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LÍNGUA PORTUGUESA

Adequação da linguagem ao contexto e Estratégias para


acentuar, pontuar e usar a ortografia correta

Profª Débora Mallet Pezarim de Angelo


Sumário
Adequação da linguagem ao contexto .................................................................... 3
Objetivo ................................................................................................................................... 3
Escolhendo as palavras de acordo com o contexto ................................................................ 3
Variedades linguísticas ........................................................................................... 4
Formalidades na fala e na escrita ............................................................................................ 6
A questão dos gêneros ............................................................................................................ 7
Outros critérios para nossas escolhas linguísticas ................................................................. 8
Síntese ..................................................................................................................................... 9
Estratégias para acentuar, pontuar e usar a ortografia correta .............................. 10
Objetivo ................................................................................................................................. 10
Ortografia .............................................................................................................................. 10
Estratégias para resolver problemas ortográficos ...................................................... 12
Acentuação gráfica ......................................................................................... 13
Nova Ortografia ............................................................................................................ 14
Pontuação..................................................................................................................... 16
O Ponto ........................................................................................................... 18
A vírgula .......................................................................................................... 19
Síntese .......................................................................................................................... 19
Bibliografia ........................................................................................................... 21

2
Adequação da linguagem ao contexto
Objetivo
Refletir sobre a escolha de nossas palavras de acordo com o contexto de
comunicação em que estamos. É muito importante usar a linguagem adequada à
situação, pois, dependendo do público com quem vamos falar ou para quem vamos
escrever, precisamos nos expressar de forma mais ou menos formal; além disso,
devemos levar em conta outros critérios para nossa organização textual, tais como a
polidez, a clareza, entre outros.

Usar uma linguagem adequada à situação de uso é uma etapa importante para que
nossa comunicação tenha maiores possibilidades de êxito!

Escolhendo as palavras de acordo com o contexto


Em qualquer situação de comunicação, é importante estar atento ao contexto em
que nos inserimos. Dependendo de quem somos, onde estamos, com quem falamos,
nossa linguagem pode e deve mudar, adequando-se a cada contexto. Cada vez que
nos expressamos, falando ou escrevendo, usamos um registro linguístico, que deverá
ser o mais adequado possível à situação comunicativa.

O que é registro linguístico?


A escolha do registro linguístico
Não podemos dizer que a fala é menos formal que a escrita, já que a
escolha de como organizar essa fala é feita em consequência do:
 Gênero do discurso
 Lugar em que esse discurso circulará

O lugar de circulação do discurso determina sua audiência. Esse


fator, articulado com a escolha do gênero no qual o discurso se
organizará, determina as escolhas linguísticas que serão feitas para
que esse discurso possa ser reconhecido e legitimado por essa
audiência. Entre essas escolhas, inclui-se a do registro.

Uma palestra acadêmica, por exemplo – quer seu público seja


constituído por estudantes, quer por importantes pesquisadores –,
será sempre organizada em um registro mais formal do que uma
conversa cotidiana entre amigos e será sempre planejada
previamente, e com mais rigor do que a conversa. Caso contrário, a
palestra pode ser desqualificada por causa do emprego inadequado
da linguagem, e a conversa pode ser considerada “chata” e seu
interlocutor, “arrogante”.
Texto disponível em:
3 http://www.educared.org/educa/index.cfm?pg=oassuntoe.interna&i
Ad_tema=9&id_subtema=4&cd_area_atv=1

Adaptado
Como pudemos notar, a escolha das palavras deve levar em conta o contexto
comunicativo em que estamos. Se a situação é informal (uma conversa entre amigos,
por exemplo), podemos usar um vocabulário mais coloquial. Já em uma situação
formal, o registro deve seguir a norma culta da Língua Portuguesa.

Variedades linguísticas*
O modo de falar do brasileiro
Alfredina Nery
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Toda língua possui variações linguísticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua
história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). As variações
linguísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos.

 Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas


por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; note
que as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita

 Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo


com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de
outro tipo

 Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma


mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos,
alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e
jargões

Assim, além do português padrão, há outras variedades de usos da língua cujos


traços mais comuns podem ser evidenciados abaixo.

Uso de “r” pelo “l” em final de sílaba e nos grupos consonantais: pranta/planta;
broco/bloco.

Alternância de “lh” e “i”: muié/mulher; véio/velho.

