWLFRVSRGHVHUFRQVXPLGDSHODPXOKHUTXHDPDPHQWD
3RULVVRDPXOKHUGHYHFRQVXOWDUSUR¿VVLRQDLVGHVD~GHDQWHVGHFRQVXPLU
TXDOTXHUWLSRGHPHGLFDPHQWRGXUDQWHDDPDPHQWDomR
x Ingerir qualquer bebida alcoólica±ÈOFRROQmRGHYHVHUFRQVXPLGRSHODPXOKHU

durante a amamentação, pois ele, além de diminuir a produção de leite, passa
UDSLGDPHQWHSDUDR OHLWH PDWHUQR H Dt SHUPDQHFH HQTXDQWR KRXYHU iOFRRO
QRVDQJXHGDPmH1mRVHFRQKHFHPPXLWREHPRVHIHLWRVGRFRQVXPRGR
iOFRROTXHSDVVDSHOROHLWHPDWHUQRSDUDDFULDQoDPDVDFUHGLWDVHTXHSRGH
afetar o seu desenvolvimento. Se a mãe, eventualmente, for ingerir bebida
35
DOFRyOLFDRFRQVXPRGHYHVHUOLPLWDGRDP/GHYLQKRRXGXDVODWLQKDV
GHFHUYHMDHHODGHYHHVSHUDUQRPtQLPRKRUDVSDUDYROWDUDDPDPHQWDU
RXUHWLUDUROHLWHHGHVFDUWiORQHVVHSHUtRGR&RPRQHPVHPSUHDFULDQoD
SRGHHVSHUDUHVVHWHPSRRPHOKRUPHVPRpQmREHEHURXUHWLUDUOHLWHGD
PDPDDQWHVGHFRQVXPLUiOFRROSDUDRIHUHFrORjFULDQoDGHSUHIHUrQFLD
FRPRXVRGHXPFRSRGXUDQWHRSHUtRGRHPTXHDPXOKHU
GHYHHVSHUDUSDUDHOLPLQDURiOFRROGRVHXFRUSR
eLPSRUWDQWHHYLWDUSUiWLFDVSUHMXGLFLDLVjDPDPHQWDomR
UiWLFDVSUHMXGLFLDLVjDPDPHQWDomR
FRPR RIHUHFHU FKXSHWD
SHWD H PDPDGHLUD j FULDQoD
bidas alcoólicas e usar
fumar, ingerir bebidas
medicamentos por contaonta própria.
Quando não é recomendado

comendado a mulher
amamentar?
RQGLo}HV HP TXH VH

6mR SRXFDV DV FRQGLo}HV
UHFRPHQGD j PXOKHU OKHU QmR DPDPHQWDU
DPDPHQWDU
([HPSORV GLVVR VmR R PmHV LQIHFWDGDV SHOR
SHOR
+7/9H+7/9YtUXVTXH
+,9YtUXVGD$,'6+7/9H+7/9YtUXVTXH
HIHVDVGRRUJDQLVPRRXHP
FRPSURPHWHPDVGHIHVDVGRRUJDQLVPRRXHP
camento incompatível com a
uso de algum medicamento
WUDWDPHQWR
DPDPHQWDomR SRU H[HPSOR QR WUDWDPHQWR
contra diversos tiposs de câncer. Mães
XVXiULDV UHJXODUHV GH iOFRRO
PDFRQKD
RX GURJDV LOtFLWDV PDFRQKD
etamina,
cocaína, crack, anfetamina,
ecstasy H RXWUDV QmR
devem amamentar seus
YHUHP
¿OKRV HQTXDQWR HVWLYHUHP
fazendo uso dessas sas
substâncias. Todoo o
esforço deve ser feito
SDUDTXHHVVDVPXOKHUHVHUHV
36
UHFHEDPRDSRLRQHFHVViULRSDUDTXHFRQVLJDP¿FDUHPDEVWLQrQFLDHDVVLP
SRGHUHPDPDPHQWDURVVHXV¿OKRVVHHVVHIRURVHXGHVHMR
(PGHWHUPLQDGDVVLWXDo}HVFRPRDOJXPDVLQIHFo}HVFRQVXPRHYHQWXDOGHiOFRRO
HRXGURJDVLOtFLWDVYDFLQDFRQWUDIHEUHDPDUHODHPPmHVGHFULDQoDVPHQRUHVGH
PHVHVRXTXHVHMDPVXEPHWLGDVDDOJXPH[DPHFRPUDGLRIiUPDFRVUHFRPHQGD
VHDLQWHUUXSomRWHPSRUiULDGDDPDPHQWDomRVREVXSHUYLVmRGHSUR¿VVLRQDLVGH
VD~GHSRLVRWHPSRTXHDPXOKHUGHYH¿FDUVHPDPDPHQWDUYDULDGHDFRUGRFRP
cada situação. Para manter a produção de leite e garantir o retorno da criança ao
SHLWRDSyVDLQWHUUXSomRDPXOKHUGHYHFRQWLQXDUDUHWLUDUUHJXODUPHQWHROHLWH
HHPDOJXQVFDVRVGHVFDUWDUHVWHOHLWHHQTXDQWRQmRHVWLYHUDPDPHQWDQGR
eSRVVtYHOWDPEpPFRPDOJXPSODQHMDPHQWRTXHDPXOKHUUHWLUHSUHYLDPHQWH
ROHLWHSDUDVHURIHUHFLGRjFULDQoDGXUDQWHRSHUtRGRTXHQmRSXGHUDPDPHQWDU
8PDFULDQoDQmRGHYHVHUDPDPHQWDGDSRURXWUDPXOKHUTXHQmRDPmHQHP
PHVPR UHFHEHU VHX OHLWH HP FRSR PDPDGHLUD RX RXWUR XWHQVtOLR PHVPR TXH
HVVD PXOKHU VHMD GD IDPtOLD RX FRQKHFLGD SRU FDXVD GR ULVFR GH WUDQVPLVVmR
GHGRHQoDVSHOROHLWHFRPRRYtUXV+,9&KDPDPRVGHDPDPHQWDomRFUX]DGD
TXDQGRXPDPXOKHUDPDPHQWDR¿OKRGHRXWUDPXOKHU 0XOKHUHVFRPYtUXVGDV
KHSDWLWHV$%H&SRGHPDPDPHQWDU1RHQWDQWRPXOKHUHVFRPRYtUXVGDKHSDWLWH
&FRPRVPDPLORVPDFKXFDGRVGHYHPSURFXUDUXPSUR¿VVLRQDOGHVD~GH
3ULQFLSDLVGL¿FXOGDGHVQDDPDPHQWDomR
$ FKHJDGD GH XPD QRYD FULDQoD QD IDPtOLD WUD] XP FRQMXQWR GH DOHJULDV PDV
WDPEpP GH SUHRFXSDo}HV j URWLQD GR FDVDO HRX GD IDPtOLD SURYRFDQGR
PXGDQoDVV~ELWDVHPXLWDVYH]HVUDGLFDLV7DQWDVQRYLGDGHVHLQFHUWH]DVSRGHP
gerar sentimentos negativos na mãe, como solidão, insegurança, tristeza e muito
FDQVDoR HVSHFLDOPHQWH GHYLGR j JUDQGH GHPDQGD GH PDPDGDV IUHTXHQWHV
GXUDQWHGLDHQRLWH0XLWDVPXOKHUHVSDVVDPSRUDOWHUDo}HVGHKXPRUDSyVRSDUWR
HpPXLWRLPSRUWDQWHTXHQmRVHFXOSHPSRULVVR2baby blues SyVSDUWRRXWULVWH]D
PDWHUQDpXPDFRQGLomRFRPXPHSDVVDJHLUDTXHSRGHVHUFDXVDGDHPSDUWH
SRUDOWHUDo}HVKRUPRQDLVHWDPEpPSHODQHFHVVLGDGHGHDGDSWDomRHPRFLRQDO
j QRYD FRQGLomR PDWHUQD H WRGDV DV PXGDQoDV UHODFLRQDGDV -i R TXDGUR GH
GHSUHVVmRSyVSDUWRPDQLIHVWDVHSRUVLQWRPDVPDLVLQWHQVRVHGXUDGRXURVGH
37
WULVWH]D LUULWDELOLGDGH LQFDSDFLGDGH SDUD FXLGDU GR EHEr FDQVDoR VHQWLPHQWRV

de solidão. Essa condição necessita de cuidados médicos e apoio psicológico,
podendo estar associada à intenção de não amamentar ou à interrupção precoce
GR DOHLWDPHQWR PDWHUQR 3RU RXWUR ODGR DOJXQV HVWXGRV WrP PRVWUDGR TXH D
amamentação pode amenizar ou mesmo prevenir esse tipo de depressão.
7DPEpPpFRPXPDRFRUUrQFLDGHVLWXDo}HVSUySULDVjDPDPHQWDomRTXHSRGHP
JHUDU LQVHJXUDQoD H GL¿FXOWDU HVVH SURFHVVR $V RULHQWDo}HV D VHJXLU SRGHP
VHU ~WHLV QD SUHYHQomR H QR HQIUHQWDPHQWR GH DOJXPDV GHVVDV VLWXDo}HV 1R
HQWDQWRDPXOKHUTXHHVWiDPDPHQWDQGRQmRGHYHGHL[DUGHSURFXUDUDMXGDGH
SUR¿VVLRQDLVGHVD~GHTXDQGRSHUFHEHUVLWXDo}HVTXHDWUDSDOKHPHFRORTXHPHP
ULVFRRDOHLWDPHQWRPDWHUQR(VVDDMXGDSRGHVHUHQFRQWUDGDHPXQLGDGHVEiVLFDV
GHVD~GHQRVDPEXODWyULRVFRQVXOWyULRVRXFOtQLFDVGHDPDPHQWDomREDQFRVGH
OHLWHKXPDQRHSRVWRVGHFROHWDGHOHLWHKXPDQRGD5HGH%/+%UDVLO²5HGH
Global de Bancos de Leite Humano. Algumas maternidades oferecem serviços do tipo
GLVTXHDPDPHQWDomRRXSODQWmRDPEXODWRULDOTXHSRGHPDX[LOLDUFRPLQIRUPDo}HV
WDQWRGXUDQWHRSUpQDWDOFRPRGHSRLVGRQDVFLPHQWRGDFULDQoDHPXPPRPHQWR
GHG~YLGDRXGL¿FXOGDGHeSUHFLVRWHUFXLGDGRFRPDVLQIRUPDo}HVGLVSRQtYHLV
em internet, mídias sociais e blogs, pois muitas vezes não são baseadas em
HYLGrQFLDVFLHQWt¿FDVHSRGHPHVWDUHTXLYRFDGDVHRXGHVDWXDOL]DGDV
6DLEDTXDLVDVGL¿FXOGDGHVQDDPDPHQWDomRPDLVFRPXQVHRTXHSRGHVHUIHLWR
x Demora na descida do leite ± $ ³GHVFLGD GR OHLWH´ RX DSRMDGXUD SRGH

GHPRUDU XP SRXFR PDLV SDUD DFRQWHFHU SDUD DOJXPDV PXOKHUHV $V
FHVDULDQDVHOHWLYDVSURJUDPDGDVHPTXHDPXOKHUQmRHQWUDHPWUDEDOKR
GHSDUWRWrPVLGRDSRQWDGDVFRPRXPIDWRUDVVRFLDGRjGHPRUDQDGHVFLGD
GROHLWHSRUIDWRUHVKRUPRQDLVHSRUGL¿FXOWDUDDPDPHQWDomRQDSULPHLUD
KRUDGHYLGDDVVLPFRPRRVSDUWRVSUHPDWXURVHDREHVLGDGHPDWHUQD
O que pode ser feito1HVVHVFDVRVpIXQGDPHQWDOTXHDPXOKHUVHVLQWD

FRQ¿DQWHHFRQWHFRPVXSRUWHGDIDPtOLDHGHVXDUHGHGHDSRLR$OJXPDV
medidas podem ajudar, em especial a estimulação da mama com sucção
IUHTXHQWHGREHEr0DVRDSRLRSUR¿VVLRQDOpIXQGDPHQWDO
38
x &ULDQoD FRP GL¿FXOGDGH LQLFLDO SDUD VXJDU ± $OJXQV EHErV DSUHVHQWDP

GL¿FXOGDGHSDUDLQLFLDUDDPDPHQWDomRQRVSULPHLURVGLDVGHYLGD¬VYH]HVQmR
VXJDPUHVLVWHPDRSHLWRFKRUDPYLUDPRURVWRRXVHMRJDPSDUDWUiVTXDQGR
FRORFDGRVSDUDPDPDU+iDTXHOHVTXHWHQWDPVXJDUPDVQmRFRQVHJXHP
DERFDQKDURPDPLORHDDUpRODDOJXQVSHJDPDPDPDPDVQmRFRQVHJXHP
PDQWHU D SHJD RXWURV UHFXVDP XP GRV SHLWRV RX VmR PXLWR VRQROHQWRV
Algumas vezes a causa pode estar associada ao uso de bicos de mamadeiras,
GHVLOLFRQHHGHFKXSHWDVRXDLQGDjGRUSURYRFDGDSHORSRVLFLRQDPHQWR
FRPRSRUH[HPSORTXDQGRREHErWHPXPDIUDWXUDGHFODYtFXOD,VVRDWUDSDOKD
DFULDQoDTXHQmRFRQVHJXHVXJDURSHLWRDGHTXDGDPHQWHRXQmRDEUHDERFD
RVX¿FLHQWHLPSHGLQGRDSHJD2EHErSRGHWHUGL¿FXOGDGHSDUDDERFDQKDU
DDUpRODSDUWHHVFXUDGRSHLWRHPYROWDGRELFRPDPLORTXDQGRDPDPDp
PXLWRJUDQGHHVWiPXLWRFKHLDRX³HPSHGUDGD´RXTXDQGRRPDPLORpLQYHUWLGR
SURWXVRRXPXLWRSODQR)LJXUD%HErVFRPRIUrQXOROLQJXDOFXUWROtQJXD
SUHVDGHSHQGHQGRGRJUDXSRGHPWHUGL¿FXOGDGHQDSHJDHVXFomR
O que pode ser feito: Suspender o uso de bicos de mamadeiras, silicone

HFKXSHWDVXWLOL]DUDSRLRSDUDDVPDPDVPXLWRJUDQGHVPHOKRUDUDSHJDH
YDULDUDSRVLomRGREHErQRPRPHQWRGHDPDPHQWDUSRGHPVHUPHGLGDV~WHLV
FRQIRUPHD)LJXUD(QTXDQWRDFULDQoDHVWLYHUFRPGL¿FXOGDGHSDUDVXJDU
UHFRPHQGDVHID]HUDUHWLUDGDGROHLWHGRSHLWRGHIRUPDPDQXDORXFRPERPED
GHDYH]HVDRORQJRGRGLDHRIHUHFHUDREHErROHLWHUHWLUDGRQRFRSRRX
FROKHU,VVRSRGHUiDMXGDUQDSURGXomRGROHLWHPDWHUQRDWpDFULDQoDSDVVDUD
VXJDUPHOKRUeLPSRUWDQWHTXHDPDPDGDVHMDREVHUYDGDSRUXPSUR¿VVLRQDO
GH VD~GH ORJR DSyV R QDVFLPHQWR GR EHEr H TXH HOH VHMD H[DPLQDGR SDUD
YHUL¿FDUVHSRVVXLOtQJXDSUHVDTXHHVWHMDLQWHUIHULQGRFRPDDPDPHQWDomR
2V SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH VmR IXQGDPHQWDLV SDUD IDFLOLWDU D LGHQWL¿FDomR GD
FDXVDGDGL¿FXOGDGHLQLFLDOSDUDDPDPHQWDUHRULHQWDUDFRQGXWDPDLVDGHTXDGD
x Mamilo plano ou invertido±8PPDPLORSODQRRXLQYHUWLGRSRGHGL¿FXOWDU

D DPDPHQWDomR PDV QmR QHFHVVDULDPHQWH LPSHGLOD SRLV D FULDQoD
DERFDQKDWDPEpPDDUpRODHQmRDSHQDVRPDPLOReIXQGDPHQWDOTXHD
PXOKHUVHVLQWDFRQ¿DQWHHUHFHEDDMXGDGHWRGRVHVSHFLDOPHQWHGDIDPtOLDH
GRSUR¿VVLRQDOGHVD~GH
39
O que pode ser feito 1R SUpQDWDO QmR p UHFRPHQGDGR ID]HU H[HUFtFLRV
SDUD RV PDPLORV QHP XWLOL]DU EXFKDV H VHULQJDV SDUD HVWLFiORV SRLV HVVDV
PDQREUDVQmRVmRHIHWLYDVHSRGHPPDFKXFiORV$SyVRQDVFLPHQWRQmRp
UHFRPHQGDGRXWLOL]DUELFRVGHVLOLFRQHHPYH]GLVVRGHYHVHDMXGDUREHEr
DDERFDQKDURPDPLORHDDUpRODHWHQWDUGLIHUHQWHVSRVLo}HVSDUDIDFLOLWDUD
SHJD6HDPDPDHVWLYHUPXLWRFKHLDDQWHVGHLQLFLDUDDPDPHQWDomRSRGH
VHU~WLOUHDOL]DUPDVVDJHPQDVPDPDVHUHWLUDUXPSRXFRGHOHLWHSDUDDDUpROD
¿FDUPDLVPDFLD
x Mamilos doloridos e/ou machucados – Nos primeiros dias após o parto,

a mãe pode sentir os mamilos doloridos ou certo desconforto no início da
PDPDGD PHVPR QmR HVWDQGR FRP R SHLWR PDFKXFDGR R TXH SRGH VHU
1 2 3
Figura 4 – Diferentes tipos de mamilo. 1. Mamilo plano.

2. Mamilo protuso.
3. Mamilo invertido.
considerado normal devido ao aumento da sensibilidade das mamas no

¿QDO GD JHVWDomR H LQtFLR GD DPDPHQWDomR 3RUpP SDVVDGD D SULPHLUD
VHPDQDDSHUVLVWrQFLDGDGRUpXPVLQDOGHDOHUWD0DPLORVPDFKXFDGRV
SURYRFDGRV SRU SHJD HRX SRVLFLRQDPHQWR LQDGHTXDGRV GR EHEr SDUD
PDPDU)LJXUDVmRRVPRWLYRVPDLVFRPXQVGHGRU2XWUDVFDXVDVSRGHP
VHUPDPLORVSODQRVRXLQYHUWLGRVSUREOHPDVQDVXFomRGREHErGHYLGRDR
IUrQXOR OLQJXDO FXUWR OtQJXD SUHVD R EHEr ¿FDU PXLWR WHPSR VXJDQGR R
40
peito após as mamadas sem retirar leite, como se o mamilo fosse uma
FKXSHWDXVRLPSUySULRGHERPEDVGHH[WUDomRGHOHLWHWUDomRGRPDPLOR
SDUD LQWHUURPSHU D PDPDGD TXDQGR QHFHVViULR VHP R GHYLGR FXLGDGR
XVRGHFUHPHVHyOHRVTXHSRGHPFDXVDUUHDo}HVDOpUJLFDVQRVPDPLORV
XVRGHELFRVGHVLOLFRQHPDQWHURVPDPLORV~PLGRVHPFRQWDWRFRPVXWLm
IUDOGDV FRPSUHVVDV GH JD]H H DOJRGmR FRP OHLWH TXH WHQKD YD]DGR H
LQIHFomRSRUIXQJRFDQGLGtDVH
O que pode ser feito 2 LGHDO SDUD HYLWDU PDFKXFDU RV PDPLORV p WHU
EDVWDQWH DWHQomR SDUD TXH R EHEr WHQKD XPD SHJD DGHTXDGD 7DPEpP
VmRPHGLGDV~WHLVHYLWDURXVRGHVDEmRiOFRRORXTXDOTXHURXWURSURGXWR
QRV PDPLORV 3RGHVH PDVVDJHDU DV PDPDV H UHWLUDU XP SRXFR GH OHLWH
DQWHVGDPDPDGDFDVRDPDPDHVWHMDPXLWRFKHLDHGL¿FXOWHDSHJD3DUD
LQWHUURPSHUDPDPDGDHID]HUFRPTXHREHErVROWHDPDPDVHPHVWLFDU
RPDPLORGHYHVHLQWURGX]LUFRPFXLGDGRRGHGRLQGLFDGRURXPtQLPRGD
PmHQRFDQWRGDERFDGREHEr6HRVPDPLORVMiHVWLYHUHPPDFKXFDGRV
UHFRPHQGDVH HQ[DJXiORV FRP iJXD OLPSD SHOR PHQRV XPD YH] DR GLD
D ¿P GH HYLWDU LQIHFo}HV $OJXQV SURFHGLPHQWRV SRGHP VHU ~WHLV SDUD
diminuir a dor: variar a posição das mamadas, como mostra a Figura 1,
UHGX]LQGR D SUHVVmR QRV SRQWRV GRORURVRV LQLFLDU D DPDPHQWDomR QD
PDPDQmRPDFKXFDGDRXPHQRVPDFKXFDGD6HDGRUIRULQWROHUiYHOSDUD
DPXOKHUSRGHVHVXVSHQGHUWHPSRUDULDPHQWHDRIHUWDGHXPDGDVPDPDV
e retirar o leite do peito manualmente para prevenir outros problemas como
LQJXUJLWDPHQWR PDPiULR WDPEpP FRQKHFLGR FRPR ³OHLWH HPSHGUDGR´ RX
PDVWLWH)LJXUDQRPHGDGRjLQÀDPDomRGDPDPD1mRVHDFRQVHOKD
RXVRGHFUHPHVyOHRVDQWLVVpSWLFRVDOpPGHVDTXLQKRGHFKiFDVFDGH
banana ou mamão ou outras substâncias sobre as mamas na tentativa de
DOLYLDU D GRU 1mR H[LVWH FRPSURYDomR FLHQWt¿FD GH TXH SDVVDU
esses produtos ou o próprio leite materno ajude nos casos de
PDPLORVPDFKXFDGRV
)LJXUD±3HJDLQDGHTXDGD
criança sugando somente o mamilo.
41
6HRVVLQWRPDVSHUVLVWLUHPpLPSRUWDQWHSURFXUDUDDMXGDGHSUR¿VVLRQDLV
GHVD~GHTXHSRGHUmRGHWHFWDUDFDXVDGDGRUHRULHQWDUDPXOKHUVREUHR
tratamento mais indicado.
x Ingurgitamento mamário ou “leite empedrado” ± 2XWUD GL¿FXOGDGH

comum, principalmente nos primeiros dias de amamentação, é a mama
SURGX]LUPDLVOHLWHGRTXHREHErFRQVHJXHPDPDU)LFDUFRPD³PDPD
FKHLD´DQWHVGHREHErPDPDUpQRUPDOHQmRUHTXHUQHQKXPWUDWDPHQWR
2SUREOHPDpTXDQGRDPDPDFRPHoDD¿FDUPXLWRFKHLDDSRQWRGHDSHOH
¿FDUHVWLFDGDPXLWDVYH]HVFRPDPDPDHQGXUHFLGDRXFRPDSUHVHQoD
GH DOJXQV FDURoRV SURFHVVR GHQRPLQDGR GH LQJXUJLWDPHQWR PDPiULR
SRSXODUPHQWH FRQKHFLGR FRPR ³OHLWH HPSHGUDGR´ (P VLWXDo}HV PDLV
JUDYHVDVPDPDVSRGHP¿FDUEDVWDQWHGRORULGDVLQFKDGDVHFRPDSHOH
DYHUPHOKDGDHEULOKDQWHSRGHQGRSURYRFDUIHEUHHPDOHVWDU
O que pode ser feito2SULPHLURSDVVRpGHL[DUREHErPDPDUVHPSUHTXH

TXLVHUVHPKRUiULRVUtJLGRVHVHPSUHVVDSDUDHOHUHWLUDURPi[LPRGHOHLWH
possível das mamas. Outros procedimentos podem ajudar: fazer massagens
com suaves movimentos circulares nas mamas e retirar um pouco de leite
SDUDIDFLOLWDUDSHJDGHSUHIHUrQFLDPDQXDOPHQWHRXFRPERPEDXVDUVXWLm
GH DOoDV ODUJDV H ¿UPHV SDUD PDLRU VXSRUWH 3UR¿VVLRQDLV GH VD~GH SRGHP
DMXGDUDGH¿QLUTXDODPHOKRUIRUPDGHUHVROYHUHVVDVLWXDomRHDIDPtOLDGHYH
HQFRUDMDUDPXOKHUQRTXHpIXQGDPHQWDOPDQWHUDDPDPHQWDomR
da criança.
Mais detalhes no tópico

“Como retirar, armazenar e
oferecer o leite materno”.
42
Figura 7 – Mastite.
x Mastite ±eRQRPHGDGRjLQÀDPDomRGDPDPDTXHSRGHSURJUHGLURXQmRSDUD
XPDLQIHFomR1HVVDVLWXDomRXPDSDUWHGDPDPD¿FDLQFKDGDDYHUPHOKDGDH
GRORULGDRTXHFRVWXPDFDXVDUGRUHVQRFRUSRIHEUHHPDOHVWDU3RGHDFRQWHFHU
TXDQGRROHLWH¿FDPXLWRWHPSRSDUDGRQRSHLWRHRXDWUDYpVGDUDFKDGXUDQR
PDPLORTXHIXQFLRQDFRPRXPDSRUWDGHHQWUDGDSDUDEDFWpULDV
O que pode ser feito: $ PXOKHU FRP VLQWRPDV GH PDVWLWH GHYH SURFXUDU
LPHGLDWDPHQWHXPVHUYLoRGHVD~GHSDUDUHDOL]DURWUDWDPHQWRDGHTXDGR$
amamentação não precisa ser interrompida durante o tratamento da mastite.
x Bloqueio de ductos lactíferos – Ductos lactíferos são os canais por onde

ROHLWHSDVVDGHQWURGDPDPD(OHVSRGHP¿FDUEORTXHDGRVTXDQGRROHLWH
SURGX]LGRQXPDGHWHUPLQDGDiUHDGDPDPDSRUDOJXPDUD]mRQmRpGUHQDGR
DGHTXDGDPHQWH&RPIUHTXrQFLDLVVRRFRUUHTXDQGRDPDPDQmRHVWiVHQGR
HVYD]LDGDDGHTXDGDPHQWHRTXHSRGHDFRQWHFHUTXDQGRDVPDPDGDVVmR
PXLWRHVSDoDGDVRXTXDQGRDFULDQoDQmRHVWiFRQVHJXLQGRUHPRYHUROHLWHGD
PDPDGHPDQHLUDH¿FLHQWH3RGHVHUFDXVDGRWDPEpPTXDQGRH[LVWHSUHVVmR
ORFDO HP XPD iUHD FRPR SRU H[HPSOR XP VXWLm PXLWR DSHUWDGR RX FRPR
FRQVHTXrQFLDGRXVRGHFUHPHVQRVPDPLORVREVWUXLQGRRVSRURVGHVDtGDGR
OHLWH(PJHUDODPXOKHUFRPEORTXHLRGHGXFWRVODFWtIHURVDSUHVHQWDFDURoRV
ORFDOL]DGRVVHQVtYHLVHGRORURVRVDFRPSDQKDGRVGHGRUYHUPHOKLGmRHFDORU
QDiUHDDIHWDGD
O que pode ser feito: 4XDOTXHU PHGLGD TXH IDYRUHoD R HVYD]LDPHQWR GD
PDPDDMXGDQDSUHYHQomRGREORTXHLRGHGXFWRVODFWtIHURV$VVLPXPDWpFQLFD
GHDPDPHQWDomRDGHTXDGDHPDPDGDVIUHTXHQWHVUHGX]HPDFKDQFHGHVVD
FRPSOLFDomR FRPR WDPEpP R XVR GH VXWLm TXH QmR EORTXHLH D GUHQDJHP
GROHLWHHDUHVWULomRDRXVRGHFUHPHVQRVPDPLORV4XDQGRREORTXHLRMi
DFRQWHFHX PDPDGDV IUHTXHQWHV PDVVDJHP HVYD]LDPHQWR GDV PDPDV H
utilização de distintas posições para amamentar, oferecendo primeiramente a
PDPDDIHWDGDFRPRTXHL[RGREHErGLUHFLRQDGRSDUDDiUHDDIHWDGDRTXH
facilita a retirada do leite do local, podem ajudar a resolver o problema.
43
x “Pouco leite” – A sensação de ter pouco leite é a razão mais comum para a
RIHUWDGHRXWURVOHLWHVHDOLPHQWRVjFULDQoDeLPSRUWDQWHVDEHUTXHDPDLRULD
GDVPXOKHUHVSURGX]XPDTXDQWLGDGHVX¿FLHQWHGHOHLWHGHVGHTXHDFULDQoD
VXJXH FRP IUHTXrQFLD SRU WHPSR DGHTXDGR H FRP XPD SHJD DGHTXDGD
HVWLPXODQGRDSURGXomRGROHLWHHRHVYD]LDPHQWRGDPDPD&KRURRXRXWUDV
UHDo}HV GH LQVDWLVIDomR GR EHEr DVVLP FRPR DOJXQV GLDV VHP ID]HU FRF{
QmR VLJQL¿FDP QHFHVVDULDPHQWH TXH D PmH HVWHMD FRP SRXFR OHLWH 6H R
EHEr GHPRQVWUD HVWDU VDWLVIHLWR DSyV DV PDPDGDV p DWLYR H UHVSRQGH DRV
HVWtPXORVXULQDYiULDVYH]HVDRGLDQRPtQLPRYH]HVHSULQFLSDOPHQWH
HVWiFUHVFHQGRJDQKDQGRSHVRHVHGHVHQYROYHQGRDGHTXDGDPHQWHRTXH
SRGH VHU DFRPSDQKDGR QD &DGHUQHWD GD &ULDQoD QmR Ki SUREOHPDV FRP D
TXDQWLGDGHGHOHLWHSURGX]LGRSHODPXOKHUORJRROHLWHRIHUHFLGRpVX¿FLHQWH
O que pode ser feito: Algumas medidas ajudam a aumentar a produção do

OHLWHFRPRPHOKRUDURSRVLFLRQDPHQWRHDSHJDVHQHFHVViULRDXPHQWDUD
IUHTXrQFLDGDVPDPDGDVLQFOXVLYHGXUDQWHjQRLWHRIHUHFHUDVGXDVPDPDV
TXDQGRIRUDPDPHQWDUPDVVDJHDUDPDPDGXUDQWHDVPDPDGDVUHWLUDUROHLWH
TXH¿FDQDPDPDPDQXDOPHQWHRXFRPERPEDDSyVDVPDPDGDVGDUWHPSR
SDUDREHErPDPDUEDVWDQWHHPXPGRVSHLWRVDQWHVGHWURFDUSDUDRRXWUR
HVWLPXODUDFULDQoDDVXJDUID]HQGRFDULQKRQRVSH]LQKRVFRQYHUVDQGRFRP
ela, retirando um pouco de sua roupa se ela estiver sonolenta ou se não sugar
YLJRURVDPHQWH HYLWDU R XVR GH PDPDGHLUDV FKXSHWDV H ELFRV GH VLOLFRQH
FRQVXPLUGLHWDVDXGiYHOLQJHULUiJXDHPTXDQWLGDGHVX¿FLHQWHSDUDPDWDUD
VHGH UHSRXVDU VHPSUH TXH SRVVtYHO ([LVWHP FRQWURYpUVLDV HP UHODomR DR
uso de medicamentos para aumentar a produção de leite, sendo importante
FRQVXOWDUSUR¿VVLRQDLVGHVD~GHSDUDDYDOLDUFDGDVLWXDomR,QGHSHQGHQWHPHQWH
GDVLWXDomRDPXOKHUSUHFLVDHGHYHUHFHEHUDSRLRGDIDPtOLDGDVXDUHGHGH
DSRLRHGRVSUR¿VVLRQDLVGHVD~GHSDUDPDQWHUDDPDPHQWDomR
x Hiperlactação ±eTXDQGRDPXOKHUSURGX]PDLVOHLWHGRTXHREHErFRQVHJXH
consumir e, embora não seja um problema, às vezes, pode provocar algumas
GL¿FXOGDGHVQDDPDPHQWDomR$FULDQoDSRGH¿FDULUULWDGDDUTXHDURFRUSR
SDUDWUiVGXUDQWHDPDPDGDHQJDVJDUUHJXUJLWDU¿FDU³EULJDQGR´FRPRSHLWR
Pode também ter muitos gases e cólicas.
44
)LJXUD±&RPRUHWLUDUDFULDQoDGRSHLWRTXDQGRQHFHVViULRLQWHUURPSHUD
PDPDGDLQWURGX]LQGRRGHGRGDPmHQRFDQWRGDERFDGREHEr
2SRVLFLRQDPHQWRHDSHJDDGHTXDGRVVmRLPSRUWDQWHVSDUDSURWHJHURPDPLOR
H SDUD SUHYHQLU DV SULQFLSDLV GL¿FXOGDGHV GD DPDPHQWDomR (VWHMD DWHQWD H
GHVFXEUDMXQWRFRPDFULDQoDDVSRVLo}HVPDLVFRQIRUWiYHLV
O que pode ser feito: Evitar retirar manualmente leite das mamas antes
GDVPDPDGDVHVyID]HULVVRTXDQGRHODVHVWLYHUHPPXLWRFKHLDVFDXVDQGR
desconforto. Amamentar em apenas uma mama em cada mamada, retirando
XPSRXFRGHOHLWHGDPDPDQmRXVDGDDSHQDVSDUDFRQIRUWRGDPXOKHU1mR
XWLOL]DUFRQFKDVSRLVDEDIDPDVPDPDVHFULDPDPELHQWHSURStFLRDIXQJRV
HEDFWpULDV&RORFDUREHErSDUDPDPDUHPXPDSRVLomRPDLVYHUWLFDOL]DGD
)LJXUD LWHP FRPR D GH FDYDOLQKR SRLV LVVR DMXGD R EHEr D WHU PDLV
FRQWUROHVREUHDPDPDGD2XWUDRSomRpDPXOKHU¿FDUHPXPDSRVLomRPDLV
deitada, ou de lado, em vez da tradicional sentada, pois, nessa situação, essas
SRVLo}HVGL¿FXOWDPDHMHomRGROHLWHHFRQVHTXHQWHPHQWHRÀX[RGLPLQXL6H
REHErHQJDVJDURXODUJDURSHLWRHVSHUDUTXHHOHVHUHVWDEHOHoDDQWHVGH
FRORFiOR QRYDPHQWH SDUD PDPDU (P VLWXDo}HV GH PXLWD SURGXomR SRGHVH
considerar doar o leite materno para um Banco de Leite Humano.
6H YRFr HVWi WHQGR SUREOHPDV QD DPDPHQWDomR ELFR UDFKDGR PDPD
HPSHGUDGDGRUSDUDDPDPHQWDUVHQVDomRGHSURGX]LUSRXFROHLWHHRXWURVp
importante não utilizar receitas caseiras ou medicamentos sem orientação de
SUR¿VVLRQDLVGHVD~GH
Introdução precoce de outros leites
Uma situação bastante comum é a criança mamar no peito, mas também

receber outros leites. Na maioria das vezes, por insegurança, a família decide
45
FRPHoDUDGDURXWUROHLWHSRUDVVRFLDURFKRURGDFULDQoDjIRPHSRUDFKDUROHLWH
PDWHUQRIUDFRRXHPTXDQWLGDGHLQVX¿FLHQWH2FKRURGDFULDQoDQRUPDOPHQWH
FDXVDSUHRFXSDomRPDVpLPSRUWDQWHOHPEUDUTXHDFULDQoDWDPEpPFKRUD
SRU HVWDU VHQWLQGR IULR FDORU QHFHVVLGDGH GH FROR H YiULRV RXWURV PRWLYRV
&RPRWHPSRDIDPtOLDDSUHQGHUiDUHFRQKHFHUHVVDVVLWXDo}HV0DPDUQR
SHLWRDFDOPDDFROKHHDFRQFKHJDDFULDQoD
2IHUHFHURXWUROHLWHRXWURVOtTXLGRVRXDOLPHQWRVSDUDDFULDQoDDPDPHQWDGD
não é recomendado antes dos 6 meses. Isso pode diminuir a produção do
OHLWH PDWHUQR H ID]HU FRP TXH D FULDQoD QmR DFHLWH PDLV R SHLWR $ RIHUWD
GH DOLPHQWRV QHVVD IDL[D GH LGDGH DXPHQWD DV FKDQFHV GH FyOLFDV H GR
GHVHQYROYLPHQWR GH DOHUJLDV HRX LQIHFo}HV e SRVVtYHO H UHFRPHQGiYHO D
PXOKHUYROWDUDDPDPHQWDUH[FOXVLYDPHQWHDSyVDFULDQoDSDVVDUXPSHUtRGR
recebendo outro leite durante a amamentação.
O desmame
2GHVPDPHpRWpUPLQRGDDPDPHQWDomReXPSURFHVVRHQmRXPPHURHYHQWR
não costuma ocorrer do dia para a noite.
'HL[DU GH DPDPHQWDU p QDWXUDO$RV SRXFRV PmH H EHEr YmR VH SUHSDUDQGR
para isso. Sob a liderança da mãe, algumas decisões e limites ao acesso ao
peito vão sendo gradativamente impostos à criança, até a suspensão completa
da amamentação. Em geral, o desmame não deve ser forçado. Deve ocorrer de
IRUPDQDWXUDODSyVRVDQRVGHLGDGH0HQRULQWHUHVVHQDVPDPDGDVDFHLWDomR
GH DOLPHQWRV YDULDGRV VHJXUDQoD QD UHODomR FRP D PmH DFHLWDomR GH RXWUDV
IRUPDVGHFRQVRORTXHQmRRSHLWRFRQIRUPDUVHHPQmRVHUDPDPHQWDGDHP
FHUWDVRFDVL}HVRXORFDLVGRUPLUVHPPDPDUQRSHLWRSUHIHUrQFLDSRUEULQFDURX
ID]HURXWUDDWLYLGDGHFRPDPmHHPYH]GHPDPDUVmRVLQDLVLQGLFDWLYRVGHTXHD
FULDQoDHVWiSUHSDUDGDSDUDRGHVPDPH
$OJXQV FXLGDGRV GHYHP VHU WRPDGRV FDVR KDMD QHFHVVLGDGH RX GHVHMR GH
GHVPDPDU D FULDQoD DQWHV GH HOD HVWDU SURQWD$ PXOKHU GHYH HVWDU VHJXUD
GHTXHTXHURXSUHFLVDGHVPDPDU&DVRFRQWUiULRHODWHUiPDLVGL¿FXOGDGH
HPFRQGX]LURSURFHVVR'HYHVHHYLWDUVHPSUHRGHVPDPHUHSHQWLQRVHP
46
KDYHU XP SODQHMDPHQWR e LPSRUWDQWH HQWHQGHU TXH HVWH SURFHVVR SUHFLVD

VHU JUDGXDO FRP WHPSR SDFLrQFLD H FRPSUHHQVmR$ FULDQoD YDL QHFHVVLWDU
GHVXSRUWHHDWHQomRH[WUDVQHVVHSURFHVVRVHQGRLPSRUWDQWHDPmHHYLWDU
DIDVWDUVHGXUDQWHRSHUtRGRFRPRYLDMDUSRUH[HPSOR1mRVHUHFRPHQGDP
PpWRGRV TXH WHQKDP FRPR ¿QDOLGDGH DOWHUDU R VDERU GR OHLWH RX IDoDP D
criança rejeitar o peito, tais como colocar pimenta ou outro produto com sabor
GHVDJUDGiYHOQRVPDPLORVQHPPHVPRID]HUFXUDWLYRVQDPDPDSDUDSDUHFHU
TXHHVWiIHULGD&DEHDSHQDVjPXOKHUHjFULDQoDDGHFLVmR¿QDOGHPDQWHUD
DPDPHQWDomRDWpTXHRFRUUDRGHVPDPHQDWXUDOPHQWHRXLQWHUURPSrODDQWHV
disso. Essa decisão deve ser respeitada e apoiada por todos.
Perguntas e respostas sobre amamentação
e FRPXP PXOKHUHV FXLGDGRUDV H FXLGDGRUHV WHUHP G~YLGDV HP DOJXPDV

TXHVW}HV UHODFLRQDGDV j DPDPHQWDomR $V UHVSRVWDV jV G~YLGDV PDLV
FRPXQVVmRDTXLDSUHVHQWDGDV(QWUHWDQWRpLPSRUWDQWHOHURFRQMXQWRGR
FDStWXORSDUDWHUPDLVLQIRUPDo}HV1DG~YLGDSURFXUDUXPSUR¿VVLRQDOGH
VD~GHpDSULQFLSDOIRUPDGHUHVSRQGHUTXHVWLRQDPHQWRV
x Existe leite fraco?
7RGROHLWHPDWHUQRpDGHTXDGRQmRpIUDFR1mRVHSRGHMXOJDUROHLWHPDWHUQR
SRUVHXDVSHFWRFRURXVDERU$QDWXUH]DJDUDQWHTXHDVPXOKHUHVVHMDP
elas magras, obesas, negras, pardas, brancas, indígenas, caboclas, pobres
RX ULFDV PHVPR QmR SRVVXLQGR XPD DOLPHQWDomR DGHTXDGD SURGX]DP
OHLWHFRPFDORULDVQXWULHQWHVYLWDPLQDVVDLVPLQHUDLVDQWLFRUSRViJXDH
WRGRRUHVWRHPTXDQWLGDGHVDGHTXDGDV
x 2OHLWHSURGX]LGRpVX¿FLHQWHSDUDDFULDQoD"
$ PDLRULD GDV PXOKHUHV WHP FDSDFLGDGH GH SURGX]LU OHLWH VX¿FLHQWH SDUD
DOLPHQWDUVHXEHEr3RUGLYHUVDVUD]}HVQRHQWDQWRDSURGXomRGHOHLWH
pode diminuir. Na maioria das vezes, essa situação pode ser revertida se
PDQHMDGDDGHTXDGDPHQWH3RULVVRVHPSUHTXHDPXOKHUDFKDUTXHHVWi
FRP SRXFR OHLWH HOD GHYH SURFXUDU SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH SDUD DYDOLDU D
VLWXDomRHUHFHEHURULHQWDomRePXLWRFRPXPRSUR¿VVLRQDOFRQVWDWDUTXH
47
R OHLWH PDWHUQR HVWi VHQGR VX¿FLHQWH SDUD DWHQGHU DV QHFHVVLGDGHV GD
FULDQoDWUDQTXLOL]DQGRDIDPtOLD
x &RPRVDEHUVHREHErHVWiUHFHEHQGROHLWHPDWHUQRVX¿FLHQWH"
3DUDVDEHULVVRGHYHVHSUHVWDUDWHQomRDDOJXQVVLQDLV6HREHErpDWLYR
H UHVSRQGH DRV HVWtPXORV VH ID] [L[L YiULDV YH]HV DR GLD QR PtQLPR
YH]HVQDVKRUDVXULQDGHFRUFODUDHSULQFLSDOPHQWHVHHVWiFUHVFHQGR
HVHGHVHQYROYHQGRDGHTXDGDPHQWH7XGRLVVROHYDDFUHUTXHDFULDQoD
HVWiEHPHPDPDQGRHPTXDQWLGDGHVX¿FLHQWH3RULVVRpIXQGDPHQWDOR
DFRPSDQKDPHQWRGRJDQKRGHSHVRGDFULDQoDSRUPHLRGD&DGHUQHWDGD
&ULDQoD2Q~PHURGHYH]HVTXHDFULDQoDID]FRF{HPXPGLDSRGHYDULDU
PXLWRORJRQmRpXPERPLQGLFDGRUSDUDDYDOLDUVHDFULDQoDHVWiUHFHEHQGR
OHLWHPDWHUQRVX¿FLHQWHeFRQVLGHUDGRQRUPDODFULDQoDHPDPDPHQWDomR
H[FOXVLYDID]HUFRF{YiULDVYH]HVDRGLDRX¿FDUDOJXQVGLDVVHPID]rOR
&RPXPHQWHDVIH]HVGHVVHSHUtRGRVmRPDLVOtTXLGDVHDPDUHODGDV
x Como saber se o choro do bebê é de fome?
2EHErFKRUDSRUGLYHUVDVUD]}HVRXSRUTXHHVWiFRPVRQRIULRFDORUGRU
FyOLFDVIUDOGDVVXMDVRXSRUTXHHVWiSUHFLVDQGRGHFDULQKRHGHDWHQomR
DFRQFKHJRTXHUVXJDUHWDPEpPSRUTXHHVWiFRPIRPH&RPRWHPSR
DPmHHDVSHVVRDVTXHFXLGDPGDFULDQoDDSUHQGHPDLQWHUSUHWDURVHX
FRPSRUWDPHQWR LGHQWL¿FDQGR R TXH HOD HVWi SUHFLVDQGR QR PRPHQWR GR
FKRUR(PFDVRGHG~YLGDVSURFXUDUXPSUR¿VVLRQDOGHVD~GH
x Há problema em dar mamadeira à noite para a criança?
Oferecer mamadeira com fórmula infantil, outros leites ou até

RXWURVDOLPHQWRVjQRLWHSDUDTXHDFULDQoDGXUPDPDLV
WHPSRpPXLWRFRPXPSRUpPQmRpUHFRPHQGDGR
2V ULVFRV j VD~GH GD FULDQoD H j SUySULD
DPDPHQWDomRQmRMXVWL¿FDPHVVDSUiWLFD$OpP
disso, reduzir a oferta do peito pode diminuir a
TXDQWLGDGHGHOHLWHSURGX]LGDSHODPXOKHU'DU
o peito à noite estimula a produção do leite.
48
x Mamas pequenas produzem pouco leite?
2TXHGHWHUPLQDRWDPDQKRGDVPDPDVpDJRUGXUDDFXPXODGDQHVVHORFDO
$TXDQWLGDGHGHOHLWHSURGX]LGDSRUXPDPXOKHUQmRGHSHQGHGRWDPDQKR
GDVPDPDVSRLVROHLWHpSURGX]LGRSHODVJOkQGXODVPDPiULDVHQmRSHOD
gordura acumulada nas mamas.
x Ter realizado cirurgia nas mamas (para reduzir o tamanho e/ou implante
de silicone) prejudica a amamentação?
Em alguns casos essas cirurgias podem interferir na amamentação,

HVSHFLDOPHQWH DV FLUXUJLDV GH UHGXomR GHSHQGHQGR GD WpFQLFD FLU~UJLFD
utilizada. Porém, cada caso deve ser avaliado individualmente por
SUR¿VVLRQDLVGHVD~GH
x Amamentação para além de 2 anos prejudica o processo natural da

criança de se tornar idependente?
Apesar de muitas pessoas pensarem desta forma, o oposto tem se mostrado

verdadeiro. A amamentação promove um vínculo afetivo seguro com a mãe
e, por isso, as crianças amamentadas por mais tempo tendem a ser mais
LQGHSHQGHQWHV$VVLPWrPPDLVIDFLOLGDGHSDUDVHVHSDUDUGHVXDVPmHVH
GHYLYHQFLDUQRYDVH[SHULrQFLDVFRPPDLRUVHJXUDQoDHHVWDELOLGDGH
x O desmame é mais difícil em crianças com mais idade?
(P JHUDO RFRUUH R FRQWUiULR &RP D LGDGH D FULDQoD DRV SRXFRV YDL VH
preparando para o desmame.
x &ULDQoDTXHPDPDQRSHLWRWHPPDLVGL¿FXOGDGHSDUDDFHLWDURVRXWURV
alimentos?
1D UHDOLGDGH DV FULDQoDV DPDPHQWDGDV WrP PDLV IDFLOLGDGH SDUD DFHLWDU
novos alimentos, pois, por meio dos diferentes sabores e odores do leite
materno, elas vão se acostumando com a dieta da família. O mesmo não
RFRUUHFRPFULDQoDVDOLPHQWDGDVFRPRXWURVOHLWHVFXMRVDERUHFKHLURQmR
PXGDPHQmRWHPQDGDDYHUFRPDDOLPHQWDomRGDIDPtOLD([LVWHPFDVRV
49
HPTXHDVPmHVUHODWDPTXHVHXV¿OKRV
Vy TXHUHP PDPDU QR SHLWR DFHLWDQGR
muito pouco ou negando outros alimentos.
1HVVDV VLWXDo}HV p DFRQVHOKiYHO
SURFXUDUDMXGDGHSUR¿VVLRQDLVGHVD~GH
SDUD PHOKRU PDQHMR GD VLWXDomR VHP
precisar desmamar a criança.
x Amamentar faz o peito “cair”?
2 DXPHQWR GR YROXPH GDV PDPDV TXH

ocorre durante a gestação e a lactação
QmRQHFHVVDULDPHQWHIDUmRRSHLWR³FDLU´
$JHQpWLFDRDXPHQWRH[FHVVLYRGHSHVR
GXUDQWHDJHVWDomRDLGDGHGDPXOKHUH
o aumento de peso ao longo dos anos,
entre outros fatores, contribuem para a
alteração na forma das mamas.
x É seguro amamentar durante uma nova

gestação?
A princípio, a gestação de uma nova

criança não é motivo para interromper o
DOHLWDPHQWR PDWHUQR H[FHWR TXDQGR Ki
ULVFRGHDERUWDPHQWRRXWUDEDOKRGHSDUWR
SUHPDWXUR e LPSRUWDQWH TXH D PXOKHU
VDLED TXH GXUDQWH XPD JHVWDomR VH HOD
estiver amamentando, a produção do
leite costuma diminuir e o seu sabor pode
¿FDUGLIHUHQWHSRULVVRDOJXPDVFULDQoDV
HVWUDQKDP e LPSRUWDQWH SURFXUDU XP
VHUYLoRGHVD~GHSDUDRULHQWDomR
50
x 8PD PXOKHU SRGH DPDPHQWDU ¿OKRV GH

idades diferentes?
6H D PXOKHU GHVHMDU DPDPHQWDU VHX EHEr

UHFpPQDVFLGR MXQWR FRP RXWUR ¿OKR RX
¿OKD HOD SRGHUi ID]rOR GHVGH TXH QmR
SUHMXGLTXH R EHEr PDLV MRYHP TXH GHYH WHU
VHPSUHDSUHIHUrQFLDSDUDPDPDU$QDWXUH]D
SURWHJH R EHEr PDLV QRYR SRLV TXDQGR HOH
QDVFH D PXOKHU YROWD D SURGX]LU OHLWH FRP
FDUDFWHUtVWLFDV TXH VXSUHP DV QHFHVVLGDGHV
GHXPUHFpPQDVFLGR
x A alimentação da mulher que amamenta

pode causar cólicas na criança?
$FyOLFDLQIDQWLOVHFDUDFWHUL]DSHORFKRURLQWHQVR
e usualmente ocorre a partir de 6 semanas de
vida. Habitualmente, ela costuma ser resolvida
espontaneamente entre 3 e 6 meses. Como
SUiWLFD JHUDO QmR VH UHFRPHQGD H[FOXLU
alimentos consumidos pela mãe durante o
período de amamentação. Entretanto, ela deve
¿FDUDWHQWDSDUDSHUFHEHUVHDFyOLFDDSDUHFH
RX SLRUD QRV GLDV HP TXH HOD FRQVRPH XP
determinado alimento. Nesse caso, é muito
LPSRUWDQWHSURFXUDUSUR¿VVLRQDLVGHVD~GHSDUD
ajudarem a lidar com a situação.
x Uma criança pode ter alergia se estiver

mamando só no peito?
$FULDQoDHPDPDPHQWDomRH[FOXVLYDSRGHWHU
alergia a alguns alimentos, pois ela entra em
contato com eles por meio do leite materno.
51
2DOLPHQWRLQJHULGRSHODPmHTXHPDLVFDXVDDOHUJLDQDFULDQoDpROHLWH
de vaca, mas outros alimentos também podem causar alergia. Presença
GHVDQJXHQDVIH]HVUHÀX[RLUULWDELOLGDGHVmRDOJXQVGRVVLQDLVGHDOHUJLD
na criança. Nesses casos, o mais importante é procurar o médico para o
GHYLGRGLDJQyVWLFRHWUDWDPHQWR6HDDOHUJLDIRUFRQ¿UPDGDDPXOKHUQmR
precisa suspender a amamentação. O
)LJXUD±$PDPHQWDQGRJrPHRV tratamento consiste em retirar da dieta da
PmH R DOLPHQWR TXH VXSRVWDPHQWH HVWi
causando a alergia.
xÉ possível amamentar gêmeas ou

gêmeos?
$V PXOKHUHV SRGHP DPDPHQWDU VHXV

JrPHRVSRUDQRVRXPDLVHGHIRUPD
H[FOXVLYDQRVSULPHLURVPHVHV,VVR
p SRVVtYHO SRUTXH D SURGXomR GR
OHLWH p SURSRUFLRQDO j TXDQWLGDGH GH
OHLWH TXH HVWi VHQGR FRQVXPLGD SHODV
FULDQoDV6HKiGXDVRXPDLVFULDQoDVVH
DOLPHQWDQGRFRPOHLWHPDWHUQRDPXOKHU
SURGX]LUi PDLV OHLWH GR TXH SDUD DSHQDV
XPD FULDQoD 3URFXUDU R SUR¿VVLRQDO GH
VD~GH SDUD UHFHEHU DOJXPDV GLFDV GH
FRPR DPDPHQWDU JrPHRVJrPHDV p GH IXQGDPHQWDO LPSRUWkQFLD SDUD
facilitar o repouso materno e otimizar o tempo da mãe.
x e SRVVtYHO YROWDU D DPDPHQWDU GHSRLV TXH D PXOKHU ¿FRX XP WHPSR

sem amamentar?
8PDPXOKHUTXHSDURXGHDPDPHQWDUSRGHYROWDUDDPDPHQWDUPHVPRTXH
não esteja mais produzindo leite. Esse processo de retorno à amamentação
DSyV WHU VLGR LQWHUURPSLGD VH FKDPD UHODFWDomR$ PXOKHU GHYH SURFXUDU
52
XPSUR¿VVLRQDOGHVD~GHFRPH[SHULrQFLDHPUHODFWDomRSDUDUHFHEHUDV
orientações de como proceder para voltar a ter leite e a amamentar.
x 8PDPXOKHUTXHDGRWDXP¿OKRSRGHDPDPHQWDU"
e SRVVtYHO XPD PmH DGRWLYD DPDPHQWDU PHVPR TXH QmR WHQKD WLGR XPD
JHVWDomR3DUDWDOpQHFHVViULRTXHHODSURFXUHDMXGDGHSUR¿VVLRQDOGHVD~GH
FRPH[SHULrQFLDHPODFWDomRDGRWLYDSDUDUHFHEHUDVRULHQWDo}HVHDSRLR
x Quem pode ser doadora de leite humano?
7RGD PXOKHU TXH DPDPHQWD p XPD SRWHQFLDO GRDGRUD GH OHLWH KXPDQR
6HJXQGRDVQRUPDVEUDVLOHLUDVDGRDomRGHOHLWHKXPDQRGHYHVHUYROXQWiULD
HSDUDGRDUEDVWDDPXOKHUVHUVDXGiYHOHQmRWRPDUPHGLFDPHQWRTXH
LQWHU¿UDQDDPDPHQWDomR3DUDGRDUOHLWHDPXOKHUGHYHHQWUDUHPFRQWDWR
FRP XP SRVWR GH FROHWD RX EDQFR GH OHLWH KXPDQR SDUD UHFHEHU WRGDV
as orientações sobre a coleta, o armazenamento e o transporte do leite
KXPDQRGRDGR1REDQFRGHOHLWHROHLWHGRDGRpSDVWHXUL]DGRVXEPHWLGR
DFRQWUROHGHTXDOLGDGHHSRVWHULRUPHQWHGLVWULEXtGRSDUDUHFpPQDVFLGRV
SUHPDWXURVHRXFULDQoDVGRHQWHVLQWHUQDGDVHPKRVSLWDO$5HGH%UDVLOHLUD
de Bancos de Leite Humano disponibiliza na internet
a lista dos bancos de leite e postos de coleta
GHOHLWHKXPDQR&RQVXOWDQGRDOLVWDD
PXOKHUSRGHHQWUDUHPFRQWDWRFRPR
PDLVSUy[LPRGHVXDFDVD
53
Como ret irar,

a rmazena r e of erecer
o leit e mat erno
9HMDDEDL[RDOJXPDVVLWXDo}HVHPTXHSRGHVHUQHFHVViULRH~WLOUHWLUDUR
leite do peito durante a amamentação:
• 4XDQGR RFRUUH D ³GHVFLGD GR OHLWH´ ± WDPEpP FRQKHFLGD FRPR DSRMDGXUD ± D

PDPDSRGH¿FDUPXLWRFKHLDHLQFKDGDFDXVDQGRGHVFRQIRUWR SDUD D PXOKHU
H GL¿FXOGDGH SDUD D FULDQoD DERFDQKDU D DUpROD D SDUWH HVFXUD HP YROWD
GRPDPLOR5HWLUDUXPSRXFRGROHLWHID]DDUpROD¿FDUPDLVPDFLDDOLYLDQGRR
GHVFRQIRUWRGDPXOKHUFDXVDGRSHORH[FHVVRGHOHLWHSDUDGRHIDFLOLWDQGRDSHJD
GREHErQDPDPDRTXHOHYDDFULDQoDDPDPDUPHOKRU
• 'HSRLVGD³GHVFLGDGROHLWH´VHPSUHTXHDPXOKHUVHQWLUGHVFRQIRUWRSHODPDPD
PXLWRFKHLDUHWLUDUXPSRXFRGHOHLWHDOLYLDDVHQVDomRSURYRFDGDSHORH[FHVVRGH
OHLWHSDUDGRHDGHL[DPDLVFRQIRUWiYHO
• 6HDPXOKHUSUHFLVDUVHVHSDUDUGDFULDQoDSRUDOJXPDVKRUDVRXVHHODUHWRUQDU
DRWUDEDOKRUHWLUDUROHLWHGRSHLWRDMXGDDPDQWHUDSURGXomRGROHLWH(VVDSUiWLFD
WDPEpPSHUPLWHGHL[DUROHLWHDUPD]HQDGRSDUDVHURIHUHFLGRjFULDQoDHQTXDQWR
a mãe estiver fora.
• 0HVPRTXDQGRDPXOKHUSRUDOJXPDUD]mRHVWLYHUWHPSRUDULDPHQWHVHPSRGHU
DPDPHQWDUHPXPRXQRVGRLVSHLWRVUHWLUDUROHLWHDMXGDDGHL[DUDPXOKHUPDLV
FRQIRUWiYHOHDPDQWHUDSURGXomRSDUDTXDQGRHODYROWDUDGDURSHLWR
5HFRPHQGDVHTXHROHLWHVHMDUHWLUDGRFRPDVPmRV([LVWHPERPEDVPDQXDLV
RXHOpWULFDVTXHSRGHPDX[LOLDUDUHWLUDGDGROHLWHPDVGHYHVHWRPDUFXLGDGRFRP
RVHXXVRHKLJLHQL]DomRSRLVSRGHPFDXVDUFRQWDPLQDomRGROHLWHUDFKDGXUDV
e outros traumas no peito.
Atenção: UHWLUDUSRXFROHLWHQmRTXHUGL]HUTXHYRFrQmRSURGX]DRVX¿FLHQWHSDUD
VHXEHEr$UHWLUDGDPDQXDOGHOHLWHUHTXHUSUiWLFD6HMDSDFLHQWHHQmRGHVDQLPH
54
Orientações passo a passo
eFKHJDGRRPRPHQWRGHDSUHQGHUDVERDVSUiWLFDVSDUDDUHWLUDGDGROHLWH(ODV
HQYROYHPDSUHSDUDomRGRIUDVFRTXHJXDUGDUiRDOLPHQWRDHVFROKDGRDPELHQWH
DSUHSDUDomRGDPmHDWpFQLFDGDUHWLUDGDHPVLHRDUPD]HQDPHQWRDGHTXDGR
GROHLWHUHWLUDGReLPSRUWDQWHWHUDWHQomRFDOPDHSDFLrQFLDQDVSULPHLUDVWHQWDWLYDV
PDVFRPDSUiWLFDRVSURFHGLPHQWRVFRPHoDPDID]HUSDUWHGDURWLQD
A – Como preparar o frasco para guardar o leite
• (VFROKHUXPIUDVFRGHYLGURFRPWDPSDSOiVWLFDHERFDODUJD1mRXWLOL]DUSRWHV
com tampas de metal.
• 6HIRUXVDURYLGURGHDOJXPSURGXWRDOLPHQWtFLRUHWLUDUWRGRHTXDOTXHUWLSRGHFROD
HSDSHOGRUyWXORLQFOXLQGRRTXH¿FDGHQWURGDWDPSD/DYDUFRPiJXDHVDEmR
HVIUHJDQGRHHQ[DJXDQGREHP
• &RORFDURYLGURHDWDPSDHPXPDSDQHODHFREULUFRPiJXDGHL[DQGRIHUYHUSRU
PLQXWRV&RQWDURWHPSRDSDUWLUGRLQtFLRGDIHUYXUD)LJXUD
• (VFRUUHUDiJXDGDSDQHODHFRORFDUIUDVFRHWDPSDSDUDVHFDUGHERFDSDUDEDL[R
HPXPSDQROLPSRRXSDSHOWRDOKD
• 'HL[DUHVFRUUHUDiJXDGRIUDVFRHGDWDPSD1mRHQ[XJDU
• 2IUDVFRSRGHUiVHUXVDGRTXDQGRHVWLYHUVHFR*XDUGDUHPXPUHFLSLHQWHFRPWDPSD
1
Figura 9 –
Higienização dos frascos.
1. Panela sem tampa.
2. Panela tampada parcialmente.
55
B – Como se preparar para retirar o leite do peito
• 2OHLWHGHYHVHUUHWLUDGRGHSRLVTXHDFULDQoDPDPDURXTXDQGRDVPDPDV
HVWLYHUHPFDXVDQGRGHVFRQIRUWRjPXOKHUSRUHVWDUHPPXLWRFKHLDV4XDQGR
DFULDQoDQmRHVWLYHUSRUSHUWRXPDERDHVWUDWpJLDSDUDDX[LOLDUQDUHWLUDGD
GROHLWHpSHQVDUQHOD,VVRHVWLPXODDRFLWRFLQDRKRUP{QLRUHVSRQViYHOSHOD
descida do leite.
• (VFROKHUXPOXJDUOLPSRWUDQTXLORHORQJHGHDQLPDLV
• Prender e cobrir os cabelos com touca ou lenço.
Figura 10 –3UHSDUDomRGDPXOKHUSDUDDUHWLUDGDGROHLWH
• (YLWDUIDODUGXUDQWHDUHWLUDGDGROHLWHHXVDUPiVFDUDRXIUDOGDGHWHFLGRRXOHQoR
para cobrir boca e nariz.
• 5HWLUDUDQpLVDOLDQoDSXOVHLUDVUHOyJLRTXHSRGHPVHUIRQWHVGHPLFUyELRV
• /DYDUPmRVHDQWHEUDoRVFRPiJXDHVDEmRHVHFDUFRPWRDOKDOLPSDRX
SDSHOWRDOKD
56
C – Como fazer a retirada manual do leite do peito
• Massagear toda a mama com as pontas dos dedos ou palma da

mão, de forma circular, começando pela parte escura da mama,
DDUpROD)LJXUD
Figura 12 – Firmando os dedos e empurrando

DDUpRODSDUDWUiVHPGLUHomRDRFRUSR
Figura 11 –
Massagem
da mama.
• &RPRVGHGRVGDPmRHPIRUPDGH³&´FRORFDURSROHJDUSHUWRGDDUpRODQDSDUWH
GHFLPDGRSHLWR2VRXWURVGHGRVGHYHPVXVWHQWDUDPDPDSHODSDUWHGHEDL[R
)LJXUD
• )LUPDU RV GHGRV H HPSXUUDU D DUpROD SDUD WUiV HP GLUHomR DR FRUSR$SHUWDU
VXDYHPHQWHXPGHGRFRQWUDRRXWURVHPGHVOL]iORVQDDUpRODUHSHWLQGRHVVH
PRYLPHQWRYiULDVYH]HVDWpROHLWHFRPHoDUDVDLU1mRSUHVVLRQDUGHPDLVSRLV
SRGHEORTXHDURVFDQDLVSRURQGHSDVVDROHLWH1RSULPHLURPRPHQWRROHLWHSRGH
QmRVDLUPDVGHSRLVGHSUHVVLRQDUDOJXPDVYH]HVFRPHoDUiDSLQJDU&XUYDUR
corpo para frente, posicionando o peito sobre a barriga, pode facilitar a saída do
OHLWHHDXPHQWDURÀX[R
• Desprezar os primeiros jatos ou gotas.
57
Figura 13 – Retirando leite.
)LJXUD±3RWHDVHULGHQWL¿FDGR 1
• 3RVLFLRQDURUHFLSLHQWHHPTXHVHUiFROHWDGRROHLWH
PDWHUQRSUy[LPRjPDPD
• Iniciar a coleta. Pressionar e soltar, pressionar e

VROWDU)LJXUD
• Mudar a posição dos dedos ao redor da aréola para

HVYD]LDUWRGDVDViUHDV
• $OWHUQDU D PDPD TXDQGR R ÀX[R GH OHLWH GLPLQXLU

UHSHWLQGRDPDVVDJHPHRFLFORYiULDVYH]HV
• Retirar o leite do peito costuma levar entre 20 e 30 2
minutos, em cada mama, especialmente nas primeiras Figura 14 – 2.

