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8- Era pública a escola,

E dessas sem estrutura,


As vezes tinha merenda,
Cuscuz seco e rapadura,
Que amenizava a fome
Num momento de fartura.

9- Sempre as 11 da manhã,
O horário que largava,
1- Pedimos licença aqui, Ia à casa e depois
Um pouco de atenção, Pros locais que trabalhava.
Escrevemos em cordel Era engraxate e disso
A admirável ação Ele não se envergonhava.
De um menino carente
Verdadeiro cidadão. 10- O dinheiro que ganhava
Servia para as despesas
2- Em 1º. de janeiro, E ainda ajudava
Foi o dia em que nasceu Quem nada tinha à mesa,
João Francisco da Silva, Não queria pra si só,
Nome que sua mãe lhe deu, Disso temos a certeza.
Criado em periferia,
É orgulho de nosso Deus. 11- Ele disse a sua mãe
Que não podia olhar
3- Residia em favela, Alguém vivendo em miséria
Barraco de tábua, a casa, E passava a perguntar:
E móveis, pouco havia, - "Por que a classe dos ricos
Mesa e fogão de brasa, Não cuida em ajudar?"
Colchão velho pra dormir,
Uma pia, dessas, que vasa. 12- Lutava contra a fome,
Pois sabia o que passava,
4- De casa muito humilde, Junto com a sua mãe
Sem nenhuma mordomia, A pobreza enfrentava.
Ficava insatisfeito, Os tempos eram difíceis,
Mesmo assim com alegria Um ou outro ajudava.
Tinha muita confiança, 02
Coragem não faltaria.
13 - E teve que trabalhar
5- Ele não tinha irmãos, Para obter melhorias
Sentia-se até sozinho, Porque não queria pensar
Mas do povo e da mãe, Num mundo só de agonia.
Recebia o carinho. Ele desejava mesmo
Logo perdeu o seu pai Um pouco de alegria.
Árduo ficou seu caminho.
14 - O menino foi crescendo,
6- Com a idade de 7 anos Mais saber adquirindo,
Começou a trabalhar Querendo mudar a vida,
Porque sua mãe não tinha Contra a injustiça, agindo,
Com o que lhe sustentar, Pois sabia que assim
Pois problema de saúde O mal ia diminuindo.
Começou a apresentar.
01 15 - Gostava de trabalhar,
Tinha generosidade,
7- Também foi com 7 anos Não queria mal a ninguém,
Que foi à escola estudar Mas justiça e igualdade,
Sendo muito aplicado Sonhava com um mundo novo
Logo veio a conquistar De amor e dignidade.
A leitura, a escrita,
Queria certo falar.
16- Em meio às dificuldades Pouquíssimo a gente ver,
Que a pobreza o submetia, E esse é um dos casos
Sempre força e muita fé Que muitos queriam viver,
O menino adquiria, Porém o nosso sistema
Aos poucos realizações, Não permite acontecer.
Felizmente conseguia. 04

17- Era mesmo esforçado, 25- Foi difícil o estudo,


Íntegro, idealizador, Sofrimento por demais,
Condições muito importantes Sem dinheiro para livro,
Para ser um vencedor, Ir a Congresso, jamais,
E aos pobres, como ele, Ele até passara fome,
Desejava dar valor. Mas não se via incapaz.

