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Marcelo Suave João Vivaldo M.

de Souza
Advogado – OAB/ES 26.192 Bacharel em Direito
Lidiane Peixoto Suave
Advogada – OAB/ES 17.929

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DO JUIZADO


ESPECIAL CRIMINAL E FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE LINHARES – ESPÍRITO
SANTO.

PROCESSO N.º 0007746-97.2018.8.08.0030

EDUARDO DE ARAÚJO SOUZA, brasileiro, solteiro, pedreiro, portador da carteira de


identidade n.º 2.005.234 e inscrito no CPF sob o n.º 057.940.637-77, endereço
eletrônico: (não possui), residente e domiciliado na Rua Sucupira, 830, Bairro
Movelar, CEP.: 29.906-230, Linhares – Espírito Santo, por intermédio de seus
procuradores “in fine” assinados, com escritório situado à Rua Arariba, n.° 500, Nova
Canaã, CEP.: 29.927-000, Sooretama – Espírito Santo, onde receberão citações,
notificações e intimações, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, apresentar

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

Na forma do artigo 396 e seguintes do Código de Processo Penal, em conformidade


com alteração da Lei 11.719/08, deduzir para Vossa Excelência as causas e
circunstâncias que justificam o descabimento da persecução penal, para o que aduz
as seguintes razões:

BREVE RELATO DOS FATOS

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Fora o ACUSADO denunciado e encontra-se processado por este ínclito juízo em


virtude da ocorrência dos fatos que segundo entendimento do Ministério Público,
subsumem-se à norma penal incriminadora inserta no artigo 147 do Código Penal.

Segundo se recolhe da peça acusatória, o ACUSADO no dia 07/07/2018 (sete de


julho de dois mil e dezoito), por volta das 04:39 da manhã, no Hospital Geral de
Linhares (HGL), nesta cidade, o DENUNCIADO teria ameaçado, por palavra, de
causar mal injusto e grave à vítima ANDERSON RODRIGO PISSINATTI SIMÕES.

Eis a síntese narrada dos fatos.

DO CRIME DE AMEAÇA
- Ausência de Dolo Específico -

Resta comprovado, através das declarações das testemunhas de acusação e vítima,


que o ACUSADO encontrava-se transtornado e com aparência de ter usado algum
tipo de substância que na hipótese poderia ser algum medicamento, visto que o
ACUSADO estava com o estado de saúde precário, conforme narração versada nos
fatos alegados.

DA FRAGILIDADE DAS PROVAS

O crime tipificado no artigo 147 do Código Penal Brasileiro exige para sua
caracterização, o Elemento Subjetivo, que, conforme nos ensina JULIO FABBRINI
MIRABETE, “é a vontade de praticar o ato, com o intuito de intimidar a
vítima.” (Código Penal Interpretado, 2ª ed. atual, São Paulo, Edi. Atlas, 2001, p.
954). (grifos nossos).

Complementa e segue o mesmo raciocínio o renomado e Ilustre representante do


Ministério Público do Estado de São Paulo, Dr. FERNANDO CAPEZ:- “Não basta
somente a vontade de ameaçar; é necessário um fim especial de agir,
consistente na vontade de intimidar, de incutir medo na vítima, de cercear a
sua liberdade psíquica. Tal não ocorre quando a ameaça, por exemplo, é

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proferida com “animus jocandi””. (Curso de Direito Penal, 4ª ed. rev. e atual., 2º
vol, parte especial, São Paulo, Edi. Saraiva, 2004, p. 302). (grifos nossos).

O DENUNCIADO declarou em seu interrogatório extrajudicial, que no atendimento no


HGL afirma que exigiu que fosse lhe dado um prontuário explicando qual
medicamento seria aplicado nele, o denunciado nega que tenha provocado transtorno
no HGL, e que ratifica que só queria atendimento hospitalar. O denunciado nega
veementemente eu tenha xingado ou ameaçado de morte um dos segurança do HGL .

Como ameaça apenada em função de sua potencialidade intimidativa, é condição


obrigatória que o sujeito passivo apresente condições de tomar consciência do mal,
ou seja, ser a vítima pessoa capaz, de fato, de entender o mal prometido (nesse
sentido: RT 46/418).

Em outras palavras, a ameaça deve ser capaz de intimidar a vítima, o que não
ocorreu nesses autos, posto que se tratava o DENUNCIADO estava passando mal, e
o segurança é melhor preparado e melhor equipado que o DENUNCIADO. Ou seja,
seria impossível o DENUNCIADO intimidar a vítima.

Na espécie desses autos o que se verifica é que houve um acirramento de ânimos


entre as partes e que culminaram nos desentendimentos que levaram a malfadada
discussão com palavreados ofensivos de ambos os lados.