3RWHLGHQWL¿FDGR
YH]HV¬PHGLGDTXHHVWLYHUPDLVDFRVWXPDGDFRPD
UHWLUDGDPDLVIiFLOHUiSLGRVHUiRSURFHVVR
• Seguindo os procedimentos descritos, a retirada do

leite não dói.
58
D – Como guardar o leite retirado
• 2IUDVFRFRPROHLWHUHWLUDGRGHYHVHUJXDUGDGRQRFRQJHODGRURXIUHH]HUDWp
GLDVRXQDSUDWHOHLUDPDLVSUy[LPDDRFRQJHODGRUGDJHODGHLUDDWpKRUDV
O leite não deve ser guardado na porta da geladeira. Se for para doação, o leite
GHYH VHU DUPD]HQDGR FRQJHODGR SRU QR Pi[LPR GLDV TXDQGR GHYHUi VHU
WUDQVSRUWDGRSDUDXPEDQFRGHOHLWHKXPDQRRXSRVWRGHFROHWDGHOHLWHKXPDQR
• Tampar bem o frasco com leite, anotar a data da retirada com caneta em uma
HWLTXHWDRXHVSDUDGUDSRHFRODUQRIUDVFR
• 1DSUy[LPDYH]TXHIRUUHWLUDUROHLWHXVDURXWURUHFLSLHQWHGHYLGURFRSR[tFDUD
FDQHFDRXYLGURGHERFDODUJDHVWHULOL]DGRHDRWHUPLQDUDFUHVFHQWDUHVVHOHLWHDR
IUDVFRTXHHVWiQRIUHH]HURXFRQJHODGRU2IUDVFRFRPOHLWHGHYHVHUFRPSOHWDGR
DWpQRPi[LPRGHGRVDEDL[RGDWDPSD6HRIUDVFRHVWLYHUPXLWRFKHLRHOHSRGH
TXHEUDUFRPRFRQJHODPHQWR
• 4XDQGRYiULRVOHLWHVIRUHPJXDUGDGRVHPXPPHVPRIUDVFRDYDOLGDGHVHUiD
GDWDGDSULPHLUDFROHWDSRUHVVDUD]mRVHGHYHLGHQWL¿FDURIUDVFRFRPDGDWDH
KRUDGDSULPHLUDUHWLUDGDGROHLWH
• Os frascos devem ser colocados em ordem, com os mais antigos na frente. Esses
devem ser os primeiros a serem utilizados.
• 2OHLWHTXHXOWUDSDVVDURSHUtRGRGHGLDVJXDUGDGRQRFRQJHODGRUGHYH
ser descartado.
E – Como oferecer o leite retirado à criança
• Uma criança só deve receber o leite

retirado do peito da própria mãe ou, caso seja
SUHPDWXUDGHEDL[RSHVRHHVWLYHULQWHUQDGDHP
XQLGDGH QHRQDWDO GHYH UHFHEHU OHLWH KXPDQR
SDVWHXUL]DGRGREDQFRGHOHLWHKXPDQR
• Se o leite estiver congelado, descongelar

QRSUySULRIUDVFRHPEDQKRPDULDFRPRIRJR
59
DSDJDGR2OHLWHPDWHUQRQmRGHYHVHUIHUYLGRHQHPDTXHFLGRQRPLFURRQGDV
• 2XWHQVtOLRSDUDRRIHUHFLPHQWRGROHLWHWHPTXHVHUIHUYLGRSRUPLQXWRV
• Agitar suavemente o frasco para misturar bem o leite.
• $EULURIUDVFRHFRORFDUXPSRXFRGROHLWHTXHIRLUHWLUDGRGRSHLWRHPFRSRRX
[tFDUDOLPSRV
• $FRPRGDUDFULDQoDDRFRORDFRUGDGDHWUDQTXLOD3RVLFLRQiODRPDLVVHQWDGD
SRVVtYHOFRPDFDEHoD¿UPHHRSHVFRoRDOLQKDGRDRFRUSRQmR GHYHQGR
¿FDUWRUFLGR
• (QFRVWDUDERUGDGRFRSRRX[tFDUDQROiELRLQIHULRUGDFULDQoDHGHL[DUROHLWH
PDWHUQRWRFDUROiELR$FULDQoDIDUiPRYLPHQWRVGHODPELGDHQJROLQGRROHLWH6H
SUHIHULUXWLOL]DUXPDFROKHUSDUDRIHUHFHUROHLWH1mRHQWRUQDUROHLWHQDERFDGD
criança para evitar engasgo.
• 2OHLWHPDWHUQRGHVFRQJHODGRTXH¿FRXQRIUDVFRGHYH¿FDUQDJHODGHLUDQmR
XVDUDSRUWDGDJHODGHLUDHSRGHVHUDSURYHLWDGRHPDWpKRUDVGHYHQGRVHU
DTXHFLGRHPEDQKRPDULDFRPRIRJRDSDJDGR3DVVDGRHVVHWHPSRGHYHVHU
descartado. O leite materno não deve ser congelado uma segunda vez.
• 5HVWRVGHOHLWHPDWHUQRTXHDFULDQoDQmRPDPRXH¿FDUDPQRFRSR[tFDUDRX
FROKHUGHYHPVHUGHVFDUWDGRV
• $TXDQWLGDGHGHOHLWHDVHURIHUHFLGDSDUDDFULDQoDGHYH
VHURULHQWDGDSRUSUR¿VVLRQDLVGHVD~GH
Figura 15 – Leite
materno oferecido
no copo.
60
Figura 16 –
Leite materno
RIHUHFLGRQDFROKHU
6HYRFrWLYHUGLILFXOGDGHSDUDUHWLUDU
conservar ou ofertar o leite materno
à criança, procure apoio na Unidade
%iVLFDGH6D~GHQDPDWHUQLGDGHQR
%DQFRGH/HLWH+XPDQRPDLVSUy[LPR
GH YRFr RX QR ORFDO RQGH D FULDQoD
HVWiVHQGRRXYDLVHUDFRPSDQKDGD
6HYRFrTXLVHUGRDUOHLWHPDWHUQR
SDUDRXWURVEHErVSURFXUHREDQFR
GHOHLWHKXPDQRPDLVSUy[LPRRX
ligue no Disque Saúde – 136.
61
62
CONHECENDO OS ALIMENTOS
A partir de 6 meses, além do leite materno, outros alimentos devem fazer
parte das refeições da criança. Para que a família possa proporcionar uma
alimentação variada, equilibrada e saborosa e respeitar suas tradições, o
primeiro passo é conhecer esses novos alimentos.
$HVFROKDGRVDOLPHQWRVSDUDRSUHSDURGDVUHIHLo}HVpIXQGDPHQWDOSDUDXPD
DOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHOHGHPRGRJHUDOVHDFRPLGDSUHSDUDGDHP
FDVDSDUDDIDPtOLDpDGHTXDGDHVDXGiYHODFULDQoDDFLPDGHPHVHVGHLGDGH
WDPEpPSRGHFRPrODPRGL¿FDQGRVHVXDFRQVLVWrQFLDVHPSUHTXHQHFHVViULR
1RVGRLVSULPHLURVDQRVGHYLGDGDFULDQoDDHVFROKDGRVDOLPHQWRVPHUHFH
DWHQomRHVSHFLDOSRLVpTXDQGRRVKiELWRVDOLPHQWDUHVHVWmRVHQGRIRUPDGRV
2 SDSHO GD IDPtOLD QHVVD HVFROKD p PXLWR LPSRUWDQWH DGXOWRV H FULDQoDV
GHYHPSDUWLFLSDUGHVVHSURFHVVRGHIRUPDVGLIHUHQWHV2VDGXOWRVHVFROKHP
RV DOLPHQWRV VDXGiYHLV H DGHTXDGRV H D FULDQoD SRGH ID]HU VXD HVFROKD
GHQWUH HOHV 3RU H[HPSOR FDEH DR DGXOWR GHFLGLU SHOD FRPSUD GH IUXWDV HP
YH]GHJXORVHLPDVFRPRELVFRLWRVUHFKHDGRVSRUH[HPSORHDFULDQoDSRGH
DMXGDUDHVFROKHUTXDLVDVIUXWDVDVHUHPFRPSUDGDVRXFRQVXPLGDVHPVXD
UHIHLomR2HQYROYLPHQWRGDFULDQoDQDHVFROKDGRVDOLPHQWRVHQRSUHSDUR
GDV UHIHLo}HV GHYH VHU HVWLPXODGR SRLV SHUPLWH TXH HOD YLYHQFLH DV WDUHIDV
cotidianas relacionadas à alimentação. Se a criança recusa um alimento
SRUTXHQmRJRVWDpLPSRUWDQWHTXHDIDPtOLDFRQWLQXHDRIHUHFrORSDUDHOD
VHPIRUoDUSRLVTXDQWRPDLVRIHUHFHUHVVHDOLPHQWRPDLRUVHUiDFKDQFHGH
ela aceitar.
3DUD TXH D FULDQoD JRVWH GH XPD YDULHGDGH GH DOLPHQWRV p LPSRUWDQWH
DSUHVHQWDU D HOD D PDLRU GLYHUVLGDGH SRVVtYHO GRV DOLPHQWRV VDXGiYHLV TXH
VXDIDPtOLDSRGHREWHUTXHVHMDPWUDGLFLRQDOPHQWHFRQVXPLGRVSHODIDPtOLDH
HVWHMDPGLVSRQtYHLVHPVXDUHJLmR3DUDLVVRpLPSRUWDQWHFRQKHFHUXPSRXFR
PHOKRURVGLIHUHQWHVWLSRVGHDOLPHQWRVVHJXQGRDH[WHQVmRHRSURSyVLWRGR
seu processamento.
63
Alimentos e seu processamento
Os alimentos sofrem diversos tipos de processamento na sua produção. O

tipo de processamento interfere na composição de nutrientes dos alimentos,
QR VDERU QD SUHVHQoD H QRV WLSRV GH DGLWLYRV QDV FLUFXQVWkQFLDV HP TXH
VHUmRFRQVXPLGRVTXDQGRRQGHFRPTXHPHQDTXDQWLGDGHHPTXHVHUmR
ingeridos. Além disso, o tipo de processamento tem impacto sobre o ambiente,
como veremos a seguir.
O Guia Alimentar para a População Brasileira FODVVL¿FD RV DOLPHQWRV HP

TXDWURFDWHJRULDVVHJXQGRDH[WHQVmRHRSURSyVLWRGRVHXSURFHVVDPHQWR
alimentos in natura RX PLQLPDPHQWH SURFHVVDGRV LQJUHGLHQWHV FXOLQiULRV
SURFHVVDGRVDOLPHQWRVSURFHVVDGRVHDOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRV(QWHQGHU
HVVD FODVVL¿FDomR p LPSRUWDQWH SDUD ID]HU PHOKRUHV HVFROKDV GH DOLPHQWRV
SDUDXPDDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHO
1) Alimentos in natura ou minimamente processados
Os alimentos in natura são obtidos diretamente das plantas ou dos animais

H QmR VRIUHP TXDOTXHU DOWHUDomR DSyV GHL[DU D QDWXUH]D 2V DOLPHQWRV
PLQLPDPHQWH SURFHVVDGRV SDVVDP SRU DOJXPD PRGL¿FDomR FRPR OLPSH]D
UHPRomR GH SDUWHV LQGHVHMiYHLV GLYLVmR PRDJHP VHFDJHP IHUPHQWDomR
SDVWHXUL]DomR UHIULJHUDomR FRQJHODPHQWR RX SURFHVVRV VHPHOKDQWHV TXH
QmR HQYROYDP D DGLomR GH VDO Do~FDU yOHRV JRUGXUDV RX TXDOTXHU RXWUD
substância ao alimento original.
([HPSORVGHDOLPHQWRVin natura ou minimamente processados:
• feijões (leguminosas) –IHLM}HVGHWRGDVDVFRUHVHUYLOKDOHQWLOKDVJUmRGHELFR

e outras leguminosas.
• cereais – DUUR]EUDQFRLQWHJUDORXSDUERLOL]DGRPLOKRHPJUmRRXQDHVSLJDJUmRV
GHWULJRIDULQKDVGHPDQGLRFDGHPLOKRGHWULJRRXGHFHQWHLRIDULQKDIDUHORRX
ÀRFRVGHDYHLDPDFDUUmRRXPDVVDVIUHVFDVRXVHFDVIHLWDVFRPHVVDVIDULQKDV
HiJXD
64
• raízes e tubérculos – batata, mandioca e outras raízes

e tubérculos in natura ou embalados, fracionados,
refrigerados ou congelados.
• legumes e verduras – legumes e verduras frescos ou

Alimentos in natura ou minimamente processados
embalados, fracionados, refrigerados ou congelados.
incluem muitas variedades de grãos, tubérculos e
raízes, legumes e verduras, frutas, leite, ovos, peixes,
• frutas – frutas frescas e secas, sucos naturais de frutas e
carnes e, também, a água.
VXFRVGHIUXWDVSDVWHXUL]DGRVVHPDGLomRGHDo~FDURX
RXWUDVVXEVWkQFLDVRXDGLWLYRV
• carnes e ovos – carnes, vísceras e outras partes internas

de gado, porco, aves, pescados, frutos do mar e demais
animais, bem como ovos.
• leites – OHLWHKXPDQROHLWHGHRXWURVDQLPDLVOtTXLGRRX

HP Sy LRJXUWH H FRDOKDGD VHP DGLomR GH Do~FDU RX
RXWUDVXEVWkQFLD
• amendoim, castanhas e nozes –FDVWDQKDVDPrQGRD

amendoim, avelã, nozes e outras oleaginosas sem sal
RXDo~FDU
• água própria para consumo.
• outros – FRJXPHORV IUHVFRV RX VHFRV HVSHFLDULDV H

HUYDVIUHVFDVRXVHFDVVHPHQWHVFRPROLQKDoDJHUJHOLP
HFKLDFKiVFDPRPLODHUYDFLGUHLUDFDSLPOLPmRKRUWHOm
HWFFDIpHHUYDPDWHVHPDGLomRGHDo~FDU
65
Alguns poucos alimentos desse grupo não são recomendados para crianças,
FRPR FDIp HUYDPDWH FKi YHUGH FKi SUHWR 1DV SUy[LPDV SiJLQDV YRFr
FRQKHFHUiPDLVVREUHHVVHDVVXQWR
Os alimentos in natura ou minimamente processados devem ser a base da

alimentação da criança e de toda família, ou seja, a maior parte dos alimentos
consumidos devem ser desse grupo.
O consumo de alimentos desse grupo:
• SURPRYHVD~GHSRLVVmRULFRVHPQXWULHQWHV
• IDYRUHFH HQFRQWURV H WUDQVPLVVmR GH UHFHLWDV H GDV KDELOLGDGHV FXOLQiULDV SRU

gerações, por serem preparados em casa e consumidos por toda a família.
• favorece as formas tradicionais de produção de alimentos, maior diversidade e

a preservação de recursos naturais e do meio ambiente, além de fortalecer a
agricultura familiar, especialmente se eles forem orgânicos e de base agroecológica.
2V DOLPHQWRV RUJkQLFRV VmR DTXHOHV TXH QmR XWLOL]DP DJURWy[LFR RX RXWUR
SURGXWRTXtPLFR-iRVDOLPHQWRVGHEDVHDJURHFROyJLFDDOpPGHQmRXWLOL]DUHP
DJURWy[LFRVmRSURGX]LGRVFRPEDVHQDMXVWLoDVRFLDOYDORUL]DQGRRVSHTXHQRV
SURGXWRUHVHDJULFXOWRUHVIDPLOLDUHVSURPRYHQGRFRQGLo}HVGHWUDEDOKRPDLV
justas, além de zelar pelo meio ambiente e pelos recursos naturais, incluindo o
FXLGDGRGRVRORGDVSODQWDVGRVDQLPDLVGDiJXDGRDUHGDELRGLYHUVLGDGH
$OpPGLVVRDOLPHQWRVSURGX]LGRVGHVWDIRUPDVmRHVSHFLDOPHQWHVDERURVRV
2) Ingredientes culinários processados
6mRSURGXWRVXVDGRVSDUDSUHSDUDUDVUHIHLo}HV6mRIDEULFDGRVSHODLQG~VWULD
DSDUWLUGHVXEVWkQFLDVTXHH[LVWHPHPDOLPHQWRVin natura.
([HPSORVGHLQJUHGLHQWHVFXOLQiULRVSURFHVVDGRV
VDO GH FR]LQKD LRGDGR Do~FDU EUDQFR FULVWDO GHPHUDUD PDVFDYR GH FRFR
PHODGRHUDSDGXUDPHOGHDEHOKDyOHRVHJRUGXUDVFRPRyOHRGHVRMDGH
JLUDVVROGHPLOKRD]HLWHGHROLYDPDQWHLJDFRPRXVHPVDOEDQKDDPLGR
H[WUDtGRGRPLOKRRXGHRXWUDSODQWDYLQDJUHV
66
2VDo~FDUHVPHODGRUDSDGXUDHPHOTXHWDPEpPID]HPSDUWHGHVVH
grupo, não devem ser oferecidos para crianças menores de 2 anos.
2V LQJUHGLHQWHV FXOLQiULRV SURFHVVDGRV GHYHP VHU XVDGRV FRP PRGHUDomR

para temperar e preparar os alimentos in natura ou minimamente processados.
$FRPLGDIHLWDHPFDVDGHYHVHUFRPSRVWDGHSUHSDUDo}HVFXOLQiULDVTXHVmR
receitas caseiras feitas principalmente com alimentos in natura ou minimamente
SURFHVVDGRVHWHPSHUDGDVFRPLQJUHGLHQWHVFXOLQiULRVSURFHVVDGRV
3) Alimentos processados
São alimentos elaborados a partir de alimentos in natura, porém, geralmente

DGLFLRQDGRV GH VDO RX GH Do~FDU RX RXWUR LQJUHGLHQWH FXOLQiULR SDUD GXUDUHP
mais ou para permitir outras formas de consumo.
([HPSORVGHDOLPHQWRVSURFHVVDGRV
FRQVHUYDV GH OHJXPHV GH YHUGXUDV GH FHUHDLV RX GH OHJXPLQRVDV H[WUDWR RX
FRQFHQWUDGRGHWRPDWHFRPDo~FDUHVDOFDVWDQKDVFRPVDORXDo~FDUFDUQHV
VDOJDGDV SHL[H FRQVHUYDGR HP yOHR RX iJXD H VDO IUXWDV HP FDOGD RX
FULVWDOL]DGDV TXHLMRV PLQDV SUDWR PXVVDUHOD ULFRWD JRXGD brie FRDOKR
canastra, provolone e cottageHSmHVIHLWRVGHIDULQKDGHWULJRUH¿QDGDRX
LQWHJUDOOHYHGXUDViJXDHVDO
67
Para a criança entre 6 meses e 2 anos, somente alguns alimentos

processados podem fazer parte da alimentação.
0HVPR VHQGR PHQRV PRGL¿FDGRV TXH RV XOWUDSURFHVVDGRV R FRQVXPR

H[FHVVLYR GRV DOLPHQWRV SURFHVVDGRV WDPEpP HVWi UHODFLRQDGR D GRHQoDV
GR FRUDomR KLSHUWHQVmR GLDEHWHV REHVLGDGH H FkQFHU 'HVVD IRUPD RV
DOLPHQWRVSURFHVVDGRVSRGHPVHUFRQVXPLGRVHPSHTXHQDVTXDQWLGDGHVH
HYHQWXDOPHQWHFRPRLQJUHGLHQWHVGHSUHSDUDo}HVFXOLQiULDVRXFRPRSDUWH
de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.
(VVHV DOLPHQWRV SRGHP VHU FRQVXPLGRV HP SHTXHQDV TXDQWLGDGHV SRU
adultos, mas somente alguns dos alimentos processados podem fazer parte
GDDOLPHQWDomRGHFULDQoDVFRPRSmHVIHLWRVFRPIDULQKDGHWULJRUH¿QDGDRX
LQWHJUDOOHYHGXUDViJXDHVDOHTXHLMRV
4) Alimentos ultraprocessados
6mR SURGX]LGRV SHOD LQG~VWULD SRU PHLR GH YiULDV WpFQLFDV H HWDSDV GH
processamento e levam muitos ingredientes, como sal, Do~FDUyOHRVJRUGXUDVH
DGLWLYRVDOLPHQWDUHVFRUDQWHVDUWL¿FLDLVFRQVHUYDQWHVDGRoDQWHVDURPDWL]DQWHV
UHDOoDGRUHVGHVDERUHQWUHRXWURVQmRXWLOL]DGRVHPFDVD1HVVHVDOLPHQWRV
R Do~FDU SRGH HVWDU SUHVHQWH GH GLIHUHQWHV IRUPDV $V PDLV FRPXQV VmR
PDOWRGH[WULQDGH[WURVH[DURSHGHPLOKR[DURSHGHPDOWHHDo~FDULQYHUWLGR
([HPSORVGHDOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRV
UHIULJHUDQWHVSyVSDUDUHIUHVFREHELGDVDGRoDGDVSURQWDVSDUDRFRQVXPR
FKiFRQFHQWUDGRGHJXDUDQiDoDtXYDHRXWURVVDERUHVEHELGDVSURQWDVj
68
EDVHGHIUXWDFRPRXVHPVRMDVXFRQpFWDUUHIUHVFRVEHELGDV

FRPVDERUGHFKRFRODWHHVDERUGHIUXWDVEHELGDV³HQHUJpWLFDV´
³VDOJDGLQKRV GH SDFRWH´ VRUYHWHV FKRFRODWHV EDODV H
JXORVHLPDVHPJHUDOJHODWLQDVHPSySmHVGRFHVGHIRUPD
SDUDKDPE~UJXHURXhot dogELVFRLWRVERORVHPLVWXUDVSDUD
EROR³FHUHDLVPDWLQDLV´H³EDUUDVGHFHUHDLV´DFKRFRODWDGRVH
PLVWXUDVHPSyVDERUL]DQWHVIDULQKDVGHFHUHDLVLQVWDQWkQHDV
HVSHVVDQWHV FRP Do~FDU LRJXUWH FRP VDERUHV H WLSR petit
suisse TXHLMR SURFHVVDGR 8+7 TXHLMR IXQGLGR HPEDODGR HP
SHTXHQRV TXDGUDGRV TXHLMR FKHGGDU FRPSRVWRV OiFWHRV
WHPSHURV ³LQVWDQWkQHRV´ GH FDUQH GH IUDQJR RX GH OHJXPHV
HP FXER HP Sy RX OtTXLGRV PDLRQHVHV H PROKRV SURQWRV
SURGXWRV FRQJHODGRV SURQWRV SDUD DTXHFHU FRPR WRUWDV
PDVVDV H SL]]DV SUpSUHSDUDGDV HPSDQDGRV GH FDUQH GH
IUDQJRRXGHSHL[HWLSRnuggetsVDOVLFKDKDPE~UJXHUHRXWURV
produtos de carne reconstituída, e sopas, macarrão e sobremesas
³LQVWDQWkQHRV´ (VWmR WDPEpP LQFOXtGRV QHVWH JUXSR RV SURGXWRV
compostos apenas por alimentos in natura, minimamente processados
RXSURFHVVDGRVTXDQGRHOHVFRQWLYHUHPDGLWLYRVFRPIXQomRGHPRGL¿FDUFRU
RGRU VDERU RX WH[WXUD GR SURGXWR ¿QDO FRPR LRJXUWH FRP FRUDQWHV RX FRP
DGRoDQWHVHSmHVFRPHPXOVL¿FDQWHV
Os alimentos ultraprocessados não devem ser oferecidos à criança e devem

ser evitados pelos adultos.
(PJHUDOFRQWrPTXDQWLGDGHVH[FHVVLYDVGHFDORULDVVDODo~FDUJRUGXUDVHDGLWLYRV
• 4XDQGRFRQVXPLGRVHPH[FHVVRSRGHPOHYDUDSUREOHPDVFRPRKLSHUWHQVmR
GRHQoDVGRFRUDomRGLDEHWHVREHVLGDGHFiULHGHQWiULDHFkQFHU
• 6mRIRUPXODGRVSDUDVHUHPH[WUHPDPHQWHVDERURVRVLQGX]LUHPVHXFRQVXPR
IUHTXHQWH RX PHVPR SDUD FULDU GHSHQGrQFLD ,VVR p SDUWLFXODUPHQWH FUtWLFR QR
FRPHoRGDYLGDSRLVDFULDQoDHVWiIRUPDQGRDEDVHGHVHXKiELWRDOLPHQWDU2
FRQVXPRGHVVHVDOLPHQWRVSRGHOHYiODDWHUPHQRVLQWHUHVVHSHORVDOLPHQWRVin
natura ou minimamente processados.
69
• 'HVIDYRUHFHPDDWHQomRjDOLPHQWDomRSRLVIUHTXHQWHPHQWHVmRFRQVXPLGRVHP
SpHRXVHPXVRGHWDOKHUHVRXDLQGDDRPHVPRWHPSRHPTXHDSHVVRDUHDOL]D
outra atividade.
Atenção: 2V H[HPSORV GH DOLPHQWRV in natura ou minimamente processados,

LQJUHGLHQWHVFXOLQiULRVSURFHVVDGRVDOLPHQWRVSURFHVVDGRVHXOWUDSURFHVVDGRV
DTXLGHVFULWRVVmRSDUDDMXGDUDUHFRQKHFHURVDOLPHQWRVGHFDGDJUXSRPDVQHP
WXGRTXHHVWiOLVWDGRGHYHID]HUSDUWHGDDOLPHQWDomRGDFULDQoD1DVSUy[LPDV
SiJLQDVYRFrFRQKHFHUiTXDLVGHVVHVDOLPHQWRVVmRUHFRPHQGDGRVHTXDLVQmR
devem ser oferecidos à criança.
O que são aditivos alimentares?
6mR VXEVWkQFLDV TXtPLFDV WDLV FRPR FRUDQWHV FRQVHUYDQWHV DQWLR[LGDQWHV

aromatizantes, realçadores de sabor, adoçantes, entre outros, na sua
JUDQGH PDLRULD QmR XWLOL]DGDV HP FDVD TXH VmR DGLFLRQDGDV DRV DOLPHQWRV
ultraprocessados para dar ou realçar a cor ou o sabor dos alimentos, conservar
e aumentar o tempo de duração do produto. Embora cada aditivo utilizado
QHVVHVSURGXWRVWHQKDTXHSDVVDUSRUWHVWHVHVHUDSURYDGRSRUDXWRULGDGHV
VDQLWiULDVRVHIHLWRVGHORQJRSUD]RVREUHDVD~GHHRHIHLWRFXPXODWLYRGD
H[SRVLomR D YiULRV DGLWLYRV QHP VHPSUH VmR EHP FRQKHFLGRV 2V ULVFRV j
VD~GHVmRPDLRUHVTXDQGRRFRQVXPRXOWUDSDVVDDUHFRPHQGDomRPi[LPD
SHUPLWLGDTXHpGHWHUPLQDGDGHDFRUGRFRPRSHVRGDSHVVRD&RPRRSHVR
GD FULDQoD p PXLWR PHQRU TXH R GH MRYHQV H DGXOWRV PHVPR FRQVXPLQGR
TXDQWLGDGHV QmR PXLWR JUDQGHV GRV SURGXWRV HOD WHP PDLV FKDQFH GH
XOWUDSDVVDUDTXDQWLGDGHPi[LPDGHDGLWLYRV
70
Exemplos de aditivos que aparecem nos rótulos dos alimentos

ultraprocessados:
FRUDQWHVDUWL¿FLDLV amarelo tartrazina, corante caramelo IV.

conservantes: benzoato de sódio.
fermentos químicos: bicarbonato de sódio, bicarbonato de amônio e fosfato
PRQRFiOFLFR
realçadores de sabor: glutamato monossódico, guanilato monossódico.
estabilizante: JRPD [DQWDQD JRPD FDUUDJHQD H FDUER[LPHWLOFHOXORVH
lecitina de soja.
aromatizantes:DURPDVDUWL¿FLDLV
adoçantes:FLFODPDWRGHVyGLRDFHVVXOIDPHGHSRWiVVLRDVSDUWDPH
Adoçantes não são recomendados para crianças
$¿PGHGLPLQXLUDTXDQWLGDGHGHDo~FDUDOJXQVDOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRV
FRPRUHIUHVFRVHPSyJHODWLQDVVXFRVGHFDL[DEROLQKRVELVFRLWRVVRUYHWHV
HQWUHRXWURVFRQWrPDGRoDQWHVDSUHVHQWDGRVQRVUyWXORVFRPRHGXOFRUDQWHV
DVSDUWDPH FLFODPDWR GH VyGLR DFHVXOIDPH GH SRWiVVLR VDFDULQD VyGLFD
HVWpYLDPDQLWROVRUELWRO[LOLWROHVXFUDORVH&RPRRVHIHLWRVGRVDGRoDQWHV
QD VD~GH GDV FULDQoDV QmR VmR SOHQDPHQWH FRQKHFLGRV HVVDV VXEVWkQFLDV
QmRGHYHPVHURIHUHFLGDVDHODVDQmRVHUSRULQGLFDomRGHSUR¿VVLRQDOGH
VD~GH$OpPGLVVRKDELWXDUDFULDQoDDRVDERUPXLWRGRFHQRVSULPHLURVDQRV
GHYLGDHVWLPXODRFRQVXPRH[FHVVLYRGHDOLPHQWRVHEHELGDVFRPDo~FDUH
DGRoDQWHVRTXHSRGHVHWRUQDUXPKiELWRSDUDDYLGDWRGD
3DUDHQWHQGHUPHOKRUDFODVVL¿FDomRGRVDOLPHQWRVVHJXQGRDH[WHQVmRHR
propósito do seu processamento, veja a Figura 17. O morango é um alimento
in natura. A geleia de morango é um alimento processado, pois o morango foi
FR]LGRHDGLFLRQDGRGHDo~FDUXPGRVLQJUHGLHQWHVFXOLQiULRVSURFHVVDGRV
2 TXHLMR petit suisse VDERU PRUDQJR p XP DOLPHQWR XOWUDSURFHVVDGR TXH
FRQWpPPRUDQJRQDIRUPDGHSROSDDo~FDURXWURVLQJUHGLHQWHVXWLOL]DGRVSHOD
LQG~VWULDGHDOLPHQWRVHPXLWRVDGLWLYRV
71
)LJXUD±([HPSORGHJUDXVGHSURFHVVDPHQWRGHXPDOLPHQWR
1. Morango in natura*HOHLDGHPRUDQJR4XHLMRpetit suisse sabor morango
1 2 3
Resíduos de agrotóxicos também estão presentes nos alimentos

ultraprocessados
2VDJURWy[LFRVVmRSURGXWRVXWLOL]DGRVQDSURGXomRGHDOLPHQWRVSRUpPID]HP
PDOjVD~GHHDRPHLRDPELHQWH1R%UDVLOpJUDQGHRVHXXVRQDVSODQWDo}HV
2V UHVtGXRV GH DJURWy[LFRV WDPEpP HVWmR SUHVHQWHV QRV LQJUHGLHQWHV GRV
DOLPHQWRV XOWUDSURFHVVDGRV FRPR R WULJR R PLOKR D FDQDGHDo~FDU H D
soja. Por isso, não adianta substituir o consumo de alimentos in natura ou
minimamente processados por alimentos ultraprocessados, com o objetivo
GHUHGX]LURFRQVXPRGHUHVtGXRVGHDJURWy[LFRV0HVPRTXHQmRHVWHMDP
disponíveis alimentos orgânicos e de base agroecológica, os alimentos in
naturaRXPLQLPDPHQWHSURFHVVDGRVVmRDPHOKRURSomRGHFRQVXPR
Alimentos ultraprocessados direcionados para crianças devem ser evitados
$OJXQV DOLPHQWRV XOWUDSURFHVVDGRV VmR YLVWRV FRPR VDXGiYHLV H

IUHTXHQWHPHQWH RIHUHFLGRV jV FULDQoDV (QWUHWDQWR WRGRV FRQWrP DGLWLYRV
FRPR FRUDQWHV FRQVHUYDQWHV DGRoDQWHV H HVWDELOL]DQWHV TXH QmR VmR
VDXGiYHLV H SUHMXGLFDP D DFHLWDomR GRV DOLPHQWRV in natura. 9HMD DEDL[R
H[HPSORVGHDOLPHQWRVTXHFRQWrPDo~FDUVDOHRXJRUGXUDHPH[FHVVR
72
Contêm muito açúcar
• $FKRFRODWDGR
• %HELGDVDoXFDUDGDVHJDVHL¿FDGDV²UHIULJHUDQWHVUHIUHVFRVHPSyEHELGDVj
EDVHGHIUXWDVFRPRXVHPVRMDVXFRQpFWDUUHIUHVFRVRXWUDVEHELGDVYHJHWDLV
[DURSHVFRPVDERUJURVHOKDJXDUDQiXYDHWFEHELGDVFRPVDERUGHFKRFRODWH
HVDERUGHIUXWDVHEHELGDV³HQHUJpWLFDV´2VUHIULJHUDQWHVjEDVHGHFRODHDV
EHELGDVjEDVHGHPDWHFKiSUHWRRXJXDUDQi³QDWXUDO´SRVVXHPVXEVWkQFLDVTXH
GL¿FXOWDPRDSURYHLWDPHQWRGRIHUURHGRFiOFLRSHORRUJDQLVPRDOpPGHFRQWHUHP
FDIHtQDXPDVXEVWkQFLDHVWLPXODQWHTXHSRGHGHL[DUDFULDQoDDJLWDGD
• Cereais matinais açucarados.
• )DULQKDVGHFHUHDLVLQVWDQWkQHDVFRPDo~FDUGHDUUR]PLOKRHRXWURV
• *HODWLQD HP Sy FRP VDERU $V YHUV}HV FRPXQV PXLWDV YH]HV WDPEpP WrP
DGRoDQWHVDUWL¿FLDLV
• Geleia de mocotó industrializada.
• *XORVHLPDVFRPREDODVFKLFOHWHVSLUXOLWRVHFKRFRODWHV
• Iogurte com sabores e tipo petit suisse.
• Leite fermentado.
Contêm muito açúcar, sal e/ou gordura
• %LVFRLWRV H ERODFKDV GRFHV H • 0DFDUUmRLQVWDQWkQHRPDVVDH

VDOJDGRV VLPSOHV FRPR ELVFRLWR WHPSHUR
maria, maizena, cream cracker, • 3mRGHIRUPDELVQDJXLQKDHSmRGH
iJXD RX FRP UHFKHLR H FREHUWXUD TXHLMRSURQWRSDUDDVVDU
FRPR ELVFRLWRV UHFKHDGRV ZDIHU
EROLQKRVLQGXVWULDOL]DGRV • 6DOJDGLQKRVGHSDFRWH
• %DWDWLQKDVGHSDFRWH • 6DOVLFKD
• Empanado de frango tipo nugget. • Sorvete industrializado.
73
Por que evitar as papinhas

indust rializadas para
alimenta r a criança?
([LVWHP QR PHUFDGR GLIHUHQWHV SDSLQKDV GH IUXWDV RX GH
legumes, verduras, carnes, cereais e de feijão industrializadas
TXHVmRSUHSDUDGDVSDUDFULDQoDVFRPLGDGHHQWUHPHVHVH
2 anos. Apesar de as marcas mais vendidas não apresentarem
aditivos em sua composição, elas não devem fazer parte da
DOLPHQWDomRGDVFULDQoDVSRUYiULRVPRWLYRV
• VXDV WH[WXUDV QmR IDYRUHFHP R GHVHQYROYLPHQWR GD

PDVWLJDomRPHVPRKDYHQGRGLIHUHQoDGHFRQVLVWrQFLDSDUD
DVGLYHUVDVLGDGHV
• são compostas por diferentes alimentos misturados no mesmo

SRWLQKRRTXHGL¿FXOWDDSHUFHSomRGRVGLIHUHQWHVVDERUHV
• não favorecem a criança a se acostumar com o tempero da

FRPLGDGDIDPtOLDHFRPRVDOLPHQWRVGDVXDUHJLmR
• as vitaminas e minerais dos alimentos in natura são mais bem

DSURYHLWDGDV SHOR RUJDQLVPR GR TXH DV YLWDPLQDV H PLQHUDLV
DGLFLRQDGRVQHVVDVSDSLQKDV
74
O rótulo e
os alimentos
ult raprocessado s
ePXLWRLPSRUWDQWHOHURVUyWXORVGRVDOLPHQWRV(OHVWUD]HPYiULDVLQIRUPDo}HV
DOLVWDGHLQJUHGLHQWHVRIDEULFDQWHRSUD]RGHYDOLGDGHRORWHDTXDQWLGDGH
contida na embalagem e a informação nutricional.
3DUD LGHQWL¿FDU RV DOLPHQWRV XOWUDSURFHVVDGRV YRFr GHYH ROKDU D lista

de ingredientes. Nela, os ingredientes estão em ordem decrescente de
TXDQWLGDGH RX VHMD R SULPHLUR LQJUHGLHQWH GD OLVWD p R TXH HVWi HP PDLRU
TXDQWLGDGHQRSURGXWRHR~OWLPRLQJUHGLHQWHpRTXHHVWiHPPHQRUTXDQWLGDGH
6HRSURGXWRWLYHUFLQFRRXPDLVLQJUHGLHQWHVHVHH[LVWLUHPLQJUHGLHQWHVFRP
QRPHVHVWUDQKRVSRXFRFRQKHFLGRVRXTXHQXQFDXVDPRVHPFDVDpPXLWR
SURYiYHOTXHRSURGXWRVHMDXOWUDSURFHVVDGR
9HMDDEDL[RH[HPSORVGDOLVWDGHLQJUHGLHQWHVGHXPDOLPHQWRPLQLPDPHQWH
processado e de um ultraprocessado.
Macarrão Macarrão instantâneo

comum )DULQKDGHWULJRJRUGXUDYHJHWDOVDODOKRHP
6rPRODGH SyUHJXODGRUGHDFLGH]FDUERQDWRGHSRWiVVLRH
trigo, corantes de sódio, estabilizante tripolipofosfato de sódio,
naturais de SLURIRVIDWRWHWUDVVyGLFRHIRVIDWRGHVyGLRPRQREiVLFR
urucum e FRUDQWHVLQWpWLFRLGrQWLFRDRQDWXUDOEHWDFDURWHQR
F~UFXPD (QRWHPSHURHVWmRSUHVHQWHVPDLVLQJUHGLHQWHV
'HXSDUDYHUDGLIHUHQoD"1HVWHH[HPSORRPDFDUUmRFRPXPWHPWUrV
ingredientes e o instantâneo tem 21. O macarrão instantâneo é um
alimento ultraprocessado.
75
Conhecendo melhor os grupos de alimentos in natura ou minimamente

processados
)XQGDPHQWDLV SDUD D VD~GH H LGHDLV SDUD FRPSRU DV UHFHLWDV WDQWR GR GLD
a dia como em comemorações, os alimentos in natura ou minimamente
SURFHVVDGRVSRGHPVHUDJUXSDGRVGHDFRUGRFRPRVWLSRVHTXDQWLGDGHVGH
QXWULHQWHVTXHDSUHVHQWDPHFRPRVHXXVRFXOLQiULR$VHJXLUHVWmRGHVFULWRV
RVSULQFLSDLVJUXSRVGHDOLPHQWRVTXHID]HPSDUWHGDDOLPHQWDomREUDVLOHLUD
6mR HOHV IHLM}HV FHUHDLV UDt]HV H WXEpUFXORV OHJXPHV H YHUGXUDV IUXWDV
FDUQHVHRYRVOHLWHHTXHLMRVDPHQGRLPHFDVWDQKDVFRQGLPHQWRVQDWXUDLV
HVSHFLDULDVHHUYDVIUHVFDVHVHFDVHiJXD
O que são nutrientes?
São substâncias encontradas nos alimentos, essenciais para o funcionamento

do organismo. Incluem proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais
H ¿EUDV &DGD XP WHP VXD IXQomR SDUD JDUDQWLU R FUHVFLPHQWR H D VD~GH GDV
crianças. A presença desses nutrientes nos alimentos ocorre de forma variada,
SRULVVRpLPSRUWDQWHTXHDDOLPHQWDomRVHMDFRPSRVWDSRUGLIHUHQWHVDOLPHQWRV
1DHVFROKDGRVDOLPHQWRVGHFDGDJUXSRpLPSRUWDQWHFRQVLGHUDUDTXHOHVTXH
HVWmR GLVSRQtYHLV QD UHJLmR RQGH D FULDQoD H D IDPtOLD PRUDP H TXH Mi ID]HP
parte de sua alimentação. Se, no cotidiano da família, estiverem presentes
GLYHUVRVDOLPHQWRVGHWRGRVRVJUXSRVSURYDYHOPHQWHDFULDQoDUHFHEHUiWRGRV
RVQXWULHQWHVQHFHVViULRV4XDQWRPDLVYDULDGDDDOLPHQWDomRPHOKRU
2 Grupo dos feijões (leguminosas)
(VWHJUXSRWDPEpPFRQKHFLGRFRPROHJXPLQRVDVpFRPSRVWRSRUWRGRVRV
WLSRV GH IHLMmR EUDQFR FDULRFD IHLMmRGHFRUGD IHLMmRIDYD IUDGLQKR MDOR
UR[RPXODWLQKRSUHWRUDMDGRUR[LQKRYHUPHOKRHWDPEpPHUYLOKDJUmR
GHELFRVRMDHOHQWLOKD6mRERDVIRQWHVGHSURWHtQDV¿EUDVIHUUR]LQFRH
YLWDPLQDVGRFRPSOH[R%
)LJXUD±([HPSORVGHDOLPHQWRVGRJUXSRGRVIHLM}HV
1. Crus. 2. Cozidos.
76
76 1
O feijão é muito consumido pelos brasileiros. Todos os tipos podem ser dados
jFULDQoDDSDUWLUGRVPHVHVeFRPXPTXHRVFXLGDGRUHVREVHUYHPSHGDoRV
GH FDVFD GH IHLMmR QDV IH]HV ,VVR p QRUPDO H QmR p PRWLYR SDUD GHL[DU GH
oferecer o feijão ou oferecer somente o caldo. Algumas crianças podem ter
JDVHVFRPIHLMmRPDVWDPEpPQmRpPRWLYRSDUDGHL[DUGHRIHUHFrOR3DUD
PHOKRUDULVVRUHFRPHQGDVHGHL[DURIHLMmRGHPROKRSRUDKRUDVDQWHV
GHFR]LQKDU9HMDGHWDOKHVVREUHLVVRQDVHVVmR“Cozinhar em Casa”. Aos 6
meses, o feijão pode ser amassado com garfo e, a partir de 8 meses, a família
SRGHREVHUYDUVHDFULDQoDMiDFHLWDRJUmRLQWHLURVHPDPDVVDU
)LJXUD±([HPSORVGH
alimentos do grupo dos cereais.
Grupo dos cereais
Este grupo inclui o arroz, arroz integral, aveia,

FHQWHLR PLOKR WULJR WULJXLOKR WULJR SDUD TXLEH H
RV GLIHUHQWHV WLSRV GH IDULQKD QDV PDLV GLYHUVDV
WH[WXUDV H UH¿QRV FRPR IXEi ÀRFmR DPLGR GH
PLOKR IDULQKD GH WULJR HQWUH RXWURV $V PDVVDV
WDQWRIUHVFDVFRPRVHFDVUH¿QDGDVRXLQWHJUDLVVmR
IHLWDVGHFHUHDLV(VVHVDOLPHQWRVFRQWrPFDUERLGUDWRV
RQXWULHQWHTXHGiHQHUJLDSDUDDFULDQoDEULQFDUFUHVFHU
H VH GHVHQYROYHU 7DPEpP WrP ¿EUDV PLQHUDLV H YLWDPLQDV
especialmente os cereais integrais.
2DUUR]RPDFDUUmRHRPLOKRVmRDOLPHQWRVPXLWRSUHVHQWHVQRDOPRoRHQRMDQWDU
GRVEUDVLOHLURV$SUHVHQWDPDYDQWDJHPGRSUHSDURHFR]LPHQWRUiSLGRV$LQGD
TXHDVIUXWDVVHMDPDPHOKRUHVFROKDSDUDODQFKHVRSmRFDVHLURpWDPEpPXPD
RSomRGHDOLPHQWRjEDVHGHFHUHDLVTXHSRGHVHUFRQVXPLGRQHVVDVUHIHLo}HV
Lanche
eXPDSHTXHQDUHIHLomRFRPSRVWDSRUDOLPHQWRVin natura ou minimamente

SURFHVVDGRVUHDOL]DGDHQWUHRFDIpGDPDQKmHRDOPRoRRXHQWUHRDOPRoRH
RMDQWDU(PDOJXPDVUHJL}HVGRSDtVWDPEpPpFKDPDGRGHPHUHQGD
77
Não oferecer pipoca à criança menor de 2 anos
$SLSRFDpIHLWDGHXPDYDULHGDGHGHPLOKRePXLWRFRQVXPLGDQRVODQFKHV
PDVSRUVHUPDLVGXUDDVFULDQoDVFRPPHQRVGHDQRVSRGHPWHUGL¿FXOGDGH
SDUDPDVWLJiODGHIRUPDVHJXUDMiTXHDLQGDHVWmRDSUHQGHQGRDPDVWLJDUH
FRVWXPDPVHGLVWUDLUIDFLOPHQWH$VFDVFDVTXH¿FDPQRPHLRGDSDUWHPDLV
branca aumentam o risco de engasgo e sufocamento. Por isso, não é seguro
oferecer pipoca à criança nesta idade.
Glúten
8PDSUiWLFDTXHWHPVLGRPXLWRGLYXOJDGDSDUDDSRSXODomRpDUHWLUDGDGR
JO~WHQ GD DOLPHQWDomR 2 JO~WHQ p XPD SURWHtQD HQFRQWUDGD QR FHQWHLR QD
FHYDGDHQRWULJR1mRKiDWpRPRPHQWRFRPSURYDomRGHTXHRJO~WHQIDoD
PDOjFULDQoDRXDDGXOWRVGHPRGRJHUDO2JO~WHQVRPHQWHGHYHVHUUHWLUDGR
GDDOLPHQWDomRGHSHVVRDVTXHIRUDPGLDJQRVWLFDGDVFRPGRHQoDFHOtDFDRX
DOJXPDRXWUDGRHQoDUHODFLRQDGDjSUHVHQoDGRJO~WHQ
Parece cereal, mas não é

Em muitos alimentos ultraprocessados, os cereais são usados como
ingrediente principal, como biscoitos salgados e doces, tanto simples como
UHFKHDGRVEDUUDVGHFHUHDOSmRGRFHFHUHDOPDWLQDOIDULQKDVLQVWDQWkQHDV
GHDUUR]DYHLDPLOKRHRXWULJRXWLOL]DGDVSDUDRSUHSDURGHPLQJDXRXFRPR
HQJURVVDQWHV RX FRPSOHPHQWR GH OHLWH (PERUD FRQWHQKDP FHUHDLV HVVHV
alimentos ultraprocessados não devem ser oferecidos à criança por causa de
seus outros ingredientes.
A mesma recomendação serve para comida industrializada pronta para consumo

FRQJHODGRV /DVDQKDV SL]]DV H IROKDGRV VDOJDGRV H GRFHV VmR SURGXWRV
ultraprocessados e devem ser evitados na alimentação da criança.
Outro produto a ser evitado é o macarrão instantâneo. Muitas pessoas incluem

esse alimento no dia a dia pela rapidez do preparo ou o servem como se
fosse sopa. No entanto, o processamento industrial do macarrão instantâneo
78
HQYROYH D IULWXUD GD PDVVD ID]HQGR FRP TXH HOH WHQKD JRUGXUDV H FDORULDV
HP H[FHVVR DOpP GH PXLWR VyGLR H GLYHUVRV DGLWLYRV 3RUWDQWR R PDFDUUmR
LQVWDQWkQHRHRWHPSHURQRVDFKrQmRGHYHPVHURIHUHFLGRVjFULDQoD
Quer uma alternativa rápida, mais barata, adequada e saudável?
([SHULPHQWHRPDFDUUmR³FDEHOLQKRGHDQMR´RX³$YH0DULDéVyFRORFDUQD
iJXDIHUYHQGRTXHHOHV¿FDPFR]LGRVHPDPLQXWRV
Pão é alimento processado ou ultraprocessado?
Os pães podem ser processados ou ultraprocessados, de acordo com a sua

lista de ingredientes. Em geral, os pães industrializados são ultraprocessados,
FRPRSmHVGHIRUPDSmHVVRYDGRVHELVQDJXLQKD2VSmHVXOWUDSURFHVVDGRV
SRVVXHPPDLVGHFLQFRLQJUHGLHQWHVFRPRJRUGXUDYHJHWDOKLGURJHQDGDDPLGR
VRURGHOHLWHHPXOVL¿FDQWHVHRXRXWURVDGLWLYRVHQmRGHYHPVHURIHUHFLGRV
SDUDDFULDQoD3RURXWURODGRRVSmHVFRPSRXFRVLQJUHGLHQWHVFRPRIDULQKD
GHWULJRiJXDVDOHOHYHGXUDVVmRSURFHVVDGRVHSRGHPVHUFRQVXPLGRVHP
SHTXHQDV TXDQWLGDGHV SHODV FULDQoDV /HLD D OLVWD GH LQJUHGLHQWHV QR UyWXOR
GRVSURGXWRVHHVFROKDDTXHOHVFRPSRXFRVHFRQKHFLGRVLQJUHGLHQWHVVHP
nomes complicados.
$ PHOKRU RSomR SDUD VH RIHUHFHU SmHV jV FULDQoDV VmR RV SmHV IHLWRV HP
FDVD3mHVVLPSOHVVHPUHFKHLRVIHLWRVQDVSDGDULDVRXDUPD]pQVFRPRR
SmRFDUHFDHRSmRIUDQFrVTXHHPDOJXPDVUHJL}HVpFKDPDGRGHSmRGH
VDO RX FDFHWLQKR WDPEpP SRGHP VHU RIHUHFLGRV SDUD D FULDQoD (QWUHWDQWR
muitas padarias fazem esses pães a partir de misturas prontas. A composição
dessas misturas transforma o pão da padaria em alimento ultraprocessado.
(VVD LQIRUPDomR QmR HVWi GLVSRQtYHO SDUD R FRQVXPLGRU D PHQRV TXH VHMD
VROLFLWDGD$VVLP GD SUy[LPD YH] TXH IRU j SDGDULD SHUJXQWH TXDLV VmR RV
ingredientes usados para fazer o pão.
79
Grupo das raízes e tubérculos
(VWHJUXSRpFRPSRVWRSHODVEDWDWDV²EDURDWDPEpPFKDPDGDGHPDQGLRTXLQKD
EDWDWDVDOVDRXFHQRXULQKDDPDUHODGRFHHLQJOHVDHQWUHRXWUDVFDUiLQKDPH
HPDQGLRFD²FRQKHFLGDWDPEpPFRPRDLSLPRXPDFD[HLUD2VDOLPHQWRVGHVVH
JUXSRDSUHVHQWDPFRPSRVLomRQXWULFLRQDOSDUHFLGDFRPDGRVFHUHDLV&RQWrP
FDUERLGUDWRVXPSRXFRGH¿EUDVDOJXPDVYLWDPLQDVHPLQHUDLV
7DPEpPID]HPSDUWHGHVWHJUXSRDIDULQKDGHPDQGLRFDDIpFXODGHEDWDWDR
SROYLOKRHRXWUDVIDULQKDVIHLWDVGHUDt]HVHWXEpUFXORV(PERUDHVVHVDOLPHQWRV
IHLWRV D SDUWLU GR UH¿QDPHQWR GH UDt]HV H WXEpUFXORV VHMDP LPSRUWDQWHV
LQJUHGLHQWHVHPYiULDVSUHSDUDo}HVHOHVWrPPHQRVYLWDPLQDVHPLQHUDLVGR
TXHVHXVDOLPHQWRVGHRULJHP
2V DOLPHQWRV GHVWH JUXSR WrP JUDQGH GHVWDTXH QD FXOLQiULD EUDVLOHLUD
possuindo diferentes nomes e fazendo parte de receitas nas diversas regiões.
Eles podem ser simplesmente cozidos ou serem ingredientes de preparações,
FRPRSXUrVPDVVDVFDVHLUDVHIDURIDV(PJHUDOFULDQoDVHDGXOWRVDFHLWDPPXLWR
bem esses alimentos. Raízes e tubérculos podem substituir ou complementar
cereais no almoço e jantar, podendo ser consumidos também no café da
PDQKmHQRODQFKHRTXHpXPDSUiWLFDFRPXPHPYiULDVUHJL}HV
)LJXUD±([HPSORVGHDOLPHQWRVGRJUXSRGHUDt]HVHWXEpUFXORV
Parecem raízes e tubérculos,

mas não são
$VEDWDWDVVmRXWLOL]DGDVFRPRLQJUHGLHQWHVGHYiULRVDOLPHQWRV
ultraprocessados, como as batatas tipo chipsEDWDWDSDOKDEDWDWD
SDOLWRSURQWDSDUDIULWDURXDVVDUHSUHSDUDGRVGHSXUrGHEDWDWDHP
IRUPDWRGHFDULQKDVRXEROLQKDVSURQWRVSDUDIULWDURXDVVDU(QWUHWDQWR
esses produtos não devem ser oferecidos à criança, mesmo os vendidos em
embalagens com propagandas infantis, pois possuem muitos aditivos e são
nutricionalmente desbalanceados.
80
Grupo dos legumes e verduras
([LVWHP PXLWDV RSo}HV GH OHJXPHV H YHUGXUDV QR %UDVLO$OJXQV H[HPSORV GH
OHJXPHV VmR DEyERUD RX MHULPXP DEREULQKD EHULQMHOD EHWHUUDED FHQRXUD
FKXFKXJXHUREDHUYLOKDWRUWDMLOyMXUXEHEDPD[L[HSHSLQRSLPHQWmRTXLDER
tomate e vagem. Entre as verduras podemos citar: acelga, agrião, alface, almeirão,
EHOGURHJD EUyFROLV FDWDORQKD FHEROD FKLFyULD FRXYH FRXYHÀRU HVSLQDIUH
MDPEX PDMRUJRPHV PRVWDUGD RUDSURQyELV UHSROKR WDLRED 6mR DOLPHQWRV
ricos em diversas vitaminas e minerais.
$ YLWDPLQD$ HVWi SUHVHQWH QRV YHJHWDLV GH FRU DODUDQMDGD H QRV IROKRVRV GH
FRU YHUGHHVFXUD 1HVVHV IROKRVRV WDPEpP HVWi SUHVHQWH R IHUUR XP PLQHUDO
TXH SUHYLQH DQHPLD /HJXPHV H YHUGXUDV WDPEpP FRQWrP ¿EUDV TXH DMXGDP
DSUHYHQLUFRQVWLSDomRLQWHVWLQDOSULVmRGHYHQWUHRXLQWHVWLQRSUHVRHDOJXPDV
GRHQoDV3HVVRDVTXHWrPXPDDOLPHQWDomRFRPERDTXDQWLGDGHGRVDOLPHQWRV
GHVVH JUXSR WrP PHQRU FKDQFH GH DSUHVHQWDU GRHQoDV FRPR REHVLGDGH
diabetes, doenças do coração e alguns tipos de câncer.
$SHVDUGHWRGDVHVVDVYDQWDJHQVOHJXPHVHYHUGXUDVDLQGDWrPSRXFRHVSDoR
no prato do brasileiro. São tantos tipos, com sabores tão variados, mas às
YH]HVDIDPtOLDFRPHVHPSUHRVPHVPRVHHPJHUDOHPSRXFDTXDQWLGDGH
As verduras costumam ser menos aceitas pelas crianças, principalmente
SRUTXHQmRFRVWXPDPVHURIHUHFLGDVDHODV
A aceitação de legumes e verduras pela criança tem relação direta com o

consumo desses alimentos pela família. Muitas vezes, eles são comprados
VRPHQWHSDUDDFULDQoDQmRVHQGRFRQVXPLGRVSRULUPmVHLUPmRVPDLVYHOKRV
RXDGXOWRV&RPRWHPSRDFULDQoDSHUFHEHTXHRUHVWDQWHGDIDPtOLDQmRRV
FRQVRPHHFRPHoDDUHMHLWiORV+iDLQGDIDPtOLDVTXHQmRFRPHPOHJXPHV
HYHUGXUDVSRUQmRVDEHUHPFRPRSUHSDUiORVGHIRUPDVDERURVD
7DQWR OHJXPHV TXDQWR YHUGXUDV QDV PDLV GLYHUVDV IRUPDV GH SUHSDUR VHP
H[FHomR GHYHP VHU RIHUHFLGRV jV FULDQoDV 1mR Ki FRQWUDLQGLFDomR HP GDU
YHJHWDLV FUXV DSyV KLJLHQL]DomR GHVGH TXH QD FRQVLVWrQFLD DGHTXDGD SDUD
D FULDQoD SRLV SRGH VHU TXH DV FULDQoDV PDLV QRYDV WHQKDP GL¿FXOGDGH SDUD
81
mastigar os mais duros, mesmo ralados. Conforme a criança vai crescendo, os

alimentos podem ser oferecidos crus e ralados, como cenoura e beterraba, ou em
WLULQKDVSDUDVHUHPSHJRVFRPDVPmRVSHODVFULDQoDV
Higienizar alimentos in natura é fácil. Veja na seção “Cozinhar em casa”.
)LJXUD±([HPSORVGHDOLPHQWRVGRJUXSRGHOHJXPHVHYHUGXUDV
1. Cozidos
2. Cortes 3
3. Tipos de cortes do mesmo legume
82
Grupo das frutas
([LVWHP PXLWDV RSo}HV GH IUXWDV DEDFDWH DEDFD[L DELX DoDt DFHUROD
DPHL[DDPRUDDUDoiEDQDQDFDMiFDMXFDTXLFDUDPERODFHUHMDFXSXDoX
¿JR JRLDED JUDYLROD MDEXWLFDED MDFD MHQLSDSR ODUDQMD WDQJHULQD WDPEpP
FRQKHFLGD FRPR EHUJDPRWD RX PH[HULFD OLPD PDom PDQJDED PDPmR
PDUDFXMiPHODQFLDPHOmRPRUDQJRSHTXLSrUDSrVVHJRSLWDQJDSRPHOR
URPmXPEXXYD6mRDOLPHQWRVFRPPXLWDV¿EUDVYLWDPLQDVHPLQHUDLVDOpP
GHSRVVXtUHPVXEVWkQFLDVTXHSURWHJHPFRQWUDGRHQoDV
$SURGXomRDUWHVDQDORXLQGXVWULDOGRDoDtGHYHUHVSHLWDUDVQRUPDVGHKLJLHQH
HSURFHVVDPHQWRTXHSUHYLQHPDFRQWDPLQDomRFRPRREUDQTXHDPHQWRRXD
pasteurização.
)LJXUD±([HPSORVGHIUXWDV 1 2
1. fruta raspada.
2. fruta amassada.
3. frutas em pedaços para
serem pegas pelas mãos
da criança.
4. corte de frutas sem risco
de sufocamento.
O açaí é uma fruta muito

comum no Norte do Brasil,
comercializada em todo o país.
É muito rico em diferentes
YLWDPLQDVHPLQHUDLV0DVGHYH
se estar atento à origem do
DoDtTXHVHUiFRQVXPLGRSRLV
H[LVWHRULVFRGHFRQWDPLQDomR
por barbeiros contaminados
SHOR SDUDVLWD TXH WUDQVPLWH D
'RHQoDVGH&KDJDV
3 4
83
7RGDV DV IUXWDV SRGHP VHU RIHUHFLGDV jV FULDQoDV &RPR D TXDQWLGDGH H D
variedade das vitaminas e minerais é muito diferente de uma fruta para outra,
pERPYDULDU8PDVXJHVWmRpGDUSUHIHUrQFLDjVIUXWDVGDUHJLmRHFRPSUDU
DVGDHVWDomRGDpSRFDTXDQGRHVWmRPDLVVDERURVDVHEDUDWDV2%UDVLO
possui enorme variedade de frutas. Cada região tem suas opções mais comuns,
acessíveis e de menor preço. Em muitas localidades, estão disponíveis no
TXLQWDOGHFDVDRXQDYL]LQKDQoDHDWpQDVDYHQLGDVHUXDVGDVFLGDGHV
$VIUXWDVGHYHPVHURIHUHFLGDVVHPDGLomRGHDo~FDUSDUDTXHDFULDQoDQmRVH
KDELWXHDRVDERUPXLWRGRFHHUHFRQKHoDPHOKRURVDERUQDWXUDOGRVDOLPHQWRV
(ODVSRGHPVHUUDVSDGDVRXDPDVVDGDVFRPJDUIRHRXRIHUWDGDVHPSHGDoRV
SDUDTXHDFULDQoDSRVVDVHJXUDUFRPVXDVSUySULDVPmRV)UXWDVSHTXHQDVRX
FRPFDURoRVFRPRXYDHDFHURODH[LJHPPDLRUDWHQomRSRLVSRGHPSURYRFDU
engasgo. Nesses casos, devem ser retiradas as sementes e cortadas em pedaços
EHPSHTXHQRVGLYLGLUFDGDIUXWDHPDSHGDoRV
Para variar, as frutas também podem ser oferecidas cozidas ou assadas sem
DGLomRGHDo~FDURXDGRoDQWH(VVDVSUHSDUDo}HVVmRIRUPDV~WHLVGHFRQVHUYDU
e aproveitar esses alimentos, evitando desperdício. Bananas muito maduras
SRGHPVHUFR]LGDVHUHQGHUXPSXUrPDomVSRGHPVHUIDWLDGDVHFR]LGDVFRP
XPSRXFRGHVXFRGHODUDQMDQROXJDUGRDo~FDU
Por que oferecer frutas em vez de sucos?
+iLQ~PHUDVUD]}HVTXHMXVWL¿FDPGDUjVFULDQoDVDIUXWDHPSHGDoRVHPYH]
GHQDIRUPDOtTXLGD
• $RPDVWLJDUXPDIUXWDDFULDQoDH[HUFLWDDPXVFXODWXUDGDERFDHGRURVWR
HSRGHVHQWLUDWH[WXUDGDIUXWD
• 6H R VXFR IRU FRDGR Ki UHGXomR GDV ¿EUDV GD IUXWD TXH SUHYLQHP D
FRQVWLSDomRLQWHVWLQDOSULVmRGHYHQWUHRXLQWHVWLQRSUHVR
• 3HORIDWRGHRVVXFRVVHUHPJHUDOPHQWHDGLFLRQDGRVGHDo~FDUVHXFRQVXPR
HVWiUHODFLRQDGRFRPRGHVHQYROYLPHQWRGHFiULHHH[FHVVRGHSHVRHQWUH
RXWURVSUREOHPDVGHVD~GH
84
1
• 2FRQVXPRGHVXFRHPKRUiULRSUy[LPRj
UHIHLomRSRGHGHL[DUDFULDQoDVDWLVIHLWD
HID]HUFRPTXHHODGLPLQXDRFRQVXPR
dos outros alimentos.
2 • 4XDQGRDFULDQoDVHKDELWXDDWRPDUVXFR
SDUDPDWDUDVHGHHODSRGHWHUGL¿FXOGDGH
HP EHEHU iJXD SXUD $OpP GLVVR WRPDU
VXFR HP H[FHVVR DXPHQWD D FKDQFH GH
HODDSUHVHQWDUH[FHVVRGHSHVR
3RUWDQWR UHFRPHQGDVH TXH QmR VHMDP

3
oferecidos sucos de frutas à criança menor
GH DQR PHVPR DTXHOHV IHLWRV VRPHQWH
com fruta. Entre 1 e 3 anos de idade, eles
FRQWLQXDP QmR VHQGR QHFHVViULRV PDV VH
IRUHPRIHUHFLGRVSRGHVHGDUFHUFDGH
P/GHVXFRSRUGLDGHVGHTXHVHMDQDWXUDO
4 GDIUXWDHVHPDGLomRGHDo~FDU3RGHID]HU
parte de uma refeição, sendo oferecido, de
SUHIHUrQFLDDRWpUPLQRGHOD
Parece suco, mas não é

Suco, néctar, refresco e suco em pó:
qual a diferença entre eles?
)LJXUD±&RPSDUDomRGDTXDQWLGDGHGHIUXWDHP
suco, néctar, refresco e refresco em pó.
1. 6XFRHPSyGHIUXWDREWLGRSHODGHVLGUDWDomR
do suco adoçado.
2. 5HIUHVFRGHIUXWDRXSROSDGLOXtGDHPiJXD
SRWiYHOSRGHQGRVHUDGRoDGR
3. 1pFWDU$SDUWLUGHGHIUXWDGLOXtGDHPiJXD
SRWiYHOHDGRoDGR
4. 6XFR1RPtQLPRGHIUXWDGLOXtGDHPiJXD
SRWiYHO
85
)LJXUD±([HPSORVGH )UDQJRGHVȴDGR
alimentos do grupo de 2. Ovo mexido.
carnes e ovos. 3. Carne moída.
3HL[HGHVȴDGR 2
5. Vísceras picadas 3
(em iscas).
Grupo das carnes e ovos
(VWHJUXSRLQFOXLFDUQHVERYLQDGHVXtQRSRUFRFDEULWR

4
FRUGHLURE~IDORDYHVFRHOKRSHVFDGRVIUXWRVGRPDURYRV
GHJDOLQKDHGHRXWUDVDYHV7DPEpPLQFOXLYtVFHUDVRXPL~GRVGH
DQLPDLVItJDGRERYLQRHGHDYHVHVW{PDJRRXEXFKRWULSDPRHOD
GH IUDQJR H RXWUDV SDUWHV LQWHUQDV GH DQLPDLV (VVHV DOLPHQWRV
FRQWrPSURWHtQDJRUGXUDIHUUR]LQFRHYLWDPLQD%HQRFDVRGR
fígado, também muita vitamina A. Todos esses nutrientes são muito
importante para o crescimento e desenvolvimento da criança. 5
7RGRVRVDOLPHQWRVGHVVHJUXSRSRGHPVHURIHUHFLGRVjVFULDQoDVGHYHQGR
VH YDULDU VHPSUH TXH SRVVtYHO 'XUDQWH PXLWR WHPSR IRL UHFRPHQGDGR HYLWDU
FDUQHGHSRUFRSHL[HHFODUDGHRYRQDDOLPHQWDomRQRSULPHLURDQRGHYLGD1R
HQWDQWRKRMHMiVHVDEHTXHHOHVQmRID]HPPDOjFULDQoDHTXHVmRERDVIRQWHV
de nutrientes. Por isso, atualmente é liberada a oferta desses alimentos para
crianças a partir dos 6 meses.
&DUQHVHRYRVSRGHPVHUSUHSDUDGRVGHGLYHUVDVIRUPDVWHQGRVHRFXLGDGRGH
estarem bem cozidos, nunca malpassados ou crus. Quando cozidos, refogados
RX HQVRSDGRV VmR PDLV EHP DFHLWRV SHOD FULDQoD SRU ¿FDUHP PDLV PROKDGRV
H IiFHLV GH FRUWDU 4XDQWR DR SHL[H R SULQFLSDO FXLGDGR p UHWLUDU FRP DWHQomR
WRGDVDVHVSLQKDVHSUHIHULUDTXHOHVFRPHVSLQKDVPDLVIiFHLVGHUHWLUDURXHP
PHQRUTXDQWLGDGH6mRH[HPSORVGHSHL[HVVHPHVSLQKDVRFDomRRSLUDUXFXR
SLQWDGRRWDPEDTXLRMD~HREDJUHTXHSRGHPVHURIHUHFLGRVFRQIRUPHRKiELWR
DOLPHQWDUGDIDPtOLD2VRYRVSRGHPVHUFR]LGRVPH[LGRVSRFKrRXQDIRUPD
GH RPHOHWH FRP XP SRXFR GH yOHR FXLGDQGRVH SDUD TXH HVWH QmR VHMD
DTXHFLGRHPH[FHVVR
86
Parece carne, mas não é

Em muitos alimentos ultraprocessados, as carnes são usadas como ingrediente
SULQFLSDO FRPR KDPE~UJXHU nuggets VDOVLFKD VDODPH OLQJXLoD SUHVXQWR
PRUWDGHOD DSUHVXQWDGR ¿DPEUH SDWr FDUQHV H SHL[HV HPSDQDGRV SURQWRV
SDUDDTXHFLPHQWRHSUDWRVHODERUDGRVFRPFDUQHVSURQWRVRXVHPLSURQWRVSDUD
FRQVXPR (VVHV SURGXWRV FRQWrP PXLWRV DGLWLYRV VyGLR H JRUGXUD VDWXUDGD
2FRQVXPRH[FHVVLYRGHVyGLRHGHJRUGXUDVDWXUDGDWHPVLGRUHODFLRQDGRjV
doenças do coração. Além disso, o consumo de alimentos ultraprocessados feitos
FRPFDUQHHVWiUHODFLRQDGRDRGHVHQYROYLPHQWRGHFkQFHU3RUWDQWRFRPRWRGR
alimento ultraprocessado, eles não devem ser oferecidos à criança e devem ser
evitados pela família.
Grupo dos leites e queijos
O alimento desse grupo mais importante para a criança menor de

2 anos é o leite materno. Também fazem parte do grupo o leite de
RXWURVDQLPDLVFRDOKDGDVLRJXUWHVQDWXUDLVVHPDo~FDUHTXHLMRV
6mRULFRVHPSURWHtQDJRUGXUDFiOFLRHYLWDPLQD$
2OHLWHPDWHUQRpXPDOLPHQWRFRPSOHWRQmRVHQGRQHFHVViULR
oferecer leite de vaca ou de outros animais ou fórmulas infantis
SDUDFULDQoDVTXHVmRDPDPHQWDGDV
2FDIpFRPOHLWHpXPDSUHSDUDomRTXHID]SDUWHGDFXOWXUD
brasileira, porém seu uso não é recomendado para a criança
PHQRUGHDQRV$FDIHtQDTXHHVWiSUHVHQWHQRFDIpQRPDWH
QRFKiSUHWRQRFKiYHUGHQRFKRFRODWHHHPUHIULJHUDQWHVj
EDVH GH FROD p HVWLPXODQWH SRGHQGR GHL[DU D FULDQoD DJLWDGD
por isso, essas bebidas não devem ser oferecidas à criança. Além
GLVVRHVVDVEHELGDVFRQWrPDOJXQVFRPSRVWRVTXHUHGX]HPDDEVRUomRGR
FiOFLR SUHVHQWH QR OHLWH &KiV FRPR FDPRPLOD HUYD FLGUHLUD KRUWHOm SRGHP
VHURIHUHFLGRVSDUDDVFULDQoDVDSDUWLUGRVPHVHVVHPDGLomRGHDo~FDURX
DGRoDQWHGHVGHTXHQmRVXEVWLWXDPQHQKXPDUHIHLomR
87
Parece leite, mas não é

0XLWRV SURGXWRV YHQGLGRV FRPR ³DOLPHQWR LQIDQWLO´ XWLOL]DP OHLWH FRPR
LQJUHGLHQWHPDVVmRDGLFLRQDGRVGHDo~FDUHDGLWLYRV/HLWHVDURPDWL]DGRV
DFKRFRODWDGR GH FDL[LQKD EHELGDV OiFWHDV DGRoDGDV LRJXUWHV DGRoDGRV
FRP VDERU H FRORULGRV DUWL¿FLDOPHQWH LRJXUWHV FRP PHO H WLSR petit suisse,
TXHLMRV WLSR FKHGGDU H IXQGLGR VmR EDVWDQWH FRPXQV QD PHVD GDV IDPtOLDV
brasileiras. Não se engane: esses são alimentos ultraprocessados e não
devem ser oferecidos à criança.
Grupo de amendoim, castanhas e nozes
(VWHJUXSRpFRPSRVWRSRUDOLPHQWRVFRPRDPrQGRDVDPHQGRLP
DYHOmFDVWDQKDVGHFDMXFDVWDQKDGR3DUiGR%UDVLOFDVWDQKD
GH EDUX QR]SHFm SLVWDFKH (VVHV DOLPHQWRV VmR ULFRV
HP PLQHUDLV YLWDPLQDV ¿EUDV JRUGXUDV VDXGiYHLV H
VXEVWkQFLDV DQWLR[LGDQWHV TXH SUHYLQHP GRHQoDV Por
sua consistência dura, podem causar engasgo e
sufocamento, não sendo seguros para serem oferecidos
inteiros à criança. No entanto, se forem triturados ou bem
picados, podem ser ofertados à criança. Por outro lado, as
FDVWDQKDV FRP FREHUWXUDV DoXFDUDGDV RX VDOJDGDV QmR GHYHP
VHUGDGDVSRUFDXVDGDDGLomRGHDo~FDUHGRH[FHVVRGHVDO
Condimentos naturais, especiarias e ervas frescas e secas
6mRWHPSHURVQDWXUDLVTXHDFUHVFHQWDPVDERUDURPDHQXWULHQWHVjFRPLGD
HSHUPLWHPTXHDFULDQoDSHUFHEDDVXWLOH]DGRVVDERUHVGHFDGDDOLPHQWR
$OJXQV H[HPSORV GH WHPSHURV QDWXUDLV XWLOL]DGRV QR %UDVLO VmR DOHFULP
DoDIUmR GD WHUUD F~UFXPD FDQHOD FHEROLQKD FKHLURYHUGH FKLFyULD GR
3DUi FRHQWUR FRPLQKR FUDYR JHQJLEUH ORXUR PDQMHULFmR RUpJDQR
SLPHQWDV GH GLYHUVRV WLSRV VDOVD ViOYLD H WRPLOKR $OLPHQWRV FRPR
FHERODDOKROLPmRODUDQMDD]HLWHVyOHRVHRXWURVDOLPHQWRVin natura ou
minimamente processados também podem ser usados como temperos.
88
Parece tempero natural, mas não é

&DOGRV HP FXERV HP Sy RX OtTXLGRV H PROKRV SURQWRV VmR DOLPHQWRV
XOWUDSURFHVVDGRV FRP JUDQGHV TXDQWLGDGHV GH VDO JRUGXUD
Do~FDUHVJOXWDPDWRPRQRVVyGLFRHRXWURVDGLWLYRVTXtPLFRV
1mRGHYHPVHUXWLOL]DGRVQDVSUHSDUDo}HVFXOLQiULDVTXH
serão servidas para a criança.
Água
)RQWHHVVHQFLDOSDUDDYLGDDiJXDWDPEpPpXP
DOLPHQWR $ FULDQoD HP DPDPHQWDomR H[FOXVLYD
QmR SUHFLVD EHEHU iJXD SRLV R OHLWH PDWHUQR
KLGUDWD QD PHGLGD FHUWD $ SDUWLU GRV PHVHV
TXDQGRDFULDQoDFRPHoDUDUHFHEHURXWURVDOLPHQWRV
D iJXD GHYH VHU RIHUHFLGD HP FRSR SULQFLSDOPHQWH QRV
intervalos entre as refeições.
2IHUHFHUiJXDpLPSRUWDQWHSRLVDFULDQoDQmRSHUFHEHTXHHVWiFRPVHGHHQmR
SHGHiJXD'HL[DUVHPSUHXPFRSRRXJDUUD¿QKDFRPiJXDWDPSDGDHDFHVVtYHO
pXPDERDHVWUDWpJLD(POXJDUHVPXLWRTXHQWHVDQHFHVVLGDGHGHiJXDpPDLRU
Água boa de beber
3DUD HYLWDU FRQWDPLQDo}HV H GRHQoDV FRQVXPD DSHQDV iJXD SUySULD SDUD

FRQVXPR$ iJXD SUySULD SDUD FRQVXPR KXPDQR QmR WHP JRVWR FKHLUR RX
FRU TXH D GHL[H FRP DVSHFWR GHVDJUDGiYHO (OD GHYH VHU OLPSD H QmR SRGH
FRQWHUPLFURUJDQLVPRVHVXEVWkQFLDVTXHSRGHPFDXVDUGRHQoDV,PSRUWDQWH
WDPEpPWHUDWHQomRFRPFDL[DVG¶iJXDFLVWHUQDV¿OWURVGHEDUURJDUUDIDVH
GHPDLVUHVHUYDWyULRVHUHFLSLHQWHVTXHDUPD]HQDPDiJXDSDUDFRQVXPR
em casa. Eles devem ser limpos regularmente.
$ iJXD IRUQHFLGD SHOD UHGH S~EOLFD GH DEDVWHFLPHQWR p JHUDOPHQWH

DGHTXDGDGHSRLVGHVHU¿OWUDGD
89
(PORFDLVRQGHQmRKiWUDWDPHQWRGHiJXDHODGHYHUiVHU¿OWUDGDHWUDWDGD
FRPVROXomRGHKLSRFORULWRGHVyGLRDPLVWXUDUGXDVJRWDVGDVROXomR
GHKLSRFORULWRSDUDFDGDOLWURGHiJXDHDJXDUGDUPLQXWRVRXFRQIRUPHDV
RULHQWDo}HVGRIDEULFDQWHSUHVHQWHVQRUyWXOR2LGHDOpTXHDiJXDWUDWDGD
FRPRKLSRFORULWRVHMDXWLOL]DGDQRPHVPRGLDRXQRPi[LPRQRGLDVHJXLQWH
1DIDOWDGRKLSRFORULWRpQHFHVViULR¿OWUDUHIHUYHUDiJXDSRUFLQFRPLQXWRV
antes de usar ou beber. Os cinco minutos devem ser contados após a
HEXOLomRRXVHMDDSyVDVSULPHLUDVEROKDVGRLQtFLRGDIHUYXUD
Alimentos que contêm ferro e vitamina A
6mR QXWULHQWHV HVSHFLDOPHQWH LPSRUWDQWHV SDUD D FULDQoD $ GH¿FLrQFLD GH

IHUUR FDXVD DQHPLD TXH SUHMXGLFD R GHVHQYROYLPHQWR H D FDSDFLGDGH GH
DSUHQGL]DJHP $ GH¿FLrQFLD GH YLWDPLQD $ DXPHQWD R ULVFR GH LQIHFo}HV H
provoca importantes problemas visuais, podendo até mesmo levar à cegueira.
Para prevenir esses problemas na infância, é muito importante a criança ser

DPDPHQWDGDDWpDQRVRXPDLVVHQGRGHIRUPDH[FOXVLYDDWpPHVHV$SDUWLU
dos 6 meses de idade, apesar de o leite materno continuar a fornecer ferro de boa
DEVRUomRHTXDVHPHWDGHGDYLWDPLQD$TXHDFULDQoDSUHFLVDpQHFHVViULRRIHUHFHU
GLDULDPHQWHRXWURVDOLPHQWRVTXHFRQWHQKDPHVVHVQXWULHQWHV
- Alimentos que contêm ferro:FDUQHVIHLMmRItJDGRRYRYHUGXUDVGHFRU

YHUGHHVFXURFRPRHVSLQDIUHFDUXUXFKLFyULDMDPEXHEHUWDOKD2IHUURGH
origem animal é facilmente absorvido pelo organismo. O ferro dos alimentos
de origem vegetal é mais bem aproveitado se, na mesma refeição, estiverem
SUHVHQWHV DOLPHQWRV ULFRV HP YLWDPLQD & FRPR ODUDQMD DEDFD[L DFHUROD
JRLDEDPDQJDFDMXOLPmRPDPmRWDQJHULQDRXEHUJDPRWDRXPH[HULFD
URPmHFDPXFDPXHQWUHRXWUDV
- Alimentos que contêm vitamina A:ItJDGRRYROHJXPHVGHFRUDODUDQMDGD

FRPR DEyERUD FHQRXUD YHUGXUDV GH FRU YHUGHHVFXUR FRPR FRXYH WDLRED
FKLFyULDHVSLQDIUHHDOJXPDVIUXWDVFRPRPDPmRHPDQJD
90
3RU WHUHP PDLRU ULVFR GH GHVHQYROYHU GH¿FLrQFLDV GH IHUUR H YLWDPLQD$ DV
crianças entre 6 meses e 2 anos de idade podem precisar receber suplementos
GHVVHV QXWULHQWHV 6RPHQWH SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH SRGHP SUHVFUHYHU
VXSOHPHQWRV 1DV 8QLGDGHV %iVLFDV GH 6D~GH p SRVVtYHO WHU DFHVVR DRV
SURJUDPDVGHVXSOHPHQWDomRUHFRPHQGDGRVSHOR0LQLVWpULRGD6D~GH
Para mais
informações:
acesse o site da Secretaria

