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INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA

INTRODUÇÃO À
PSICOPEDAGOGIA

Margarete Terezinha de Andrade Costa

Fundação Biblioteca Nacional


ISBN 978-85-387-4833-5
INTRODUÇÃO À
PSICOPEDAGOGIA
9 788538 748335
41539

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INTRODUÇÃO
À PSICOPEDAGOGIA

Margarete Terezinha de Andrade Costa

IESDE BRASIL S/A


Curitiba
2015
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© 2015 – IESDE BRASIL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem
autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
________________________________________________________________________
C875i

Costa, Margarete Terezinha de Andrade


Introdução a psicopedagogia / Margarete Terezinha de Andrade Costa. - 1. ed. - Curi-
tiba, PR : IESDE Brasil, 2015.

76 p. : il. ; 21 cm. 

ISBN 978-85-387-4833-5

1. Psicopedagogia. 2. Psicologia educacional. I. Título.

15-22538 CDD: 370.15


  CDU: 37.015.2
________________________________________________________________________
07/05/2015 15/05/2015 

Capa: IESDE BRASIL S/A.


Imagem da capa: Shutterstock

Todos os direitos reservados.

Produção

IESDE BRASIL S/A.


Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200
Batel – Curitiba – PR
0800 708 88 88 – www.iesde.com.br
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Apresentação

Este guia de estudo tem como objetivo introduzir os alunos no campo da psico-
pedagogia. Para tanto, são apresentadas as bases teóricas e os apontamentos para o
fazer psicopedagógico, tanto preventivo quanto terapêutico, nos processos do de-
senvolvimento e nas aprendizagens humanas.
É importante destacar que ser psicopedagogo é viver em um estado de formação
constante, pois essa área do conhecimento não é simplesmente a junção da Psicologia
com a Pedagogia, que já seriam dois grandes estudos. É, na verdade, um campo que
integra conhecimentos e princípios de diversas ciências a fim de buscar conhecer
sempre mais sobre os processos de aprendizagem e suas consequentes falhas.
A atuação do psicopedagogo frente ao ato de ensinar e aprender possibilita uma
atuação tanto na área clínica quanto na institucional, ampliando, portanto, seus
campos de pesquisa e atuação. Assim, a ajuda do psicopedagogo é concretizada
em diferentes instituições, sejam escolares, clínicas, hospitalares ou organizacionais.
Por ser uma área nova de estudos e pesquisas, cabe ao profissional da
Psicopedagogia desenvolver versatilidade e competências fundamentadas em teo-
rias e vivências práticas, a fim de que seu trabalho seja reconhecido e se faça neces-
sário no mercado de trabalho.
Espera-se que este material forneça aos alunos subsídios para o sucesso pessoal
e profissional, por meio de uma qualificação séria, densa e intrigante.
Bons estudos!

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Sobre a autora

Margarete Terezinha de Andrade Costa


Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista
em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP)
e em Magistério de 1.º e 2.º graus pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais
de Curitiba. Graduada em Pedagogia e em Letras Português-Inglês pela Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

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Sumário

Aula 01 O PASSADO E O PRESENTE DA PSICOPEDAGOGIA 9


PARTE 01 | O QUE É PSICOPEDAGOGIA 11

PARTE 02 | A HISTÓRIA DA PSICOPEDAGOGIA NA EUROPA 14


PARTE 03 | A HISTÓRIA DA PSICOPEDAGOGIA NA ARGENTINA E NO BRASIL 16

Aula 02 INSERÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NAS INSTITUIÇÕES 19


PARTE 01 | ABORDAGEM CLÍNICA 21

PARTE 02 | ABORDAGEM PREVENTIVA 24


PARTE 03 | ABORDAGEM ESCOLAR 26

Aula 03 OS CAMPOS DE AÇÃO PROFISSIONAL DO PSICOPEDAGOGO 29


PARTE 01 | ENFOQUE CLÍNICO 31

PARTE 02 | ENFOQUE ESCOLAR 34


PARTE 03 | ENFOQUE HOSPITALAR 37

Aula 04 PSICOLOGIA E PEDAGOGIA: UMA RELAÇÃO DIALÓGICA 41


PARTE 01 | COMUNICAÇÃO E O CONHECIMENTO 43

PARTE 02 | NÃO APRENDIZAGEM 46


PARTE 03 | PRÁTICA EDUCATIVA 49

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Sumário

Aula 05 OLHAR PSICOPEDAGÓGICO SOBRE AS DIFERENÇAS 53


PARTE 01 | ATENDIMENTO ESPECIAL 55

PARTE 02 | ATENDIMENTO ÀS FAMÍLIAS 58


PARTE 03 | ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO 61

Aula 06 A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NOS PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM 65


PARTE 01 | A INTELIGÊNCIA HUMANA 67

PARTE 02 | TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS 70


PARTE 03 | FORMAÇÃO DOCENTE E A PRÁTICA EDUCATIVA 73

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Aula 01

O PASSADO E O
PRESENTE DA
PSICOPEDAGOGIA
Objetivos:

Conhecer o que é psicopedagogia e


entender a sua história.

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O PASSADO E O PRESENTE DA Par te


PSICOPEDAGOGIA 01
O QUE É PSICOPEDAGOGIA
A psicopedagogia surgiu em resposta aos problemas de
aprendizagem que não tiveram solução na pedagogia e nem na
psicologia. Assim, seu campo de atuação envolve tanto a área
da educação quanto a área da saúde e tem como foco a apren-
dizagem na dimensão normal e patológica, sempre relacionada
ao meio no qual a criança, jovem ou adolescente está inserida.
Para Kiguel (1991 apud Bossa, 2007, p. 8),
[...] o objeto central de estudo da psicopedago-
gia está se estruturando em torno do processo
de aprendizagem humana, seus padrões evoluti-
vos normais e patológicos – bem como a influên-
cia do meio (família, escola, sociedade) no seu
desenvolvimento.

Por envolver diferentes redes de possibilidades, o processo


de ensino-aprendizagem exige um olhar voltado para ciências
distintas, daí o surgimento da psicopedagogia tanto como uma
prática, quanto como um campo de investigação permeado ne-
cessariamente pelo saber científico.
Segundo Bossa (2007) a psicopedagogia é uma área nova,
resultante da conexão de conhecimentos de várias disciplinas,
assinalando novas orientações para a solução de problemas anti-
gos. A psicopedagogia, ainda segundo a mesma autora, volta-se
para problemas de aprendizagem, os quais foram inicialmente
estudados pela medicina e pela pedagogia, sendo tratados na
atualidade por um corpo teórico que vem se estabelecendo a

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Pa r te O PASSADO E O PRESENTE DA
01 PSICOPEDAGOGIA

partir de aportes de outros campos.


Para Schoz (1996) o enfoque da psicopedagogia ultrapassa
o pensamento racional, fragmentado e casualista do passado,
e assume o compromisso de interferir não só nas defasagens,
mas também num modelo de conhecimento transdisciplinar1,
compatível com as características da pós-modernidade por in-
tegrar várias áreas do conhecimento e cobrir um vasto campo
de atuação de seu profissional.
Cabe, então, o olhar de Golvert (1985, apud Bossa, 2007)
que aponta o objeto da psicopedagogia como preventivo e
terapêutico.
Para uma prática psicopedagógica sólida, são necessá-
rios conhecimentos teóricos interdisciplinares fundamentados
na psicologia da aprendizagem e genética; teorias da perso-
nalidade; pedagogia; fundamentos da biologia, da linguística,
da sociologia e da filosofia. Também entram nesse rol áreas
afins, como a psicanálise e a medicina. Todas essas diferentes
visões voltam-se para a busca da origem e solução do problema
analisado.

Extra

Para ampliar a visão do que é psicopedagogia assista ao


vídeo Programa Algo a Mais: O Que é Psicopedagogia – Parte I.
Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=b3-S2fH59Io>.
Acesso em: 16 mar. 2015.
1 A transdisciplinaridade  constrói um novo objeto a partir da integração de diferentes disciplinas, com metodologia peculiar,
descaracterizando-as como tais, perdendo seus pontos de vista particulares e sua autonomia para constituir um novo campo
do conhecimento (COSTA, 2004).

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O PASSADO E O PRESENTE DA Par te


PSICOPEDAGOGIA 01
Atividade
Por que seria errado dizer que a psicopedagogia é a união
da psicologia com a pedagogia?

Referências
BOSSA, Nádia Aparecida. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir
da prática. Porto Alegre, Artmed, 2007.

COSTA, Margarete T. A. Projetos transdisciplinares: uma possibilidade


de educação científico-tecnológica e sócio-histórica para os que vivem do
trabalho. Disponível em: <www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/
File/2010/artigos_teses/2011/pedagogia/dprojtransd.pdf>. Acesso em: 14
mar. 2015.

SCHOZ, Beatriz Judith Lima. A psicopedagogia na visão multidisciplinar,


interdisciplinar e transdisciplinar. Revista Pedagógica, n. 15, p. 39, 1996.

Resolução da atividade

Porque a psicopedagogia integra várias áreas do conheci-


mento e cobre um vasto campo de atuação, não somente peda-
gogia e psicologia.