Destarte, a situação carece de provas robustas e concretas que tenha ocorrido


animus no sentido de se exercer a suposta ameaça, o que no caso não se pode ser
constatada. Conforme este posicionamento, os seguintes julgados:

Relator (a): TEÓFILO CAETANO - Julgamento: 27/11/2007, Órgão


Julgador: Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e
Criminais do D.F. Publicação: 29/01/2008, DJU Pág. 684 Seção: 3.
PENAL. CRIME DE AMEAÇA. PROVA. INSUFICIÊNCIA. ABSOLVIÇÃO.
PREVALÊNCIA DOS PRINCÍPIOS DA VERDADE REAL E DA
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. EXPRESSÃO DA MÁXIMA IN DUBIO PRO
REO.

1. O PROCESSO PENAL É ORIENTADO PELOS PRINCÍPIOS DA


VERDADE REAL E DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA, DONDE
EMERGIRA O DOGMA DE QUE A PROVA APTA A LASTREAR A
CONDENAÇÃO DEVE SER APTA A ENSEJAR A CERTEZA DA
OCORRÊNCIA DO ILÍCITO E DE QUEM FORA SEU PROTAGONISTA,
ENSEJANDO QUE, SOBEJANDO RESQUÍCIOS DE DÚVIDA ACERCA
DA AUTORIA OU DA MATERIALIDADE, DEVE SER INTERPRETADA EM
FAVOR DO ACUSADO COMO EXPRESSÃO DO POSTULADO IN DUBIO
PRO REO.

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2. EMERGINDO DO ACERVO PROBATÓRIO A CONSTATAÇÃO DE QUE,


CONQUANTO EXISTENTE ESTADO DE ANIMOSIDADE ENTRE OS
ENVOLVIDOS NOS FATOS, O AGENTE NÃO DESFERIRA NENHUMA
AMEAÇA PASSÍVEL DE INCUTIR NA VÍTIMA TEMOR REAL DE SER
SUJEITADA A MAL INJUSTO E GRAVE, ENSEJANDO A CERTEZA DE
QUE OS FATOS REPUTADOS COMO ENQUADRADOS NO TIPO LEGAL
NÃO RESTARAM REVESTIDOS DE ESTOFO MATERIAL,
DENUNCIANDO QUE NÃO REMANESCE LASTRO APTO A APARELHAR
UM DECRETO CONDENATÓRIO E O ADUZIDO NA PEÇA ACUSATÓRIA
RESTARA CARENTE DE SUSTENTAÇÃO, A ABSOLVIÇÃO QUALIFICA-
SE COMO IMPERATIVO LEGAL E MANIFESTAÇÃO DOS PRINCÍPIOS
DA VERDADE REAL E DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA COMO
COROAMENTO DA MÁXIMA IN DUBIO PRO REO (CPP, ART. 386, II).

3. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. UNÂNIME. http://tj-


df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/6618331/apj-df

Havendo dúvida na conduta do denunciado deve prevalecer o princípio in dúbio pro


reo, consoante in verbis:

Processo: APR 198036320068070009 DF 0019803- 63.2006.807.0009


- Relator (a): DELEANE CAMARGO - Julgamento: 08/05/2008- Órgão
Julgador: 1ª Turma Criminal - Publicação: 02/06/2008, DJ-e Pág.
150.

PENAL. PROCESSO PENAL. CRIME DE AMEAÇA NÃO CONFIGURADO.


ABSOLVIÇÃO CABÍVEL. MUITO EMBORA EM DESFAVOR DO RÉU
TRAMITE AÇÃO PENAL NA QUAL RESPONDE PELA PRÁTICA DO
CRIME DE HOMICÍDIO, A PRETENSÃO CONDENATÓRIA POR CRIME
DE AMEAÇA EM OUTROS AUTOS HÁ DE VIR CORROBORADA PELO
CONJUNTO PROBATÓRIO CARREADO A ESTES. NÃO HAVENDO
PROVAS SUFICIENTES PARA FUNDAMENTAR A CONDENAÇÃO,
ESCORREITA A DECISÃO QUE ABSOLVE O RÉU COM BASE NO
ARTIGO 386, VI DO CPP. (TJ-DF - APR : APR 198036320068070009
DF 0019803-63.2006.807.0009). http://tj-
df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/6590515/apr-apr-
198036320068070009-df-0019803-6320068070009

Neste diapasão, havendo dúvida a respeito do animus do denunciado e inexistindo


qualquer outro indício incriminador de sua conduta naquele dia dos fatos, a
questão só pode ser resolvida em favor deste.

Sobre o tema, pertinente a lição de Adalberto José Q. T. de Camargo Aranha: “A


condenação criminal somente pode surgir diante de uma certeza quanto à
existência do fato punível, da autoria e da culpabilidade do acusado. Uma
prova deficiente, incompleta ou contraditória, gera a dúvida e com ela a
obrigatoriedade da absolvição, pois milita em favor do acionado criminalmente
uma presunção relativa de inocência”. (Da prova no processo penal, São Paulo,
Saraiva, 1983, p. 46). (grifos nossos).

