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Uma fenda de luz e outras notícias

portuguesas “da frente”


Aires Mateus e Souto de Moura integram a presença portuguesa na
exposição Reporting from the Front, a convite de Alejandro Aravena.
SÉRGIO C. ANDRADE
24 de Maio de 2016, 21:02
Antevisão da instalação Fenda, do atelier Aires Mateus DR

Pela terceira vez nas últimas quatro edições, o atelier dos irmãos Aires
Mateus vai estar presente na Bienal de Arquitectura de Veneza. A convite do
comissário geral do evento, Alejandro Aravena, os autores da sede da EDP em
Lisboa vão apresentar a instalação Fenda, com a qual respondem à pergunta­
desafio do comissário chileno: “Qual é a vossa batalha?”
Depois de admitir ter sido com um misto de surpresa e satisfação que
receberam o convite de Aravena – “São escolhas pessoais dos comissários, e
nós não nos conhecemos, nunca tivemos nenhum contacto, nem pessoal nem
de trabalho”, refere –, Francisco Aires Mateus antecipou para o PÚBLICO o
que será aquela instalação. “Partindo do princípio de que a arquitectura é
uma disciplina muito abrangente, que permite batalhas muito distintas,
centrámo­nos na questão do espaço”, diz o arquitecto, acrescentado que, com
Fenda, quiseram marcar “o regresso à essencialidade do espaço mas na sua
relação com o homem, no seu lugar antropológico”, lembrando continuar a
ser esse “o valor essencial da arquitectura”.

Fenda é um cubo de medidas imperfeitas, já que terá, do lado de fora, as
dimensões de 7x7x4 metros, e, no interior, de 5x5x4 metros. Entra­se nele
abrindo uma cortina preta de burel, e atravessando uma parede, um
barramento de betão com um metro de espessura. “Lá dentro, está­se numa
espécie de gruta, cuja fenda de luz vai abrindo e fechando o percurso do
visitante, mudando a escala da nossa apreensão do espaço”, explica Francisco
Aires Mateus.

Nas suas presenças anteriores, Francisco e Manuel Aires Mateus
apresentaram, em 2012, a instalação Radix, e, dois anos antes, integraram o
Pavilhão de Portugal ao lado de Álvaro Siza, Ricardo Bak Gordon e João Luís
Carrilho da Graça, na exposição No place like...

Carrilho da Graça está também este ano de regresso a Veneza, o mesmo
acontecendo com Eduardo Souto de Moura, que em 2008 assinou, com
Ângelo de Sousa, a instalação Cá fora: arquitectura desassossegada, e, em
2012, teve também uma obra muito próxima do seu mestre Álvaro Siza.
Outros nomes portugueses a integrar a mostra Reporting from the Front são
Inês Lobo (Lisboa), menos é mais (Porto), Paulo David (Funchal) e Summary,
de Samuel Gonçalves (Porto).

sandrade@publico.pt

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