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02 PSICOPEDAGOGIA

A HISTÓRIA DA PSICOPEDAGOGIA
NA EUROPA
A psicopedagogia surgiu na Europa, no século XIX, nascida
pela preocupação com problemas de aprendizagem na área clí-
nica. Médicos, filósofos e educadores acentuaram na ação peda-
gógica maneiras de tratamento voltadas às formas de educação,
tornando a ação do pedagogo vinculada à do médico (MERY, 1985).
Assim, formou-se uma equipe médico-pedagógica pelo edu-
cador Seguin e pelo médico psiquiatra Esquirol, segundo Mery
(1985), a partir daí a neuropsiquiatria infantil passou a se ocu-
par dos problemas neurológicos que afetam a aprendizagem.
Na Itália, a psiquiatra Maria Montessori elaborou, no final
do séc. XIX – início do séc. XX, um método destinado às crianças
com dificuldades de aprendizagem relacionando a psicologia
com a pedagogia. O método Montessori foi desdobrado a todas
as crianças, sendo empregado em muitas escolas (MERY, 1985).
Também no final do séc. XIX, educadores como Itard,
Pereire, Pestallozi e Seguin dedicaram-se a crianças que exibiam
problemas de aprendizagem por causa de múltiplos distúrbios.
Na França, em 1946, passam a existir os primeiros centros
de atendimento psicopedagógicos constituídos por J. Boutonier
e George Mauco. Atendiam-se crianças com dificuldades de
aprendizagem e de comportamento considerado socialmente im-
próprio na escola, com uso dos saberes das áreas da psicologia,
psicanálise e pedagogia. Esses centros articulavam a Medicina,
Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, na dissolução dos problemas
de comportamento e de aprendizagem (BOSSA, 2007).

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PSICOPEDAGOGIA
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PSICOPEDAGOGIA 02
Em 1948, o termo “psicopedagogia” é definido como o
atendimento a crianças e adolescentes inteligentes, porém não
adaptados educacionalmente e que apresentam dificuldades
de aprendizagem. Também nesse ano o termo “psicopedagogia
curativa” passa a ser definido.
Esse termo foi adotado por Janine Mery, em meados de
1985, para caracterizar a ação terapêutica considerando aspec-
tos pedagógicos e psicológicos no tratamento de crianças que
demonstram problemas de aprendizagem.

Extra
Conheça um pouco mais sobre Maria Montessori em Escola
do Futuro (parte n.º 2). Disponível em: <www.youtube.com/
watch?v=ppYN4Dq0wgA>. Acesso em: 16 mar. 2015.

Atividade
Qual foi o problema social que impulsionou o nascimento
da psicopedagogia?

Referências
BOSSA, Nádia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.
3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

MERY, Janine. Pedagogia curativa escolar e Psicanálise. Porto Alegre:


Artmed, 1985.

Resolução da atividade

A psicopedagogia surgiu na Europa, no século XIX, nascida


pela preocupação com problemas de aprendizagem na área clínica.

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03 PSICOPEDAGOGIA

A HISTÓRIA DA PSICOPEDAGOGIA NA
ARGENTINA E NO BRASIL
Em meados de 1970, surgiram na Argentina, mais especi-
ficamente em Buenos Aires, os Centros de Saúde Mental que
atendiam pacientes com problemas de aprendizagem. Bossa
(2007) cita Sérgio A. da Silva que faz a seguinte colocação:
Nas primeiras décadas (deste século1) os psicólo-
gos argentinos não tinham permissão de clinicar,
então a educação, quase que total, os levou a
produzir toda uma metodologia sobre a chamada
dificuldade de aprendizagem dando origem à atu-
al Psicopedagogia. (SILVA apud BOSSA, 2007, p. 7)

Portanto, a prática psicopedagógica surgiu antes da cria-


ção do próprio curso e ele tem ocupado um significativo espaço
na esfera da educação e da saúde. A primeira cidade argentina
a oferecê-lo foi Buenos Aires.
Na Argentina, a psicopedagogia tem um caráter distinto da
psicopedagogia no Brasil.
[...] os instrumentos empregados são mais varia-
dos, recorrendo o psicopedagogo argentino, em
geral, a provas de inteligência, provas de nível
de pensamento; avaliação do nível pedagógico;
avaliação perceptomotora; testes projetivos; tes-
tes psicomotores; hora do jogo psicopedagógico.
(BOSSA, 2007, p. 42)

1 Início do século XX.

16 Introdução à Psicopedagogia
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PSICOPEDAGOGIA 03
Ainda segundo Bossa, na década de 70 a psicopedagogia
teve espaço no Brasil e foi associada a uma disfunção neuro-
lógica designada de Disfunção Cerebral Mínima (DCM), sendo
assim, baseada nos modelos médicos de atuação. Ainda a partir
de 1970, criaram-se cursos de formação de especialistas em
Psicopedagogia na Clínica Médico-Pedagógica de Porto Alegre,
com a duração de dois anos (BOSSA, 2007).
O Brasil recebeu subsídios para a ampliação da área psi-
copedagógica de profissionais argentinos tais como: Sara Paín,
Jacob Feldmann, Ana Maria Muniz, entre outros. Destacando
Jorge Visca como um dos maiores colaboradores da propa-
gação psicopedagógica no Brasil. Ele elaborou a chamada
Epistemologia Convergente, linha teórica que recomenda um
trabalho com a aprendizagem utilizando-se da integração de
três linhas da Psicologia:
• Psicogenética de Piaget “ninguém pode aprender
além do que sua estrutura cognitiva permite” (VISCA,
1987, p. 66).
• Freud “dois sujeitos com igual nível cognitivo e dis-
tintos investimentos afetivos em relação a um objeto
aprenderão de forma diferente” (VISCA, 1987, p. 66).
• Enrique Pichon Rivière segundo Jorge Visca:
[...] se ocorresse uma paridade do cognitivo e afe-
tivo em dois sujeitos de distinta cultura, também
suas aprendizagens em relação a um mesmo ob-
jeto seriam diferentes, devido às influências que
sofreram por seus meios socioculturais. (VISCA,
1987, p. 66)

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03 PSICOPEDAGOGIA

Em 1980, fundou-se a Associação Brasileira de


Psicopedagogia (ABPp), único órgão que representa a classe dos
psicopedagogos brasileiros, é uma entidade civil do terceiro se-
tor, de caráter científico-cultural, sem fins lucrativos, com sede
e foro na cidade de São Paulo, de abrangência nacional (repre-
sentada estadualmente por 15 seções e 3 núcleos).

Extras

Visite a página da Associação Brasileira de Psicopedagogia


(ABPp) no Facebook. Endereço eletrônico: <www.facebook.
com/AbPpNacional> e fique inteirado dos acontecimentos.
Você pode acessar também o site da Associação Brasileira
de Psicopedagogia (ABPp). Disponível em: <www.abppsc.com.
br/>. Acesso em: 16 mar. 2015.

Atividade
Em qual cidade surgiu a primeira faculdade de psicopeda-
gogia na Argentina?

Referências
BOSSA, Nádia Aparecida. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir
da prática. Porto Alegre: Artmed, 2007.

VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagógica. Epistemologia Convergente. Porto


Alegre: Artmed, 1987.

Resolução da atividade

Buenos Aires foi a primeira cidade argentina a oferecer


uma Faculdade de psicopedagogia.

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Aula 02

INSERÇÃO DA
PSICOPEDAGOGIA
NAS INSTITUIÇÕES
Objetivo:

Conhecer as abordagens psicopedagógicas:


escolar, preventiva e clínica.

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INSERÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NAS Par te


INSTITUIÇÕES 01
ABORDAGEM CLÍNICA
A psicopedagogia tem abordagens distintas, porém muitas
vezes complementares. Um dos campos de atuação da psicope-
dagogia é o atendimento clínico, realizado em sessões individu-
ais previamente programadas num espaço próprio, preparado
para tal.
De acordo com Bossa (2000), o espaço de atendimento de-
ver ser de aprendizagem, proporcionando ao sujeito chances de
conhecer o que está a sua volta, o que lhe impede de aprender,
possibilitando modificar uma história de não aprendizagem.
A psicopedagogia clínica faz uma intervenção terapêutica1
por meio de profissional especializado que buscará não só a
solução dos problemas de aprendizagem, mas também a cons-
trução de um sujeito pleno, crítico e mais feliz (ESCOTT, 2004).
O tratamento começa com o diagnóstico clínico, que dará
suporte para identificar as causas dos problemas de aprendiza-
gem. Segundo Escott (2004), no diagnóstico psicopedagógico é
necessário identificar o significado da não aprendizagem no de-
senvolvimento do sujeito e na relação com sua família e grupos
sociais em que vive.
A anamnese (entrevista inicial) com os pais e/ou responsá-
veis é muito importante, porque segundo Weiss (2004, p. 61),
seu objetivo é “ colher dados significativos sobre a história de
vida do paciente.” O psicopedagogo somente poderá recomen-
dar o tratamento necessário após essa entrevista com os pais e
1 Esse atendimento pode ser solicitado pelo professor, pela instituição de ensino ou pelo próprio estudante, com o objetivo
de auxiliá-lo no processo de aprendizagem.