Tendência a tornar paroxítonas as palavras proparoxítonas: arve/árvore; figo/fígado.

Redução dos ditongos: caxa/caixa; pexe/peixe.

Simplificação da concordância: as menina/as meninas.

Ausência de concordância verbal quando o sujeito vem depois do verbo: “Chegou”


duas moças.

Uso do pronome pessoal tônico em função de objeto (e não só de sujeito): Nós


pegamos “ele” na hora.

Assimilação do “ndo” em “no” (falano/falando) ou do “mb” em “m” (tamém/


também).

4
Desnasalização das vogais postônicas: home/homem.

Redução do “e” ou “o” átonos: ovu/ovo; bebi/bebe.

Redução do “r” do infinitivo ou de substantivos em “or”: amá/amar; amô/amor.

Simplificação da conjugação verbal: eu amo, você ama, nós ama, eles ama.

Variações regionais: os sotaques


Se você fizer um levantamento dos nomes
que as pessoas usam para a palavra "diabo",
talvez se surpreenda. Muita gente não gosta
de falar tal palavra, pois acreditam que há o
perigo de evocá-lo, isto é, de que o demônio
apareça. Alguns desses nomes aparecem em
o "Grande Sertão: Veredas", Guimarães Rosa,
que traz uma linguagem muito característica
do sertão centro-oeste do Brasil:

Demo, Demônio, Que-Diga, Capiroto, Satanazim, Diabo, Cujo,


Tinhoso, Maligno, Tal, Arrenegado, Cão, Cramunhão, O Indivíduo,
O Galhardo, O Pé-de-Pato, O Sujo, O Homem, O Tisnado, O Coxo,
O Temba, O Azarape, O Coisa-Ruim, O Mafarro, O Pé-Preto, O
Canho, O Duba-Dubá, O Rapaz, O Tristonho, O Não-Sei-Que-diga,
O Que-Nunca-se-Ri, O Sem Gracejos, Pai do Mal, Terdeiro, Quem
que Não Existe, O Solto-Ele, O Ele, Carfano, Rabudo.
Drummond de Andrade, grande escritor brasileiro, elabora seu texto a partir de uma
variação linguística relacionada ao vocabulário usado em uma determinada época no
Brasil.

Antigamente

"Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito


prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
mesmo sendo rapagões, faziam- lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam
longos meses debaixo do balaio."

Como escreveríamos o texto acima em um português de hoje, do século 21? Toda


língua muda com o tempo. Basta lembrarmos que do latim, já transformado, veio o
português, que, por sua vez, hoje é muito diferente daquele que era usado na época
medieval.

5
Língua e status
Nem todas as variações linguísticas têm o mesmo prestígio social no Brasil. Basta
lembrar de algumas variações usadas por pessoas de determinadas classes sociais ou
regiões para perceber que há preconceito em relação a elas.

Uma certa tradição cultural nega a existência de determinadas variedades linguísticas


dentro do país, o que acaba por rejeitar algumas manifestações linguísticas por
considerá-las deficiências do usuário. Nesse sentido, vários mitos são construídos, a
partir do preconceito linguístico.

*Texto disponível em: http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u60.jhtm


Acesso em: 01/09/2012.

O problema do registro linguístico inadequado à situação comunicativa não diz


respeito apenas ao uso de gírias ou expressões coloquiais. Devemos estar atentos
para, dependendo da pessoa com que falamos ou a quem escrevemos, não usarmos
um vocabulário muito específico, incompreensível para ela.

Formalidades na fala e na escrita¹


A primeira habilidade de um bom usuário da língua portuguesa é adequar-se às
situações de formalidade e informalidade, tanto da fala quanto da escrita. Mas essa
tarefa exige mais atenção quando se trata da escrita, pois a tendência é de manter a
informalidade, mais frequente na fala, em comunicações escritas formais.

Essa falta de adequação compromete a qualidade do texto e pode ser observada pelo
uso de expressões e palavras inadequadas que, embora sejam aceitas na fala, em
contextos informais, não devem fazer parte do texto escrito.