GH$WHQomR3ULPiULDj6D~GHGR
0LQLVWpULRGD6D~GHRXSURFXUH
a Unidade Básica de Saúde
PDLVSUy[LPDGHVXDFDVD
91
92
A CRIANÇA
E A ALIMENTAÇÃO
A PARTIR DOS 6 MESES
A partir dos 6 meses, o leite materno deve ser mantido, novos alimentos devem
ser oferecidos e uma diversidade de cores, sabores, texturas e cheiros deve ser
apresentada à criança. Uma alimentação adequada e saudável é fundamental
para o crescimento e desenvolvimento da criança. Conheça nessa seção que
alimentos novos são esses e como oferecê-los para a criança em cada faixa etária.
Desenvolvimento e alimentação da criança
Os dois primeiros anos de vida são decisivos para o crescimento e

GHVHQYROYLPHQWRGDFULDQoD$OpPGHJDQKDUSHVRHDOWXUDHODHVWiDSUHQGHQGR
DID]HUFRLVDVQRYDV$XPHQWDPVXDVKDELOLGDGHVHDJLOLGDGHHDOpPGLVVR
DFRQWHFHPLPSRUWDQWHVPRGL¿FDo}HVQDVXDUHODomRFRPRDPELHQWHHFRPDV
pessoas ao seu redor. Nesse período, a criança desenvolve as capacidades
GH VXVWHQWDU D FDEHoD SHJDU REMHWRV VHQWDU HQJDWLQKDU ¿FDU GH Sp DQGDU
e falar, bem como a capacidade de mastigar. Ela começa recebendo o leite
materno, passa pelos alimentos amassados e picados, até aceitar a mesma
FRQVLVWrQFLDGDFRPLGDGDIDPtOLD
O crescimento e o desenvolvimento dependem das características próprias da

criança e de sua relação com o meio social. Para crescer e se desenvolver de
IRUPDSOHQDDFULDQoDQHFHVVLWDGHXPDDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHO
FXLGDGRSURWHomRHDIHWRSDUDTXHVHVLQWDVHJXUDDPDGDHYDORUL]DGD
Até os 6 meses, o leite materno é o alimento ideal para a criança. Ele oferece
WXGRRTXHDFULDQoDSUHFLVDSDUDFUHVFHUHVHGHVHQYROYHUVHPQHFHVVLGDGH
GHQHQKXPRXWURDOLPHQWRQHPPHVPRiJXD$OpPGLVVRSHOROHLWHPDWHUQR
a criança percebe sutilmente os sabores da comida consumida pela mãe. Isso
IDFLOLWDDDFHLWDomRGRVDOLPHQWRVTXHHODSDVVDUiDUHFHEHU
93
A partir de 6 meses de idade, a criança precisa de mais nutrientes e outros

alimentos devem ser oferecidos, juntamente com o leite materno. Nessa idade, a
maioria das crianças é capaz de fazer movimentos de mastigação mesmo antes
de surgirem os primeiros dentes, demonstra interesse pelos alimentos e gosta de
participar das refeições familiares.
6DERUHV WH[WXUDV FKHLURV H FRUHV GRV DOLPHQWRV VmR SDUWH HVVHQFLDO QD
evolução da mastigação e no desenvolvimento como um todo. Além disso, a
DOLPHQWDomRFRQWULEXLSDUDDIRUPDomRGDLGHQWLGDGHSRLVSHUPLWHTXHDFULDQoD
DSUHQGDPXLWRVREUHVLHVREUHRDPELHQWHHPTXHYLYH$VSUiWLFDVDOLPHQWDUHV
GDIDPtOLD²RTXHFRPRHTXDQGRDFULDQoDFRPH²GHVHPSHQKDPSDSHO
LPSRUWDQWHQDIRUPDomRGHKiELWRVVDXGiYHLVSDUDWRGDDYLGDHLQÀXHQFLDUmR
sua relação com a comida.
Para saber mais sobre crescimento e desenvolvimento infantil, consulte a

Caderneta da Criança. É importante que todas as crianças sejam levadas
rotineiramente ao serviço de saúde para o acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento. Observe atentamente o número e a época das consultas de
rotina recomendados na Caderneta da Criança.
O momento de início da oferta de outros alimentos para crianças prematuras

GHYH VHU LQGLFDGR SHOR SUR¿VVLRQDO GH VD~GH 4XDQGR D IDPtOLD FRPHoDU D
RIHUHFrORV DV RULHQWDo}HV VREUH RV WLSRV GH DOLPHQWRV H D IRUPD GH RIHUWD
VHUmRLJXDLVDRVGHVFULWRVQHVWDVHomRHQDVHomR³&RQKHFHQGRRVDOLPHQWRV´
Um momento de aprendizagem para todos
Cuidar da criança, incluindo o cuidado com a sua alimentação, é uma tarefa

FROHWLYDHGHYHVHUFRPSDUWLOKDGDSRUWRGRVRVLQWHJUDQWHVGDIDPtOLD²PmHSDL
FRPSDQKHLURHFRPSDQKHLUDGDPmHHGRSDLDYyVDY{VGHPDLVIDPLOLDUHV²
HWDPEpPSRUSHVVRDVSUy[LPDVjIDPtOLDFXLGDGRUHVRXTXDOTXHURXWUDSHVVRD
TXHFRQYLYDFRPHODeLPSRUWDQWHTXHDVSHVVRDVHQYROYLGDVQDDOLPHQWDomR
VDLEDP UHFRQKHFHU H GLIHUHQFLDU DV QHFHVVLGDGHV GH DOLPHQWDomR KLJLHQH
LQWHUDomRHDIHWR&RQYHUVDUVREUHDVTXHVW}HVUHODFLRQDGDVjHGXFDomRHj
DOLPHQWDomRDMXGDDHYLWDUFRQGXWDVFRQÀLWDQWHV
94
7RGDDIDPtOLDSRGHHVWDUHQYROYLGDPDVpERPGH¿QLUUHVSRQVDELOLGDGHVHGLYLGLU
DVWDUHIDVGHSODQHMDPHQWRSUHSDURHRIHUWDGLiULDGHUHIHLo}HV(VVDVDWLYLGDGHV
SRGHPVHUDOWHUQDGDVSDUDHYLWDUTXHXPD~QLFDSHVVRD¿TXHVREUHFDUUHJDGD
Comendo de forma adequada e saudável
A casa é o principal ambiente alimentar da criança. Esse ambiente envolve os

alimentos disponíveis e a relação das pessoas com a comida. A alimentação deve ser
XPPRPHQWRGHH[SHULrQFLDVSRVLWLYDVDSUHQGL]DGRHDIHWR2DPELHQWHDFROKHGRU
HWUDQTXLORHDERDUHODomRHQWUHDFULDQoDHDVSHVVRDVTXHFXLGDPGHODSRGHP
LQÀXHQFLDUGHIRUPDSRVLWLYDDDFHLWDomRGRVDOLPHQWRV4XDQGRDFULDQoDUHDOL]DD
refeição com a família, ela recebe estímulos para o seu aprendizado. É fundamental
TXHTXHPDOLPHQWDDFULDQoDWHQKDFRPHODXPDUHODomRGHDIHWRHFRQ¿DQoDHFODUR
SDFLrQFLD(VWHpXPSURFHVVRGHDSUHQGL]DJHPTXHGHPDQGDWHPSRHLVVRGHYH
ser considerado na organização da rotina da criança e da família.
Respeitando os sinais de fome e saciedade
4XDQGRDFULDQoDpPXLWRSHTXHQDHODDLQGDQmRFRQVHJXHFRPXQLFDUYRQWDGHV
e necessidades por meio de palavras. Então, ela utiliza outras formas para se
H[SUHVVDUID]VRQVFRPDERFDFKRUDGiULVDGDPRYLPHQWDDVPmRVDFDEHoD
e o corpo. Em relação à alimentação, desde os primeiros momentos de vida, para
GHPRQVWUDUTXHTXHUVHDOLPHQWDUDFULDQoDPRVWUDVLQDLVGHIRPH
3DUDPRVWUDUTXHQmRTXHUPDLVFRPHUHTXHMiHVWiVDWLVIHLWDHODPRVWUDVLQDLV
GHVDFLHGDGH3RUH[HPSORTXDQGRHVWiVDWLVIHLWDHPXPDPDPDGDODUJDRSHLWR
RXDGRUPHFHTXDQGRHVWiVDWLVIHLWDHPXPDUHIHLomRYLUDRURVWRRXQmRTXHU
mais abrir a boca.
$SDUWLUGRVPHVHVTXDQGRFRPHoDDVHUDOLPHQWDGDFRPRXWURVDOLPHQWRV
além do leite materno, a atenção e o respeito aos sinais de fome e saciedade
são fundamentais para o processo de aprendizagem da criança em relação
à alimentação e para o seu pleno desenvolvimento. Os sinais de fome e de
saciedade variam de acordo com a idade. Ao perceber esses sinais, a pessoa
TXHFXLGDGDFULDQoDGHYHUHVSRQGHUGHIRUPDDWLYDFDULQKRVDHUHVSHLWRVD
RIHUHFHQGRRDOLPHQWRjFULDQoDTXDQGRHODGHPRQVWUDVHQWLUIRPHHSDUDQGR
95
Figura 25 – Criança aceita o alimento oferecido.
GH GDU TXDQGR HOD GHPRQVWUD TXH HVWi VDWLVIHLWD $VVLP VH D
FULDQoDGHPRQVWUDUTXHUHUFRPHUPDLVGHYHVHRIHUHFHUPDLV
FRPLGD VH HOD QmR TXLVHU PDLV FRPHU QmR VH GHYH LQVLVWLU
QHPIRUoDUSDUDTXHHODFRPD1mRVHGHYHIRUoDUDFULDQoD
D VHPSUH ³OLPSDU R SUDWR´ SRLV LVVR SRGH SUHMXGLFDU VXD
KDELOLGDGHGHFRQWURODURDSHWLWHHOHYDUDRJDQKRGHSHVR
H[FHVVLYReSUHFLVRWHUDWHQomRDRULWPRHDRFRPSRUWDPHQWR
da criança. Por vezes ela pode parar de comer por algum tempo
só para descansar e, depois, voltar a comer. Ou pode se distrair com o
ambiente e parar de comer antes de estar saciada. Para diferenciar essas
VLWXDo}HVpSUHFLVRFRQKHFHUVXDVUHDo}HV
Figura 26 – Criança rejeita o alimento oferecido.
A interação com a criança durante a refeição
A relação da criança com a comida leva tempo para ser

FRQVWUXtGD H[LJLQGR TXH FXLGDGRUHV WHQKDP DWHQomR H
SDFLrQFLD$IRUPDGHFXLGDUHGHRIHUHFHUDUHIHLomRSRGHDMXGDU
RX GL¿FXOWDU HVVD DSUHQGL]DJHP &RPHU MXQWR FRP VDWLVIDomR
elogiando a comida, incentiva a criança a comer e a gostar de comer.
&RQYHUVDUFRPDFULDQoDGXUDQWHDUHIHLomRIDODUVREUHRDOLPHQWRTXHHVWi
QRSUDWRROKDUSDUDHODHVRUULUJHUDOPHQWHGmRERQVUHVXOWDGRV
3RURXWURODGRGDUDOLPHQWRVHPUHVSRVWDDTXDOTXHUFKRURDSUHVVDU
ou pressionar a criança para comer por meio de ameaças,
FKDQWDJHQVHRXSXQLo}HVRIHUHFHUTXDQWLGDGHVH[FHVVLYDVGH
DOLPHQWRVRXIRUoDUDFRPHUWRGDDFRPLGDGRSUDWRVmRSUiWLFDV
TXHID]HPDFULDQoDFRPHUPDLVGRTXHSUHFLVDRXPHQRVGR
TXH GHYHULD H FRQWULEXHP SDUD XPD UHODomR QHJDWLYD FRP D
comida, provocando momentos de estresse e frustrações tanto
para cuidadores como para a criança.
)LJXUD±&ULDQoDIHFKDDERFDHGHVYLDDFDEHoDHPUHMHLomRDRDOLPHQWR
96
e GHVDFRQVHOKiYHO WHQWDU FRQWRUQDU VLWXDo}HV GH FRQIURQWR FRP R XVR GH

DUWLItFLRV FRPR RIHUHFHU UHFRPSHQVDV SHOR FRQVXPR GH DOLPHQWRV TXH D
FULDQoDQmRJRVWDRXHVFRQGrORVQRSUDWRHPEDL[RGHRXWUDVFRPLGDV4XDQGR
VHGiXPDUHFRPSHQVDDFULDQoDSRGHDVVRFLDURFRPHU³EHP´RXQDTXDQWLGDGH
DGHTXDGD FRP DOJXP EHQHItFLR RX VHQWLPHQWR FRPR SRU H[HPSOR JDQKDU XP
EULQTXHGRRXID]HUXPDDWLYLGDGHGHTXHJRVWD,VVRSRGHFRQWULEXLUSDUDTXHD
FULDQoDFRQVWUXDXPDUHODomRGHGHSHQGrQFLDHQWUHDFRPLGDHDUHFRPSHQVD
'XUDQWH D UHIHLomR D DWHQomR GD FULDQoD GHYH HVWDU YROWDGD SDUD DTXHOH
PRPHQWR e GHVDFRQVHOKiYHO TXH HOD VHMD DOLPHQWDGD HQTXDQWR DQGD H
brinca pela casa. Outros atrativos, como televisão, celular, computador ou
tablet SRGHPGLVWUDtODJHUDQGRGHVLQWHUHVVHSHODFRPLGD,VVRID]FRPTXHR
SURFHVVRGHDSUHQGL]DJHPQmRDFRQWHoDGDIRUPDGHVHMiYHO4XDQGRDFULDQoD
FRPHXWLOL]DQGRHVVDVGLVWUDo}HVSRUPDLVTXHSDUHoDHVWDUVHDOLPHQWDQGR
PHOKRU HOD FRPH GH IRUPD DXWRPiWLFD VHP SUHVWDU DWHQomR DR DOLPHQWR
H PXLWDV YH]HV SRGH FRPHU HP H[FHVVR ,VVR SRGH FDXVDU GDQRV IXWXURV
FRPRSHUGDGRFRQWUROHGRPHFDQLVPRGHIRPHHVDFLHGDGHDOpPGHJDQKR
H[FHVVLYRRXSHUGDGHSHVR
2XWUR DVSHFWR LPSRUWDQWH OLJDGR DR XVR GRV HTXLSDPHQWRV HOHWU{QLFRV p D

H[SRVLomR GD FULDQoD D SURSDJDQGDV GH DOLPHQWRV XOWUDSURFHVVDGRV (ODV
FRVWXPDPVHUDWUDHQWHVHSRGHPYLUDVVRFLDGDVDSHUVRQDJHQVGHGHVHQKRV
HEULQTXHGRVFRPRVXSHUKHUyLVHSULQFHVDV(VVHVDVSHFWRVOHYDPDFULDQoD
D GHVHMDU R DOLPHQWR SURSDJDQGHDGR 3RU LVVR HYLWDU VXD H[SRVLomR DR
celular, computador, tablet HWHOHYLVmRDMXGDDSURWHJrODHLPSHGHSUHMXt]RVj
DOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHO7DPEpPpERPOHPEUDUTXHRXVRGHVVHV
HTXLSDPHQWRV SHOD SHVVRD TXH HVWi RIHUHFHQGR D FRPLGD SDUD D FULDQoD
LQWHUIHUHQDLQWHUDomRHDFHLWDomRGRDOLPHQWR&XLGHSDUDTXHDDOLPHQWDomR
VHMD SUD]HURVD H SURFXUH VHSDUDU R PRPHQWR GD DOLPHQWDomR GDTXHOHV GH
distração e agitação.
Para saber mais sobre esse assunto, leia a seção “Alimentação adequada e
VDXGiYHOOLGDQGRFRPRVGHVD¿RVGRFRWLGLDQR´
97
A forma de cuidar e de oferecer
a refeição pode ajudar ou dificultar
o aprendizado da alimentação
Estimule a criança:
• FRORFDQGRDSDUDFRPHUMXQWRGDIDPtOLDID]HQGRXPSUDWRVRPHQWHSDUDHOD
• GHL[DQGRDOLYUHSDUDVHJXUDURVDOLPHQWRVXWHQVtOLRV
• variando as formas de apresentação dos alimentos: um prato bonito, colorido,
FKHLURVRHVDERURVRPRWLYDDFULDQoDDFRPHU
• LQWHUDJLQGR FRP HOD H GL]HQGR VHPSUH R QRPH GRV DOLPHQWRV TXH HOD HVWi
FRPHQGR
• GHGLFDQGRWHPSRHSDFLrQFLDDRVPRPHQWRVGHUHIHLomRGDFULDQoD
• SDUDEHQL]DQGRHHORJLDQGRRFRQVXPRGRVDOLPHQWRVUHIHLo}HV
Evite atitudes como:
• IRUoDUDFULDQoDDFRPHU
• RIHUHFHUDWUDWLYRVFRPR79FHOXODUWDEOHWHQTXDQWRDFULDQoDFRPH
• XWLOL]DUDSDUHOKRVHOHWU{QLFRVHQTXDQWRRIHUHFHFRPLGDjFULDQoD
• DOLPHQWDUDFULDQoDHQTXDQWRHODDQGDHEULQFDSHODFDVD
• HVFRQGHUDOLPHQWRVTXHDFULDQoDQmRJRVWDHPSUHSDUDo}HV
Evite dizer frases do tipo:
• ³6HUDVSDURSUDWRWRGRYDLJDQKDUVREUHPHVD´
• ³9RX¿FDUWmRWULVWHVHYRFrQmRFRPHU´
• ³6HYRFrQmRFRPHUQmRYDLEULQFDU´
• ³3RUIDYRUVyPDLVXPDFROKHU]LQKD´
(¿TXHDWHQWRDRVVLQDLVGHIRPHHVDFLHGDGHGDFULDQoD
98
eIXQGDPHQWDOTXHWRGDDIDPtOLDYDORUL]HRPRPHQWRGDDOLPHQWDomR$FULDQoD
VHPSUHSUHVWDDWHQomRDWXGRHPVXDYROWD(ODWHQGHDLPLWDUHUHSHWLURTXH
DVRXWUDVSHVVRDVID]HP&RPHUMXQWRjIDPtOLDSRUH[HPSORID]FRPTXHD
UHIHLomRVHMDXPDH[SHULrQFLDGHWRGRV,VVRDMXGDDFULDQoDDVHLQWHUHVVDU
HPH[SHULPHQWDUQRYRVDOLPHQWRVHGHL[DDVUHIHLo}HVPDLVSUD]HURVDV6H
HOD SHUFHEH TXH D IDPtOLD JRVWD GH FRPHU DOLPHQWRV VDXGiYHLV WHUi PDLV
IDFLOLGDGHHPDFHLWiORV
Figura 28 – Refeição em família.
As melhores práticas para a alimentação adequada e

saudável da criança entre 6 meses e 2 anos de idade
O leite materno deve continuar a ser oferecido
$FULDQoDGHYHPDPDUVHPSUHTXHTXLVHU/RJRQRLQtFLRRV
novos alimentos podem ser oferecidos depois das mamadas
QRSHLWR6HDFULDQoDHVWLYHUDJLWDGDRXFKRURVDDPDPHQWDU
SRGH VHU XPD IRUPD GH DFDOPiOD DQWHV GH RIHUHFHU RXWURV
DOLPHQWRV 3RGH VHU TXH R EHEr GXUPD DSyV D PDPDGD 1mR
Ki SUREOHPD 4XDQGR HOH DFRUGDU RIHUHoD D UHIHLomR DGHTXDGD DR
KRUiULR¬PHGLGDTXHDFULDQoDFUHVFHHDFHLWDPHOKRURDOPRoRHMDQWDU
ROHLWHPDWHUQRGHYHVHURIHUHFLGRVRPHQWHVHDFULDQoDGHPRQVWUDUTXHGHVHMD
PDPDU(VVHpXPSHUtRGRGHWUDQVLomRSRULVVRDIDPtOLDGHYHREVHUYDUTXDOD
PHOKRUHVWUDWpJLDDVHUXWLOL]DGDSDUDTXHDFULDQoDFRQWLQXHPDPDQGR
QRSHLWRHWDPEpPDFHLWHQRYRVDOLPHQWRV&DVRDFULDQoDWHQKD
PDLV UHVLVWrQFLD HP DFHLWDU RV QRYRV DOLPHQWRV p SUHFLVR
WHUSDFLrQFLDHSHUVLVWLU1RLQtFLRGDLQWURGXomRGRVRXWURV
DOLPHQWRVQmRpSUHFLVRVHSUHRFXSDUFRPDTXDQWLGDGH
TXH D FULDQoD FRQVRPH SRLV R OHLWH PDWHUQR FRQWLQXD
sendo o principal alimento da criança. Adiar a época de
LQWURGXomR GRV RXWURV DOLPHQWRV SRGH GL¿FXOWDU TXH D
criança aceite a alimentação no futuro.
99
Se a criança estiver sendo amamentada, não é recomendado dar outro leite ou

IyUPXODLQIDQWLOSRUTXHHVVHVDOLPHQWRVVmRGHVQHFHVViULRVHSRGHPGHVHVWLPXODU
DFULDQoDDPDPDUQRSHLWR6HIRUQHFHVViULRTXHDPmHVHDXVHQWHHODSRGH
UHWLUDUHDUPD]HQDUROHLWHGRSHLWRSDUDTXHRXWUDSHVVRDRRIHUHoDjFULDQoD
3DUDVDEHUPDLVVREUHLVVRYHMDRWySLFR³&RPRUHWLUDUDUPD]HQDUHRIHUHFHUR
OHLWHPDWHUQR´QDVHomR“Leite Materno: o primeiro alimento”.
Para matar a sede, ofereça água
ÈJXDpXPDOLPHQWRHVVHQFLDOSDUDKLGUDWDUDFULDQoD(ODGHYHVHUGDGDDSDUWLU
GR PRPHQWR HP TXH QRYRV DOLPHQWRV DOpP GR OHLWH PDWHUQR VmR LQFOXtGRV QD
URWLQD GD FULDQoD &RP IUHTXrQFLD QR OXJDU GD iJXD PmHV SDLV IDPLOLDUHV H
GHPDLVFXLGDGRUDVHFXLGDGRUHVRIHUHFHPiJXDGHFRFRVXFRVQDWXUDLVGHIUXWD
ou bebidas industrializadas, como refrescos, bebidas à base de frutas com ou
VHPVRMDVXFRQpFWDUUHIUHVFRV[DURSHVFRPVDERUFRPRJURVHOKDJXDUDQi
XYDHWFFKiVJHODGRVPHVPRRVFDVHLURVTXDQGRDGRoDGRVUHIULJHUDQWHVRX
EHELGDV JDVHL¿FDGDV ,VVR QmR p UHFRPHQGiYHO SRLV DOpP GH HVVDV EHELGDV
SRGHUHPFRQWHUDo~FDUVyGLRHDGLWLYRVTXtPLFRVHVVDSUiWLFDDFDEDKDELWXDQGR
a criança a matar a sede apenas com bebidas açucaradas ou saborizadas e
DXPHQWDDFKDQFHGHDFULDQoDDSUHVHQWDUH[FHVVRGHSHVRFiULHHGLDEHWHV
3DUDVDEHUPDLVYHMDRWySLFR³Água” na seção “Conhecendo os alimentos”.
Comida da criança com consistência adequada
1RLQtFLRDFULDQoDGHYHUiUHFHEHUDFRPLGDDPDVVDGDFRPJDUIR(PVHJXLGD
GHYHVHHYROXLUSDUDDOLPHQWRVSLFDGRVHPSHGDoRVSHTXHQRVUDVSDGRVRX
GHV¿DGRV SDUD TXH D FULDQoD DSUHQGD D PDVWLJiORV 7DPEpP SRGHP VHU
RIHUHFLGRVDOLPHQWRVPDFLRVHPSHGDoRVJUDQGHVSDUDTXHHODSHJXHFRPD
PmRHOHYHjERFD4XDQGRMiHVWLYHUXPSRXFRPDLRUDFULDQoDSRGHFRPHUD
FRPLGDGDIDPtOLDFRUWDQGRVHRVSHGDoRVJUDQGHVTXDQGRQHFHVViULR
1mRRIHUHoDSUHSDUDo}HVOtTXLGDVHQHPXVHOLTXLGL¿FDGRUmixer ou peneira. Se a
FULDQoDFRQWLQXDUFRPDFRQVLVWrQFLDOtTXLGDWHUiGL¿FXOGDGHHPDFHLWDUDOLPHQWRV
mais sólidos no futuro, podendo apresentar engasgo e ânsia de vômito. Alimentos
OtTXLGRVFRPRVRSDVVXFRVHFDOGRVSRUFRQWHUHPPDLViJXDIRUQHFHPPHQRV
100
HQHUJLDHQXWULHQWHVGRTXHDFULDQoDSUHFLVD$FRQVLVWrQFLDDGHTXDGDpDTXHOD
TXHQmRHVFRUUHGDFROKHUTXHp¿UPHTXHGiWUDEDOKRSDUDPDVWLJDUDMXGDQGRQR
desenvolvimento da face e dos ossos da cabeça, colaborando para a respiração
DGHTXDGDHRDSUHQGL]DGRGDPDVWLJDomR
$VLPDJHQVDVHJXLUPRVWUDPH[HPSORVGHUHIHLo}HVFRP
FRQVLVWrQFLDVGLIHUHQWHVSRULGDGHGDFULDQoD
6 meses 8 meses 12 meses Adulto
Figura 29 –
(YROXomRGDFRQVLVWrQFLD $VLPDJHQVWUD]HPTXDQWLGDGHVGHDOLPHQWRVSDUDGLIHUHQWHVIDL[DV
das preparações: HWiULDV$VUHIHLo}HVSDUDFULDQoDVGHHPHVHVHVWmRVHUYLGDVHP
almoço e jantar. pratos de sobremesa e a refeição para adulto, em prato grande e raso.
A quantidade de alimentos oferecida aumenta com o tempo
Quando a criança começa a comer outros alimentos, costuma aceitar pouca

TXDQWLGDGH R TXH SRGH JHUDU DQVLHGDGH QD IDPtOLD e SRVVtYHO DLQGD TXH D
FULDQoDDSHQDVH[SHULPHQWHRVDOLPHQWRV1mRVHSUHRFXSH/HPEUHVHGHTXHp
WXGRQRYLGDGHSDUDHOD¬PHGLGDTXHHODFUHVFHHVHGHVHQYROYHHVVDTXDQWLGDGH
aumenta gradativamente. É preciso respeitar o tempo e a individualidade da
FULDQoD(QTXDQWRHODHVWLYHUSDVVDQGRSRUHVVDIDVHROHLWHPDWHUQRDLQGDp
o principal alimento.
$ PHOKRU PDQHLUD GH VDEHU VH D TXDQWLGDGH GH DOLPHQWRV FRQVXPLGD HVWi
DGHTXDGDpDYDOLDURFUHVFLPHQWR2SHVRHDDOWXUDQDFXUYDGHFUHVFLPHQWR
GHYHPVHUDFRPSDQKDGRVSRUSUR¿VVLRQDLVGHVD~GHHUHJLVWUDGRVQD&DGHUQHWD
da Criança. Se o crescimento e o desenvolvimento estiverem de acordo com o
101
HVSHUDGRpVLQDOGHTXHDDOLPHQWDomRHVWiDGHTXDGD$OJXQVDFRQWHFLPHQWRV
comuns a esta fase podem interferir temporariamente na aceitação dos
alimentos, como o nascimento dos dentes, a separação da mãe por longos
SHUtRGRV H D RFRUUrQFLD GH GRHQoDV$UHMHLomRIUHTXHQWHDRVDOLPHQWRVSRGH
DWUDSDOKDURFUHVFLPHQWRGDFULDQoD$VVROXo}HVSDUDLVVRYDULDPSDUDFDGD
FDVR3URFXUHDXQLGDGHGHVD~GHSDUDRULHQWDo}HVVREUHHVVDVLWXDomR
Figura 30 – Evolução
GDFRQVLVWrQFLDGDV
SUHSDUDo}HVODQFKHV
6 meses 8 meses 12 meses
Novas experiências a cada dia
$V H[SHULrQFLDV FRP QRYRV VDERUHV FKHLURV H WH[WXUDV GXUDQWH R

início da oferta de alimentos, principalmente no primeiro ano de vida,
ajudam a criança a ter uma alimentação variada no futuro. Quanto
maior a variedade de alimentos in natura ou minimamente
processados de diferentes grupos na alimentação, maior a
GLYHUVLGDGH GHQXWULHQWHVRTXHFRQWULEXLSDUDXPFUHVFLPHQWR
VDXGiYHO 2V DOLPHQWRV RIHUHFLGRV GHYHP ID]HU SDUWH GD FXOWXUD
alimentar da família e serem produzidos e comercializados na região
RQGHHODYLYHGHYHQGRVHSULRUL]DURVDOLPHQWRVTXHHVWmRQDVDIUD
Este pode ser um momento para toda a família ampliar a variedade de
DOLPHQWRVTXHFRVWXPDFRPHU1XQFD p WDUGH SDUD H[SHULPHQWDU
novos alimentos. Para estimular o aprendizado da criança, o ideal
é servir a comida no prato com os diferentes alimentos separados,
VHPPLVWXUDU$OpPGHGHL[DURSUDWRDWUDHQWHPRWLYDQGRDFULDQoD
DFRPHUHVVDSUiWLFDSHUPLWHTXHHODSDVVHDFRQKHFHUDOLPHQWRV
GHGLIHUHQWHVVDERUHVFRUHVHWH[WXUDV
102
Comida da família com temperos naturais e quantidade mínima de sal
$FULDQoDSRGHHGHYHGHVGHRLQtFLRVHUDOLPHQWDGDFRPDFRPLGDGDIDPtOLDTXH
GHYHVHUSUHSDUDGDFRPyOHRYHJHWDOHPSHTXHQDTXDQWLGDGHWHPSHURVQDWXUDLV
HFRPXPDTXDQWLGDGHPtQLPDGHVDO2VyOHRVYHJHWDLVFRPRyOHRGHVRMDGH
JLUDVVRO GH PLOKR RX D]HLWH GH ROLYD VmR IRQWHV GH HQHUJLD H LPSRUWDQWHV SDUD R
GHVHQYROYLPHQWRLQIDQWLO3RGHPVHUXVDGRVHPSHTXHQDVTXDQWLGDGHVQRSUHSDUR
GD FRPLGD GD IDPtOLD 1mR VH UHFRPHQGD R VHX XVR HP H[FHVVR SRLV LVVR SRGH
DXPHQWDUPXLWRDTXDQWLGDGHGHFDORULDVGDSUHSDUDomRSRULVVRSUHSDUDo}HVIULWDV
GHYHPVHUHYLWDGDV7HPSHURVQDWXUDLVFRPRFHERODDOKRVDOVDFRHQWURHGHPDLV
ervas e especiarias do gosto da família podem ser usados para temperar a comida,
GHYHQGRVHHYLWDUWHPSHURVSURQWRVHPSyHPFXERVRXOtTXLGRV
Sal na quantidade mínima necessária

$VIDPtOLDVEUDVLOHLUDVFRQVRPHPTXDVHWUrVYH]HVPDLVVyGLRGRTXHROLPLWH
UHFRPHQGDGR SDUD D PDQXWHQomR GD VD~GH 2 VyGLR HVWi SUHVHQWH QR VDO GH
FR]LQKDHWDPEpPpDGLFLRQDGRDSUDWLFDPHQWHWRGRVRVDOLPHQWRVSURFHVVDGRVH
XOWUDSURFHVVDGRVPXLWDVYH]HVHPJUDQGHTXDQWLGDGHPHVPRQDTXHOHVGHVDERU
GRFH2FRQVXPRGHVyGLRHPH[FHVVRDXPHQWDDFKDQFHGHGHVHQYROYLPHQWRGH
SUHVVmRDOWDHHVWiUHODFLRQDGRDRGHVHQYROYLPHQWRGHFkQFHUGHHVW{PDJR3RU
LVVRRFRQVXPRGHVDOHPFDVDUHTXHUDWHQomR(YLWHDOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRV
H GLPLQXD R XVR GH VDO QDV SUHSDUDo}HV FXOLQiULDV 3DUD XPD IDPtOLD GH
TXDWURSHVVRDVTXHSUHSDUDHID]DVUHIHLo}HVHPFDVDGLDULDPHQWHXP
TXLORNJGHVDOGHYHGXUDUSHORPHQRVPHVHVHPHLR7HPSHURV
XOWUDSURFHVVDGRV YHQGLGRV HP FXERV VDFKr RX OtTXLGR WDPEpP
SRVVXHPVyGLRHPH[FHVVRHQmRGHYHPVHUXWLOL]DGRVQDDOLPHQWDomR
da família, principalmente para crianças.
Na seção “Cozinhar em casa”

você encontra ideias de temperos para
a criança e para toda a família.
103
Açúcar não deve

ser oferecido à criança
menor de 2 anos
Nos dois primeiros anos de vida, frutas e bebidas não devem ser adoçadas com
QHQKXP WLSR GH Do~FDU EUDQFR PDVFDYR FULVWDO GHPHUDUD Do~FDU GH FRFR
[DURSHGHPLOKRPHOPHODGRRXUDSDGXUD7DPEpPQmRGHYHPVHURIHUHFLGDV
SUHSDUDo}HVTXHWHQKDPDo~FDUFRPRLQJUHGLHQWHFRPRERORVELVFRLWRVGRFHV
H JHOHLDV 2 Do~FDU WDPEpP HVWi SUHVHQWH HP JUDQGH SDUWH GRV DOLPHQWRV
XOWUDSURFHVVDGRVUHIULJHUDQWHVDFKRFRODWDGRVIDULQKDVLQVWDQWkQHDVFRPDo~FDU
ERORVSURQWRVELVFRLWRVLRJXUWHVVXFRVGHFDL[LQKDHQWUHRXWURV(VVHpXPGRV
PRWLYRVSHORVTXDLVHOHVQmRGHYHPVHURIHUHFLGRVSDUDFULDQoDVSHTXHQDV1mRp
UHFRPHQGDGRXVDUDGRoDQWHVQROXJDUGRDo~FDUSRLVHOHVSRVVXHPVXEVWkQFLDV
TXtPLFDVTXHQmRVmRDGHTXDGDVDHVWDIDVHGDYLGD
2FRQVXPRSUHFRFHGHDo~FDUDXPHQWDDFKDQFHGHJDQKRGHSHVRH[FHVVLYR
GXUDQWHDLQIkQFLDHFRQVHTXHQWHPHQWHRGHVHQYROYLPHQWRGHREHVLGDGHHRXWUDV
GRHQoDVQDYLGDDGXOWD$OpPGLVVRRFRQVXPRGHDo~FDUSRGHSURYRFDUSODFD
EDFWHULDQDHQWUHRVGHQWHVHFiULH&RPRDFULDQoDMiWHPSUHIHUrQFLDSHORVDERU
doce desde o nascimento, se ela for acostumada com preparações açucaradas,
SRGHUiWHUGL¿FXOGDGHHPDFHLWDUYHUGXUDVOHJXPHVHRXWURVDOLPHQWRVVDXGiYHLV
1mRRIHUWDUDo~FDUHSURGXWRVTXHFRQWHQKDPHVVHLQJUHGLHQWHQRVSULPHLURV
DQRVGHYLGDFRQWULEXLSDUDDIRUPDomRGHKiELWRVDOLPHQWDUHVPDLVVDXGiYHLV
Pode oferecer mel?
Apesar de o mel ser um produto natural, não é recomendado oferecer esse

alimento à criança menor de 2 anos. São dois os motivos: o mel contém os
PHVPRVFRPSRQHQWHVGRDo~FDURTXHMiMXVWL¿FDHYLWiOR$OpPGLVVRKiULVFR
de contaminação por uma bactéria associada ao botulismo. A criança menor de 1
ano é menos resistente a essa bactéria, podendo desenvolver essa grave doença,
TXHFDXVDVLQWRPDVJDVWULQWHVWLQDLVHQHXUROyJLFRV
104
Utensílios adequados e seguros
2V XWHQVtOLRV XWLOL]DGRV GHYHP VHU DGHTXDGRV j LGDGH H IHLWRV GH PDWHULDO
UHVLVWHQWH $ FROKHU GHYH VHU GH WDPDQKR TXH FDLED QD ERFD GD FULDQoD H
OtTXLGRVGHYHPVHURIHUWDGRVHPFRSRV$VFULDQoDVPDLRUHVWDPEpPSRGHP
XWLOL]DU JDUIRV FRP WDPDQKR DGHTXDGR SDUD D LGDGH 7DOKHUHV GHVFDUWiYHLV
QmRGHYHPVHUXVDGRVSRLVSRGHPTXHEUDUHPDFKXFDU1mRKiQHFHVVLGDGH
GHDGTXLULUXWHQVtOLRVHVSHFt¿FRVSDUDDFULDQoD0DVVHYRFrFRPSUDUHYLWH
FRSRVTXHWHQKDPFDQXGRVRXPXLWRVGHWDOKHVHPVHXIRUPDWRSRUTXHGL¿FXOWDP
DOLPSH]D'rSUHIHUrQFLDDFRSRVHSUDWRVPDLVOLVRVHUHWRV
)LJXUD±([HPSORGHXWHQVtOLRV
)LJXUD±2IHUWDGRDOLPHQWRQDFROKHU
2 XVR GH PDPDGHLUDV SUHMXGLFD D KDELOLGDGH GD

criança de regular o apetite, podendo ocasionar
JDQKRGHSHVRH[FHVVLYR$OpPGLVVRSRGHFDXVDU
FRQIXVmRGHELFRVSDUDDFULDQoDTXHPDPDQRSHLWR
podendo levar ao desmame precoce.
105
Mesmo para a criança maior de 1 ano não se recomenda a mamadeira,

SRLV p PDLV GLItFLO GH VHU KLJLHQL]DGD SRGHQGR FDXVDU LQIHFo}HV 2 XVR GD
PDPDGHLUD ID] FRP TXH R PRYLPHQWR H D SRVLomR GD OtQJXD SUHMXGLTXHP R
desenvolvimento da deglutição, mastigação e fala. Desde cedo, as crianças
DFHLWDPPXLWREHPDRIHUWDGHOtTXLGRVHPFRSR
Mãos limpas na hora da comida
$QWHVGHSUHSDUDUDFRPLGDHGHRIHUHFrODSDUDDFULDQoDGHYHVHODYDUDVPmRV
FRPiJXDHVDEmR0mRVVXMDVSRGHPWUD]HUPLFURRUJDQLVPRVHSDUDVLWDVTXH
WUDQVPLWHPGRHQoDVSRUH[HPSORDVYHUPLQRVHV$VPmRVGDVFULDQoDVWDPEpP
devem ser lavadas antes de comer.
Atenção à temperatura da comida
9HUL¿TXHVHDFRPLGDQmRHVWiPXLWRTXHQWHSURYDQGRDQRSUDWRFRPXPDFROKHU
GLIHUHQWHGDFROKHUGDFULDQoD&DVRSUHFLVHHVIULiODPH[DFRPDFROKHU(YLWHVRSUDU
SRLVRVPLFURRUJDQLVPRVTXHHVWmRQDVXDERFDSRGHPSDVVDUSDUDDFRPLGD
A posição da criança ajuda a aceitação da comida
$FULDQoDGHYHHVWDUVHQWDGDFRPXPDSRVWXUDUHWDHPXPORFDOFRQIRUWiYHO
H VHJXUR 2X VHMD VHP HVWDU LQFOLQDGD SDUD WUiV VHP ULVFRV GH TXHGD H
VX¿FLHQWHPHQWH OLYUH SDUD PRYLPHQWDU RV EUDoRV H R FRUSR$ PHOKRU IRUPD
GHGDUFRPLGDpVHQWDUVHGHIUHQWHSDUDHODQDPHVPDDOWXUDSDUDTXHQmR
SUHFLVH¿FDUFRPDFDEHoDGHODGRQHPOHYDQWDURTXHL[RHQTXDQWRFRPH(VVD
DOWXUDWDPEpPGHYHSHUPLWLUTXHHODVHUHODFLRQHFRPTXHPHVWiRIHUHFHQGRD
comida e, se for o caso, com outros membros da família.
)LJXUD±3RVLomRDGHTXDGDSDUDRIHUWDUFRPLGDjFULDQoD
106
A hora da comida é um momento de estímulo ao desenvolvimento
'HVGHDVSULPHLUDVUHIHLo}HVHVWLPXOHDFULDQoDDVHUSDUWLFLSDWLYDQDKRUDGHVH
DOLPHQWDU,QWHUDMDFRPHODROKDQGRHFRQYHUVDQGR&ULDQoDVJRVWDPGHGHVD¿RV
HGHDWLYLGDGHVTXHWHVWHPVXDVKDELOLGDGHV1HVVDIDVHSRGHDFRQWHFHUXP
SRXFRGHEDJXQoDHGHVXMHLUD0DVHPSRXFRWHPSRDFULDQoDHVWDUiFRPHQGR
VR]LQKDHGDQGRPHQRVWUDEDOKRQDKRUDGDUHIHLomR
1mRVHHVTXHoDGHTXHDOpPGRSDODGDUDRIHUWDGHQRYRVDOLPHQWRVWDPEpP
envolve o tato. O uso das mãos é fundamental para o desenvolvimento de
GLIHUHQWHVKDELOLGDGHVFRPRWRFDURSUySULRFRUSRSHJDUREMHWRVVHQWLORVHVROWi
ORV'HL[HDXVDUDVPmRVSDUDSHJDUDFROKHU$LQGDTXHRIDoDGHIRUPDXP
pouco desajeitada, isso torna o momento mais interativo e estimula a criança a se
DOLPHQWDUVR]LQKDPHVPRTXHDLQGDQmRFRQVLJD,QFHQWLYHDDXVDUDVPmRVSDUD
WRFDURVDOLPHQWRVHVHQWLUDVGLIHUHQWHVWH[WXUDVRXPHVPRDOHYDURVDOLPHQWRV
DWpSHUWRGRQDUL]SDUDVHQWLURVFKHLURVHGHSRLVOHYiORVjERFD
A criança consegue comer mesmo que os dentes ainda não tenham surgido
A partir de 6 meses, os dentes começam a aparecer, mas, se isso ainda não tiver
DFRQWHFLGRQmRVHSUHRFXSH&RPRDJHQJLYD¿FDHQGXUHFLGDSRLVRVGHQWHV
estão se preparando para surgir, a criança consegue amassar os alimentos. Além
disso, o atrito com o alimento ajuda a romper a gengiva para a saída dos dentes.
Nem sempre a criança aceita o alimento na primeira vez em que é oferecido
$ FULDQoD SRGH JRVWDU GR DOLPHQWR QD SULPHLUD YH] TXH R

H[SHULPHQWD RX SRGH SUHFLVDU SURYDU R DOLPHQWR YiULDV YH]HV
DWp VH IDPLOLDUL]DU FRP HOH &DUHWDV QmR VLJQL¿FDP TXH D
criança não esteja gostando do alimento, mas somente
TXHpXPVDERUQRYRGLIHUHQWHGRTXHHVWDYDDFRVWXPDGD
SRUH[HPSORROHLWHPDWHUQR6HHODFRQWLQXDUDUHMHLWDUR
DOLPHQWRQmRGHVLVWD'HL[HSDVVDUDOJXQVGLDVHRIHUHoDR
preparado de outras formas. Algumas crianças precisam
provar mais de oito vezes um alimento para gostar dele.
107
Ter rotina contribui para desenvolver bons hábitos alimentares
É importante estabelecer uma rotina de alimentação para a criança e para

DIDPtOLD$FULDQoDGHYHVHUKDELWXDGDDWHULQWHUYDORVUHJXODUHVHQWUHDV
UHIHLo}HVPDVVHPULJLGH]GHKRUiULRV(YLWHRIHUHFHUDOLPHQWRVHQWUHDV
UHIHLo}HVSDUDTXHHODWHQKDDSHWLWHQDKRUDGHFRPHU
As fezes da criança mudam quando outros alimentos são oferecidos
Quando novos alimentos começam a fazer parte da alimentação, as fezes

GDFULDQoDTXHDQWHVHUDPDPROHFLGDVHDPDUHODGDV¿FDPPDLVSDUHFLGDV
FRPDVGRDGXOWR&RPRHODHVWiDSUHQGHQGRDPDVWLJDUpFRPXPHQFRQWUDU
pedaços de feijões, legumes, verduras e frutas nas fezes, devido à grande
TXDQWLGDGHGH¿EUDVQHVVHVDOLPHQWRV(VVDVPXGDQoDVVmRQRUPDLVHQmR
GHYHPVHUPRWLYRGHSUHRFXSDomR$RIHUWDGHiJXDYiULDVYH]HVDRGLDQRV
intervalos entre as refeições, contribui para o bom funcionamento do intestino,
HYLWDQGRTXHDFULDQoD¿TXHFRPSULVmRGHYHQWUH
Expor a criança ao sol complementa a alimentação
$ H[SRVLomR GD FULDQoD DR VRO p R SULQFLSDO HVWtPXOR SDUD D SURGXomR

de vitamina D no organismo, uma vitamina muito importante para a
IRUPDomRGRVRVVRV2PRPHQWRHPTXHDFULDQoDWRPDVROSRGHVHU
uma oportunidade para brincar e interagir com familiares ou com outras
FULDQoDVDVSHFWRVTXHVmRLPSRUWDQWHVSDUDRGHVHQYROYLPHQWR
Cuidar da saúde da boca
$FiULHQRVGHQWHVGHOHLWHFKDPDGDGH³FiULHQDSULPHLUDLQIkQFLD´SRGHFDXVDUGRU
prejudicar a mastigação e até a fala. O controle da placa bacteriana é fundamental
QDPDQXWHQomRGDVD~GHEXFDOHQDSUHYHQomRGHFiULHHGRHQoDVQDJHQJLYD
3DUDLVVRRLGHDOpRVDGXOWRVLQLFLDUHPDSUiWLFDGHHVFRYDURVGHQWHVGDVFULDQoDV
DVVLPTXHHOHVDSDUHFHUHPSHORPHQRVYH]HVDRGLDSULQFLSDOPHQWHDQWHVGH
GRUPLU5HFRPHQGDVHFRORFDUXPSRXFRGHSDVWDGHGHQWHVFRPÀ~RUQDHVFRYDH
RULHQWDUDFULDQoDDFXVSLODGHSRLVGHHVFRYDURVGHQWHV)LJXUDLWHP3DUD
DVTXHDLQGDQmRVDEHPFXVSLUDSDVWDFRPSOHWDPHQWHDTXDQWLGDGHGHYHVHU
PtQLPD²XPDSHTXHQDPDQFKLQKDQDHVFRYDGRWDPDQKRGHXPJUmRGHDUUR]
108
)LJXUDLWHP&RPRVXUJLPHQWRGRVGHQWHVPRODUHVDTXHOHVPDLRUHVTXH
¿FDPQRIXQGRGDERFDRVHVSDoRVHQWUHRVGHQWHVGLPLQXHP1HVVHPRPHQWR
SDVVDDVHULPSRUWDQWHXVDUR¿RGHQWDOSDUDUHPRYHUDSODFDEDFWHULDQDQHVVHV
espaços e nos pontos de contato entre os dentes.
Evitando a cárie nos dentes de leite
3DUD HYLWDU D FiULH VmR LPSRUWDQWHV RV VHJXLQWHV FXLGDGRV FRP DOLPHQWDomR H
KLJLHQHGDERFD
• DOLPHQWDUREHErVRPHQWHFRPOHLWHGRSHLWRDWpPHVHV
• LQFHQWLYDURFRQVXPRDGHTXDGRGHIUXWDVYHUGXUDVHOHJXPHV
• QmRRIHUHFHUDOLPHQWRVFRPDo~FDUHEHELGDVDoXFDUDGDV
• HYLWDURIHUHFHUOtTXLGRVH[FHWRiJXDSULQFLSDOPHQWHQDKRUDGHGRUPLU
• HYLWDUTXHDFULDQoDFRPDIRUDGRKRUiULRSUHYLVWRSDUDDUHIHLomR
• HVFRYDURVGHQWHVGDFULDQoDSHORPHQRVYH]HVDRGLDFRP¿RGHQWDOH
HVFRYDFRPSDVWDFRPÀ~RUSULQFLSDOPHQWHDQWHVGHGRUPLU
)LJXUD±([HPSORVGHTXDQWLGDGHGHSDVWDQDHVFRYD
4XDQWLGDGHGHSDVWDGHGHQWHHTXLYDOHQWHDXPJUmRGHDUUR]LGHDOSDUDDFULDQoDTXHQmRVDEHFXVSLU
4XDQWLGDGHGHSDVWDGHGHQWHHTXLYDOHQWHDXPJUmRGHHUYLOKDDGHTXDGDSDUDDFULDQoDTXHVDEHFXVSLU.
1 2
Combinando e variando os alimentos por refeição e durante a semana

Saber como combinar os alimentos para preparar as refeições da criança com
alimentos in natura ou minimamente processados é fundamental para oferecer
XPDDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHO9HMDDEDL[RDOJXPDVRSo}HVSDUDDOPRoR
HMDQWDUHFDIpGDPDQKmHODQFKH
109
Almoço e jantar
$GLYHUVLGDGHGDDOLPHQWDomRDMXGDQDFRQVWUXomRGHXPDDOLPHQWDomRDGHTXDGD
H VDXGiYHO FRP RIHUWD GH GLIHUHQWHV QXWULHQWHV H FRQWULEXL SDUD D SUHYHQomR
GHGH¿FLrQFLDVQXWULFLRQDLVFRPRDDQHPLDHDGH¿FLrQFLDGHYLWDPLQD$ Para
JDUDQWLU D YDULHGDGH QHFHVViULD GH QXWULHQWHV SDUD D FULDQoD VHPSUH TXH
SRVVtYHOPRQWHRSUDWRGHODFRPELQDQGRXPDOLPHQWRGHFDGDJUXSRIHLM}HV
FHUHDLV RX UDt]HV RX WXEpUFXORV FDUQHV RX RYRV OHJXPHV H YHUGXUDV 1R
FDVRGHOHJXPHVHYHUGXUDVTXDQGRSRVVtYHOSRGHVHFRORFDUPDLVGHXP
alimento deste grupo. Se esses alimentos estiverem presentes na refeição da
IDPtOLD¿FDIiFLODUUXPDURSUDWRGDFULDQoD&RORTXHXPDSHTXHQDTXDQWLGDGHGH
cada alimento no prato e observe a aceitação da criança, respeitando seus sinais
GHIRPHHVDFLHGDGH6HHODTXLVHUPDLVFRORTXHXPSRXFRPDLVGHDOLPHQWRQR
SUDWRVHHODQmRTXLVHUPDLVSDUHGHRIHUHFHU
Figura 35 –
([HPSORGHSUDWRFRP Carnes e ovos:
carne bovina, carne
alimentos de todos os grupos. de frango, carne
de suíno, carne de
cordeiro, peixe,
miúdos, ovos e
outras carnes.
Legumes e
verduras: abóbora, Cereais, raízes e
abobrinha, cenoura, tubérculos: aipim,
FKXFKXFRXYHȵRU inhame, batata
quiabo, maxixe, jiló, inglesa, batata-
espinafre, couve, baroa, batata doce,
bertalha, agrião, cará, angu, milho,
entre outros. arroz, entre outros.
Feijões: feijão
fradinho, feijão
preto, feijão rajado,
feijão vermelho,
feijão de corda,
lentilha, ervilha,
grão de bico.
110
$ )LJXUD PRVWUD XP H[HPSOR GH UHIHLomR IHLWD FRP DOLPHQWRV in natura ou
PLQLPDPHQWHSURFHVVDGRV7HPXPFHUHDORDUUR]XPWLSRGHIHLMmRRPXODWLQKR
GRLVDOLPHQWRVGRJUXSRGHYHUGXUDVHOHJXPHVDEHUWDOKDHDDEyERUDHXP
DOLPHQWRGRJUXSRGHFDUQHHRYRVRRYRPH[LGR8PDFRPELQDomRVDXGiYHO
HFRORULGDIRUPDQGRXPEHORSUDWR3DUDFRPSOHWDUDUHIHLomRSRGHVHRIHUHFHU
um pedaço de fruta, junto ou logo após a refeição. A maioria das frutas contém
YLWDPLQD&TXHIDFLOLWDRDSURYHLWDPHQWRGRIHUURGRIHLMmRHGDVYHUGXUDVSHOR
organismo, ajudando a prevenir a anemia.
Se em algum dia tiver um alimento do grupo de cereais, como o arroz, e outro do

JUXSRGHUDt]HVHWXEpUFXORVFRPREDWDWDSRGHVHFRORFDUXPSRXFRGHFDGD
4XDQWRDRJUXSRGRVOHJXPHVHYHUGXUDVSRGHVHFRORFDUSHORPHQRVXPWLSR
QRDOPRoRHRXWURWLSRQRMDQWDUPDVVHTXLVHUFRORFDUPDLVGHXPDOLPHQWRGHVVH
JUXSRPDLVYDULDGDVHUiDUHIHLomR
$RORQJRGRGLDHQRGHFRUUHUGDVHPDQDVHPSUHTXHSRVVtYHORIHUHoDRVTXDWUR
JUXSRVHYDULHRVDOLPHQWRVGHQWURGHFDGDJUXSR5HFRPHQGDVHHVFROKHURV
DOLPHQWRVTXHHVWmRQDVDIUDSRLVVmRPDLVVDERURVRVQXWULWLYRVHEDUDWRV
6H D DOLPHQWDomR GD IDPtOLD IRU VDXGiYHO D FRPLGD GD FULDQoD QmR SUHFLVD
VHUGLIHUHQWHGDFRPLGDGDIDPtOLD(VVDSUiWLFDIDFLOLWDRGLDDGLDGHTXHP
FR]LQKDHID]DFULDQoDVHDFRVWXPDUFRPDDOLPHQWDomRGDIDPtOLD(PDOJXQV
FDVRVEDVWDPRGL¿FDUDFRQVLVWrQFLDSRUH[HPSOR
• IHLMmRSRGHVHUDPDVVDGRFRPJDUIR
• cereais, raízes, tubérculos, legumes e verduras podem ser oferecidos à criança

DPDVVDGRVFRPJDUIRRXHPSHGDoRVEHPFR]LGRVHPDFLRV
• FDUQHVSRGHPVHURIHUHFLGDVHPSHGDoRVSHTXHQRVRXEHPGHV¿DGDV
Para as famílias acostumadas a temperos muito picantes e ao uso de pimentas,

uma boa solução é separar um pouco de comida para a criança antes de
acrescentar esses tipos de tempero.
&RQIRUPHDFULDQoDFUHVFHHVHDGDSWDDRVKiELWRVDOLPHQWDUHVGDIDPtOLDGH
YH]HPTXDQGRSRGHVHUTXHHODVHDOLPHQWHFRPUHIHLo}HVTXHQmRWHQKDPRV
111
TXDWURJUXSRVGHDOLPHQWRVPDVTXHWDPEpPVmRSUHSDUDGDVFRPDOLPHQWRV
in natura RX PLQLPDPHQWH SURFHVVDGRV VHQGR SRUWDQWR VDXGiYHLV$OJXQV
H[HPSORVGHVVDVUHIHLo}HVVmR
• PXMLFDGHSHL[HSUDWRWtSLFRGR1RUWHIHLWRFRPSHL[HWHPSHURVHIDULQKDGH
PDQGLRFD
• HVFRQGLGLQKRGHIUDQJRFRPXPQR1RUGHVWHHHPRXWUDVSDUWHVGR%UDVLO
IHLWRFRPSXUrGHEDWDWDRXDLSLPPDFD[HLUDPDQGLRFDRXDEyERUDHIUDQJR
GHV¿DGR
• JDOLQKDGDWtSLFRGRFHQWURRHVWHpIHLWRFRPDUUR]JDOLQKDHPXLWRVWHPSHURV
• EDPEiGHFRXYHVRSDPLQHLUDHPSHGDoRVFRPIXEiFRXYHHFDUQHVXtQD
• DUUR]FDUUHWHLURSUDWRWtSLFRGR6XOIHLWRFRPDUUR]FDUQHGHVRORX
FKDUTXHHWHPSHURV
)LJXUD±([HPSORVGHSUDWRVSURQWRV
2
$VLPDJHQVWUD]HPTXDQWLGDGHVGH
DOLPHQWRVSDUDGLIHUHQWHVIDL[DVHWiULDV
As refeições estão em pratos de sobremesa.
1 3
1. Mandioca
DPDVVDGDHUYLOKD
amassada, fígado 4
bovino picado e
FKLFyULDUHIRJDGD
2. Angu, feijão
carioca, frango e
TXLDERFR]LGR
3. Arroz, feijão preto,
carne moída, beterraba
e taioba.
4. Macarrão, feijão
PDUURPSHL[HGHV¿DGR
e cenoura.
112
Café da manhã e lanche
1DV SHTXHQDV UHIHLo}HV FRPR FDIp GD PDQKm ODQFKH GD PDQKm H ODQFKH GD
tarde, o leite materno continua sendo um alimento importante e deve ser oferecido
DWpDQRVRXPDLVGHLGDGHVHPSUHTXHDFULDQoDTXLVHU
Após 6 meses de idade, além do leite materno, ofereça alguma fruta no

PHLRGDPDQKmHQRPHLRGDWDUGHjFULDQoD$SyVDQRGHLGDGHSRGHVH
alternar, oferecendo, em alguns dias, um alimento do grupo dos cereais, raízes
RXWXEpUFXORVQROXJDUGDIUXWDFRQIRUPHRKiELWRGDIDPtOLD6HIRUGRFRVWXPH
IDPLOLDU FRPHU YHUGXUDV H OHJXPHV QHVWHV KRUiULRV D FULDQoD WDPEpP SRGH
UHFHErORV2V~QLFRVDOLPHQWRVQmRUHFRPHQGDGRVHPQHQKXPDGDVUHIHLo}HV
são os alimentos ultraprocessados.
Alimentação da criança em cada faixa de idade
As orientações apresentadas até agora devem ser levadas em conta no cuidado

GH WRGDV DV FULDQoDV LQGHSHQGHQWHPHQWH GD LGDGH$OpP GHVVDV Ki DOJXPDV
RULHQWDo}HVSDUDFDGDIDL[DGHLGDGH0DVQmRVHHVTXHoDGHTXHFDGDFULDQoDp
~QLFDHWHPVHXVJRVWRVHUHDo}HVSUySULRV6HIRUSUHFLVRDGDSWHDVRULHQWDo}HV
a seguir em função de cada criança.
Aos 6 meses de idade
3RUYROWDGRVPHVHVDPDLRULDGDVFULDQoDVHVWiSURQWDSDUDFRPHoDUDFRPHU
QRYRVDOLPHQWRV(VWHpXPPRPHQWRHPTXHWXGRpQRYLGDGHRVVDERUHVHD
FRQVLVWrQFLDVyOLGDGRVDOLPHQWRVDFROKHURSUDWR$IDPtOLDGHYHEXVFDUID]HU
FRPTXHHVVDH[SHULrQFLDVHMDDPDLVDJUDGiYHOSRVVtYHO
Pode acontecer de, ao oferecer a comida, a criança cuspir, parecendo não

JRVWDU0DVLVVRRFRUUHSRUTXHGHVGHTXHQDVFHSDUDSRGHUPDPDUQRSHLWR
a criança faz o movimento de colocar a língua para fora. Esse movimento
diminui a partir de 4 ou 5 meses, mas ainda pode estar presente aos 6 meses,
causando a impressão de recusa do alimento. Nessa idade, os dentes estão
VXUJLQGRPDVPHVPRTXHDFULDQoDDLQGDQmRWHQKDGHQWHVHODFRQVHJXLUi
aceitar a comida amassada com garfo.
113
Desenvolvimento e sinais de fome e saciedade da criança aos 6 meses

de idade
Aspectos do
Sinais de fome
desenvolvimento infantil
e de saciedade
relacionados com a
mais comuns
alimentação
Sinais de fome:FKRUDHVHLQFOLQDSDUDIUHQWH
• Senta com pouco ou
TXDQGRDFROKHUHVWiSUy[LPDVHJXUDDPmR
QHQKXPDSRLR
GDSHVVRDTXHHVWiRIHUHFHQGRDFRPLGDH
• Diminui o movimento de
abre a boca.
empurrar com a língua
os alimentos para fora da
Sinais de saciedade: vira a cabeça ou
boca.
o corpo, perde interesse na alimentação,
• Mastiga.
HPSXUUD D PmR GD SHVVRD TXH HVWi
• Surgem os primeiros
RIHUHFHQGRDFRPLGDIHFKDDERFDSDUHFH
dentes.
DQJXVWLDGDRXFKRUD
O que oferecer?
• O leite materno deve continuar a ser oferecido até 2 anos ou mais, não
VHQGRQHFHVViULRGDUOHLWHGHYDFDRXIyUPXODLQIDQWLOOs novos alimentos
devem complementar o leite materno e não o substituir.
• 1HVWDLGDGHDFULDQoDGHYHFRPHoDUDUHFHEHUUHIHLo}HVTXH
SRGHP VHU DOPRoR RX MDQWDU H ODQFKHV RX DOPRoR MDQWDU
HODQFKH1mRKiUHJUDVREUHTXDOUHIHLomRLQLFLDUSULPHLUR
2 LPSRUWDQWH p TXH DR FRPSOHWDU PHVHV HOD Mi HVWHMD
recebendo 3 refeições.
)LJXUD±)UXWDQRFDIpGDPDQKmHQRODQFKH
114
)LJXUD±([HPSORGHDOLPHQWDomRGHXPDFULDQoDGHPHVHVGHLGDGH
2IHUHoDiJXDDRORQJRGRGLD
Veja opções de substituição de alimentos de um mesmo grupo na

seção “Conhecendo os alimentos”.
Como oferecer?
• &RORTXHQRSUDWRSHTXHQDVTXDQWLGDGHVGRVDOLPHQWRV9RFrSRGHFRPHoDU
FRPFHUFDGHFROKHUGHVREUHPHVDGHXPDOLPHQWRGHFDGDJUXSR(VVD
TXDQWLGDGHpDSHQDVXPSRQWRGHSDUWLGD3RGHVHUTXHDFULDQoDQmRDFHLWH
WXGRRXTXHLUDPDLVXPSRXFRSRGHQGRFKHJDUDWUrVFROKHUHVGHVRSDQR
WRWDO(VVDTXDQWLGDGHVHUYHDSHQDVSDUDDIDPtOLDWHUDOJXPDUHIHUrQFLDHQmR
GHYHVHUVHJXLGDGHIRUPDUtJLGDXPDYH]TXHDVFDUDFWHUtVWLFDVLQGLYLGXDLVGD
criança devem ser respeitadas.
115
• 2V DOLPHQWRV GHYHP ¿FDU VHSDUDGRV H EHP DPDVVDGRV FRP JDUIR H QmR
GHYHPVHUOLTXLGL¿FDGRVQHPSHQHLUDGRV$VFDUQHVGHYHPVHUEHPFR]LGDV
H RIHUHFLGDV HP SHGDoRV SHTXHQRV SLFDGRV RX GHV¿DGRV$OLPHQWRV FUXV
como frutas e alguns legumes, podem ser raspados ou amassados.
• 6HDFULDQoDUHFXVDUDOJXPDOLPHQWRHVSHUHDOJXQVGLDVHYROWHDRIHUHFrOR
MXQWRFRPDOLPHQWRVGHTXHHODMiJRVWD6HHODFRQWLQXDUDUHFXViORDSyV
YiULDVWHQWDWLYDVH[SHULPHQWHPXGDUDIRUPDGHSUHSDUR(ODQmRJRVWRX
GDFHQRXUDDPDVVDGD"7HQWHRIHUHFHUHPSHGDoRVPDLRUHVSDUDTXHHOD
possa pegar com a mão.
• Se a comida estiver um pouco seca, adicione um pouco do caldo do cozimento

GRV OHJXPHV GRV IHLM}HV RX GDV FDUQHV 3UHSDUDo}HV ~PLGDV VmR PDLV
IDFLOPHQWHDFHLWDVMiTXHDPDVWLJDomRDLQGDHVWiVHQGRGHVHQYROYLGD
• $MXGHDFULDQoDDVHDOLPHQWDUPDVGHL[HTXHHODXVHDVPmRVSDUDVHJXUDU
RDOLPHQWRRXXPDFROKHUGHWDPDQKRDGHTXDGRSDUDSHJiORV0DQWHQKD
contato visual com ela.
)LJXUD±([HPSORGHGLIHUHQWHVIRUPDVGHRIHUWDGHXPDOLPHQWR
Figura 40 – Criança pega o alimento.
116
Alimentação da criança ao longo do dia
Café da manhã — leite materno

O leite materno pode ser oferecido sempre que a criança quiser
Lanche da manhã — fruta e leite materno
Almoço
eUHFRPHQGDGRTXHRSUDWRGDFULDQoDWHQKD
DOLPHQWRGRJUXSRGRVFHUHDLVRXUDt]HVHWXEpUFXORV
DOLPHQWRGRJUXSRGRVIHLM}HV
RXPDLVDOLPHQWRVGRJUXSRGRVOHJXPHVHYHUGXUDV
DOLPHQWRGRJUXSRGDVFDUQHVHRYRV
-XQWRjUHIHLomRSRGHVHUGDGRXPSHGDoRSHTXHQRGHIUXWD
4XDQWLGDGH DSUR[LPDGD ² D FROKHUHV GH VRSD QR WRWDO
(VVD TXDQWLGDGH VHUYH DSHQDV SDUD D IDPtOLD WHU DOJXPD
UHIHUrQFLDHQmRGHYHVHUVHJXLGDGHIRUPDUtJLGDXPDYH]TXH
as características individuais da criança devem ser respeitadas
Lanche da tarde — fruta e leite materno
Jantar — leite materno
Antes de dormir — leite materno
117
Entre 7 e 8 meses de idade
¬PHGLGDTXHDFULDQoDFUHVFHGHVHQYROYHRXWUDVKDELOLGDGHVFRPRVHQWDU
VHP DSRLR DFHLWDU DOLPHQWRV FRP FRQVLVWrQFLD PDLV ¿UPH RX HP SHTXHQRV
SHGDoRV(ODUHSDUDFDGDYH]PDLVQRSUDWRHQRVDOLPHQWRVTXHHVWiUHFHEHQGR
HDFHLWDPDLRUYDULHGDGHHTXDQWLGDGHGHFRPLGD
Desenvolvimento e sinais de fome e saciedade da criança entre 7 e 8 meses

de idade
Aspectos do desenvolvimento
Sinais de fome e de
infantil relacionados com a
saciedade mais comuns
alimentação
Sinais de fome:LQFOLQDVHSDUD
D FROKHU RX DOLPHQWR SHJD RX
aponta para a comida
Senta sem apoio.
Pega alimentos e leva à boca.
Sinais de saciedade: come mais
Surgem novos dentes
GHYDJDUIHFKDDERFDRXHPSXUUD
o alimento. Fica com a comida
parada na boca sem engolir
O que oferecer?
• O leite materno deve continuar a ser oferecido segundo a vontade da criança,

sem substituir almoço e jantar. Ele pode ser oferecido entre as refeições e
continua sendo o principal alimento da criança. Se a criança ainda mama no
SHLWRQmRpQHFHVViULRVXEVWLWXLURXFRPSOHPHQWDUROHLWHPDWHUQRFRPOHLWHGH
YDFDRXIyUPXODLQIDQWLORXRXWUDVEHELGDVOiFWHDV
• 3DVVHDRIHUWDUUHIHLo}HVDOPRoRMDQWDUHODQFKHVFRQWHQGRIUXWD
• 9DULHRVVDERUHVHDSUHVHQWHQRYRVDOLPHQWRV3UH¿UDRVDOLPHQWRVWtSLFRV
GDVXDUHJLmRHTXHHVWHMDPQDpSRFD(OHVFRVWXPDPHVWDUPDLVEDUDWRV
nas feiras, nos sacolões e nos mercados.
118
Veja opções de substituição de alimentos de um mesmo grupo na

seção “Conhecendo os alimentos”.
)LJXUD±([HPSORGHDOLPHQWDomRGHXPDFULDQoDHQWUHHPHVHVLGDGH
Como oferecer?
• 2IHUHoD DOLPHQWRV PHQRV DPDVVDGRV GR TXH DQWHV RX EHP

SLFDGRVGHDFRUGRFRPDDFHLWDomRGDFULDQoD&RORTXHTXDQWLGDGHV
XP SRXFR PDLRUHV GR TXH DV RIHUHFLGDV TXDQGR D FULDQoD WLQKD PHVHV
sempre respeitando seus sinais de fome e saciedade. Nessa idade a criança
SRGHDFHLWDUGHWUrVDTXDWURFROKHUHVGHVRSDQRWRWDO(VVDTXDQWLGDGHVHUYH
DSHQDVSDUDDIDPtOLDWHUDOJXPDUHIHUrQFLDHQmRGHYHVHUVHJXLGDGHIRUPDUtJLGD
XPD YH] TXH DV FDUDFWHUtVWLFDV LQGLYLGXDLV GD FULDQoD GHYHP VHU UHVSHLWDGDV
$UUXPHRVDOLPHQWRVODGRDODGRSDUDRSUDWR¿FDUPDLVERQLWRHDFULDQoD
aprender os diversos sabores e cores dos alimentos.
• 2IHUHoDDOJXQVDOLPHQWRVPDFLRVHPSHGDoRVJUDQGHVRVX¿FLHQWHSDUDTXHD
FULDQoDSRVVDSHJDUFRPDVSUySULDVPmRVHWHQWDUFRPHUVR]LQKD
• 'rXPDFROKHUSHTXHQDSDUDDFULDQoDSDUDHVWLPXODURPRYLPHQWRGHOHYiOD
DWpDERFD6HHODSUHIHULUSHJDUFRPDVPmRVQmRKiSUREOHPD
119

Lanche da manhã e da tarde — fruta e leite materno
Almoço e jantar
4XDQWLGDGH DSUR[LPDGD ² D FROKHUHV GH VRSD QR WRWDO
(VVD TXDQWLGDGH VHUYH DSHQDV SDUD D IDPtOLD WHU DOJXPD
UHIHUrQFLDHQmRGHYHVHUVHJXLGDGHIRUPDUtJLGDXPDYH]TXH
as características individuais da criança devem ser respeitadas
120
$FULDQoDFRQWLQXDJDQKDQGRPDLVKDELOLGDGHVHGHVHQYROWXUD$VQRYLGDGHV
QmRSDUDPHODSURYDYHOPHQWHHVWiHQJDWLQKDQGRHWDOYH]DWpDQGDQGRFRP
DOJXPRXQHQKXPDSRLRFRPHoDDID]HUPRYLPHQWRVGHSLQoDFRPDPmRR
TXHSHUPLWHTXHHODVHJXUHSHTXHQRVREMHWRVHDOLPHQWRVpFDSD]GHOHYDUD
FROKHUjERFDGiGHQWDGDVHPDVWLJDPHOKRURVDOLPHQWRVPDLVGXURV$SHVDU
de conseguir comer de forma independente, ainda precisa de ajuda. A comida
RIHUHFLGD GHYH DFRPSDQKDU HVVDV PXGDQoDV 'HYHVH HQFRUDMDU D FULDQoD
SDUDTXHHODSHJXHRVDOLPHQWRVFRPDVPmRVHVWLPXODQGRRPRYLPHQWRGH
SLQoDHWDPEpPHQVLQiODDFRUWDURVDOLPHQWRVFRPRVGHQWHVGDIUHQWHSDUD
HVWLPXODURFUHVFLPHQWRHGHVHQYROYLPHQWRGDPDQGtEXODTXHL[R
Embora o leite de peito continue a ser muito importante para a criança, a comida
começa a ter uma maior contribuição para atender as necessidades de nutrientes
HHQHUJLDTXHDFULDQoDSUHFLVDSDUDRVHXFUHVFLPHQWR(QWmRQHVWHPRPHQWR
GHYHVHWHUPXLWDDWHQomRDRVVLQDLVGHIRPHHVDFLHGDGHGDFULDQoDHjTXDQWLGDGH
GHFRPLGDTXHHODHVWiFRPHQGR
Desenvolvimento e sinais de fome e saciedade da criança

entre 9 e 11 meses de idade
Aspectos do desenvolvimento Sinais de fome e de

infantil relacionados com a saciedade mais comuns
alimentação
(QJDWLQKDRXDQGDFRPDSRLR Sinais de fome: aponta ou

Faz movimentos de pinça com SHJD DOLPHQWRV ¿FD H[FLWDGD
DPmRSDUDVHJXUDUSHTXHQRV TXDQGRYrRDOLPHQWR
objetos.
Pode comer de forma Sinais de saciedade: come
independente, mas ainda precisa PDLVGHYDJDUIHFKDDERFDRX
de ajuda. empurra o alimento. Fica com
'iGHQWDGDVHPDVWLJDRV a comida parada na boca sem
alimentos mais duros. engolir.
121
O que oferecer?
• Os tipos de refeições continuam os mesmos após os 9 meses: almoço, jantar

