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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - IFES

CURSO : Licenciatura em Química


DISCIPLINA : Química Geral Experimental II

Professor(a): Renan Barroso Soares


RELATÓRIO DE AULA EXPERIMENTAL

DATA: ​30/10/2019
PRÁTICA Nº:​ 9.
TÍTULO: ​Prática complementar de cinética e termoquímica.
NOME: ​Ana Paula Simmer; Deborah Pimentel; Milena Amorim Langami, Quezia Costa
Rocha e Tárcila M. N. da Silva.

1. RESUMO
A prática teve como propósito fixar os conhecimentos previamente obtidos em duas
aulas laboratoriais realizadas anteriormente, sendo, respectivamente, sobre a cinética química
e a termoquímica das reações. Foram necessários, portanto, a realização de três procedimentos
para integral complementação do conhecimento prático e teórico, sendo estes: entalpia de
reações químicas: reações de neutralização, entalpia de reações heterogêneas: reação do
Alumínio com NaOH e efeito do catalisador nas reações.
A entalpia da reação de neutralização suscitou a variação de temperatura conforme
adicionado a solução básica de Hidróxido de Sódio (NaOH) 1,0 mol/L nas soluções ácidas:
Ácido Clorídrico (HCl) 1,0 mol/L, Ácido Sulfúrico (H​2​SO​4​) 1,0 mol/L, Ácido Nítrico (HNO​3​)
1,0 mol/L. O procedimento com NaOH e HCl também foi realizado no calorímetro. A
entalpia da reação do Alumínio com NaOH demonstrou de forma análoga a variação da
temperatura, contudo, com espécies em diferentes estados físicos. Por fim, o efeito catalisador
visou mostrar efetivamente como a velocidade de uma reação pode ou não ser afetada pela
adição de catalisadores ora de baixo efeito, ora de ótimo efeito.
Os procedimentos ocorreram de forma coesa e cautelosa, tomando-se nota de
momento em qual ocorreram mudanças de estado físico ou de temperatura, anotações as quais
utilizadas posteriormente para discussões e conclusões acerca do obtido.
2. BASE TEÓRICA
Como já definido em relatórios anteriores, a cinética química trata das condições que
influenciam a velocidade da reação. Segundo Brown (2005), existem quatro fatores que
permitem essa alteração, sendo eles, o estado físico dos reagentes, as concentrações dos
reagentes, a temperatura a qual a reação ocorre, bem como, a presença de um catalisador.
No nível molecular, “[...] as velocidades de reação dependem da frequência das
colisões entre as moléculas. Quanto maior a frequência das colisões, maior a velocidade de
reação” (Brown, 2005), é de conhecimento, que “ [...] as velocidades de reações químicas
aumentam conforme a temperatura aumenta” (Brown, 2005).
Essas definições entram em contato direito com os conceitos de termoquímica, visto
que em muitos casos, a mudança de estado físico ou a reação química é acompanhada por
uma variação de temperatura, seja ela maior, ou menor que a inicial. Através da literatura
conceituamos esta alteração no sistema como exotérmico ou endotérmico. Segundo Brown
(2005), os processos “[...] que ocorrem com absorção de calor pelo sistema são denominados
como endotérmicos. Durante um processo endotérmico, como a fusão do gelo, o calor flui da
vizinhança para dentro do sistema [...] Um processo no qual o sistema emite calor é chamado
exotérmico.
O estudo prévio de uma reação é indispensável para melhor seguimento da mesma,
fazendo-se necessário alinhar os conhecimentos de termoquímica com os de cinética, visto
que ambos os conceitos podem estar presentes no meio reacionário. Ao obtermos domínio
destes conceitos, temos o embasamento essencial para realização da prática, cujo objetivo é
fixar os conceitos de termoquímica e cinética anteriormente apresentados.

3. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO REALIZADO


Os procedimentos da prática em questão foram realizados de acordo com cada etapa
descrita abaixo:
Entalpia de reações químicas: reações de neutralização
Inicialmente, adicionou-se 2,5 mL de HCl 1 mol/L em um tubo de ensaio e com o
auxílio de um termômetro digital mediu-se a temperatura da solução. Ao mesmo tubo,
adicionou-se 2,5 mL de NaOH 1 mol/L verificando-se novamente a temperatura da solução.
Realizou-se o mesmo procedimento com H​2​SO​4 e HNO​3 ambos de concentração 1 mol/L.
Sucedeu-se o mesmo procedimento para HCl e o NaOH, porém, utilizou-se 25 mL da solução
e a reação deu-se em um calorímetro.
Entalpia de reações heterogêneas: reação do alumínio com NaOH
Em uma proveta, adicionou-se 5 mL da solução de NaOH 10%, e após, adicionou-se
a um tubo de ensaio. Com o auxílio de um termômetro digital verificou-se a temperatura do
líquido. Adicionou-se à solução 0,1585 gramas de “papel de alumínio”, amassando-o em
forma de uma bolinha. Registrou-se às variações de temperatura a cada minuto durante 10
minutos. Observou-se as reações químicas.
Efeito do catalisador nas reações
Procedimento 1​: Em dois tubos de ensaio, adicionou-se grânulos de zinco e 1 mL de H​2​SO​4
1 mol/L. Ao iniciar o desprendimento de bolhas, acrescentou-se 2 gotas de permanganato de
potássio (KMnO​4​) 0,01 mol/L a cada um deles. Em um dos tubos, adicionou-se um pequeno
cristal de NaNO​3​. Observou-se as reações ocorridas.
Procedimento 2​: Adicionou-se 5 mL de peróxido de hidrogênio (H​2​O​2​) em um tubo de
ensaio. Acrescentou-se ao tubo algumas gotas de FeCl​3 (ótimo catalisador) e observou-se o
borbulhamento. Em seguida, adicionou-se 5 mL de H​2​O​2 em outro tubo de ensaio e
observou-se o borbulhamento. Acrescentou-se ao tubo algumas gota de CuCl​2 (catalisador de
baixo efeito) e observou-se o borbulhamento.
Por fim, adicionou-se 5 mL de H​2​O​2 em outro tubo de ensaio e observou-se o
borbulhamento. Acrescentou-se ao tubo algumas gotas de fosfato dissódico ( Na​2​HPO​4​) (inibe
o catalisador : complexa-se com o Fe​2+ ou com o Cu​2+​, impedindo a reação). Adicionou-se ao
mesmo tubo algumas gotas de FeCl​3​ e observou-se o borbulhamento.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos presentes experimentos verificaram-se alguns fatores que influenciam na
velocidade das reações, tais como: concentração, superfície de contato e catalisadores.
Entalpia de reações químicas : reações de neutralização
Inicialmente, para determinar a entalpia das reações de neutralização dos ácidos
clorídrico, sulfúrico e nítrico utilizou-se o NaOH como base e reagente limitante para a
reação, sendo que a concentração da mesma era de 1,0 mol/L. Para efeito de registro e
comparação, mediu-se a temperatura inicial dos ácidos e após adição da base. Os valores
podem ser vistos na ​Tabela 1​ a seguir.
Estes valores de variação de energia foram obtidos realizando-e tais reações em tubos de
ensaio. Assim​, p​ode-se observar uma variação de energia liberada, pois parte ​da energia dos
íons é utilizada para formar as ligações, que formam as moléculas de água e a energia restante
é liberada, ou seja, essa variação pode ser explicada porque parte da energia liberada é usada
também para ionizar mais ácido, de acordo com o seu grau de ionização.
Desta forma, em uma reação de neutralização, a variação da entalpia é sempre negativa,
pois toda neutralização é exotérmica. ​No caso da reação entre ácidos fortes e bases fortes o
valor da entalpia de neutralização sempre será igual a - 13,30 kj/mol ou – 57,7 kJ/mol. Isso
acontece porque as bases e os ácidos fortes ficam dissociados completamente em solução e,
com isso, a única reação responsável pela manifestação do calor será a da formação da água,
como está descrito na reação abaixo:
H​+(​aq)​ ​+ OH​-​(aq)​ ⇆ H​2​O​(l) ΔH° =​ ​– 57,7 kJ/mol

.Como podemos visualizar nas reações completas de neutralização na forma iônica dos
ácidos com a base, o calor de neutralização de qualquer ácido com uma base será o calor de
formação da água a partir dos íons hidrônio e hidroxila (com sinal contrário).

