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cSanla Galarina

Catarina L abouré tem 9 anos quando a mãe adoece


e vem a morrer. No meio do seu grande sofrimento,
compreende que pode contar para sempre eom o amor
da Virgem Maria, a Mãe de Jesus.
Um dia - Catarina tem já 24 anos - Maria vem confiar-lhe
uma mensagem. Inscrita numa medalhinha,
essa mensagem revela a todos nós quanto Jesus
e Maria nos amam.

PROVÍNCIA PORTUGUESA DAS FILHAS DA CARIDADE


DE S. VINCENTE DE PAULO

Av. Marechal Craveiro Lopes, 10


1749-011 LISBOA - Telef. e Fax. 217590078
c5anla Galarina
Babouré

Ilustrações de Augusta Curreli

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br

- --- -
--
... . . .
.
.. ... ..
n'
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J á alguma vez foste a Paris e visitaste a capela de
Nossa Senhora da Medalha Milagrosa?
Não se vê da rua e, no entanto, são inumeráveis os
Título original:
Sainte Catherine Labow·é
visitantes que todos os dias ali vão rezar.

Éditions du Signe
1, rue Alfred Kastler Queres saber o que atrai tanto esses peregrinos?
B.P. 94- 67038 Strasbourg Cedex 2- França
Têl.: 03 88 78 9191 Maria, a Mãe de Jesus, esteve ali pessoalmente, para
Fax: 03 88 78 91 99
trazer ao mundo uma mensagem que Ela confiou a
E-mail: info@editionsdusigne.fr

Catarina Labouré.

Textos:
Se quiseres conhecer a mensagem de Maria e desco­
Irmã Marie Geneviêve Roux
Irmã Elisabeth Charpy brir a vida tão espectacular e, ao mesmo tempo, tão
simples de Catarina... abre o livro e lê!
Tradução:
Irmã Múiam Godinho, O.C.S.O.
Já ouviste falar, certamente, de CHAMAMENTO DE

nustmções: DEUS, de MISSÃO ...


Augusta Curreli
Catarina vai explicar-te, ao seu jeito, que tu também -
sim, tu mesmo - podes responder e comprometer-te...
Diagramação:
Éditions du Signe Jesus propõe a cada um, pessoalmente, o seu próprio
caminho.

Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo


Que Deus te acompanhe!
Av. Marechal Craveiro Lopes, 10
1749-011 LISBOA

© Éditions du Signe - 2000 - 2002


Todos os direitos reservados
ISBN: 978-2-7468-0686-3
Irmã Joana Elizondo
Filha da Caridade
Superiora Geral
À volta da igreja, aglomeram-se grandes casas de
campo. Logo ao entrar na aldeia, o olhar sente-se
atraído por uma ampla torre: é o pombal da quinta
dos Labouré .. . com as suas 600 pombas!
Ao atrav�ssar o alpendre, âi'Vístt-se o estábulo, as
granjas e, à esquerda, a casa onde vivem.

No dia 2 de Maio de 1806, o senhor Labouré auJ;��..,..


porta da sala e chama os seus sete filhos:
- Tenho urna notícia para vos dar! Tendes mais urna
irmãzinha!
- Fantástico! Corno se vai chamar? - pergunta Maria
Luísa.
- Catarina Zoé!
- E quando é que vão baptizá-la? - indaga Humberto,
o mais velho.
- Amanhã, que é sábado . . .

7
Toda a família se alegra com o nascimento dos
dois últimos filhos, Tonine e Augusto. Mas, depois
do acidente que este sofreu, ficando aleijado ao cair
duma carroça, a vida torna-se bem mais difícil.

O pai trabalha no campo, a mãe ocupa-se da capoeira


e do cuidado das vacas, uma tarefa em que ela inicia
as filhas. Vai regularmente ao lavadouro. E, apesar
de todos estes trabalhos, ainda arranja tempo para
ensinar ela própria os filhos, instrui-los e dar-lhes uma
educação cristã.

8
A preocupação pelo futuro do mais pequenino e o
trabalho demasiado pesado acabam por arruinar a
saúde da senhora Labouré.
Morre a 9 de Outubro de 1815.