18- Vendo sua dedicação 26- Refeições, na faculdade,


Naquela comunidade, Em casa, ia se virando,
Uma ONG lhe chamou Lia até de madrugada,
Pra lutar por igualdade, Vivia se dedicando.
Lutar pelos seus direitos, Não se sabe bem aonde
Por melhor sociedade. Forças ia encontrando.
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27- Queria ser professor,
19 - E para o povo ajudar, Se este ganhasse bem,
Nessa ONG ele lutou Para dar educação
Por direitos sociais, Aos que pouco ou nada têm,
Exigiu e protestou Mas com o que ganha o mestre,
E o menino mal tratado Preferiu ir mais além.
Então se manifestou.
28- Toda a comunidade
20- Todos os membros dessa ONG Com certeza o admirava.
Tinham em mente reduzir De onde vem tanto vigor?
As dores do povo pobre Era o que se perguntava
E evitar expandir: Tornava-se um exemplo,
Miséria, desesperança, O povo se orgulhava.
Que impedem um melhor sorrir.
29- E com ajuda da ONG,
21- Toda manhã o João Aos 23 se formou.
Ia à escola estudar, Realizou um dos sonhos
Sempre estava presente, Que era o de ser doutor
Ninguém o via faltar, E para os gastos precisos
As vezes sem ter merenda, A entidade ajudou.
Mesmo assim estava lá.
30- Como retribuição
22- Seu sonho não escondia: João Francisco tinha em mente,
Queria ser um doutor, Prestar serviço a ONG,
Pra ganhar muito dinheiro, Ajudar a outros carentes,
Sair da vida de horror, Pois da sua atenção,
Para ajudar aos doentes, Precisava muita gente.
Aos pobres, ao sofredor. 05

23- Terminou os seus estudos, 31- Hoje vive empregado


Passou no vestibular, Na sonhada profissão
Quase ninguém acreditou E em seu trabalho diário
O jornal noticiar Dá valor ao cidadão,
Seu nome entre os primeiros Não esquece seu passado,
Na lista a constatar. Como sofrera então.

24- Pobre estudar medicina, 32- João Francisco da Silva


Virou médico afamado Que pega o ser carente
E é exemplo de gente E o faz morrer de fome,
Que deve ser admirado, Viveremos de injustiça,
Pelo que sofreu um dia E pobre será o homem.
Podia ser um revoltado.
41- É preciso que o povo
33- Contudo mostrou virtude Não fique a esperar
Que nem todo mundo tem, A ajuda da classe rica,
Coragem para enfrentar Essa não vai querer dar,
A miséria e ir além O que precisamos mesmo
Das suas possibilidades, É saber em quem votar.
Merece os parabéns.
42- Ou seja, num líder pobre,
34- Ele doa parte do tempo Que não seja traidor,
Pra atender aos necessitados, Que invista em educação
Sem cobrar por isso nada, Que dê ao trabalhador
É um trabalho apaixonado Condições de prosperar
De quem ama o semelhante, E respeite o seu valor.
É um ser glorificado. 07

35- A vida do povo aqui 43- Devemos ser persistentes


Não devia ser assim: Como o menino João
O pobre sofrendo muito Que tinha um objetivo
Do princípio até o fim, E pôs em prática a ação,
Mas isso só é possível Não usou arma de fogo,
Porque a política é ruim. Mas fez uma revolução.

36- Como é ruim também 44- A revolução querida


Quem detém nosso poder, É a mudança cultural,
Que compra o voto do pobre Onde o ser faça do agir
E não quer oferecer Procedimento moral,
Uma escola de qualidade Onde a justiça seja
Que mude nosso viver. Uma prática habitual.
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45- Com cadeia para o rico
37- Somente a educação, Sonegador e ladrão,
O mundo pode mudar, Com divisão das riquezas
Criando um homem novo, Entre os pobres da nação,
Capaz de não aceitar Com o devido investimento
O diabo da corrução Na área de educação.
E um patrão a lhe explorar.
46- Não pagar a dívida externa
38- Só o homem educado Pois ela foi mais que paga,
Não se apega a riqueza, E com o dinheiro investir
É solidário e justo, Para acabar com a praga,
Não aceita a esperteza Travestida em desemprego,
Dos que querem se manter Que suja, fede e amarga.
Só as custas da pobreza.
47- Aniquilar o corrupto
39- Quando nós adquirirmos De uma vez, quase zerar
De fato, a educação, O cão da taxa de juros
O saber será entendido Que impede o país gerar
Por partilha e inclusão, Emprego e condições
Mas pra isso acontecer Pro povo melhor morar.
Ainda falta muito chão.
48- No exemplo de João Francisco
40- Enquanto nosso sistema Nos basear e seguir,
For um "bicho" que consome, Que então ONG´s e escola
Estejam a contribuir
E só depende de nós
Outro Brasil construir.
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FIM

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