HODQFKHVFRPIUXWDV
• $FULDQoDGHYHFRQWLQXDUDUHFHEHUROHLWHPDWHUQRTXDQGRGHVHMDU
• &RQWLQXHYDULDQGRRVDOLPHQWRVHH[SHULPHQWDQGRQRYDVIRUPDVGHSUHSDUR
Como oferecer?
• $ FULDQoD Mi SRGH UHFHEHU DOLPHQWRV SLFDGRV QD PHVPD FRQVLVWrQFLD GRV
DOLPHQWRVGDIDPtOLD$VFDUQHVSRGHPVHUGHV¿DGDV
• &RORTXHTXDQWLGDGHVXPSRXFRPDLRUHVGRTXHDVRIHUHFLGDVTXDQGRDFULDQoD
WLQKDDPHVHVGHLGDGH1HVVDLGDGHDFULDQoDSRGHDFHLWDUGHTXDWURD
FLQFRFROKHUHVGHVRSDQRWRWDO(VVDTXDQWLGDGHVHUYHDSHQDVSDUDDIDPtOLD
WHUDOJXPDUHIHUrQFLDHQmRGHYHVHUVHJXLGDGHIRUPDUtJLGDXPDYH]TXHDV
características individuais da criança devem ser respeitadas.
• Encoraje a criança a pegar os alimentos com a mão para estimular os

movimentos com as pontas dos dedos.
)LJXUD±&ULDQoDFRPHQGRGHFROKHU
122

Lanche da manhã e da tarde — fruta e leite materno
Almoço e jantar
4XDQWLGDGHDSUR[LPDGD²DFROKHUHVGHVRSDQRWRWDO(VVD
TXDQWLGDGH VHUYH DSHQDV SDUD D IDPtOLD WHU DOJXPD UHIHUrQFLD
H QmR GHYH VHU VHJXLGD GH IRUPD UtJLGD XPD YH] TXH DV
características individuais da criança devem ser respeitadas.
Figura 43 – ([HPSORGH
alimentação de uma
criança entre 9 e 11
meses de idade.
123
Entre 1 e 2 anos de idade
Grandes mudanças ocorrem a partir de 1 ano. Uma delas é a redução

GDYHORFLGDGHGRJDQKRGHSHVR1RSULPHLURDQRDFULDQoDWULSOLFDGH
SHVR3RUH[HPSORXPDFULDQoDTXHQDVFHSHVDQGRTXLORVSDVVDD
SHVDUDSUR[LPDGDPHQWHTXLORVDRFRPSOHWDUXPDQR'RVDRV
PHVHVHODJDQKDEHPPHQRVHQWUHNJDNJDRORQJRGHWRGRRDQR
$FULDQoDWDPEpPDSUHQGHDDQGDUH¿FDEDVWDQWHFXULRVDFRPRDPELHQWH
DRVHXUHGRU,VVRID]FRPTXHDKRUDGDUHIHLomRHRVDOLPHQWRVVHWRUQHP
menos interessantes. (ODDSUHQGHDIDODUHMiFRQVHJXHSHGLURVDOLPHQWRVGH
VXD SUHIHUrQFLD FRQWUROD PHOKRU D FROKHU H VHJXUD R FRSR FRP DV GXDV PmRV
GHVHQYROYHQGRDFDSDFLGDGHGHVHDOLPHQWDUVR]LQKD1RYRVGHQWHVVXUJHPH
DFDSDFLGDGHGHWULWXUDUDOLPHQWRVPDLVVyOLGRV¿FDDLQGDPDLVGHVHQYROYLGD
1RGHFRUUHUGRVHJXQGRDQRGHYLGDHODSRGHUHVLVWLUDH[SHULPHQWDUQRYRV
DOLPHQWRVRXUHFXVDUDOLPHQWRVGHTXHJRVWDYDDQWHULRUPHQWH(VVDVLWXDomR
QmRpSHUPDQHQWHHDDFHLWDomRSRGHPHOKRUDUFRPDRIHUWDUHSHWLGDRXFRP
DPRGL¿FDomRGDVIRUPDVGHSUHSDUR
1HVVDIDVHpFRPXPDIDPtOLDDFKDUTXHDFULDQoDQmRHVWiFRPHQGRGLUHLWRH
¿FDUSUHRFXSDGDFRPLVVR3DUDID]HUFRPTXHHODFRPDPDLVVHPSHUFHEHU
p FRPXP D IDPtOLD XVDU IRUPDV LQDGHTXDGDV SDUD RIHUHFHU D DOLPHQWDomR
FRPRID]HUDPHDoDVHFKDQWDJHQVHGDUPDLVIUHTXHQWHPHQWHRVDOLPHQWRV
SUHIHULGRV GD FULDQoD PHVPR TXH HOHV QmR VHMDP VDXGiYHLV 2XWUD SUiWLFD
FRPXPpGLVWUDLUDFULDQoDFRP79FHOXODURXRXWURVHTXLSDPHQWRVHOHWU{QLFRV
,VVRGHYHVHUHYLWDGRSRLVID]FRPTXHHODQmRSUHVWHDWHQomRDRVDOLPHQWRV
HFRPDDOpPGRQHFHVViULR1HVVDLGDGHDXPHQWDDLQWHUDomRGDVFULDQoDV
QD FUHFKH HP IHVWDV H HP SDVVHLRV 1HVVDV RFDVL}HV p FRPXP R FRQWDWR
FRPJXORVHLPDVFRPRGRFHVEDODVSLUXOLWRVHFKRFRODWHV3DUDHYLWDUDRIHUWD
GHDo~FDUHDOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRVXPDERDHVWUDWpJLDpOHYDUGHFDVD
RSo}HVFRPRXPDIUXWDRXRXWURDOLPHQWRGHTXHDFULDQoDJRVWH
Para saber mais sobre como lidar com situações de alteração da rotina, veja a
VHomR³$OLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHOOLGDQGRFRPRVGHVD¿RVGRFRWLGLDQR´
124
Desenvolvimento e sinais de fome

e saciedade da criança entre 1 e 2 anos de idade
Aspectos do desenvolvimento Sinais de fome e de saciedade

infantil relacionados com a mais comuns
alimentação
$QGDFRPDOJXPRXQHQKXP Sinais de fome: combina palavras

DX[tOLR H JHVWRV SDUD H[SUHVVDU YRQWDGH
&RPHFRPFROKHU SRU DOLPHQWRV HVSHFt¿FRV OHYD D
Segura o alimento com as mãos. SHVVRDTXHFXLGDDRORFDORQGHRV
Segura o copo com ambas as alimentos estão, aponta para eles.
mãos.
$SUHVHQWDPDLRUKDELOLGDGHSDUD Sinais de saciedade: balança
mastigar. D FDEHoD GL] TXH QmR TXHU VDL
Os dentes molares começam a da mesa, brinca com o alimento,
aparecer. MRJDRORQJH
O que oferecer?
• $OpPGROHLWHPDWHUQRDFULDQoDUHFHEHRFDIpGDPDQKmODQFKHGDPDQKm
DOPRoRODQFKHGDWDUGHHMDQWDU
• 1RODQFKHGDWDUGHHPDOJXQVGLDVGDVHPDQDDIUXWDSRGHVHUVXEVWLWXtGD
SRUXPDOLPHQWRGRJUXSRGHUDt]HVHWXEpUFXORVFRPRPDQGLRFDEDWDWD
GRFHLQKDPHRXGRJUXSRGHFHUHDLVFRPRRSmRFDVHLURRXIUDQFrV
3RUH[HPSORXPGLDYRFrRIHUHFHROHLWHGHSHLWRHXPDIUXWDHQRRXWUR
GLDOHLWHGHSHLWRHXPDEDWDWDGRFHFR]LGD/HJXPHVHYHUGXUDVWDPEpP
SRGHPVHURIHUHFLGRVQHVVDVUHIHLo}HVVHLVVRIRUGRKiELWRGDIDPtOLD
• 1mRpQHFHVViULRVXEVWLWXLUROHLWHPDWHUQRSHOROHLWHGHYDFDRXIyUPXOD
LQIDQWLO 'HULYDGRV GR OHLWH FRPR TXHLMRV H FRDOKDGDV H R OHLWH GH YDFD
podem ser utilizados como ingredientes em receitas feitas em casa, desde
os 6 meses de idade.
125
)LJXUD±([HPSORGHDOLPHQWDomRGHXPDFULDQoD
entre 1 e 2 anos de idade.
Caso opte por pão no lanche veja informações importantes para

a escolha dos pães a serem oferecidos para a criança na seção
“Conhecendo os alimentos”.
Como oferecer?
• Ofereça os alimentos em pedaços maiores e na mesma

FRQVLVWrQFLD GD FRPLGD GD IDPtOLD 1HVVD LGDGH D FULDQoD SRGH
DFHLWDUGHFLQFRDVHLVFROKHUHVGHVRSDQRWRWDO(VVDTXDQWLGDGHVHUYH
DSHQDV SDUD D IDPtOLD WHU DOJXPD UHIHUrQFLD H QmR GHYH VHU VHJXLGD GH
IRUPDUtJLGDXPDYH]TXHDVFDUDFWHUtVWLFDVLQGLYLGXDLVGDFULDQoDGHYHP
ser respeitadas.
• (VWLPXOHDFULDQoDDFRPHUVR]LQKD
• Continue ampliando a variedade de alimentos oferecidos.
• (VWDEHOHoDXPORFDOWUDQTXLORSDUDDFULDQoDVHDOLPHQWDUHHYLWHGLVWUDtOD
FRPHTXLSDPHQWRVHOHWU{QLFRV
126
Café da manhã
ͲFruta e leite materno ou
&HUHDO SmHV FDVHLURV RX SURFHVVDGRV DYHLD FXVFX] GH
PLOKRHOHLWHPDWHUQRou
5Dt]HVHWXEpUFXORVDLSLPPDFD[HLUDEDWDWDGRFHLQKDPH
e leite materno
Lanche manhã — fruta e leite materno
Almoço e jantar
4XDQWLGDGHDSUR[LPDGD²DFROKHUHVGHVRSDQRWRWDO(VVD
TXDQWLGDGHVHUYHDSHQDVSDUDDIDPtOLDWHUDOJXPDUHIHUrQFLDHQmR
GHYHVHUVHJXLGDGHIRUPDUtJLGDXPDYH]TXHDVFDUDFWHUtVWLFDV
individuais da criança devem ser respeitadas
Lanche da tarde
• Leite mateno e fruta ou
x /HLWH PDWHUQR H FHUHDO SmHV FDVHLURV SmHV SURFHVVDGRV DYHLD
FXVFX]GHPLOKRRXUDt]HVHWXEpUFXORVDLSLPPDFD[HLUDEDWDWD
GRFHLQKDPH
127
Depois de um ano de vida, até por volta dos 2 anos, o leite materno continua
VHQGRLPSRUWDQWHIRQWHGHQXWULHQWHV(VWLPDVHTXHGRLVFRSRVP/GH
OHLWHPDWHUQRQRVHJXQGRDQRGHYLGDIRUQHFHPTXDVHWRGDDQHFHVVLGDGHGH
YLWDPLQD&HSUDWLFDPHQWHDPHWDGHGDTXDQWLGDGHQHFHVViULDGHYLWDPLQD$
DOpPGHERDTXDQWLGDGHGHSURWHtQDVHHQHUJLD2OHLWHPDWHUQRFRQWLQXDDVHU
fonte de proteção natural contra doenças infecciosas.
Alimentação de crianças vegetarianas

2YHJHWDULDQLVPRpRUHJLPHDOLPHQWDUTXHH[FOXLRVDOLPHQWRVGRJUXSRGDV
FDUQHVHRYRV3RGHVHUFODVVL¿FDGRGDVHJXLQWHIRUPD
• ovolactovegetarianos:XWLOL]DPRYRVOHLWHHODWLFtQLRVQDVXDDOLPHQWDomR
• lactovegetarianos:XWLOL]DPOHLWHHODWLFtQLRVQDVXDDOLPHQWDomR
• ovovegetarianos: XWLOL]DPRYRVQDVXDDOLPHQWDomR
• vegetarianos estritos:QmRXWLOL]DPQHQKXPSURGXWRGHRULJHPDQLPDOQDVXD
DOLPHQWDomRH
• veganos: QmRXWLOL]DPQHQKXPSURGXWRGHRULJHPDQLPDOQDVXDDOLPHQWDomR
RXTXDOTXHUSURGXWRTXHJHUHH[SORUDomRHRXVRIULPHQWRDQLPDO
Assim como as demais, a criança vegetariana deve ser amamentada por 2 anos
ou mais e, nos primeiros 6 meses, só receber leite materno. A partir dos 6 meses
GHLGDGHVHDFULDQoDIRUDPDPHQWDGDERDSDUWHGRFiOFLRGHTXHHODSUHFLVD
vem do leite materno. O restante deve vir dos alimentos de origem vegetal, como
HVSLQDIUHFRXYHEHUWDOKDEUyFROLVDOKRSRUyWRIXHDPrQGRD
7HQGRHPYLVWDTXHRVDOLPHQWRVGRJUXSRGDVFDUQHVHRYRVIRUQHFHPQXWULHQWHV
PXLWRLPSRUWDQWHVSDUDRFUHVFLPHQWRHRGHVHQYROYLPHQWRSDUDTXHDFULDQoD
SUDWLTXHRYHJHWDULDQLVPRHPXPDIDPtOLDDGHSWDGHVVHUHJLPHDOLPHQWDUVHUi
QHFHVViULD DWHQomR UHGREUDGD j HVFROKD GRV DOLPHQWRV H j VXD FRPELQDomR
128
GHIRUPDDJDUDQWLUDRIHUWDGHDOLPHQWRVYDULDGRVTXHIRUQHoDPTXDQWLGDGHV
VX¿FLHQWHV GH QXWULHQWHV HP HVSHFLDO R IHUUR H R FiOFLR SDUD DWHQGHU DV
QHFHVVLGDGHVGDFULDQoDHSUHYHQLUGH¿FLrQFLDVQXWULFLRQDLV8PDIUXWDULFDHP
vitamina C após a refeição é importante para aumentar a absorção de ferro dos
alimentos de origem vegetal.
No almoço e jantar, diariamente, devem estar presentes:
DOLPHQWRGRJUXSRGRVFHUHDLVRXGRJUXSRGRVWXEpUFXORVHUDt]HV
DOLPHQWRGRJUXSRGRVIHLM}HVOHJXPLQRVDV
RXPDLVDOLPHQWRVGRJUXSRGRVOHJXPHVHYHUGXUDVVHQGRYHJHWDOIROKRVR
YHUGHHVFXURHOHJXPHFRORULGR
DOLPHQWRGRJUXSRGDVIUXWDV
Nos primeiros 6 meses de vida, se a criança não for amamentada, os leites

YHJHWDLVXOWUDSURFHVVDGRVGHVRMDFRFRDPrQGRDVDUUR]DYHLDJHUJHOLP
JUmRGHELFRHQWUHRXWURVQmRVXEVWLWXHPDDPDPHQWDomR$GRWiORVFRPR
substitutos do leite materno traz risco para o crescimento e desenvolvimento
da criança. Após 6 meses de idade, poderão ser incluídos na alimentação,
juntamente com alimentos dos diversos grupos.
e IXQGDPHQWDO TXH D FULDQoD YHJHWDULDQD FRPR TXDOTXHU RXWUD FULDQoD VHMD

DFRPSDQKDGD SRU SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH TXH PRQLWRUHP VHX FUHVFLPHQWR H
desenvolvimento, orientem sobre sua alimentação e sobre a suplementação com
vitaminas e minerais. Nesse caso, atenção especial deve ser dada à vitamina
%SULQFLSDOPHQWHQRFDVRGHYHJHWDULDQRVHVWULWRVHYHJDQRVXPDYH]TXH
HVVDYLWDPLQDQmRHVWiSUHVHQWHQRVDOLPHQWRVGHRULJHPYHJHWDO
129
A criança completou 2 anos. E agora?
A partir dos 2 anos, a criança começa a se socializar

PDLVFRPXQLFDFRPPDLVIDFLOLGDGHVXDVSUHIHUrQFLDV
aprofunda a relação afetiva com a alimentação e vivencia
QRYDV H[SHULrQFLDV 3RU YROWD GHVVD LGDGH SDVVD D
ter controle para urinar e da evacuação, aumentando
VXDDXWRFRQ¿DQoD$PSOLDVXDDXWRQRPLDHPUHODomR
à alimentação, recusando ou aceitando os alimentos
oferecidos a ela. Por isso, cuidadoras e cuidadores
SUHFLVDPGH¿QLURTXHYmRRXQmRQHJRFLDUFRPD
FULDQoDHTXDLVOLPLWHVVHUmRHVWDEHOHFLGRV
$ YHORFLGDGH GH FUHVFLPHQWR p PHQRU GR TXH QRV

dois primeiros anos de vida e só volta a acelerar
QD DGROHVFrQFLD 3RU LVVR p FRPXP RFRUUHU FHUWD
diminuição de apetite. Nesta idade ela também começa
DVHLQWHUHVVDUPDLVSHORTXHDFRQWHFHQRDPELHQWH
e se distrai brincando. Assim, além de respeitar os
VLQDLV GH IRPH H VDFLHGDGH GD FULDQoD VHPSUH TXH
possível, os cuidadores e cuidadoras devem zelar
SRU XP DPELHQWH WUDQTXLOR QD KRUD GH RIHUHFHU D
comida. Não distrair a criança com televisão ou
DSDUHOKRV HOHWU{QLFRV p XPD SUiWLFD TXH FRQWULEXL
SDUDXPDDOLPHQWDomRPDLVVDXGiYHOHFRQVFLHQWH
e para o desenvolvimento da criança. Embora seja
QHFHVViULR HVWDEHOHFHU KRUiULRV UHJXODUHV SDUD
D DOLPHQWDomR HOHV SRGHP VHU ÀH[LELOL]DGRV HP
função das mudanças do apetite da criança e do
convívio social.
O aleitamento materno pode ser mantido de acordo

com a vontade da mãe e da criança. O ideal é
TXHDLQWHUUXSomRGRDOHLWDPHQWRPDWHUQRRFRUUD
130
QDWXUDOPHQWH6HDPmHHVWLYHUWHQGRGL¿FXOGDGHV
FRP LVVR SRGH SURFXUDU SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH
SDUDDMXGiODQHVVHPRPHQWR
$TXDQWLGDGHGHDOLPHQWRVTXHDFULDQoDFRQVHJXH
FRPHU DLQGD p SHTXHQD &RPR HOD SUHFLVD GH
diferentes nutrientes para o desenvolvimento, é
importante oferecer a maior variedade de alimentos
SRVVtYHO 2V KRUiULRV GH UHIHLo}HV SRGHP VHU RV
PHVPRVSUDWLFDGRVSHODIDPtOLD1HQKXPDOLPHQWR
RXEHELGDH[FHWRiJXDGHYHVHUFRQVXPLGRQRV
intervalos, para não prejudicar a aceitação do
almoço ou do jantar. A criança precisa estar com
IRPH SDUD DFHLWDU DV UHIHLo}HV HP TXDQWLGDGHV
DGHTXDGDV0HVPRFULDQoDVTXHFRPLDPGHWXGR
podem começar a recusar alguns alimentos ao
completarem 2 anos de idade. Os legumes e as
verduras devem ser colocados no prato da criança
QR DOPRoR H QR MDQWDU PHVPR TXH HOD UHMHLWH H
GLJDTXHQmRYDLFRPHU
A família deve estimular a criança a comer, mas

sem pressionar ou forçar. Além de os familiares
VHUHP XP H[HPSOR TXDQGR FRPHP HVVHV
alimentos, colocar no prato da criança todos os
GLDVpXPDERDHVWUDWpJLDSDUDHODSHUFHEHUTXH
HOHVID]HPSDUWHGDURWLQDHFRPHoDUDDFHLWiORV
Caso a criança recuse as verduras e legumes,
SHUPLWD TXH HOD HVFROKD TXDO TXHU FRPHU HQWUH
DV RSo}HV SUHVHQWHV QD UHIHLomR (YLWH TXH ³QmR
FRPHU OHJXPHV´ VHMD XPD GDV RSo}HV 9DULDU DV
formas de preparo e de apresentação pode ser
uma boa estratégia para aumentar a aceitação
desses alimentos.
131
6XFRVGHIUXWDVQDWXUDLVFRQWLQXDPQmRVHQGRQHFHVViULRV
ePHOKRURIHUHFHUDIUXWDin naturaGRTXHRVXFRSDUDD
FULDQoDPDVWLJDUHUHFHEHUPDLV¿EUDVGHVVHVDOLPHQWRV
$OpP GLVVR VXFRV IRUD GH KRUD DXPHQWDP D FKDQFH GH
D FULDQoD WHU FiULH GH SHUGHU R DSHWLWH SDUD D SUy[LPD
UHIHLomR H GH JDQKDU PXLWR SHVR 6H IRU GDU VXFR D
PHOKRU RSomR p R QDWXUDO GD IUXWD H VHP Do~FDU HP
SHTXHQD TXDQWLGDGH QR Pi[LPR XP FRSR SHTXHQR
de 120 mL ao dia como parte de uma refeição, de
SUHIHUrQFLDHPXPODQFKHHQXQFDQRVLQWHUYDORV
A recomendação sobre o uso de sal é a de utilizar

R PtQLPR QHFHVViULR DVVLP FRPR R Do~FDU GHYH
continuar sendo evitado. Depois de 2 anos, a oferta de
SHTXHQDV TXDQWLGDGHV GH DOLPHQWRV FRP Do~FDU QmR
DIHWDUi D DFHLWDomR GH RXWURV DOLPHQWRV (QWUHWDQWR
QmR p UHFRPHQGiYHO DFUHVFHQWDU Do~FDU IDULQKDV RX
DFKRFRODWDGRDROHLWHHDRXWUDVEHELGDV$FULDQoDTXH
QmR UHFHEHX DOLPHQWRV FRP Do~FDU QRV SULPHLURV
anos vai aceitar bem leite puro ou iogurtes naturais sem
Do~FDUVHIRUDFRVWXPDGDGHVGHDSULPHLUDYH]
Alimentos ultraprocessados não devem

ser oferecidos, por serem nutricionalmente
desbalanceados e por conterem muitos aditivos.
Além disso, comer ou beber alimentos ultraprocessados,
PHVPRQRVLQWHUYDORVGDVUHIHLo}HVSRGHDWUDSDOKDU
o apetite nas refeições seguintes.
(QYROYHUDFULDQoDQDHVFROKDGDUHIHLomRGDIDPtOLD
no planejamento da alimentação e no seu preparo
p XPD H[FHOHQWH HVWUDWpJLD SDUD TXH HOD SDVVH D
DSUHFLDU PDLV RV DOLPHQWRV 1D KRUD GDV FRPSUDV
H[SOLTXHSDUDDFULDQoDTXHDTXHOHVDOLPHQWRVIDUmR
132
SDUWH GDV UHIHLo}HV GD IDPtOLD H HQYROYDD QD

sua seleção. Durante o preparo das refeições,
a depender de sua idade, a criança pode ajudar
em alguns procedimentos, como amassar ou
misturar alguns ingredientes. É importante
OHPEUDUTXHFULDQoDQDFR]LQKDUHTXHUYLJLOkQFLD
e atenção o tempo todo para evitar acidentes.
e FRPXP KDYHU DQVLHGDGH H DWp SUHVVmR GH

IDPLOLDUHV H DPLJRV SDUD TXH RV DOLPHQWRV DWp
então não oferecidos passem a fazer parte
da alimentação cotidiana da criança. Muitos
alimentos, como os doces das festas e os
refrigerantes, aparecerão no dia a dia da criança,
PDV R FXLGDGR GHYH VHU PDQWLGR HYLWDQGRVH R
FRQVXPR GH DOLPHQWRV QmR VDXGiYHLV GH IRUPD
a favorecer o crescimento e o desenvolvimento
DGHTXDGRV 2 FXLGDGR FRP D DOLPHQWDomR GD
criança continua sendo uma tarefa coletiva e
FRPSDUWLOKDGDFRPRVIDPLOLDUHVHVFRODHRXWURV
espaços de convívio da criança.
$SDUWLUGRVDQRVVHUiR
“Guia Alimentar para a População
Brasileira” DUHIHUrQFLDWDQWRSDUDDV
crianças, como para adolescentes, jovens,
DGXOWRVHLGRVRV&RQKHoDHVVH*XLD
e continue a praticar e vivenciar uma
DOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHO
133
134
CRIANÇAS MENORES DE
6 MESES QUE NÃO ESTÃO SENDO
AMAMENTADAS EXCLUSIVAMENTE
Há diversas situações, condições e escolhas que ocorrem no período da
amamentação e podem fazer com que a criança menor de 6 meses não
receba somente leite de peito. Nessa seção é destacada a importância do
aleitamento materno e são apresentadas recomendações para a alimentação
de crianças que, antes dos 6 meses, recebem qualquer outro alimento, além
do leite materno.
$LQGD TXH VHMD UHFRPHQGDGD D DPDPHQWDomR H[FOXVLYD QRV SULPHLURV

meses, a oferta de outros leites ou outros alimentos antes dessa idade pode
DFRQWHFHUSRUGLIHUHQWHVUD]}HV0XLWDVYH]HVDVPmHVRXDVSHVVRDVTXH
FXLGDPGDFULDQoDGmRRXWURVOHLWHVSRUDFUHGLWDUHPTXHROHLWHPDWHUQRQmR
HVWiVXVWHQWDQGRDFULDQoDRXSRUWHUHPUHFHELGRLQIRUPDo}HVLQDGHTXDGDV
VREUH PDQHMR GD DPDPHQWDomR RX DLQGD SRU HVFROKD RX SRU VLWXDo}HV GH
YLGD H GH WUDEDOKR TXH GL¿FXOWDP D DPDPHQWDomR H[FOXVLYD 8PD FULDQoD
PHQRU GH PHVHV TXH QmR HVWHMD VHQGR DOLPHQWDGD VRPHQWH FRP OHLWH
PDWHUQRUHTXHUFXLGDGRVDGLFLRQDLVQRDFRPSDQKDPHQWRGRVHXFUHVFLPHQWR
H GHVHQYROYLPHQWR 2 SUR¿VVLRQDO GH VD~GH GHYH VHU SURFXUDGR SRLV D
RULHQWDomRVREUHDDOLPHQWDomRGDFULDQoDGHSHQGHGDLGDGHHGDTXDQWLGDGH
GHOHLWHPDWHUQRTXHHODHVWiUHFHEHQGR
6DLED TXH p SRVVtYHO YROWDU D DPDPHQWDU H[FOXVLYDPHQWH 2 VHUYLoR GH

VD~GH SRGH DSRLDU YRFr D FRQWLQXDU D DPDPHQWDU H DWp PHVPR UHWRPDU D
DPDPHQWDomR H[FOXVLYD DWp D FULDQoD FRPSOHWDU PHVHV GH LGDGH 9DOH D
SHQDSRUWRGRVRVEHQHItFLRVTXHHVVDSUiWLFDRIHUHFH
135
Por que as crianças devem ser amamentadas exclusivamente

$PDPHQWDUH[FOXVLYDPHQWHSURWHJHFRQWUDGRHQoDVLQIHFFLRVDVFRPRGLDUUHLD
pneumonia e otite, pois o leite materno possui fatores de proteção. Protege também
FRQWUD DOHUJLDV $OpP GLVVR EHErV DPDPHQWDGRV H[FOXVLYDPHQWH DSUHVHQWDP
PHQRVFKDQFHGHGHVHQYROYHUHPGHVQXWULomRRXREHVLGDGHQDLQIkQFLDHDLQGD
REHVLGDGHHGLDEHWHVWLSRQDYLGDDGXOWD$GLFLRQDOPHQWHEHErVDOLPHQWDGRV
FRPOHLWHPDWHUQRWrPPHQRUULVFRGHGHVHQYROYHUDOJXQVWLSRVGHFkQFHULQIDQWLO
como leucemia.
2DOHLWDPHQWRDUWL¿FLDOWHPFXVWRHOHYDGR
2IHUHFHUjFULDQoDIyUPXODLQIDQWLORXOHLWHGHYDFDPRGL¿FDGRHPFDVDWHP
FXVWRHOHYDGRSRGHQGRFRPSURPHWHURRUoDPHQWRIDPLOLDU$OpPGRGLQKHLUR
JDVWRQDFRPSUDGHVVHVDOLPHQWRVKiGHVSHVDVFRPXWHQVtOLRVKLJLHQL]DomR
JiV GH FR]LQKD +i DLQGD GHVSHVDV FRP WUDWDPHQWRV UHDOL]DGRV TXDQGR
a criança adoece por causa da oferta de fórmulas infantis ou leite de vaca
PRGL¿FDGR HP FDVD 2 JDVWR TXH D IDPtOLD WHP VRPHQWH FRP D FRPSUD GD
fórmula infantil varia entre 20 e GR VDOiULR PtQLPR$Wp RV PHVHV GH
YLGDHVVHJDVWRWRUQDVHPDLRUjPHGLGDTXHDFULDQoDFUHVFHHDXPHQWDD
TXDQWLGDGHGHOHLWHQHFHVViULDSDUDVXDDOLPHQWDomR$VIyUPXODVLQIDQWLVHR
uso do leite de vaca também impactam o meio ambiente, conforme abordado
QRWySLFR³3RUTXHDPDPHQWDUpWmRLPSRUWDQWH"´QDVHomR³Leite materno: o
primeiro alimento”.
Quando outros leites são oferecidos à criança, ela suga menos o peito e a produção
de leite materno diminui, podendo levar à interrupção completa da amamentação.
eFRPXPDIDPtOLDDFKDUTXHROHLWH³VHFRX´RXTXHDPXOKHUHVWiSURGX]LQGR
SRXFROHLWH1RHQWDQWRLVVRFRVWXPDVHUFRQVHTXrQFLDGDRIHUWDGH outros leites.
3RUWDQWRpERPLQVLVWLUSDUDTXHDFULDQoDFRQWLQXHPDPDQGRQRSHLWRHPOLYUH
GHPDQGDRXVHMDVHPKRUDPDUFDGD
136
Como estimular o aleitamento materno exclusivo e evitar que ele seja interrompido
ƒ $XPHQWHDIUHTXrQFLDGDVPDPDGDVHGrRSHLWRSDUDDFULDQoDVHPSUHTXH
HODGHPRQVWUDUYRQWDGHGHPDPDULQFOXVLYHjQRLWH$VVLPYRFrSDVVDUiD
produzir cada vez mais leite.
ƒ 6HYRFrSUHFLVDUVHVHSDUDUGDFULDQoDSRUDOJXPWHPSRUHWLUHHDUPD]HQH
SUHYLDPHQWHROHLWHGRSHLWRSDUDTXHDOJXpPRRIHUHoDjFULDQoDHQTXDQWR
YRFrHVWLYHUORQJH&RPRROHLWHPDWHUQRSRGHVHUDUPD]HQDGRHPIUHH]HU
RXJHODGHLUDGHL[HXPSHTXHQRHVWRTXHGHUHVHUYDSDUDHVVDVRFDVL}HV
Dessa forma, a criança continua mamando somente o leite materno e a
produção de leite não diminui.
ƒ 6HPSUHTXHYRFrVHVHQWLUGHVFRQIRUWiYHOSRUFDXVDGRSHLWRFKHLRHHVWLYHU
longe da criança, retire um pouco de leite para diminuir o desconforto.
ƒ6HIRUQHFHVViULRGDURXWUROHLWHGrRSHLWRDQWHVTXDQGRSRVVtYHO
3DUDVDEHUPDLVVREUHHVWHWHPDYHMDRWySLFR³Como retirar, armazenar e oferecer

o leite materno” QDVHomR³Leite materno: o primeiro alimento´.
Quando for preciso dar outros alimentos além do leite materno
4XDQGR D FULDQoD QmR HVWLYHU HP DPDPHQWDomR H[FOXVLYD DV UHFRPHQGDo}HV

VREUHDDOLPHQWDomRGHSHQGHPGDLGDGHGDFULDQoD2ULHQWDo}HVSDUDDVG~YLGDV
PDLVIUHTXHQWHVHPUHODomRDHVVHDVVXQWRVmRDSUHVHQWDGDVDVHJXLUPDVp
LPSRUWDQWHSURFXUDUXPSUR¿VVLRQDOGHVD~GHSDUDXPDRULHQWDomRLQGLYLGXDOL]DGD
2TXHID]HUVHDPmHSUHFLVDU¿FDUORQJHGDFULDQoD"
2PHOKRUDOLPHQWRpVHPSUHROHLWHPDWHUQR5HFRPHQGDVHUHWLUDUROHLWHGRSHLWR
HJXDUGiORQDJHODGHLUDIUHH]HURXFRQJHODGRU$SHVVRDTXHFXLGDUGDFULDQoD
QDDXVrQFLDGDPmHSRGHUiGDUROHLWHUHWLUDGRRIHUHFHQGRRHPFRSR[tFDUD
RX FROKHU SRLV QmR p UHFRPHQGDGR XVDU PDPDGHLUD FKXTXLQKD RX VLPLODUHV
SDUD HYLWDU TXH D FULDQoD WHQKD GL¿FXOGDGH GH VXJDU R SHLWR GHSRLV 3RGH VHU
QHFHVViULRRIHUHFHURXWURVDOLPHQWRV$HVFROKDGHVVHVDOLPHQWRVGHSHQGHUiGD
idade da criança, do tempo de separação entre mãe e criança e da aceitação por
ela dos demais alimentos.
137
x Para crianças menores de 4 meses
Se tiver pouco leite materno armazenadoHQmRIRUVX¿FLHQWHSDUDRSHUtRGR

HP TXH D PmH ¿FDU GLVWDQWH RIHUHFrOR H FRPSOHWDU FRP IyUPXOD LQIDQWLO
(QWUHWDQWRJUDQGHSDUWHGDVIDPtOLDVEUDVLOHLUDVQmRWHPFRQGLo}HVGHDGTXLULU
a fórmula infantil e utiliza como alternativa o leite de vaca. Nesses casos, ele
GHYH VHU PRGL¿FDGR HP FDVD GH DFRUGR FRP RULHQWDo}HV GH SUR¿VVLRQDLV
GH VD~GH SRUTXH QmR SRGH VHU RIHUHFLGR VHP GLOXLomR DQWHV GH D FULDQoD
completar 4 meses de idade.
Se não tiver leite materno armazenado, oferecer a fórmula infantil ou, no caso
GHHVVDRSomRQmRVHUDFHVVtYHOROHLWHGHYDFDPRGL¿FDGRHPFDVD
3DUD PDLV LQIRUPDo}HV VREUH IyUPXOD LQIDQWLO H OHLWH GH YDFD PRGL¿FDGR HP
casa, veja a seção “Alimentação de crianças não amamentadas”.
x Para crianças entre 4 e 6 meses
Se tiver pouco leite materno armazenadoHQmRIRUVX¿FLHQWHSDUDRSHUtRGR

HPTXHDPmH¿FDUGLVWDQWHRIHUHFrORHFRPSOHWDUFRPRXWURVDOLPHQWRV2V
alimentos a serem oferecidos, inclusive fórmulas infantis ou outros leites, e o
Q~PHURGHUHIHLo}HVGHSHQGHPGRWHPSRTXHDPmH¿FDUORQJHGDFULDQoD
do seu desenvolvimento e da aceitação por ela dos demais alimentos. Os
SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH GHYHP RULHQWDU VREUH D DOLPHQWDomR DGHTXDGD QHVVD
VLWXDomR'HSHQGHQGRGDDYDOLDomRSUR¿VVLRQDOVREUHRGHVHQYROYLPHQWRGD
FULDQoDSRGHPVHURIHUHFLGDVIUXWDVFRPRODQFKHDOPRoRRXMDQWDU6HIRU
QHFHVViULRRIHUWDURXWUROHLWHSDUDDFULDQoDRIHUHoDRHPFRSR[tFDUDRXFROKHU
HHYLWHRXVRGHPDPDGHLUDVRXFKXTXLQKDV.
Se não tiver leite materno armazenadoRIHUHFHURXWURVDOLPHQWRVTXHSRGHPVHU

IUXWDDOPRoRMDQWDUHRXIyUPXODVLQIDQWLVRXRXWURVOHLWHVGHSHQGHQGRGRWHPSR
TXHDPmH¿FDUORQJHGDFULDQoDGRVHXGHVHQYROYLPHQWRHGDDFHLWDomRSRUHOD
dos demais alimentos.
138
3DUDPDQWHUDSURGXomRGROHLWHGHSHQGHQGRGRWHPSRTXHDPmH¿FDUORQJH
GDFULDQoDpLPSRUWDQWHTXHHODUHWLUHROHLWHXPDRXPDLVYH]HVPHVPRTXH
QmRSRVVDDUPD]HQiOR(TXDQGRHVWLYHUFRPDFULDQoDDPDPHQWDUHPOLYUH
GHPDQGD VHP KRUD PDUFDGD 3DUD VDEHU PDLV FRPR UHWLUDU R OHLWH OHLD DV
RULHQWDo}HV GR WySLFR ³&RPR UHWLUDU DUPD]HQDU H RIHUHFHU R OHLWH PDWHUQR´ QD
VHomR³/HLWHPDWHUQRRSULPHLURDOLPHQWR´
Quando iniciar a oferta de outros alimentos de consistência sólida para

a criança?
Conforme visto anteriormente, o início da oferta de outros alimentos para crianças

TXHQmRHVWmRVyFRPROHLWHPDWHUQRSRGHYDULDUGHDFRUGRFRPDTXDQWLGDGHH
GRQ~PHURGHYH]HVTXHHODUHFHEHRXWURVOHLWHV8PDFULDQoDTXHWHPDPDLRU
parte da sua alimentação baseada no leite materno pode começar a receber outros
DOLPHQWRVDRVPHVHVGDPHVPDIRUPDTXHDVTXHHVWmRHPDPDPHQWDomR
H[FOXVLYD YHU D VHomR ³A criança e alimentação a partir dos 6 meses´ 1R
HQWDQWRSRGHKDYHUGLIHUHQWHVVLWXDo}HVHPTXHDFULDQoDUHFHEDRXWURVOHLWHV
HPTXDQWLGDGHVHIUHTXrQFLDVYDULiYHLVHSRUWDQWRRLQtFLRGDRIHUWDGHRXWURV
DOLPHQWRVGHYHVHURULHQWDGRSRUXPSUR¿VVLRQDOGHVD~GH
Quando é importante oferecer água para a criança?
$ QHFHVVLGDGH GH iJXD GD FULDQoD p DWHQGLGD H[FOXVLYDPHQWH SHOR OHLWH

PDWHUQRTXDQGRHODHVWiHPDPDPHQWDomRH[FOXVLYD$FULDQoDTXHUHFHEH
VRPHQWHIyUPXODLQIDQWLOGHVGHTXHSUHSDUDGDGHIRUPDDGHTXDGDWDPEpP
QmRSUHFLVDUHFHEHUiJXD
6HYRFrFRPHoDUDGDUOHLWHGHYDFDPRGL¿FDGRHPFDVDRXRXWURVDOLPHQWRV
DOpPGROHLWHPDWHUQRRIHUHoDiJXDSDUDDFULDQoDQRVLQWHUYDORVGDVUHIHLo}HV
$ iJXD GHYH VHU RIHUHFLGD HP FRSR [tFDUD RX FROKHU HYLWDQGRVH R XVR GH
PDPDGHLUDV RX FKXTXLQKDV 4XDQGR RIHUHFHU iJXD j FULDQoD HOD GHYH HVWDU
VHQWDGDFRPDFDEHoDHSHVFRoR¿UPHVHDOLQKDGRV6HHODUHFXVDUDiJXD
RIHUHoD HP RXWURV PRPHQWRV DWp HOD VH DFRVWXPDU ÈJXD GH FRFR FKiV H
RXWUDVEHELGDVQmRVXEVWLWXHPDiJXD
139
$ iJXD GHYH VHU ¿OWUDGD WUDWDGD FRP KLSRFORULWR GH VyGLR RX IHUYLGD 9HMD
RULHQWDo}HVVREUHWUDWDPHQWRGDiJXDFRPKLSRFORULWRGHVyGLRQRLWHP³ÈJXD
ERDGHEHEHU´QRFDStWXOR³Conhecendo os alimentos”.
Orientações sobre preparo

e oferta de frutas, almoço ou jantar
podem ser consultadas na seção
³Cozinhar em casa´
140
ALIMENTAÇÃO
DE CRIANÇAS NÃO
AMAMENTADAS
As crianças não amamentadas requerem cuidados adicionais no

acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento. Informação clara
e precisa também é fundamental para famílias nessa situação. Veja aqui
informações sobre a alimentação de crianças não amamentadas.
([LVWHPVLWXDo}HVHPTXHDRIHUWDGHRXWURDOLPHQWRGLIHUHQWHGROHLWHPDWHUQR
SRGHVHUQHFHVViULDDQWHVGHPHVHV$OJXPDVGRHQoDVFRQGLo}HVPDWHUQDVRX
FRQGLo}HVGDFULDQoDHDLQGDDOJXQVSRXFRVHHVSHFt¿FRVPHGLFDPHQWRVTXH
SRGHPSDVVDUSHOROHLWHHDIHWDUDFULDQoDLPSHGHPDSUiWLFDGDDPDPHQWDomR
(VVDV FRQGLo}HV GHYHP VHU DYDOLDGDV SRU SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH +i WDPEpP
FULDQoDVTXHDSUHVHQWDPGRHQoDVUDUDVRXRXWUDVFRQGLo}HVHVSHFLDLVFULDQoDV
TXHSHUGHUDPVXDVPmHVHRXTXHHVWmRHPVLWXDomRGHDGRomRGHVGHRLQtFLR
GDYLGD$OpPGLVVRKiPXOKHUHVTXHSRUGLIHUHQWHVUD]}HVQmRFRQVHJXHPRX
optam por não amamentar.
$ SHVVRD TXH FXLGD GD FULDQoD TXH QmR p DPDPHQWDGD GHYH UHFHEHU
RULHQWDo}HVVREUHVXDDOLPHQWDomRSRUSUR¿VVLRQDLVGHVD~GH$VXEVWLWXLomR
GROHLWHPDWHUQRSRURXWURDOLPHQWRUHTXHUFXLGDGRVHVSHFLDLV
Adoção e amamentação
0mHVDGRWLYDVTXHGHVHMDPDPDPHQWDUSRGHPFRQVHJXLUXWLOL]DQGRWpFQLFDV
HRULHQWDo}HVDGHTXDGDV3URFXUHXP%DQFRGH/HLWH+XPDQRRXRVHUYLoRGH
VD~GHPDLVSUy[LPR
141
Quando a criança não é amamentada, a primeira alternativa é oferecer a

IyUPXOD LQIDQWLO SRLV HOD p XP SURGXWR PDLV DGHTXDGR DR RUJDQLVPR DLQGD
LPDWXURGDFULDQoDGRTXHROHLWHGHYDFDLQWHJUDO
1R HQWDQWR SHVTXLVDV PRVWUDP TXH R OHLWH PDLV XWLOL]DGR QR %UDVLO SRU
FULDQoDVPHQRUHVGHDQRpROHLWHGHYDFDLQWHJUDOHPSyRXOtTXLGRWDPEpP
LGHQWL¿FDGRFRPRGH³FDL[D´RX³GHVDTXLQKR´SRUFRQWDGDVHPEDODJHQV
&DVRDIDPtOLDRSWHSHOROHLWHGHYDFDLQWHJUDOSUHFLVDVHUPRGL¿FDGRHPFDVD
antes de ser oferecido para crianças com idade inferior a 4 meses de vida.
9DPRVFKDPDUHVVDSUHSDUDomRGHOHLWHGHYDFDPRGL¿FDGRHPFDVD.
$V GLIHUHQoDV HQWUH HVVD SUHSDUDomR H D IyUPXOD LQIDQWLO VmR GHWDOKDGDV D

VHJXLU 5HFRPHQGDVH TXH D IDPtOLD SURFXUH SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH SDUD
receber orientações de como alimentar a criança não amamentada e sobre a
necessidade de suplementação de micronutrientes.
)yUPXODLQIDQWLOHOHLWHGHYDFDPRGL¿FDGRHPFDVDDVSULQFLSDLVGLIHUHQoDV
entre estes dois alimentos
Fórmula infantil
eFODVVL¿FDGRSHOD$JrQFLD1DFLRQDOGH9LJLOkQFLD6DQLWiULD$19,6$FRPR

XP DOLPHQWR SDUD ¿QV HVSHFLDLV H UHSUHVHQWD D PHOKRU DOWHUQDWLYD SDUD D
alimentação de crianças não amamentadas ou parcialmente amamentadas.
$VLQG~VWULDVGHDOLPHQWRVPRGL¿FDPROHLWHGHYDFDDOWHUDQGRDTXDQWLGDGH
GH SURWHtQDV VyGLR JRUGXUDV Do~FDUHV YLWDPLQDV H PLQHUDLV EXVFDQGR
elaborar um produto compatível com a maturidade do organismo de crianças
SHTXHQDVHTXHDWHQGDVXDVQHFHVVLGDGHVQXWULFLRQDLV
eLPSRUWDQWHVHJXLUDVTXDQWLGDGHVGHSyHiJXDSDUDUHFRQVWLWXLomRLQGLFDGDV
no rótulo do produto para evitar prejuízos ao crescimento da criança, ou seja,
SRXFRJDQKRGHSHVRFDVRVHMDRIHUHFLGDPHQRUTXDQWLGDGHGHIyUPXODGRTXHR
QHFHVViULRRXJDQKRGHSHVRH[FHVVLYRFDVRVHMDRIHUHFLGDXPDTXDQWLGDGHGH
SyPDLRUGRTXHDUHFRPHQGDGD
142
+iYiULRVWLSRVGHIyUPXODLQIDQWLODOJXQVLQGLFDGRVDSHQDVSDUDFULDQoDVFRP
necessidades alimentares especiais, como é o caso de crianças com alergia
j SURWHtQD GR OHLWH GH YDFD 6RPHQWH SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH SRGHP LQGLFDU
HVVHVSURGXWRVVXDVIRUPDVGHSUHSDURHDVTXDQWLGDGHVDVHUHPRIHUHFLGDV
jFULDQoD(OHVWDPEpPSRGHUmRRULHQWDUVHpQHFHVViULDDVXSOHPHQWDomR
de micronutrientes.
/HLWHGHYDFDPRGL¿FDGRHPFDVD
2OHLWHGHYDFDQmRIRUQHFHSDUDDFULDQoDWRGRVRVQXWULHQWHVGHTXHHODSUHFLVD
$VTXDQWLGDGHVH[FHVVLYDVGHSURWHtQDVVyGLRSRWiVVLRHFORURGROHLWHGHYDFD
podem sobrecarregar os rins da criança nos primeiros meses de vida.
$V SURWHtQDV GHVWH OHLWH WrP GLJHVWmR PDLV GHPRUDGD SRVVXL TXDQWLGDGHV
LQVX¿FLHQWHVGHYLWDPLQDV$'H&$OpPGLVVRRIHUURQHOHFRQWLGRQmRpWmREHP
DSURYHLWDGRSHODFULDQoDTXDQWRRGROHLWHPDWHUQRSRGHQGROHYDUjDQHPLD,VWR
é mais preocupante para as crianças nos primeiros meses de vida.
(PDOJXQVFDVRVROHLWHGHYDFDLQWHJUDOOtTXLGRRXHPSySRGHVHUXWLOL]DGRSDUD

FULDQoDVFRQIRUPHGLOXLomRRULHQWDGDSHORSUR¿VVLRQDOGHVD~GH
O leite desnatado e o leite semidesnatado não são indicados para crianças

PHQRUHV GH DQRV SRUTXH SRVVXHP PHQRU TXDQWLGDGH GH JRUGXUD H HOD p
importante para o desenvolvimento neurológico da criança.
$FULDQoDDOLPHQWDGDFRPOHLWHGHYDFDPRGL¿FDGRSUHFLVDUHFHEHUVXSOHPHQWDomR
GH YLWDPLQDV H PLQHUDLV FRP D RULHQWDomR GH SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH Após 4
PHVHVQmRpSUHFLVRPDLVGLOXLUROHLWHGHYDFDLQWHJUDOOtTXLGRHROHLWHHPSy
pode ser preparado de acordo com o recomendado no rótulo.
143
Parece fórmula infantil

ou leite de vaca integral,
mas não é
$WHQomR ([LVWHP SURGXWRV FKDPDGRV ³FRPSRVWRV
OiFWHRV´TXHQmRGHYHPVHUFRQIXQGLGRVFRPIyUPXODV
infantis nem com leite de vaca integral. Eles são
SURGX]LGRVFRPXPDPLVWXUDGHOHLWHQRPtQLPRH
RXWURVLQJUHGLHQWHVOiFWHRVRXQmROiFWHRVHFRVWXPDP
FRQWHUDo~FDUHDGLWLYRVDOLPHQWDUHV
(PERUD DV HPEDODJHQV WUDJDP D LQIRUPDomR GH TXH

esses produtos não devem ser usados na alimentação
de crianças menores de 1 ano, na verdade eles não são
indicados para crianças menores de 2 anos pela presença
GH Do~FDU H DGLWLYRV DOLPHQWDUHV (OHV QmR VXEVWLWXHP R
leite materno e nem as fórmulas infantis.
2V FRPSRVWRV OiFWHRV WrP HPEDODJHQV H UyWXORV PXLWR

parecidos com os das fórmulas infantis, geralmente são
colocados lado a lado nas prateleiras dos supermercados e
IDUPiFLDVHWrPSUHoRVPHQRUHV/HLDRUyWXORFRPDWHQomR
2V FRPSRVWRV OiFWHRV YrP FRP HVVH QRPH HVFULWR QD

IUHQWHRXQRYHUVRGDHPEDODJHP(RIDEULFDQWHWHPTXH
LQIRUPDUQRUyWXOR³FRPSRVWROiFWHRQmRpOHLWHHPSy´RX
³HVWHSURGXWRQmRpOHLWHHPSy´
Cuidados importantes no preparo da fórmula infantil
As orientações a seguir são importantes para prevenir

diarreia e outros problemas relacionados ao uso de fórmula
LQIDQWLORXGROHLWHGHYDFDPRGL¿FDGRHPFDVD
144
• Antes de iniciar o preparo, lave bem as mãos e
DEDL[R GDV XQKDV FRP VDEmRVDERQHWH H VHTXHDV
FRPSDQROLPSRRXSDSHOWRDOKD
• 2ORFDOGHSUHSDUREDQFDGDSLDPHVDGHYHHVWDUOLPSR
• &RPHFHRSUHSDURXPSRXFRDQWHVGRKRUiULRHPTXHD
FULDQoDLUiVHDOLPHQWDU
• 5HVSHLWHDIRUPDGHSUHSDURDVVLPFRPRDVTXDQWLGDGHV
UHFRPHQGDGDVSRUSUR¿VVLRQDLVGHVD~GH
• 3DUDRSUHSDURGDIyUPXODLQIDQWLOIHUYDDiJXDWUDWDGD
SRU PLQXWRV QD TXDQWLGDGH QHFHVViULD SDUD R
KRUiULRÈJXDVHQJDUUDIDGDVPLQHUDLVWDPEpPGHYHP
VHU IHUYLGDV 2 Sy GHYH VHU PLVWXUDGR HP iJXD EHP
TXHQWH SDUD HYLWDU FRQWDPLQDomR 3DUD LVVR DSyV D
IHUYXUDGDiJXDHVSHUHQRPi[LPRPLQXWRVSDUD
FRORFDURSy1mRPLVWXUHRSyQDiJXDHQTXDQWRHOD
HVWLYHUIHUYHQGRSDUDHYLWDUTXHRFRUUDPPXGDQoDVQD
composição da fórmula.
• 3DUDRSUHSDURGROHLWHGHYDFDPRGL¿FDGRHPFDVD
o leite deve ser fervido. Se for usado o leite em pó, os
cuidados devem ser iguais aos descritos anteriormente
para a fórmula infantil. (P DPERV RV FDVRV D iJXD
XWLOL]DGDGHYHVHU¿OWUDGDHIHUYLGDSRUPLQXWRV
• )HUYD RV XWHQVtOLRV TXH VHUmR XVDGRV SDUD D RIHUWD

GR OHLWH 3DUD HYLWDU TXHLPDGXUDV DR IHUYHU RV
XWHQVtOLRV XVH DV ERFDV GD SDUWH GH WUiV GR IRJmR
Não faça essas atividades com a criança no colo e
QHPSUy[LPDDRIRJmR
• 3DUDHVIULDUFRORTXHDIyUPXODHPXPIUDVFRWDPSDGR
GHQWURGHXPUHFLSLHQWHFRQWHQGRiJXDIULDRXJHORHP
145
YROXPHVX¿FLHQWHSDUDDWLQJLUDPHWDGHGRIUDVFR7DPEpPpSRVVtYHOHVIULDU
FRORFDQGRRHPEDL[RGDWRUQHLUDDEHUWDWRPDQGRRFXLGDGRSDUDVHHYLWDUR
GHVSHUGtFLRGHiJXD
• 3DUD SUHYHQLU TXHLPDGXUDV QD FULDQoD WHVWH D WHPSHUDWXUD GD SUHSDUDomR

SLQJDQGRXPDRXGXDVJRWDVQDSDUWHGHWUiVGDVXDPmRRXQDSDUWHLQWHUQD
GRVHXEUDoR6HDLQGDHVWLYHUPXLWRTXHQWHHVIULHPDLVXPSRXFR
• Procure se sentar para oferecer o alimento com a criança no colo, com

FRQWDWRROKRQRROKRVHPSUHTXHSRVVtYHO(VWHpXPPRPHQWRLPSRUWDQWHGH
DFRQFKHJRGDFULDQoDFRPDSHVVRDTXHFXLGDGHOD1XQFDGHL[HDFULDQoDVH
DOLPHQWDUVR]LQKD
• $SyVDUHIHLomRMRJXHIRUDRTXHQmRWLYHUVLGRFRQVXPLGRHODYHRVXWHQVtOLRV
FRPiJXDHVDEmR$QWHVGHXViORVQRYDPHQWHHVWHULOL]HRV3DUDHVWHULOL]i
ORVRXVHMDHYLWDUTXDOTXHUWLSRGHFRQWDPLQDomRFRORTXHRVIUDVFRVHPXPD
SDQHOD FXEUDRV WRWDOPHQWH FRP iJXD H IHUYDRV SRU PLQXWRV &RQWH R
WHPSRDSDUWLUGRLQtFLRGDIHUYXUD$SyVDIHUYXUDGHL[HHVIULDUHHVFRUUDD
iJXDGDSDQHOD
• 2XWUDIRUPDGHHVWHULOL]DURVIUDVFRVpFRORFiORVHPXPDSUHSDUDomRGHiJXD
FRPKLSRFORULWRGHVyGLRSRUQRPtQLPRKRUDFRQIRUPHRULHQWDo}HVGDVHomR
“Cozinhar em casa”QRWySLFR³Preparo da solução clorada”.
• 'HSRLVGHHVWHULOL]DUFRORTXHRVXWHQVtOLRVSDUDVHFDUGHERFDSDUDEDL[RVREUH
XPSDQROLPSRRXSDSHOWRDOKD1mRRVHQ[XJXH'HSRLVGHVHFRVJXDUGHRV
em um recipiente com tampa.
1mRDTXHoDHPPLFURRQGDVDIyUPXODLQIDQWLORXROHLWHGHYDFDPRGL¿FDGRHP
FDVDSRLVDVDOWDVWHPSHUDWXUDVDOFDQoDGDVSHORPLFURRQGDVSRGHPDOWHUDUD
composição desses produtos.
146
3DUDVDEHUPDLVVREUHDVIRUPDVGHSUHSDURHTXDQWLGDGHVDVHUHPRIHUHFLGDV
jFULDQoDGHIyUPXODVLQIDQWLVRXOHLWHGHYDFDPRGL¿FDGRHPFDVDFRQVXOWH
VHPSUHRSUR¿VVLRQDOGHVD~GH6HXVDUIyUPXODVLQIDQWLVFRQVXOWHWDPEpPR
rótulo do produto e siga as instruções de preparo.
/HLWHVYHJHWDLVFRPRGHDUUR]VRMDLQKDPHHWFQmRVmRUHFRPHQGDGRVSDUD
FULDQoDVPHQRUHVGHPHVHVDQmRVHUHPFDVRVHVSHFt¿FRVVRERULHQWDomR
GHXPSUR¿VVLRQDOGHVD~GH
Início de oferta de novos alimentos para crianças não amamentadas
A idade de início da oferta de novos alimentos para crianças não amamentadas

SRGHUiVHUGLIHUHQWHGHSHQGHQGRVHHODVUHFHEHPIyUPXODLQIDQWLORXOHLWHGH
YDFD$V VXJHVW}HV DEDL[R GHWDOKDP HVVD RIHUWD HP DPERV RV FDVRV H HP
diferentes momentos do desenvolvimento da criança.
As demais orientações contidas neste Guia sobre variedade, formas de

SUHSDURFRQVLVWrQFLDGRVDOLPHQWRVDVHUHPRIHUHFLGRVHVREUHDOLPHQWRVQmR
recomendados devem ser aplicadas a todas as crianças igualmente, inclusive
SDUDDTXHODVQmRDPDPHQWDGDV
Crianças que recebem fórmula infantil
Os novos alimentos deverão ser oferecidos a partir dos 6 meses, inclusive a

iJXD$SDUWLUGRVPHVHVDIyUPXODLQIDQWLOSRGHVHUVXEVWLWXtGDSHOROHLWHGH
vaca integral.
9HMDDVHJXLURVTXDGURVVREUHDDOLPHQWDomRGDFULDQoDTXHUHFHEHIyUPXODLQIDQWLO
SRUIDL[DHWiULD2VTXDGURVVmRVXJHVW}HVJHUDLVHGHYHPVHUDGDSWDGRVDFDGD
FULDQoD &DVR D IDPtOLD TXHLUD RIHUHFHU DOLPHQWRV GH XPD IRUPD GLIHUHQWH GD
GHVFULWDDVHJXLUFRQYHUVHDQWHVFRPXPSUR¿VVLRQDOGHVD~GH
147
Alimentação da criança que recebe fórmula infantil por faixa etária
Café da manhã — fórmula infantil
Lanche da manhã — fruta

Almoço
-XQWRjUHIHLomRSRGHVHURIHUHFLGRXPSHGDoRSHTXHQRGHIUXWD
4XDQWLGDGHDSUR[LPDGD²DFROKHUHVGHVRSDQRWRWDO(VVDTXDQWLGDGH
VHUYHDSHQDVSDUDDIDPtOLDWHUDOJXPDUHIHUrQFLDHQmRGHYHVHUVHJXLGD
GH IRUPD UtJLGD XPD YH] TXH DV FDUDFWHUtVWLFDV LQGLYLGXDLV GD FULDQoD
devem ser respeitadas.
Lanche da tarde — fórmula infantil e fruta
Entre o lanche e a ceia — fórmula infantil
Ceia — fórmula infantil
148
Café da manhã — fórmula infantil

Almoço
Lanche da tarde — fórmula infantil e fruta
Jantar — igual ao almoço
Ceia — fórmula infantil
149
Café da manhã — leite de vaca integral

Almoço
Lanche da tarde — leite de vaca integral e fruta
Jantar — Igual ao almoço
Ceia — leite de vaca integral
150

Café da manhã
x Leite de vaca integral e fruta ou
x /HLWH GH YDFD LQWHJUDO H FHUHDO SmHV FDVHLURV SmHV SURFHVVDGRV
DYHLD FXVFX] GH PLOKR RX UDt]HV H WXEpUFXORV DLSLPPDFD[HLUD
EDWDWDGRFHLQKDPH
Almoço
Lanche da tarde
EDWDWDGRFHLQKDPH
&RQKHoDRVDOLPHQWRVFRPRFRPELQiORVHSUHSDUiORVFRQVXOWDQGRDVVHo}HV
“Conhecendo os alimentos”, “A criança e a alimentação a partir dos 6 meses”
e “Cozinhar em casa”.
151
&ULDQoDVTXHUHFHEHPOHLWHGHYDFDPRGL¿FDGR
$FULDQoDDOLPHQWDGDFRPOHLWHGHYDFDPRGL¿FDGRHPFDVDSRGHUiUHFHEHU
QRYRVDOLPHQWRVDSDUWLUGRVPHVHVSDUDHYLWDUGH¿FLrQFLDVQXWULFLRQDLVSRLV
R OHLWH GH YDFD QmR SRVVXL WRGRV RV QXWULHQWHV GH TXH D FULDQoD SUHFLVD A
partir desta idade, o leite de vaca integral não deve mais ser diluído e o leite
de vaca em pó deve ser preparado conforme orientações do rótulo.
6HDFULDQoDGHUVLQDLVGHTXHHVWiSURQWDSDUDUHFHEHUQRYRVDOLPHQWRVDRV
PHVHVUHFRPHQGDVHGDUIUXWDGHPDQKmHjWDUGHDOPRoRou jantar, além
GHiJXDQRVLQWHUYDORV2VDOLPHQWRVGHYHPVHUDPDVVDGRV&DVRYRFrWHQKD
G~YLGD VH D FULDQoD Mi WHP GHVHQYROYLPHQWR VX¿FLHQWH SDUD UHFHEHU QRYRV
alimentos ou caso a criança não esteja aceitando a alimentação amassada,
FRQVXOWHSUR¿VVLRQDLVGHVD~GH
6mR VLQDLV GH TXH D FULDQoD HVWi SURQWD SDUD UHFHEHU DOLPHQWRV VyOLGRV
H VHPLVVyOLGRV VHU FDSD] GH DVVXPLU SRVLomR VHQWDGD H FDEHoD ¿UPH
PRVWUDUFRRUGHQDomRHQWUHRVROKRVDVPmRVHDERFDPDVWLJDUHHQJROLU
sem engasgar.
$RID]HUPHVHVUHFRPHQGDVHGDUIUXWDGHPDQKmHjWDUGHDOPRoRMDQWDU

HiJXDQRVLQWHUYDORV1RVRXWURVKRUiULRVGRGLDROHLWHGHYDFDLQWHJUDOGHYH
VHURIHUHFLGR$TXDQWLGDGHWRWDOGHOHLWHRIHUHFLGDQmRGHYHXOWUDSDVVDUP/
SRUGLDSRLVTXDQWLGDGHVVXSHULRUHVSRGHPWUD]HUULVFRSDUDDVD~GHGDFULDQoD
como a anemia.
9HMD D VHJXLU RV TXDGURV VREUH D DOLPHQWDomR GD FULDQoD TXH UHFHEH OHLWH GH
YDFDSRUIDL[DHWiULD2VTXDGURVVmRVXJHVW}HVJHUDLVHGHYHPVHUDGDSWDGRVD
FDGDFULDQoD&DVRDIDPtOLDTXHLUDRIHUHFHUDOLPHQWRVGHXPDIRUPDGLIHUHQWHGD
DSUHVHQWDGDFRQYHUVHDQWHVFRPXPSUR¿VVLRQDOGHVD~GH
152
Alimentação da criança que recebe leite de vaca por faixa etária

Almoço
Jantar –– leite de vaca integral
153
Almoço
4XDQWLGDGHDSUR[LPDGDHQWUHHPHVHV²DFROKHUHVGHVRSDQRWRWDO
(VVDV TXDQWLGDGHV VHUYHP DSHQDV SDUD D IDPtOLD WHU DOJXPD UHIHUrQFLD

H QmR GHYH VHU VHJXLGD GH IRUPD UtJLGD XPD YH] TXH DV FDUDFWHUtVWLFDV
individuais da criança devem ser respeitadas.
154
Café da manhã
EDWDWDGRFHLQKDPH
Almoço
Lanche da tarde
EDWDWDGRFHLQKDPH
&RQKHoDRVDOLPHQWRVFRPRFRPELQiORVHSUHSDUiORVFRQVXOWDQGRDVVHo}HV
“Conhecendo os alimentos”, “A criança e a alimentação a partir dos 6 meses”
e “Cozinhar em casa”.
155
Como oferecer a água
$ iJXD GHYH VHU RIHUHFLGD HP FRSR

[tFDUD RX FROKHU HYLWDQGRVH R XVR GH
PDPDGHLUDV RX FKXTXLQKDV 4XDQGR
RIHUHFHU iJXD D FULDQoD GHYH HVWDU
VHQWDGDFRPDFDEHoDHSHVFRoR¿UPHV
HDOLQKDGRV6HDFULDQoDUHFXVDUDiJXD
ofereça em outros momentos até ela se
DFRVWXPDU6DLEDTXHiJXDGHFRFRFKiV
HRXWUDVEHELGDVQmRVXEVWLWXHPDiJXD
$ iJXD GHYH VHU ¿OWUDGD RX WUDWDGD

FRP KLSRFORULWR GH VyGLR RX IHUYLGD
Veja orientações sobre tratamento
GD iJXD FRP KLSRFORULWR GH VyGLR QD
seção “Água boa de beber”, no capítulo
“&RQKHFHQGRRVDOLPHQWRV”.
156
COZINHAR EM CASA
Cozinhar em casa geralmente tem sido uma tarefa de responsabilidade exclusiva

da mãe ou das outras mulheres da casa, mas elas não devem ser as únicas
responsáveis. Essa pode ser uma tarefa de toda a família. Com organização e
conhecimentos básicos de culinária, é possível fazer da comida caseira a melhor
opção para a criança e para a família. Neste capítulo, conheça as orientações
para colocar em prática as recomendações deste Guia e tornar a alimentação da
criança mais saborosa, saudável e descomplicada.
$VDWLYLGDGHVGDFR]LQKDKLVWRULFDPHQWHVmRDVVXPLGDV~QLFDHH[FOXVLYDPHQWH
SHODVPXOKHUHVGDFDVDRXSHODVHPSUHJDGDVGRPpVWLFDV1R%UDVLODFR]LQKD
WDPEpPIRLXPHVSDoRRQGHDHVFUDYLGmRRSULPLXDVPXOKHUHVQHJUDVGXUDQWH
TXDVH TXDWUR VpFXORV 2 WUDEDOKR QD FR]LQKD GRPpVWLFD PHVPR DSyV D
abolição da escravatura, passou a representar algo de pouco prestígio social,
UHDOL]DGRHPVXDPDLRUSDUWHSRUPXOKHUHVSREUHVHQHJUDV
2VYHVWtJLRVGDKLVWyULDQRV¿]HUDPSHQVDUTXHFR]LQKDUQRFRWLGLDQRGDFDVD
QmRpXPDSUiWLFDYDORUL]DGDSRUVHUH[HFXWDGDHPXPHVSDoRVHSDUDGRGR
FRQYtYLR VRFLDO SRU WHU EDL[D UHPXQHUDomR RX QHP VHU UHPXQHUDGR H VHU
HQWHQGLGRFRPRXPDREULJDomRGDTXHOHVTXHQmRWUDEDOKDPIRUDGHFDVD
&R]LQKDU D UHIHLomR GD FULDQoD H GD IDPtOLD WUD] EHQHItFLRV SDUD D VD~GH H
SDUDDHFRQRPLDGDFDVD&RPRKiRXWUDVDWLYLGDGHVTXHFRQVRPHPQRVVR
WHPSR GXUDQWH R GLD FRPR RV FXLGDGRV FRP D FULDQoD H WUDEDOKR IRUD GH
FDVDWRUQDUHVVDDWLYLGDGHGLiULDPDLVSUiWLFDpLPSRUWDQWHSDUDHYLWDUFDLUQD
DUPDGLOKDGDFRPLGDSURQWDRXXOWUDSURFHVVDGD3DUDLVVRYDOHSHQVDUVREUH
WUrVLPSRUWDQWHVTXHVW}HVVREUHFR]LQKDUHPFDVD
157
Por que cozinhar?
3RUTXHTXDQGRXPDSHVVRDRXDIDPtOLDFR]LQKDHODVDEHRTXHFRPHMiTXHSRU
FRQWDSUySULDWRPDDVGHFLV}HVVREUHTXDLVLQJUHGLHQWHVXWLOL]DUHDVIRUPDVGH
SUHSDUR$RFR]LQKDURDOLPHQWRJDQKDXPVLJQL¿FDGRPDLRUGRTXHVyDOLPHQWDU
RFRUSRVDFLDUDIRPHHRXIRUQHFHUHQHUJLDYLWDPLQDVHPLQHUDLV&R]LQKDUp
tornar viva a lembrança dos nossos antepassados, de diferentes culturas e etnias
HTXHpWUDQVPLWLGDHQWUHDVJHUDo}HVHPFDGDIDPtOLD2VDOLPHQWRVSURQWRVH
ultraprocessados não oferecem nada disso.
Preparar refeições usando principalmente alimentos in natura ou minimamente

SURFHVVDGRV SRGH SDUHFHU GDU XP SDVVR SDUD WUiV XPD IRUPD GH FR]LQKDU
FRPRQRVWHPSRVDQWLJRV0DVQmRp&R]LQKDUID]EHPjVD~GHHFRQWULEXL
SDUDDVXVWHQWDELOLGDGHGRSODQHWDGLPLQXLQGRSRUH[HPSORDSURGXomRGH
OL[R SRLV RV DOLPHQWRV in natura QmR SUHFLVDP GH HPEDODJHQV DR FRQWUiULR
dos alimentos ultraprocessados. Além disso, utilizar alimentos produzidos de
maneira agroecológica, localmente ou da agricultura familiar, também é uma forma
GHFXLGDUGRPHLRDPELHQWHSRLVHVVHVSURGXWRUHVHPJHUDOWrPDSUHRFXSDomR
FRPRXVRFRQVFLHQWHGRVUHFXUVRVQDWXUDLVFRPDTXDOLGDGHGRVRORHGDiJXDH
QmRXWLOL]DPDJURWy[LFRVQDVODYRXUDV&R]LQKDUHPFDVDQmRpYROWDUDRSDVVDGR
é viver no presente e cuidar do futuro.
&R]LQKDUpXPDDomRTXHSURPRYHVD~GHHLQWHUDomRHQWUHRVPHPEURVGD
família, preserva as culturas e protege o ambiente. Abra um espaço maior para
DVDWLYLGDGHVFXOLQiULDVQRVHXFRWLGLDQR
$RUHFRQKHFHUTXHDFRPLGDGHYHUGDGHpIHLWDHPFDVDHSRUWRGDDIDPtOLD
este Guia D¿UPD R YDORU GR HVSDoR GD FR]LQKD SDUD D VD~GH SDUD R PHLR
ambiente, para o fortalecimento das tradições culturais e para a reformulação
GDVUHODo}HVIDPLOLDUHVWUDWDQGRGHIUHQWHDQHFHVVLGDGHGRFRPSDUWLOKDPHQWR
das tarefas domésticas envolvidas na alimentação.
3DUDDYDORUL]DomRGDFXOLQiULDQDYLGDGDVIXWXUDVJHUDo}HVpIXQGDPHQWDO
UHVJDWDU R SUD]HU HQYROYLGR QR DWR GH FR]LQKDU H HVWLPXODU D FULDQoD GHVGH
FHGR &RQIRUPH HOD IRU FUHVFHQGR p LPSRUWDQWH SHUPLWLU TXH D FULDQoD
158
DFRPSDQKHDVDWLYLGDGHVGDFR]LQKDHVHVLQWDSDUWHGHVVHSURFHVVR$VFULDQoDV
SRGHPGHVHPSHQKDUDWLYLGDGHVFXOLQiULDVVLPSOHVFRPRPLVWXUDUSUHSDUDo}HVH
DGLFLRQDULQJUHGLHQWHVeXPDERDIRUPDGHHQYROYrODVQDVWDUHIDVHDMXGiODV
DVHGHVHQYROYHU(OHPEUHVHDFULDQoDGHYH¿FDUORQJHGRIRJmRHGHREMHWRV
FRUWDQWHVHQXQFDGHYHVHUGHL[DGDVR]LQKDQDFR]LQKD$VEULQFDGHLUDVGH³ID]
GHFRQWD´HPUHODomRDRFR]LQKDUWDPEpPDX[LOLDPQRGHVHQYROYLPHQWRLQIDQWLOH
QDDSUR[LPDomRHHQFDQWDPHQWRFRPRXQLYHUVRGDFR]LQKDHGRDOLPHQWR
Quem pode cozinhar?
7RGDDIDPtOLDSRGHHGHYHSDUWLFLSDUFRPSDUWLOKDQGRDVWDUHIDVGDFR]LQKD0XLWDV
YH]HVDVPXOKHUHVDVVXPHPVR]LQKDVHVVDVDWLYLGDGHVDOpPGHRXWURVDID]HUHVGR
FXLGDGRGRPpVWLFR4XDQGRWRGRVSDUWLFLSDPQHQKXPDSHVVRD¿FDVREUHFDUUHJDGD
&RPWDQWDVWDUHIDVDRORQJRGRGLDHVSHFLDOPHQWHDSyVDFKHJDGDGDFULDQoD
SDUHFHTXHQmRVREUDWHPSRSDUDQDGD(QWmRDDMXGDGHWRGDDIDPtOLDpXPD
boa alternativa.
&R]LQKDU URWLQHLUDPHQWH HP FDVD UHTXHU RUJDQL]DomR SULQFLSDOPHQWH FRP D

compra e o armazenamento de alimentos, além da colaboração e da vontade de
WRGDVHWRGRVLQWHJUDQWHVGDIDPtOLDHPWHUXPDDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHO
&RP R WHPSR YDL VHQGR GH¿QLGR TXHP VH UHVSRQVDELOL]D SHODV FRPSUDV
SRU RUJDQL]DU PDQWLPHQWRV KLJLHQL]DU GHVFDVFDU H SLFDU DOLPHQWRV WHPSHUDU
SUHSDUDo}HVODYDUDORXoDHOLPSDUDFR]LQKDDSyVRVSUHSDURV7DPEpPSRGH
VHU ~WLO YDULDU DV IXQo}HV DWp GHVFREULU R TXH FDGD LQWHJUDQWH GD IDPtOLD SRGH
ID]HUGHPHOKRU&RPDVH[SHULrQFLDVYLYLGDVHFRPSDUWLOKDGDVDIDPtOLDYDLVH
RUJDQL]DQGRGHXPDIRUPDTXHDURWLQD¿FDPDLVIiFLOGHDFRUGRFRPDGLQkPLFD
GHFDGDFDVDHDDOLPHQWDomRIHLWDQHVWHHVSDoRSDVVDDVHUIRQWHGHVD~GHH
prazer para todos.
O que é preciso para cozinhar?
3DUD FR]LQKDU p SUHFLVR WHU DFHVVR D DOLPHQWRV VDXGiYHLV H j iJXD (VVDV