·"''

Catarina, de nove anos, fica completamente desola­


da. No meio das lágrimas, lembra-se da oração que a
mãe lhes fazia repetir todas as noites. Num impulso
de confiança, agarra na imagem de Nossa Senhora,
que está sobre a lareira, e diz-Lhe:
- Desde agora, és Tu a minha mãe!

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Levantando-se muito cedo, lá andam as duas do
pombal ao estábulo, da horta à cozinha. As refeições
estão prontas a horas. Augusto cuidadosamente
tratado. O senhor Labouré sente-se satisfeito.

Três anos depois, Maria Luísa, a mais velha das


irmãs, já com 23 anos, deseja responder ao chama­
mento de Jesus e fazer-se religiosa. E vai dizer ao pai
que quer ser Irmã de São Vicente de Paulo.
- E quem é que vai tratar da criação e do Augusto? -
pergunta o senhor Labouré preocupado.
- Nós as duas; Tonine e eu trataremos da casa,
responde Catarina, que se julga já muito crescida,
empertigada nos seus doze anos.

12
Como todas as crianças, Catarina gosta de
brincar e passear nos momentos livres.
Na aldeia, chamam-lhe frequentemente Zoê .'.
.

É o seu segundo nome.


Pouco antes da despedida de Maria Luísa, Catarina De manhã, antes do trabalho e muitas vezes durante
teve a alegria de fazer a Primeira Comunhão na o dia, Catarina gosta de rezar a Jesus. Sempre que
aldeia vizinha, Moutiers-Saint-Jean, porque, depois pode, vai à igreja da aldeia, muito perto da sua casa.
da Revolução, deixou de haver pároco em Fain-les­
Moutiers.
Numa noite, Catarina teve um sonho cuja lembrança - Quero ser Filha da Caridade! - disse um dia Catarina.
a persegue: - Nem penses! Já dei a Deus uma filha e basta! Não te
"Estava eu a rezar na igreja de Fain, quando veio um deixo ir! - responde o senhor Labouré.
sacerdote ancião celebrar a Missa. Olhou para mim
de tal maneira, que tive vontade de fugir. Disse-me: Catarina fica despedaçada. Que fazer? Obedecer ao
- Um dia voltarás a encontrar-me. Deus tem um pro­ pai ou a Jesus? Continua a trabalhar na quinta, mas
jecto para ti. . . " guardando o seu projecto no coração.

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Alguns meses mais tarde, volta à carga: Catarina deixa Fain-les-Moutiers com o coração
- Gostaria de ser Filha da Caridade. oprimido, encarregando a Tonine do trabalho da
- Isso nunca! - responde o pai irritado. Para te fazer granja. Carlos recebe a irmã com alegria; mas não
mudar de ideias, vou mandar-te para Paris, para casa tarda em descobrir o seu sofrimento. Fala disso
do teu irmão Carlos. Vais ajudá-lo no restaurante. com o pai que não quer ouvir nada sobre o assunto.

20
Os irmãos de Catarina põem-se de acordo e Humberto
resolve recebê-la no pensionato que sua mulher
possui não muito longe de Fain-les-Moutiers. Ali, em
Châtillon-sur-Seine, aprende a ler, a escrever, coisa
que não tinha, podido fazer na quinta por causa da
doença e morte da mãe.

Catarina descobre, com alegria, que as Filhas da


Caridade estão em Châtillon e, assim que pode, vai
visitá-las. Logo à entrada, um quadro atrai o seu
olhar:
- Quem é este sacerdote? - pergunta.
- É Vicente de Paulo, o nosso fundador, responde-lhe
a Irmã.
- Mas, é o mesmo que eu vi em sonhos!

23
Na quarta-feira, 21 de Abril de 1830, Catarina Labouré
é admitida no noviciado das Filhas da Caridade,
no no 140 da rua Du Bac, em Paris.

Ao ver Catarina tão feliz sempre que vai visitar as


Irmãs de Châtillon, Humberto decide falar novamente
com o pai Labouré. Por fim, este deixa-se convencer e
acaba por aceitar a vocação da sua filha deixando-a
partir defmitivamente de Fain-les-Moutiers.