Seguem algumas das expressões inadequadas, que devem ser substituídas


prontamente nos textos:

 que nem: muito usada na oralidade, deve ser evitada e substituída por como
ou igual.
Ex.: Errado: Ele é honesto que nem eu.
Correto: Ele é honesto como eu.

 através de: não use essa expressão com o sentido de por meio de ou por
intermédio de, por, pelo e pela. O sentido dessa locução é por dentro de, de
um lado para outro de, por entre e ao longo de.
Ex.: Errado: Soube da demissão de José através do Manoel.
Correto: Soube da demissão de José por intermédio do Manoel.
Correto: Soube da demissão de José pelo Manoel.

 reverter/ inverter: a palavra reverter significa voltar à situação inicial e deve


ser usada para expressar ideia de retorno. Caso a ideia seja a de mudar o

6
sentido, usa-se a palavra inverter. Se a ideia for de mudança, usam-se as
palavras alterar, mudar ou modificar.
Ex.: Errado: O candidato precisava reverter o resultado da pesquisa de intenção
de voto.
Correto: O candidato precisava alterar o resultado da pesquisa de intenção
de voto.

 junto a: essa locução significa ao lado, próximo a, perto de. Muitas vezes, é
usada de maneira errada.
Ex.: Errado: Fiz uma solicitação de empréstimo junto ao banco.
Correto: Fiz uma solicitação de empréstimo no banco.
¹ Texto disponível em: http://www.escreverbem.com.br/pt-br/escreva_13.html
Acesso em: 01/09/2012.

A questão dos gêneros


Quando nos comunicamos, na fala ou na escrita, usamos diferentes gêneros.
Dependendo da situação, consideramos melhor escrever um e-mail, precisamos fazer
um relatório ou um boletim de ocorrência, ler uma notícia, conversar com um
amigo... Todos esses exemplos são gêneros que usamos com frequência, seja para
falar, ler, escrever ou assistir.

Conforme o gênero, a escolha de palavras e estruturas linguísticas será mais ou


menos formal.

O que é um gênero? ³
Piada, anúncio, poema, romance, carta de leitor, notícia, biografia, requerimento,
editorial, palestra, receita... São muitos os gêneros de texto que circulam por aí. São
as situações que definem qual utilizar.

O que podemos fazer quando queremos:

 Saber como chegar a um endereço desconhecido por nós? Consultar o guia de


ruas da nossa cidade, ou perguntar a alguém que conhece o trajeto...

 Escolher um filme para ir assistir no cinema? Pesquisar no jornal ou pedir


opinião a um amigo...

 Conversar com parentes que estão longe? Telefonar, mandar carta ou e-


mail...

 Criar um clima de descontração com amigos? Contar piadas, conversar...

 Distrair uma criança? Ler um conto de fadas, brincar de adivinhações...

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Em todas as situações acima, usamos diferentes gêneros de texto (a definição de
texto, aliás, é: um enunciado verbal que faz sentido para alguém em determinada
situação). Situações diversas, finalidades diversas, diferentes gêneros. Não importa
qual o gênero, todo texto pode ser analisado sob três características:

 o assunto: o que pode ser dito através daquele gênero;

 o estilo: as palavras, expressões, frases selecionadas e o modo de organizá-


las;

 o formato: a estrutura em que cada agrupamento textual é apresentado.

³ Texto disponível em: http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u17.jhtm


Acesso em: 01/09/2012.

Outros critérios para nossas escolhas linguísticas


Além do vocabulário, devemos estar atentos a outros aspectos de nossas escolhas
linguísticas.

 Excesso de marcas de linguagem oral: “né", “tá”, “entendeu”, “tipo assim”,


“então”... Essas palavras, entre outras, quando usadas em excesso na
linguagem oral, podem dar a impressão de insegurança na comunicação.
Portanto, devemos nos policiar para não usar esse tipo de marca de oralidade
com frequência em nossa comunicação oral e evitá-lo totalmente na escrita
formal.

 Polidez é importante em qualquer situação: podemos ser objetivos, claros,


sabermos do que estamos falando ou escrevendo, mas, se não usarmos um
registro educado, escolhendo as palavras, causar má impressão em nossa
comunicação com os outros.

 A clareza e a objetividade são sempre bem-vindas: no dia a dia tão corrido,


por vezes as pessoas esquecem que a clareza do que falam e escrevem é
fundamental. Devemos ser econômicos, mas não a ponto de prejudicar o
entendimento das pessoas.

Para falar melhor 4


1) Seja você mesmo. Nenhuma técnica é mais importante que a sua naturalidade.

2) Pronuncie bem as palavras - sem exagero.