VmRFRQGLo}HVIXQGDPHQWDLVHTXHGHYHPVHUJDUDQWLGDVDWRGDVDVIDPtOLDV
7DPEpPpSUHFLVRGLVSRVLomRHYRQWDGHSDUDFR]LQKDUSRLVGHVFDVFDUSLFDU
HXWLOL]DURIRJmRVmRKDELOLGDGHVTXHYmRVHWRUQDQGRPDLVIiFHLVFRQIRUPH
159
VmRSUDWLFDGDV%XVFDUFRQKHFHUGLIHUHQWHVDOLPHQWRVHVXDVIRUPDVGHSUHSDUR
receitas e combinações também ajuda. Sentir os aromas dos alimentos e provar
DFRPLGDDRFR]LQKDUVmRyWLPDVSUiWLFDVSDUDVHWRUQDUFDGDYH]PDLVFRQ¿DQWH
6HYRFrVDEHFR]LQKDUSURFXUHDSULPRUDUHFRPSDUWLOKDUVHXVFRQKHFLPHQWRV
6H QmR VDEH FRQYHUVH FRP IDPLOLDUHV YL]LQKRV H IHLUDQWHV SHoD UHFHLWDV
VDXGiYHLVSHVTXLVHHPOLYURVUHYLVWDVRXQDLQWHUQHWHTXDQGRSRVVtYHOIDoD
FXUVRV&RPHFHDFR]LQKDUSRLVpID]HQGRTXHVHDSUHQGH
Orientações para cozinhar em casa
Para ter em casa alimentos in natura ou minimamente processados e preparar

UHIHLo}HVFRPHOHVVmRQHFHVViULRVSODQHMDPHQWRHRUJDQL]DomR
Utensílios básicos e alguns equipamentos
3DUDFR]LQKDUQRGLDDGLDFRPDJLOLGDGHHRUJDQL]DomRpLPSRUWDQWHWHUXWHQVtOLRV
EiVLFRV H DOJXQV HTXLSDPHQWRV (OHV GHYHP HVWDU HP ERDV FRQGLo}HV GH XVR
RUJDQL]DGRV H JXDUGDGRV HP ORFDLV GH IiFLO DFHVVR PDV IRUD GR DOFDQFH GDV
FULDQoDV0DQWHUXWHQVtOLRVHHTXLSDPHQWRVOLPSRVHRUJDQL]DGRVSRXSDWHPSR1mR
pQHFHVViULRVHSDUDUXWHQVtOLRVHVSHFt¿FRVSDUDSUHSDUDUDFRPLGDGDFULDQoD
6HSXGHUHVFROKHUSUH¿UDXWHQVtOLRVPDLVUHVLVWHQWHVTXHGXUHPPDLVWHPSRe
SUHIHUtYHOWHUSRXFRVPDVTXHVHMDP~WHLVHGHPHOKRUTXDOLGDGHGRTXHWHUPXLWRV
GH EDL[D TXDOLGDGH RX IUiJHLV (QWUH RV XWHQVtOLRV PDLV IUHTXHQWHV GHVWDFDP
VHSDQHODV IDFDV H WiEXD SDUD FRUWDU OHJXPHV H FDUQHV FROKHU SDUD PH[HU
D FRPLGD QD SDQHOD SHQHLUD SRWHV HVFXPDGHLUD FRQFKD UDODGRU [tFDUDV
FRSRVSUDWRVHWDOKHUHV
&XLGDGRSDUDQmRGHVFDVFDURXDUUDQKDUDVSDQHODVFRPFROKHUHVGHPHWDO$SDQHOD
GHSUHVVmRSHUPLWHTXHVHFR]LQKHRDOLPHQWRHPPHQRVGDPHWDGHGRWHPSRGRTXH
XPDSDQHODFRPXPHFRPHFRQRPLDGHJiVVHQGRLGHDOSDUDRSUHSDURGHIHLM}HV
HFDUQHVPDLVGXUDV6HSRVVtYHOYDOHDSHQDWHUXPDHPFDVDHDSUHQGHUDXViOD
com segurança.
160
Como usar a panela de pressão
• 5HVSHLWHDLQGLFDomRGHQtYHOPi[LPRQRLQWHULRUGDSDQHOD1mRGHL[HTXH
DTXDQWLGDGHGHDOLPHQWRHOtTXLGRXOWUDSDVVHHVWDPDUFD6HQmRWLYHUHVWD
PDUFDHPVXDSDQHODVyHQFKDDWpXPSRXFRPDLVGDPHWDGH
• $R WDPSDU D SDQHOD REVHUYH VH D ERUUDFKD HVWi EHP DFRPRGDGD 6H HOD
HVWLYHUVHFDRXUDFKDGDpKRUDGHWURFiOD
• 2SLQRSRURQGHVDLRYDSRUGDSDQHODSUHFLVDVHUOLPSRFRPIUHTXrQFLDSDUD
QmRHQWXSLU8WLOL]HXPDUDPHRXSOiVWLFRSDUDLVVR(YLWHSDOLWRVGHPDGHLUD
TXHSRGHPTXHEUDUGHQWURGRSLQR
• 4XDQGRRSLQRGDSDQHODFRPHoDUDFKLDUHDEDODQoDUDEDL[HRIRJRSDUD
HFRQRPL]DUJiV
• -iIRUDGDFKDPDGRIRJRHVSHUHDSUHVVmRVDLUQDWXUDOPHQWHGDSDQHODDQWHV
de abrir. Assim é mais seguro. Evite forçar a saída da pressão levantando o
SLQRRXFRORFDQGRDSDQHODGHEDL[RGDiJXD1XQFDDEUDDSDQHODVHDLQGD
tiver com pressão.
• 6HRFKLDGRGDSDQHODSDUDUGHUHSHQWHGHVOLJXHDOJRSRGHWHUHQWXSLGRD
VDtGDGHYDSRU3DUDLVVRQmRDFRQWHFHUHYLWHFR]LQKDUDOLPHQWRVFRPWHPSHURV
SLFDGRV HP WDPDQKR PXLWR SHTXHQR SRU H[HPSOR DOKR H
FHERODTXHSRGHPHQWXSLURSLQR0DQWHQKDDYiOYXODGH
VHJXUDQoDWDPEpPOLPSDpSRUOiTXHVDLUiRYDSRUVH
3
o pino entupir.
2
Figura 45 –
1 panela de pressão:
QtYHOPi[LPR
YiOYXODGHVHJXUDQoD
3. pino.
161
Organizando o que a família vai comer durante a semana
2UJDQL]DU DV UHIHLo}HV IDFLOLWD D YLGD GH TXHP SUHSDUD D FRPLGD HP FDVD
3RGHP VHU HVFROKLGDV UHFHLWDV EiVLFDV TXH ID]HP SDUWH GR GLD D GLD SRU
H[HPSOR DTXHODV GR FDGHUQR GH UHFHLWDV GD IDPtOLD IRUQHFLGDV SRU DPLJRV
ou disponíveis na internet. Para evitar desperdício, o primeiro passo é ver os
DOLPHQWRVTXHMiWrPHPFDVDSULQFLSDOPHQWHDTXHOHVFRPGDWDGHYDOLGDGH
perto do vencimento. É importante incluir alimentos produzidos na região e
DTXHOHV TXH HVWmR QD VDIUD pSRFD GD FROKHLWD *HUDOPHQWH HOHV VmR PDLV
VDERURVRV IUHVFRV H QXWULWLYRV VmR IiFHLV GH HQFRQWUDU H EDUDWRV ([LVWHP
YiULDVWDEHODVGHVDIUDPDVRMHLWRPDLVSUiWLFRGHGHVFREULULVVRpSHORSUHoR
GRVSURGXWRV$VVDIUDVYDULDPGHUHJLmRSDUDUHJLmRHHPFDGDORFDOKiIUXWDV
HOHJXPHVGH³LQYHUQR´HGH³YHUmR´
6HQmRIRUSRVVtYHORUJDQL]DUFRPDQWHFHGrQFLDDVUHIHLo}HVSDUDFDGDGLD
uma sugestão é comprar alguns tipos de legumes coloridos e de vegetais
IROKRVRV H DOWHUQDU UHFHLWDV FRP HOHV DR ORQJR GD VHPDQD FRPSRQGR DV
UHIHLo}HVFRPDUUR]IHLMmRHDOJXPWLSRGHFDUQHRXRYR)DFLOLWDDYLGDTXDQGR
DFRPLGDGRDOPRoRpDPHVPDGRMDQWDU(PUHODomRDRVODQFKHVSRGHPVHU
HVFROKLGDVGLIHUHQWHVIUXWDVGDHVWDomRVHSRVVtYHOHPTXDQWLGDGHVX¿FLHQWH
para a semana toda. Essas são apenas sugestões, pois cabe à família ver
R TXH IXQFLRQD PHOKRU QR GLD D GLD GD FDVD H DR PHVPR WHPSR HYLWDU R
desperdício de alimentos.
As refeições da criança poderão ser as mesmas da família, desde

TXH VHMDP VDXGiYHLV EDVHDGDV HP DOLPHQWRV in natura ou minimamente
SURFHVVDGRV H FRP FRQVLVWrQFLD DGHTXDGD 6HPSUH TXH SRVVtYHO RIHUHFHU
legumes e verduras diferentes é uma maneira de apresentar novos sabores à
FULDQoD0HVPRTXHQmRVHMDKiELWRGDIDPtOLDRXTXHDIDPtOLDQmRJRVWHGH
DOJXPDOLPHQWRRIHUHFrORjFULDQoDSRGHVHUXPDRSRUWXQLGDGHGHUHSHQVDUD
alimentação de todos. Apesar de não se recomendar a oferta de leite de vaca
como uma refeição antes de a criança completar 9 meses de idade, o leite de
vaca e seus derivados podem ser oferecidos para crianças após os 6 meses
GHLGDGHHPSHTXHQDVTXDQWLGDGHVFRPRLQJUHGLHQWHVGHUHFHLWDVFDVHLUDV
FRPRSRUH[HPSORSXUrGHEDWDWD
162
Na seção “A criança e a alimentação a partir dos 6 meses”, no tópico Combinando

e variando os alimentos por refeição e durante a semana, veja sugestões de
como preparar pratos com legumes e verduras. Apresentamos a seguir alguns
H[HPSORVGHSUHSDUDo}HVSDUDDOPRoRHMDQWDUSDUDWRGDDIDPtOLD
)LJXUD±([HPSORVGHFDUGiSLRV
1
DUUR]
feijão
carne de panela com agrião
SXUrGHDEyERUD
DUUR] 2
feijão
ovo cozido
tomate
PD[L[HUHIRJDGR
PDFDUUmR 3
feijão
frango com tomate e cenoura
alface
DQJX
feijão
4
frango
TXLDER
SXUrGHEDWDWD
FDOGHLUDGDGHSHL[H
SHL[HFHERODWRPDWHSLPHQWmROHLWHGHFRFR
5
163
VRSDGHIHLMmR
FRPPDFDUUmRP~VFXOR
e agrião
EDWDWD 7
feijão
frango
cenoura
PH[LGLQKRGHDUUR]
com espinafre 8
e ovos
FDQMLTXLQKD
ovo cozido
OHJXPHVYDULDGRVFRPPROKRGHWRPDWH
9
FUHPHGHDLSLPFRPWDLRED
IUDQJRFRPPROKRGHWRPDWH
SXUrGHLQKDPH
feijão
EHUWDOKDUHIRJDGD
10
WXWXGHIHLMmRIHLMmRIDULQKDGHPDQGLRFD
couve manteiga refogada
RYRFR]LGRSLFDGLQKR
11
$VLPDJHQVWUD]HPTXDQWLGDGHVGHDOLPHQWRVSDUD
crianças aos 9 meses de idade. As refeições estão
em pratos de sobremesa.
12
164
Planejando as compras
'HSRLV GH SHQVDU QD FRPLGD TXH VHUi IHLWD GXUDQWH D VHPDQD p KRUD GH LU
jVFRPSUDVRXDRTXLQWDO0HVPRPRUDQGRHPJUDQGHVFLGDGHVpSRVVtYHO
SODQWDU DOLPHQWRV HP FDVD +RUWDV GRPpVWLFDV RX FRPXQLWiULDV ORFDOL]DGDV
SUy[LPDVGDPRUDGLDIDFLOLWDPRDFHVVRDDOLPHQWRVPDLVIUHVFRV
3DUDJDUDQWLUDOLPHQWRVVDXGiYHLVHPFDVDpSUHFLVRWHUDFHVVRDORFDLVTXH
produzam ou vendam alimentos in natura ou minimamente processados. Em
PXLWDV UHDOLGDGHV p PDLV IiFLO FRPSUDU DOLPHQWRV TXH GXUDP PDLV FRPR
DUUR]HIHLMmRGRTXHIUXWDVOHJXPHVHYHUGXUDV6HSHUWRGHVXDFDVDQmR
KRXYHUORFDLVTXHYHQGDPHVVHVDOLPHQWRVSURFXUHDOJXPPHUFDGRRXIHLUD
QRFDPLQKRGRWUDEDOKRRXGDHVFROD
6HPSUHTXHSRVVtYHOFRPSUHDOLPHQWRVRUJkQLFRVHGHEDVHDJURHFROyJLFD
6H YRFr QmR VDEH RQGH HQFRQWUDU HVVHV DOLPHQWRV FRQYHUVH FRP VHXV
YL]LQKRV RX SURFXUH QD LQWHUQHW SRU IHLUDV H JUXSRV GH FRPSUD FROHWLYD
desses alimentos.
$ LGD DR PHUFDGR HQYROYH PXLWDV FRLVDV D TXDQWLGDGH D TXDOLGDGH H D

YDULHGDGHGRVDOLPHQWRVDVHUHPDGTXLULGRVRHVSDoRGLVSRQtYHOSDUDJXDUGDU
RVDOLPHQWRVRWDPDQKRHRULWPRGHFRQVXPRGDIDPtOLDRQ~PHURGHSHVVRDV
HQYROYLGDVQDFRPSUDRWUDQVSRUWHXWLOL]DGRSDUDWUD]HUDVFRPSUDVSDUDFDVD
DSHULRGLFLGDGHFRPTXHDIDPtOLDUHFHEHVXDUHPXQHUDomRVHXPDYH]DR
PrVQRGHFRUUHUGDVVHPDQDVRXWRGRVRVGLDVHDTXDQWLGDGHGHGLQKHLUR
disponível para a compra de alimentos.
Organizar as compras facilita essa tarefa, evita muitas idas ao mercado, evita
R DF~PXOR GH HVWRTXH TXH SRGH JHUDU GHVSHUGtFLR H D DTXLVLomR GH LWHQV
GHVQHFHVViULRVFRPRJXORVHLPDVHRXWURVDOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRV
Compra quinzenal ou mensal:DOLPHQWRVTXHGXUDPPDLVFRPRDUUR]IHLMmR

IXEiIDULQKDGHPDQGLRFDPDFDUUmRHFDUQHVFRQJHODGDV
Compra semanal: ovos, frutas, legumes, verduras e carnes frescas.
165
'HL[HSDSHOHFDQHWDSRUSHUWRSDUDDQRWDURTXHDFDERXRXHVWiSUy[LPRGH
DFDEDU1RGLDGDFRPSUDQmRVHHVTXHoDGHROKDUDJHODGHLUDHRVDUPiULRV
SDUDYHUL¿FDURTXHDLQGDWHPHPFDVD$GLFDMiFRQKHFLGDGHQmRLUDRPHUFDGR
FRPIRPHFRQWLQXDYDOHQGRSRLVHYLWDFRPSUDVGHVQHFHVViULDV.
Comprando os alimentos
'HSHQGHQGRGDTXDOLGDGHHGRSUHoRGRVSURGXWRVHQFRQWUDGRVQRPHUFDGR
IHLUD RX VDFROmR SRGH YDOHU D SHQD DGDSWDU D UHIHLomR GD IDPtOLD TXH KDYLD
VLGRSODQHMDGD3RUH[HPSORYRFrSODQHMRXFRPSUDUFHQRXUDPDVDDEyERUD
RX MHULPXP HVWDYD PDLV EDUDWD p Vy WURFDU 3HQVRX HP FRPSUDU EDWDWD
PDV R LQKDPH HVWDYD HP SURPRomR FRPSUH R LQKDPH 3DUD UHDOL]DU HVVDV
VXEVWLWXLo}HV p IXQGDPHQWDO FRQKHFHU VREUH RV JUXSRV GH DOLPHQWRV 3DUD
saber mais sobre isso, veja a seção “Conhecendo os alimentos”.
&XLGDGRVFRPDFRQVHUYDomRHH[SRVLomRGRVDOLPHQWRVVmRHVVHQFLDLV7RGRV
os estabelecimentos de venda de alimentos devem estar limpos, organizados,
FRPRSo}HVGHDOLPHQWRVGHERDTXDOLGDGHHHPERPHVWDGRGHFRQVHUYDomR
$RFKHJDUDTXDOTXHUHVWDEHOHFLPHQWRREVHUYHDVFRQGLo}HVGHOLPSH]DHGH
H[SRVLomRGRVDOLPHQWRV
9HMDDVHJXLURULHQWDo}HVVREUHFRPRVHOHFLRQDURVDOLPHQWRVPDLVDGHTXDGRV
para o consumo de sua família.
166
Como escolher os alimentos na hora da compra
• Em relação aos alimentos in natura YDOH OHPEUDU TXH FDGD XP WHP VXDV
FDUDFWHUtVWLFDV SUySULDV ² FKHLUR FRU VDERU WH[WXUD ² TXH GHYHP VHU
REVHUYDGDV GXUDQWH D FRPSUD (YLWDU FRPSUDU RV TXH WHQKDP SDUWHV
HVWUDJDGDVPRIDGDVFRPFRURXWH[WXUDDOWHUDGDOHPEUDQGRTXHDOLPHQWRV
RUJkQLFRVDSUHVHQWDPIRUPDVHDSDUrQFLDGLIHUHQWHVHQWUHHOHV
• 3HL[HV IUHVFRV GHYHP HVWDU VRE UHIULJHUDomR H DSUHVHQWDU HVFDPDV EHP

DGHULGDVRXFRXURtQWHJURJXHOUDV~PLGDVGHFRUURVDDYHUPHOKDLQWHQVDH
ROKRVEULOKDQWHVHWUDQVSDUHQWHV2VFRQJHODGRVGHYHPHVWDUGHYLGDPHQWH
HPEDODGRV H FRQVHUYDGRV HP WHPSHUDWXUDV DGHTXDGDV (YLWDU FRPSUDU
SURGXWRVFRPDF~PXORGHiJXDRXJHORQDHPEDODJHPSRLVSRGHPWHUVLGR
descongelados e congelados novamente.
• &DUQHV IUHVFDV GHYHP HVWDU VRE UHIULJHUDomR H DSUHVHQWDU FRU YHUPHOKD

EULOKDQWHRXFRUFODUDQRFDVRGHDYHVWH[WXUD¿UPHHJRUGXUDEHPDGHULGDGH
FRUFODUD1mRGHYHPVHUFRPSUDGDVFDUQHVTXHDSUHVHQWHPFRUHVFXUHFLGD
RX HVYHUGHDGD FKHLUR GHVDJUDGiYHO RX FRQVLVWrQFLD DOWHUDGD 'HYHVH
REVHUYDUVHSRVVXHPFDULPERGRVyUJmRVIHGHUDLVGHLQVSHomRVDQLWiULD²
6,)6HUYLoRGH,QVSHomR)HGHUDOGR0LQLVWpULRGD$JULFXOWXUD
• Alimentos embalados devem estar dentro do prazo de validade. As embalagens

não devem estar rasgadas, estufadas, amassadas, enferrujadas ou sujas, o
FRQWH~GRQmRGHYHDSUHVHQWDUDOWHUDo}HVGHFRUFKHLURRXFRQVLVWrQFLDHD
data de validade descrita no rótulo deve estar legível.
(VFROKHU DOLPHQWRV SRGH SDUHFHU GLItFLO QR LQtFLR PDV FRP D SUiWLFD ¿FD IiFLO
VDEHUTXDODOLPHQWRHVWiRXQmRDGHTXDGRDRFRQVXPR $RUGHPGHHVFROKDGRV
DOLPHQWRVQDKRUDGDFRPSUDWDPEpPDMXGDSULPHLURRVDOLPHQWRVQmRSHUHFtYHLV
DUUR]IDULQKDIHLMmROHLWHGHSRLVRVSHUHFtYHLVIUXWDVOHJXPHVHYHUGXUDVHSRU
~OWLPRRVSHUHFtYHLVTXHSUHFLVDPGHUHIULJHUDomRFDUQHVHTXHLMRV
$OLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRVQmRGHYHPVHURIHUHFLGRVjFULDQoD6HWLYHUG~YLGD
SDUD UHFRQKHFrORV OHLD R UyWXOR 3DUD VDEHU FRPR LQWHUSUHWDU RV UyWXORV GRV
DOLPHQWRV YHMD R LWHP ³O rótulo e os alimentos ultraprocessados” na seção
167
³Conhecendo os alimentos”. Geralmente, nos supermercados, os alimentos

XOWUDSURFHVVDGRV ¿FDP HP ORFDLV YLVtYHLV H GH IiFLO DFHVVR HQTXDQWR RV
alimentos in naturaRXPLQLPDPHQWHSURFHVVDGRV¿FDPQRIXQGRRXQDVVHo}HV
SUy[LPDVjVSDUHGHV
A criança e a compra de alimentos
1RV PHUFDGRV DV FULDQoDV WrP FRQWDWR FRP SURGXWRV XOWUDSURFHVVDGRV H

suas embalagens muito coloridas, muitas vezes com personagens infantis. É
FRPXPDVFULDQoDVLQVLVWLUHPHPOHYDUSDUDFDVDYiULRVGHVVHVDOLPHQWRVTXH
DOpPGHPXLWDVYH]HVVHUHPFDURVVmRVXSpUÀXRVHGHYHPWHUVHXFRQVXPR
HYLWDGR(VVDRSRUWXQLGDGHGHYHVHUWUDQVIRUPDGDQXPPRPHQWRGHH[SOLFDomR
VREUHDEDL[DTXDOLGDGHGRVDOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRVHVREUHRVEHQHItFLRV
HVDERUHVGDVIUXWDVOHJXPHVHYHUGXUDV6HQDUHJLmRHPTXHYRFrPRUD
H[LVWLUHPIHLUDVOLYUHVHODVVmRXPDERDRSomRSDUDID]HUDVFRPSUDVMXQWR
FRPDFULDQoDHHQYROYrODQDVDWLYLGDGHVGHURWLQDGDIDPtOLDUHODFLRQDGDVj
DOLPHQWDomR&RQKHoDPDLVVREUHHVWHDVVXQWRQRLWHP³([SRVLomRPDVVLYD
j SURSDJDQGD GH DOLPHQWRV´ QD VHomR ³$OLPHQWDomR DGHTXDGD H VDXGiYHO
OLGDQGRFRPRVGHVD¿RVGRFRWLGLDQR´
Organizando os alimentos na cozinha
eERPRUJDQL]DURVDOLPHQWRVQDFR]LQKDDVVLPTXHVHFKHJDGDVFRPSUDV
4XDQGRRUJDQL]DGRVHSRVWRVGHPDQHLUDYLVtYHOHYLWDVHSRUH[HPSORWHU
mais de uma embalagem aberta do mesmo alimento ou perder verduras e
OHJXPHV SRUTXH HVWDYDP HVFRQGLGRV QR IXQGR GD JHODGHLUD H HVWUDJDUDP
O desperdício de alimentos em casa muitas vezes é decorrente da falta de
organização e de planejamento.
2LGHDOpJXDUGDUIUXWDVYHUGXUDVHOHJXPHVMiOLPSRVHVHFRVHDVFDUQHV
FRUWDGDVHPTXDQWLGDGHVVX¿FLHQWHVSDUDFDGDUHIHLomR&DGDDOLPHQWRGHYH
HVWDU VHSDUDGR HP SRWHV JXDUGDGRV QRV HVSDoRV DGHTXDGRV QD JHODGHLUD
HRX FRQJHODGRU RX IUHH]HU (PERUD LVVR SRVVD GDU XP SRXFR GH WUDEDOKR
IDFLOLWDPXLWRRPRPHQWRGRSUHSDURGDVUHIHLo}HVSRLVVHUiPHQRVXPDHWDSD
a ser cumprida.
168
Os ovos não devem ser lavados antes de serem colocados na geladeira.

3RUpP VH HVWLYHUHP PXLWR VXMRV GHYHVH UHWLUDU R H[FHVVR GH VXMHLUD FRP
XPSDQROLPSRRXSDSHOWRDOKD~PLGRHVHSRVVtYHOJXDUGDUHPUHFLSLHQWH
HVSHFt¿FRQDJHODGHLUDVHSDUDGRGRVRXWURVDOLPHQWRV$QWHVGHTXHEUDURV
RYRVSDUDXViORVODYDUSDUDWLUDUDVXMHLUDGDFDVFD
(PFDVRGHWHUPDLVGHXPDXQLGDGHGRPHVPRDOLPHQWRHPFDVDGHYHVH
XVDU ORJR R TXH YDL YHQFHU SULPHLUR DVVLP FRPR XWLOL]DU IUXWDV H YHUGXUDV
PDLVVHQVtYHLVHIUiJHLVDQWHVGDTXHODVTXHGXUDPPDLVWHPSR'HVVDIRUPD
KDYHUiDOLPHQWRVDGHTXDGRVGLDULDPHQWHSDUDVHUYLUHHYLWDVHRGHVSHUGtFLR
3RUH[HPSORDDOIDFHGHYHVHUFRQVXPLGDDQWHVGDFRXYHRDJULmRDQWHVGR
UHSROKRHRPDPmRDQWHVGDPDom
Veja a seguir o tempo de armazenamento dos alimentos.
Tempo de armazenamento dos alimentos
&DUQHVFUXDVERYLQDVVXtQDV
DYHVHSHVFDGRVGLDV
3HVFDGRVFR]LGRVGLD 1
Geladeira
&DUQHVFUXDVWHPSHUDGDVGLD
Demais carnes cozidas e comida
SURQWDGLDV
2
&RQJHODGRUH[LVWHQWHHP Comidas caseiras
JHODGHLUDVGHSRUWD SURQWDVGLDV
)UHH]HUSUHVHQWHQDV 3
Comidas caseiras
geladeiras de duas portas.
SURQWDVGLDV
Atinge temperatura bem mais
&DUQHVFUXDVGLDV
IULDTXHRFRQJHODGRU
As temperaturas de armazenamento de produtos sob congelamento e sob

refrigeração devem obedecer às recomendações dos fabricantes indicadas
nos rótulos.
Figura 47 – 1.Geladeira com congelador. 2. Freezer de uma porta.
3. Freezer acoplado a geladeira de duas portas.
169
Higiene na cozinha
$QWHV GH FRPHoDU D FR]LQKDU p PXLWR LPSRUWDQWH R FXLGDGR FRP D KLJLHQH QR
SUHSDUR H QD RIHUWD GRV DOLPHQWRV 6mR SURFHGLPHQWRV VLPSOHV TXH SUHYLQHP
DFRQWDPLQDomRGRVDOLPHQWRVHRULVFRGHGRHQoDV2FXLGDGRFRPDKLJLHQH
QDFR]LQKDHQYROYHTXDWURDVSHFWRVTXDOLGDGHGDiJXDODYDJHPGDVPmRVH
DQWHEUDoRVOLPSH]DGHXWHQVtOLRVHVXSHUItFLHVHKLJLHQL]DomRGRVDOLPHQWRV
)LJXUD±(VTXHPDGRVTXDWURDVSHFWRVHQYROYLGRVQDKLJLHQHGDFR]LQKD
Qualidade da água Lavagem das mãos e antebraços

Higiene
na
cozinha
Limpeza de utensílios e superfícies Higienização dos alimentos
Qualidade da água:6HDiJXDIRUIRUQHFLGDSHODUHGHS~EOLFDGHDEDVWHFLPHQWR
EDVWD¿OWUiODHPFDVD(PORFDLVRQGHQmRKiWUDWDPHQWRGHiJXDHODGHYHUi
VHU ¿OWUDGD H WUDWDGD FRQIRUPH H[SOLFDGR QR WySLFR ³Água boa de beber” na
seção “Conhecendo os alimentos”. (VVD iJXD VHUi XVDGD SDUD R SUHSDUR
LQLFLDO GRV DOLPHQWRV 3DUD D HWDSD GH FR]LPHQWR GRV DOLPHQWRV TXDQGR Ki
IHUYXUDEDVWDTXHDiJXDVHMD¿OWUDGD
Lavagem das mãos e antebraços: Antes de iniciar o preparo dos alimentos

HGHRIHUHFHUFRPLGDjFULDQoDODYHEHPDVPmRVHDQWHEUDoRVFRPiJXDH
VDEmRHQ[iJXHHVHTXHFRPSDSHOWRDOKDRXWRDOKDOLPSD
Limpeza de utensílios e superfícies:7RGRVRVXWHQVtOLRVHVXSHUItFLHVTXH

HQWUDUmR HP FRQWDWR FRP RV DOLPHQWRV HP TXDOTXHU HWDSD GR SUHSDUR WDLV
FRPRIRJmREDQFDGDVPHVDSLDWDOKHUHVSUDWRVSRWHVHWUDYHVVDVGHYHP
VHUODYDGRVHHQ[DJXDGRVFRPiJXDOLPSD3DQRVGHSUDWRHHVSRQMDVGHORXoD
SRGHPVHUIRQWHVGHFRQWDPLQDomRGRVDOLPHQWRV$SyVRXVRPDQWHQKDDV
EXFKDVRXHVSRQMDVHPORFDOVHFRHWURTXHDVYH]SRUVHPDQDGHSUHIHUrQFLD
HYLWDQGRXViODVTXDQGRHVWLYHUHPFRPDSDUrQFLDPXLWRXVDGD3DUDOLPSDU
170
HVSRQMDVGHHVSXPDHTXHQmRWHQKDPSDUWHVPHWDOL]DGDVVHQDFDVDWLYHU
PLFURRQGDVSRGHVHFRORFDUDHVSRQMDHPXPUHFLSLHQWHFREULUFRPiJXD
SLQJDUDOJXPDVJRWDVGHGHWHUJHQWHHHVTXHQWDUSRUPLQXWRV(VSHUHHVIULDU
H XVH QRUPDOPHQWH (YLWH VHFDU DV ORXoDV FRP R SDQR GH SUDWR $ PHOKRU
IRUPDpGHL[iODVVHFDUQDWXUDOPHQWHSURWHJLGDVGHLQVHWRVHRXWURVDQLPDLV
Higienização dos alimentos: GHYHVH WHU DWHQomR HVSHFLDO HP UHODomR j

KLJLHQL]DomR GHIUXWDVYHUGXUDVHOHJXPHVFRQVXPLGRVFUXVHFRPFDVFDV
+LJLHQL]DU QmR p Vy ODYDU $ KLJLHQL]DomR DGHTXDGD LQFOXL UHWLUDU VXMHLUDV H
SDUWHVHVWUDJDGDVODYDUHOLPLQDUSHTXHQRVELFKLQKRVHJHUPHVPLFURVFySLFRV
TXHQmRFRQVHJXLPRVYHU
Higienização de frutas, legumes e verduras
• 'HVFDUWHDVIROKDVHSDUWHVHVWUDJDGDV
• /DYH WRGDV DV IUXWDV OHJXPHV H YHJHWDLV IROKRVRV DOIDFH DJULmR FRXYH
FDULUXHVFDURODHVSLQDIUHMDPEXPRVWDUGDU~FXODHQWUHRXWURVHPiJXD
FRUUHQWHWUDWDGDIROKDSRUIROKDSDUDUHPRYHUDVLPSXUH]DVGDVXSHUItFLH
• 6HQHFHVViULRXVHXPDHVFRYLQKDTXHVHMDVHSDUDGDVRPHQWHSDUDLVVR
• 3DUDIUXWDVOHJXPHVHYHUGXUDVTXHVHUmRFRQVXPLGRVFUXVHFRPFDVFD
GHL[HRVHPXPDEDFLDFREHUWRVFRPVROXomRFORUDGDYHMDDVHJXLURSo}HV
GHSUHSDURHQWUHHPLQXWRV(PVHJXLGDHQ[iJXHRVXPDXPHP
iJXDFRUUHQWHSUySULDSDUDFRQVXPRLembre-se: água limpa e vinagre não
VmRVX¿FLHQWHVSDUDHOLPLQDUPLFURRUJDQLVPRVHRGHWHUJHQWHQmRGHYH
VHUXWLOL]DGRSDUDHVWD¿QDOLGDGH
• 0DQWHQKDRVVREUHIULJHUDomRDWpRPRPHQWRGHVHUYLU
171
Preparo da solução clorada
O preparo da solução clorada pode ser feito com 1

iJXDVDQLWiULDFRPKLSRFORULWRGHVyGLRRXSURGXWRV
feitos para desinfetar alimentos. Dependendo da
FRQFHQWUDomRGRSURGXWRTXHYRFrFRPSUDURPRGR
GHSUHSDURVHUiGLIHUHQWH
Água sanitária ² 2 ~QLFR WLSR GH iJXD VDQLWiULD

TXH SRGH VHU XVDGR SDUD KLJLHQL]DU DOLPHQWRV p R
TXH YHP VRPHQWH FRP iJXD H KLSRFORULWR GH VyGLR 2
QXPDFRQFHQWUDomRTXHSRGHYDULDUGHD
$OJXPDVPDUFDVFRQWrPDOYHMDQWHHSHUIXPHHQmR
SRGHPVHUXVDGDVSDUDHVWD¿QDOLGDGH/HLDRUyWXOR
SDUDLGHQWL¿FDURSURGXWRDGHTXDGR
Hipoclorito de sódio ² 2 KLSRFORULWR GH VyGLR p

HQFRQWUDGRQDVFRQFHQWUDo}HVGHRXHP
frascos de 1 litro. 3
Modo de preparo:
• ÈJXDVDQLWiULDFRPGHKLSRFORULWRGHVyGLRRX
KLSRFORULWRGHVyGLRGH²FROKHUHVGHVRSDGR
SURGXWRSDUDFDGDOLWURGHiJXDSUySULDSDUDFRQVXPR
• ÈJXDVDQLWiULDFRPGHKLSRFORULWRGHVyGLRRX
KLSRFORULWRGHVyGLRGH²FROKHUGHVRSDGR
4
SURGXWRSDUDFDGDOLWURGHiJXDSUySULDSDUDFRQVXPR
Figura 49 –
3DVVRDSDVVRGDKLJLHQL]DomRGHIUXWDVHKRUWDOLoDV
1. UHWLUDUSDUWHVGDQL¿FDGDV
2. ODYDUDVIROKDVHPiJXDFRUUHQWH
3. FRORFDUVROXomRFORUDGDQDiJXD
4. FRORFDUDVIROKDVGHPROKRQDVROXomR
5. HWHPSRGHPROKR
6. HQ[DJXDUQDWRUQHLUD
7. JXDUGDUQDJHODGHLUDVHFRV
172
Produtos feitos para desinfetar alimentos —

([LVWHPSURGXWRVQDIRUPDOtTXLGDHHPFRPSULPLGRV
5.1
SDUDKLJLHQL]DUDOLPHQWRVTXHSRGHPVHUFRPSUDGRV
em mercados. O uso desses produtos deve obedecer
às instruções recomendadas no rótulo da embalagem.
Atenção aos produtos que não têm rótulo, pois

eles podem conter substâncias desconhecidas
e prejudiciais à saúde
5.2
$SyV D KLJLHQL]DomR RV DOLPHQWRV SRGHP VHU
JXDUGDGRV 6H SUHIHULU DOJXQV Mi SRGHP VHU
descascados e picados, de acordo com o uso. As
IROKDVGHSRLVGHVHFDVGHYHPVHUJXDUGDGDVHP
SRWHVSDUDPDQWrODVIUHVFDVSRUPDLVWHPSR
1DFR]LQKDVHDSUHQGHID]HQGR
6 &R]LQKDU p XP FRQKHFLPHQWR DGTXLULGR DFLPD GH

WXGRSHODSUiWLFD&RPDSUiWLFDDSUHQGHVHRWRP
certo de dourar os alimentos para ressaltar o sabor
VHP GHL[iORV DPDUJRV R SRQWR GH FR]LPHQWR SHOD
PXGDQoDGHFRQVLVWrQFLDFRUHWH[WXUDGRVDOLPHQWRV
DUHFRQKHFHUDURPDVTXHSHUIXPDPDFR]LQKDHFULDP
as boas lembranças da comida caseira para a criança
e para a família.
7
3DUDFR]LQKDUEHPSURFXUHSURYDUDFRPLGDHQTXDQWR
FR]LQKD$VSUiWLFDVGHSURYDUHDFRPSDQKDURSUHSDUR
são importantes para corrigir o sal e os temperos e
SDUD VDEHU VH R SRQWR DGHTXDGR GH FR]LPHQWR GRV
DOLPHQWRV HVWi SUy[LPR 7DPEpP DMXGD D GDU PDLRU
VHJXUDQoDDRFR]LQKDUHYDULDUDVIRUPDVGHSUHSDUR
RTXHSRVVLELOLWDHQFRQWUDUDVPHOKRUHVSUiWLFDVSDUD
cada tipo de alimento.
173
(YLWH FRQWDPLQDo}HV 6H YRFr XVDU D FROKHU TXH HVWi XVDQGR SDUD FR]LQKDU SDUD
SURYDUXPDOLPHQWROHPEUHVHGHODYiODDQWHVGHFRORFDUGHQRYRQDSDQHOD
$OJXQVSUHSDURVSRGHPVHUDQWHFLSDGRVSDUDTXHRGLDDGLDQDFR]LQKDVHMD
IDFLOLWDGR$RUHGX]LURWHPSRQDFR]LQKDVREUDPDLVWHPSRSDUDDVRXWUDV
atividades do dia a dia da família.
Feijão
• 3ULPHLUR RV JUmRV GHYHP VHU VHOHFLRQDGRV UHPRYHQGRVH LPSHUIHLo}HV

FRPRSHGULQKDVHRXWUDVSDUWtFXODVHGHSRLVODYDGRV
• 'HL[DU GH PROKR GH D KRUDV GH SUHIHUrQFLD QD JHODGHLUD 6H QmR IRU
SRVVtYHO GHL[DU HP WHPSHUDWXUD DPELHQWH HP UHFLSLHQWH FREHUWR FRP QR
PtQLPR R GREUR GH iJXD HP UHODomR j TXDQWLGDGH GH JUmRV (VVD HWDSD
FKDPDGDGHUHPROKRDOpPGHDJLOL]DURFR]LPHQWRGLPLQXLDSUHVHQoDGH
VXEVWkQFLDVTXHFDXVDPJDVHVLQWHVWLQDLVHGHVXEVWkQFLDVTXHLQWHUIHUHP
QRDSURYHLWDPHQWRGHDOJXQVQXWULHQWHV$iJXDXVDGDQRUHPROKRGHYHVHU
descartada antes do cozimento.
• 6HQmRIRUSRVVtYHOID]HURUHPROKRQRGLDDQWHULRUSDUDGLPLQXLURWHPSRGH
FR]LPHQWRHHFRQRPL]DUJiVRIHLMmRGHYHVHUIHUYLGRSRUSRXFRVPLQXWRVVy
SDUDTXHDiJXD¿TXHEHPTXHQWHHGHL[DGRQDSDQHODWDPSDGDHGHVOLJDGD
GH PLQXWRV D KRUD 'HSRLV GHVVH WHPSR DFHQGD R IRJR H LQLFLH R
FR]LPHQWRTXHVHUiPDLVUiSLGRSRLVRVJUmRVMiHVWDUmRPDLVPDFLRV
• &RORTXHXPDQRYDiJXDHIROKDVGHORXURVHDIDPtOLDJRVWDUHFR]LQKHR
IHLMmRVHPRXWURVWHPSHURVGHSUHIHUrQFLDHPSDQHODGHSUHVVmR
• 4XDQGR R IHLMmR ¿FDU FR]LGR VHSDUH DOJXPDV SRUo}HV H FRQJHOHDV HP

SRWLQKRVSHTXHQRVRXVDFRVSOiVWLFRVSUySULRVSDUDDOLPHQWRV
• 2IHLMmRTXH¿FRXQDSDQHODHTXHQmRVHUiFRQJHODGRMiSRGHVHUWHPSHUDGR
GHYHQGRVHHYLWDURXVRGHFDUQHVHFDOLQJXLoDSpGHSRUFR5HIRJXHRV
WHPSHURVQDWXUDLVGHVXDSUHIHUrQFLDHPXPSRXFRGHyOHRVRPHQWHSDUDTXH
os temperos não grudem na panela, e acrescente o feijão cozido. Acrescente
SRXFR VDO DSHQDV SDUD UHVVDOWDU R VDERU GR DOLPHQWR $ TXDQWLGDGH GH
174
temperos vai variar de acordo com o paladar da família e com os temperos

QDWXUDLVTXHVmRXWLOL]DGRVeVX¿FLHQWHDGLFLRQDUFROKHUUDVDGHFDIpGHVDOH
FROKHUGHVRSDUDVDGHyOHRSDUDRSUHSDURGH[tFDUDGHIHLMmRFUXHYLWDQGR
VHTXDQWLGDGHVPDLRUHVGRTXHHVVDV1mRXWLOL]HWHPSHURSURQWRWHPSHURVHP
FXERVHPSyRXOtTXLGR4XDQGRRIHLMmRpWHPSHUDGRQRLQtFLRRFR]LPHQWR
SRGHGHPRUDUPDLVSRLVRVJUmRVOHYDPPDLVWHPSRSDUD¿FDUHPPDFLRV
Enquanto o feijão cozinha, prepare os outros alimentos da refeição.
Legumes e verduras
• Os legumes e verduras podem ser cozidos em panela comum com pouca

iJXD7DPEpPSRGHPVHUFR]LGRVQRYDSRUHPXPDFXVFX]HLUDDWp¿FDUHP
PDFLRV (YLWH FRORFDU PXLWD iJXD SDUD FR]LQKDU RV OHJXPHV H YHUGXUDV
SDUD DMXGDU D SUHVHUYDU DV YLWDPLQDV QRV DOLPHQWRV &DVR VREUH iJXD GH
FR]LPHQWRYRFrSRGHXVDUSDUDSUHSDUDUDUUR]IHLMmRHFDUQHV
• Legumes e verduras também podem ser cozidos na panela de pressão.

$SyVRLQtFLRGDSUHVVmRVmRVX¿FLHQWHVGHDPLQXWRVSDUDRFR]LPHQWR
FRPDPHWDGHGDiJXDXWLOL]DGDQDSDQHODFRPXP$SUHVVmRGHYHVDLU
QDWXUDOPHQWHGDSDQHODDVVLPRDOLPHQWRWHUPLQDGHFR]LQKDUQRYDSRU
da panela desligada. No entanto, o alimento não deve se desfazer ou
GHVPDQFKDU4XDQGRRVDOLPHQWRVHVWmRFR]LGRVPDVSHUPDQHFHPFRP
WH[WXUDPDFLDFRUHVYLEUDQWHVERQLWDVHDWUDHQWHVpVLQDOGHTXHRSRQWR
GHFR]LPHQWRHVWiyWLPR
• Os legumes também podem ser assados no forno, com ou sem ervas ou

FR]LGRV FRP DQWHFHGrQFLD H JXDUGDGRV QD JHODGHLUD SRU DWp WUrV GLDV H
VHUHPDTXHFLGRVQRPRPHQWRGRFRQVXPR
• Quando bem cozidos, os legumes são facilmente

amassados com o garfo ou cortados em partes
menores para serem oferecidos à criança.
Figura 50 – Legumes assados.
175
Frutas
• $V IUXWDV TXH VmR yWLPRV ODQFKHV SDUD FULDQoDV SRGHP VHU JXDUGDGDV
OLPSDVQDJHODGHLUDDOJXPDVMiGHVFDVFDGDVSLFDGDVHDFRQGLFLRQDGDV
HPSRWHIHFKDGRSRUDWpWUrVGLDV)UXWDVTXHQmRHVFXUHFHPFRPRPDPmR
PDQJDPRUDQJRDEDFD[LSRGHPVHUJXDUGDGDVKLJLHQL]DGDV
sem casca e picadas para facilitar o seu consumo.
• Além de serem consumidas cruas, as frutas podem ser

FRQVXPLGDVFR]LGDVRXDVVDGDVHPIRUPDGHSXUrVRX
FRPSRWDVVHPDo~FDU3UH¿UDIUXWDVPDLVPDGXUDVSDUD
essas preparações. Outra dica é usar suco de laranja
QRFR]LPHQWR(OHGHL[DDSUHSDUDomRPDLVGRFHVHPD
QHFHVVLGDGHGHDGLFLRQDUDo~FDU
Figura 51 – Mamão cortado e amassado. Figura 52 – Maçã cozida.
176
Carnes e ovos
• A criança pode comer todos os tipos de carne. As mais macias são mais bem
DFHLWDV2LPSRUWDQWHpTXHHVWHMDPHPERDVFRQGLo}HVEHPDUPD]HQDGDV
HVHMDPSUHSDUDGDVFRPKLJLHQH
• O ideal é realizar a limpeza dos cortes logo após a compra para, em

VHJXLGDDUPD]HQDUHFRQJHODUMiHPTXDQWLGDGHVDGHTXDGDVDRFRQVXPR
GDIDPtOLD3DUDXPDUPD]HQDPHQWRDGHTXDGRRFRQJHODGRUGHYHHVWDU
OLPSRVHPDF~PXORGHJHOR8PDYH]GHVFRQJHODGDDFDUQHQmRGHYH
VHUFRQJHODGDQRYDPHQWHSRLVSRGHWUD]HUULVFRVjVD~GHHVSHFLDOPHQWH
jVFULDQoDVSHTXHQDV
• 6HPSUHTXHSRVVtYHOXWLOL]HXPDWiEXDGHIiFLOOLPSH]DHXPDIDFDDPRODGD
SDUD OLPSDU H FRUWDU FDUQHV 3DUD TXH D WiEXD QmR HVFRUUHJXH H FDXVH
DFLGHQWHV FRORTXH XP SDQR OLPSR RX SDSHO ~PLGR HPEDL[R GHOD 4XDQGR
DSRLDGDDVVLPHODQmRVHPRYHQDEDQFDGDGDFR]LQKD
• 2 H[FHVVR GH JRUGXUD H GH QHUYRV GDV FDUQHV GHYH VHU UHWLUDGR ([LVWHP
FDUQHV TXH QDWXUDOPHQWH WrP PXLWRV QHUYRV QR PHLR FRPR R P~VFXOR
1HVVHVFDVRVHVVDVSDUWHVQmRSUHFLVDPVHUUHWLUDGDVpVyFR]LQKDUFRP
iJXDFDOGRRXPROKRQDWXUDODWpTXH¿TXHPPDFLDV
• 2 WLSR H R FRUWH GDV FDUQHV GHYHP DWHQGHU D SUHIHUrQFLD GD IDPtOLD SRU
H[HPSORPRtGDHPFXERVHPODVFDVHPSRVWDVHPELIHVRXHP SDUWHV
LQWHLUDVFRPRFR[DVHVREUHFR[DV
• Carnes bovinas e de frango podem ser guardadas temperadas na geladeira para

VHUHPFR]LGDVQRPRPHQWRGDUHIHLomR7HPSHUDUDVFDUQHVFRPDQWHFHGrQFLDp
XPDIRUPDGHDPDFLiODV3DUDLVVRXWLOL]HRWHPSHURFDVHLURGDVXDSUHIHUrQFLD
• Diferentemente dos legumes e verduras, as carnes podem ser cozidas por

PDLVWHPSRVHPWDQWDSHUGDGHQXWULHQWHV8PDERDHVWUDWpJLDSDUDJDQKDU
WHPSR p FR]LQKDU D FDUQH QD SDQHOD GH SUHVVmR (OD SRGH VHU XPD ERD
DOWHUQDWLYD SDUD JDUDQWLU TXH FDUQHV ¿TXHP SURQWDV H PDFLDV HP PHQRV
WHPSRHFRPPHQRUFRQVXPRGHJiVGHFR]LQKD
177
• 1RFR]LPHQWRGRVDOLPHQWRVQmRVHUHFRPHQGDFRORFDUPXLWDiJXDDQmR
VHUTXHVHMDSDUDSUHSDUDUXPFDOGRRXPROKR)D]HURUHIRJDGRHGRXUDU
D FDUQH QD SDQHOD DQWHV GH DGLFLRQDU D iJXD DMXGD D IRUPDU HVVH FDOGR H
dar mais sabor à preparação. Para isso, usar um pouco de óleo para dourar
alimentos ajuda a criar uma cor bonita.
• $WpFQLFDGHDVVDUpXPDERDDOWHUQDWLYDSDUDGLDVHPTXHpSRVVtYHOGHGLFDU
PDLVWHPSRDRSUHSDURGRVDOLPHQWRV&RPRIRUQROLJDGRSRGHVHFR]LQKDU
HPPDLRUTXDQWLGDGHHID]HUPDLVGHXPDSUHSDUDomR(VVDWDPEpPpXPD
IRUPDGHJDQKDUWHPSR'HSRLVEDVWDJXDUGDUQDJHODGHLUDRXQRFRQJHODGRU
• A carne a ser oferecida à criança deve estar bem picada e não pode conter
VDO HP H[FHVVR &DUQHV DVVDGDV VmR PDLV ¿UPHV TXH FDUQHV FR]LGDV QD
SDQHODHDOJXPDVFULDQoDVSRGHPWHUGL¿FXOGDGHVGHFRPrODV
• 2XWUDIRUPDGHJDQKDUWHPSRpFR]LQKDUWXEpUFXORVHOHJXPHVFRPREDWDWD
FHQRXUD FHEROD WRPDWH H FKXFKX MXQWR FRP D FDUQH &RPR RV YHJHWDLV
GHPRUDPPHQRVWHPSRSDUDFR]LQKDUHOHVGHYHPHQWUDUQDSDQHODGHSRLV
de iniciado o cozimento da carne. Além de dar mais sabor à preparação,
HFRQRPL]DVHJiVGHFR]LQKD
• &R]LQKDUQRYDSRUpXPDERDDOWHUQDWLYDSDUDSHL[HVTXH¿FDPFR]LGRVHP
SRXFRV PLQXWRV 8VH D FXVFX]HLUD SDUD LVVR WDPEpP 1R FDVR GH SHL[HV
FRPHVSLQKDVpSUHIHUtYHOUHWLUiODVDQWHVGRFR]LPHQWRGHVOL]DQGRRVGHGRV
VREUHRSHL[HDEHUWR3DUDHYLWDUHQJDVJRVHDFLGHQWHVDQWHVGHVHUYLORj
FULDQoDGHYHVHFRQIHULUQRYDPHQWHSDUDYHUVHDLQGD¿FDUDPHVSLQKDV
• 2VRYRVGHYHPWHUDJHPD¿UPHQDFRUDPDUHORYLEUDQWH4XDQGRDJHPD
¿FDFRPDFRUHVFXUHFLGDRXHVYHUGHDGDpVLQDOGHTXHRRYRIRLFR]LGRDOpP
GRQHFHVViULRHMiDWpSHUGHXDOJXQVQXWULHQWHV1RFDVRGHRYRFR]LGRp
VX¿FLHQWHFR]LQKDUGHDPLQXWRVDSyVRLQtFLRGDIHUYXUD'HSRLVGHVVH
WHPSRHVIULHHGHVFDVTXHRRYRVHQmRHOHFRQWLQXDFR]LQKDQGRQDSDQHOD
GHVOLJDGDRXGHQWURGDFDVFDTXHQWH2YRVPH[LGRV¿FDPSURQWRVHPSRXFRV
PLQXWRV$VVLPTXHRRYRVHWRUQDUFRQVLVWHQWHVHPSDUWHVOtTXLGDVMipKRUD
de tirar do fogo.
178
GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇ
CRIANÇAS
ÇAS
ÇA
AS
SBBR
BRA
BRASILEIRAS
RAS
RASIL
SI
SILE
IL
IL
ILE
LE
EIR
IRA
IIRAS
RAS
RA
RAS
AS MENORES
ME
ME
MEN
EN
NO
ORES
ORE
OR
RES
RE
RES
ES DE
DE 2 ANOS
AN
ANOS
OS
Figura 53 – Retirar as
HVSLQKDVGRSHL[HDLQGDFUX
Veja a seguir algumas

umas formas de
HRXWURV
FR]LQKDUFDUQHVHRXWURV
rianças
alimentos para crianças
Diferentes formas
as de cozinhar os
alimentos para crianças
Técnica Procedimento
&R]LQKDUQR &R]LPHQWRVREUHRYDSRUG¶iJXDSRGHVHUXWLOL]DGD
vapor SDQHODHVSHFt¿FDRXFXVFX]HLUD
Ferver &R]LPHQWR HP XPD SDQHOD FRP iJXD IHUYHQWH QR

fogão.
6DOWHDUUHIRJDU Cozimento em uma panela ou frigideira com pouca
TXDQWLGDGHGHyOHR
Ensopar 6DOWHDUUHIRJDU R DOLPHQWR H GHSRLV FR]LQKDU HP

SRXFROtTXLGRiJXDFDOGRRXPROKR
&R]LQKDUQD Cozimento do alimento em panela de pressão.

pressão
Assar Cozimento no forno em assadeira ou em um utensílio
UHIUDWiULR IHLWR GH PDWHULDO UHVLVWHQWH DR FDORU GR
IRUQR
179
Óleos vegetais
7RGRVRVDOLPHQWRVSRGHPVHUSUHSDUDGRVFRPyOHRVYHJHWDLVyOHRGH
VRMDGHPLOKRGHJLUDVVROD]HLWHGHROLYDHPSHTXHQDVTXDQWLGDGHVH
WHPSHUDGRVFRPRWHPSHURQDWXUDOHRPtQLPRQHFHVViULRGHVDO
2VyOHRVYHJHWDLVWrPVXEVWkQFLDVLPSRUWDQWHVSDUDDVD~GH3RUpPVHX
XVRQmRSRGHVHUH[DJHUDGRSRLVSRGHPDXPHQWDUPXLWRDTXDQWLGDGH
de calorias da preparação. Frituras não devem compor as refeições da
FULDQoDSRUTXHDOpPGHXWLOL]DUHPyOHRHPH[FHVVRGHL[DPRVDOLPHQWRV
mais endurecidos e gordurosos. Além disso, o próprio processo de fritura
SURGX]VXEVWkQFLDVTXHID]HPPDOjVD~GH
Tempero natural
O tempero natural pode ser preparado previamente e guardado na

geladeira para ser utilizado em todas as receitas, desde carnes e feijões
DWp VDODGDV $OpP GH GDU R WRTXH SHVVRDO RX IDPLOLDU jV UHFHLWDV HOH
ressalta o sabor da comida caseira. Cada pessoa ou família tem seus
ingredientes preferidos para o tempero e a maioria deles pode ser
SUHSDUDGDFRPDQWHFHGrQFLD
3DUDIDFLOLWDUDUHPRomRGDFDVFDGRDOKRpSRVVtYHOGHL[DURVGHQWHVGH
PROKR HP iJXD QD JHODGHLUD GH XP GLD SDUD R RXWUR $VVLP VXD FDVFD
VROWD PDLV IDFLOPHQWH H HOH SRGHUi VHU XWLOL]DGR H JXDUGDGR GHVFDVFDGR
SRUDOJXQVGLDV2XWURMHLWRIiFLOGHGHVFDVFDURGHQWHGHDOKRpHVPDJi
lo levemente com a lateral da faca, pressionando com a mão. A cebola
também pode ser guardada descascada.
7HU HUYDV IUHVFDV Mi OLPSDV H SLFDGDV HP SRWHV QD

geladeira também agiliza o preparo. Elas podem,
inclusive, ser congeladas para durarem mais tempo.
Uma mistura de temperos pode ser preparada com
DQWHFHGrQFLD H XVDGD QR PRPHQWR GR SUHSDUR GH
)LJXUD±$OKRHVPDJDGRFRPDODWHUDOGDIDFD
180
FDUQHV H FR]LPHQWR GRV DOLPHQWRV 3DUD ID]rOD UH~QD XPD SHTXHQD

TXDQWLGDGH GH GLIHUHQWHV HUYDV VHFDV FRPR RUpJDQR ORXUR DOHFULP
VDOVDFRHQWURFHEROLQKD3RGHVHMXQWiODVFRPXPSLOmRRXDWpPLVWXUi
ORV QR OLTXLGL¿FDGRU 3RGHVH WDPEpP LQFUHPHQWDU FRP DOKR FHEROD
SLPHQWmR DoDIUmR FRPLQKR SiSULFD HWF 1mR Ki TXDQWLGDGHV GH¿QLGDV
para cada erva e nem a combinação perfeita.
'HVFXEUDDUHFHLWDTXHDJUDGDPDLVDIDPtOLDWHQKDVHPSUHQDFR]LQKDHXVH
com moderação.
Quando for necessário preparar uma refeição separada para criança
6HPSUHTXHSRVVtYHOHDDOLPHQWDomRGDIDPtOLDIRUVDXGiYHORVPHVPRV
DOLPHQWRV H SUHSDUDo}HV SRGHP VHU RIHUHFLGRV j FULDQoD PRGL¿FDQGR
DSHQDV VXD FRQVLVWrQFLD TXDQGR QHFHVViULR (QWUHWDQWR jV YH]HV D
FRPLGDSUHSDUDGDSDUDDIDPtOLDQmRpDGHTXDGDjFULDQoDHHQWmRVHUi
QHFHVViULR ID]HU XPD FRPLGD Vy SDUD HOD ([LVWHP PDQHLUDV VLPSOHV GH
ID]HU LVVR 8PD GHODV p FR]LQKDU RV DOLPHQWRV QR YDSRU ID]HQGR XVR GD
FXVFX]HLUD RX XWHQVtOLRV VLPLODUHV 9RFr SRGH FRORFDU FHERODV WRPDWHV
HHUYDVIUHVFDVSDUDWHPSHUDU&RUWHRVDOLPHQWRVFR]LQKHRVDRPHVPR
WHPSR VHP PLVWXUiORV DWp ¿FDUHP PDFLRV 0DV DWHQomR D FXVFX]HLUD
não é um utensílio indicado para o preparo de peças de carnes maiores.
181
4
2
)LJXUD±&R]LQKDQGR
no vapor com a cuscuzeira:
1. colocar na cuscuzeira.
2. DOLPHQWRVMiFR]LGRV
3. alimentos no prato.
4. alimentos amassados no prato.
2XWUD PDQHLUD p FR]LQKDU WRGRV RV DOLPHQWRV HP XPD ~QLFD SDQHOD 2
LPSRUWDQWHpHYLWDUPLVWXUiORVHFRQVLGHUDURWHPSRGHFR]LPHQWRQHFHVViULR
D FDGD XP 8WLOL]H R PtQLPR GH iJXD SRVVtYHO SDUD TXH QmR KDMD SHUGD GH
nutrientes e use tempero natural. Comece com o cozimento da carne, depois
acrescente raízes ou tubérculos ou macarrão ou arroz.
1D VHTXrQFLD OHJXPHV FRP PDLV OtTXLGR SRU H[HPSOR DEREULQKD WRPDWH
RX YHUGXUDV &DVR D FDUQH HVFROKLGD VHMD SHL[H FRORTXHR QD SDQHOD MXQWR
das verduras menos duras, pois ele precisa de menos tempo de cozimento.
6HXWLOL]DURYRVDGLFLRQHRVSRU~OWLPR6HFRORFDUVRPHQWHVDOXVHRPtQLPR
QHFHVViULRSDUDYDORUL]DURVDERUSUySULRGRVDOLPHQWRV$VHTXrQFLDGHHQWUDGD
GHDOLPHQWRVQDSDQHODSRGHYDULDUGHDFRUGRFRPDTXDOLGDGHGRDOLPHQWRH
DDFHLWDomRGDFULDQoD3RUH[HPSORVHDDEyERUDIRUGHXPDTXDOLGDGHPDLV
dura, inicie seu cozimento junto com os cereais, raízes ou tubérculos, para
TXH¿TXHPDFLDRVX¿FLHQWHSDUDVHUEHPDFHLWDSHODFULDQoD
182
1
)LJXUD±&R]LQKDQGRFRPIUDQJRHPXPD~QLFDSDQHOD
1. $OLPHQWRVTXHVHUmRFR]LGRV
2. 3DQHODUHIRJDQGRDOKRHFHEROD(PXPDSDQHODDTXHFLGD
2
UHIRJXHFRPSRXFRyOHRRVWHPSHURVGHVXDSUHIHUrQFLD
FRPRDOKRFHERODFHEROLQKDWDORGHVDOVDHWF
3. $GLFLRQDQGRRIUDQJRRXDFDUQH5HIRJXHDFDUQH
SRGHVHUHPFXERVSHTXHQRVRXPpGLRVDWpTXH¿TXH
3 dourada. Essa etapa é importante para dar sabor. Neste
momento pode adicionar também diferentes ervas para
GDUDLQGDPDLVVDERUFRPRORXURDOHFULPWRPLOKRHWF
4. $GLFLRQDQGRFHUHDLVUDt]HVRXWXEpUFXORV$FUHVFHQWHRV
FHUHDLVUDt]HVRXWXEpUFXORVFRUWDGRVHPWDPDQKRPpGLR
4
5. $GLFLRQDQGR iJXD SDUD FR]LQKDU $FUHVFHQWH iJXD
VX¿FLHQWH SDUD TXH RV DOLPHQWRV ¿TXHP PDFLRV
1HVWHPRPHQWRDFUHVFHQWHRVDO'HL[HFR]LQKDUSRU
alguns minutos.
5
6. $GLFLRQDQGR KRUWDOLoDV $FUHVFHQWH DV IROKDV LQWHLUDV
RX UDVJDGDV H[HPSOR WDLRED HVSLQDIUH FKLFyULD
DJULmRFRXYHPDQWHLJDHWFHRXOHJXPHVFRUWDGRVHP
WDPDQKRPpGLRH[HPSORDEREULQKDPD[L[HDEyERUD
FKXFKX HWF 0LVWXUH GHOLFDGDPHQWH RV DOLPHQWRV QD
6
SDQHOD H GHL[H FR]LQKDU SRU PDLV DOJXQV PLQXWRV 6H
IRUQHFHVViULRDGLFLRQHPDLViJXDeLPSRUWDQWHTXH
QmRVREUHiJXDDR¿QDOGRFR]LPHQWR
7. )UDQJREDWDWDDLSLPRXPDQGLRFDTXLDERHWRPDWH

7 cozidos na mesma panela.
8. 6HUYLQGR R SUDWR GD FULDQoD 6LUYD D SUHSDUDomR QR

prato da criança sem misturar os diferentes alimentos.
3LTXHRXDPDVVHRVDOLPHQWRVTXDQGRQHFHVViULR
8
183
1
)LJXUD±&R]LQKDQGRFRPSHL[HHPXPD~QLFDSDQHOD
2. 3DQHOD UHIRJDQGR DOKR H FHEROD (P XPD SDQHOD

DTXHFLGDUHIRJXHFRPSRXFRyOHRRVWHPSHURVGHVXD 2
SUHIHUrQFLD FRPR DOKR FHEROD FHEROLQKD WDOR GH
salsa etc.
3. $GLFLRQDQGR FHUHDLV UDt]HV RX WXEpUFXORV

Acrescente os cereais, raízes ou tubérculos cortados
3
HPWDPDQKRPpGLR
4. $GLFLRQDQGR iJXD SDUD FR]LQKDU $FUHVFHQWH iJXD

VX¿FLHQWHSDUDTXHRVDOLPHQWRV¿TXHPPDFLRV1HVWH
PRPHQWRDFUHVFHQWHRVDO'HL[HFR]LQKDUSRUDOJXQV
minutos. 4
5. $GLFLRQDQGR DV KRUWDOLoDV $FUHVFHQWH DV IROKDV

LQWHLUDV RX UDVJDGDV H[HPSOR WDLRED HVSLQDIUH
FKLFyULD DJULmR FRXYH PDQWHLJD HWF HRX
OHJXPHV FRUWDGRV HP WDPDQKR PpGLR H[HPSOR
5
DEREULQKD PD[L[H DEyERUD FKXFKX HWF 0LVWXUH
GHOLFDGDPHQWH RV DOLPHQWRV QD SDQHOD H GHL[H
FR]LQKDUSRUPDLVDOJXQVPLQXWRV6HIRUQHFHVViULR
DGLFLRQHPDLViJXD
6. $GLFLRQDQGR R SHL[H $FUHVFHQWH R SHL[H Mi OLPSR H 6

VHPHVSLQKDVSRUFLPDGDSUHSDUDomR7DPSHDSDQHOD
SDUDRYDSRUFR]LQKDUPDLVUDSLGDPHQWHRSHL[H
7. 0DFDUUmR DEyERUD FRXYH PDQWHLJD H SHL[H FR]LGRV

na mesma panela.
7
8. 6HUYLQGRRSUDWRGDFULDQoD6LUYDDSUHSDUDomRQRSUDWR
GDFULDQoDVHPPLVWXUDURVGLIHUHQWHVDOLPHQWRV3LTXH
RXDPDVVHRVDOLPHQWRVTXDQGRQHFHVViULR
8
184
1
)LJXUD±&R]LQKDQGRFRPRYRHPXPD~QLFDSDQHOD
2. 3DQHODUHIRJDQGRDOKRHFHEROD(PXPDSDQHOD
2 DTXHFLGDUHIRJXHFRPSRXFRyOHRRVWHPSHURVGH
VXDSUHIHUrQFLDFRPRDOKRFHERODFHEROLQKDWDOR
de salsa etc.
3. $GLFLRQDQGR FHUHDLV RX UDt]HV $FUHVFHQWH RV

FHUHDLV RX UDt]HV FRUWDGDV HP WDPDQKR PpGLR
3 $GLFLRQDQGRiJXDSDUDFR]LQKDU$FUHVFHQWHiJXD
VX¿FLHQWH SDUD TXH RV DOLPHQWRV ¿TXHP PDFLRV
Neste momento acrescente o sal.
4. $GLFLRQDQGR DV KRUWDOLoDV $FUHVFHQWH DV IROKDV

4 LQWHLUDV RX UDVJDGDV H[HPSOR WDLRED HVSLQDIUH
FKLFyULD DJULmR FRXYH PDQWHLJD HWF HRX
OHJXPHV FRUWDGRV HP WDPDQKR PpGLR H[HPSOR
DEREULQKD PD[L[H DEyERUD FKXFKX HWF 0LVWXUH
GHOLFDGDPHQWH RV DOLPHQWRV QD SDQHOD H GHL[H
5 FR]LQKDUSRUPDLVDOJXQVPLQXWRV6HIRUQHFHVViULR
DGLFLRQHPDLViJXD
5. $GLFLRQDQGRRRYRFUXVREUHDSUHSDUDomR$FUHVFHQWH
RRYRVREUHDSUHSDUDomRIDOWDQGRSRXFRWHPSRSDUDTXH
¿TXHSURQWD
6
6. $SyVWDPSDUDSDQHODHGHL[DUFR]LQKDUVRPHQWHDWpTXHD
JHPDHQGXUHoD¿FDXPRYRHVWDODGRVREUHDSUHSDUDomR
7. $UUR] DEREULQKD DJULmR H RYR FR]LGRV MXQWRV QD

mesma panela.
7
8. 6HUYLQGR R SUDWR GD FULDQoD 6LUYD D SUHSDUDomR QR
prato da criança sem misturar os diferentes alimentos.
3LTXHRXDPDVVHRVDOLPHQWRVTXDQGRQHFHVViULR
8
185
1DV WUrV PDQHLUDV GHVFULWDV DQWHULRUPHQWH HQTXDQWR SUHSDUD D UHIHLomR

H[SHULPHQWHRVDOLPHQWRVREVHUYDQGRWH[WXUDFRQVLVWrQFLDHVDERU$QWHVGH
VHUYLU DPDVVH SHTXHQDV SRUo}HV GLUHWDPHQWH QR SUDWR GD FULDQoD FRP XP
SRXFRGHyOHRRXD]HLWH6HSUHFLVDUDPROHFHUPDLVDFRQVLVWrQFLDGRDOLPHQWR
QRSUDWRDGLFLRQHXPSRXFRGDiJXDXWLOL]DGDQRFR]LPHQWR
Congelando os alimentos para comer depois
Para facilitar a vida mais ainda, é possível preparar diferentes refeições num
~QLFR PRPHQWR 7HU FRPLGD FDVHLUD FRQJHODGD IDFLOLWD D UHIHLomR GH WRGD D
família e, claro, também a da criança. Para isso, é preciso ter muito cuidado
com o armazenamento dos alimentos prontos.
• (OHVGHYHPVHUJXDUGDGRVHPSRWHVSHTXHQRVSUHIHUHQFLDOPHQWHGHYLGUR
MiQDTXDQWLGDGHDVHURIHUWDGDjFULDQoDRXHPSRWHVPDLRUHVSDUDDIDPtOLD
toda. Veja orientações sobre o tempo de armazenamento dos alimentos no
TXDGURGDSiJLQD
• 6y GHVFRQJHOH R TXH IRU FRQVXPLU QD UHIHLomR 2 GHVFRQJHODPHQWR GH

alimentos deve ser feito dentro da geladeira ou o alimento congelado pode
VHU OHYDGR GLUHWDPHQWH SDUD R DTXHFLPHQWR RX FR]LPHQWR 2V DOLPHQWRV
não devem ser descongelados em temperatura ambiente. Uma vez
descongelados, eles não devem voltar para o congelador, pois isso pode
ID]HUFRPTXHHVWUDJXHP3RUpPDOLPHQWRVFUXVTXHIRUDPGHVFRQJHODGRV
SRGHP VHU FRQJHODGRV QRYDPHQWH VH IRUHP FR]LGRV DQWHV 3RU H[HPSOR
GHVFRQJHODUIUDQJRFUXFR]LQKDUIUDQJRHPFXERVHFRQJHODUHPSRUo}HV
para comer em outros dias.
• 6HIRUXVDURPLFURRQGDVSDUDDTXHFHURDOLPHQWRSUH¿UDDTXHFrORHP
SUDWR RX SRWH GH YLGUR VHP IULVRV GH PHWDO HP YH] GH SRWHV SOiVWLFRV
2V¿OPHVSOiVWLFRV39&XWLOL]DGRVSDUDFREULURVDOLPHQWRVWDPEpPQmR
devem ser submetidos ao calor.
186
O que fazer com sobras e restos
$VVREUDVVmRRVDOLPHQWRVQmRFRQVXPLGRVTXHSHUPDQHFHUDPQRVXWHQVtOLRV
SDQHODVWUDYHVVDVRXSRWHVHPTXHIRUDPVHUYLGRV(ODVQmRGHYHPVHUGHL[DGDV
nestes utensílios em cima do fogão, mas sim guardadas na geladeira. Não espere
RDOLPHQWRHVIULDUDQWHVGHDUPD]HQiORQDJHODGHLUD&DVRQmRVHMDSRVVtYHO
DUPD]HQDU RV DOLPHQWRV QD JHODGHLUD D UHIHLomR GHYHUi VHU SUHSDUDGD R
PDLV SUy[LPR SRVVtYHO GR PRPHQWR HP TXH VHUi RIHUHFLGD 2V UHVWRV VmR
RV DOLPHQWRV GHL[DGRV QR SUDWR 0HVPR TXH QmR WHQKDP VLGR WRFDGRV SHOD
criança, eles não devem ser oferecidos novamente para ela em outra refeição.
Sugestões para tornar o dia a dia na cozinha mais prático
Veja a seguir sugestões apresentadas para agilizar o preparo das refeições.