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01 INSTITUIÇÕES

com o aluno. Por ser um processo multidisciplinar, caso sejam


identificados outros problemas, deve-se indicar um profissional
qualificado para ajudar no tratamento, como psicólogo, fono-
audiólogo, neurologista, entre outros.
Em seguida são utilizados instrumentos de análise como:
anamnese, provas operatórias e provas projetivas. Em geral,
de acordo com Bossa (2000), no diagnóstico clínico, além da
anamnese e da entrevista, são utilizadas provas de percepção,
psicomotoras, de nível mental, pedagógicas, de linguagem,
projetivas e outras, de acordo o referencial teórico adotado
pelo profissional.
O psicopedagogo também utiliza diversos recursos para
análise das dificuldades trazidas pelo aluno, tais como: dra-
matizações, jogos, leituras, diálogos, desenhos, brinquedos,
brincadeiras, conto de histórias, computador, projetos e outras
maneiras que serão descobertas no decorrer dos atendimentos.
Assim, o psicopedagogo clínico, como mediador de todo o
processo, pode orientar os pais e a escola indicando a melhor
atitude a ser tomada, pois só com a integração da tríade (aluno
X pais X escola) haverá resultados positivos.

Extra

Assista ao vídeo de Deborah Ramos sobre Psicopedagogia


Clínica. Disponível em: <http://mais.uol.com.br/view/upifzu-
lho2vu/ikwa--deborah-ramos-fala-sobre-psicopedagogia-clini-
ca-04023368D8811366?types=A&>. Acesso em: 25 mar. 2015.

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INSTITUIÇÕES 01
Atividade
Como é realizado o atendimento clínico?

Referências
BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.
2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ESCOTT, Clarice Monteiro. Interfaces entre a psicopedagogia clínica e


institucional: um olhar e uma escuta na ação preventiva das dificuldades de
apredizagem. Novo Hamburgo: Feevale, 2004.

WEISS, Maria Lucia Lemme. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica


dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: DP & A, 2004.

Resolução da atividade

O atendimento clínico é realizado em sessões individuais


previamente programadas num espaço próprio, preparado para
tal.

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02 INSTITUIÇÕES

ABORDAGEM PREVENTIVA
A psicopedagogia tem como objeto de estudo a aprendi-
zagem e suas dificuldades, e pode abordá-las tanto de forma
preventiva quanto terapêutica.
Na função preventiva, o psicopedagogo deve prognosticar
prováveis perturbações no processo de aprendizagem e, por
meio de técnicas e métodos próprios, realizar a intervenção
psicopedagógica a fim de evitá-las ou minimizá-las. Se as difi-
culdades são detectadas precocemente é possível evitar que se
intensifiquem ou se alastrem para outras áreas.
Bossa (1994) afirma que cabe ao psicopedagogo perceber
casuais inquietações no processo de aprendizagem, participar
da dinâmica da comunidade educativa, patrocinando a integra-
ção, requerendo orientações metodológicas de acordo com as
características e particularidades e no caráter assistencial.
Para isso, é importante que o psicopedagogo interaja com
a equipe escolar, buscando mediação e resolução de problemas;
assim, é interessante que ele participe da elaboração de planos e
projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais.
A psicopedagogia no âmbito da instituição, ao
escolher uma forma preventiva de ação, trans-
forma a atenção individual em grupal, analisa os
sintomas, considerando a gama de relações que
existem numa instituição, e propõe projetos de
atuação que apontem para uma mudança glo-
bal, sem deixar de atender os casos concretos
que aparecem como sintomas das tensões exis-
tentes na instituição (BARBOSA, 2001, p. 64).
Este seria o legítimo papel da psicopedagogia escolar: preve-
nir problemas, inibições, atrasos, desvios tanto do sujeito quanto

24 INTRODUÇÃO ÀEste
PSICOPEDAGOGIA
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INSERÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NAS Par te


INSTITUIÇÕES 02
do grupo. Também caberia a ele a distinção dos problemas de
aprendizagem das perturbações produzidas no contexto escolar.
Infelizmente o trabalho do psicopedagogo não está no fa-
tor preventivo, mas volta-se para os problemas já instalados. A
realidade educacional está cada vez mais carente de perspec-
tivas preventivas. O trabalho direto com o corpo docente na
abordagem da dinâmica de sala de aula ou na relação entre alu-
no, professor, gestor e família é extremamente delicado, prin-
cipalmente quando tratado por uma pessoa de fora do processo
diário, no caso, o psicopedagogo. Este precisa, necessariamen-
te, fazer uma abordagem de confiança e de contribuição para o
crescimento de todos os envolvidos.

Extra
Assista ao vídeo A Psicopedagogia, com Nádia Bossa.
Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=YPCMnUr2RVE>. Acesso
em: 25 mar. 2015.

Atividade
Qual a função do psicopedagogo na abordagem preventiva?

Referências
BARBOSA, Laura Monte Serrat. Psicopedagogia no âmbito da instituição
escolar. Curitiba: Expoente, 2001.

BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.


Porto Alegre: Artmed, 1994.

Resolução da atividade

Na função preventiva, o psicopedagogo deve prognosticar


prováveis perturbações no processo de aprendizagem.

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03 INSTITUIÇÕES

ABORDAGEM ESCOLAR
A principal função do psicopedagogo na escola é promover
a reflexão sobre o fazer pedagógico e as mediações no processo
ensino-aprendizagem.
A observação ao aluno deve refletir sobre suas dificuldades
e limitações na busca de superações. É a ferramenta mais im-
portante do psicopedagogo, devendo ser utilizada em situações
concretas e reais, como trabalhos em grupo, exercícios, proje-
tos e acompanhamento do professor.
Para isso, a participação do educador precisa ser integral
(organismo, inteligência e desejo)1 nessa relação, na sala de
aula, no processo ensino-aprendizagem. Da mesma forma, tam-
bém exige a total participação dos alunos.
Conforme Bossa (2000), a presença de um psicopedagogo
na escola é essencial, pois há muito a ser feito. Sua intervenção
abrange:
• Orientar os pais;
• Auxiliar os educadores e toda comunidade aprendente;
• Buscar instituições parceiras (envolvimento com a
sociedade);
• Colaborar no desenvolvimento de projetos (oficinas
psicopedagógicas);
• Acompanhar a implementação e a implantação de no-
vas propostas metodológicas de ensino;

1 “O organismo, transversalizado pela inteligência e o desejo, irá se mostrando em um corpo, e é deste modo que intervém na
aprendizagem, já corporizado” (FERNÁNDEZ, 1990, p. 62).

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PSICOPEDAGOGIA
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INSERÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NAS Par te


INSTITUIÇÕES 03
• Promover encontros socializadores entre corpo docen-
te, discente, coordenadores, corpo administrativo e
de apoio e dirigentes.
O psicopedagogo é muito importante na escola, pois ele
incita o alargamento das relações interpessoais, a afirmação de
vínculos, o emprego de métodos de ensino compatíveis e prin-
cipalmente o envolvimento da equipe escolar.
Portanto, o profissional da psicopedagogia inserido na es-
cola visa à melhoria na qualidade do ensino e da aprendizagem,
amparando, norteando e ajudando assim todos os membros en-
volvidos no contexto escolar.

Extra
Amplie seus conhecimentos assistindo ao vídeo Contexto
Escolar, com Nádia Bossa. Disponível em: <www.youtube.
com/watch?v=-du8JaMCsZM>. Acesso em: 25 mar. 2015.

Atividade
Qual a principal função do psicopedagogo na escola?

Referências
BOSSA, Nádia. Dificuldades de Aprendizagem: o que são e como tratá-las.
Porto Alegre: Artmed, 2000.

FERNANDEZ, Alícia. A inteligência Aprisionada. Porto Alegre: Artmed, 1990.

Resolução da atividade

A função do psicopedagogo na escola é promover, princi-


palmente, a reflexão sobre o fazer pedagógico e as mediações
no processo ensino-aprendizagem.

INTRODUÇÃO
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Pa r te INSERÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NAS
03 INSTITUIÇÕES

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Aula 03

OS CAMPOS DE AÇÃO
PROFISSIONAL DO
PSICOPEDAGOGO
Objetivos:

Conhecer as bases do enfoque


psicopedagógico clínico e estabelecer
relações entre o enfoque escolar e
hospitalar.