24
I II
I I

No Domingo seguinte, 25 de Abril, a capital está em


festa. O corpo de S. Vicente - que tinha estado escon­
dido durante a Revolução francesa - é levado em
triunfo desde a Catedral de Notre-Dame de Paris
para a capela dos Padres da Missão. Uma imensa
multidão o acompanha e Catarina participa nesta
procissão com as outras Irmãs: é a festa da caridade.

27
No noviciado, o dia decorre entre o trabalho, a ora­
ção e o estudo. Durante dez a doze meses, as Irmãs
preparam-se para serem Filhas da Caridade . . .
Nada diferencia Catarina das outras . . .

À noite,durante a oração, revê - como num sonho -


o coração de S. Vicente, que lhe faz pressentir
os acontecimentos dolorosos que vão ter lugar
na França, e convida-a a acender a caridade nos
corações.

28 29
E, no entanto . . . a 18 de Julho . . . um pouco antes da
meia-noite, Catarina ouve uma voz:
- Minha Irmã! Venha! Levante-se depressa! Vá à capela!
A Santíssima Virgem espera-a!
- Mas, vão ouvir-me!
- Não tenha medo, toda a gente dorme profundamente!

Catarina levanta-se e descobre, junto da sua cama,


um menino resplandecente de luz. Segue-o até à
capela toda iluminada . . . Ali, fica à espera com uma
certa inquietação.

Catalina conta como foi:


"De repente, ouvi um ruído . . . Alguém vem sentar-se no
cadeirão . . . mas eu duvidava. 'É a Santíssima Virgem! ,'
diz o l'nenino. Então, de um salto, aproximei-me d'Ela
e ajoelhei-me nos degraus do altar.
Apoiei as minhas mãos nos seus joelhos. Fiquei assim
um longo momento . . . o mais grato da minha vida. "

31
Neste primeiro encontro, Maria entretém-se a falar A 27 de Novembro de 1830, teve lugar a segunda visita
com Catarina. Anuncia-lhe que lhe vai confiar uma de Maria a Catarina:
missão; adverte-a de que não se deixe desencorajar "Era a hora da oração da tarde. Encontrava-me na
pelas dificuldades, mas que venha rezar a Jesus capela com todas as Irmãs e vi a Santíssima Virgem
presente na Eucaristia. a oferecer a Deus um globo terrestre que Ela tinha
entre as mãos. Dos seus dedos saíam raios de luz,
"Ao voltar para a cama eram duas horas da manhã. símbolo das graças que Ela concede a todos os que
Ouvi dar as horas, mas não voltei a adormecer. " lhas pedem. "

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I

32
No dia 5 de Fevereiro de 1831, a Irmã Catarina deixa
o Noviciado. É enviada para um Lar, na rua Reuilly,
em Palis. Esta casa, situada numa grande propliedade,
acolhe umas cinquenta pessoas de idade, necessitadas,
que são tratadas e servidas por sete Irmãs.

"Logo depois vi como que desenhar-se uma forma


oval, à volta da Santíssima Virgem, com esta oração:
'Ó Maria concebida sem pecado rogai por nós que
recorremos a Vós'.
A forma oval virou-se e vi a letra M encimada por
uma cruz e, por baixo, dois corações: o de Jesus
coroado de espinhos, o de Maria trespassado por
uma espada, e uma voz me disse:
- Manda gravar uma medalha segundo este modelo.
As pessoas que a levarem com confiança, receberão
muitas graças. "

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34
\ 35

w�.l!"'·· '•'-.la�·.
Por ser a mais nova, Catarina é destacada para os
trabalhos mais pesados: cozinha, cuidado da capoeira
e da granja. O bom senso e a competência da cam­
ponesa de Fain-les-Moutiers fazem maravilhas. Os
recursos da casa são poucos mas ela lá se arranja
para preparar pratos apetitosos para o bem-estar
de todos.