• 2UJDQL]H DV SUDWHOHLUDV GD JHODGHLUD H GR DUPiULR SDUD VDEHU R TXH HVWi
SUy[LPRGHDFDEDUHSUHFLVDGHUHSRVLomR
• 0DQWHQKD D FR]LQKD RUJDQL]DGD H OLPSD D ¿P GH WRUQiOD VHJXUD H

convidativa ao preparo das refeições.
• Organize temperos, sal e óleo juntos e em local acessível.
• 0DQWHQKDDVIDFDVDPRODGDV
• /LPSH DV FDUQHV H JXDUGHDV QD JHODGHLUD RX IUHH]HU HP SRWHV Mi HP
TXDQWLGDGHV DGHTXDGDV SDUD DV SUHSDUDo}HV 4XDQGR SUHFLVDU EDVWD
SHJDURVSRWHVQHFHVViULRVVHPJHUDUGHVSHUGtFLRV
• 7HQKD QD JHODGHLUD DOJXQV DOLPHQWRV SUHYLDPHQWH SUHSDUDGRV WHPSHURV

QDWXUDLVDOKRSLFDGRFHERODGHVFDVFDGDDEyERUDFRUWDGDIROKDVKLJLHQL]DGDV
HWF$VVLPYRFrQmRSUHFLVDFRPHoDUGR]HURDSUHSDUDomRGHFDGDUHIHLomR
• &RORTXH XPD SDQHOD GH iJXD SDUD IHUYHU DQWHV GH LQLFLDU R SUHSDUR GRV
DOLPHQWRVHXWLOL]HDiJXDMiTXHQWHSDUDRVHXFR]LPHQWR
• &R]LQKHXPDTXDQWLGDGHPDLRUGRTXHDQHFHVViULDSDUDXPDUHIHLomRH
JXDUGHDGHTXDGDPHQWHDSUHSDUDomR
• &RPSDUWLOKHDVWDUHIDVGDFR]LQKDFRPRVRXWURVPHPEURVGDIDPtOLD
187
188
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
E SAUDÁVEL: LIDANDO COM
OS DESAFIOS DO COTIDIANO
Em seu cotidiano, asIDPtOLDVSRGHPVHGHSDUDUFRPDOJXQVGHVD¿RVSDUDWRUQDU
a alimentação adequada e saudável uma prática cotidiana e compartilhada.
5HFRQKHFHU H UHÀHWLU VREUH DV FDXVDV GHVVHV GHVD¿RV FRQWULEXL SDUD R
desenvolvimento do senso crítico e da cidadania e favorecem a prática da
alimentação adequada e saudável.
A elaboração das recomendações deste Guia levou em conta a diversidade

GDVIDPtOLDVEUDVLOHLUDVVHXVGLIHUHQWHVDUUDQMRVHVLWXDo}HVGHYLGDKiELWRV
HWUDGLo}HVHPUHODomRjDOLPHQWDomRSDUDTXHDVLQIRUPDo}HVGHVWHPDWHULDO
IRVVHP GH IDWR ~WHLV H SRVVtYHLV GH VHUHP FRORFDGDV HP SUiWLFD 1HVVD
SHUVSHFWLYDpQHFHVViULRLGHQWL¿FDURVGHVD¿RVSDUDSUDWLFDUXPDDOLPHQWDomR
DGHTXDGDHVDXGiYHO$FRPHoDUSRUROKDUDTXHPVHGHVWLQDHVVDDOLPHQWDomR
ou seja, a própria criança menor de 2 anos.
3DUD D FULDQoD p XP PRPHQWR GH DSUHQGL]DJHP H YLYrQFLD GH LQ~PHUDV

VLWXDo}HV TXH SURYRFDP HPRo}HV UHDo}HV H VHQWLPHQWRV 0XGDQoDV GH
URWLQDV FKHJDGD GH QRYRV URVWRV H SDUWLGD GH SHVVRDV TXHULGDV HVWtPXORV
visuais e auditivos — tudo é novo para a criança. Ainda sem domínio da
IDOD HOD SRGH XVDU D DOLPHQWDomR SDUD H[SUHVVDU PHGRV LQVHJXUDQoDV H
LQVDWLVIDo}HV$V SUiWLFDV DOLPHQWDUHV VmR XPD IRUPD GH VH UHODFLRQDU FRP
R PXQGR$SUHQGHU D UHFRQKHFHU HVVHV VLQDLV H SHUFHEHU R TXH SRGH HVWDU
prejudicando a alimentação da criança é uma responsabilidade de todos os
membros da família e de sua rede de apoio.
&DGD IDPtOLD YDL GHVFREULU VXD SUySULD PDQHLUD GH HQIUHQWDU RV GHVD¿RV 1mR
H[LVWHUHFHLWDPiJLFDQHPXPDUHVSRVWD~QLFD6ROXo}HVTXHIXQFLRQDUDPSDUD
DOJXPDVIDPtOLDVSRGHPQmRVHUWmRH¿FD]HVSDUDRXWUDV'HQWURGHXPDPHVPD
IDPtOLDDIRUPDTXHGHXFHUWRFRPXPDFULDQoDSRGHQmRIXQFLRQDUSDUDRXWUD
189
&DGDFULDQoDp~QLFDHDFRPSDUDomRFRPDVGHPDLVQHPVHPSUHpSRVLWLYD
Pensar na alimentação de forma ampliada, isto é, considerando aspectos
DPELHQWDLV FXOWXUDLV HFRQ{PLFRV VDQLWiULRV QXWULFLRQDLV H GH GLUHLWR KXPDQR
como apresentado neste Guia, pode ajudar a encontrar soluções possíveis.
$OpP GDV TXHVW}HV IDPLOLDUHV H FRPXQLWiULDV Ki WDPEpP RV GHVD¿RV GH
RUGHP PDLV JHUDO FRPR R DFHVVR j DOLPHQWDomR DGHTXDGD H VDXGiYHO D
GLVSRQLELOLGDGH GH FUHFKHV S~EOLFDV HP SHUtRGR LQWHJUDO D DGHTXDomR GRV
HVSDoRV QRV ORFDLV GH WUDEDOKR SDUD RUGHQKD H DUPD]HQDPHQWR GR OHLWH
PDWHUQRHQWUHRXWURVTXHH[LJHPSROtWLFDVS~EOLFDVSDUDSURPRomRHSURWHomR
GDDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHOGDSRSXODomR
$EDL[R VHJXHP DOJXQV GRV GHVD¿RV PDLV FRPXQV QHVVD HWDSD GD YLGD H
SRVVtYHLVFDPLQKRVSDUDVXSHUiORV
Manter a amamentação após o retorno da mãe ao trabalho
+RMH HP GLD PXLWDV PmHV H[HUFHP DWLYLGDGHV UHPXQHUDGDV H

DVVXPHPSDUWHRXWRGDDGHVSHVDGDFDVDRTXHDVREULJDDUHWRUQDU
DRWUDEDOKRGHSRLVGRQDVFLPHQWRGDFULDQoD$SDUWLFLSDomRGRSDL
GHIDPLOLDUHVGHDPLJRVHFROHJDVGHWUDEDOKRpIXQGDPHQWDOSDUD
FRQVWUXLUXPDUHGHGHDSRLRHVXSRUWHjPXOKHUSDUDRFXLGDGRGD
criança e continuidade de suas atividades.
8PDSDUWHGDVWUDEDOKDGRUDVID]XVRGRGLUHLWRjOLFHQoDPDWHUQLGDGH
e demais licenças legais. Esse é um direito conquistado, que deve ser
exercido e aproveitado da melhor forma possível.
2XWUDSDUWHHVWiLQVHULGDQRPHUFDGRLQIRUPDOGHWUDEDOKRSRULVVRDVOHLVTXH
SURWHJHPDDPDPHQWDomRQmRDEUDQJHPHVVDVPXOKHUHV1HVVDVVLWXDo}HV
DGXSODPmHFULDQoDVHWRUQDPDLVYXOQHUiYHODRGHVPDPHSUHFRFHSRUTXH
DPXOKHUSUHFLVDVHGLYLGLUHQWUHDPDWHUQLGDGHHRWUDEDOKRORJRQRLQtFLRGD
vida da criança.
1DPDLRUSDUWHGRVFDVRVpSRVVtYHOPDQWHUDDPDPHQWDomRTXDQGRDPmH
YROWDDWUDEDOKDU6HRUHWRUQRIRUDQWHVGHDFULDQoDFRPSOHWDUPHVHVRPDLRU
190
GHVD¿RpPDQWHUDDPDPHQWDomRH[FOXVLYD2OHLWHPDWHUQRpRPHOKRUDOLPHQWR
HPTXDOTXHUVLWXDomRHHPPHQRUHVGHPHVHVQmRGHYHVHUVXEVWLWXtGRSRU
iJXDFKiVVXFRVPLQJDXVRXRXWUDVSUHSDUDo}HVjEDVHGHOHLWH
8PSRXFRDQWHVGRUHWRUQRGDPmHDRWUDEDOKRDIDPtOLDMiSUHFLVDVHRUJDQL]DU
HH[SHULPHQWDUQRYDVIRUPDVGHJDUDQWLUDRIHUWDH[FOXVLYDGROHLWHPDWHUQR
6HUiQHFHVViULRLUUHWLUDQGRROHLWHPDWHUQRDQWHVGRUHWRUQRDRWUDEDOKRSDUD
GHL[DUXPHVWRTXHGHOHLWHFRQJHODGRTXHVHUiRIHUHFLGRTXDQGRDPmHYROWDU
DWUDEDOKDU2OHLWHPDWHUQRSRGH¿FDUFRQJHODGRSRUDWpGLDV2DSRLRGH
SUR¿VVLRQDO GH VD~GH GRV IDPLOLDUHV GRV DPLJRV H GH FROHJDV GH WUDEDOKR
UHGHGHDSRLRFRQWULEXLSDUDRVXFHVVRGHVVDLQLFLDWLYD
6HRUHWRUQRGDPmHDRWUDEDOKRIRUDSyVRVPHVHVGHYLGDGDFULDQoDD
principal orientação é manter a amamentação até 2 anos ou mais e iniciar a
alimentação de acordo com as recomendações deste Guia.
Para manter a amamentação quando voltar ao trabalho, a mãe pode:
• DPDPHQWDUTXDQGRIRUOHYDURXEXVFDUDFULDQoDQDFUHFKHRXQRORFDORQGH
REHEr¿FDVREFXLGDGRVGHRXWUDSHVVRD
• DPDPHQWDUQRVLQWHUYDORVGRWUDEDOKRVHHVWHIRUHPFDVDRXSHUWRGHFDVD
RXSHUWRGRORFDORQGHDFULDQoDpFXLGDGD
• UHWLUDUROHLWHGRSHLWRHPFDVDHDUPD]HQiORSDUDVHURIHUHFLGRjFULDQoD
QDVXDDXVrQFLD
• UHWLUDUHDUPD]HQDUROHLWHQRORFDOGHWUDEDOKRHRXQDFUHFKHFDVRKDMD
condições para isso.
Quer saber mais sobre os cuidados necessários para retirar o leite do peito e
armazená-lo corretamente? Leia o tópico “Como retirar, armazenar e oferecer
o leite materno” na seção “Leite materno: o primeiro alimento”.
$OJXPDVHPSUHVDVFRQWDPFRP³VDODGHDSRLRjPXOKHUTXHDPDPHQWD´RTXH
IDFLOLWDHSURWHJHDSUiWLFDGDDPDPHQWDomR
191
&DVRDHPSUHVDQmRWHQKDDGHULGRDHVVDLQLFLDWLYDSUHYLVWDHPOHLWUDEDOKDGRUDV
H WUDEDOKDGRUHV SRGHP VH RUJDQL]DU H VROLFLWDU D LPSODQWDomR GHVVDV VDODV
3DUDDVPmHVTXHDLQGDHVWXGDPDVHVFRODVRXIDFXOGDGHVWDPEpPGHYHP
DFROKHUGDPHOKRUIRUPDSRVVtYHODPXOKHUTXHHVWiDPDPHQWDQGR
Quer saber mais sobre as leis que garantem o aleitamento materno? Veja na
seção “Conhecendo os direitos relacionados à alimentação infantil”.
2 UHWRUQR GD PmH DR WUDEDOKR SRGH VHU XPD RSRUWXQLGDGH GH DPSOLDU D
VRFLDOL]DomR GD FULDQoD FRP D HQWUDGD QD FUHFKH RX FRP D SDUWLFLSDomR GH
uma nova pessoa na rotina de cuidado da criança.
6HPSUHTXHSRVVtYHOpERPTXHKDMDXPSHUtRGRGHFRQYLYrQFLDHQWUHDPmH
DFULDQoDHDFXLGDGRUDHRXFXLGDGRUSDUDTXHWRGRVVHIDPLOLDUL]HPFRPD
QRYD URWLQD H FRP DV IRUPDV DGHTXDGDV SDUD DUPD]HQDU H RIHUHFHU R OHLWH
PDWHUQRHDDOLPHQWDomRSDUDPDLRUHVGHPHVHV2IXQGDPHQWDOpTXHD
IDPtOLDLQFOXLQGRDSUySULDFULDQoDVHVLQWDVHJXUDGDGHFLVmRDGRWDGDHTXH
HVWH *XLD VHMD XWLOL]DGR FRPR XPD UHIHUrQFLD SDUD DSRLDU H SURPRYHU XPD
(PDOJXPDVVLWXDo}HVSRGHQmRVHUSRVVtYHOPDQWHURDOHLWDPHQWRH[FOXVLYR
SDUD FULDQoDV PHQRUHV GH PHVHV GHSRLV TXH D PmH UHWRUQD DR WUDEDOKR
&RQKHoDDVRULHQWDo}HVSDUDHVVDVVLWXDo}HVQDVHomR³Crianças menores de
6 meses que não estão sendo amamentadas exclusivamente´
Entrada da criança na creche
$HQWUDGDQDFUHFKHpXPLPSRUWDQWHPRPHQWRGHVRFLDOL]DomR$FULDQoDSDVVDUi
DWHUFRQWDWRFRPRXWUDVFULDQoDVGDPHVPDLGDGHHFRPSHVVRDVTXHQmRID]HP
SDUWHGHVXDIDPtOLDRTXHWRUQDHVVHPRPHQWRULFRHPH[SHULrQFLDVQRYDV1D
FUHFKHDDOLPHQWDomRVHUiIHLWDFRPRXWUDVSHVVRDVRXWURVXWHQVtOLRVHWHPSHURV
Tudo isso é muito positivo, pois é um aprendizado para a vida.
0mH SDL FRPSDQKHLUD H FRPSDQKHLUR GD PmH RX GR SDL H IDPLOLDUHV TXH
FXLGDPGDFULDQoDWrPRGLUHLWRGHYLVLWDUDFUHFKHVHMDS~EOLFDRXSULYDGD
SDUDFRQKHFHUVHXHVSDoRItVLFRHVXDVFRQGLo}HVGHIXQFLRQDPHQWR
192
3DUDXPDPHOKRUDGDSWDomRGDFULDQoDpIXQGDPHQWDOFRQYHUVDUFRPDHTXLSH
GDFUHFKHVREUHRVKiELWRVDOLPHQWDUHVGHODVXDVSUHIHUrQFLDVLQWROHUkQFLDV
HDOHUJLDVDOLPHQWDUHVVHKRXYHU
3RURXWURODGRDIDPtOLDWDPEpPGHYHHVWDUDEHUWDjLGHLDGHTXHDFULDQoD
SURYDYHOPHQWH VHUi H[SRVWD D QRYDV SUiWLFDV H UHJUDV GLIHUHQWHV GDV
YLYHQFLDGDVHPFDVDFRPRFRORFDUQRSUDWRWRGRVRVDOLPHQWRVGRFDUGiSLR
²PHVPRDTXHOHVTXHHODDLQGDQmRFRQKHFHVHQWDUVHjPHVDSDUDFRPHU
FRPHUVHPDX[tOLRGHDGXOWRVHWF
7XGRLVVRID]SDUWHGRSURFHVVRSHGDJyJLFRHGHYHVHUFRORFDGRHPSUiWLFD
SRUPHLRGHGLiORJRHUHVSHLWRDRVOLPLWHVGDFULDQoD
Em caso de necessidade alimentar especial, esta deve ser comunicada pela

IDPtOLD H UHJLVWUDGD SHOD HTXLSH GD FUHFKH D ¿P GH JDUDQWLU D VHJXUDQoD
GD FULDQoD $ IDPtOLD SRGH OHYDU XP UHODWyULR PpGLFR TXH H[SOLTXH VREUH D
QHFHVVLGDGHDOLPHQWDUHVSHFLDO(PFUHFKHVS~EOLFDVLQFOXtGDVQR3URJUDPD
1DFLRQDOGH$OLPHQWDomR(VFRODUSDUDTXHRFDUGiSLRVHMDDGDSWDGR
pQHFHVViULRDSUHVHQWDUXPUHODWyULRGHVD~GHFRPSOHWR
$VHVFRODVS~EOLFDVHSULYDGDVGHYHPVHJXLUDOHJLVODomR
EUDVLOHLUDTXHH[LJHRIRUQHFLPHQWRGHXPDDOLPHQWDomR
VDXGiYHOSDUDDVFULDQoDVGXUDQWHRSHUtRGRHVFRODU É
GLUHLWRGDIDPtOLDFRQKHFHUDFRPSDQKDUHRSLQDUVREUHR
FDUGiSLRRIHUHFLGRQDFUHFKH
Comumente, ele é enviado junto com a agenda ou caderno

GD FULDQoD RX D¿[DGR HP PXUDLV H TXDQGR p SODQHMDGR
DGHTXDGDPHQWH SRGH VHU XPD IRQWH GH VXJHVW}HV SDUD
SUHSDUDo}HV FXOLQiULDV HP FDVD 1R FDUGiSLR p SRVVtYHO REVHUYDU TXDQWDV
refeições são fornecidas ao dia e os tipos de alimentos servidos. Assim como
HPFDVDDVUHIHLo}HVGDFUHFKHGHYHPVHUSUHSDUDGDVFRPEDVHHPDOLPHQWRV
in natura ou minimamente processados, como, arroz, feijão, carnes, legumes,
YHUGXUDV H IUXWDV 2V XOWUDSURFHVVDGRV FRPR ELVFRLWRV DFKRFRODWDGRV
UHIULJHUDQWHVRXWUDVEHELGDVDGRoDGDVVDOJDGLQKRVJXORVHLPDVHQWUHRXWURV
DOLPHQWRVQmRGHYHPHVWDUSUHVHQWHVQRFDUGiSLR
193
4XDQGR D FULDQoD FKHJD HP FDVD QmR p QHFHVViULR UHSHWLU D UHIHLomR Mi
UHDOL]DGDQDFUHFKH(QWUHWDQWRpLPSRUWDQWHVDEHUVHDFULDQoDDFHLWRXEHPR
TXHOKHIRLRIHUHFLGRGXUDQWHRGLDHHPTXHKRUiULRD~OWLPDUHIHLomRIRLVHUYLGDEHP
FRPRVHXDSHWLWHGHSRLVGHFKHJDUHPFDVDSDUDGHFLGLURTXHHODYDLFRPHUVH
XPDQRYDUHIHLomRFRPSOHWDDUUR]IHLMmRFDUQHVYHUGXUDVHOHJXPHVXPDIUXWD
RXDSHQDVOHLWHPDWHUQR'HTXDOTXHUIRUPDHODSRGHDFRPSDQKDURPRPHQWRGH
UHIHLomRGRUHVWDQWHGDIDPtOLDVHQGRXPDERDRSRUWXQLGDGHGHFRPSDUWLOKDUH
LQFHQWLYDUKiELWRVHWUDGLo}HVDOLPHQWDUHV
¬VYH]HVRVDOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRVQmRHVWmRQRFDUGiSLRGLiULRPDVVmR
utilizados em datas comemorativas, muito valorizadas nessa etapa do cotidiano
HVFRODU$OpPGLVVRTXDQGRDVFULDQoDVOHYDPODQFKHGHFDVDpSRVVtYHOTXH
DOJXPDVOHYHPHVVHWLSRGHDOLPHQWRHFRPSDUWLOKHPFRPDVRXWUDV
8PDHVWUDWpJLDSDUDOLGDUFRPHVVDVVLWXDo}HVpDSUHVHQWDUHVWH*XLDjHTXLSH
GHSUR¿VVLRQDLVGDFUHFKHSURPRYHQGRDVVLPXPDH[FHOHQWHRSRUWXQLGDGH
SDUDFRQYHUVDUVREUHRDVVXQWRUHÀHWLUVREUHRSDSHOGDFUHFKHFRPRHVSDoR
SURPRWRUGDDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHOHHVWLPXODUDGLVFXVVmRFRP
toda a comunidade escolar.
As famílias podem solicitar espaços para interação com nutricionistas e outros

SUR¿VVLRQDLVTXHDWXDPQDFUHFKHSDUDGLVFXWLUVREUHDTXDOLGDGHGDDOLPHQWDomR
H SDUD D UHDOL]DomR GH DWLYLGDGHV HGXFDWLYDV VREUH DOLPHQWDomR VDXGiYHO
(ODV SRGHP WDPEpP VXJHULU SRU H[HPSOR TXH DOLPHQWRV XOWUDSURFHVVDGRV
QmRHVWHMDPSUHVHQWHVHPGDWDVIHVWLYDVTXHQmRVHMDPXWLOL]DGRVGRFHVH
JXORVHLPDVFRPRSUrPLRVRXEULQGHVHTXHVHWRPHFXLGDGRFRPDSUiWLFDGH
FRPSDUWLOKDPHQWRGHDOLPHQWRVWUD]LGRVGHFDVDWHQGRHPYLVWDTXHDOJXPDV
crianças apresentam intolerâncias e alergias alimentares.
$OJXPDV IDPtOLDV SRGHP WHU GL¿FXOGDGH SDUD FRQVHJXLU YDJDV HP FUHFKHV
S~EOLFDV RX SDUD SDJDU D PHQVDOLGDGH GH XPD FUHFKH SDUWLFXODU H EXVFDP
DOWHUQDWLYDV e FRPXP HQFRQWUDU HVSDoRV LQIRUPDLV TXH UH~QHP FULDQoDV
VRE FXLGDGR GH DGXOWRV GD FRPXQLGDGH$VVLP FRPR QDV FUHFKHV DV ERDV
FRQGLo}HVGHDPELHQWHGHVHJXUDQoDHGHKLJLHQHVmRIXQGDPHQWDLVSDUDD
VD~GHRFUHVFLPHQWRHRGHVHQYROYLPHQWRGDFULDQoD
194
$V PmHV TXH RSWDP HP GHL[DU R OHLWH UHWLUDGR GR SHLWR SDUD VHU RIHUHFLGR
j FULDQoD GXUDQWH R SHUtRGR HP TXH HVWLYHU ORQJH GHOD GHYHP H[SOLFDU DRV
cuidadores sobre os procedimentos para armazenar e oferecer o leite retirado
do peito, bem como demais recomendações apresentadas neste Guia.
&RQ¿UDRWySLFR³&RPRUHWLUDUDUPD]HQDUHRIHUHFHUROHLWHPDWHUQR´QDVHomR
“Leite materno: o primeiro alimento”.
Alteração da rotina
Algumas vezes a rotina de alimentação da criança pode sofrer alterações e, para

LVVRVHUiQHFHVViULRXPSODQHMDPHQWRHVSHFLDO6HDFULDQoDYDLSDUDDPELHQWHV
SUy[LPRVPDVFRPURWLQDVDOLPHQWDUHVGLIHUHQWHVFRPRDFDVDGHSDUHQWHVH
YL]LQKRVKiJUDQGHFKDQFHGHTXHDOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRVVHMDPRIHUHFLGRV
$SUiWLFDGHRIHUHFHUHVVHVSURGXWRVpPXLWRFRPXPTXDQGRVHTXHUDJUDGDURX
FRQVRODUDFULDQoDSHODDXVrQFLDGRVSDLVRXSRUTXDOTXHURXWURPRWLYR
É importante aproveitar essa situação para conversar com essas cuidadoras ou

FXLGDGRUHV VREUH D DOLPHQWDomR DGHTXDGD H VDXGiYHO (OHV SRGHP DFROKHU H
DJUDGDUSRUPHLRGHDWLYLGDGHVO~GLFDVFRPREULQFDUFDQWDUGHVHQKDUHWF
(QYLDUDOLPHQWRVSUDWRVHWDOKHUHVXWLOL]DGRVKDELWXDOPHQWHSHODFULDQoDpXPD
DWLWXGHTXHFRQWULEXLSDUDHYLWDUDRIHUWDGHDOLPHQWRVLQDGHTXDGRV5HIHLo}HV
arrumadas em porções individuais podem ser levadas para comer fora de casa
HPSDVVHLRVIHVWDVFRQVXOWDVGHVD~GHHRXWUDVVLWXDo}HV)UXWDVOHJXPHV
FUXVHIUXWDVVHFDVSRGHP¿FDUHPWHPSHUDWXUDDPELHQWHSRUDOJXPWHPSR
3DUDDVIUXWDVTXHHVFXUHFHPDSyVRFRUWHSLQJDUDOJXPDVJRWDVGHOLPmR
DMXGDDFRQVHUYiODV-iRDOPRoRHRMDQWDUSRGHPVHUOHYDGRV
HPEROVDWpUPLFDSDUDFRQVHUYDUPHOKRUDUHIHLomR
1RV¿QVGHVHPDQDRVKRUiULRVGHUHIHLomRGDIDPtOLD
podem se alterar muito. No entanto, nesta fase do
desenvolvimento infantil, é importante manter o
KRUiULRKDELWXDOGDDOLPHQWDomRGDFULDQoD
195
1DKRUDHPTXHDIDPtOLDIRUFRPHUDFULDQoDSRGHVHQWDUVHjPHVDRX¿FDU
SRUSHUWRHVHMiWLYHULGDGHSDUDLVVRUHFHEHUSHTXHQDVSRUo}HVGHDOLPHQWRV
FRPROHJXPHVIUXWDVFDUQHV$VVLPDFULDQoDSRGHUiSDUWLFLSDUGRPRPHQWR
de refeição da família.
Situações de ruptura e mudanças nos arranjos familiares
2 WUDGLFLRQDO Q~FOHR IDPLOLDU FRQVWLWXtGR SRU SDL PmH H FULDQoD p XP HQWUH
tantos outros arranjos de família possíveis e presentes na sociedade brasileira.
+RMH VmR FRPXQV XQL}HV HQWUH SHVVRDV GH VH[RV GLIHUHQWHV RX GR PHVPR
VH[RVHSDUDGDVGLYRUFLDGDVYLQGDVGHFDVDPHQWRVDQWHULRUHVPXLWDVYH]HV
com crianças desses outros relacionamentos.
+iPmHVVR]LQKDVFRPFULDQoDVGHSDLVGLIHUHQWHVSDLVVR]LQKRVFRP¿OKDV
HRX ¿OKRV GH PmHV GLIHUHQWHV DYyV FRP QHWDV H QHWRV PmHV RX SDLV FRP
FULDQoDVDGRWDGDV²XPDYDULHGDGHGHFRPSRVLo}HVTXHUHÀHWHDUHDOLGDGH
dos tempos atuais.
Ao se pensar na alimentação da criança menor de 2 anos, o arranjo familiar do

TXDOHODID]SDUWHGHYHVHUFRQVLGHUDGR4XDQGRDFULDQoD¿FDVRERVFXLGDGRV
GHIDPLOLDUHVTXHQmRVHMDPVHXVUHVSRQViYHLVGLUHWRVpIXQGDPHQWDOTXHHVVDV
pessoas também sejam informadas sobre as decisões relacionadas à rotina
DOLPHQWDUGDFULDQoD&RPSDUWLOKDUDVLQIRUPDo}HVVREUHDOLPHQWDomRDGHTXDGD
HVDXGiYHOGLVSRQtYHLVQHVWH*XLDSRGHVHUGHJUDQGHDMXGDQHVWDVLWXDomR
Rupturas na estrutura familiar podem acontecer. A separação dos pais, por

H[HPSORpXPPRPHQWRGHPXGDQoDTXHPXLWDVYH]HVLQWHUIHUHQDDOLPHQWDomR
1RV FDVRV GH JXDUGD FRPSDUWLOKDGD RV DFRUGRV VREUH D DOLPHQWDomR GD
FULDQoDGHYHPVHUGLVFXWLGRVHQWUHRVUHVSRQViYHLVHUHSDVVDGRVDRVGHPDLV
cuidadoras e cuidadores presentes no cotidiano dela.
2XWUR SRQWR GH UXSWXUD p D SHUGD GH XP HQWH GD IDPtOLD TXH SRGH DIHWDU D
SURGXomRGHOHLWHGDPmHRXPXGDUDURWLQDGDFDVD(PVLWXDo}HVH[WUHPDVD
DOLPHQWDomRGHYHVHUROKDGDFRPPDLVFXLGDGRSRLVDFULDQoDSRGH¿FDUPDLV
VHQVtYHOHDSUHVHQWDUGL¿FXOGDGHVSDUDVHDOLPHQWDU
196
8PDQRYDJHVWDomRRQDVFLPHQWRGHXPDLUPmRXLUPmRDFKHJDGDGHJHQWH
QRYDHTXDOTXHUPXGDQoDQDFRPSRVLomRGDIDPtOLDWDPEpPSRGHPLQWHUIHULU
de maneira negativa ou positiva no comportamento alimentar da criança.
Para essas e outras ocasiões, é fundamental ter sensibilidade e perceber os

VLQDLVTXHDFULDQoDGiDSRLDQGRHHVWLPXODQGRVXDHYROXomRHYLWDQGRIRUWHV
censuras ou comportamentos violentos, mas sem ceder a todas as vontades
GHOD2DSRLRGHSUR¿VVLRQDLVGHVD~GHSRGHDMXGDUHPPRPHQWRVFRPRHVWHV
A criança que não quer comer (e não está doente)
(P DOJXQV PRPHQWRV D IDPtOLD SRGH SHUFHEHU TXH D FULDQoD HVWi FRPHQGR
PHQRVGRTXHGHFRVWXPH,VVRSRGHDFRQWHFHUDSDUWLUGRSULPHLURDQRGHYLGD
GDFULDQoDSHUtRGRHPTXHHODSDVVDDWHUPHQRVDSHWLWHSRUTXHVHXULWPRGH
crescimento começa a diminuir. Nessa idade, a criança também presta mais
DWHQomRDRVGHWDOKHVGRVDOLPHQWRVTXHHVWmRQRSUDWRHSRGHFRPHUPHQRV
RXUHFXVDUDOJXQVDOLPHQWRVTXHDQWHVHUDPEHPDFHLWRV
eLPSRUWDQWHWHUSDFLrQFLDQRKRUiULRGDVUHIHLo}HVUHVSHLWDURVVLQDLVGHVDFLHGDGH
GDFULDQoDHHYLWDUFRPSRUWDPHQWRVTXHSRVVDPSLRUDUDVLWXDomRFRPRIRUoDU
DFRPHUQmRGHL[DUVDLUGDPHVDHQTXDQWRQmRDFDEDUGHFRPHUEULJDURXEDWHU
7DPEpPQmRpUHFRPHQGDGRRIHUHFHUUHFRPSHQVDVHSUrPLRVFRPRSUHVHQWHV
RXJXORVHLPDVSDUDFRQYHQFrODDFRPHU2XWUDSUiWLFDLPSRUWDQWHpSUHVWDU
DWHQomRjTXDQWLGDGHGHFRPLGDVHUYLGDePXLWRLPSRUWDQWHUHVSHLWDURDSHWLWH
GHFDGDFULDQoDOHPEUDQGRTXHSDUDDVPHQRUHVGHDQRROHLWHPDWHUQR
ainda é a principal fonte de energia e de nutrientes. Muitas vezes, cuidadoras
RXFXLGDGRUHVFRORFDPFRPLGDGHPDLVQRSUDWRHTXDQGRDFULDQoDQmRDFHLWD
WXGR¿FDPFRPDVHQVDomRGHTXHHODFRPHXSRXFR
197
Na seção “A criança e a alimentação a partir dos 6 meses” são apresentadas

sugestões de quantidade de comida por idade.
Outra situação comum é a criança recusar somente determinados alimentos.

$ IDPtOLD DFKD TXH D FULDQoD QmR HVWi FRPHQGR PDV QD YHUGDGH HOD HVWi
VHOHFLRQDQGRRTXHTXHURXQmR4XDQGRHODUHMHLWDXPDOLPHQWRPDVDFHLWD
RXWURV GR PHVPR JUXSR SRU H[HPSOR QmR DFHLWD FHQRXUD PDV FRPH EHP
abóbora, essa rejeição não deve ser motivo de preocupação.
'HYHVHHYLWDUREULJiODDFRPHURDOLPHQWRUHFXVDGRSRLVLVVRSRGHID]HUFRPTXH
HODSDVVHDWHUDYHUVmRDHOH(QWUHWDQWRVHPSUHTXHHVVHDOLPHQWRIRUSUHSDUDGR
para a família, ele deve ser oferecido à criança. Mudar a forma de preparo e de
DSUHVHQWDomR SRGH DMXGDU D DXPHQWDU VXD DFHLWDomR 1R H[HPSOR GD FHQRXUD
SRGHVHRIHUHFHUDFHQRXUDFR]LGDUHIRJDGDFUXDRXHPIRUPDGHSXUr$OJXPDV
FULDQoDVSUHFLVDPSURYDUXPDOLPHQWRGHDYH]HVRXDWpPDLVSDUDDFHLWiOR
4XDQGRDFULDQoDUHFXVDRDOPRoRRXRMDQWDUSRUYiULRVGLDVpFRPXPFXLGDGRUDV
RXFXLGDGRUHVVXEVWLWXtUHPDUHIHLomRSRUXPODQFKHSDUDTXHDFULDQoDQmR¿TXH
VHPFRPHU(VVDQmRpXPDERDSUiWLFDMiTXHDFULDQoDDSUHQGHTXHTXDQGR
rejeitar a comida, vai receber outro alimento em troca.
Aspectos relacionados ao comportamento ou à relação com a família também

podem interferir na aceitação dos alimentos, pois a criança pode usar a
DOLPHQWDomRSDUDH[SUHVVDUVHQWLPHQWRV3RULVVRpLPSRUWDQWHUHÀHWLUVREUH
TXHVW}HV FRPR DV DSUHVHQWDGDV D VHJXLU WHP DFRQWHFLGR DOJXP SUREOHPD
no momento da refeição? A cuidadora ou cuidador demonstra insatisfação
RXLUULWDomRTXDQGRHVWiRIHUHFHQGRDFRPLGD"$FULDQoDIRLUHSUHHQGLGDSRU
DOJXPPRWLYRHHVWiXVDQGRDUHFXVDGDDOLPHQWDomRFRPRFKDQWDJHPRXSDUD
VLQDOL]DUTXHDOJRQmRHVWiEHP"$IDPtOLDHVWiSDVVDQGRSRUDOJXPSUREOHPD
TXHSRVVDLQÀXLUQRFRPSRUWDPHQWRDOLPHQWDUGDFULDQoD"
&RPSUHHQGHURPRPHQWRHFRPRDFULDQoDHVWiUHDJLQGRDHOHDMXGDDIDPtOLD
DGHVHQYROYHUHVWUDWpJLDVSDUDTXHDFULDQoD¿TXHPHQRVH[SRVWDDLPSDFWRV
QHJDWLYRVDRVHXEHPHVWDUHDRVHXGHVHQYROYLPHQWR%XVFDULGHQWL¿FDURTXH
HVWiDFRQWHFHQGRpIXQGDPHQWDOSDUDSURPRYHUPXGDQoDV2VSUR¿VVLRQDLV
GHVD~GHSRGHPDMXGDUQHVVDLGHQWL¿FDomRHFRQVWUXLUVROXo}HVFRPDIDPtOLD
198
$OpPGHVVDVTXHVW}HVRDSHWLWHGDFULDQoDSRGHHVWDUGLPLQXtGRSHORIDWRGHHOD
FRPHUDOJRQRLQWHUYDORHQWUHDVUHIHLo}HVRXHVWDUFRPVRQRRXLUULWDGDQDKRUDGH
comer. Também acontece de a criança não comer direito sem causa aparente e
depois voltar ao seu apetite normal. Isso é comum e também ocorre com adultos.
2EVHUYHVHpXPDVLWXDomRHYHQWXDORXVHHVWiVHUHSHWLQGR
8PDPHGLGDPXLWRFRPXPPDVTXHQmRpDGHTXDGDSDUDUHVROYHURSUREOHPD
GDFULDQoDTXHFRPHSRXFRpGHL[DUGHDPDPHQWiODDFUHGLWDQGRTXHLVVR
IDUi HOD FRPHU PDLV DOLPHQWRV$ RIHUWD GH OHLWH PDWHUQR GHYH VHU PDQWLGD
SRLVHOHFRQWLQXDVHQGRXPDOLPHQWRPXLWRLPSRUWDQWHQDIDVHHPTXHQRYRV
alimentos são oferecidos.
6HDFULDQoDQmRHVWiFRPHQGREHPHQHQKXPDFDXVDIRLLGHQWL¿FDGDSURFXUH
SUR¿VVLRQDLVGHVD~GHSDUDDMXGDUDGHVFREULURTXHHVWiDFRQWHFHQGReLPSRUWDQWH
DYDOLDU FRPR HVWi R VHX FUHVFLPHQWR REVHUYDQGR R JUi¿FR GD &DGHUQHWD GD
&ULDQoD6HRJDQKRGHSHVRHVWiERPVLJQL¿FDTXHDTXDQWLGDGHGHDOLPHQWRVp
DGHTXDGDHHODHVWiFUHVFHQGREHP6HQmRpXPVLQDOGHDOHUWD
Para lidar com a criança que não quer comer e não está doente, experimente:
• FXLGDUSDUDTXHRKRUiULRGDDOLPHQWDomRVHMDXPPRPHQWRWUDQTXLORHGHSUD]HU
• PRQWDU XP SUDWR FRP DSUHVHQWDomR DWUDHQWH SDUD TXH D FULDQoD VH VLQWD
PRWLYDGDDFRPHU
• XWLOL]DUWDOKHUHVGHWDPDQKRDGHTXDGRjFULDQoD
• variar os alimentos e procurar oferecer alimentos novos, preparados de

IRUPDVVDERURVDVHVHSDUDGRVQRSUDWR
• TXDQGR SRVVtYHO FRORFDU DOLPHQWRV YDULDGRV QR SUDWR SDUD SURSRUFLRQDU

PDLVRSo}HV
• VHSRVVtYHOPDQWHUWUDQTXLOLGDGHHSDFLrQFLDQDKRUDGHRIHUHFHUDFRPLGD
QmRGHL[DQGRWUDQVSDUHFHUSUHRFXSDomR
• FDQWDURXFRQYHUVDUFRPDFULDQoDQRPRPHQWRGDVUHIHLo}HV
• QmR REULJDU D FULDQoD D FRPHU H QmR LQVLVWLU SDUD TXH HOD UDVSH R SUDWR
199
3DUDUGHDOLPHQWiODTXDQGRSHUFHEHUTXHHODHVWiVDWLVIHLWD
• REVHUYDUVHRLQWHUYDORHQWUHDVUHIHLo}HVQmRHVWiFXUWR
• LQFHQWLYDU D FULDQoD D FRPHU VR]LQKD LVVR IDUi FRP TXH HOD VH LQWHUHVVH
SHODUHIHLomR
• FRPSDUWLOKDU PRPHQWRV GH FRPHU HP IDPtOLD LQFHQWLYDQGR D FULDQoD D

LQWHUDJLUHFRQKHFHURVDOLPHQWRV
• HYLWDURIHUHFHUiJXDGXUDQWHDVUHIHLo}HV
• QmR RIHUHFHU UHFRPSHQVDV FRPR GRFH EULQTXHGR WHOHYLVmR GHVHQKR

SDUDHVWLPXODUDFULDQoDDFRPHUPDLV
• VH KRXYHU UHMHLomR IUHTXHQWH GH GHWHUPLQDGRV DOLPHQWRV QmR GHL[DU GH
RIHUHFrORVWHQWDUDSUHVHQWiORVGHIRUPDGLIHUHQWH
• VHDFULDQoDUHFXVDUDUHIHLomRQmRDVXEVWLWXLUSRUODQFKHVRXDOJXPDOLPHQWR
SUHIHULGRSHODFULDQoD(VSHUDUXPWHPSRHVHSHUFHEHUTXHDFULDQoDHVWi
FRPIRPHSUHSDUDUXPQRYRSUDWRFRPDFRPLGDTXHIRLRIHUHFLGDQDUHIHLomR
UHFXVDGD2XHQWmRHVSHUDURKRUiULRGDSUy[LPDUHIHLomR
• QmR RIHUHFHU RXWURV DOLPHQWRV QHP R OHLWH PDWHUQR HP KRUiULR PXLWR
SUy[LPRGDVUHIHLo}HV
Alimentação da criança doente
4XDQGRDFULDQoDHVWiGRHQWHWHQGHDFRPHUPHQRVHDH[SUHVVDUPHQRVD
IRPHSRUPHLRGHVLQDLV1HVVDIDVHpLPSRUWDQWHTXHDFXLGDGRUDRXFXLGDGRU
HVWHMDDWHQWRjTXDQWLGDGHGHiJXDHFRPLGDRIHUHFLGDVjFULDQoDeLPSRUWDQWH
PDQWrOD DOLPHQWDGD H KLGUDWDGD RIHUHFHQGROKH SHTXHQDV SRUo}HV
GHiJXDHFRPLGDPDLVYH]HVDRGLD2PHOKRUpVHUYLUDOLPHQWRV
YDULDGRVHVDXGiYHLVTXHFRODERUHPSDUDVXDUHFXSHUDomR
Se esse período durar muitos dias, a criança pode
SHUGHURXGHL[DUGHJDQKDUSHVR
)LJXUD±&XLGDUSDUDTXHD
DSUHVHQWDomRGRSUDWR¿TXHDWUDHQWH
200
Quadros de vômito, diarreia aguda, gripes ou resfriados provocam grande perda

GHOtTXLGRVHpPXLWRLPSRUWDQWHTXHHOHVVHMDPUHSRVWRVSHODDOLPHQWDomR1mR
pQHFHVViULRUHWLUDUQHQKXPDOLPHQWR in natura ou minimamente processado
GDDOLPHQWDomR(VVHVDOLPHQWRVVmRVDXGiYHLVHDMXGDPQRUHVWDEHOHFLPHQWR
GDVD~GHGDFULDQoD
Para melhorar a alimentação da criança que está doente em casa,

experimente:
• RIHUHFHUROHLWHPDWHUQRFRPPDLRUIUHTXrQFLD
• FDVRHODQmRHVWHMDPDLVHPDPDPHQWDomRH[FOXVLYDRIHUHFHUPDLViJXDDR
longo do dia, nos intervalos das refeições, principalmente se ela apresentar
IHEUHY{PLWRRXGLDUUHLD
• DOLPHQWDUDFULDQoDPDLVYH]HVDRGLDHVHUÀH[tYHOFRPRVKRUiULRVGHUHIHLomR
• XWLOL]DUFRPPDLVIUHTXrQFLDRVDOLPHQWRVGHSUHIHUrQFLDGDFULDQoDPDV
TXHQmRVHMDPXOWUDSURFHVVDGRV
• manter os alimentos in natura ou minimamente processados na alimentação

GDFULDQoD
• DUUXPDURSUDWRGHIRUPDTXHHVWLPXOHDFULDQoDDFRPHU
• VHUSDFLHQWHDRDOLPHQWDUDFULDQoD
• RIHUHFHURDOLPHQWRQDFRQVLVWrQFLDTXHDFULDQoDSUHIHULU
4XDQGRDFULDQoDHVWiVHUHFXSHUDQGRpFRPXPRDSHWLWHDXPHQWDU3RULVVR
DTXDQWLGDGHGHFRPLGDHPFDGDUHIHLomRSRGHVHUXPSRXFRPDLRUHRXWUDV
SHTXHQDV UHIHLo}HV SRGHP VHU LQFOXtGDV DR ORQJR GR GLD SDUD FRPSHQVDU R
SHUtRGRHPTXHHOD¿FRXFRPPHQRVDSHWLWHGHYLGRjGRHQoD
Falas e condutas que desencorajam práticas alimentares saudáveis
'XUDQWHDJHVWDomRHTXDQGRXPEHErQDVFHpFRPXPTXHIDPLOLDUHVHDPLJRV
GHHPYiULRVFRQVHOKRVGHSRLPHQWRVHRSLQL}HVVREUHDOLPHQWDomR1mRSRGHULD
ser diferente: a alimentação é uma atividade de grande importância para o
GHVHQYROYLPHQWRHSDUDDVD~GHGDFULDQoDPHQRUGHDQRVHXPDSUiWLFD
201
FXOWXUDOSDVVDGDGHJHUDomRSDUDJHUDomRVHQGRQDWXUDOTXHDFRPXQLGDGH
HRVFtUFXORVPDLVtQWLPRVjIDPtOLDTXHLUDPDMXGDUHFRPSDUWLOKDUVDEHUHVH
SUiWLFDV&RQYHUVDUFRPSHVVRDVPDLVH[SHULHQWHVHGHFRQ¿DQoDVREUHVXDV
SUiWLFDVpERPHSRGHVHU~WLOQRFXLGDGRGDFULDQoDDOpPGHSRGHUVHUYLUGH
DSRLR j SHVVRD TXH FXLGD 1R HQWDQWR FDGD H[SHULrQFLD p ~QLFD H FRPR R
FRQKHFLPHQWRVHDWXDOL]DQHPVHPSUHXPDSUiWLFDDGRWDGDQRSDVVDGRpD
PHOKRUDVHUDGRWDGDKRMH
0XLWDV YH]HV RV FRQVHOKRV GRV IDPLOLDUHV H DPLJRV VmR FRQÀLWDQWHV FRP
DV RULHQWDo}HV GH SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH (P RXWURV FDVRV DOJXPDV
UHFRPHQGDo}HVGHVVHVSUR¿VVLRQDLVYmRHPGLUHomRRSRVWDDRUHFRPHQGDGR
neste Guia.
Recomendar a leitura deste Guia a toda a família e demais pessoas envolvidas

QR FXLGDGR GD FULDQoD LQFOXLQGR SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH H GD FUHFKH SRGH VHU
GHJUDQGHDMXGD2FXLGDGRGDDOLPHQWDomRGHFULDQoDVSHTXHQDVpPDLVIiFLO
TXDQGRWRGRVFRODERUDPHDWXDPQDPHVPDGLUHomR
$VSUiWLFDVQmRVDXGiYHLVGHYHPVHUGHVHVWLPXODGDVHHYLWDGDV$VFULDQoDV
são muito curiosas e passam grande parte do tempo observando o mundo à
VXDYROWDLQFOXVLYHDDOLPHQWDomRGDVFULDQoDVPDLVYHOKDVHGRVDGXOWRV3RU
LVVRDVSHVVRDVPDLVYHOKDVGDIDPtOLDGHYHPLQFHQWLYDUDSRLDUHUHVSHLWDU
SUiWLFDV DOLPHQWDUHV PDLV VDXGiYHLV7DPEpP p LPSRUWDQWH FXLGDU GR TXH p
RIHUHFLGRjFULDQoDSRURXWUDVSHVVRDVGHVHXFRQYtYLR3RUH[HPSORTXDQGR
DOJXpP Gi j FULDQoD XP DOLPHQWR TXH QmR p UHFRPHQGDGR SDUD VXD LGDGH
R LGHDO p TXH HVVD VLWXDomR QmR FDXVH XP HVWUHVVH IDPLOLDU PDV TXH VHMDP
H[SOLFDGRV H FRPSDUWLOKDGRV RV PRWLYRV SDUD QmR VHUHP RIHUWDGRV GH IRUPD D
HYLWDUDFRQWLQXLGDGHGHVWDSUiWLFD
1D HUD GD LQWHUQHW H GR FRQKHFLPHQWR R GHVD¿R p ¿OWUDU R H[FHVVR GH
LQIRUPDo}HV HTXLYRFDGDV PXLWDV YH]HV GH IRQWHV GXYLGRVDV TXH FLUFXODP
H JHUDP FRQIXVmR +i SHVVRDV TXH GLYXOJDP LQIRUPDo}HV H LGHLDV QD UHGH
GLJLWDO UHGHV VRFLDLV EORJV DSOLFDWLYRV GH PHQVDJHQV SHOR FHOXODU HWF
VHP SUHRFXSDomR FRP D VXD RULJHP RX FRP R LPSDFWR TXH SRGHP FDXVDU
É muito comum encontrar blogs de pessoas divulgando informações com
202
EDVH VRPHQWH HP VXDV H[SHULrQFLDV SHVVRDLV RX DWp GDQGR GHSRLPHQWRV TXH
são verdadeiras propagandas de um ou outro produto. Por isso, é fundamental
FRQ¿UPDU DV LQIRUPDo}HV FRP SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH RX HP sites de
órgãos governamentais.
Exposição massiva à propaganda de alimentos
Uma das características do mundo contemporâneo é a presença

constante de propagandas. Elas aparecem nos comerciais de
televisão, mas também em muitos outros espaços e veículos como
UiGLR outdoor, cartazes em ônibus e em elevadores, rótulos de
alimentos, revistas, jornais, jogos eletrônicos, sites e redes sociais.
Muitas propagandas são de alimentos e, dentre elas, a grande
maioria é de alimentos ultraprocessados.
0mHV SDLV IDPLOLDUHV H FULDQoDV HVWmR PXLWR H[SRVWRV jV SURSDJDQGDV

Muitas famílias dedicam grande parte do tempo de convívio familiar para
DVVLVWLU D SURJUDPDV GH QRWtFLDV RX GH HQWUHWHQLPHQWR$LQGD TXH VHMD XPD
IRUPD GH OD]HU Ki XP JUDQGH HVWtPXOR DR FRQVXPR QHVVDV SURJUDPDo}HV
&DQDLV H VpULHV GHVWLQDGRV DR S~EOLFR LQIDQWLO FRQWrP SXEOLFLGDGH WDQWR QRV
GHVHQKRVHSURJUDPDVFRPRQRVLQWHUYDORVHpFRPXPYHUFULDQoDVSDVVDQGR
boa parte do dia sentadas e distraídas somente pelo televisor, computador ou
RXWUDVWHODV$RFRQWUiULRGRVDGXOWRVDFULDQoDQmRFRQVHJXHGLIHUHQFLDUD
SURSDJDQGDGDGLYHUVmR,VVRMXVWL¿FDDQHFHVVLGDGHGHUHJXODomRSHORSRGHU
S~EOLFRGDSURSDJDQGDGHDOLPHQWRVYROWDGDSDUDRS~EOLFRLQIDQWLO
1RHQWDQWRPHQVDJHQVSXEOLFLWiULDVVXSRVWDPHQWHGLUHFLRQDGDVDDGXOWRV
PXLWDVYH]HVXWLOL]DPHVWUDWpJLDVTXHDWUDHPDDWHQomRGDVFULDQoDVHDV
HVWLPXODPDLQVLVWLUFRPVXDPmHSDLHGHPDLVFXLGDGRUHVSDUDDGTXLULUHP
produtos ou serviços. Mesmo sem saber ler a mensagem escrita, a presença
GH P~VLFDV SHUVRQDJHQV LQIDQWLV FRUHV GHVHQKRV H ORJRPDUFDV RFXSD
R LPDJLQiULR LQIDQWLO H FRQWULEXL SDUD LQFHQWLYDU R GHVHMR GH FRQVXPR GH
GHWHUPLQDGRSURGXWR3RUH[HPSORPXLWDVPDUFDVGHELVFRLWRHGHVXFRGH
FDL[DLQGXVWULDOL]DGRVXWLOL]DP¿JXUDVGHGHVHQKRVHSHUVRQDJHQVLQIDQWLV
para atrair as crianças.
203
8PD HVWUDWpJLD IXQGDPHQWDO SDUD SURWHJHU D FULDQoD GR XVR H[FHVVLYR GH
PtGLDVHWHFQRORJLDVGLJLWDLVpFRQWURODUR³WHPSRGHWHOD´WDQWRGD79FRPR
GRFRPSXWDGRUGRWDEOHWHGRFHOXODU5HFRPHQGDVHTXHDFULDQoDPHQRUGH
DQRVQmRWHQKDDFHVVRDHVVHVHTXLSDPHQWRV
Outra estratégia igualmente importante é brincar com a criança. Atividades

FRPRGDQoDUFDQWDUFRUUHUHMRJDUHVWLPXODPPDLVRGHVHQYROYLPHQWRGRTXH
¿FDUROKDQGRXPDWHOD4XDQWRPDLVDFULDQoDEULQFDUDWLYDPHQWHHLQWHUDJLU
FRPREMHWRVHSHVVRDVPHOKRU
Tudo é descoberta nessa fase do desenvolvimento. Não

VmR QHFHVViULRV EULQTXHGRV HVSHFLDLV SDUD UHDOL]DU XPD
DWLYLGDGHO~GLFD2EMHWRVFRORULGRVTXHHPLWHPVRPDR
VHUHP WRFDGRV ERODV FDUULQKRV SDUD VHUHP SX[DGRV
objetos para arremesso com ou sem alvo, estruturas
SDUD HPSLOKDU HQ¿P EULQTXHGRV VLPSOHV H FRPXQV
GHVGHTXHVHMDPVHJXURVVmRyWLPDVIRQWHVGHHVWtPXOR
e podem fazer parte do universo da criança e para
crianças de até 1 ano de idade.
Aproveitar o tempo de lazer com brincadeiras divertidas pode ser

uma oportunidade para toda a família se movimentar e se divertir. O contato
FRPDPELHQWHVFRPRSDUTXHVSUDoDVSUDLDVULRVHiUHDVYHUGHVHVWLPXODQmR
só a parte física, mas também a parte sensorial da criança, além de promover
LQWHUDomRFRPRXWUDVFULDQoDVDQLPDLVVRQVFKHLURVHUHDOLGDGHVGLIHUHQWHV
GDTXHODVMiFRQKHFLGDV
2PRPHQWRGDFRPSUDGHDOLPHQWRVWDPEpPSRGHH[SRUDFULDQoDjSURSDJDQGD
por meio dos rótulos e brindes associados a alimentos ultraprocessados.
Além disso, é comum a presença de personagens ou a venda de alimentos
FRP EULQTXHGRV 3DUD DWUDLU D DWHQomR GRV UHVSRQViYHLV XPD HVWUDWpJLD
XWLOL]DGD SHOD LQG~VWULD p WUD]HU PHQVDJHQV TXH SRGHP VHU HQJDQRVDV
SDUDLQÀXHQFLDUDVHVFROKDVDOLPHQWDUHV0HQVDJHQVTXHLQGLFDPDGLomRGH
¿EUDVYLWDPLQDVHPLQHUDLVFRVWXPDPDWUDLUDDWHQomRGHDGXOWRVHFULDQoDV
LQGX]LQGRRVPXLWDVYH]HVDSHQVDUTXHRDOLPHQWRpVDXGiYHO(QWUHWDQWR
204
DOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRVFRVWXPDPDSUHVHQWDUH[FHVVRGHJRUGXUDVDo~FDUHV
HVDO$OpPGLVVRRWHRUGHYLWDPLQDVHPLQHUDLVDGLFLRQDGRVDUWL¿FLDOPHQWHQmR
HTXLYDOH DR GRV DOLPHQWRV in natura ou minimamente processados. Também é
comum as propagandas de alimento apresentarem como atrativo de um produto
DSUDWLFLGDGHDOLDGDDREDL[RFXVWR
1RV VXSHUPHUFDGRV GLIHUHQWHV HVWUDWpJLDV GH FRPXQLFDomR FDUWD]HV

DWLYLGDGHVO~GLFDVHWFHDGLVSRVLomRGRVDOLPHQWRVHPORFDLVGHGHVWDTXHHP
SUDWHOHLUDVEDL[DVHDRODGRGRVFDL[DVHVWLPXODPDFRPSUDGHXOWUDSURFHVVDGRV
1HPVHPSUHpIiFLOOLGDUFRPRVGHVHMRVGDVFULDQoDV
$OJXPDVGLFDVSDUDWRUQDUHVVHPRPHQWRPDLVWUDQTXLORHHYLWDUDFRPSUDGH
alimentos ultraprocessados são: sair com a criança alimentada de casa ou
OHYDUDOJXPODQFKHVDXGiYHOSDUDFRPHUGXUDQWHDVFRPSUDVFRQYHUVDUFRP
D FULDQoD VREUH DRQGH HVWmR LQGR TXDLV VmR DV UHJUDV H FRPELQDGRV HQWUH
YRFrVRFXSDUDFULDQoDGXUDQWHDVFRPSUDVSHGLUSDUDHODDMXGDUDDUUXPDU
RFDUULQKRSHJDUDOJXPLWHPQDSUDWHOHLUDHWF$OpPGLVVROHYDUDFULDQoDD
PHUFDGRV GH SURGXWRUHV H IHLUDV OLYUHV p XPD H[SHULrQFLD TXH DPSOLD VHXV
FRQKHFLPHQWRV VREUH DOLPHQWDomR H SURPRYH XPD LQWHUDomR SUD]HURVD FRP
DOLPHQWRVVDXGiYHLV
$VSROtWLFDVS~EOLFDVGHUHJXODomRGDSXEOLFLGDGHSRGHPDSRLDUDVIDPtOLDVD
HYLWDUDH[SRVLomRGHFULDQoDVjVSURSDJDQGDVGHDOLPHQWRVQmRVDXGiYHLVO
Código de Defesa do Consumidor (CDC) tem sido utilizado para combater
práticas enganosas e abusivas por parte da indústria de alimentos, mas
DLQGDQmRpVX¿FLHQWHSDUDHYLWDURH[FHVVRGHSURSDJDQGDOutra conquista
importante foi a publicação do Decreto nº 9.579/2018 que regulamentou
a Lei nº 11.265/2006, dirigida à comercialização de alimentos e produtos
voltados para crianças de até 6 anos, também conhecida como Norma
Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças
de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Protetores de Mamilo — NBCAL.
+iDLQGDD5HVROXomRQGR&RQVHOKR1DFLRQDOGRV'LUHLWRVGD&ULDQoD
H GR$GROHVFHQWH &RQDQGD TXH FRQVLGHUD DEXVLYD D SXEOLFLGDGH H RXWUDV
IRUPDVGHFRPXQLFDomRPHUFDGROyJLFDPHQVDJHQVHSUiWLFDVFRPRREMHWLYR
205
GHFRPHUFLDOL]DomRGLUHFLRQDGDVjFULDQoDHDRDGROHVFHQWH&RQKHFHUHVVDV
leis e regulamentações ajuda a sociedade a se mobilizar por normas mais
DEUDQJHQWHV TXH SURWHMDP HIHWLYDPHQWH DV FULDQoDV H D GHQXQFLDU SDUD RV
yUJmRV GH GHIHVD GR FRQVXPLGRU TXDQGR LGHQWL¿FDU TXDOTXHU XPD GHVVDV
SUiWLFDVDEXVLYDV
A seção “Conhecendo os direitos relacionados à alimentação infantil” traz mais

informações sobre essas leis.
$OpP GRV GHVD¿RV TXH IRUDP DERUGDGRV QHVWD VHomR H[LVWHP RXWURV TXH
SRGHPGL¿FXOWDURXDWpPHVPRLPSHGLUTXHDVUHFRPHQGDo}HVDSUHVHQWDGDV
QHVWH*XLDVHMDPFRORFDGDVHPSUiWLFD,QIHOL]PHQWHDUHDOLGDGHGHPXLWDV
IDPtOLDVEUDVLOHLUDVDLQGDpPDUFDGDSHODH[WUHPDYXOQHUDELOLGDGHVRFLDOIDOWD
GHUHFXUVRVHDXVrQFLDRXEDL[DFREHUWXUDGHSROtWLFDVS~EOLFDV
2DFHVVRjDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHOGHIRUPDUHJXODUHPTXDQWLGDGH
HTXDOLGDGHDGHTXDGDVVHPFRPSURPHWHURXWUDVQHFHVVLGDGHVGDYLGDpXP
GLUHLWR KXPDQR SUHYLVWR QD &RQVWLWXLomR %UDVLOHLUD PDV DLQGD QmR JDUDQWLGR
SOHQDPHQWH6mRPXLWRVHYDULDGRVRVIDWRUHVTXHFRQWULEXHPSDUDDLQVHJXUDQoD
DOLPHQWDUHQXWULFLRQDOGDVIDPtOLDVGL¿FXOGDGHSDUDFRPSUDUDOLPHQWRVin natura
RXPLQLPDPHQWHSURFHVVDGRVGHERDTXDOLGDGHHDSUHoRVDFHVVtYHLVIDOWDGH
DFHVVRRXDFHVVRGL¿FXOWDGRjiJXDSUySULDSDUDFRQVXPRIDOWDRXLQDGHTXDomR
GHVDQHDPHQWREiVLFRHGHPRUDGLDGL¿FXOGDGHSDUDGHGLFDUPDLVWHPSRjURWLQD
GHDOLPHQWDomRGDIDPtOLDHQWUHRXWURV7DPEpPPHUHFHPGHVWDTXHRXWURVIDWRUHV
TXHHQYROYHPWRGRRQRVVRVLVWHPDDOLPHQWDUHDSUHVHQoDFDGDYH]PDLRUGH
DOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRVQDDOLPHQWDomRGDVIDPtOLDVEUDVLOHLUDV(PHUJrQFLDV
H GHVDVWUHV QDWXUDLV RX FDXVDGRV SHOD H[SORUDomR H[FHVVLYD GRV UHFXUVRV
naturais, como inundações ou assoreamentos, também podem levar a situações
de insegurança alimentar e nutricional.
206
Para o
enfrentamento
desses desafios
6mR QHFHVViULDV Do}HV LQGLYLGXDLV H FROHWLYDV H HP JUDQGH SDUWH SROtWLFDV
S~EOLFDV H Do}HV UHJXODWyULDV GR (VWDGR SDUD JDUDQWLU R GLUHLWR GH WRGDV DV
FULDQoDVDXPDDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHO
23URJUDPD1DFLRQDOGH$OLPHQWDomR(VFRODU31$(TXHJDUDQWHDOLPHQWDomR

SDUDRVHVWXGDQWHVGHWRGDVDVHWDSDVGDHGXFDomREiVLFDS~EOLFDRVUHVWDXUDQWHV
SRSXODUHVHFR]LQKDVFRPXQLWiULDVFRPRIHUWDGHUHIHLo}HVJUDWXLWDVRXDSUHoRV
DFHVVtYHLVOLQKDVGHFUpGLWRSDUDDDJULFXOWXUDIDPLOLDUHDJURHFROyJLFDHPHGLGDV
GHLQFHQWLYRDSRLRHSURWHomRjSUiWLFDGDDPDPHQWDomRVmRDOJXQVH[HPSORV
GHDo}HVMiGHVHQYROYLGDVSHOR3RGHU3~EOLFRTXHFRQWULEXHPSDUDRDFHVVRj
2XWUDDomRLPSRUWDQWHHTXHFRQWULEXLSDUDFRORFDUHPSUiWLFDDVUHFRPHQGDo}HV
GHVWH*XLDpDRIHUWDGHFUHFKHVS~EOLFDVGHSHUtRGRLQWHJUDORQGHDVFULDQoDV
SRVVDPID]HUDVUHIHLo}HVGHPDQHLUDVHJXUDHFRPTXDOLGDGHDOpPGHUHFHEHUHP
outros estímulos para o seu pleno desenvolvimento.
É direito e dever da sociedade cobrar e participar da implementação de

SUiWLFDV TXH SURPRYDP XPD DOLPHQWDomR DGHTXDGD H VDXGiYHO 8PD IRUPD
GH ID]HU LVVR p VH HQJDMDU HP Do}HV FROHWLYDV TXH GHIHQGDP RV GLUHLWRV GRV
FLGDGmRV H SDUWLFLSDU GH HVSDoRV GH FRQWUROH VRFLDO FRPR RV &RQVHOKRV GH
6HJXUDQoD$OLPHQWDU H 1XWULFLRQDO GH 6D~GH GH (GXFDomR GD &ULDQoD H GR
$GROHVFHQWH DMXGDQGR D HODERUDU H DFRPSDQKDQGR R GHVHQYROYLPHQWR GH
SROtWLFDV S~EOLFDV TXH SURPRYDP R GHVHQYROYLPHQWR LQWHJUDO GDV FULDQoDV
207
208
CONHECENDO
OS DIREITOS RELACIONADOS
À ALIMENTAÇÃO INFANTIL
Além de fazerem bem à saúde da criança e à sociedade, amamentar a criança e
alimentá-la de maneira adequada e saudável são direitos. Seu reconhecimento
e os mecanismos legais para sua garantia são fruto de lutas, debates e
mobilização social ao longo da história brasileira e mundial. Veja aqui leis,
normativas e políticas públicas que garantem condições para a amamentação
e para a alimentação da criança e faça-as valer sempre que necessário.
2'LUHLWRj$OLPHQWDomR$GHTXDGDH6DXGiYHOpJDUDQWLGRSHOD&RQVWLWXLomR
)HGHUDOHpUHD¿UPDGRSHOR(VWDWXWRGD&ULDQoDHGR$GROHVFHQWH(&$/HL
Q GH GH MXOKR GH &RP R SURSyVLWR GH UHVSHLWDU SURWHJHU
SURPRYHUHSURYHURVGLUHLWRVKXPDQRVjVD~GHHjDOLPHQWDomRR%UDVLOFULRXD
Política Nacional de Alimentação e Nutrição — PNAN $QH[R,,,GD3RUWDULD
GH &RQVROLGDomR Q TXH GLVS}H VREUH D FRQVROLGDomR GDV QRUPDV VREUH
SROtWLFDVQDFLRQDLVGHVD~GHGR686(VVDSROtWLFDpGHVWLQDGDDPHOKRUDUDV
FRQGLo}HVGHDOLPHQWDomRQXWULomRHVD~GHGDSRSXODomREUDVLOHLUDSRUPHLR
GDSURPRomRGHSUiWLFDVDOLPHQWDUHVDGHTXDGDVHVDXGiYHLVHWDPEpPGH
cuidados relativos à alimentação e nutrição voltados à promoção e proteção
GDVD~GHSUHYHQomRGLDJQyVWLFRHWUDWDPHQWRGHDJUDYRV
2XWUD SROtWLFD TXH UHIRUoD D QXWULomR DGHTXDGD GDV FULDQoDV p D Política

Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança — PNAISC $QH[R;GD
3RUWDULDGH&RQVROLGDomRQTXHGLVS}HVREUHDFRQVROLGDomRGDVQRUPDV
VREUHSROtWLFDVQDFLRQDLVGHVD~GHGR686(VVDSROtWLFDDPSOLDRROKDUVREUH
DVD~GHGDFULDQoDSRLVWUDWDGRVFXLGDGRVGHVGHDJHVWDomRDWpRVDQRV
de idade, incluindo a promoção, a proteção e o apoio ao aleitamento materno
HjDOLPHQWDomRFRPSOHPHQWDUVDXGiYHO
209
Sabendo da importância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento

KXPDQR IRL LQVWLWXtGR R Marco Legal da Primeira Infância /HL Q GH
TXH GH¿QH VD~GH DOLPHQWDomR H QXWULomR FRPR SULRULGDGHV SDUD DV
ações de proteção social voltadas a essa fase. O documento traz orientações
SDUD PmHV SDLV IDPLOLDUHV GHPDLV FXLGDGRUHV H SUR¿VVLRQDLV GD iUHD VREUH
SROtWLFDVS~EOLFDVSURJUDPDVVHUYLoRVHLQLFLDWLYDVYROWDGRVDRGHVHQYROYLPHQWR
LQWHJUDO GDV FULDQoDV QRV SULPHLURV DQRV GH YLGD DERUGDQGR TXHVW}HV FRPR
PDWHUQLGDGH H SDWHUQLGDGH UHVSRQViYHLV DOHLWDPHQWR PDWHUQR DOLPHQWDomR
DGHTXDGD H VDXGiYHO FUHVFLPHQWR H GHVHQYROYLPHQWR LQIDQWLO LQWHJUDO
prevenção de acidentes e educação sem uso de castigos físicos. ([LVWHPDLQGD
RXWUDVOHJLVODo}HVTXHVHGHVWLQDPDSURWHJHUDDOLPHQWDomRGDFULDQoDFRPR
VHUiDSUHVHQWDGRDVHJXLUeSULRULGDGHGR686DSRLDURDOHLWDPHQWRPDWHUQRH
DDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHO
Licença-maternidade
$ OLFHQoDPDWHUQLGDGH p SUHYLVWD SHOD &RQVWLWXLomR (OD JDUDQWH GLDV

GHDIDVWDPHQWRGDPXOKHUVHPSUHMXGLFDUVHXHPSUHJRHVHXVDOiULRHYDOH
WDQWRSDUD DWUDEDOKDGRUDUXUDO FRPRSDUD DXUEDQDLQFOXLQGR DHPSUHJDGD
GRPpVWLFDTXHGHYHWHUDVXDFDUWHLUDDVVLQDGD0XOKHUHVTXHVmRFRQWUDWDGDV
HPHPSUHVDVVHMDPHODVS~EOLFDVRXSULYDGDVFRPFDUWHLUDDVVLQDGDUHFHEHP
R VHX VDOiULR LQWHJUDOPHQWH SHODV HPSUHVDV FRQWUDWDQWHV GXUDQWH R SHUtRGR
GD OLFHQoDPDWHUQLGDGH$V HPSUHJDGDV GRPpVWLFDV WUDEDOKDGRUDV UXUDLV H
LQGtJHQDV SUHFLVDP VROLFLWDU j 3UHYLGrQFLD 6RFLDO R VDOiULRPDWHUQLGDGH $
OHJLVODomRSURtEHDGHPLVVmRGDPXOKHUVHPMXVWDFDXVDGHVGHDFRQ¿UPDomR
da gravidez até 5 meses após o parto.
3DUDWHUGLUHLWRDREHQHItFLRGHVDOiULRPDWHUQLGDGHDWUDEDOKDGRUDUXUDOVHJXUDGD
HVSHFLDOGHYHUiWHUQRPtQLPRDQRVFRPSOHWRVHFRPSURYDURSHUtRGRPtQLPR
GHGH]PHVHVGHDWLYLGDGHUXUDODLQGDTXHGHIRUPDGHVFRQWtQXD2YDORUGR
EHQHItFLRSDUDDWUDEDOKDGRUDUXUDOVHUiGHXPVDOiULRPtQLPRGXUDQWHGLDV
PDLV XP YDORU SURSRUFLRQDO UHIHUHQWH DR GpFLPR WHUFHLUR VDOiULR$ HPSUHJDGD
GRPpVWLFDUHFHEHUiRYDORUFRUUHVSRQGHQWHjVXD~OWLPDUHPXQHUDomRREVHUYDGR
RWHWRPi[LPRGDSUHYLGrQFLD
210
$V LQGtJHQDV WDPEpP SRVVXHP GLUHLWR j OLFHQoDPDWHUQLGDGH QDV PHVPDV

FRQGLo}HVTXHDVWUDEDOKDGRUDVUXUDLVH[FHWRTXDQWRjUHVWULomRGDLGDGHGH
DQRVSRGHQGRDPmHLQGtJHQDLQVHULGDQRWUDEDOKRFRPXQLWiULRFRPLGDGHPHQRU
TXHDQRVWHURVHXEHQHItFLRSUHYLGHQFLiULRGHVDOiULRPDWHUQLGDGHFRQFHGLGR
SHOD3UHYLGrQFLD6RFLDO
Nos casos de adoção, independentemente da idade da criança, a legislação brasileira