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OS CAMPOS DE AÇÃO PROFISSIONAL DO Par te


PSICOPEDAGOGO 01
ENFOQUE CLÍNICO
O exercício do psicopedagogo se dá nas relações entre
educador e educando, no qual assume o papel de reconduzir o
processo ensino-aprendizagem. Quando este atendimento se dá
em consultórios, geralmente de forma individual, é denomina-
do de atendimento clínico.
Na clínica, o psicopedagogo diagnostica, norteia, investi-
ga e busca resolver os problemas emergentes nos processos de
ensino-aprendizagem. Ao mesmo tempo em que esclarecem e
orientam os pais, professores e envolvidos no contexto do indi-
víduo clinicado.
A psicopedagogia no campo clínico utiliza como primeiro
recurso as entrevistas operativas destinadas ao diagnóstico da
problemática daqueles que a consultam. O diagnóstico psicope-
dagógico compõe-se de investigação, observação e levantamen-
to de hipóteses. Os procedimentos adotados são denominados
por Bossa (1992) de metodologia ou modus operandi do traba-
lho clínico. A autora aponta que no diagnóstico psicopedagógi-
co, utilizam-se entrevistas e anamnese, provas psicomotoras,
de linguagem, de nível mental, pedagógicas, de percepção,
projetivas, entre outras.
Também são utilizadas atividades lúdicas no trabalho psi-
copedagógico clínico, Pain (1986, apud BOSSA, 1992) defende o
exercício das funções semióticas que utiliza a atividade lúdica.
Elas possibilitam uma aprendizagem adequada, pois é por meio
dela que se constroem os códigos simbólicos e se processam os

INTRODUÇÃO
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Pa r te OS CAMPOS DE AÇÃO PROFISSIONAL DO
01 PSICOPEDAGOGO

paradigmas do conhecimento conceitual. Por meio da relação


lúdica (jogo, brinquedo, brincadeira) se estabelece uma comu-
nicação necessária à intervenção psicopedagógica. Bossa (1992)
recomenda que o psicopedagogo busque mecanismos que lhe
permitam entrar no jogo da criança, sem perder o foco do seu
compromisso com a aprendizagem e lembrando que toda rela-
ção do sujeito com o mundo, depois que deixa de ser consequ-
ência de um reflexo, demanda aprendizagem.
Na clínica, a observação é a ferramenta base do trabalho.
Para tal, o olhar, a escuta e a percepção devem ser desenvolvi-
das na busca de traços indicadores do quadro de diagnóstico. Da
mesma forma, a postura ética é imprescindível, pois se estará
lidando com a intimidade e fragilidade humana. A relação que
se constrói entre o psicopedagogo e o educando é intercedida
por ações que apresentam como principal objetivo: solucionar
em passo acelerado as consequências mais nocivas do sintoma
para depois dedicar-se a afiançar os recursos cognitivos (PAIN,
1986 apud BOSSA, 1992).

Extras

Amplie seus conhecimentos assistindo a Videoaula Psicope-


dagogia Clínica 3. Disponível em: <www.youtube.com/
watch?v=MfcBj 4iebkU>. Acesso em: 1 abr. 2015.

Atividade
Qual o papel do psicopedagogo no exercício de sua
profissão?

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OS CAMPOS DE AÇÃO PROFISSIONAL DO Par te


PSICOPEDAGOGO 01
Referência
BOSSA, Nádia Ap. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da
prática. Porto Alegre: Artmed, 1992.

Resolução da atividade

O exercício do psicopedagogo se dá nas relações entre edu-


cador e educando, no qual assume o papel de reconduzir o pro-
cesso ensino-aprendizagem.

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Pa r te OS CAMPOS DE AÇÃO PROFISSIONAL DO
02 PSICOPEDAGOGO

ENFOQUE ESCOLAR
A psicopedagogia é uma área voltada ao processo ensino-
-aprendizagem e suas distorções. Assim, é no ambiente escolar
que a atuação psicopedagógica pode e precisa ser pensada.
De acordo com Bossa (1992) a função da escola é socializar
os conhecimentos disponíveis, gerando o desenvolvimento cog-
nitivo e a edificação de regras de conduta dentro de um projeto
social amplo que busque a inserção dos indivíduos no mundo.
Para Visca (1987) a escola é responsável pela aprendizagem
sistêmica, àquela que se atua na interação com as instituições
educativas, mediadoras da sociedade; ela é o órgão especiali-
zado para transmitir os conhecimentos, atitudes e desenvoltu-
ras que a sociedade estima importantes para a sobrevivência.
Rubinstein (2002) coloca que o trabalho do psicopedagogo
é identificar as defasagens no processo ensino-aprendizagem
considerando sua complexidade, uma vez que uma possível
disfunção orgânica ou falha no processo de compreensão pode
comprometer a intenção educativa.
Ferreira (2002) retoma o caráter multidisciplinar também
frente à complexidade dos problemas de aprendizagem e a ne-
cessidade de suas constantes interferências.
Assim, pensar na escola a partir de um olhar psicopeda-
gógico implica em voltar-se para o conhecimento do sujeito,
seja ele educando, educador ou partícipe do processo escolar.
Requer também em focar a problemática dentro do contexto
causa/sintoma e atuar sobre ele, buscando apresentar contri-
buições no sentido de prevenir os problemas de aprendizagem.

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PSICOPEDAGOGO 02
Portanto, a ação preventiva é primordial no trabalho do
psicopedagogo escolar. Porém, nos casos em que o aluno de iní-
cio já mostrar algum distúrbio ou dificuldade de aprendizagem,
o trabalho preventivo por si só não conseguirá satisfazer a de-
manda deste, nesse caso, é necessária a indicação do trabalho
clínico, como uma possibilidade de sanar tal problema e/ou de
buscar possibilidades para minimizá-la.
Dentre as muitas proposições da Psicopedagogia escolar,
está a ressignificação da vontade do educando, a ascensão do
pensar, o desenvolvimento da atenção, o alargamento do olhar;
enfim, a busca pelo sucesso escolar.

Extra

Assista ao vídeo Contexto Escolar e amplie suas reflexões


sobre o assunto. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=-
-du8JaMCsZM>. Acesso em: 1 abr. 2015.

Atividade
Para qual área a psicopedagoia está voltada?

Referências
BOSSA, Nádia Ap. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da
prática. Porto Alegre: Artmed, 1992.

FERREIRA, Renata Tereza da Silva. A importância da psicopedagogia no ensino


fundamental – 1.ª a 4.ª séries. Disponível em: <www.psicopedagogiaonline.
com.br>. Publicado em: 25 jun. 2002.

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Pa r te OS CAMPOS DE AÇÃO PROFISSIONAL DO
02 PSICOPEDAGOGO

RUBINSTEIN, Edith. A especificidade do diagnóstico psicopedagógico. In: SISTO,


Fermino Fernandes et al. Atuação Psicopedagógica e Aprendizagem Escolar.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagógica: Epistemologia Convergente. Porto


Alegre: Artmed,1987.

Resolução da atividade

A psicopedagogia é uma área voltada ao processo ensino-


-aprendizagem e suas distorções.

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PSICOPEDAGOGO 03
ENFOQUE HOSPITALAR
O atendimento psicopedagógico institucional tem uma atu-
ação significativa na área hospitalar. A Resolução CNE/CEB n.º
2, de 11 de setembro de 2001 institui diretrizes nacionais para
a Educação Especial na Educação Básica, nela, no art. 13, traz:
Os sistemas de ensino, mediante ação integra-
da com os sistemas de saúde, devem organizar o
atendimento educacional especializado a alunos
impossibilitados de frequentar as aulas em razão
de tratamento de saúde que implique internação
hospitalar, atendimento ambulatório ou perma-
nência prolongada em domicílio. (BRASIL, CNE/
CEB, 2001)

Este atendimento deve dar continuidade ao processo edu-


cacional mantido nas escolas regulares para que no retorno, o
aluno consiga prosseguir normalmente com seus estudos.
Considerando que no ambiente hospitalar decorre emoções
e impressões de tensão, dor ou angústia, é perceptível a neces-
sidade de um atendimento interdisciplinar, próprio do psicope-
dagogo. Amambahy coloca que:
A Psicopedagogia hospitalar contribui para a me-
lhoria da qualidade de saúde e autoestima dos
pacientes internados proporcionando uma inter-
venção com ludicidade, humanização e aprendi-
zagem, onde o psicopedagogo atuará de forma co-
esa, afetiva e humanizadora, conectando-se com
toda equipe multidisciplinar, criando um elo entre
as especialidades, integrando novas ideias e res-
significando. (AMAMBAHY, 2013)

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Pa r te OS CAMPOS DE AÇÃO PROFISSIONAL DO
03 PSICOPEDAGOGO

Os trabalhos dos médicos, enfermeiros, nutricionistas, fi-


sioterapeutas e assistentes sociais precisam estar relacionados
no processo de internação e o psicopedagogo tem a possibilida-
de de ver o aluno/paciente integralmente, com necessidades
físicas, emocionais, afetivas, sociais e cognitivas.
De acordo com Vasconcellos:
Nossa intervenção leva em conta o estado emocio-
nal da criança que pede socorro quando se nega
a uma atividade ou quando é agressiva [...] Em
nossa escuta de psicopedagogo, devemos agir por
uma atividade que possa transpor o sofrimento de
angústia, de solidão. (VASCONCELOS, 2000, p. 10)

No hospital, alunos internados ou em tratamento são priva-


dos do contato com outros colegas e seus professores, assim, a
função do psicopedagogo volta-se em mediar as relações entre
a escola e o aluno/paciente, tanto em termos de conteúdo es-
colar quanto nas possíveis interações com seus interlocutores,
desta forma o psicopedagogo é um elo entre os trabalhos reali-
zados pelos profissionais do hospital e da escola.

Extra

Assista ao vídeo Psicopedagogia hospitalar e em-


presarial - Parte I. Disponível em: <www.youtube.com/
watch?v=TOq5XghkqmM>. Acesso em: 1 abr. 2015.

Atividade
Qual é o objetivo maior do atendimento psicopedagógico
hospitalar?

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OS CAMPOS DE AÇÃO PROFISSIONAL DO Par te


PSICOPEDAGOGO 03
Referências
AMAMBAHY, Maria do Carmo Abreu Silva. Psicopedagogia Hospitalar – o
vinculo afetivo da criança hospitalizada com a aprendizagem. 2013.
Disponível em: <www.ebah.com.br/content/ABAAABVBwAF/psicopedagogia-
hospitalar-2013-vinculo-afetivo-crianca-hospitalizada-com-a-aprendizagem>.
Acesso em: 22 abr. 2015.