3) Fale com boa intensidade - nem alto nem baixo demais -, sempre de acordo com
o ambiente.

4) Fale com boa velocidade - nem rápido nem lento demais.

8
5) Fale com bom ritmo, alternando a altura e a velocidade da fala para manter
aceso o interesse dos ouvintes.

6) Tenha um vocabulário adequado ao público.

7) Cuide da gramática, pois um erro nessa área poderá comprometer a


apresentação.

8) Tenha postura física correta.

9) Dê à sua fala início, meio e fim.

10) Fale com emoção - demonstre interesse e envolvimento pelo assunto.


4
Texto disponível em:
http://www.polito.com.br/portugues/dicas.php?id_nivel=15&id_nivel2=134
Acesso em: 01/09/2012.

Síntese
Até aqui, aprendemos que é muito importante levar em conta o contexto em que
estamos falando ou escrevendo para que nossa comunicação seja eficiente.

Se estamos em uma situação formal, devemos usar uma linguagem mais próxima da
norma culta da Língua Portuguesa. Se, por outro lado, estamos em uma situação
informal, ou diante de alguém com pequeno domínio da linguagem padrão, podemos
falar de forma mais coloquial, para ser compreendidos ou para agirmos de forma
natural ao contexto.

A escolha do gênero que vamos usar nesta ou naquela situação também interfere no
registro linguístico que vamos utilizar. Há gêneros mais formais, principalmente os
escritos, e gêneros mais informais (normalmente ligados à oralidade).

Nossa língua, como qualquer outra, é muito rica e variada; no entanto, é preciso
estar atento ao momento em que estamos nos comunicando, escolhendo as palavras
de acordo com cada situação.

Por fim, devemos levar em conta outros aspectos para uma boa interação verbal com
as pessoas: devemos evitar as marcas de oralidade, usar sempre formas polidas de
comunicação e procurar a objetividade e a clareza. Esses princípios, com certeza,
facilitam a comunicação diária de todos nós.

9
Estratégias para acentuar, pontuar e usar
a ortografia correta
Objetivo
Ortografia, acentuação gráfica e pontuação são três temas que geram dúvidas para a
maioria das pessoas. Como fenômenos ligados exclusivamente à escrita, foram
aprendidos na escola e, muitas vezes, de forma insuficiente.

Vamos destacar alguns pontos de cada uma desses assuntos, uma vez que seria
impossível esgotá-los. Principalmente, procuraremos construir um conjunto de
estratégias que podem ajudar você a superar problemas ortográficos, colocação de
acentos gráficos e uso da pontuação.

Ortografia
Todo mundo, vez ou outra, tem dúvidas sobre a ortografia de algumas palavras. Além
disso, quando escrevemos uma palavra errada do ponto de vista ortográfico, nosso
texto pode ficar comprometido, causando em nosso leitor uma péssima impressão.

É importante destacar que a ortografia e a acentuação são convenções da língua,


organizadas a partir de regras de uso, nem sempre fáceis de saber (muitas vezes,
uma palavra é escrita dessa ou daquela maneira devido a sua origem – latina, por
exemplo). Por isso, é normal termos dúvidas nesses assuntos.

Curiosidades

Espectador / Expectativa: um com “s” e outro com “x”?


A palavra expectativa, que significa “situação de quem espera a ocorrência de algo, ou sua
probabilidade de ocorrência, em determinado momento”, vem do “latim medieval expectativa,
feminino substantivado do latim medieval ex(s)pectativus,a,um (documentado em latim medieval
no sentido gratia expectativa), derivado do radical ex(s)pectatum, supino do verbo ex(s)pectāre,
„estar na expectativa de, esperar, desejar, ter esperança‟; o vocábulo penetrou no português
provavelmente por influência do francês expectative (1461), „espera de alguma coisa, espera que
repousa numa promessa ou numa probabilidade‟, feminino substantivado do adjectivo expectatif,
"que dá o direito de esperar".
http://www.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=22019
Já a palavra espectador é um substantivo masculino que significa “aquele que vê qualquer ato,
testemunha, aquele que assiste a qualquer espetáculo”. Entrou no português em 1677, segundo
Duarte Ribeiro de Macedo, e provém do latim spectator, oris.
http://www.filologia.org.br/monografias/CP-GLP-02-
MORFOSSINTAXE%20DA%20L%C3%8DNGUA%20PORTUGUESA.pdf
*Texto adaptado
Podemos notar, portanto, que as duas palavras, apesar da sonoridade parecida, têm sentidos
diferentes e origens diferentes; por isso cada uma é escrita de uma forma.