37
Em 1832, com a licença do arcebispo de Paris,
gravam-se as primeiras medalhas. O próprio Padre
Aladel vem pessoalmente, dar uma a cada Irmã do
Lar. Fica maravilhado com a discrição e virtude da
Irmã Catarina que recebe a sua, sem nada deixar
transparecer.

Apesar das múltiplas ocupações, Catarina não cessa


de pensar na missão que lhe foi confiada. Como cum­
pri-la sem chamar a atenção? Compreende que deve
permanecer desconhecida e encontrar um meio para
que a mensagem seja difundida.
Aconselhada pela Santíssima Virgem, falou disso ao
Padre Aladel, que ela conhece bem. Incrédulo, num
primeiro momento, deixa-se vergar pouco a pouco,
pela tenacidade humilde de Catarina.

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Em Paxis, propaga-se urna terrível epidemia de cólera. As Filhas da Caridade difundem à sua volta a medalha,
Os mortos contam-se aos milhares em todos os pedindo aos doentes que repitam a oração confiada
bairros; uma Innã da comunidade de Catarina cai pela Virgem Maria a Catarina: 'Ó Maria conceJida
entre as primeiras vítimas. Para fazer face a este sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós'.
flagelo, que nada pode deter, os cristãos rezam. Oh surpresa! Começa-se a assistir a curas repentinas
e a conversões extraordinárias.
Essa medalha pequenina, que os doentes aceitaram
levar, bem depressa passa a ser chamada pelo povo:
medalha milagrosa .. . um nome que lhe vai ficar!
Três anos depois . . . em 1835 . . são gravadas um milhão
.

e meio de medalhas e difundidas por toda a Europa.

A Irmã Catarina é agora responsável pelo grande


dormitório dos idosos. Todos são objecto do seu
amor. Se há nela alguma preferência é pelo mais des­
graçado ou o mais desagradável. Quando a censuram
por ela não castigar os que regressam bêbados,
responde: "É que, apesar de tudo, eu vejo neles
Jesus. "

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Ao mesmo tempo que atende os idosos, Catarina Defende com energia a horta da invasão dos garotos
assume também o cuidado da pequena granja do do bairro, sempre prontos, como pássaros, a tirar
asilo. Às galinhas e aos coelhos, ela acrescenta qualquer coisa. A fruta melhor é para os idosos da
algumas vacas' a fim de ter bom leite, e algumas casa.
,, ti: l! iPe>mbàS que lhe recordam as da granja familiar.
il

!I.',; !j

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Apesar de todos os seus cargos, Catarina reza muito. Naquela época, os trabalhadores vivem em condi­
Ela mesma no-lo conta: ções deploráveis. A crise económica faz-se sentir
"Sempre que vou à capela, ponho-me diante de Deus e duramente em França, particularmente nas grandes
digo-Lhe: 'Eis-me aqui, Senhor, dai-me o que quiser­ cidades. No bairro de Reuilly, as crianças trabalham
des'. Se Ele me dá alguma coisa, fico muito contente e nas fábricas de papel desde os 6 anos. Estas crianças
agradeço-Lhe; se não me dá nada, agradeço-Lhe da exploradas são também vítimas do alcoolismo e da
mesma maneira, porque não mereço mais. E, depois, violência.
digo-lhe tudo quanto me vem à mente. Conto-Lhe as
minhas dificuldades e as minhas alegrias, e fico à
escuta. Se O escutarem, Ele falar-vos-à também,
porque, com Deus, é preciso falar e escutar. Ele fala
sempre quando se vai ali simplesmente."
Preocupada com o futuro desses jovens, a comuni­ Esta iniciativa vai ao encontro do pedido de Nossa
dade da Irmã Catarina abre uma escola para os Senhora a Catarina, em favor dos jovens: que as
pequeninos e, à noite, cursos para os que trabalham. Irmãs se ocupem da sua formação humana e cristã,
e que, para esse fim, criem uma associação. Esta
associação estabelece-se em Reuilly, em 1851, e. a
sobrinha de Catarina faz parte dela.
Enquanto a Irmã Catarina trabalha e reza no asilo, Em Reuilly, as Irmãs também falam disto:
a medalhinha espalha-se por toda a parte; em França - Dizem que é a Irmã Catarina, que viu Nossa Senhora.
e na Europa. - Isso não pode ser. Ela é como toda a gente!
"Donde vem esta medalha?", é a pergunta que toda
a gente faz. A Irmã Catarina guarda segredo e chega a ralhar com
as Irmãs demasiado faladoras. No entanto, não hesita
em afirmar às que têm dúvidas: "Minhas queridas,
a Irmã que viu Nossa Senhora, viu-A 'de carne e osso'
tal como nós! "
'Ó Maria concebida sem pecado rogai por nós que A oito de Dezembro de 1854, o papa Pio IX proclama
recorremos a V0s1• o dogma da Imaculada Conceição.
Esta oração inscrita na medãlha, repetida por milhares Quatro anos mais tarde, em Lourdes, Bemardette
de cristãos, preparq um, a:çontecimento importante. recebe a visita de uma "linda senhora" que lhe diz
na Igreja.. . · ��
,,
chamar-se "Imaculada Conceição ". E, enquanto em
Lourdes, Bemardette é conhecida desde o princípio
das aparições, em Reuilly, Catarina guarda silêncio .. .
um silêncio que vai durar 46 anos.