BRASIL. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Legislação Brasileira Sobre Pessoas


Portadoras de Deficiência. Centro de Documentação e Informação Coordenação
de Publicações. Brasília – 2004. Disponível em: <www.bileosoares.com.br/
Arquivos/Downloads/legislacao_brasileira_sobre_pessoas_portadores_de_
defiencia.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2015.

BRASIL. CNE/CEB. Resolução CNE/CEB n.º 2, de 11 de setembro de 2001.


Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução CNE/
CEB 2/2001. Diário Oficial da União, Brasília, 14 de setembro de 2001. Seção
1E, p. 39-40. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/
CEB0201.pdf>. Acesso em: 31. mar. 2015

VASCONCELOS, Sandra Maia Farias. A Psicopedagogia hospitalar para crianças


e adolescentes. Apresentado na Semana da Psicopedagogia da Universidade
Estadual do Ceará - 2000. Disponível em: <www.psicopedagogia.com.br/
artigos/artigo.asp?entrID=241>. Acesso em: 28 mar. 2015.

Resolução da atividade

Dar continuidade ao processo educacional mantido nas es-


colas regulares para que no retorno, o aluno consiga prosseguir
normalmente com seus estudos.

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Pa r te OS CAMPOS DE AÇÃO PROFISSIONAL DO
03 PSICOPEDAGOGO

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Aula 04

PSICOLOGIA E
PEDAGOGIA: UMA
RELAÇÃO DIALÓGICA
Objetivos:

Distinguir a inter-relação entre


comunicação e conhecimento. Reconhecer
a visão da não aprendizagem na
psicopedagogia e conhecer a prática
educativa psicopedagógica.

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PSICOLOGIA E PEDAGOGIA: Par te


UMA RELAÇÃO DIALÓGICA 01
COMUNICAÇÃO E O CONHECIMENTO
Na área psicopedagógica a comunicação e o conhecimen-
to são imprescindíveis para uma relação dialógica. Os sujeitos
transformam o ambiente em que vivem e constroem conheci-
mentos e isso se dá a partir da interação, convivência e princi-
palmente vínculos com outras pessoas, por meio da capacidade
que estes adquirem com a comunicação.
No trabalho psicopedagógico o vínculo é um componente
importantíssimo. Ele destaca a relação particular de cada indiví-
duo entre conhecimento e comunicação. Pichon-Riviére coloca:
[...] a maneira particular pela qual cada indivíduo se relaciona
com o outro ou outros, criando uma estrutura particular a cada
caso e a cada momento. Essa é a estrutura dinâmica, em contí-
nuo movimento, que funciona acionada ou movida por fatores
instintivos, por motivações psicológicas. (PICHON-RIVIERE, 1998,
p. 24)

O relacionamento do sujeito no grupo a que pertence é


motivado por diversos vínculos, delimitando as interações vivi-
das. Este processo se dá a todo o momento e deve ser analisado
nas relações ensino-aprendizagem sobretudo nos que estão di-
ferentes dos padrões estabelecidos. Para Chamat,
o nível e o tipo de vinculação que a criança estabelece com as
pessoas que a cercam vão determinar o nível e o tipo de vincu-
lação que são estabelecidas com o conhecimento, repercutindo,
assim, na sua aprendizagem escolar. (CHAMAT, 1997 p. 17)

Daí a complexidade do trabalho do psicopedagogo. É


preciso entender como se dá o processo de construção do

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Pa r te PSICOLOGIA E PEDAGOGIA:
01 UMA RELAÇÃO DIALÓGICA

conhecimento pelo aluno, em seguida relacionar tal processo


com a natureza das comunicações estabelecidas nas diferentes
interações, que por sua vez são realizadas também em diferen-
tes contextos. Isso exige uma investigação detalhada com busca
de elementos que possibilitem entender os possíves fatores da
não aprendizagem.
Desse modo, é necessário conhecer como são estabeleci-
das as relações do aluno com o seu mundo externo, como é a
interação entre a comunicação e o conhecimento, quais são os
vínculos que este processo permeia.
Os problemas da aprendizagem, quando caracterizada pelo
indivíduo, precisa de uma atenção especial, considerando-se
que os problemas que levam à não aprendizagem podem ser
originados no convívio familiar, escolar ou num contexto social
mais amplo.

Extra

O filme A ilha mostra a importância das relações entre


as pessoas e como é importante o diálogo. Assista ao vídeo e
amplie suas reflexões. Disponível em: <www.youtube.com/
watch?v=BUVijjtJlt0>. Acesso em: 22 abr. 2015.

Atividade
Qual a importância da relação entre comunicação e conhe-
cimento para o trabalho psicopedagógico?

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PSICOLOGIA E PEDAGOGIA: Par te


UMA RELAÇÃO DIALÓGICA 01
Referências
CHAMAT, Leila Sara Jose. Relações vinculares e aprendizagem: um enfoque
psicopedagogico. São Paulo: Vetor, 1997.

PICHON-RIVIÉRE, Enrique Teoria do vínculo. 6. ed. São Paulo: M. Fontes,


1998.

Resolução da atividade

Comunicação e conhecimento são imprescindíveis para


uma relação dialógica na área psicopedagógica.

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Pa r te PSICOLOGIA E PEDAGOGIA:
02 UMA RELAÇÃO DIALÓGICA

NÃO APRENDIZAGEM
O objetivo da psicopedagogia é entender como acontece a
aprendizagem e quais são as possíveis dificuldades deste pro-
cesso. Portanto, é interessante refletir o porquê da não apren-
dizagem de alguns alunos.
Comumente as dificuldades de aprendizagem são caracte-
rizadas pela dificuldade de ler, escrever, calcular independente
do potencial do aluno. Sem considerar, muitas vezes, as reali-
dades internas e externas à escola, as questões social, familiar,
emocional, cognitiva, orgânica como elementos proeminentes
de sucesso ou insucesso da aprendizagem.
Scoz (2002) coloca que o objetivo da psicopedagogia é res-
gatar a visão mais globalizante do não aprender e buscar mini-
mizar seus efeitos nos alunos. Também não se pode deixar de
considerar os problemas político-sociais brasileiros que acar-
retam dificuldades maiores, tais como condições precárias de
funcionamento e gestão das escolas, carências social e cultural
das famílias e deficitária formação inicial e continuada dos pro-
fessores. Conforme afirma Scoz:
[...] no que se refere à prática docente suponho que o despreparo
e a insegurança estão na raiz da dissimulação, da estratégia de
culpar a vítima e ao mesmo tempo amá-la sem nada poder fazer
de objetivo para evitar-lhe o peso do fracasso. Uma melhor capa-
cidade profissional do professor permitiria, no mínimo, eliminar
essa hipótese. [...], vejo na capacidade profissional o ponto críti-
co a partir do qual imprimir um caráter político à prática docente
para esse professor. (SCOZ, 2002, p. 12)

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PSICOLOGIA E PEDAGOGIA: Par te


UMA RELAÇÃO DIALÓGICA 02
Assim, não há uma única causa para a não aprendizagem.
Também é notório que problemas de aprendizagem não são
sempre relacionados com fatores orgânicos, cognitivos, afeti-
vos e/ou sociais. A capacidade de concentração e reflexão do
aluno altera-se, dependendo do nível de interação com o meio.
Daí o trabalho psicopedagógico, que busca minimizar os proble-
mas de aprendizagem tanto em alunos que tem dificuldade de
aprendizagem (DA) quanto nos que por algum motivo específico
não estão aprendendo determinado conteúdo.
A intervenção psicopedagógica tem como foco o sujeito e
sua relação com a aprendizagem, independente das razões que
o aluno não consegue aprender formal ou informalmente. Ela
deve buscar também a reflexão sobre as práticas pedagógicas
dentro da escola e analisar o porquê do não aprender do aluno,
detectando fatores que interfiram negativamente no processo
de aprendizagem e consequentemente o insucesso do aluno.

Extra

É importante conhecer mais sobre as dificuldades da


aprendizagem. Assista ao vídeo e analise como elas acontecem.
Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=mIsUm_cheOE>.
Acesso em: 20 abr. 2015.

Atividade
Qual o objetivo da psicopedagogia frente ao não
aprendizado?

INTRODUÇÃO
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Pa r te PSICOLOGIA E PEDAGOGIA:
02 UMA RELAÇÃO DIALÓGICA

Referência
SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e de
aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 2002.

Resolução da atividade

O objetivo da psicopedagogia é entender como aconte-


ce a aprendizagem e quais são as possíveis dificuldades deste
processo.