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Alguns padrões ortográficos
Pode não parecer, mas em nossa ortografia há várias regras que podemos seguir para
escrever as palavras corretamente. Vamos ver algumas delas.

Quando usar “-isar” ou “-izar”?

 O sufixo “-izar” é usado para verbos derivados de palavras que não têm “-s”
no radical (e também para os derivados de substantivos e adjetivos
terminados em - ico, - ismo, - ista). Assim, temos:

Local – Localizar
Exorcismo – Exorcizar
Socialista – Socializar
Dogmático – Dogmatizar

 Por sua vez, o sufixo “isar” está associado a derivados de radicais com “s”.
Assim, temos:

Liso – Alisar
Análise – Analisar
Friso – Frisar
Aviso – Avisar

Conceitos úteis
Radical é o elemento principal da palavra, a base de seu significado. O radical
não sofre variação. Em “relampeja”, o radical é “relamp-” (elemento
invariável); em “pedreiro”, é “pedr-”. Os radicais são elementos comuns às
palavras da mesma família etimológica, que possuem a mesma origem. Veja:

Pedreiro
Pedrada
Pedras
Sufixo é um elemento Ditongo é o encontro de uma
significativo secundário que se vogal e uma semivogal, ou vice-
junta ao radical para formar versa, em uma mesma sílaba.
palavras novas. Os sufixos vêm
sempre depois do radical. Trégua
Bondoso Farmácia
Arruaceiro Mágoa

SOUZA, Jésus, YOUSSEF, Samira. Minigramática. São Paulo: Saraiva, 2001,


p. 79, adaptado.

11
Uso do “G” e do “J”
Emprega-se a letra “g”:
 nas palavras terminadas em -ágio, -égio, - ígio, -ógio, -úgio.
Exemplos: relógio, colégio, refúgio.
 nas palavras terminadas em –gem.
Exemplos: viagem, ferrugem, massagem.
Emprega-se o “j”:
 nas palavras de origem tupi e africana.
Exemplos: canjica, pajé, jacaré, jabuticaba.
 nos verbos terminados em –jar ou –jear.
Exemplos: arranjar, viajar, sujar, lisonjear.

Uso de “X” e “CH”


Emprega-se a letra “x”:
 depois de ditongo.
Exemplos: ameixa, abaixo, paixão, caixa.
 depois da sílaba inicial en-.
Exemplos: enxame, enxaqueca, enxuto.
Exceção: “encher ”e derivados
 depois da sílaba inicial me.
Exemplos: mexer, mexicano, mexilhão.
 em palavras de origem africana ou indígena.
Exemplos: abacaxi, capixaba, macaxeira.

SOUZA, Jésus, YOUSSEF, Samira. Minigramática. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 34,
adaptado.

Estratégias para resolver problemas ortográficos


Além dessas regras apresentadas, há muitas outras. Acreditamos, no entanto, que,
ao invés de decorá-las, você pode usar algumas estratégias para resolver suas
dúvidas ortográficas:

 Consulte dicionários impressos ou digitais.

 Marque – em um caderno de anotações ou algo que você leve sempre em


seus materiais – a ortografia de palavras que você usa com frequência e
geram dúvidas. Consulte sempre que a dúvida surgir.

 Saiba algumas regras de ortografia (especialmente das palavras que você usa
sempre, mas não consegue saber como são escritas). Consulte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/fovest/ortografia.shtml.

 Leia bastante: quanto mais lemos, mais fixamos a ortografia das palavras, de
forma natural.

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 Se não tiver certeza da ortografia de um termo e não houver como fazer a
consulta, troque por um sinônimo, um termo de sentido equivalente.

 Se estiver escrevendo no computador, preste atenção aos termos que o


corretor ortográfico destaca. Ele costuma indicar ortografias incorretas.

 Faça associações entre termos de uma mesma família. Por exemplo, “fingir”,
“fingido”, “fingimento”.

Acentuação gráfica
Da mesma forma que a ortografia, a acentuação gráfica das palavras é um tema que
gera muitas dúvidas e, quando não empregada de maneira adequada, pode provocar
no leitor má impressão sobre nossa escrita.