53
Em Julho de 1870, Napoleão lll declara guerra à As Irmãs tratam os feridos de ambos os lados, dos
Prússia. O esmagamento da França é rápido e o povo dois campos. Os combatentes invadem o convento.
revolta-se contra o imperador. Este grande movimento Catarina é presa e conduzida ao posto da polícia.
popular, chamado A Comuna, abrasa . Pedem-lhe que testemunhe contra "a Valentim", uma
Paris. O bairro de Reuilly encontra-se senhora fanática empregada no asilo, que muito a
no coração do conflito. fizera sofrer. Os juízes ficam surpreendidos: Catarina
nada diz, porque, para as Filhas da Caridade, todo o
ser humano, mesmo o pior, merece ser respeitado.
Catarina sente as suas forças a diminuir e a morte a Fala nisso à Superiora, Irmã Joana Dufês, e conta-lhe
aproximar-se. Sente-se atormentada, porque há um as suas conversas com a Virgem Maria.
pedido da Virgem Maria que não foi realizado. Quem - A Irmã foi muito favorecida, diz-lhe a Irmã Joana
dará autorização para esculpir uma imagem de Maria emocionada.
com o globo terrestre na mão? O Padre Aladel, que - Não fui senão um instrumento. Ela escolheu-me a
recebera as suas confidências, já tinha morrido. mim, que sou ignorante, para que não pudessem
duvidar dela.
Dezembro de 1876: Catarina, cada vez mais fatigada,
já não sai. Afirma com serenidade: "Não verei o fim
do ano" . . .
A 30 de Dezembro, o seu estado agrava-se.
- Irmã Catarina, não tem medo de morrer? - pergunta
a Irmã Joana.
- De que havia de ter medo? Vou ver Nosso Senhor,
a Virgem Maria e S. Vicente!

- Irmã Joana, é preciso fazer uma imagem de Maria


com o mundo entre as mãos. Tal como uma mãe leva
o filho nos braços, Maria apresenta a Deus toda a
vida do mundo. Convida-nos a amar o mundo como
Jesus o amou e a construir um mundo novo.

Diante da imagem, finalmente esculpida, Catarina


fica decepcionada:
- A Santíssima Virgem é muito mais bela!

58
No dia seguinte, Catarina recebe a comunhão.
As Irmãs rezam o terço com ela, e lentamente, com
um doce sorriso nos lábios, expira.
Então, a Irmã Joana declara:
- Já não há nada a esconder. Foi Catarina quem viu a
Santíssima Virgem e recebeu a missã6 de mandar
gravar a medalha milagrosa.

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- A Irmã Catarina ficava imóvel na capela, de olhos


fixos na imagem de Nossa Senhora - diz a Irmã
Filomena. Ainda penso nisso sempre que olho para o
lugar onde ela se punha.
- Eu gostava muito de rezar o terço com ela - acres­
centa a Irmã Ana Maria - ensinava-me a rezar.