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PSICOLOGIA E PEDAGOGIA: Par te


UMA RELAÇÃO DIALÓGICA 03
PRÁTICA EDUCATIVA
Muitas são as modificações no mundo e a escola precisa
acompanhar estes avanços, não somente em relação às tecno-
logias, mas principalmente em sua prática educativa.
O papel da educação é analisar e refletir sobre como se
está trabalhando a relação do conhecimento e os seres huma-
nos, em outras palavras o que a “escola” deseja que seus alunos
levem em suas “bagagens culturais”. Paulo Freire coloca:
[...] nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos
vão se transformando em reais sujeitos da construção e da re-
construção do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente
sujeito do processo. Só assim podemos falar realmente de saber
ensinado, em que o objeto ensinado é aprendido na sua razão de
ser, é, aprendido pelos educandos. (FREIRE, 1996, p. 23)

Compreende-se que nem sempre isso acontece, as escolas


são para muitos um local apenas de problemas e dificuldades,
daí a psicopedagogia vem colaborar com aqueles que têm difi-
culdades de aprendizagem, que não acompanham seus compa-
nheiros e/ou que reprovam ficando para trás do processo.
A prática educativa, tendo como sustentáculo a interven-
ção psicopedagógica, oferece diversas abordagens de trabalho,
potencializando as inclinações dos alunos, organizando estra-
tégias de ensino junto aos professores, proporcionando deste
modo uma proposta interdisciplinar. Fagali e Vale apontam as
diversas formas de intervenção da psicopedagogia na escola
frente à sua prática pedagógica:

INTRODUÇÃO
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Pa r te PSICOLOGIA E PEDAGOGIA:
03 UMA RELAÇÃO DIALÓGICA

- releitura e reelaboramento no desenvolvimento das programa-


ções curriculares, centrando a atenção na articulação dos aspec-
tos afetivos-cognitivos, conforme o desenvolvimento integrado
da criança e adolescente;
- a análise mais detalhada dos conceitos, desenvolvendo ati-
vidades que ampliem as diferentes formas de trabalhar o con-
teúdo programático. Nesse processo busca-se uma integração
dos interesses, raciocínio e informações de forma, que o alu-
no atue operativamente nos diferentes níveis de escolaridade.
Complementa-se a esta prática, o treinamento e desenvolvimen-
to de projetos junto dos profissionais.
- criações de materiais, textos e livros para o uso do próprio alu-
no, desenvolvendo o seu raciocínio, construindo o conhecimen-
to, integrando afeto e cognição no diálogo com as informações.
(FAGALI; VALE, 2008, p. 11)

Igualmente o psicopedagogo auxilia contra os impedimen-


tos para o saber tanto no campo dos transtornos de aprendi-
zagem quanto na sua reintegração na vida escolar de forma
serena e plena.

Extra

Veja como a escola é vista por alunos, reflita sobre o


vídeo e relacione com o conteúdo desta aula: Pedagogia:
Cotidiano Escolar. Disponível em: <www.youtube.com/
watch?v=P5LRa8P6-Qk>. Acesso em: 22 abr. 2015.

Atividade
Qual o papel da educação em relação ao conhecimento e
aos seres humanos?

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PSICOLOGIA E PEDAGOGIA: Par te


UMA RELAÇÃO DIALÓGICA 03
Referências
FAGALI, Eloisa Quadros; VALE, Zélia Del Rio do. Psicopedagogia intitucional
aplicada: aprendizagem escolar dinâmica e construção na sala de aula.
Ilustrações de Francisco Forlenza. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

FREIRE, Paulo. A psicopedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática


educativa. 16 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

Resolução da atividade

O papel da educação é analisar e refletir sobre como se está


trabalhando a relação do conhecimento e os seres humanos.

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03 UMA RELAÇÃO DIALÓGICA

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Aula 05

OLHAR PSICOPEDAGÓGICO
SOBRE AS DIFERENÇAS

Objetivos:

Conhecer o atendimento especial,


distinguir o atendimento às famílias e
reconhecer alunos com altas habilidades e
superdotação.

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OLHAR PSICOPEDAGÓGICO SOBRE AS Par te


DIFERENÇAS 01
ATENDIMENTO ESPECIAL
O psicopedagogo é de extrema importância para a educa-
ção especial, principalmente ao trabalhar com a adaptação do
aluno ao ambiente escolar e vice-versa.
Esse profissional não se ocupa em pesquisar unicamente as
dificuldades que o aluno especial apresenta durante o processo
de ensino-aprendizagem, e sim com a relação desse aluno com
o social, no ambiente da construção do conhecimento coletivo,
assim como as influências que podem ser instituídas mediante
essa relação.
Com base nas ideias de Facion e Castro (2009), é necessá-
rio primar pela diversidade humana na educação e, com isso,
privilegiar as subjetividades da criança especial. Para que isso
ocorra, há necessidade de preparação constante dos professo-
res frente ao desafio educacional.
Deverá estar claro para a comunidade escolar que o aluno
especial necessita ser interpretado dentro do contexto social
real em que está inserido, e todo o trabalho voltado à legítima
inclusão desse aluno precisa objetivar o crescimento educacio-
nal do estudante, e não somente a sua aceitação no ambiente
escolar. Incluir não é somente confiar à criança um espaço físi-
co em sala de aula, mas realizar expressivas atividades a fim de
promover seu desenvolvimento e retirar os empecilhos ao seu
acesso e participação na aprendizagem e na sociedade.
Com um olhar multidisciplinar sobre o processo pelo qual
passa o aluno especial, o psicopedagogo contribuirá para gerar

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Pa r te OLHAR PSICOPEDAGÓGICO SOBRE AS
01 DIFERENÇAS

mudanças comportamentais e atitudinais, ampliando, assim, as


potencialidades do aluno especial e enriquecendo sua inclusão
escolar.
O sujeito humano deve interagir com os objetivos e com as regras
do meio, mas deve também interagir com suas limitações, possi-
bilidades e impossibilidades e carências enquanto ser vivente. Se
educar é buscar o bem-estar do humano em todo este contexto,
o espaço/tempo educativo deve priorizar construções de proces-
sos harmônicos com as condições da vida humana, e interação
com a natureza do próprio homem e do planeta. A escola do
sujeito em processo de interação permanente deve se voltar à
compreensão de que todo conhecimento é, na verdade, ‘saber
do outro’. (BEAUCLAIR, 2007, p. 22)

A atuação do psicopedagogo no ambiente escolar inclusivo


contribui para a compreensão dessas transformações necessá-
rias, provocando discussões, análises e observações que de-
sencadearão em intervenções essenciais para uma verdadeira
inclusão.

Extra

Conheça um pouco da realidade de quem trabalha dire-


tamente com as diferenças nas escolas. Como podemos adap-
tar nossas escolas aos alunos com diferentes tipos de defici-
ência? Confira o dia a dia da professora Eliane Correa, do CEU
Navegantes, em São Paulo, responsável pelo atendimento edu-
cacional especializado da escola. Sua história nos ajuda a en-
tender as principais dificuldades das pessoas com deficiência
e a estrutura das escolas brasileiras para a inclusão. Assista ao
vídeo Inclusão – o que as escolas precisam mudar? Disponível
em: <www.youtube.com/watch?v=ieasHdgWDJA>. Acesso em:
22 abr. 2015.
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DIFERENÇAS 01
Atividade
Qual é a meta do psicopedagogo em relação à educação
especial?

Referências
BEAUCLAIR, João. Subjetividade em Educação. Revista Psique ciência e vida,
edição especial, n. 2, p. 18-23. São Paulo: Escala, out. 2007.

FACION, José Raimundo (Org.). Inclusão escolar e suas implicações. In:


CASTRO, Ruth Cabral Monteiro de; ______. A Formação de Professores. 2.
ed. rev. e atual. Curitiba: Ibpex, 2009. p. 165-184.

Resolução da atividade

A meta do psicopedagogo é a adaptação do aluno ao am-


biente escolar e vice-versa.

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Pa r te OLHAR PSICOPEDAGÓGICO SOBRE AS
02 DIFERENÇAS

ATENDIMENTO ÀS FAMÍLIAS
O ambiente familiar é a primeira escola na qual são cons-
truídos os hábitos e os valores éticos e morais da criança. Sendo
assim, as famílias deveriam proporcionar o alicerce seguro e
expressivo para o desenvolvimento do aprendizado dos jovens.
Entretanto, são notórias as adversidades nos ambientes fa-
miliares que tornam a criança vulnerável às dificuldades, espe-
cialmente no período escolar. Daí a importância do atendimen-
to às famílias pelo psicopedagogo para facilitar os caminhos
da aprendizagem, possibilitando a interação entre a família e
a escola, para que juntas possam alcançar esse alvo. Por isso
o campo de atuação da psicopedagogia vai além da instituição
escolar, ela percorre também o ambiente familiar e a comuni-
dade (GOLBERT, 1988). Pain (1986) partilha dessa premissa e
acrescenta ao abordar o sintoma do problema de aprendizagem
e sua relação com a família, a concepção de articulação entre
a instância e a estrutura. A partir desta maneira de entender
o sintoma do problema de aprendizagem, aponta em direção
à maneira particular dos membros da família, cuja função en-
contra-se no drama. Para ela, o emergente, o sujeito com pro-
blema de aprendizagem, é o sinal, o sintoma e o significado.
Considera que
[...] as perturbações na aprendizagem, normais
ou patológicas, tendem a evitar aquelas modifica-
ções que o grupo não pode suportar, em função do
seu particular contrato de sobrevivência. (PAÍN,
1986, p. 37)

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DIFERENÇAS 02
Dessa forma, o papel do psicopedagogo é incentivar a pre-
sença dos pais na vida escolar do aluno, dando-lhes noção do va-
lor que eles têm como colaboradores do desenvolvimento dos fi-
lhos, da influência que eles como pais podem provocar nos filhos
e de que forma isso pode interferir no destino dos educandos.
Cultivar uma afinidade de parceria com os pais faz da es-
cola um porto seguro, e todos podem participar ativamente. O
ideal seriam reuniões frequentes com os pais ou responsáveis
para discussões de temas gerais que orientem a respeito do
que está faltando na educação dos alunos, pois quando tomam
conhecimento desses assuntos, os pais sentem-se mais seguros
para participar na escola de uma maneira mais apropriada.
Bossa (2000) reforça que o psicopedagogo deve trabalhar
com a relação escola-família, mas sem esquecer-se do indiví-
duo, o aluno, e trabalhar com ele também, reforçando sua au-
tonomia, ajudando-o a pensar em suas atitudes e a aprender
a suportar suas frustrações, despertando a sua criatividade e
motivando-o a respeitar a si mesmo e aos outros.