Há menos regras de acentuação do que de ortografia, mas muitas pessoas têm


dificuldade em decorá-las e aplicá-las na hora da escrita. Vamos destacar algumas,
bastante usuais, e indicar um conjunto de estratégias para evitar problemas com a
acentuação.

Em nossa língua, a acentuação gráfica obedece a um conjunto de regras, baseadas,


em geral, na posição da sílaba tônica (a que é pronunciada com mais intensidade em
uma palavra). Desse modo, temos:

 Palavras oxítonas: a sílaba tônica é a última.

Exemplos: ninguém, você, ruim, anzol.

 Palavras paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima.

Exemplos: caminho, dólar, gente, homem.

 Palavras proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima.

Exemplos: xícara, médico, ótimo, úmido.

Agora que já vimos o conceito de sílaba tônica, vamos estudar as regras básicas de
acentuação gráfica da Língua Portuguesa.

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas

Exemplos: médico, átomo, máximo.

São acentuadas as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens)

Exemplos: está, jacaré, avô, alguém.

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São acentuadas as paroxítonas terminadas em:

 i, is

Exemplos: lápis, táxi, grátis.

 us, um, uns

Exemplos: bônus, álbum, álbuns.

 ã, ãs, ao, aos

Exemplos: órfã, órfãs, bênção, sótãos.

 l, n, r, x, ps

Exemplos: útil, próton, éter, tórax, bíceps.

 ditongo, seguido ou não de “s”

Exemplos: mágoa, árduo, cáries, pônei.

Nova Ortografia
Alfabeto
Como era Nova Regra Como ficou

As letras k, w, y fazem parte do


O alfabeto era formado por 23 alfabeto. São usadas em siglas,
O alfabeto é formado por símbolos, nomes próprios
letras, mais as letras chamadas
26 letras. estrangeiros e seus derivados.
de “especiais‟ k, w, y.
Exemplos: km, watt, Byron,
byroniano.

Trema

Como era Nova Regra Como ficou

agüentar, conseqüência, aguentar, consequência,


cinqüenta, qüinqüênio, O trema é eliminado em cinquenta, quinquênio,
freqüência, freqüente, eloqüência, palavras portuguesas e frequência, frequente, eloquência,
eloqüente, argüição, delinqüir, aportuguesadas. eloquente, arguição, delinquir,
pingüim, tranqüilo, lingüiça pinguim, tranquilo, linguiça

 O trema permanece em nomes próprios estrangeiros e seus derivados: Müller, mülleriano,


hübneriano.

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Acentuação

Como era Nova Regra Como ficou

assembléia, platéia, idéia, assembleia, plateia, ideia,


colméia, boléia, panacéia, Coréia, Não se acentuam os colmeia, boleia, panaceia,
hebréia, bóia, paranóia, jibóia, ditongos abertos -ei e - oi Coreia, hebreia, boia,
apóio (forma verbal), heróico, nas palavras paroxítonas. paranoia, jiboia, apoio (forma
paranóico verbal), heroico, paranoico

 O acento nos ditongos -éi e -ói permanece nas palavras oxítonas e monossílabos tônicos
de som aberto: herói, constrói, dói, anéis, papéis, anzóis.
 O acento no ditongo aberto –éu permanece: chapéu, véu, céu, ilhéu.

enjôo (subst. e forma verbal), vôo enjoo (subst. e forma verbal),


(subst. e forma verbal), corôo, Não se acentua o hiato voo (subst. e forma verbal),
perdôo, côo, môo, abençôo, -oo. coroo, perdoo, coo, moo,
povôo abençoo, povoo

Não se acentua o hiato


crêem, dêem, lêem, vêem -ee dos verbos crer, dar, creem, deem, leem, veem,
descrêem, relêem, revêem ler, ver e seus derivados descreem, releem, reveem
( 3a p. pl.).

pára (verbo), péla (subst. e para (verbo), pela (subst. e


Não se acentuam as
verbo), pêlo (subst.), pêra verbo), pelo (subst.),
palavras paroxítonas que
(subst.), péra(subst.), pólo pera(subst), pera(subst.),
são homógrafas.
(subst.) polo(subst.)

 O acento diferencial permanece nos homógrafos: pode (3ª pessoa do sing. do


presente do indicativo do verbo poder) e pôde (3ª pessoa do pretérito perfeito do
indicativo).
 O acento diferencial permanece em pôr (verbo) em oposição a por (preposição).