61
A 3 de Janeiro de 1877, uma longa procissão. percorre
os três jardins de Reuilly. Acudiu uma multidão
imensa. Este enterro é um verdadeiro triunfo para
aquela que sempre quis permanecer desconhecida.
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' Cáta:r:iha 'foi canon�zada peid ,��· .
Papa Pio XII1 a 21 de Julho de ·

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A Comuna
Levantamento revolucionário muito violento, Crise económica
que teve lugar em Paris, em 1871. Foi pro­ Situação difícil para um país ou uma região,
vocado pelos trabalhadores descontentes marcada pela falta de dinheiro e de trabalho.
com as suas más condições de vida.
Dogma
Associação Verdade de Fé na qual a Igreja pede que se
Outrora chamada Associação dos Filhos de acredite.
Maria, este movimento juvenil tem hoje o
Filhas da Caridade
nome de "Juventude Mariana". Existe em 60
São jovens, na maior parte, provenientes
países e reúne à volta de 200.000 jovens.
de ambientes modestos (camponesas ou
Capela dos Padres da Missão aldeãs) que entregam toda a sua vida a
São os Padres formados por S. Vicente de Deus. Também são conhecidas por Irmãs
Paulo (veja-se o livro desta mesma colec­ de S. Vic:ente de Paulo. No seu tempo, as
I I ção, que conta a vida deste grande Santo). religiosas eram obrigadas a permanecer no
!
São enviados a anunciar, em toda a parte, interior do seu convento. Vicente tem a ousa­
o amor de Deus, mas sobretudo junto dos dia de enviar as Filhas da Caridade por toda
mais pobres. Na sua capela, em Paris, a parte, iiniciando assim um novo estilo de
rua de Sêvres, 95, pode ver-se o corpo de vida religiosa. Envia-as para os bairros
S. Vicente de Paulo. pobres, e por vezes perigosos, para os tugú­
rios dos doentes, os hospitais, as prisões e
Doença grave, contagiosa e frequentemente até para os campos de batalha. Diz-lhes:
mortal. "Tereis por convento a casa dos doentes;
por claus1tro as ruas da cidade; por capela, a
Conversão
igreja da paróquia". Com elas, começaram
Acção de se voltar para Deus, de acreditar
as primeims mestras rurais, as enfermeiras
n'Eie.
a domicíiÍio, as assistentes sociais, as visi­
tadoras das prisões, as educadoras de
infância e das jovens em dificuldade ...

67
Imaculada Conceição ou "Maria concebida
sem pecado"
Escolhida por Deus para ser a Mãe de
Jesus, Maria foi cheia de graça e preser va­
da de todo o pecado desde o primeiro
momento da sua existência.

Missão
Projecto confiado a uma pessoa.

Noviciado
Lugar de estudo e de formação para os que
se preparam para o sacerdócio ou para a
vida religiosa.

Revolução
Convulsão violenta, mudança política ou
social que, por vezes, provoca motins, lutas
sangrentas.

Vocação
Chamamento de Deus, desejo profundo de
se entregar a Ele.

69
Oração

Obrigado, Senhor Jesus


pela vida da Irmã Catarina.

Obrigado pela sua coragem nas dificuldades


e a sua decisão em responder
ao Teu chamamento.
Obrigado pela alegria que lhe concedeste
de poder ver a Virgem Maria
e pela Missão que lhe confiaste
de dar a conhecer e amar
na beleza e pureza do seu coração imaculado.
Obrigado pelo seu silêncio e humildade,
a sua alegria e paz,
a sua oração e vida tão simples
ao serviço dos idosos e doentes.
Senhor Jesus, ensina-me
a receber com toda a simplicidade,
como a Irmã Catarina,
as alegrias que me envias.
Põe no meu coração o desejo de falar contigo,
de Te escutar e de fazer o que Tu me pedes!
Que Maria, tua Mãe, me leve até junto de Ti
e de todos os que precisam do meu sorriso
e da minha alegria.
Obrigado, Senhor Jesus!

Amen.

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