Extra

Amplie seus conhecimentos assistindo ao vídeo


Psicopedagoga Edna Tavares ajuda família com dificuldades
com o filho. Disponivel em: <www.youtube.com/watch?v=-
-5ES8x4hcUg>. Acesso em: 14 abr. 2015.

Atividade
A família pode ser considerada como a primeira escola de
uma pessoa?

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Pa r te OLHAR PSICOPEDAGÓGICO SOBRE AS
02 DIFERENÇAS

Referências
BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil – contribuições a partir da prática.
Porto Alegre: Artmed: 2000.

GOLBERT, Clarissa S. A Evolução Psicolinguística e suas Implicações na


Alfabetização: teoria, avaliação, reflexões. Porto Alegre: Artmed, 1988.

PAÍN, Sara. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de Aprendizagem.


Porto Alegre: Artmed, 1986.

Resolução da atividade

Sim, o ambiente familiar é a primeira escola na qual são


construídos os hábitos e os valores éticos e morais da criança.
Portanto as famílias deveriam proporcionar um alicerce segu-
ro e expressivo para o desenvolvimento do aprendizado dos
jovens.

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DIFERENÇAS 03
ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES E
SUPERDOTAÇÃO
Os alunos que apresentam capacidade mental expressi-
vamente acima da média são denominados alunos com altas
habilidades e superdotação. Goulart (2011) esclarece que o
termo superdotado surgiu na legislação brasileira em 1971,
e atualmente, na Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), usa-se o ter-
mo altas habilidades/superdotação – AH/SD.
Fleith (2007) explica que os alunos com superdotação apre-
sentam distinções quanto a habilidade intelectual, criativida-
de, motivação e liderança, pois a superdotação pode ser geral
(em diversas áreas) ou específica, isto é, uma pessoa bem dota-
da intelectualmente poderia ter um talento impressionante em
somente uma área do conhecimento.
Nâo há consenso se a superdotação é uma habilidade inata
ou influenciada pelo meio. Alguns autores, como Gagné (2009),
Renzulli (2004), Sternberg (1996) e Landau (1990), defendem a
teoria da existência de uma habilidade inata que é aprimorada
com o meio.
Por não haver conhecimento claro sobre AH/SD, alguns pro-
fessores não idendificam esse aluno e muitas vezes confundem
o comportamento desatento, agitado e desinteressado com
transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH),
transtorno desafiador e de oposição, depressão, ansiedade,
transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) ou outros problemas.

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Pa r te OLHAR PSICOPEDAGÓGICO SOBRE AS
03 DIFERENÇAS

Daí a importância do diagnóstico e identificação para que


haja adequação curricular e estímulo necessários para o de-
senvolvimento das potencialidades desses alunos. No campo
da psicopedagogia, aprecia-se muito o elemento afetivo para
a aprendizagem.
Sánchez e Costa (2000) consideram que ao psicopedagogo
cabe a tarefa de avaliar, reconhecer, identificar, assessorar e
orientar os alunos (nesse caso, os superdotados) identificando
e avaliando de forma precisa suas necessidades. Esses alunos
requerem o desenvolvimento de suas capacidades atendendo
suas especificidades.
Conforme Guenther (2006), é preciso estimular o interesse
e buscar estratégias didáticas, como aceleração, enriquecimen-
to, sofisticação e novidade, cabendo ao professor identificar as
probabilidades e problemas, indicando ações pedagógicas dire-
cionadas às necessidades e especificidades de cada um.

Extra

Para ampliar seus conhecimentos, assista ao vídeo Balaio –


fatores genéticos e ambiente definem pessoas superdotadas.
Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=RdbxIM5fYMg>.
Acesso em: 14 abr. 2015.

Atividade
Qual é a denominação para alunos que apresentam capaci-
dade mental acima da média?

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OLHAR PSICOPEDAGÓGICO SOBRE AS Par te


DIFERENÇAS 03
Referências
BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Gerais para Atendimento
Educacional aos Alunos Portadores de Altas Habilidades/Superdotação e
Talentos. Série Diretrizes. Brasília: Ministério da Educação – MEC/SEESP, 1995.

_______. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação


Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: Ministério da
Educação – MEC/SEESP, 2008.

FLEITH, Denise de Souza. A Construção de Práticas Educacionais para Alunos


com Altas Habilidades/Superdotação. v. 1. Orientação a professores. Brasília:
Ministério da Educação, 2007.

GAGNÉ, Françoys. Building gifts into talents: detailed overview of the DMGT
2.0. In: MACFARLANE, Bronwyn; STAMBAUGH, Tamra. (Eds.). Leading CHANGE
in Gifted Education: The festschrift of Dr. Joyce VanTassel-Baska. Waco:
Prufrock Press, 2009.

GOULART, Aurea Maria Paes Leme et al. Altas Habilidades/Superdotação:


reflexões e processo educacional. Maringá: EDUEM, 2011.

GUENTHER Zenita C. Capacidade e Talento: um programa para a escola. São


Paulo: EPU, 2006.

LANDAU, Erika. A Coragem de Ser Superdotado. São Paulo: Arte e Ciência,


1990.

RENZULLI, Joseph. The Three-ring Conception of Giftedness: A developmental


model for creative productivity. In: RENZULLI, J. S.; REIS, S. M. (Orgs.). The
Triad Reader. p. 2-19. Mansfield: Creative Learning Press, 2004.

SÁNCHEZ, Prieto; COSTA, Castejón (Eds.). Los Superdotados: esos alumnos


excepcionales. Ediciones Aljibe: SL, 2000.

STERNBERG, Robert J. Successful Intelligence: how practical and creative


intelligence determine success in life. New York: Simon & Schuster, 1996.

Resolução da atividade

Usa-se o termo altas habilidades/superdotação – AH/SD.

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03 DIFERENÇAS

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Aula 06

A INTERVENÇÃO
PSICOPEDAGÓGICA NOS
PROCESSOS DE APRENDIZAGEM
Objetivos:

Conhecer diversas visões que explicam


a inteligência humana. Estudar a teoria
das inteligências múltiplas. Reconhecer a
formação docente e a prática educativa.

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A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NOS Par te


PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM 01
A INTELIGÊNCIA HUMANA
A inteligência humana pode ser definida como a capaci-
dade ou o conjunto de capacidades que um sujeito possuiu.
Ela está diretamente relacionada com a aprendizagem. E esta
relação é discutida na área da psicologia, pedagogia, saúde,
entre outras.
Diversas visões explicam a inteligência humana, as princi-
pais são:
A perspectiva psicométrica, como o próprio nome diz,
atenta a “medição” da inteligência. Alfredo Binet, em 1900,
elaborou o primeiro teste de inteligência. Stern, em 1912, em-
pregou o termo coeficiente de inteligência (QI) como parâme-
tro de verificação se a inteligência da criança era inferior ou
superior a sua idade cronológica. Esta perspectiva não levou em
consideração fatores importantes como o contexto em que a
criança está inserida e suas influências culturais e sociais (Binet
& Simon, 1905 apud Gardner, 1994).
Piaget, em suas pesquisas, situou quatro estágios do de-
senvolvimento da mente humana: sensório-motor (0-2 anos);
pré-operacional (2-7 anos); operacional-concreto (7-12 anos)
e o operacional-formal (12 anos em diante). Mesmo utilizando
diversas teorias da psicologia, biologia e lógica foi recriminado
por não considerar diferenças individuais das crianças, colocan-
do-as em patamares preestabelecidos.
A abordagem sociocultural de Vygotsky indica a experiên-
cia social como motor do desenvolvimento da inteligência. Para

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Pa r te A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NOS
01 PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM

tal, o uso da linguagem é fundamental para a interação com o


outro. Sua teoria tem como base a Zona de Desenvolvimento
Proximal.
O processamento de informação volta-se à maneira como
o ser humano adquire, armazena, recupera e utiliza a informa-
ção. Ele é voltado aos processos mentais subjacentes, valori-
zando duas formas de memória: trabalho e longa duração.
Sternberg (apud BORUCHOVITCH, 2009) apresenta a teoria
triárquica da inteligência:
1. a componencial – processos de informação internos e
elementares;
2. a experimental – a experiência afeta a inteligência e
esta afeta o mundo;
3. a contextual – a inteligência está relacionada com o
meio em que o indivíduo está inserido.
A inteligência emocional, segundo Goleman (1995, apud
BORUCHOVITCH, 2009), está relacionada com o social e as re-
lações emocionais travadas em seu meio. Indivíduos emocio-
nalmente inteligentes têm facilidade para identificar e lidar
com seus sentimentos e de outras pessoas. O autor garante que
tais aptidões emocionais podem ser aprendidas, modificadas e
melhoradas.
Não há, como se apresentou, uma única visão sobre o que
é inteligência, para alguns ela é rígida e determinada, para
outros ela pode ser desenvolvida e ampliada, o importante é
saber que essa flexibilidade proporciona espaço para muitas
pesquisas e estudos.