Não se acentuam o -u
tônico nas formas verbais
argúi, apazigúe, averigúe, rizotônicas(acento na raiz), argui, apazigue, averigue,
enxagúe, obliqúe quando precedido de g ou enxague, oblique
q e seguido de -e ou -i
(grupos que/quie gue/gui).

Não se acentuam o -i e -u
baiúca, boiúna cheiínho, saiínha tônicos das palavras baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha,
feiúra, feiúme paroxítonas quando feiura, feiume
precedidas de ditongo.

Tabela disponível em:


http://www.mundovestibular.com.br/articles/5932/1/Reforma-Ortografica-da-
Lingua- Portuguesa/Paacutegina1.html
Acesso em: 01/09/2012

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Estratégias para resolver problemas de acentuação gráfica
 A maioria das palavras da língua não recebe acento; portanto, na dúvida, não
acentue.

 Se você está com dúvida sobre a acentuação de uma palavra, descubra


primeiro a sílaba tônica (a que é pronunciada de forma mais intensa). Em
seguida, veja se ela está prevista em alguma regra de acentuação.

 Saiba algumas regras de acentuação gráfica (especialmente das palavras que


você usa sempre, mas não consegue saber se são acentuadas ou não).
Consulte: http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u7.jhtm.

 Leia bastante: quanto mais lemos, mais fixamos a presença ou ausência de


acentuação gráfica das palavras, de forma natural.

 Se não tiver certeza da acentuação gráfica de um termo e não houver como


fazer a consulta, troque por um sinônimo, um termo de sentido equivalente.

 Consulte um dicionário para sanar dúvidas.

 Marque – em um caderno de anotações ou algo que você leve sempre em


seus materiais – palavras que você usa com frequência e geram dúvidas
quanto à acentuação.

Pontuação
Na língua escrita, a pontuação dá ritmo e melodia à frase, servindo ainda como
instrumento de clareza na construção do sentido daquilo que queremos dizer.
Quando bem empregada, auxilia na organização das ideias e funciona como
elemento de articulação das partes do texto (a chamada “coesão textual”).

Em nossa língua, há dois tipos de sinais de pontuação:

Sinais que indicam pausas

 A vírgula ( , )
 O ponto ( . )
 O ponto-e-vírgula ( ; )

Sinais que marcam entoação (ritmo e melodia da frase)

 Os dois pontos ( : )
 O ponto de interrogação ( ? )
 O ponto de exclamação ( ! )
 As reticências ( ... )
 As aspas ( “ ” )
16  Os parênteses ( ( ) )
 O travessão ( – )
Entendendo o uso de alguns sinais de entoação
DOIS-PONTOS ( : )

a) inicia a fala dos personagens:

Ex.: Então o padre respondeu:

- Parta agora.

b) aparece antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequências


de palavras que explicam, resumem ideias anteriores.

Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.

c) usa-se antes de citação.

Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno, posto que é
chama, mas que seja infinito enquanto dure”.

RETICÊNCIAS ( ... )

a) indica dúvidas ou hesitação do falante.

Ex.: Sabe...eu queria te dizer que... esquece.

b) marca interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.

Ex.: - Alô! João está?

- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...

c) usa-se ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de


sugerir prolongamento de ideia.

Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns
longes cor-de-rosa...” (Cecília- José de Alencar)

d) indica supressão de palavra (s) numa frase transcrita.

Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo


Fagner)

PARÊNTESES ( ( ) )

a) isola palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.

Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreram inúmeras perdas


humanas.

"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na


véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do
verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste - Graça Aranha).

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Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

TRAVESSÃO ( – )

a) dá início à fala de um personagem.

Ex.: O filho perguntou:

- Pai, quando começarão as aulas?

b) indica mudança do interlocutor nos diálogos.

- Doutor, o que tenho é grave?

- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará


bom.

c) uni grupos de palavras que indicam itinerário.

Ex.: A rodovia Belém-Brasília.

Texto adaptado de:


http://www.coladaweb.com/portugues/emprego-dos-sinais-de-pontuacao
Acesso em: 01/09/2012.

O ponto
O ponto é usado, principalmente, para indicar o final de um período, seja ele simples
(com uma só oração) ou composto (com duas ou mais orações). É importante
destacar que um parágrafo organizado de forma clara apresenta, entre outras
características, períodos menores, compostos por uma ou poucas orações. Assim, a
presença de pontos indica que procuramos organizar nosso pensamento de forma
pausada, dividindo as informações nos períodos.