Tal entendimento é deveras pacífico em nossa jurisprudência:

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AMEAÇA - ÂNIMO EXALTADO - IDONEIDADE DA OFENSA - DOLO


ESPECÍFICO – PROVAS – PENAL - CRIME DE AMEAÇA - ÂNIMO
EXALTADO - AUSÊNCIA DE IDONEIDADE DA OFENSA E DO DOLO
ESPECÍFICO DE INFUNDIR TEMOR À VÍTIMA - PROVAS
CONTRADITÓRIAS E INSUFICIENTES - DESPROVIMENTO DO
RECURSO. Em razão do ânimo exaltado do agressor e da ausência de
idoneidade da ofensa por ele proferida e, ainda, CONSIDERANDO QUE
NÃO HOUVE DOLO ESPECÍFICO DE INFUNDIR TEMOR À VÍTIMA E
QUE AS PROVAS SÃO CONTRADITÓRIAS, TORNA-SE IMPERIOSO A
PREVALÊNCIA DA DECISÃO ABSOLUTÓRIA. (2ª Turma Recursal de
Betim - Autos nº 83010-9/06 - Rel. Gilson Soares Lemes).Boletim nº
93. (grifos nossos).

AMEAÇA - MERA DISCUSSÃO – PROVAS - CRIME DE AMEAÇA - MERA


DISCUSSÃO ENTRE OS ENVOLVIDOS - INSUFICIÊNCIA DE PROVAS –
NÃO PROVIMENTO AO RECURSO.

Em razão de ausência de provas para comprovar a ameaça e, ainda,


considerando que entre as partes houve apenas discussão, não se
lembrando a vítima do tipo de ameaça que teria sofrido, torna-se
imperioso a prevalência da decisão absolutória. (2ª Turma Recursal de
Betim - Rec. nº 91528-0 - Rel. Juiz Gilson Soares Lemes).Boletim nº
94. (grifos nossos).

CRIME DE AMEAÇA - DENUNCIA - FALTA DE JUSTA CAUSA - FATO


ATÍPICO - REJEIÇÃO - DECISÃO MANTIDA – Para o recebimento da
denúncia se exige que a acusação esteja escorada em algum início de
prova, não podendo aquela peça decorrer de mera presunção da
autoridade policial. A doutrina apenas diverge em colocar a justa causa
como quarta condição da ação ou no contexto da demonstração do
interesse de agir. O que não se controverte é que a instauração da ação
penal contra terceira pessoa, por si só, atinge a dignidade do acusado,
daí a indispensabilidade que a inicial acusatória venha acompanhada
de suporte mínimo de prova. Na hipótese, além da denúncia apenas se
escorar no que foi dito pela vítima, não sendo ouvida qualquer
testemunha apesar da pessoa ameaçada ter dito que o fato fora visto
por outras pessoas, a conduta imputada não tipifica o delito de ameaça
imputado quando, para a sua concretização, se espera um
comportamento da vítima, não se reconhecendo a ameaça sob
condição. (Processo Nº 2008.051.00117 de Tribunal de Justiça do Rio
de Janeiro - Primeira Camara Criminal, de 29 Abril 2008). (grifos
nossos)

"O crime de ameaça exige dolo específico de infundir medo; não


configura a proferida em momento de Ira". ( TAMG.RG 1.228,
J.28.03.85, TACrSP, Julgados 81/363; RT 603/365; Julgados 70/335;
Julgados 69/333; Julgados 69/233, in Celso Delmanto, Código Penal
Comentado. 3ª ed.Renovar). (grifos nossos).

"Ameaça. Crime não configurado. Decisão mantida. A ameaça


formulada num subitâneo assomo de Ira ou revolta não contém o dolo
específico do artigo 147 do Código Penal". (RTJ 54/604 - JC 18/384).
(grifos nossos).

Destarte, ausente nos autos prova do dolo específico do RÉU e em obediência ao


princípio do in dubio pro reo, impositiva a absolvição do ora ACUSADO.

DA CONCLUSÃO E DO PEDIDO FINAL

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Lidiane Peixoto Suave
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Postas tais considerações, e por entendê-las prevalecentes sobre as razões que


justificaram o pedido de condenação despendido pelo Ilustre Órgão do Ministério
Público, confiante no discernimento afinado e no justo descortino de Vossa
Excelência, a defesa requer a ABSOLVIÇÃO do denunciado, forte no artigo 386, VI,
do Código de Processo Penal.

Por fim, ultrapassadas as teses supra elencadas, acaso CONDENADO, requer seja
substituída a condenação por penas restritivas de direito, haja vista que o
ACUSADO preenche os requisitos dispostos no artigo 44 e incisos do Código Penal
Brasileiro, tendo direito subjetivo à Substituição da Pena Corporal por ventura
aplicada por uma ou mais Penas Restritivas de Direito, por se tratar de medida da
mais salutar e indispensável JUSTIÇA!

ITA SPERATUR JUSTITIA!

Termos em que respeitosamente,

Pede e espera deferimento.

Linhares(ES), 28 de Janeiro de 2.019.

MARCELO SUAVE LIDIANI PEIXOTO SUAVE


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