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A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NOS Par te


PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM 01
Extra

Conheça mais sobre a Inteligência Humana assistindo


ao vídeo da BBC sobre os Mistérios da Mente - Episódio 01 -
Mecanismos da Inteligência. Disponível em: <www.youtube.
com/watch?v=lhuiJxRdWx0>. Acesso em: 20 abr. 2015.

Atividade
Como a inteligência humana pode ser ilustrada?

Referências
BORUCHOVITCH, Evely. Inteligência e motivação: perspectivas atuais. In:
BORUCHOVITCH, E; BZUNECK, J. A. (Org.) A motivação do aluno: contribuições
da psicologia contemporânea. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009, p. 96-115.

GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas.


Porto Alegre: Artmed, 1994.

Resolução da atividade

A inteligência humana pode ser ilustrada como a capacida-


de ou o conjunto de capacidades que um sujeito possui.

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Pa r te A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NOS
02 PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM

TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS


O sistema nervoso humano possui vários propósitos e é infi-
nitamente plástico, diferentemente do que se pensava há pouco
tempo atrás. Pesquisas recentes em desenvolvimento cognitivo
e neuropsicológico indicam que as habilidades cognitivas são
bem mais diferenciadas e mais específicas do que se acreditava
(GARDNER, 2000).
A teoria das inteligências múltiplas foi desenvolvida por
Howard Gardner, psicólogo da Universidade de Harvard, que
pesquisou o desenvolvimento cognitivo em crianças superdo-
tadas, pessoas com lesões cerebrais e populações ditas excep-
cionais. Também com base nas teorias de Piaget, ele delineou
o desenvolvimento cognitivo como uma capacidade maior de
entender e expressar significado em vários sistemas simbólicos
utilizados num contexto cultural. No plano de análise psicoló-
gica, ele garante que cada área ou domínio tem seu sistema
simbólico próprio. No plano sociológico, cada domínio se carac-
teriza pelo desenvolvimento de competências valorizadas em
culturas específicas.
De tal modo, Gardner (1994) coloca que os seres huma-
nos dispõem de graus variados de inteligências e maneiras
diferentes com que elas se combinam, organizam e são uti-
lizadas. Ele identificou as seguintes inteligências: lingúística,
lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal
e intrapessoal.

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PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM 02
Sensibilidade e/ou
Inteligência Especial percepção
habilidade

Sons, ritmos e significados


Linguística Funções da linguagem.
das palavras.

Apreciar, compor ou reprodu- Temas musicais, ritmos,


Musical
zir uma peça musical. texturas e timbre.

Lógico- Raciocínios, para re-


Padrões, ordem e
conhecer problemas e
-matemática sistematização.
resolvê-los.

Perceber o mundo visual e Manipular formas ou


Espacial
espacial de forma precisa. objetos mentalmente.

Controle dos movimen-


Resolver problemas ou criar
tos do corpo e na mani-
Cinestésica produtos por meio do uso de
pulação de objetos com
parte ou de todo o corpo.
destreza.

Entender e responder ade-


Extremamente sensíveis
quadamente a humores,
Interpessoal às necessidades e senti-
temperamentos, motivações
mentos de outros.
e desejos de outras pessoas.

Acesso aos próprios senti- Formula uma imagem


mentos, sonhos e ideias, para precisa de si própria e
Intrapessoal discriminá-los e lançar mão a habilidade para usar
deles na solução de proble- essa imagem para fun-
mas pessoais. cionar de forma efetiva.

(Gardner, 2000. Adaptado.)

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Pa r te A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NOS
02 PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM

Gardner (1994) coloca que, embora as inteligências sejam in-


dependentes uma das outras, elas raramente funcionam isolada-
mente. O pesquisador arrola o ambiente como essencial para de-
senvolver a inteligência, ele parte do princípio que todos os seres
humanos normais têm o básico em todas as inteligências, seu desen-
volvimento é determinado tanto por fatores genéticos e neurobio-
lógicos quanto por condições ambientais dependendo dos estímulos
externos, daí o cuidado com o ambiente educacional que deve ir
além dos raciocínios verbais e lógicos tradicionalmente trabalhados.

Extra

Conheça mais sobre o assunto assistindo ao vídeo: Howard


Gardner – Para cada pessoa, um tipo de educação. Disponível
em: <www.youtube.com/watch?v=tLHrC1ISPXE>. Acesso em: 20
abr. 2015.

Atividade
Pode-se afirmar que o sistema nervoso humano é imutável?

Referências
GARDNER, Howard. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas.
Porto Alegre: Artmed, 1994.

______. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artmed,


2000.

Resolução da atividade

Não, o sistema nervoso humano possui vários propósitos e


é infinitamente plástico.

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PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM 03
FORMAÇÃO DOCENTE E A PRÁTICA
EDUCATIVA
Considerando que as transformações são a única certeza
que a educação deve conceber como verdadeira, os conheci-
mentos e informações nunca foram tão velozes em sua pro-
dução, transmissão e extinção. Os saberes escolares recebem
diferentes perspectivas dos mais variados segmentos sociais.
Deve-se, então, considerar a importância de repensar a for-
mação docente e a prática educativa. Para Libâneo, a escola é
[...] aquela que assegura a todos a formação cultural e científica
para a vida pessoal, profissional e cidadã, possibilitando uma re-
lação autônoma, crítica e construtiva com a cultura em suas vá-
rias manifestações: a cultura promovida pela ciência, pela técni-
ca, pela estética, pela ética, bem como a cultura paralela (meios
de comunicação) e pela cultura cotidiana. (LIBÂNEO, 1998, p. 7)

Daí a importância da formação interdisciplinar dos profes-


sores, pois é na escola que se conectam “tecnologicamente” as
diferentes ciências. Do mesmo modo, as formas de ensinar e
os reflexos nos envolvidos precisam ser delineados. Se a visão
da escola for transformadora e inclusiva, deve ficar claro em
suas relações que todos são seres diferentes com problemas e
dificuldades e que a educação é um apoio para superar os obs-
táculos e não para criá-los.
Para tal, a psicopedagogia vem como a área de inclusão e
respeito, possibilitando seus avanços necessários. Ela é perme-
ada de subsídios e recursos frente aos diversos processos cogni-
tivos, com mecanismos próprios de construção de conhecimen-
to vinculado à realidade do educando. Rubinstein considera que
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03 PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM

[...] o psicopedagogo é como um detetive que busca pistas, pro-


curando selecioná-las, pois algumas podem ser falsas, outras ir-
relevantes, mas a sua meta fundamentalmente é investigar todo
o processo de aprendizagem levando em consideração a totali-
dade dos fatores nele envolvidos, para, valendo-se desta inves-
tigação, entender a construção da dificuldade de aprendizagem.
(RUBINSTEIN, apud SISTO, 1996, p. 128)

O aluno deve ser visto globalmente, isto é, em seu percur-


so cognitivo, motor e afetivo, e como o trabalho do psicope-
dagogo pode ser tanto “curativo” (curar os problemas aparen-
tes) ou preventivo (prevenir problemas) é necessário que tanto
na formação do professor quanto em sua prática pedagógica a
psicopedagogia faça parte de seu cotidiano. O psicopedagogo
intervindo na escola, de acordo com Monereo e Solé (2000),
potencializa a capacidade de ensinar dos professores e a de
aprender dos alunos, permitindo que a inclusão de todos seja
adequada para a aprendizagem.
O papel das escolas é interferir no mundo, na sociedade e
consequentemente na história dos seres humanos. Ela influen-
cia, intervém e interage com processos educativos, mesmo dos
que não a frequentam. Se todos têm o direito de aprender, to-
dos também têm o direito de receber adequadamente uma for-
mação necessária e possível para que sua cidadania seja plena.

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A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NOS Par te


PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM 03
Extra

Assista à palestra de Mário Sergio Cortella, na 24.ª


Assembleia Geral FIUC FE: Mário Sergio Cortella – Qual a pos-
tura ideal do professor? Disponível em: <www.youtube.com/
watch?v=seiw4gwsfYA>. Acesso em: 20 abr. 2015.

Atividade
Qual a única certeza que se pode ter em relação à educação?

Referências
LIBÂNEO, José Carlos: Adeus Professor, Adeus Professora? Novas exigências
profissionais e profissão docente. São Paulo: Cortes, 1990.

MONEREO Carles; SOLÉ, Isabel. O Assessoramento Psicopedagógico: uma


perspectiva profissional e construtivista. Tradução de: NEVES, Beatriz Afonso.
Porto Alegre: Artmed, 2000.

SISTO, Fermino Fernandes et al. Atuação Psicopedagógica e Aprendizagem


Escolar. Petrópolis: Vozes, 1996.

Resolução da atividade

As transformações são a única certeza que a educação


deve conceber como verdadeira.

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03 PROCESSOS DE ENSINO APRENDIZAGEM

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PSICOPEDAGOGIA
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INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA
INTRODUÇÃO À
PSICOPEDAGOGIA

Margarete Terezinha de Andrade Costa

Fundação Biblioteca Nacional


ISBN 978-85-387-4833-5
INTRODUÇÃO À
PSICOPEDAGOGIA
9 788538 748335
41539

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