Observe:
“O corpo do leão Ariel foi cremado no final da tarde
deste domingo (31), em São Paulo. Ariel morreu há
quatro dias em pleno tratamento para voltar a
caminhar. Uma doença degenerativa deixou o animal
sem o movimento das quatro patas. O caso repercutiu
no Brasil e exterior e mobilizou mais de 60 mil
internautas.”

Disponível em:
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/07/31/corpo-do-leao-
ariel-e-cremado-e-cinzas-serao-colocadas-em-futuro-zoologico.jhtm
Acesso em: 01/09/12

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Nesse período de aproximadamente quatro linhas, há quatro pontos, o que significa
que os períodos são curtos, com informações objetivas.

A vírgula
A vírgula marca pausas de pequena duração e é organizada por um conjunto de
regras. Vamos nos concentrar em dois aspectos centrais dessas ocorrências:

 A vírgula nunca deve ser usada para separar o sujeito de seu predicado.

Observe:

João que é um rapaz muito inteligente, sabia a resposta.

Esse é um erro muito comum no uso da vírgula. Veja que o sujeito é “João” e
seu predicado é “sabia a resposta”. Não podemos separar o sujeito do
predicado. O correto, nesse caso, deve ser:

João, que é um rapaz muito inteligente, sabia a resposta (isolando a


informação acessória “que é um rapaz muito inteligente”).

 A vírgula deve ser usada para isolar informações acessórias. Veja:

A moça, na mesma hora, disse o que pensava (a informação principal é “a


moça disse o que pensava”. Já “na mesma hora” é um acessório no meio da
ideia central, portanto deve ser isolado por vírgulas).

Quer mais detalhes sobre o uso da vírgula? Acesse:


http://www.portuguesfacil.net/regras-simples-faceis-usar- virgula

Síntese
Ortografia, acentuação gráfica e pontuação são três temas da Língua Portuguesa que
costumam gerar muitas dúvidas na hora de escrever. Além disso, quando usados de
forma inadequada, as letras, acentos e sinais de pontuação podem provocar uma
péssima impressão em nosso leitor.

Para auxiliá-lo nesses assuntos, indicamos algumas estratégias. Sugerimos que você:

 Consulte dicionários impressos ou digitais sempre que tiver dúvidas.

 Marque – em um caderno de anotações ou algo que você leve sempre em


seus materiais – palavras que você usa com frequência e geram insegurança.

 Leia bastante, pois, quanto mais lemos, mais fixamos a ortografia e


acentuação gráfica das palavras, de forma natural.

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 Se estiver escrevendo no computador, preste atenção nos termos que o
corretor ortográfico destaca. Ele costuma corrigir ortografias incorretas.

 Faça associações entre termos de uma mesma família. Por exemplo, “fingir”,
“fingido”, “fingimento”.

 A maioria das palavras da língua não recebe acento; portanto, na dúvida, não
coloque.

 Se você está com dúvida sobre a acentuação de uma palavra, descubra


primeiro a sílaba tônica (a que é pronunciada de forma mais intensa). Em
seguida, veja se ela está prevista em alguma regra de acentuação.

 Se não tiver certeza da acentuação gráfica de um termo e não houver como


fazer a consulta, troque por um sinônimo, um termo de sentido equivalente.

 Ao escrever, use pontos em seus parágrafos, com o objetivo de construir


frases mais curtas e objetivas.

 Nunca separe o sujeito do predicado por vírgula.

 Use a vírgula para isolar informações acessórias.

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Bibliografia
ABREU, Antonio Soarez. Gramática mínima. São Paulo: Ateliê Editorial, 2006. BAGNO,
Marcos. A língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2008.

CIPRO NETO, Pasquale, INFANTE, Ulisses. Gramática da Língua Portuguesa. São


Paulo:Scipione, 1998.

SAVIOLI, Francisco Platão; FIORIN, José Luiz. Lições de texto – leitura e redação. São
Paulo: Ática, 2006.

SACCONI, Luiz Antonio. Guia ortográfico e ortofônico. São Paulo: Nova Geração,
2009. SOUZA, Jésus, YOUSSEF, Samira. Minigramática. São Paulo: Saraiva, 2001.

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