/HL Q GH WDPEpP DPSDUD D PmH RX R SDL FRP D OLFHQoD
maternidade de 120 dias pelo INSS. Outra regra dessa lei é a possibilidade do pai
DGTXLULUDOLFHQoDPDWHUQLGDGHGDPmHVHHODIDOHFHULQFOXVLYHFRPDIDVWDPHQWRGR
WUDEDOKRRTXHRSHUPLWHDFRPSDQKDURGHVHQYROYLPHQWRGDFULDQoD
'H DFRUGR FRP D &RQVROLGDomR GDV /HLV GR 7UDEDOKR &/7 p SRVVtYHO
DXPHQWDUDOLFHQoDPDWHUQLGDGHDOpPGRVGLDVSUHYLVWRV2DUWLJRGD
&/7HPVHXSDUiJUDIRSUHYr³(PFDVRVH[FHSFLRQDLVRVSHUtRGRVDQWHV
e depois do parto poderão ser aumentados em mais duas semanas cada um,
PHGLDQWHDWHVWDGRPpGLFR´3DUDTXHDDPSOLDomRGDOLFHQoDVHMDFRQFHGLGD
DPpGLFDRXRPpGLFRGDFULDQoDRXGDPmHGHYHDYDOLDUVHKiMXVWL¿FDWLYD
para fornecer o atestado. Em caso positivo, os 14 dias devem se iniciar logo
HPVHJXLGDDRVGLDVGDOLFHQoDPDWHUQLGDGHHDVIpULDVFDVRDPXOKHU
deseje, devem começar após esse período estendido.
Desde 2008, a licença de 120 dias pode ser aumentada para 180 dias em órgãos
S~EOLFRVIHGHUDLVHVWDGXDLVHDPDLRULDGRVPXQLFLSDLVHHPSUHVDVTXHDGHULUDP
DR3URJUDPD(PSUHVD&LGDGmSUHYLVWRSHOD/HLQGH
6HYRFrpWUDEDOKDGRUDVHHQFDL[DHPXPDGDVVLWXDo}HVGHVFULWDVDQWHULRUPHQWH
e não teve um desses direitos concedidos, entre em contato com o Ministério
3~EOLFR GH VXD FLGDGH /i YRFr VHUi RULHQWDGD VREUH RV VHXV GLUHLWRV H VHUi
HQFDPLQKDGDSDUDDLQVWLWXLomRRXyUJmRUHVSRQViYHOSHODJDUDQWLDGRVGLUHLWRV
violados. Dependendo da estrutura de sua cidade, essas instituições e órgãos
SRGHP HVWDU OLJDGRV DR 0LQLVWpULR GR 7UDEDOKR 6HFUHWDULDV GH $VVLVWrQFLD H
6D~GH 2UGHP GRV $GYRJDGRV 'HIHQVRULD 3~EOLFD 3URPRWRULD GD ,QIkQFLD H
Juventude, entre outros.
6DLEDPDLVKWWSVZZZLQVVJRYEUEHQH¿FLRVVDODULRPDWHUQLGDGH!
211
Mães estudantes
$VHVWXGDQWHVWDPEpPVmRSURWHJLGDVSRUOHLTXDQWRj
OLFHQoDPDWHUQLGDGH$SDUWLUGRPrVGHJHVWDomRH
GXUDQWHPHVHVDHVWXGDQWHWHUiGLUHLWRDRUHJLPH
GH H[HUFtFLRV GRPLFLOLDUHV PHGLDQWH DSUHVHQWDomR
de atestado médico a ser apresentado à direção
da escola. A estudante também tem assegurada a
SUHVWDomRGHH[DPHV¿QDLV/HLQGH
(PFDVRVH[FHSFLRQDLVGHYLGDPHQWHFRPSURYDGRVSRU
DWHVWDGRPpGLFRSRGHUiVHUDXPHQWDGRRSHUtRGRGHUHSRXVR
DQWHVHGHSRLVGRSDUWR(VWXGDQWHVEROVLVWDVGHSHVTXLVDWDPEpPSRVVXHP
direito à licença maternidade de 120 dias, aí incluídos os casos de adoção.
'XUDQWHHVVHSHUtRGRPHVPRFRPVXDVDWLYLGDGHVDFDGrPLFDVVXVSHQVDVHODV
FRQWLQXDUmRUHFHEHQGREROVD/HLGH
'HDFRUGRFRPD3RUWDULDQGHGHPDLRGHpJDUDQWLGRRGLUHLWR
GH ODFWDQWHV H ODFWHQWHV j DPDPHQWDomR QDV iUHDV GH OLYUH DFHVVR DR S~EOLFR
ou de uso coletivo nas instituições do sistema federal de ensino. Essa portaria
UHVVDOWD TXH D DPDPHQWDomR p DWR OLYUH HQWUH PmH H FULDQoD H TXH R GLUHLWR j
DPDPHQWDomRGHYHVHUDVVHJXUDGRLQGHSHQGHQWHPHQWHGDH[LVWrQFLDGHORFDLV
HTXLSDPHQWRVRXLQVWDODo}HVUHVHUYDGDVSDUDHVVH¿PVHQGRGHFLVmRGDPmH
VHLUiXWLOL]iORVRXQmR
6HYRFrpHVWXGDQWHVHHQFDL[DHPXPDGDVVLWXDo}HVGHVFULWDVDQWHULRUPHQWH
e não teve um desses direitos concedidos, entre em contato com o Ministério
3~EOLFRGHVXDFLGDGH/iYRFrVHUiRULHQWDGDVREUHRVVHXVGLUHLWRVHVHUi
SRGHP HVWDU OLJDGRV jV 6HFUHWDULDV GH $VVLVWrQFLD H 6D~GH 6HFUHWDULD GD
(GXFDomR2UGHPGRV$GYRJDGRV'HIHQVRULD3~EOLFD3URPRWRULDGD,QIkQFLD
e Juventude, entre outros.
212
Licença-paternidade
$SUHVHQoDSDWHUQDpIXQGDPHQWDOSDUDDSRLDUDPXOKHUQRSyVSDUWRVHQGRRV
primeiros dias muito importantes para o sucesso na amamentação e para a
SURPRomRGRYtQFXORIDPLOLDU$OLFHQoDSDWHUQLGDGHGHGLDVpJDUDQWLGD
SHOD &RQVWLWXLomR$WXDOPHQWH p SRVVtYHO HVWHQGrOD SRU PDLV GLDV
SDUDRVWUDEDOKDGRUHVIRUPDLVGHHPSUHVDVTXHDGHULUDPDR3URJUDPD
(PSUHVD&LGDGmHSDUDRVVHUYLGRUHVUHJLGRVSHOD/HLQ2
EHQHItFLRGHYHVHUUHTXHULGRQRSUD]RGHGLDV~WHLVDSyVRQDVFLPHQWR
RX D DGRomR GD FULDQoD 1RV FDVRV GH DGRomR SRGH UHTXHUHU OLFHQoD
SDWHUQLGDGHDTXHOHTXHDGRWDUFULDQoDGHDWpDQRVLQFRPSOHWRV
6H YRFr p SDL H VH HQFDL[D HP XPD GDV VLWXDo}HV GHVFULWDV DQWHULRUPHQWH
e não teve seus direitos concedidos, entre em contato com o Ministério
3~EOLFRGHVXDFLGDGH/iYRFrVHUiRULHQWDGRVREUHRVVHXVGLUHLWRVHVHUi
HQFDPLQKDGRSDUDDLQVWLWXLomRRXyUJmRUHVSRQViYHOSHODJDUDQWLDGRVGLUHLWRV
SRGHPHVWDUOLJDGRVDR0LQLVWpULRGR7UDEDOKR6HFUHWDULDVGH$VVLVWrQFLDH
6D~GH2UGHPGRV$GYRJDGRV'HIHQVRULD3~EOLFD3URPRWRULDGD,QIkQFLDH
Pausas para amamentar
&DVRDPmHYROWHDWUDEDOKDUDQWHVGHDFULDQoDFRPSOHWDUPHVHVRDUWLJR
GD&/7SUHYrTXHSDUDDPDPHQWiODDPXOKHUWHUiGLUHLWRGXUDQWHDMRUQDGDGH
WUDEDOKRDGRLVSHUtRGRVGHPHLDKRUDFDGDDWpDFULDQoDFRPSOHWDUPHVHV
Esses descansos não podem ser confundidos ou substituídos pelos intervalos
QRUPDLVGHUHSRXVRHDOLPHQWDomR2SHUtRGRSRGHVHUDXPHQWDGRFDVRDVD~GH
GDFULDQoDH[LJLUFXLGDGRVHVSHFLDLV6HDPXOKHUQmRSXGHUVHEHQH¿FLDUGRV
LQWHUYDORVHODSRGHUiQHJRFLDUFRPRVHPSUHJDGRUHVRDF~PXORGRVSHUtRGRV
GHPHLDKRUD1HVVHVFDVRVSRGHWHUPLQDURH[SHGLHQWHXPDKRUDPDLVFHGRRX
FKHJDUDRWUDEDOKRXPDKRUDPDLVWDUGH
213
As pausas para amamentar não devem ser confundidas com os 14 dias de

DPSOLDomRGDOLFHQoDPDWHUQLGDGHTXDQGRRPpGLFRLQGLFDUSRUPHLRGHDWHVWDGR
PpGLFR$PXOKHUSRGHVHUEHQH¿FLDGDSRUHVVHVGLDVHWDPEpPSHODVSDXVDV
SDUDDPDPHQWDUGHSRLVGHUHWRUQDUjVVXDVDWLYLGDGHVQRWUDEDOKR
6H YRFr p PmH WUDEDOKDGRUD FRP FDUWHLUD DVVLQDGD H QmR WHYH R VHX GLUHLWR D
pausa para amamentar concedida pelo empregador, entre em contato com o
0LQLVWpULR3~EOLFRGHVXDFLGDGH/iYRFrVHUiRULHQWDGDVREUHRVVHXVGLUHLWRV
HVHUiHQFDPLQKDGDSDUDDLQVWLWXLomRRXyUJmRUHVSRQViYHOSHODJDUDQWLDGRV
direitos violados. Dependendo da estrutura de sua cidade, essas instituições e
yUJmRVSRGHPHVWDUOLJDGRVDR0LQLVWpULRGR7UDEDOKR6HFUHWDULDVGH$VVLVWrQFLD
H6D~GH2UGHPGRV$GYRJDGRV'HIHQVRULD3~EOLFD3URPRWRULDGD,QIkQFLDH
Sala de apoio à amamentação
4XDOTXHU HPSUHVD S~EOLFD RX SULYDGD LQGHSHQGHQWHPHQWH GR Q~PHUR GH

PXOKHUHVTXHQHODWUDEDOKDPSRGHWHUXPDVDODGHDSRLRjDPDPHQWDomR2
HVSDoRVHUYHSDUDTXHDPXOKHUUHWLUHHDUPD]HQHFRPVHJXUDQoDVHXOHLWH
GXUDQWHDMRUQDGDGHWUDEDOKRHROHYHSDUDFDVDDR¿QDOGRH[SHGLHQWHSDUD
RIHUHFrORSRVWHULRUPHQWHDREHEr
Para saber mais sobre como utilizar uma sala de apoio e outras legislações
GHDSRLRjPXOKHUWUDEDOKDGRUDTXHDPDPHQWDFRQVXOWHD&DUWLOKDGH$SRLR
j 0XOKHU 7UDEDOKDGRUD TXH $PDPHQWD KWWSEYVPVVDXGHJRYEUEYV
SXEOLFDFRHVFDUWLOKDBPXOKHUBWUDEDOKDGRUDBDPDPHQWDSGI!
Filhos de mães submetidas à medida privativa de liberdade
$VD~GHpXPGLUHLWRIXQGDPHQWDOGRVHUKXPDQRGHYHQGRR(VWDGRSURYHUDV
FRQGLo}HVLQGLVSHQViYHLVDRVHXSOHQRH[HUFtFLRSRUWRGDVDVSHVVRDV$VVLPR
SRGHUS~EOLFRMXQWDPHQWHFRPDVLQVWLWXLo}HVHRVHPSUHJDGRUHVGHYHSURSLFLDU
FRQGLo}HV DGHTXDGDV DR DOHLWDPHQWR PDWHUQR WDPEpP DRV ¿OKRV GH PmHV
VXEPHWLGDVDPHGLGDVSULYDWLYDVGHOLEHUGDGHLVWRpSDUDDTXHODVTXHHVWmRHP
SUHVtGLRV$ /HL Q GH GHWHUPLQD TXH RV HVWDEHOHFLPHQWRV
SHQDLV GHVWLQDGRV jV PXOKHUHV GHYHUmR SRVVXLU EHUoiULR RQGH DV SULYDGDV GH
214
OLEHUGDGHSRVVDPFXLGDUGHVHXV¿OKRVLQFOXVLYHDPDPHQWiORVQRPtQLPRDWp
RV PHVHV GH LGDGH$OpP GLVVR HVFODUHFH TXH D SHQLWHQFLiULD GH PXOKHUHV
GHYHUiVHUGRWDGDGHVHomRSDUDJHVWDQWHHSDUWXULHQWHHGHFUHFKHSDUDDEULJDU
FULDQoDVPDLRUHVGHPHVHVHPHQRUHVGHDQRVGHLGDGHFRPD¿QDOLGDGHGH
DVVLVWLUDFULDQoDGHVDPSDUDGDFXMDUHVSRQViYHOHVWLYHUSULYDGDGHOLEHUGDGH
4XDQGRHPUHJLPHGHFXVWyGLDRXSULVmRSUHYHQWLYDDPXOKHUIRUJHVWDQWHRX
WLYHU¿OKRPHQRUGHDQRVRDUWLJRGR&yGLJRGH3URFHVVR3HQDOHVWDEHOHFH
TXHRMXL]SRGHFRQYHUWHUDSHQDHPSULVmRGRPLFLOLDUHabeas Corpus &ROHWLYRQ
GH2DUWLJRGD/HLGH([HFXomR3HQDOWDPEpP
SUHYrRPHVPRGLUHLWRSDUDPXOKHUHVDSHQDGDVQRUHJLPHVHPLDEHUWR3RUpP
QmRKiDPHVPDSRVVLELOLGDGHQDVFRQGHQDo}HVjSULVmRHPUHJLPHIHFKDGR3DUD
PDLVLQIRUPDo}HVVREUHHVVDTXHVWmRSURFXUHD'HIHQVRULD3~EOLFDGHVXDFLGDGH
(P FRPSOHPHQWDomR D HVVDV OHJLVODo}HV D 5HVROXomR 1 GR &RQVHOKR

Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos, publicada
em dezembro de 2017, dispõe sobre o Direito Humano à Alimentação
$GHTXDGD GH PXOKHUHV H DGROHVFHQWHV HP SULYDomR GH OLEHUGDGH HP
HVSHFLDOJHVWDQWHVODFWDQWHVHFRP¿OKRVH¿OKDVYLVDQGRDRIRUQHFLPHQWRGH
DOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHOSDUDHVVDVSHVVRDVHPFRQYHUJrQFLDFRP
as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira.
3DUD PDLV LQIRUPDo}HV VREUH HVWH WHPD SURFXUH D 'HIHQVRULD 3~EOLFD GH VXD
FLGDGHRXD3URPRWRULDGH-XVWLoDUHVSRQViYHOSHODVH[HFXo}HVFULPLQDLV
Direito à creche
6HJXQGR D &/7 WRGR HVWDEHOHFLPHQWR TXH HPSUHJXH PDLV GH PXOKHUHV
FRP PDLV GH DQRV GHYH WHU XP ORFDO DSURSULDGR SDUD TXH VHXV ¿OKRV
SHUPDQHoDPGXUDQWHRSHUtRGRGHDPDPHQWDomRVREYLJLOkQFLDHDVVLVWrQFLD
(VVDH[LJrQFLDSRGHVHUVXSULGDSRUPHLRGHFUHFKHVPDQWLGDVGLUHWDPHQWH
RXPHGLDQWHFRQYrQLRVFRPRXWUDVHQWLGDGHVS~EOLFDVRXSULYDGDVFRPR6HVL
Sesc e LBA, ou de entidades sindicais. Caso a empresa não possa atender
HVVDH[LJrQFLDGHYHUiSDJDURDX[tOLRFUHFKH
215
6HDHPSUHVDHPTXHYRFrWUDEDOKDVHHQFDL[DQRSHU¿OGHVFULWRDQWHULRUPHQWHH
QmRRIHUHFHDFUHFKHRXDX[tOLRFUHFKHHQWUHHPFRQWDWRFRPR0LQLVWpULR3~EOLFR
GHVXDFLGDGH/iYRFrVHUiRULHQWDGDVREUHRVVHXVGLUHLWRVHVHUiHQFDPLQKDGD
SDUD D LQVWLWXLomR RX yUJmR UHVSRQViYHO SHOD JDUDQWLD GRV GLUHLWRV YLRODGRV
Dependendo da estrutura de sua cidade, essas instituições e órgãos podem estar
OLJDGRVDR0LQLVWpULRGR7UDEDOKR6HFUHWDULDVGH$VVLVWrQFLDH6D~GH6HFUHWDULD
GH(GXFDomR2UGHPGRV$GYRJDGRV'HIHQVRULD3~EOLFD3URPRWRULDGD,QIkQFLD
e Juventude, entre outros.
Alimentação na escola
$ OHJLVODomR EUDVLOHLUD WDPEpP SUHYr D DOLPHQWDomR DGHTXDGD H VDXGiYHO GDV

crianças no ambiente escolar por meio do Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE)QRVWHUPRVGD/HLQGH
O PNAE oferece alimentação escolar e ações de educação alimentar e

QXWULFLRQDODHVWXGDQWHVGHWRGDVDVHWDSDVGDHGXFDomREiVLFDS~EOLFD
216
2VFDUGiSLRVGDDOLPHQWDomRHVFRODUGHYHPVHUHODERUDGRVSRUQXWULFLRQLVWDVH
GHYHPFRQWHUDOLPHQWRVYDULDGRVVHJXURVTXHUHVSHLWHPDFXOWXUDWUDGLo}HVH
KiELWRVDOLPHQWDUHVVDXGiYHLVGHDOXQDVHDOXQRVDWHQGHQGRjVQHFHVVLGDGHV
QXWULFLRQDLV FRQIRUPH IDL[D HWiULD H HVWDGR GH VD~GH 2V DOLPHQWRV GHYHP
preferencialmente, ser produzidos em âmbito local, pela agricultura familiar e
SHORVSURGXWRUHVIDPLOLDUHVUXUDLV$OpPGLVVRR31$(UHVWULQJHDDTXLVLomRH
oferta de alimentos ultraprocessados.
6H D HVFROD S~EOLFD GR VHX ¿OKR QmR FXPSUH D OHL GR 3URJUDPD 1DFLRQDO GH
$OLPHQWDomR(VFRODUHQWUHFRPFRQWDWRFRPR0LQLVWpULR3~EOLFR3URPRWRUGH
-XVWLoD GH VXD FLGDGH /i YRFr VHUi RULHQWDGR VREUH RV VHXV GLUHLWRV H VHUi
HQFDPLQKDGRSDUDDLQVWLWXLomRRXyUJmRUHVSRQViYHOSHODJDUDQWLDGRVGLUHLWRV
SRGHPHVWDUOLJDGRVj6HFUHWDULDGH(GXFDomR6HFUHWDULDGH$VVLVWrQFLDH6D~GH
2UGHPGRV$GYRJDGRV'HIHQVRULD3~EOLFD3URPRWRULDGD,QIkQFLDH-XYHQWXGH
entre outros.
Mulheres infectadas pelo HIV
0XOKHUHVLQIHFWDGDVSHOR+,9QmRGHYHPDPDPHQWDUVHXV¿OKRVSDUDHYLWDUD
transmissão do vírus pelo leite materno. Considerando isso, o governo federal
EUDVLOHLURJDUDQWHDHVVDVPXOKHUHVRUHFHELPHQWRGDIyUPXODLQIDQWLODWpTXH
a criança complete 6 meses de idade, conforme a Portaria de Consolidação
GR 686 Q GH 6H YRFr HVWi QD VLWXDomR GHVFULWD EXVTXH
LQIRUPDo}HVQDVHFUHWDULDGHVD~GHGDVXDFLGDGH
&DVRYRFrWHQKDRYtUXV+,9HQmRWHQKDFRQVHJXLGRUHFHEHUIyUPXODLQIDQWLO
SDUDVHX¿OKRPHQRUGHPHVHVGHLGDGHHQWUHHPFRQWDWRFRPR0LQLVWpULR
3~EOLFRGHVXDFLGDGH/iYRFrVHUiRULHQWDGDVREUHRVVHXVGLUHLWRVHVHUi
violados. Dependendo da estrutura de sua cidade, essas instituições e órgãos podem
HVWDUOLJDGRVjV6HFUHWDULDVGH$VVLVWrQFLD6RFLDOH6D~GH2UGHPGRV$GYRJDGRV
'HIHQVRULD3~EOLFD3URPRWRULDGD,QIkQFLDH-XYHQWXGHHQWUHRXWURV
217
Propaganda e comercialização de alimentos para crianças
$VPHQVDJHQVGDVSURSDJDQGDVGHDOLPHQWRVSRGHPLQÀXHQFLDUDVHVFROKDV
dos alimentos pela criança e pela família. O Código Brasileiro de Defesa do
&RQVXPLGRU SURtEH SURSDJDQGD DEXVLYD TXH VH DSURYHLWD GD LPDWXULGDGH GH
HVFROKDGDFULDQoDSDUDDSURPRomRGHVHXVSURGXWRVVHMDDWUDYpVGHFRPHUFLDLV
DXGLRYLVXDLVHPEDODJHQVLQWHUQHWRXSURPRo}HVTXHVHMDPYROWDGRVGLUHWDPHQWH
jVFULDQoDV&RQVLGHUDWDPEpPFRPRDEXVLYDTXDOTXHUFRPXQLFDomRQRLQWHULRU
GHFUHFKHVHHVFRODVGHHGXFDomRLQIDQWLOHIXQGDPHQWDO
3DUDSURWHJHUEHErVFULDQoDVDWpDQRVGHLGDGHHVXDVIDPtOLDVIRLDSURYDGDD
legislação da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes
H&ULDQoDVGH3ULPHLUD,QIkQFLD%LFRV&KXSHWDVH0DPDGHLUDVFRQKHFLGDFRPR
1%&$//HLQGHUHJXODPHQWDGDSHOR'HFUHWRQGH
&RPRLQWXLWRGHUHJXODPHQWDUDSURPRomRFRPHUFLDODURWXODJHP
H GHPDLV SUiWLFDV GH FRPHUFLDOL]DomR GH DOLPHQWRV H SURGXWRV FRPR OHLWHV
SDSLQKDVELFRVFKXSHWDVHPDPDGHLUDVD1%&$/EXVFDUHGX]LUDLQWHUIHUrQFLD
GDSXEOLFLGDGHGHVVHVSURGXWRVQDSUiWLFDGRDOHLWDPHQWRPDWHUQR
(VVDOHJLVODomRSURtEHH[SRVLo}HVHVSHFLDLVGHSURGXWRVHPHVWDEHOHFLPHQWRV
FRPHUFLDLV IDUPiFLDV VXSHUPHUFDGRV PHUFHDULDV DVVLP FRPR DOHUWDV
GH UHGXomR GH SUHoR EULQGHV H YHQGDV YLQFXODGDV HQWUH RXWUDV SUiWLFDV
GH LQGXomR GH YHQGDV GH IyUPXODV LQIDQWLV PDPDGHLUDV ELFRV FKXSHWDV H
SURWHWRUHVGHPDPLOR$OpPGLVVRGHYHKDYHUIUDVHVTXHDOHUWHPPmHVSDLV
SUR¿VVLRQDLVGHVD~GHHGHPDLVFXLGDGRUHVVREUHRVULVFRVGDFRPHUFLDOL]DomR
HXVRGHVVHVSURGXWRVeH[SUHVVDPHQWHSURLELGRID]HUSURSDJDQGDGHVVHV
SURGXWRVHPPHLRVGHFRPXQLFDomRGHPDVVDFRPRWHOHYLVmRUiGLRUHYLVWDV
SiJLQDVHOHWU{QLFDVQDLQWHUQHWHoutdoors, entre outros.
Quanto à rotulagem dos produtos, a NBCAL proíbe embalagens com fotos de

FULDQoDVGHVHQKRVRX¿JXUDVKXPDQL]DGDVTXHOHPEUHPEHErVH[SUHVV}HV
TXHLGHQWL¿TXHPRSURGXWRFRPRPDLVDGHTXDGRjDOLPHQWDomRLQIDQWLO³EDE\´
³NLGV´³LGHDOSDUDREHErÍUDVHVFRPRLQWXLWRGHVXJHULUIRUWHVHPHOKDQoD
GR SURGXWR FRP R OHLWH PDWHUQR ³OHLWH KXPDQL]DGR´ ³OHLWH PDWHUQL]DGR´ RX
FRORTXHPHPG~YLGDDFDSDFLGDGHGDVPmHVGHDPDPHQWDUVHXV¿OKRV³VH
218
VHX OHLWH QmR IRU VX¿FLHQWH´ 2 UyWXOR GRV SURGXWRV GHYH WUD]HU GH IRUPD
EHPYLVtYHODLGDGHDSDUWLUGDTXDOHOHVSRGHUmRVHUFRQVXPLGRV
$ VRFLHGDGH WHP XP SDSHO PXLWR LPSRUWDQWH GH GHQXQFLDU TXDQGR SHUFHEHU
TXH HVVD OHL HVWi VHQGR GHVUHVSHLWDGD e PXLWR FRPXP YHU IDUPiFLDV
supermercados e lojas de departamento descumprindo a legislação. Observe,
nesses locais, os rótulos dos produtos, a presença de elementos do universo
LQIDQWLOHDH[LVWrQFLDGHYHQGDGHDOLPHQWRVFRPEULQTXHGRV
Em casos de violação da legislação acima, denuncie aos órgãos de defesa do

FRQVXPLGRUYLJLOkQFLDVVDQLWiULDVORFDLVHDR0LQLVWpULR3~EOLFR3URPRWRUGH
-XVWLoDGHVXDFLGDGH
2VyUJmRVTXHUHFHEHPGHQ~QFLDVTXHL[DVHVXJHVW}HVRXRXWUDVPDQLIHVWDo}HV
sempre respeitam a privacidade do cidadão e o sigilo da informação.
219
220
DOZE PASSOS PARA

UMA ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL
&RQ¿UDDTXLRULHQWDo}HVUHVXPLGDVSDUDDPDPHQWDU
e alimentar adequadamente a criança, com dicas que
abrangem também toda a família.
01
AMAMENTAR ATÉ 2 ANOS OU MAIS,
OFERECENDO SOMENTE O LEITE
MATERNO ATÉ 6 MESES
O leite materno é muito importante para a

FULDQoD DWp DQRV RX PDLV VHQGR R ~QLFR
DOLPHQWR TXH D FULDQoD GHYH UHFHEHU DWp
PHVHV VHP QHFHVVLGDGH GH iJXD FKi
RX TXDOTXHU RXWUR DOLPHQWR &RPHoDU D
amamentação logo após o nascimento, na
SULPHLUD KRUD GH YLGD WUD] EHQHItFLRV SDUD
a criança e para a mãe. A composição
GR OHLWH PDWHUQR p ~QLFD SHUVRQDOL]DGD H
atende às necessidades nutricionais da
criança conforme sua idade, protege contra
doenças na infância e na vida adulta, ajuda
o desenvolvimento do cérebro e fortalece o
YtQFXORHQWUHPmHHFULDQoD$H[LVWrQFLDGH
XPDUHGHGHDSRLRjPmHTXHDPDPHQWDp
importante para o sucesso da amamentação.
221
02
OFERECER ALIMENTOS IN NATURA OU MINIMAMENTE
PROCESSADOS, ALÉM DO LEITE MATERNO,
A PARTIR DOS 6 MESES
O consumo de outros alimentos além do leite materno passa a ser

QHFHVViULRSDUDRSOHQRFUHVFLPHQWRHGHVHQYROYLPHQWRGDFULDQoD
a partir dos 6 meses. A alimentação da criança deve ser composta
por comida de verdade, isto é, refeições feitas com alimentos in
natura RX PLQLPDPHQWH SURFHVVDGRV GH GLIHUHQWHV JUXSRV SRU
H[HPSOR IHLM}HV FHUHDLV UDt]HV H WXEpUFXORV IUXWDV OHJXPHV
H YHUGXUDV FDUQHV 2 Q~PHUR GH UHIHLo}HV DR ORQJR GR GLD H D
TXDQWLGDGH GH DOLPHQWRV RIHUHFLGRV GHYHP DXPHQWDU FRQIRUPH D
criança cresce para suprir suas necessidades. Ao completar 1 ano a
FULDQoDMiGHYHHVWDUID]HQGRDVSULQFLSDLVUHIHLo}HVFRPDFRPLGD
GDIDPtOLDFDIpGDPDQKmDOPRoRHMDQWDUDOpPGHODQFKHVHGR
leite materno. Refeições com maior variedade de alimentos são
DV PDLV DGHTXDGDV H VDXGiYHLV SDUD D FULDQoD H WRGD D IDPtOLD
6HPSUHTXHSXGHUYDULHDRIHUWDGHDOLPHQWRVDRORQJRGRGLDHDR
longo da semana.
03
OFERECER ÁGUA PRÓPRIA PARA O CONSUMO À
CRIANÇA EM VEZ DE SUCOS, REFRIGERANTES E OUTRAS
BEBIDAS AÇUCARADAS
2DFHVVRjiJXDSRWiYHOSDUDEHEHUHSDUDSURGXomRGHUHIHLo}HVp
WDPEpPXPGLUHLWRKXPDQRÈJXDpDOLPHQWRHGHYHID]HUSDUWHGR
KiELWRDOLPHQWDUGHVGHRLQtFLRGDRIHUWDGRVRXWURVDOLPHQWRV$iJXD
pHVVHQFLDOSDUDDKLGUDWDomRGDFULDQoDHQmRGHYHVHUVXEVWLWXtGD
SRUQHQKXPOtTXLGRFRPRFKiVXFRRXiJXDGHFRFRPXLWRPHQRV
refrigerante ou outras bebidas ultraprocessadas. Habituar a criança
DLQJHULUHVVDVEHELGDVDoXFDUDGDVDXPHQWDDFKDQFHGHDFULDQoD
DSUHVHQWDUH[FHVVRGHSHVRHFiULHGHQWiULDDOpPGHGHVHVWLPXODU
RFRQVXPRGHiJXD2IHUHoDIUHTXHQWHPHQWHiJXDSDUDDFULDQoD
entre as refeições, mesmo sem ela pedir.
222
04
OFERECER A COMIDA AMASSADA QUANDO A CRIANÇA
COMEÇAR A COMER OUTROS ALIMENTOS ALÉM DO
LEITE MATERNO
$ FRPLGD FRP FRQVLVWrQFLD DGHTXDGD j FULDQoD FRQWULEXL SDUD

seu desenvolvimento, além de conter, em geral, mais energia e
QXWULHQWHVGRTXHUHIHLo}HVPDLVOtTXLGDV$PDVWLJDomRHVWLPXOD
o desenvolvimento da face e dos ossos da cabeça. Desde o início
RDOLPHQWRGHYHVHUHVSHVVRRVX¿FLHQWHSDUDQmR³HVFRUUHU´GD
FROKHU 1R LQtFLR DPDVVDU RV DOLPHQWRV DSHQDV FRP R JDUIR H
picar bem os alimentos mais duros, como carnes, é o bastante.
3DUDGHL[DUQDFRQVLVWrQFLDDGHTXDGDQmREDWDQROLTXLGL¿FDGRU
e nem peneire os alimentos. Nos meses seguintes, amasse cada
YH] PHQRV H FRPHFH D RIHUHFrORV HP SHGDoRV SHTXHQRV GH
IRUPDTXHJUDGDWLYDPHQWHDFULDQoDSDVVHDFRPHURVDOLPHQWRV
FRPDPHVPDFRQVLVWrQFLDGDIDPtOLD
05
NÃO OFERECER AÇÚCAR NEM PREPARAÇÕES
OU PRODUTOS QUE CONTENHAM AÇÚCAR À CRIANÇA
ATÉ 2 ANOS DE IDADE
2FRQVXPRGHDo~FDUQmRpQHFHVViULRHFDXVDGDQRVjVD~GH
FRPRFiULHVREHVLGDGHDLQGDQDLQIkQFLDHQDYLGDDGXOWDSRGH
levar a doenças crônicas, como diabetes. Além disso, acostumar
DFULDQoDGHVGHFHGRDRVDERUH[FHVVLYDPHQWHGRFHSRGHFDXVDU
GL¿FXOGDGHGHDFHLWDomRGRVDOLPHQWRVin natura ou minimamente
processados. Não inclua na alimentação da criança nem mel,
QHP Do~FDU GH TXDOTXHU WLSR PDVFDYR GHPHUDUD FULVWDO RX
UH¿QDGR>³EUDQFR´@UDSDGXUDPHODoRQHPRIHUHoDSUHSDUDo}HV
RXSURGXWRVSURQWRVTXHFRQWHQKDPDOJXPGHVVHVLQJUHGLHQWHV
FRPRELVFRLWRVERORVLRJXUWHVHQWUHRXWURV2VDGRoDQWHVHP
SyRXOtTXLGRWDPEpPQmRGHYHPVHUXVDGRVQDDOLPHQWDomRGD
FULDQoDDWpDQRVSRLVVmRDOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRVHFRQWrP
VXEVWkQFLDVTXtPLFDVQmRDGHTXDGDVDHVVDIDVHGDYLGD
223
06
NÃO OFERECER ALIMENTOS
ULTRAPROCESSADOS
PARA A CRIANÇA
Esses alimentos, geralmente, são pobres em nutrientes e

SRGHP FRQWHU PXLWR VDO JRUGXUD H Do~FDU DOpP GH DGLWLYRV
como adoçantes, corantes e conservantes. O consumo desses
DOLPHQWRV SRGH OHYDU D SUREOHPDV FRPR KLSHUWHQVmR GRHQoDV
GR FRUDomR GLDEHWHV REHVLGDGH FiULHV H FkQFHU$OpP GLVVR
esses alimentos também geram impactos no meio ambiente,
WDQWR QR VHX SURFHVVR GH IDEULFDomR QDV LQG~VWULDV FRPR QD
JHUDomR GH OL[R GDV HPEDODJHQV H QD FXOWXUD DOLPHQWDU SRU
UHVWULQJLU DV SUiWLFDV DOLPHQWDUHV GDV IDPtOLDV 2V DOLPHQWRV
ultraprocessados são vendidos em embalagens atrativas sendo
comum encontrar, na lista de ingredientes do rótulo, itens pouco
FRQKHFLGRVPXLWRVGHOHVFRPQRPHVHVWUDQKRVHTXHQmRVmR
XWLOL]DGRVQDFR]LQKDGHFDVD)LTXHDWHQWRSRLVDOJXQVDOLPHQWRV
XOWUDSURFHVVDGRVVmRYLVWRVFRPRDOLPHQWRVLQIDQWLVHVDXGiYHLV
VHQGRIUHTXHQWHPHQWHRIHUHFLGRVjVFULDQoDV
07
COZINHAR A MESMA COMIDA
PARA A CRIANÇA E PARA
A FAMÍLIA
$FKHJDGDGHXPDFULDQoDpDFKDQFHGHPHOKRUDUDDOLPHQWDomR
de toda a família. Preparar a mesma comida para todos, com
alimentos in naturaRXPLQLPDPHQWHSURFHVVDGRVVHPH[FHVVR
GHJRUGXUDVDOHFRQGLPHQWRVDJLOL]DRGLDDGLDQDFR]LQKDHp
XPDRSRUWXQLGDGHGHRIHUHFHUDOLPHQWDomRDGHTXDGDHVDXGiYHO
à família e à criança. Planejar a alimentação da semana, organizar
DVFRPSUDVSDUDWHURVDOLPHQWRVHPFDVDHFR]LQKDUHPPDLRU
TXDQWLGDGH SDUD FRQJHODU XPD SDUWH SDUD FRQVXPLU HPRXWURV
GLDVVmRHVWUDWpJLDVTXHIDFLOLWDPRFR]LQKDUHJDUDQWHPFRPLGD
de verdade todos os dias e em todas as refeições.
224
08
ZELAR PARA QUE A HORA DA ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA
SEJA UM MOMENTO DE EXPERIÊNCIAS POSITIVAS,
APRENDIZADO E AFETO JUNTO DA FAMÍLIA
eIXQGDPHQWDOTXHWRGDIDPtOLDYDORUL]HRPRPHQWRGDDOLPHQWDomR
&RPHU MXQWRV DMXGD D FULDQoD D VH LQWHUHVVDU HP H[SHULPHQWDU
novos alimentos e torna as refeições mais prazerosas. O ambiente
DFROKHGRUWUDQTXLORHDERDUHODomRHQWUHDFULDQoDHDVSHVVRDV
TXHFXLGDPGHODSRGHPLQÀXHQFLDUGHIRUPDSRVLWLYDQDDFHLWDomR
GRVDOLPHQWRVHSUHSDUDo}HV6HHODSHUFHEHTXHDIDPtOLDJRVWD
GH FRPHU DOLPHQWRV VDXGiYHLV ¿FDUi HVWLPXODGD D DFHLWiORV
$OpP GLVVR FRPHU HP IDPtOLD p XP DWR FXOWXUDO TXH FRQWULEXL
SDUDRFRQVXPRGHDOLPHQWRVHSUHSDUDo}HVOLJDGRVjKLVWyULDGD
família, preservando e transmitindo tradições em torno da comida.
3URSLFLHPRPHQWRVGHFRPSDUWLOKDPHQWRGDUHIHLomRHPIDPtOLDTXH
envolvam a criança.
09
PRESTAR ATENÇÃO AOS SINAIS DE FOME
E SACIEDADE DA CRIANÇA E CONVERSAR
COM ELA DURANTE A REFEIÇÃO
$ FULDQoD GHVGH FHGR p FDSD] GH FRPXQLFDU TXDQGR TXHU VH

DOLPHQWDURXTXDQGRMiHVWiVDWLVIHLWD2VVLQDLVGHIRPHHVDFLHGDGH
GHYHPVHUUHFRQKHFLGRVHUHVSRQGLGRVGHIRUPDDWLYDHFDULQKRVD
$OLPHQWDU D FULDQoD p XP SURFHVVR TXH GHPDQGD SDFLrQFLD H
WHPSR(VWLPXOHDFULDQoDDFRPHUPDVVHPIRUoiODQHPPHVPR
TXDQGR HOD HVWLYHU GRHQWH $OpP GD FRPLGD TXH YDL QR SUDWR R
modo como ela é dada à criança também é importante para o seu
GHVHQYROYLPHQWR &RQYHUVH FRP HOD H D HVWLPXOH D FRQKHFHU RV
alimentos. Evite distrações como televisão, celular, computador ou
tablet, pois podem dispersar a criança, tirando o foco do alimento. O
SUD]HUGDDOLPHQWDomRHVWiQRVVDERUHVDURPDVHQDIRUPDFRPR
a comida é oferecida.
225
10
CUIDAR DA HIGIENE EM TODAS AS ETAPAS
DA ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA
E DA FAMÍLIA
&XLGDGRV FRP D KLJLHQH GH TXHP ID] D FRPLGD GD FR]LQKD H

dos alimentos previnem doenças na criança e na família. Lave
DVPmRVVHPSUHTXHIRUFR]LQKDUHDOLPHQWDUDFULDQoDGHSRLV
GHXVDUREDQKHLURGHWURFDUDIUDOGDHGHUHDOL]DURXWUDVWDUHIDV
no cuidado da casa. Quando a criança for comer, também lave
DVPmRVGHOD$KLJLHQHQDFR]LQKDHQYROYHDTXDOLGDGHGDiJXD
D OLPSH]D GH XWHQVtOLRV H VXSHUItFLHV 'HL[H GH PROKR QD iJXD
FRP FORUR DOLPHQWRV TXH VmR FRQVXPLGRV FUXV H FRP FDVFD
FRPRIUXWDVHYHUGXUDV/HPEUHVHGHODYDUFRPiJXD¿OWUDGDRX
IHUYLGDDSyVRPROKR/RJRDSyVRXVROLPSHEHPRVXWHQVtOLRV
TXHHQWUDUDPHPFRQWDWRFRPFDUQHVFUXDV&R]LQKHDVFDUQHV
DWp TXH QmR WHQKD SDUWHV FUXDV$SyV DV UHIHLo}HV JXDUGH QD
JHODGHLUDRTXHVREURXQDVSDQHODV
11
OFERECER À CRIANÇA ALIMENTAÇÃO
ADEQUADA E SAUDÁVEL TAMBÉM
FORA DE CASA
e SRVVtYHO PDQWHU D DOLPHQWDomR VDXGiYHO IRUD GH FDVD (P

SDVVHLRV IHVWDV H TXDQGR IRU jV FRQVXOWDV FRP D HTXLSH GH
VD~GH FRQWLQXH RIHUWDQGR RV DOLPHQWRV TXH D FULDQoD FRPH
em casa, pois muitos dos alimentos in natura ou minimamente
SURFHVVDGRVFRPRIUXWDVHOHJXPHVFUXVIUXWDVVHFDVSRGHP
¿FDUHPWHPSHUDWXUDDPELHQWHSRUDOJXPWHPSR0HVPRRDOPRoR
HRMDQWDUSRGHPVHUOHYDGRVHPUHFLSLHQWHVWpUPLFRV,QIRUPH
VH VREUH RV DOLPHQWRV RIHUWDGRV HP FUHFKHV H RXWURV HVSDoRV
GHFXLGDGRGDFULDQoDHFRQYHUVHDUHVSHLWRGDSUiWLFDGHXPD
DOLPHQWDomR DGHTXDGD H VDXGiYHO FRP DV SHVVRDV HQYROYLGDV
nesse cuidado.
226
12
PROTEGER A CRIANÇA
DA PUBLICIDADE DE
ALIMENTOS
$ FULDQoD FRQIXQGH IDFLOPHQWH D UHDOLGDGH FRP D ¿FomR GRV

SURJUDPDV WHOHYLVLYRV H GD SXEOLFLGDGH SRUTXH HOD QmR WHP
desenvolvida a capacidade de julgamento e decisão. É crucial
TXH HOD VHMD SURWHJLGD HYLWDQGR DR Pi[LPR D VXD H[SRVLomR
j SXEOLFLGDGH (OD HVWi SUHVHQWH QRV SURJUDPDV GH 79 H
nas propagandas nos seus intervalos, na internet, em jogos
eletrônicos, entre outros. É um dever de todos proteger a criança
da publicidade de alimentos. Crianças menores de 2 anos não
devem utilizar televisão, celular, computador e tablet.
227
228
PARA SABER MAIS
1HVWDVHomRYRFrHQFRQWUDVXJHVW}HVGHOHLWXUDVDGLFLRQDLVTXHDSURIXQGDP
os temas abordados e discutidos em cada um dos capítulos do Guia Alimentar
para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos.
O GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS BRASILEIRAS MENORES DE

2 ANOS COMO INSTRUMENTO PARA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL
BORTOLINI, Gisele Ane et al. Consumo precoce de leite de vaca entre crianças
EUDVLOHLUDVUHVXOWDGRVGHXPDSHVTXLVDQDFLRQDOJ. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre,
Y Q S GH] 'LVSRQtYHO HP KWWSZZZVFLHOREUVFLHOR
SKS"VFULSW VFLBDUWWH[W SLG 6 OQJ HQ QUP LVR!
$FHVVRHPQRY'2,KWWSG[GRLRUJMMSHG!
Esse estudo apresenta o tipo de leite ingerido por crianças brasileiras

PHQRUHVGHPHVHVHDSRQWDTXHDPDLRUSDUWHGHODVUHFHEHXOHLWHGH
vaca em substituição ao leite materno.
%2572/,1, *LVHOH $QH HW DO 6RFLDO LQHTXDOLWLHV LQÀXHQFH WKH TXDOLW\ DQG
GLYHUVLW\ RI GLHW LQ %UD]LOLDQ FKLOGUHQ WR PRQWKV RI DJH Cad. Saúde
Pública5LRGH-DQHLURYQSQRY'LVSRQtYHOHP
KWWSZZZVFLHOREUVFLHORSKS"VFULSW VFLBDUWWH[W SLG 6;
OQJ HQ QUP LVR!$FHVVR HP QRY '2, KWWSG[GRL
RUJ;!
(VVH HVWXGR DYDOLRX DV SUiWLFDV DOLPHQWDUHV GH FULDQoDV EUDVLOHLUDV H

RVIDWRUHVDVVRFLDGRVjTXDOLGDGHHjGLYHUVLGDGHGDGLHWDHDSRQWDTXH
crianças pertencentes às classes socioeconômicas menos privilegiadas
e residentes em domicílio em situação de insegurança alimentar grave
DSUHVHQWDUDPPHQRVFKDQFHVGHWHUGLHWDGHDOWDTXDOLGDGH
229
%2572/,1, *LVHOH $QH *8%(57 0XULHO %DXHUPDQQ 6$1726 /HRQRU

0DULD 3DFKHFR &RQVXPR DOLPHQWDU HQWUH FULDQoDV EUDVLOHLUDV FRP LGDGH
de 6 a 59 meses. Cad. Saúde Pública5LRGH-DQHLURYQS
VHW 'LVSRQtYHO HP KWWSZZZVFLHOREUVFLHORSKS"VFULSW VFLB
DUWWH[W SLG 6; OQJ HV QUP LVR! $FHVVR HP
QRY'2,KWWSG[GRLRUJ6;!
O objetivo de estudo foi avaliar a alimentação de crianças brasileiras de

DPHVHVGHLGDGHSRUUHJLmRH]RQDGHUHVLGrQFLD6HXVUHVXOWDGRV
DSRQWDPSDUDXPEDL[RFRQVXPRGLiULRGHYHUGXUDVOHJXPHVFDUQHVH
HOHYDGRFRQVXPRGHUHIULJHUDQWHVDOLPHQWRVIULWRVVDOJDGLQKRVHGRFHV
Crianças da zona rural apresentaram menor consumo dos alimentos
recomendados para a idade e, também, dos não recomendados,
TXDQGRFRPSDUDGDVjVFULDQoDVGD]RQDXUEDQD2FRQVXPRDOLPHQWDU
HYLGHQFLDGR QHVWH HVWXGR QmR HVWi GH DFRUGR FRP UHFRPHQGDo}HV GH
DOLPHQWDomRVDXGiYHOSDUDFULDQoDV
%5$6,/0LQLVWpULRGD6D~GH,1&$Posicionamento do Instituto Nacional

de Câncer José Alencar Gomes da Silva acerca dos agrotóxicos.
2015. 'LVSRQtYHO HP KWWSZZZLQFDJRYEULQFD$UTXLYRVFRPXQLFDFDR
SRVLFLRQDPHQWRBGRBLQFDBVREUHBRVBDJURWR[LFRVBBDEUBSGI! $FHVVR
em: 25 nov. 2018.
O objetivo desse documento é demarcar o posicionamento do INCA a

UHVSHLWRGRVDJURWy[LFRVQR%UDVLOUHVVDOWDQGRVHXVULVFRV
&$6752,55HWDO$TXHVWmRDOLPHQWDUQDVSROLWLFDVS~EOLFDVFHQiULRDWXDO
GHVD¿RVHSHUVSHFWLYDV,Q',(=*$5&,$5:&(59$720$1&862$
02UJMudanças Alimentares e Educação Alimentar e Nutricional. 2.
HG6mR3DXOR*XDQDEDUD.RRJDQYS
(VVH FDStWXOR GR OLYUR DERUGD D FRPSOH[LGDGH GR VLVWHPD DOLPHQWDU

VXDLQÀXrQFLDQDYLGDGDVSHVVRDVHVXDLQWHUUHODomRFRPDVSROtWLFDV
S~EOLFDVDVGLIHUHQWHVGLPHQV}HVGDDOLPHQWDomRRFRQFHLWRGHSROtWLFDV
230
S~EOLFDV H DV SROtWLFDV GH DOLPHQWDomR H QXWULomR YLJHQWHV QR SDtV

Apresenta iniciativas recentes de abordagem da alimentação e nutrição
QRkPELWRGDVSROtWLFDV$SRQWDTXHDSHVDUGRVDYDQoRVDLQGDH[LVWH
DQHFHVVLGDGHGHDPSOLDomRHFRQVROLGDomRGHYiULDVSROtWLFDVS~EOLFDV
e de sua transformação de políticas de governo em políticas de Estado,
formuladas com participação social.
25*$1,=$d2 3$1$0(5,&$1$ '$ 6$Ò'( Sistemas alimentares

e nutrição D H[SHULrQFLD EUDVLOHLUD SDUD HQIUHQWDU WRGDV DV IRUPDV GH
Pi QXWULomR %UDVtOLD 'LVSRQtYHO HP KWWSLULVSDKRRUJ[P/XL
KDQGOH!$FHVVRHPQRY
Essa publicação documenta um conjunto de políticas, programas e ações

GHVHQYROYLGDVSHOR%UDVLOQRV~OWLPRVDQRVTXHWrPFRQWULEXtGRSRVLWLYDPHQWH
para as relações entre os sistemas alimentares e a nutrição.
REDE VIRTUAL IDEIAS NA MESA. Educação Alimentar e Nutricional: uma

HVWUDWpJLD SDUD D SURPRomR GR 'LUHLWR +XPDQR j $OLPHQWDomR $GHTXDGD
%UDVtOLD 'LVSRQtYHO HP KWWSVLGHLDVQDPHVDXQEEUXSORDG
PLGLD$SRVWLODBFXUVRB'+$$BHB($1SGI!$FHVVRHPMXO
(VVHWH[WRDSUHVHQWDRVFRQFHLWRVGH'LUHLWRV+XPDQRV'LUHLWR+XPDQR
j$OLPHQWDomR$GHTXDGDH6DXGiYHOHDSRQWDFRPRHVWiDDOLPHQWDomR
QXWULomR H VD~GH GRV EUDVLOHLURV 7UDWD WDPEpP GH FRPR VH Gi D
H[LJLELOLGDGH GRV 'LUHLWRV +XPDQRV QDV LQVWLWXLo}HV S~EOLFDV H R SDSHO
da educação alimentar e nutricional como estratégia para fortalecer o
empoderamento e a autonomia das famílias
5,%(,52+-$,0(39(1785$'$OLPHQWDomRHVXVWHQWDELOLGDGHEstud.
av.,6mR3DXORYQS$SU'LVSRQtYHOHPKWWSZZZ
VFLHOREUVFLHORSKS"VFULSW VFLBDUWWH[W SLG 6 OQ
J HQ QUP LVR! $FHVVR HP QRY '2, KWWSG[GRLRUJ
V!
231
(VVH HQVDLR WHP FRPR REMHWLYR DSUHVHQWDU XPD UHÀH[mR VREUH DV
TXHVW}HVTXHHQYROYHPDDOLPHQWDomRVREDyWLFDGDVXVWHQWDELOLGDGH
abordando a produção de alimentos no campo, com crescente uso de
SURGXWRVTXtPLFRVHDDPSOLDomRGHiUHDVSDUDSURGXomRDJURSHFXiULD
Discute ainda a relação entre o ambiente alimentar urbano e o aumento
GRH[FHVVRGHSHVRHDSHUVLVWrQFLDGHSRSXODo}HVPDODOLPHQWDGDV
PRINCÍPIOS
%5$6,/ /HL Q GH GH PDUoR GH 'LVS}H VREUH DV SROtWLFDV
S~EOLFDV SDUD D SULPHLUD LQIkQFLD H DOWHUD D /HL QR GH GH MXOKR GH
(VWDWXWR GD &ULDQoD H GR$GROHVFHQWH R 'HFUHWR/HL QR GH
GH RXWXEUR GH &yGLJR GH 3URFHVVR 3HQDO D &RQVROLGDomR GDV /HLV
GR 7UDEDOKR &/7 DSURYDGD SHOR 'HFUHWR/HL QR GH R GH PDLR GH
1943, a Lei no 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a Lei no 12.662, de 5 de
MXQKRGH'LiULR2¿FLDOGD8QLmR3RGHU([HFXWLYR%UDVtOLD')
'LVSRQtYHOHPKWWSZZZSODQDOWRJRYEUFFLYLOBB$WR/HL
/KWP!$FHVVRHPQRY
Essa lei estabelece princípios e diretrizes para a formulação e a

LPSOHPHQWDomRGHSROtWLFDVS~EOLFDVSDUDDSULPHLUDLQIkQFLDWHQGRFRPR
prioridade absoluta assegurar os direitos da criança, visando garantir
VHX GHVHQYROYLPHQWR LQWHJUDO 1R VHX DUWLJR DSUHVHQWD FRPR iUHDV
SULRULWiULDVSDUDDVSROtWLFDVS~EOLFDVDVD~GHDDOLPHQWDomRHDQXWULomR
D HGXFDomR LQIDQWLO D FRQYLYrQFLD IDPLOLDU H FRPXQLWiULD D DVVLVWrQFLD
social à família da criança, a cultura, o brincar e o lazer, o espaço e o
PHLRDPELHQWHEHPFRPRDSURWHomRFRQWUDWRGDIRUPDGHYLROrQFLDHGH
pressão consumista, a prevenção de acidentes e a adoção de medidas
TXHHYLWHPDH[SRVLomRSUHFRFHjFRPXQLFDomRPHUFDGROyJLFD
%5$6,/ /HL Q GH GH MXOKR GH 'LVS}H VREUH R (VWDWXWR GD
&ULDQoD H $GROHVFHQWH H Gi RXWUDV SURYLGrQFLDV 'LiULR 2¿FLDO GD 8QLmR,
3RGHU([HFXWLYR%UDVtOLD')MXOS'LVSRQtYHOHPKWWS
ZZZSODQDOWRJRYEUFFLYLOB/(,6/KWP!$FHVVRHPQRY
232
Essa lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Em seu

DUWLJRHVWDEHOHFHTXHpGHYHUGDIDPtOLDGDFRPXQLGDGHGDVRFLHGDGH
HPJHUDOHGRSRGHUS~EOLFRDVVHJXUDUFRPDEVROXWDSULRULGDGHDHIHWLYDomR
GRV GLUHLWRV UHIHUHQWHV j YLGD j VD~GH j DOLPHQWDomR j HGXFDomR DR
HVSRUWHDROD]HUjSUR¿VVLRQDOL]DomRjFXOWXUDjGLJQLGDGHDRUHVSHLWRj
OLEHUGDGHHjFRQYLYrQFLDIDPLOLDUHFRPXQLWiULD
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria

Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Marco de referência de
educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Brasília, 2012.
'LVSRQtYHO HP KWWSZZZPGVJRYEUZHEDUTXLYRVSXEOLFDFDRVHJXUDQFDB
DOLPHQWDUPDUFRB($1SGI!$FHVVRHPQRY
2³0DUFRGHUHIHUrQFLDGHHGXFDomRDOLPHQWDUHQXWULFLRQDO´DERUGDRV
princípios para as ações de educação alimentar e nutricional no âmbito
GDV SROtWLFDV S~EOLFDV H FRQVLGHUD D SURPRomR GR DXWRFXLGDGR H GD
DXWRQRPLD LPSRUWDQWHV SDUD TXH R LQGLYtGXR GHVHQYROYD VHQVR FUtWLFR
frente as diferentes situações e possa estabelecer estratégias e realizar
HVFROKDVDGHTXDGDVSDUDOLGDUFRPHODV
025(,5$ 6 $ $OLPHQWDomR H FRPHQVDOLGDGH DVSHFWRV KLVWyULFRV H

antropológicos. Ciência e Cultura 6mR 3DXOR Y Q S RXW
'LVSRQtYHO HP KWWSFLHQFLDHFXOWXUDEYVEUVFLHORSKS"VFULSW VFLB
DUWWH[W SLG 6!$FHVVRHPQRY
(VVH DUWLJR DERUGD D TXHVWmR GD DOLPHQWDomR H FRPHQVDOLGDGH

DSUHVHQWDQGRHVWXGRVTXHUHIRUoDPRLPSRUWDQWHSDSHOGDUHIHLomRHP
IDPtOLDHGDDOLPHQWDomRFRPRSUiWLFDVRFLDOHFXOWXUDO
6,/9$*LVHOLD$3&267$.DUOD$2*,8*/,$1,(OVD5-$OLPHQWDomR
infantil: além dos aspectos nutricionais. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, v.
QSMXQ6XSO'LVSRQtYHOHPKWWSZZZVFLHOREUVFLHOR
SKS"SLG 6 VFULSW VFLBDUWWH[W WOQJ SW! $FHVVR
em: 27 nov. 2018.
233
Esse artigo fala sobre a importância do modo de alimentar as crianças, a

LQWHUDomRHQWUHRFXLGDGRUHDFULDQoDQDKRUDGDDOLPHQWDomRHGHFRPRDV
HVWUDWpJLDVXWLOL]DGDVSHORVFXLGDGRUHVLQÀXHQFLDPQDIRUPDomRGRKiELWR
DOLPHQWDU 'HVWDFD D LPSRUWkQFLD GH RV SDLVFXLGDGRUHV VHUHP VHQVtYHLV
DRV VLQDLV GH IRPH H VDFLHGDGH GD FULDQoD H GH UHVSHLWiORV WRUQDQGR D
alimentação um momento prazeroso e sem tensões.
LEITE MATERNO: O PRIMEIRO ALIMENTO
52//,161&HWDO:K\LQYHVWDQGZKDWLWZLOOWDNHWRLPSURYHEUHDVWIHHGLQJ
practices? LancetYQS
9,&725$ & * HW DO %UHDVWIHHGLQJ LQ WKH VW FHQWXU\ HSLGHPLRORJ\
PHFKDQLVPVDQGOLIHORQJHIIHFWLancetYQS
Esses dois artigos foram publicados na série do Lancet sobre aleitamento

PDWHUQR$PERV DQDOLVDP SURIXQGDPHQWH RV EHQHItFLRV SDUD D VD~GH
HSDUDDHFRQRPLDTXHRDOHLWDPHQWRPDWHUQRSRGHWUD]HU2SULPHLUR
DUWLJRFRQ¿UPDTXHDDPDPHQWDomRGLPLQXLDSUREDELOLGDGHGHDFULDQoD
GHVHQYROYHU LQIHFo}HV REHVLGDGH GLDEHWH H PDORFOXV}HV GHQWiULDV
DOpPGHDXPHQWDURVHX4,TXRFLHQWHGHLQWHOLJrQFLDHSDUDDPXOKHU
SURWHJH FRQWUD FkQFHU GH PDPD GH RYiULR H GLDEHWHV ( R VHJXQGR
aborda os determinantes da amamentação, os efeitos das intervenções
GHSURPRomRSURWHomRHDSRLRDHVVDSUiWLFDHDTXHVWmRHFRQ{PLFD
FRQFOXLQGR TXH D DPDPHQWDomR p XPD GDV LQWHUYHQo}HV GH PDLRU
LPSDFWRHPWHUPRVGHEHQHItFLRVSDUDDFULDQoDDPXOKHUHDVRFLHGDGH
%5$6,/0LQLVWpULRGD6D~GH6HFUHWDULDGH$WHQomRj6D~GH'HSDUWDPHQWR
GH$WHQomR%iVLFDSaúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e
alimentação complementar. Brasília, 2015.
(VVD SXEOLFDomR ID] SDUWH GD VpULH &DGHUQRV GH $WHQomR %iVLFD GR
0LQLVWpULRGD6D~GH(ODVHGHVWLQDDRVSUR¿VVLRQDLVGHVD~GHGD$WHQomR
%iVLFD PDV SRGH VHU FRQVXOWDGD SRU OHLJRV SRLV p GH IiFLO OHLWXUD e
dividida em duas seções: uma dedicada ao aleitamento materno e outra
234
à alimentação complementar. A primeira aborda aspectos gerais do

DOHLWDPHQWR PDWHUQR WDLV FRPR UHFRPHQGDomR TXDQWR j VXD GXUDomR
VXDLPSRUWkQFLDSDUDDFULDQoDDPXOKHUDIDPtOLDHDVRFLHGDGHFRPRR
OHLWHpSURGX]LGRSULQFLSDLVGL¿FXOGDGHVHVHXPDQHMRHDLPSRUWkQFLDGR
VLVWHPDGHVD~GHHDSRLRVRFLDOSDUDTXHDDPDPHQWDomRVHMDSUDWLFDGD
da forma mais prazerosa possível.
%5$6,/0LQLVWpULRGD6D~GH6HFUHWDULDGH$WHQomRj6D~GH'HSDUWDPHQWRGH
'HSDUWDPHQWRGH$o}HV3URJUDPiWLFDVH(VWUDWpJLFDVÈUHD7pFQLFDGH6D~GH
da Criança e Aleitamento Materno. Amamentação e uso de medicamentos
e outras substâncias HG %UDVtOLD 'LVSRQtYHO HP KWWSEYVPV
VDXGHJRYEUEYVSXEOLFDFRHVDPDPHQWDFDRBXVRBPHGLFDPHQWRVBHGSGI!
Acesso em: 25 nov. 2018.
(VVH PDQXDO p XPD SXEOLFDomR GR 0LQLVWpULR GD 6D~GH &RQWpP

LQIRUPDo}HVEiVLFDVVREUHRXVRGHPHGLFDPHQWRVHRXWUDVVXEVWkQFLDV
— tais como drogas de vício e abuso, agentes ambientais, repelentes,
¿WRWHUiSLFRV H FRVPpWLFRV ² GXUDQWH R SHUtRGR GD DPDPHQWDomR (OH
p GHVWLQDGR DRV SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH PDV SRGH VHU FRQVXOWDGR SRU
OHLJRV &ODVVL¿FD RV PHGLFDPHQWRV H RXWUDV VXEVWkQFLDV SRU ULVFR RV
PDUFDGRV FRP XP SRQWR YHUGH VmR DTXHOHV TXH SRGHP VHU XVDGRV
GXUDQWHDDPDPHQWDomRSRUQmRKDYHUHYLGrQFLDVGHTXHSRVVDPID]HU
PDOSDUDDFULDQoDRVPDUFDGRVFRPSRQWRDPDUHORH[LJHPFDXWHODQD
SUHVFULomRH[LJLQGRDYDOLDomRULJRURVDGRVULVFRVHEHQHItFLRVHRVFRP
SRQWRYHUPHOKRVmRDTXHOHVTXHQmRSRGHPVHUFRQVXPLGRVGXUDQWHR
DOHLWDPHQWRPDWHUQRH[LJLQGRDLQWHUUXSomRSHUPDQHQWHRXWHPSRUiULD
da amamentação caso sejam imprescindíveis.
5((&(675(07$1 6 .$7+/((1 $ 0$5,1(//, . $%0 &OLQLFDO

Protocol #21: Guidelines for breastfeeding and substance use or substance
use disorder, Revised 2015. Breastfeeding MedicineYQS
'2,EIP!
235
(VVHpXPSURWRFRORGD$FDGHP\RI%UHDVWIHHGLQJ0HGLFLQHTXHWHPSRU
REMHWLYRIRUQHFHUGLUHWUL]HVHPEDVDGDVHPHYLGrQFLDVSDUDDDYDOLDomRH
RPDQHMRGHVLWXDo}HVHPTXHDPXOKHUTXHDPDPHQWD²RXSUHWHQGH
amamentar — faz uso de substâncias potencialmente nocivas para a
FULDQoDWDLVFRPRGURJDVLOtFLWDViOFRROHWDEDFR
CONHECENDO OS ALIMENTOS
%5$6,/0LQLVWpULRGD6D~GH6HFUHWDULDGH$WHQomRj6D~GH'HSDUWDPHQWR
GH $WHQomR %iVLFD Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed.
Brasília, 2014.
0217(,52&$HWDO129$$HVWUHODEULOKD&ODVVL¿FDomRGRVDOLPHQWRV
6D~GH3~EOLFDWorld NutritionYQSMDQPDU
$FODVVL¿FDomR129$GHVFUHYHRVJUXSRVGHDOLPHQWRVGHDFRUGRFRP
DH[WHQVmRHRSURSyVLWRGRVHXSURFHVVDPHQWR(ODpDGRWDGDQR*XLD
Alimentar para População Brasileira e no Guia Alimentar para Crianças
Brasileiras Menores de 2 Anos.
A CRIANÇA E A ALIMENTAÇÃO A PARTIR DOS 6 MESES
%5$6,/0LQLVWpULRGD6D~GH6HFUHWDULDGH$WHQomRj6D~GHO cuidado às
crianças em desenvolvimento: orientações para as famílias e cuidadores.
Brasília, 2017.
(VVD SXEOLFDomR DSUHVHQWD LQIRUPDo}HV LPSRUWDQWHV TXH D IDPtOLD H

FXLGDGRUHV SUHFLVDP FRQKHFHU SDUD HVWLPXODU D FULDQoD H DMXGiOD D
GHVHQYROYHUVXDVKDELOLGDGHVQRVSULPHLURVDQRVGHYLGD
GONZÁLEZ, C. 0HX¿OKRQmRFRPH São Paulo: Timo, 2012.
2 OLYUR DERUGD R SUREOHPD GD FULDQoD TXH QmR FRPH FRPXPHQWH

UHODWDGRSHORVSDLVHFXLGDGRUHVWUD]HQGRH[SOLFDo}HVVREUHRSUREOHPD
HFRQVHOKRVSDUDSUHYHQLUHUHVROYHUDVLWXDomR$LGHLDFHQWUDOGROLYURp
236
de não obrigar uma criança a comer, respeitando os sinais de fome e

saciedade, lidando com o momento da alimentação de forma amorosa
e respeitosa.
3(5(=(6&$0,//$ 5 HW DO )HHGLQJ *XLGHOLQHV IRU ,QIDQWV DQG <RXQJ
7RGGOHUVD5HVSRQVLYH3DUHQWLQJ$SSURDFKHealthy Eating Research, Feb.
([SHUW3DQHORQ%HVW3UDFWLFHVIRU3URPRWLQJ+HDOWK\1XWULWLRQ)HHGLQJ
3DWWHUQVDQG:HLJKW6WDWXVIRU,QIDQWVDQG7RGGOHUVIURP%LUWKWR0RQWKV
'LVSRQtYHOHPKWWSKHDOWK\HDWLQJUHVHDUFKRUJ!$FHVVRHPQRY
*XLDDOLPHQWDUTXHDSUHVHQWDUHFRPHQGDo}HVEDVHDGDVHPHYLGrQFLDV
VREUHDOLPHQWDomRSDUDFULDQoDVFRPRREMHWLYRGHSURPRYHUDVD~GH
SUHYHQLUGRHQoDVFU{QLFDVHDMXGDUDPDQWHUXPSHVRVDXGiYHO
3$1$0(5,&$1+($/7+25*$1,=$7,21:25/'+($/7+25*$1,=$7,21
*XLGLQJSULQFLSOHVIRUFRPSOHPHQWDU\IHHGLQJRIWKHEUHDVWIHGFKLOG'(:(<
.DWKU\QWHO Global Consultation on Complementary FeedingS
Dec. 2001.
'RFXPHQWR GD 2UJDQL]DomR 3DQDPHULFDQD GH 6D~GH 23$6 TXH

apresenta princípios para a alimentação de crianças amamentadas.
:25/'+($/7+25*$1,=$7,21Infant and young child feeding: model

FKDSWHU IRU WH[WERRNV IRU PHGLFDO VWXGHQWV DQG DOOLHG KHDOWK SURIHVVLRQDOV
Geneva, 2009.
Documento GD 2UJDQL]DomR 0XQGLDO GD 6D~GH TXH UH~QH

FRQKHFLPHQWRV HVVHQFLDLV VREUH DOLPHQWDomR GH EHErV H FULDQoDV
SHTXHQDV TXH RV SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH GHYHP DGTXLULU FRPR SDUWH
GHVXDIRUPDomREiVLFD
237
CRIANÇAS MENORES DE 6 MESES QUE NÃO ESTÃO SENDO

AMAMENTADAS EXCLUSIVAMENTE E ALIMENTAÇÃO DE CRIANÇAS NÃO
AMAMENTADAS
&$1$',$1 3$(',$75,& 62&,(7< Dietitians of Canada and Health

Canada1XWULWLRQIRU+HDOWK\7HUP,QIDQWV2WWDZD0LQLVWHURI3XEOLF:RUNV
and Government Services, 2005.
'RFXPHQWR SDUD SUR¿VVLRQDLV GH VD~GH TXH DSUHVHQWD SULQFtSLRV H

UHFRPHQGDo}HVEDVHDGDVHPHYLGrQFLDVVREUHDOLPHQWDomRGHFULDQoDV
entre 6 e 24 meses.
COZINHAR EM CASA
$*Ç1&,$1$&,21$/'(9,*,/Æ1&,$6$1,7È5,$%UDVLO81,9(56,'$'(

DE BRASÍLIA. Manual de orientação aos consumidores: educação para o
FRQVXPRVDXGiYHO%UDVtOLD
0DQXDOFRPOHJLVODo}HVTXHVHUHIHUHPjURWXODJHPGHDOLPHQWRVFRP
o objetivo de estimular a leitura e o entendimento das informações
YHLFXODGDV QRV UyWXORV GRV DOLPHQWRV FRQWULEXLQGR FRP D PHOKRULD GD
VXDVD~GHHTXDOLGDGHGHYLGD
$*Ç1&,$1$&,21$/'(9,*,/Æ1&,$6$1,7È5,$%UDVLO5HVROXomR5'&

QGHGHVHWHPEURGH'LVS}HVREUH5HJXODPHQWR7pFQLFRGH
%RDV3UiWLFDVSDUD6HUYLoRVGH$OLPHQWDomR'LiULR2¿FLDOGD8QLmR, Poder
([HFXWLYR%UDVtOLD')VHW
5HJXODPHQWR 7pFQLFR GH %RDV 3UiWLFDV SDUD 6HUYLoRV GH$OLPHQWDomR

aprovado pela ANVISA com o objetivo de aperfeiçoamento constante
GDVDo}HVGHFRQWUROHVDQLWiULRQDiUHDGHDOLPHQWRVYLVDQGRVHPSUHD
SURWHomRjVD~GHGDSRSXODomR
,167,7872'(3(648,6$(&21Ð0,&$$3/,&$'$%UDVLOUso do tempo e

gênero.2UJ1DWiOLD)RQWRXUD&ODUD$UD~MR0DULDGHOD3D]/ySH]%DUDMDVH
RXWUDV5LRGH-DQHLUR8(5-'LVSRQtYHOHPKWWSUHSRVLWRULRLSHDJRY
238
EUELWVWUHDP8VRGRWHPSRHJ&$$QHUR
SGI!$FHVVRHPQRY
(VVDSXEOLFDomRDERUGDHVWXGRVTXHWUDWDPGDVIRUPDVGHFRPSDWLELOL]DomR
GRV LQGLYtGXRV QRV WUkQVLWRV H YLYrQFLDV HQWUH DWLYLGDGHV GH WUDEDOKR
UHPXQHUDGRHGHWUDEDOKRQmRUHPXQHUDGR
MARTINS, Carla Adriano. $LQÀXrQFLDGDVKDELOLGDGHVFXOLQiULDVGRVSDLV

na alimentação de crianças em idade escolar 7HVH 'RXWRUDGR ±
)DFXOGDGHGH6D~GH3~EOLFD8QLYHUVLGDGHGH6mR3DXOR6mR3DXOR
7HVH GH GRXWRUDGR TXH REMHWLYRX HVWXGDU D LQÀXrQFLD GDV KDELOLGDGHV

FXOLQiULDVGRVSDLVRXUHVSRQViYHLVQRFRQVXPRDOLPHQWDUGHFULDQoDV
HPLGDGHHVFRODU6HXVUHVXOWDGRVLQGLFDPTXH¿OKRVGHSDLVTXHWrP
PDLRUKDELOLGDGHFXOLQiULDFRQVRPHPPHQRVDOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRV
0,//66HWDO+HDOWKDQGVRFLDOGHWHUPLQDQWVDQGRXWFRPHVRIKRPHFRRNLQJ
$V\VWHPDWLFUHYLHZRIREVHUYDWLRQDOVWXGLHVAppetiteYS
5HYLVmRVLVWHPiWLFDVREUHVD~GHHGHWHUPLQDQWHVVRFLDLVHRVUHVXOWDGRV
GH FR]LQKDU HP FDVD 2V UHVXOWDGRV PRVWUDP TXH RV GHWHUPLQDQWHV
GD FRPLGD FDVHLUD VmR PDLV FRPSOH[RV GR TXH VLPSOHVPHQWH SRVVXLU
KDELOLGDGHV FXOLQiULDV H TXH DV SRVVtYHLV DVVRFLDo}HV SRVLWLYDV HQWUH
FXOLQiULDGLHWDHVD~GHH[LJHPFRQ¿UPDomRDGLFLRQDO
OLIVEIRA, Mariana Fernandes Brito de. Autonomia culinária: desenvolvimento

GH XP QRYR FRQFHLWR I7HVH 'RXWRUDGR ,QVWLWXWR GH 1XWULomR
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
1HVVHHVWXGRpGHVHQYROYLGRRFRQFHLWRGHDXWRQRPLDFXOLQiULDTXHpD
FDSDFLGDGHGHSHQVDUGHFLGLUHDJLUSDUDFR]LQKDUUHIHLo}HVHPFDVDXVDQGR
majoritariamente alimentos in natura ou minimamente processados, sob a
LQÀXrQFLDGDVUHODo}HVLQWHUSHVVRDLVGRDPELHQWHGRVYDORUHVFXOWXUDLVGR
acesso a oportunidades e da garantia de direitos.
239
ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL: LIDANDO COM OS DESAFIOS

DO COTIDIANO
THE ECONOMIST INTELLIGENCE UNIT. Os impactos da proibição da

publicidade dirigida às crianças no Brasil. São Paulo: ALANA, ago 2017.
Estudo realizado pela Economist Intelligence Unit (,8 SDUD R ,QVWLWXWR

Alana sobre os impactos da proibição da publicidade dirigida às crianças
QR %UDVLO 'LVFXWH DV SULQFLSDLV FRQVWDWDo}HV HP WUrV iUHDV WHQGrQFLDV
internacionais da publicidade dirigida às crianças, os impactos da proibição
dessa publicidade no Brasil e a argumentação em favor de uma abordagem
ética por parte das empresas ao tomar as crianças como alvo nas suas
DWLYLGDGHV SXEOLFLWiULDV $SUHVHQWD LPSRUWDQWHV FRQVWDWDo}HV VREUH D
TXHVWmRSDUDLQIRUPDUDXWRULGDGHVHPSUHVDV¿UPDVGHSXEOLFLGDGHJUXSRV
de consumidores e organizações não governamentais sobre o tema da
restrição da publicidade dirigida às crianças.
BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento

da Educação. Folhetos Caderno de Referência para Estudantes com
Necessidades Alimentares Especiais %UDVtOLD 6pULH 31$(
QHFHVVLGDGHVDOLPHQWDUHVHVSHFLDLV
)ROKHWRVGR3URJUDPD1DFLRQDOGH$OLPHQWDomR(VFRODU31$(FRQWHQGR

RÀX[RGHDWHQGLPHQWRDR$OXQRFRP1HFHVVLGDGH$OLPHQWDU(VSHFLDO
RV SDVVRV SDUD XPD DOLPHQWDomR DGHTXDGD H VDXGiYHO VHJXQGR
R *XLD$OLPHQWDU SDUD D 3RSXODomR %UDVLOHLUD MXVWL¿FDWLYDV GH SRU TXH
HYLWDURFRQVXPRGHDOLPHQWRVXOWUDSURFHVVDGRVGH¿QLomRWUDWDPHQWRH
cuidados para as alergias alimentares, doença celíaca, diabetes mellitus,
GLVOLSLGHPLDVHKLSHUWHQVmRHLQWROHUkQFLDjODFWRVH
240
%5$6,/ 0LQLVWpULR GD 6D~GH Cartilha para a mãe trabalhadora que

amamenta. Brasília, 2010.
0DWHULDO HGXFDWLYR HODERUDGR SHOR 0LQLVWpULR GD 6D~GH FRP EDVH QD
legislação brasileira com os objetivos de apresentar: 1. Direitos da
PXOKHUFRPRWUDEDOKDGRUDHPmH,PSRUWkQFLDGRDOHLWDPHQWRPDWHUQR
SDUDDSRLDUDQHJRFLDomRFRPVHXVFROHJDVHSDWU}HVVREUHDPHOKRU
IRUPD GH PDQWHU D DPDPHQWDomR H 3URFHGLPHQWRV SDUD PDQWHU D
DPDPHQWDomRHSDUDFRQWLQXDUDOLPHQWDQGRRVHXEHErFRPRVHXOHLWH
GHIRUPDVHJXUDPHVPRWHQGRTXH¿FDUORQJHGREHEr
%5$6,/0LQLVWpULRGD6D~GH81,9(56,'$'('2(67$'2'25,2'(-$1(,52
A creche como promotora da amamentação e da alimentação adequada e
saudávelOLYUHWRSDUDRVJHVWRUHV%UDVtOLD0LQLVWpULRGD6D~GH
0DWHULDO GHVWLQDGR D GLUHWRUHV GH FUHFKHV H GH XQLGDGHV EiVLFDV GH

VD~GHFRPRULHQWDo}HVGHDo}HVDVHUHPGHVHQYROYLGDVRXDSULPRUDGDV
SHODFUHFKHFRPGHVWDTXHSDUDRDSRLRDRDOHLWDPHQWRPDWHUQRHSDUD
DLQWURGXomRGDDOLPHQWDomRFRPSOHPHQWDUDGHTXDGDHVDXGiYHO
MARTINS, Ana Paula Bortoletto. Publicidade de alimentos não saudáveis: os

entraves e as perspectivas de regulação no Brasil. São Paulo: Instituto Brasileiro
GH'HIHVDGR&RQVXPLGRU&DGHUQRV,GHF6pULH$OLPHQWRVY
$QiOLVH GRV 3URMHWRV GH /HL 3/ TXH UHJXODPHQWDP R PDUNHWLQJ GH

DOLPHQWRV H EHELGDV QmR VDXGiYHLV &RQVWDWRXVH TXH GHQWUH DV
SURSRVWDV PDLV DGHTXDGDV SDUD D GHIHVD GD VD~GH GD SRSXODomR H
os direitos dos consumidores estavam: 1. Restrição à publicidade de
DOLPHQWRVHEHELGDVGLULJLGDDRS~EOLFRLQIDQWLO3URLELomRjDVVRFLDomR
GHEULQGHVHEULQTXHGRVjFRPHUFLDOL]DomRGHDOLPHQWRV5HVWULo}HVj
FRPHUFLDOL]DomRHSXEOLFLGDGHGHDOLPHQWRVQmRVDXGiYHLVQDVHVFRODV
241
242
GLOSSÁRIO
Aditivos: VXEVWkQFLDV TXtPLFDV FRPR FRUDQWHV
FRQVHUYDQWHV DQWLR[LGDQWHV DURPDWL]DQWHV UHDOoDGRUHV
GH VDERU DGRoDQWHV HQWUH RXWURV TXH QD VXD JUDQGH
PDLRULDQmRVmRXWLOL]DGDVHPFDVDHTXHVmRDGLFLRQDGDV
aos alimentos ultraprocessados para dar ou realçar a cor
ou o sabor dos alimentos, conservar e aumentar o tempo
de duração do produto.
Adoçantes: substâncias naturais ou sintetizadas com o

VDERUH[WUHPDPHQWHGRFHXWLOL]DGDVQRVDOLPHQWRVSDUD
VXEVWLWXLUSDUFLDORXWRWDOPHQWHRDo~FDU
Agroecológicos (alimentos): DOLPHQWRV TXH VmR

SURGX]LGRVVHPDJURWy[LFRVHFRPEDVHQDMXVWLoDVRFLDO
YDORUL]DQGRVHRVSHTXHQRVSURGXWRUHVHDJULFXOWRUHV
IDPLOLDUHV SURPRYHQGR FRQGLo}HV GH WUDEDOKR PDLV
MXVWDV]HODQGRVHSHORPHLRDPELHQWHHSHORVUHFXUVRV
QDWXUDLVRTXHLQFOXLRFXLGDGRFRPRVRORDVSODQWDV
RVDQLPDLVDiJXDRDUHDELRGLYHUVLGDGH
Agrotóxicos: SURGXWRV TXtPLFRV VLQWpWLFRV XWLOL]DGRV

para matar determinados insetos ou plantas no
ambiente rural ou urbano. Porém, também contaminam
RXWURV DQLPDLV H SODQWDV LQFOXVLYH DTXHOHV EHQp¿FRV
FRPR PLQKRFDV DEHOKDV H SHL[HV DOpP GR SUySULR
KRPHP3RULVVRpQHFHVViULRHYLWDUHFRQWURODURXVR
GRVDJURWy[LFRV
$OHLWDPHQWRDUWL¿FLDOoferta de fórmulas infantis ou de

outros leites para a criança no lugar de leite materno.
243
Alimentação adequada e saudável:DOLPHQWDomRKDUP{QLFDHPTXDQWLGDGHH

TXDOLGDGHTXHDWHQGHDRVSULQFtSLRVGDYDULHGDGHHTXLOtEULRPRGHUDomRHSUD]HU
DWHQGHjVQHFHVVLGDGHVGHFDGDSHVVRDGHDFRUGRFRPDIDVHGDYLGDHPTXHVH
HQFRQWUDVXDVSUHIHUrQFLDVHHVSHFL¿FLGDGHVHpSURGX]LGDSRUPHLRGHSUiWLFDV
DGHTXDGDVHVXVWHQWiYHLVTXHSURWHJHPRSODQHWD
Alimentos in natura: alimentos obtidos diretamente das plantas ou dos animais

HTXHQmRVRIUHPTXDOTXHUDOWHUDomRDSyVGHL[DUHPDQDWXUH]D
Alimentos minimamente processados: DOLPHQWRV TXH SDVVDP SRU DOJXPD

PRGL¿FDomRFRPROLPSH]DUHPRomRGHSDUWHVLQGHVHMiYHLVGLYLVmRPRDJHP
secagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento ou processos
VHPHOKDQWHV TXH QmR HQYROYDP D DGLomR GH VDO Do~FDU yOHRV JRUGXUDV RX
TXDOTXHURXWUDVXEVWkQFLDDRDOLPHQWRRULJLQDO
Alimentos processados: alimentos elaborados a partir de alimentos in natura,

SRUpPJHUDOPHQWHDGLFLRQDGRVGHVDORXGHDo~FDURXRXWURLQJUHGLHQWHFXOLQiULR
para durar mais ou para permitir outras formas de consumo.
Alimentos ultraprocessados:SURGX]LGRVSHODLQG~VWULDSRUPHLRGHYiULDVWpFQLFDVH
HWDSDVGHSURFHVVDPHQWR&RPIUHTXrQFLDVmRIHLWRVFRPFLQFRRXPDLVLQJUHGLHQWHV
HDSUHVHQWDPH[FHVVRGHVDODo~FDUyOHRVJRUGXUDVHDGLWLYRVDOLPHQWDUHVFRUDQWHV
DUWL¿FLDLV FRQVHUYDQWHV DGRoDQWHV DURPDWL]DQWHV UHDOoDGRUHV GH VDERU HQWUH
RXWURVQmRXWLOL]DGRVHPFDVD(PPXLWRVSURGXWRVRVDOLPHQWRV in natura nem são
XWLOL]DGRVFRPRLQJUHGLHQWHRXHVWmRSUHVHQWHVHPSHTXHQDVTXDQWLGDGHV
Amamentação cruzada:TXDQGRXPDPXOKHUDPDPHQWDR¿OKRGHRXWUDPXOKHU
Amamentação exclusiva: TXDQGRDFULDQoDUHFHEHVRPHQWHOHLWHPDWHUQRVHP

TXDOTXHURXWURDOLPHQWRQHPPHVPRiJXDFKiVHVXFRV
Antibióticos: medicamentos utilizados para eliminar as bactérias e tratar doenças

provocadas por elas.
Anticorpos: SURWHtQDVSURGX]LGDVQRQRVVRRUJDQLVPRTXHDMXGDPDFRPEDWHU
YtUXVEDFWpULDVIXQJRVSURWR]RiULRVHRXWURVPLFURRUJDQLVPRV
244
Apojadura: DXPHQWR V~ELWR GD TXDQWLGDGH GH OHLWH QD PDPD TXH JHUDOPHQWH
DFRQWHFHHQWUHHGLDVDSyVRSDUWR7DPEpPFRQKHFLGRFRPRGHVFLGDGROHLWH
Aréola: parte escura da mama, em volta do mamilo.
Bactérias: VmR PLFURUJDQLVPRV HQFRQWUDGRV HP TXDOTXHU OXJDU UHYHVWHP D

SHOHDVPXFRVDVHFREUHPRWUDWRLQWHVWLQDOGRVKRPHQVHGRVDQLPDLV0XLWDV
EDFWpULDVVmRLQGLVSHQViYHLVSDUDRIXQFLRQDPHQWRGRRUJDQLVPRRXWUDVPHVPR
não sendo fundamentais, são inofensivas e outras, ainda, podem causar doenças.
Banco de leite humano (BLH): localizados ou vinculados a maternidades, atuam na

DVVLVWrQFLDjVPXOKHUHVTXHHVWmRDPDPHQWDQGRHVmRUHVSRQViYHLVSHODH[HFXomR
GDVDWLYLGDGHVGHFROHWDSURFHVVDPHQWRHFRQWUROHGHTXDOLGDGHGROHLWHPDWHUQR
doado, para posterior distribuição sob prescrição do médico ou nutricionista para
FULDQoDVGHEDL[RSHVRHRXSUHPDWXUDVTXHHVWmRLQWHUQDGDVHPKRVSLWDLVHQmR
podem ser alimentadas diretamente no peito da mãe.
Bebidas açucaradas:SRVVXHPJUDQGHTXDQWLGDGHGHDo~FDUHEDL[DTXDOLGDGH
QXWULFLRQDO HVWDQGR DVVRFLDGDV DR H[FHVVR GH FDORULDV LQJHULGDV QD GLHWD H
WDPEpPDRH[FHVVRGHSHVRHjREHVLGDGH
Bebidas energéticas: bebidas não alcoólicas com combinações de ingredientes

TXHJHUDOPHQWHLQFOXHPHVWLPXODQWHVFRPRFDIHtQDHRXWDXULQDEHPFRPRRXWUDV
substâncias, como aromatizantes e corantes.
Bicos (de mamadeira):REMHWRVXWLOL]DGRVFRPD¿QDOLGDGHGHRIHUHFHUDOLPHQWRV

OtTXLGRVDFULDQoDV
Bicos de silicone: GLVSRVLWLYRFRORFDGRVREUHDiUHDGDDUpRODHGRPDPLORFRP

DLQWHQomRGHSURWHJHUPDPLORVPDFKXFDGRVHIDFLOLWDUDSHJDHPPDPLORVSODQRV
ou invertidos.
Calorias: WHUPRFRPXPHQWHXWLOL]DGRSDUDLQGLFDUDTXDQWLGDGHGHHQHUJLDTXH
cada alimento fornece ao organismo se for totalmente aproveitado.
Candidíase: PLFRVHFDXVDGDSRUOHYHGXUDVGRJrQHUR&DQGLGD7DPEpPFRQKHFLGD
245
FRPRPRQLOtDVH$VOHV}HVYDULDPGHVXSHU¿FLDLVDSURIXQGDVEUDQGDVDJXGDVRX
crônicas, podendo ocorrer em diversos locais, tais como boca, garganta, língua, pele,
FRXURFDEHOXGRJHQLWiOLDVGHGRVXQKDVHSRUYH]HVHPyUJmRVLQWHUQRV
Cesariana eletiva: FLUXUJLD DJHQGDGD SDUD R QDVFLPHQWR GR EHEr VHP TXH D
PXOKHUHQWUHHPWUDEDOKRGHSDUWR
Chupeta: ELFR DUWL¿FLDO GHVWLQDGR j VXFomR SHOD FULDQoD VHP D ¿QDOLGDGH GH
DGPLQLVWUDUDOLPHQWRVPHGLFDPHQWRVRXOtTXLGRV
Clavícula: RVVRVLWXDGRQDSDUWHGLDQWHLUDGRRPEURTXHOLJDRWURQFRDRPHPEURVXSHULRU
Colostro: leite produzido nos primeiros dias após o parto, diferente do leite maduro.
7HPPDLVSURWHtQDVHpULFRHPDQWLFRUSRVHRXWUDVVXEVWkQFLDVTXHDMXGDPDFULDQoD
na proteção contra doenças.
Comida de verdade: DOLPHQWR TXH SURPRYH DOLPHQWDomR DGHTXDGD H VDXGiYHO

SDUD R VHU KXPDQR H SDUD R SODQHWD DFHVVtYHO HP TXDOLGDGH H HP TXDQWLGDGH
DGHTXDGDVHPWRGRRFXUVRGDYLGDTXHJDUDQWHRVGLUHLWRVKXPDQRVRGLUHLWRjWHUUD
HDRWHUULWyULRTXHUHVSHLWDRGLUHLWRjGLYHUVLGDGHGRVSRYRVGHVGHDSURGXomRDR
FRQVXPRTXHSURWHJHHSURPRYHDVFXOWXUDVDOLPHQWDUHVDVRFLRELRGLYHUVLGDGHDV
SUiWLFDVDQFHVWUDLVRPDQHMRGDVHUYDVHGDPHGLFLQDWUDGLFLRQDOHJHUDSUD]HU
Comunidades tradicionais: JUXSRV FXOWXUDOPHQWH GLIHUHQFLDGRV H TXH VH

UHFRQKHFHPFRPRWDLVSRVVXHPIRUPDVSUySULDVGHRUJDQL]DomRVRFLDORFXSDP
e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural,
VRFLDO UHOLJLRVD DQFHVWUDO H HFRQ{PLFD XWLOL]DQGR FRQKHFLPHQWRV LQRYDo}HV
HSUiWLFDVJHUDGRVHWUDQVPLWLGRVSHODWUDGLomR3RUH[HPSORSRYRVLQGtJHQDV
FRPXQLGDGHVTXLORPERODVSRYRVFLJDQRVSRYRVHFRPXQLGDGHVGHWHUUHLURHGH
PDWUL]DIULFDQDID[LQDOHQVHVFDWDGRUDVGHPDQJDEDTXHEUDGHLUDVGHFRFRGH
babaçu, comunidades pantaneiras, pescadores e pescadoras artesanais, caiçaras,
H[WUDWLYLVWDVSRYRVSRPHUDQRVUHWLUHLURVGR$UDJXDLDFRPXQLGDGHVGHIXQGRH
IHFKRGHSDVWRFRPXQLGDGHVH[WUDWLYLVWDVGRFHUUDGRFRPXQLGDGHVULEHLULQKDV
Constipação intestinal: HVWDGRSURYRFDGRSRUUHWHQomRDQRUPDOGHIH]HVRTXH
246
GLPLQXL GH PDQHLUD DFHQWXDGD R Q~PHUR GH HYDFXDo}HV 7DPEpP FRQKHFLGD

como prisão de ventre.
Conservantes: substâncias utilizadas para manter as características dos produtos

VDERUFRQVLVWrQFLDHDSDUrQFLDHDXPHQWDUVHXWHPSRGHYLGD~WLO
Corante: VXEVWkQFLDRXDPLVWXUDGHVXEVWkQFLDVTXHSRVVXHPDSURSULHGDGHGH
FRQIHULURXLQWHQVL¿FDUDFRORUDomRGHDOLPHQWRVHEHELGDV
Criança prematura:DTXHODTXHQDVFHDQWHVGDVHPDQDGHJHVWDomR
Ebulição:DWRRXHIHLWRGHHEXOLUIHUYHUSDVVDJHPGHXPFRUSROtTXLGRDJDVRVR

GLDQWHGHDTXHFLPHQWRTXHRFRUUHDFRPSDQKDGDGDIRUPDomRGHEROKDV
Edulcorante: VXEVWkQFLDGLIHUHQWHGRVDo~FDUHVTXHGiVDERUGRFHDRDOLPHQWR
Espesso:GHFRQVLVWrQFLDGHQVDHQFRUSDGDDOLPHQWRTXHQmRHVFRUUHGDFROKHU
Etnia ou raízes étnicas:UHIHUHVHDXPJUXSRGHSHVVRDVTXHFRQVLGHUDPWHUXP

DQFHVWUDOFRPXPHFRPSDUWLOKDPGDPHVPDOtQJXDUHOLJLmRFXOWXUDGDVWUDGLo}HV
HYLVmRGHPXQGRGRPHVPRWHUULWyULRRXGDVPHVPDVFRQGLo}HVKLVWyULFDV
(YLGrQFLDFLHQWt¿FDLQIRUPDo}HVFLHQWt¿FDVXWLOL]DGDVSDUDFRQ¿UPDURXQHJDU
uma teoria.
Fibra:SDUWHQmRGLJHUtYHOGRVDOLPHQWRVTXHDMXGDQRIXQFLRQDPHQWRGRLQWHVWLQR
Fitoterápicos:PHGLFDPHQWRVIHLWRVVRPHQWHFRPPDWpULDVSULPDVYHJHWDLV
Fórmula infantil: SURGXWRHPIRUPDOtTXLGDRXHPSyGHVWLQDGRjDOLPHQWDomRGH

lactentes, sob prescrição, em substituição total ou parcial do leite materno ou
KXPDQRSDUDVDWLVIDomRGDVQHFHVVLGDGHVQXWULFLRQDLVGHVVHJUXSRHWiULR
Fumo passivo: inalação da fumaça de derivados do tabaco, tais como cigarro,

FKDUXWR FLJDUULOKDV FDFKLPER QDUJXLOp H RXWURV SURGXWRUHV GH IXPDoD SRU
LQGLYtGXRVQmRIXPDQWHVTXHFRQYLYHPFRPIXPDQWHVHPDPELHQWHVIHFKDGRV.
Fungos: VmRRUJDQLVPRVTXHSRGHPVHUH[WUHPDPHQWHSUHMXGLFLDLVSDUDDVD~GH
247
KXPDQDFDXVDQGRLQ~PHUDVHQIHUPLGDGHVHDWpLQWR[LFDomR0DVWDPEpPKi
DOJXQV IXQJRV EHQp¿FRV TXH VmR XWLOL]DGRV FRPR DOLPHQWR H DWp DTXHOHV GRV
TXDLVVHSRGHH[WUDLUVXEVWkQFLDVSDUDDHODERUDomRGHPHGLFDPHQWRVFRPRSRU
H[HPSORDSHQLFLOLQD
Gordura vegetal hidrogenada:JRUGXUDSURGX]LGDSHODLQG~VWULDDSDUWLUGHyOHRV

YHJHWDLV FRP XWLOL]DomR GH DOWDV WHPSHUDWXUDV H PRGL¿FDomR GD FRPSRVLomR
GHVVHVyOHRV6HXFRQVXPRWHPVLGRDVVRFLDGRFRPULVFRVjVD~GH
Glúten: proteína encontrada no centeio, na cevada e no trigo.
Higienização: SURFHVVRTXHUHPRYHPDWHULDLVLQGHVHMDGRVUHVWRVGHDOLPHQWRV

FRUSRVHVWUDQKRVUHVtGXRVGHSURGXWRVTXtPLFRVHPLFURUJDQLVPRVDXPQtYHO
WDOTXHRVUHVtGXRVTXHSHUVLVWLUHPQmRDSUHVHQWDPULVFRSDUDDVD~GHKXPDQD
Hipoclorito de sódio: produto obtido da reação do cloro com uma solução diluída
GHVRGDFiXVWLFDDTXRVDHDOFDOLQDTXHFRQWpPHQWUHDGHFORURDWLYR
2SURGXWRTXHVySRGHVHUXVDGRVHIRUGLVVROYLGRHPiJXDVHUYHSDUDGHVLQIHWDU
iJXDVGHVWLQDGDVDRFRQVXPRKXPDQRHHPSURFHVVRVGHOLPSH]DVGRPpVWLFDVH
KRVSLWDODUHVeXVDGRDLQGDFRPRPDWpULDSULPDSDUDIDEULFDomRGHiJXDVVDQLWiULDV
Hormônios: VXEVWkQFLDV SURGX]LGDV SHOR RUJDQLVPR KXPDQR TXH SRVVXHP

diferentes funções, tais como regulação do crescimento, do desenvolvimento, da
reprodução e das funções de muitos tecidos.
Infecção: doença causada pela penetração e desenvolvimento ou multiplicação

GHXPDJHQWHLQIHFFLRVRQRRUJDQLVPRGRKRPHPRXGHRXWURDQLPDO
Ingredientes culinários processados: VXEVWkQFLDV H[WUDtGDV GLUHWDPHQWH GRV

alimentos in naturaRXGDQDWXUH]DTXHVmRXWLOL]DGDVSDUDSUHSDUDUDVUHIHLo}HV
FRPRVDODo~FDUHyOHR
Lactação: processo de produção de leite e alimentação da criança com esse leite.
Lactante: PXOKHUTXHSURGX]OHLWHTXHDPDPHQWD
Lactente: criança com idade até 2 anos.
248
/HLWH GH YDFD PRGL¿FDGR HP FDVD OHLWH GH YDFD LQWHJUDO GLOXtGR HP iJXD H
preparado em casa, para crianças menores de 4 meses, conforme orientação do
SUR¿VVLRQDOGHVD~GH
Livre demanda: OHLWH PDWHUQR RIHUHFLGR j FULDQoD VHP KRUD PDUFDGD VHPSUH
TXHHODTXLVHU
Mamíferos:DQLPDLVTXHDPDPHQWDPVHXV¿OKRVVHQGRLQFOXtGRVQHVVHJUXSR
RVVHUHVKXPDQRV
Mandíbula: FRPSRQHQWHPyYHOGRFUkQLRTXHIRUPDDSDUWHLQIHULRUGDFDEHoD
RTXHL[R
Nocivo:DTXLORTXHFDXVDGDQRTXHSUHMXGLFD
Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e

Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL):
FRQMXQWR GH QRUPDV TXH UHJXODP D SURPRomR FRPHUFLDO H D URWXODJHP GH
DOLPHQWRVHSURGXWRVGHVWLQDGRVDUHFpPQDVFLGRVHFULDQoDVGHDWpDQRVGH
LGDGHFRPROHLWHVSDSLQKDVFKXSHWDVHPDPDGHLUDV2VHXREMHWLYRpDVVHJXUDU
RXVRDSURSULDGRGHVVHVSURGXWRVGHIRUPDTXHQmRKDMDLQWHUIHUrQFLDQDSUiWLFD
GR DOHLWDPHQWR PDWHUQR FRQ¿JXUDQGRVH FRPR LPSRUWDQWH LQVWUXPHQWR SDUD R
controle da publicidade indiscriminada dos alimentos e produtos de puericultura
TXHFRQFRUUHPFRPDDPDPHQWDomR
Nutrientes: VXEVWkQFLDV HQFRQWUDGDV QRV DOLPHQWRV TXH VmR HVVHQFLDLV SDUD

o funcionamento do organismo. Incluem proteínas, carboidratos, gorduras,
YLWDPLQDVPLQHUDLVH¿EUDV
Orgânico:DOLPHQWRSURGX]LGRVHPDJURWy[LFRV
Otite:LQÀDPDomRQDRUHOKDLQWHUQDRXQRFDQDODXGLWLYRH[WHUQR
Pasteurização: SURFHVVRGHDTXHFLPHQWRHUHVIULDPHQWRUiSLGRTXHYLVDLQDWLYDU
RV PLFURRUJDQLVPRV SDWRJrQLFRV PDQWHQGR DR PHVPR WHPSR D TXDOLGDGH
sensorial e nutricional do alimento.
Pega: QRPHGDGRDRHQFDL[HGDERFDGDFULDQoDDRSHLWRGDPmHSDUDPDPDU
249
Postos de coleta: VmR XQLGDGHV ¿[DV RX PyYHLV GHVWLQDGDV j FROHWD GR
OHLWHKXPDQRGRDGRHTXHUHDOL]DPWDPEpPDo}HVGHSURPRomRSURWHomRH
apoio ao aleitamento materno. São serviços vinculados aos Bancos de Leite
Humano, mas não realizam o processamento de leite materno.
Prematuro: TXHRFRUUHPXLWRFHGRSDUDRVSDGU}HVKDELWXDLVSUHFRFH
Publicidade: SUiWLFDVFRPHUFLDLVSDUDGLYXOJDomRGHSURGXWRVHVHUYLoRVMXQWR
DRS~EOLFRFRPRREMHWLYRGHLQGX]LORDDGTXLULURSURGXWRHPXGDURXUHIRUoDU
KiELWRVGHFRQVXPR
Rede de apoio:FRQMXQWRGHSHVVRDVHLQVWLWXLo}HVTXHFRPS}HPRVHORVGH
UHODFLRQDPHQWRGRLQGLYtGXRHTXHFRQWULEXHPSDUDRVHXDSRLRHVXDSURWHomR
física, psicológica e emocional.
5HÀX[RJDVWURHVRIiJLFRUHÀX[RGRFRQWH~GRGRHVW{PDJRSDUDRHV{IDJR
TXHUHVXOWDHPVLQWRPDVFRPRD]LD
Relactação: processo de restabelecimento da lactação após um período com

SRXFDRXQHQKXPDDPDPHQWDomR
Saciedade: satisfação plena do apetite.
Safra: época do ano de maior disponibilidade de determinado produto no mercado.

1HVVHSHUtRGRRDOLPHQWRWHQGHDHVWDUPDLVQXWULWLYRVDERURVRHEDUDWRGRTXH
em outras épocas do ano.
Sala de apoio à amamentação: HVSDoR GHVWLQDGR SDUD D PXOKHU FRP

privacidade e segurança, retirar e armazenar o seu leite para ser oferecido
SRVWHULRUPHQWHDRVHX¿OKR
Segurança alimentar e nutricional: consiste na realização do direito de todos ao

DFHVVRUHJXODUHSHUPDQHQWHDDOLPHQWRVGHTXDOLGDGHHPTXDQWLGDGHVX¿FLHQWH
sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base
SUiWLFDVDOLPHQWDUHVSURPRWRUDVGHVD~GHTXHUHVSHLWHPDGLYHUVLGDGHFXOWXUDOHTXH
VHMDPDPELHQWDOFXOWXUDOHFRQ{PLFDHVRFLDOPHQWHVXVWHQWiYHLV
250
Sementes crioulas: VHPHQWHV SDVVDGDV GH JHUDomR HP JHUDomR H TXH QmR
VRIUHUDPQHQKXPDPRGL¿FDomRGHVXDVFDUDFWHUtVWLFDVHPODERUDWyULR
Sistemas alimentares sustentáveis e saudáveis: processo desde a produção

DWpRFRQVXPRGHDOLPHQWRVHGHVFDUWHGHVHXVUHVtGXRVTXHpUHDOL]DGRGHIRUPD
DJDUDQWLUREHPHVWDUGDVSHVVRDVHGRSODQHWD
Suplementação (de micronutrientes):XVRGHSURGXWRVTXHYLVDPFRPSOHPHQWDU

RVQXWULHQWHVYLWDPLQDVHPLQHUDLVIRUQHFLGRVSHORVDOLPHQWRV
Sustentabilidade ambiental: PDQXWHQomRGRHTXLOtEULRGRSODQHWDHPUHODomRDR

VRORiJXDDUFRQGLo}HVFOLPiWLFDV
Transgênico: VLQ{QLPRSDUDDH[SUHVVmR³2UJDQLVPR*HQHWLFDPHQWH0RGL¿FDGR´
2*0eXPRUJDQLVPRTXHWHYHRVHX'1$PRGL¿FDGRDWUDYpVGDLQVHUomRGR
JHQHFDUDFWHUtVWLFDGHRXWURRUJDQLVPRVHQGRSRVVtYHOLQFOXVLYHDFULDomRGH
novas características.
Vírus: agente infeccioso causador de doenças.
251
252
ANEXO – PROCESSO DE
ELABORAÇÃO DA NOVA EDIÇÃO DO
GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS
BRASILEIRAS MENORES DE 2 ANOS
O Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos foi publicado

HPHDSUHVHQWRXDVSULPHLUDVUHFRPHQGDo}HVR¿FLDLVVREUHDOLPHQWDomR
HQXWULomRSDUDHVVDIDL[DHWiULD'LDQWHGDVWUDQVIRUPDo}HVYLYHQFLDGDVSHOD
VRFLHGDGH EUDVLOHLUD H VHXV LPSDFWRV QDV FRQGLo}HV GH VD~GH H QXWULomR R
0LQLVWpULRGD6D~GHLQLFLRXHPRSURFHVVRGHUHYLVmRGDSXEOLFDomR
EXVFDQGRWDPEpPVHXDOLQKDPHQWRHVXDKDUPRQL]DomRFRPRGuia Alimentar
para a População Brasileira.
O processo de elaboração desta nova edição do Guia Alimentar para Crianças

Brasileiras Menores de 2 Anos foi conduzido pela Coordenação Geral de
$OLPHQWDomR H 1XWULomR GR 'HSDUWDPHQWR GH$WHQomR %iVLFD GD 6HFUHWDULD GH
$WHQomRj6D~GHGR0LQLVWpULRGD6D~GH&*$1'$%6$606HFRQWRXFRPR
apoio de outras coordenações do mesmo ministério e, também, de universidades,
SHVTXLVDGRUDV H SHVTXLVDGRUHV JUXSRV DFDGrPLFRV LQVWLWXLo}HV GD VRFLHGDGH
civil e organismos internacionais, entre outros parceiros.
Para promover a construção coletiva e proporcionar a ampla participação e

GLVFXVVmR VREUH R FRQWH~GR GHVWH GRFXPHQWR IRUDP UHDOL]DGDV DV HWDSDV
descritas a seguir.
Etapa 1 – Planejamento e organização do processo de trabalho
$SULPHLUDIDVHGRSURFHVVRRFRUUHXHPHLQFOXLXDGH¿QLomRGHXPJUXSR
FRQGXWRUGRSURFHVVRGHUHYLVmRGDSXEOLFDomRFRPLQWHJUDQWHVGD&*$106
TXH¿FRXUHVSRQViYHOSHORSODQHMDPHQWRGDVHWDSDVHRUJDQL]DomRGHWRGRR
processo de revisão.
253
A revisão do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos foi

EDVHDGDQDH[SHULrQFLDGRGuia Alimentar para a População Brasileira e, também,
QDVRULHQWDo}HVGD2UJDQL]DomR0XQGLDOGD6D~GH206GD2UJDQL]DomR3DQ
$PHULFDQDGH6D~GH3~EOLFD23$6206HGD2UJDQL]DomRGDV1Do}HV8QLGDV
SDUD D$OLPHQWDomR H D$JULFXOWXUD )$2 QD VLJOD HP LQJOrV DVVLP FRPR QR
PRGHORSURSRVWRSHOR,QVWLWXWRGH1XWULomRGD$PpULFD&HQWUDOH3DQDPi,QFDS
QDVLJODHPHVSDQKROTXHSRVWHULRUPHQWHIRLDGDSWDGRSHOD)$2SDUDDOJXQV
países do Caribe.
(WDSD²2¿FLQDVGHHVFXWDFRPGLYHUVRVDWRUHV
3DUDQRUWHDUDUHYLVmRR0LQLVWpULRGD6D~GHUHDOL]RXDOJXPDVDWLYLGDGHVFRP
D¿QDOLGDGHGHHVFXWDUDRSLQLmRGHGLIHUHQWHVDWRUHVVREUHTXDOGHYHULDVHUR
FRQWH~GR GR QRYR Guia YLVDQGR D GH¿QLU VHX HVFRSR )RL UHDOL]DGR HP
XPFKDPDPHQWRS~EOLFRSDUDDVHOHomRGHSHVTXLVDGRUDVHSHVTXLVDGRUHVGDV
iUHDVGHDOHLWDPHQWRPDWHUQRDOLPHQWDomRFRPSOHPHQWDUHVHJXUDQoDDOLPHQWDU
HQXWULFLRQDOHGHSUR¿VVLRQDLVGHVD~GHFRPH[SHULrQFLDQDiUHD
$VSHVVRDVVHOHFLRQDGDVSDUWLFLSDUDPGHR¿FLQDVFXMDVWHPiWLFDVIRUDP4XDO
RFHQiULRDOLPHQWDUHQXWULFLRQDOGDVFULDQoDVEUDVLOHLUDV"2TXHGHYHULDVHU
abordado no Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos? Para
TXHPR*XLDGHYHULDVHUGLULJLGR"&RPRGHYHULDVHUHVWUXWXUDGR"20LQLVWpULR
GD6D~GHUHDOL]RXSDUFHULDFRPDVHomREUDVLOHLUDGD5HGH,QWHUQDFLRQDOHP
'HIHVDGR'LUHLWRGH$PDPHQWDU,%)$1QDVLJODHPLQJOrVSDUDDFRQGXomR
GDVR¿FLQDVGHHVFXWD
&RPRPHVPRREMHWLYRWDPEpPIRLUHDOL]DGDXPDR¿FLQDGHHVFXWDHQYROYHQGR
atores estratégicos de diversas instâncias do governo federal e de representantes
de entidades da sociedade civil cuja atuação tem interface com o tema da
alimentação infantil.
Etapa 3 — Reuniões com o Grupo de Monitoramento Político
3DUD DFRPSDQKDU WRGR R SURFHVVR GH HODERUDomR GR Guia Alimentar para
Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos, foi formado o Grupo de Monitoramento
3ROtWLFR 6HX REMHWLYR IRL R GH JDUDQWLU R FRPSDUWLOKDPHQWR GH WRGR R SURFHVVR
254
GHUHYLVmRFRPDWRUHVHVWUDWpJLFRVFRPRLQWXLWRGHJDUDQWLUVXDWUDQVSDUrQFLD
HDSULPRUiOR(VVHJUXSRVHUHXQLXQRPtQLPRGXDVYH]HVSRUDQRQRSHUtRGR
GHDVHQGRFRRUGHQDGRSHOD&*$106(PGH]HPEURGHR
Grupo de Monitoramento Político opinou sobre a primeira versão preliminar do
GuiaVXJHULQGRFRQWH~GRVDVHUHPFRPSOHPHQWDGRVUHGLUHFLRQDGRVLQFOXtGRV
RXH[FOXtGRV
(WDSD²2¿FLQDVGHHVFXWDFRPPmHVSDLVHUHVSRQViYHLV
)DPtOLDVHUHVSRQViYHLVSHODVFULDQoDVIRUDPDWRUHVLPSRUWDQWHVQHVVHSURFHVVR
6HJXLQGRDVXJHVWmRGR*UXSRGH0RQLWRUDPHQWR3ROtWLFRR0LQLVWpULRGD6D~GH
HPSDUFHULDFRPDUHGH,%)$1RUJDQL]RXDOJXPDVR¿FLQDVSDUDRXYLUHVVHS~EOLFR
TXDQWR DR FRQWH~GR H j DSOLFDELOLGDGH GD SXEOLFDomR )RUDP UHDOL]DGDV FLQFR
R¿FLQDVGHHVFXWDFRPPmHVFXLGDGRUDVHFXLGDGRUHVHIDPLOLDUHVGHFULDQoDV
GHDPHVHVDFRPSDQKDGDVHPDPEXODWyULRGHSXHULFXOWXUDHFUHVFLPHQWR
GH 8QLGDGHV %iVLFDV GH 6D~GH 8%6 RX HP FUHFKHV$V R¿FLQDV GDV TXDLV
participaram também ativistas ligados a movimentos sociais, aconteceram em
São Paulo, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Manaus, em 2016.
Etapa 5 — Consolidação do escopo do Guia
&RP EDVH QDV R¿FLQDV GH HVFXWD IRUDP HODERUDGRV GRLV UHODWyULRV TXH
consolidaram as demandas dos participantes para a nova versão do Guia
Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos.
Etapa 6 — Constituição do grupo técnico
Em 2016, foi criado um Grupo Técnico de elaboração do Guia, composto por

WpFQLFRVGR0LQLVWpULRGD6D~GHHWDPEpPSRUSHVTXLVDGRUHVGDViUHDVGHQXWULomR
H SHGLDWULD H HVSHFLDOLVWDV QD WHPiWLFD GH DOHLWDPHQWR PDWHUQR H DOLPHQWDomR
FRPSOHPHQWDUSURYHQLHQWHVGHYiULDVUHJL}HVGR%UDVLO
(WDSD ² 'H¿QLomR GD LQVWLWXLomR UHVSRQViYHO SHOD FRRUGHQDomR GR

Grupo Técnico
$8QLYHUVLGDGHGR(VWDGRGR5LRGH-DQHLUR8(5-IRLGH¿QLGDSHOR0LQLVWpULR

GD6D~GHFRPRLQVWLWXLomRUHVSRQViYHOSHODFRRUGHQDomRGRJUXSRWpFQLFRGH
255
elaboração do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos,

com a missão de coordenar, gerenciar e monitorar as atividades do processo
de revisão.
Etapa 8 — Elaboração técnica do Guia
A elaboração técnica do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores

de 2 Anos RFRUUHX HQWUH H 3DUD IDFLOLWDU R SURFHVVR IRUPDUDP
VH VXEJUXSRV SDUD D UHGDomR GR FRQWH~GR (P FDGD XP GHOHV KDYLD SHOR
PHQRVXPDLQWHJUDQWHGD8(5-(VVHVLQWHJUDQWHV¿FDUDPUHVSRQViYHLVSRU
elaborar cada nova versão do documento. Foram realizadas reuniões virtuais
SDUD PRQLWRUDU R DQGDPHQWR GR WUDEDOKR H WDPEpP SDUD D GLVFXVVmR GR
FRQWH~GRGRGRFXPHQWR$OpPGLVVRIRUDPUHDOL]DGDVUHYLV}HVELEOLRJUi¿FDV
SRU HVSHFLDOLVWDV GD iUHD VHQGR GXDV GHODV VLVWHPiWLFDV FXMRV DXWRUHV
IRUDPVHOHFLRQDGRVSRUPHLRGHFKDPDGDS~EOLFD7DPEpPKRXYHFRQVXOWDV
D HVSHFLDOLVWDV GDV iUHDV GH IRQRDXGLRORJLD SHGLDWULD JDVWURHQWHURORJLD
SHGLiWULFDDOHUJLDHRGRQWRORJLD
(WDSD²2¿FLQDVGR*UXSR7pFQLFR
O Grupo Técnico de elaboração do GuiaUHDOL]RXR¿FLQDVSUHVHQFLDLVHQWUH

HSDUDDGH¿QLomRGRHVFRSRGDSXEOLFDomRHGRVVXEJUXSRVGHUHGDomR
GRFRQWH~GRDRUJDQL]DomRGHVHXSURFHVVRGHWUDEDOKRRGHEDWHVREUHWHPDV
FRQWURYHUVRVHDLQGDDDQiOLVHGDVYHUV}HVHODERUDGDVDRORQJRGRSURFHVVR
Etapa 10 — Seleção de receitas
(P R 0LQLVWpULR GD 6D~GH IH] XP FKDPDPHQWR S~EOLFR YLVDQGR j
IRUPDomR GH XP FRPLWr HQFDUUHJDGR GH VHOHFLRQDU UHFHLWDV VDXGiYHLV
GHVWLQDGDV j FULDQoD PHQRU GH DQRV (OH IRL DEHUWR D SHVTXLVDGRUDV H
SHVTXLVDGRUHVSURIHVVRUDVHSURIHVVRUHVGHXQLYHUVLGDGHVSUR¿VVLRQDLVGH
VD~GH JDVWU{QRPDV H JDVWU{QRPRV FXOLQDULVWDV FR]LQKHLUDV H FR]LQKHLURV
SUR¿VVLRQDLVPHUHQGHLUDVHPHUHQGHLURVHSHVVRDVTXHFR]LQKDPHPFDVD
VHQGR H[LJLGD H[SHULrQFLD DQWHULRU HP FXOLQiULD HRX WpFQLFD GLHWpWLFD HRX
DOLPHQWDomRLQIDQWLO3RUPHLRGHXPWHUPRGHUHIHUrQFLDIRLIHLWDXPDFKDPDGD
S~EOLFD SDUD UHFHELPHQWR GH UHFHLWDV )RUDP FDGDVWUDGDV UHFHLWDV GH
256
todas as regiões do país. Elas estão sendo analisadas pelo grupo técnico e
FRPSRUmRIXWXUDVSXEOLFDo}HVHHVWUDWpJLDVGR0LQLVWpULRGD6D~GHDOLQKDGDV
ao Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos,TXHDSRLDUmR
sua implementação.
(WDSD²2¿FLQDGHHVFXWDFRPGLYHUVRVDWRUHV
8PDQRYDR¿FLQDGHHVFXWDIRLUHDOL]DGDHPHQYROYHQGRUHSUHVHQWDQWHV
GR JRYHUQR JHVWRUHV SUR¿VVLRQDLV UHSUHVHQWDQWHV GD VRFLHGDGH FLYLO H
HVSHFLDOLVWDV QD iUHD GH DOHLWDPHQWR PDWHUQR H DOLPHQWDomR FRPSOHPHQWDU
2 REMHWLYR IRL RXYLU RV SDUWLFLSDQWHV SDUD TXH DSRQWDVVHP DYDOLDo}HV H
sugestões de aprimoramento após a leitura da segunda versão preliminar do
Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos. A metodologia
adotada visou a favorecer a troca de saberes entre participantes e a construção
GH XPD SURSRVWDFRP RGHVHQYROYLPHQWR GH DQiOLVH FUtWLFDHVXJHVW}HV GH
HQFDPLQKDPHQWR$VGLVFXVV}HVGRVJUXSRVIRUDPUHODWDGDVHGLVFXWLGDVHP
XPD SOHQiULD ¿QDO 2V UHVXOWDGRV GHVVD R¿FLQD RULHQWDUDP D HODERUDomR GD
terceira versão do Guia.
Etapa 12 — Elaboração de nova versão
O aprimoramento da versão preliminar do Guia Alimentar para Crianças

Brasileiras Menores de 2 Anos foi realizado no ano de 2018. A terceira versão
foi elaborada pelo Grupo Técnico, sendo posteriormente avaliada e aprovada
SHOR0LQLVWpULRGD6D~GH(VVDYHUVmRIRLHQWmRVXEPHWLGDjFRQVXOWDS~EOLFD
Etapa 13 — Consulta pública
A terceira versão preliminar do Guia IRL GLYXOJDGD QD SODWDIRUPD R¿FLDO GH
FRQVXOWD S~EOLFD GR 0LQLVWpULR GD 6D~GH H ¿FRX GLVSRQtYHO SDUD UHFHEHU
PDQLIHVWDo}HVQRSHUtRGRGHGHMXOKRDGHDJRVWRGH(VVDHWDSD
WHYH SRU REMHWLYR WRUQDU S~EOLFD D YHUVmR HODERUDGD H UHFHEHU FRQWULEXLo}HV
Foram recebidas 5.463 contribuições de 165 indivíduos, instituições ou
FROHWLYRVFRQIRUPHGHWDOKDGRDVHJXLU
257
Nº de N° de
3HU¿OGHXVXiULRV
usuários contribuições
Instituições de ensino 37 965

Pessoas físicas 77 742
Secretarias, departamentos, coordenações de 38 3.218
órgãos federais, estaduais e municipais
&RQVHOKRVHHQWLGDGHVGDiUHDGHDOLPHQWDomRH 5 203
QXWULomR6$1HLQVWLWXLo}HVVHP¿QVOXFUDWLYRV
,QG~VWULDVDVVRFLDo}HVHVLQGLFDWRVGHDOLPHQWRV 4 282
Outros 4 53
Total 165 5.463
(WDSD²2¿FLQDVQRV(VWDGRV
)RUDP UHDOL]DGDV R¿FLQDV QRV HVWDGRV SDUD LQFHQWLYDU D UHGH GH VD~GH
H SDUFHLURV D HQYLDUHP VXJHVW}HV QD FRQVXOWD S~EOLFD FRP D ¿QDOLGDGH GH
DSULPRUDU D SXEOLFDomR $V R¿FLQDV IRUDP SURPRYLGDV SHOR 0LQLVWpULR GD
6D~GHFRPDSRLRGHSUR¿VVLRQDLVGHUHIHUrQFLDHPDOLPHQWDomRHQXWULomRH
DOHLWDPHQWRPDWHUQRGDVVHFUHWDULDVHVWDGXDLVGHVD~GHUHVSRQViYHLVSHOD
organização do evento e pelo convite aos participantes.
(WDSD²&RQVROLGDomRGDVUHFRPHQGDo}HVHUHGDomRGDYHUVmR¿QDO
$SyV D FRQVXOWD S~EOLFD R *UXSR 7pFQLFR FRQVROLGRX DV UHFRPHQGDo}HV H

HODERURXDYHUVmR¿QDOGRGuia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2
Anos8PDSDUWHGDVLPDJHQVTXHFRQVWDPGDYHUVmR¿QDOGRGuia foi produzida
HPR¿FLQDUHDOL]DGDFRPSURIHVVRUHVHHVWXGDQWHVGRFXUVRGH*DVWURQRPLDGD
8)5-$RXWUDSDUWHIRLSURGX]LGDSHODHTXLSHGHHGXFRPXQLFDomRGR'HSDUWDPHQWR
GH$WHQomR%iVLFDGR0LQLVWpULRGD6D~GH
Etapa 16 — Elaboração de plano de comunicação
9LVDQGRDIDFLOLWDUDGLYXOJDomRGDSXEOLFDomRDSyVVHXODQoDPHQWRHVWiVHQGR
WUDoDGRXPSODQRGHFRPXQLFDomRFRPDSRLRGHSUR¿VVLRQDLVGDiUHD
258
Etapa 17 — Lançamento, divulgação e implementação
O lançamento e a divulgação do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores

de 2 Anos RFRUUHUDP DSyV D ~OWLPD YHUVmR WHU VLGR HODERUDGD 2 0LQLVWpULR GD
6D~GHGHVHQYROYHXHVWUDWpJLDVSDUDVXDLPSOHPHQWDomRQRSDtV
Grupo de monitoramento político
Coordenado pela Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério

GD6D~GH&*$1'$%6$606FRQWRXFRPDSDUWLFLSDomRGD&RRUGHQDomR
*HUDOGH6D~GHGD&ULDQoDH$OHLWDPHQWR0DWHUQRGR'HSDUWDPHQWRGH$o}HV
3URJUDPiWLFDVH(VWUDWpJLFDVGD6HFUHWDULDGH$WHQomRj6D~GHGR0LQLVWpULR
GD 6D~GH &*6&$0'$3(66$606 H 1~FOHR GH 6D~GH GD 6D~GH GD
&ULDQoD 0XOKHU H 9LJLOkQFLD $OLPHQWDU H 1XWULFLRQDO GR 'HSDUWDPHQWR GH
$WHQomRj6D~GH,QGtJHQDGD6HFUHWDULD(VSHFLDOGH6D~GH,QGtJHQD6(6$,
GR)XQGR1DFLRQDOGH'HVHQYROYLPHQWRGD(GXFDomR)1'(GR0LQLVWpULR
GH 'HVHQYROYLPHQWR 6RFLDO 0'6 GD 2UJDQL]DomR 3DQ$PHULFDQD GD
6D~GH2UJDQL]DomR0XQGLDOGD6D~GH23$6206GR)XQGRGDV1Do}HV
8QLGDVSDUDD,QIkQFLD81,&()GR&RQVHOKR)HGHUDOGH1XWULomR&)1GD
6RFLHGDGH%UDVLOHLUDGH3HGLDWULD6%3GD$VVRFLDomR%UDVLOHLUDGH6D~GH
&ROHWLYD$EUDVFRGD5HGHLQWHUQDFLRQDOHPGHIHVDGRGLUHLWRGHDPDPHQWDU
,%)$1%5$6,/HGR&RQVHOKR1DFLRQDOGH6HJXUDQoD$OLPHQWDUH1XWULFLRQDO
&216($
3DUWLFLSDQWHVGDVR¿FLQDVGHHVFXWDDSDUWLUGRFKDPDPHQWRS~EOLFRSDUD
VHOHomRGHSHVTXLVDGRUHVHSUR¿VVLRQDLVGHVD~GH
3HVTXLVDGRUHV$QD&DUROLQD0&DYDOFDQWH&HQWUR8QLYHUVLWiULR(VWiFLRGR
&HDUi$QD (OLVD 0 5HLQDOGL 8)8 &ULVWLDQR %RFFROLQL )LRFUX]5- (OLVD
/DFHUGD8)5-(OVD*LXJOLDQL8)5*6*DEULHOD%LRQL8(5-,QrV5XJDQL
8(5- -RHO $/DPRXQLHU 8)6- -XOLDQD 5 %HUQDUGL 8)5*6 0DULD
/DXUD /RX]DGD 183(16863 0iUFLD 5HJLQD 9LWROR 8)&63$ 3DWUtFLD
-DLPH )63863 3DXOD & 6DOGDQ 81,&(1752 3DXOD '% &DPSDJQGR
81,6,12656 5DIDHO &ODUR 8)0* 5HJLQD /DQJ 8)35 5HMDQH 0 )
/HQ\8)355RVHO\2VHOND66DUQL81,)(636%39DOGHF\U+HUG\$OYHV
8))H9LYLDQH9LHLUD)63863
259
3UR¿VVLRQDLV GH 6D~GH $QD 3DXOD *RUJHQ (QFDQWDGR56 &DPLOOD % $
.RJDQYD ,)**RLkQLD &OHLD %DUERVD 2XUR 3UHWR0* &ULVWLDQH $SDUHFLGD
0DFKDGR606&XULWLED35'DIQL3DLYD*RPHV1$6)63(GLOPD)LHO%DUERVD
+0'572 ,RQH 4XHLUR] GH -HVXV 3UHIHLWXUD GH 6363 -DQLQH *XLPDUmHV
-RLQYLOOH6& /XFLDQD 0DFHGR %/+7RFDQWLQV 0iUFLD )DULD 3HWUySROLV5-
0iUFLD7HL[HLUD6(65-0LULDP2OLYHLUDGRV6DQWRV6(6')3DWUtFLD$UD~MR
6RXWR1$6)0*7iWLOD/LPD606±5LR9HUJH*2H7HVVDGD6LOYD%DUERVD
1$6)5LEHLULQKRV3URI121RUWH$0
7pFQLFRVGR0LQLVWpULRGD6D~GH$OLQH2NDPXUD&*$106$PDQGD0RXUD

&*6&$006$QD0DULD6SDQLRO&*$106&DUROLQD/LPD'$%6$6(OLDQH
0DUD9LDQD+HQULTXHV'6(,&(06)DELDQD$]HYHGR&*$106)HUQDQGD
5DXEHU&*$106*LOVLDQH(VSLQRVD&*$106*LVHOH%RUWROLQL&*$106
.LPLHOOH &ULVWLQD &*$106 /DXUD &RUGHLUR 5RGULJXHV &*$106 /RUHQD
0HOR&*$1060DULDGD3HQKD))&DPSRV&*$1060DULDGH1D]DUp
0RUDHV '$%06 1HLGH &UX] &*6&$006 5DIDHOOD 6DQWLQ &*$106
5DTXHO1XQHV&*$106H6DUD$UD~MRGD6LOYD&*$106
3DUWLFLSDQWHV GD R¿FLQD GH HVFXWD FRP DWRUHV HVWUDWpJLFRV GH GLYHUVDV
instâncias do governo federal e de representantes de entidades da sociedade
civil cuja atuação tem interface com o tema da alimentação infantil
$OLFH0HGHLURV23$6206$PDQGD&DEUDO&*$106$QD&ODXGLD$UDXMR

$19,6$$QD3DXOD%RUWROHWWR,'(&%UXQD3LWDVL$UJXHOKHV&*$106
&DUROLQD&KDJDV06'&DUROLQH&'RODERQD3DVWRUDOGD&ULDQoD'LRQtVLD
1DJDKDPD,13$(ODLQH6DQWRV&)1eOLGD$PRULP6(6$,06)HUQDQGD
5DXEHU &*$106 *LRYDQQD 6RXWLQKR 236$181% *LVHOH %RUWROLQL
&*$106+HOLVVD0RUHLUD&*$106-XDUH]&DOLO)1'(/HWtFLD7ROHGR
GR$PDUDO'$*(306/RUHQD0HOR&*$106/XDQ1XQHV&*$106
/XFLDQD1DVFLPHQWR0(&/XFLPHLUH%URFNYHOG(PEXGDV$UWHV630DULD
$GULDQD0RUHLUD&21$6(060DULD)HUQDQGD0RUDWRUL&*$1060DULQD
*RGRL GH /LPD &216($ 0{QLFD *RQoDOYHV &*$106 5HQDUD $UDXMR
&*6&$006 6{QLD 9HQkQFLR 6(663 0DULQD 5HD ,%)$1 H 9DOGHUH]
0 GH $UDJmR 81,&() H 7KDLQi $OYHV 0DOKmR ,1&$ 9DQHVVD 0DHVWUR
$19,6$
260
3DUWLFLSDQWHV GDV R¿FLQDV GH HVFXWD FRP PmHV SDLV UHVSRQViYHLV H

ativistas ligados a movimentos sociais em 2016
23 e 24 de fevereiro de 2016 – São Paulo
$QQH5DPPL*LRYDQQD%DORJK*LRYDQQD0)%ULWR.DULDQ$QGUDGHGD6LOYD
de Jesus, Killian Colombo Maciel, Maria Catarina Soares Borges, Marialice
/HY\0D\UD3&RQFKD9HQHURQLH0LOHQD*XLRWWL
07 e 08 de março de 2016 – Brasília
$PDQGD%UDQTXLQKR%UHQGD9DOHULD$OPHLGD&RQWUD+RQRUDWR&DPLOD5DQJHO
)UHLUH&ODXGLDGH/LPD'pERUD&ULVWLQD)UHLWDV'KHQHU9HQWXUD(GJDU-RVp
Canedo, Eva Barbosa Barros, Graciete Santos do Nascimento, Helen Altoe D.
%DVWRV-R\FH'RXUDGR)UHLUH.DULVWHQQ&DVLPLUR%UDQGW.H\OOD9LUJtQLDGD
)RQVHFD/HWtFLD&DUYDOKR1HXKDXVV/LYLD0DULD3R]]HWWLGH6RX]D0LQDWHO
1LQD6FKXEDUW5RVHPEHUJGD6LOYD0DUWLQV6RQLD6DOYLDQR6XPDUD6DQWDQD
Telmanara de Padua Freitas e Úrsula Batista de Oliveira Nepomoceno.
07 de março de 2016 – Curitiba
Ana S., Isolina Antônia da Silva, Loane, Margarete Resende, Regina Rosa de
Oliveira e Roseni Mira.
10 e 11 de março de 2016 – Rio de Janeiro
Aline dos Santos Vital, Aline Rodrigues Correa Sudo, Aline Rodrigues
3DGRYDQL$QQH/RXLVH$ULDQH'RPLQJRVGD6LOYD%UXQD5H]HQWH3LQKHLURV
&DUOD6DQWRVGH$UD~MR'DQLHOD*XHGHV'D\QH%HUQDUGRGH$UD~MR*DEULHOD
%LRQL -RVHDQH 6RX]D %HQGLWR -XOLDQD 'LDV -XOLDQD 0DUWLQV 2OLYHLUD .HOO\
Cristine Oliveira Gonzaga, Larissa Eliana F. Da Silva, Marcia Soares dos
6DQWRV0RQLFD&KLSSRWHDXH0RQLFDGH6RX]D+HQULTXH
21 e 22 de março de 2016 – Manaus
$PDQGD0HOLQD'DQLHOOH(GLODQH3RUWR'LDV(GLOFLDQDGD6)DULDV(YHO\Q
$OGD *HDQH$ GRV 6DQWRV *OH\FLDQH 6DQWRV ,Qr] 6RX]D GD 6LOYD ,QJULG
261
3DVVRV -DLOD %RUJHV -RVLOGD -XOLDQD 2 GH /LPD -XOLDQQH / 6 .iWLD
0HGHLURV.DUHQ0DJDOKmHV0DUD9DUHOD0DULDGH/RXUGHV0DUZ\QR/HmR
0LOD&ULVWLDQ3DWULFLD&DURO/RSHV3DWUtFLD3HWUXFLHOOH0DULQKR5LFKHOH0GH
6RX]D5RVHPDU$OPHLGD6DUDK2OLYHLUD7KDOLD0DUWLQV9LWyULD%UDJD3/LPD
e Viviane Ferreira Martins.
3DUWLFLSDQWHVGDR¿FLQDGHHVFXWDFRPGLYHUVRVDWRUHVHPIHYHUHLURGH
2018
$GULHOH6XFLQR81,)(63$OLFH0HGHLURV23$6206$OLQH&DPDUJR9LHLUD

6RFLHGDGH9HJHWDULDQD%UDVLOHLUD$OLQH6XGR,%)$1$PDQGD%UDQTXLQKR
6LOYD3URFXUDGRUD*HUDOGD5HS~EOLFD$PDQGD0RXUD&*6&$006$QD
&DUROLQD)HOGHQKHLPHU8(5-$QD&DUROLQD/XFHQD3LUHV&*$106$QD
/XtVD0RXUD&*$106$QD0DULD&DYDOFDQWH,1$'5-$QD0DULD0DLD
)LR&UX]%$$QD3DXOD%RUWROHWWR,'(&$ULDQHGH0DWRV&*6&$006
%UXQD 3LWDVL$UJXHOKHV 1(5-06 %UXQR 'LDV *UXSR 7pFQLFR GH 5HYLVmR
do Guia &RPXQLFDomR &DUORV 0RQWHLUR 863 &DUROLQD %HORPR 8)35
&OHLD %DUERVD ,%)$1 &ULVWLDQR %RFFROLQL )LR&UX]5- 'DQLHO %DQGRQL
81,)(63 'DQLHOD 1HUL 183(16863 'HXWLUHQH &DUGRVR 6(6$&
'LHJR&DUGRVR0'6(OGD/LPD7DYDUHV8(5-eOLGD$PRULP6(6$,06
eOLGR%RQRPR&)1(OLVD/DFHUGD8)5-(OLVDEHWWD5HFLQH$%5$6&2
(OVD*LXJOLDQL8)5*6(QLOFH6DOO\,%)$1)DELDQD0XOOHU,%)$1)DEtROD
6RXVD 81,)(63 )HUQDQGD *RHGHUW &*6%06 )HUQDQGD 0DLQLHU 3}H
QR5yWXOR)HUQDQGD0RQWHLUR&*6&$006)HUQDQGD5DXEHU183(16
863 *DEULHOD %LRQL 8(5- *LRYDQQQD 0HQHVHV %DUERVD )1'( *LVHOH
%RUWROLQL&*$106*LVHOH0rQH6(6$,06+HOLVVD0RUHLUD&*$106
,QrV 5XJDQL 8(5- ,ULVOpLD 6LOYD )1'( ,VDEHO 'LHIHQWKDOHU &*$106
,YRQH 0DUTXHV 6(6$0 -DQDtQD GDV 1HYHV 8)6& -DQLQH *XLPDUmHV
-RLQYLOOH6&-RUJLQHWH'DPLmR8(5--XOLDQD&DVHPLUR8(5-.DULVWHQQ
&DVLPLUR 6(6') .iWLD *RGR\ &UX] &*$106 /tJLD $PSDUR 8)%$
/tOLDQGRV6DQWRV&(&$1(%$/XFLDQD&DVWUR8(5-/XFLDQDGH2OLYHLUD
&(&$1(8)5*6 /XFLDQD 0DOGRQDWR 8(5- /XLVHWH %DQGHLUD 0'6
0DtVD%HOWUDPH3HGURVR6(6560DULD$OLQH6DQWRV&*'$17060DULD
&ULVWLQD3DVVRV8)230DULD&RQFHLomR6DORPmR6(65-0DULD-DQDtQD
262
1XQHV6(6*20DULD6DQGUD/HRFiGLR&2)(10DULDQD3LQKHLUR0'6

0DULQD 5HD ,%)$1 0LULDP GRV 6DQWRV 6(6') 1DWKiOLD 5LEHLUR %HOWUmR
6(60* 1HLGH 0DULD GH 6HOHUF\ 6(6$,06 3DPHOD /HLWH &216($
3DWUtFLD 0HOR )1'( 3DXOD '% &DPSDJQGR 81,6,12656 3ULVFLOD
7DYDUHV &*$106 5DIDHOOD 6DQWLQ &*$106 5HJLQD /DQJ 8)35
5HQDUD $UDXMR &*6&$006 5HQDWD )HUUHLUD $19,6$ 6DUD $UD~MR GD
6LOYD &*$106 6LOYLD )DULDV 8(5- 6LPRQH *XDGDJQLQ &*$106
6LPRQLGD6LOYD&*'$17066{QLD6DOYLDQR,%)$16XHOL,2&RQFHLomR
6(60$ 7DPDUD 3LQKHLUR &*$106 7KDLQi 0DOKmR ,1&$ 7KD\QDUD
$OYHV 1RJXHLUD )1'( 7~OLR 9RQVWDQVWXQHU 81,)(63 9kQLD /~FLD /HLWH
3DVWRUDOGD&ULDQoD9LOPD5DPRV6(63(9LOQHLGH6HUYD,0,3H=DtUD
6DOHUPR&,$1
2¿FLQDGHSURGXomRGHLPDJHQVGHDOLPHQWRVHSUHSDUDo}HVFRRUGHQDGD
pela equipe do curso de Gastronomia da UFRJ – Rio de Janeiro –
novembro de 2018
$QD%HDWUL]6LOYD$OYHVGH6RX]D$QD&DUROLQD6DQFKHV)HUQDQGHV%LDQFD
(ORLGD6LOYD(OLVD0DULDGH$TXLQR/DFHUGD(VWHYmR/HPXHOGH6RX]D/LPD
*XLOKHUPH 6KLWRPL$NL\RVKL ,VLV )RQVHFD 6i -R\FH 7DUVLD *DUFLD &D¿HLUR
Juliana Martins Oliveira, Letícia Ferreira Tavares, Mara Lima de Cnop, Marcelo
+HQULTXH)HUUHLUDGH2OLYHLUD0DULDGR&DUPR6DQWRVGH6RX]D0LFKDHO%DOGL
Maller Hermenegildo e Silvia Cristina Farias.
)RWRJUD¿D
$GULDQD&RUGHLUR)3LQKHLUR$PDQGDGRV6DQWRV)UDQFR$QD0DULD&DYDOFDQWH
GH/LPD$QGUHD'yULDGR1DVFLPHQWR6LOYD$QGUHLD0HQGRQoD$OYHV3LQKHLUR
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)HUQDQGHV&OiXGLD5REHUWD%RFFD6DQWRV&OpVVLD'DQWDVGH0HGHLURV'DQLHO
Daniela dos Santos Almeida, Denise Eduardo de Oliveira Alencar, Eduardo
Augusto Fernandes Nilson, Elsa Regina Justo Giugliani, Fernanda Almeida
6%UXP*DEULHOD0DULDGH&DUYDOKR5RGULJXHV*DEULHOD0RXUD*LVHOH$QH
%RUWROLQL *UDFLHOO\ /RSHV9LHLUD &KDYHV *UD]LHOD 0DUOD GRV 6DQWRV+HOHQD
263
)LDOKRGH&DUYDOKR7RUUHV-RUJLQHWHGH-HVXV'DPLmR-XOLDQD0DULD%UDQGmR
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6LOYD/HWtFLD)HUUHLUD7DYDUHV/XtV2OLYHLUD/XL]D/LPD7RUTXDWR0iUFLD&RVWD
3LQKHLUR1HU\0iUFLD5HJLQD6RX]D5RGULJXHV0DULDQD)HUQDQGHV%ULWRGH
2OLYHLUD0DULDQD9LFWRUGH)DULD0DULQD0DLD&DUQHLUR0D\DUDGH$)HUUHLUD
0LFKHOOH'HOERQLGRV3DVVRV4XLQWHLUR0LFKHOOH5RGULJXHVGH6RXVD0XULHO
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*RO]LR &RUUHLD /LPD 5DFKHO )HUUHLUD 7DYDUHV 0DQWRYDQ 5DIDHOOD GD &RVWD
6DQWLQ5DTXHO5RGULJXHV&DPSRV0DFKDGR5HQDUD*XHGHV$UD~MR5HQDWD
3HQQD 5REHUWD 0HLUHOOHV *DVSDU 5RGULJR %DUERVD /RSHV 5RQGRQ 5RViULR
9HOOR]R6iYLR&DYDOFDQWH0DUTXHV6KHLODGH&DVWUR6LOYD7KDLV&RXWLQKR
7KDOLDGH2OLYHLUD&RVWD7KLDJR0DUHV&DVWHOODQ
264
Biblioteca Virtual em saúde do Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/bvs

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

GUIA ALIMENTAR PARA

O GUIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS BRASILEIRAS MENORES DE 2 ANOS COMO

UM GUIA ALIMENTAR PARA AS FAMÍLIAS DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS ....................... 15

LEITE MATERNO: O PRIMEIRO ALIMENTO ...................................................................................... 21

CONHECENDO OS ALIMENTOS ........................................................................................................ 63

A CRIANÇA E A ALIMENTAÇÃO A PARTIR DOS 6 MESES ............................................................... 93

CRIANÇAS MENORES DE 6 MESES QUE NÃO ESTÃO SENDO AMAMENTADAS

ALIMENTAÇÃO DE CRIANÇAS NÃO AMAMENTADAS ..................................................................... 141

COZINHAR EM CASA.......................................................................................................................... 157

ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL: LIDANDO COM OS DESAFIOS DO COTIDIANO ....... 189

CONHECENDO OS DIREITOS RELACIONADOS À ALIMENTAÇÃO INFANTIL ............................... 209

DOZE PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL .................................................................. 221

PARA SABER MAIS ............................................................................................................................. 229

GLOSSÁRIO ........................................................................................................................................ 243

ANEXO – PROCESSO DE ELABORAÇÃO DA NOVA EDIÇÃO DO GUIA ALIMENTAR PARA

A alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da

Além disso, desde os primeiros anos de vida, as crianças estão consumindo

em 2002, sendo revisada em 2010. Esta nova edição busca responder às

Esta publicação reforça o compromisso e a prioridade absoluta do Ministério da

O Direito Humano à Alimentação

TXDQWLGDGH H TXDOLGDGH DWHQGHQGR DRV SULQFtSLRV GD YDULHGDGH HTXLOtEULR

A alimentação é um fator de identidade de povos e grupos e diz respeito aos

,QIHOL]PHQWH QHP WRGDV DV FULDQoDV EUDVLOHLUDV WrP DFHVVR j DOLPHQWDomR

VDXGiYHLV QD YDULHGDGH H TXDQWLGDGH QHFHVViULDV +i DLQGD SHVVRDV TXH

É essa a perspectiva deste Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores

O Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos traz

1DV SUy[LPDV SiJLQDV YRFr HQFRQWUDUi RULHQWDo}HV VREUH DPDPHQWDomR

1) A saúde da criança é prioridade absoluta e responsabilidade de todos

A gestação e os 2 primeiros anos de vida são importantes para o pleno

2) O ambiente familiar é espaço para a promoção da saúde

O ambiente familiar deve proporcionar interações e fortalecer vínculos entre

3) Os primeiros anos de vida são importantes para a formação dos hábitos

4) O acesso a alimentos adequados e saudáveis e à informação de

2 DFHVVR D LQIRUPDo}HV FRQ¿iYHLV IRUWDOHFH D DXWRQRPLD GDV IDPtOLDV H GH

5) A alimentação é uma prática social e cultural

6) Adotar uma alimentação adequada e saudável para a criança é uma

7) O estímulo à autonomia da criança contribui para o desenvolvimento de

Incentivar a autonomia da criança é fundamental para construir uma boa

Neste capítulo, falamos sobre a importância do leite materno e da amamentação,

Leite materno e amamentação

O desenvolvimento infantil é um processo contínuo e muito intenso nesse período.

Amamentar é um direito da mãe e ser amamentada é um direito da criança. Mas o

É muito importante a participação de todos durante a amamentação: do pai da

Amamentação até os 2 anos ou mais e exclusiva até os 6 meses

Apesar da recomendação de amamentar até 2 anos ou mais, muitas pessoas

Por que amamentar é tão importante?

• Porque faz bem à saúde da criança – O leite materno protege contra

• Porque faz bem à saúde da mulher –$PDPHQWDUDX[LOLDQDSUHYHQomR

• Porque promove o vínculo afetivo – A amamentação é um ato de interação

• Porque é econômico –$PDPHQWDUpEHPPDLVEDUDWRGRTXHDOLPHQWDUD

• Porque faz bem à sociedade – Crianças amamentadas adoecem menos e

• Porque faz bem ao planeta – A amamentação contribui efetivamente para a

e sem prejuízos aos recursos naturais. Dispensa a produção leiteira animal,

Como é o leite materno e como ele é produzido?

Durante a gestação, as mamas passam por transformações para produzir leite.

O leite materno pode variar também de sabor de acordo com a alimentação da

7RGR R OHLWH PDWHUQR p DGHTXDGR SRVVXLQGR FDORULDV JRUGXUDV SURWHtQDV

D DPDPHQWDomR SRGH VHU PDLV DJUDGiYHO H SUD]HURVD VH DOJXQV SUREOHPDV

Veja o que fazer para prevenir alguns problemas na amamentação.

• Cuidar para que a posição e a pega sejam adequadas –([LVWHPGLYHUVDV

Figura 1 – Diferentes posições para amamentar.

Independentemente da posição, o principal é a “pega”

TXDQWLGDGH H TXDOLGDGH DWHQGHQGR DRV SULQFtSLRV GD YDULHGDGH HTXLOtEULR

,QIHOL]PHQWH QHP WRGDV DV FULDQoDV EUDVLOHLUDV WrP DFHVVR j DOLPHQWDomR

VDXGiYHLV QD YDULHGDGH H TXDQWLGDGH QHFHVViULDV +i DLQGD SHVVRDV TXH

1DV SUy[LPDV SiJLQDV YRFr HQFRQWUDUi RULHQWDo}HV VREUH DPDPHQWDomR

7RGR R OHLWH PDWHUQR p DGHTXDGR SRVVXLQGR FDORULDV JRUGXUDV SURWHtQDV

UHVSHLWDQGR R GHVHMR GD PXOKHU $ DPDPHQWDomR ORJR DSyV R SDUWR OLEHUD

5HFRPHQGDVH TXH D FULDQoD VHMD DPDPHQWDGD GHVGH D SULPHLUD KRUD GH

'XUDQWH D DPDPHQWDomR D PXOKHU FRVWXPD VHQWLU PDLV VHGH H IRPH 2

WULVWH]D LUULWDELOLGDGH LQFDSDFLGDGH SDUD FXLGDU GR EHEr FDQVDoR VHQWLPHQWRV

O que pode ser feito1HVVHVFDVRVpIXQGDPHQWDOTXHDPXOKHUVHVLQWD

O que pode ser feito2SULPHLURSDVVRpGHL[DUREHErPDPDUVHPSUHTXH

KDYHU XP SODQHMDPHQWR e LPSRUWDQWH HQWHQGHU TXH HVWH SURFHVVR SUHFLVD

e FRPXP PXOKHUHV FXLGDGRUDV H FXLGDGRUHV WHUHP G~YLGDV HP DOJXPDV