H​+​(aq)​ + Cl​-​(aq)​ + Na​+​(aq)​ + OH​-​(aq)​ → Na​+​(aq)​ + Cl​-​(aq)​ + H​2​O​(l)

H​+​(aq) + -​ +​ -​ +​
​ NO​3​ + Na​ (aq)​ + OH​ (aq)​ → Na​ (aq) +
-​
​ NO​3​ + H​2​O​(l)

H​+​(aq) +
​ ½ SO​4​2 -​+ Na​+​(aq)​ + OH​-​(aq)​ → Na​+​(aq)​ + ​½​ SO​4​2- ​+ H​2​O​(l)

Assim, em todos esses casos, o diagrama ou gráfico que representa a entalpia de


neutralização será o mesmo, mostrado a seguir pelo ​Gráfico 1​:
Gráfico 1:​ Gráfico de entalpia de neutralização.

Fonte:​http://www.madeira.ufpr.br/

Apenas para efeito de comparação, realizou-se o mesmo procedimento com HCl e


NaOH, porém utilizou-se 25 mL da solução, realizando a reação em um calorímetro. A
variação de temperatura seguiu-se por:
T​inicial de HCl​ = 23,5°C T​após a mistura​ = 27,8°C → ΔH° = 4 °C

A partir dos dados obtidos, pode-se observar que a diferença de temperatura entre as
reações no calorímetro e no tubo de ensaio não foram muito distintas, apresentando uma
variação abaixo de 2% . Deste modo, após verificar esta mudança relativamente pequena na
temperatura da reação, constata-se que a quantidade de reagentes também não interferem no
processo.

Entalpia de reações heterogêneas : Reação de alumínio com NaOH


Esta parte do experimento consiste em analisar a entalpia de reações heterogêneas, no
caso, a reação de uma lâmina de alumínio (“papel alumínio”) com NaOH. Primeiramente,
verificou-se a temperatura inicial da solução de NaOH 10% como 23,7 °C. Após a adição de
0,1585 gramas de “papel alumínio” observou-se com o decorrer da reação a liberação de gás
(bolhas), a mudança de coloração da solução para um tom acinzentado, e juntamente, uma
certa variação da temperatura, que está representada de acordo com o ​Gráfico 2​.
Gráfico 2​ : Variação de temperatura da reação de NaOH e alumínio.

Observa-se no ​Gráfico 2​, que até um determinado tempo ocorre um aumento da


temperatura e em seguida, a mesma decresce. Esta variação pode ser explicada a partir da
superfície de contato dos reagentes envolvidos. No início da reação, o “papel de alumínio”
apresenta uma maior superfície de contato, ou seja, maior é a quantidade de partículas que
estão sendo que estão sendo fragmentadas, o que leva ao aumento da velocidade da reação, e
consequentemente, como neste caso, o aumento da temperatura. Somente as partículas que
estão na superfície é que irão reagir em solução.
A medida em que elas forem consumidas, as partículas mais internas irão reagir
progressivamente até que todo o reagente acabe, o que consequentemente provoca a
diminuição da velocidade da reação, levando ao abaixamento da temperatura.
A reação descrita pode ser representada da seguinte forma:
2 NaOH + 2 Al + 2 H​2​O → 2 NaAlO​2​ + 3 H​2
A ​Figura 1​ mostra a coloração da solução ao decorrer do tempo.
Figura 1​ : Coloração acinzentada da solução ao final da reação.

Fonte​: Arquivo pessoal.

A partir da reação descrita acima, conclui-se que a substância acinzentada que se


forma é o NaAlO​2 e o gás liberado, como pode ser observado pela parte esbranquiçada dentro
da proveta como mostra a figura x, é o hidrogênio (H​2​).

Efeito do catalisador nas reações


Um catalisador é uma substância capaz de acelerar a velocidade em que se processam
determinadas reações químicas sem sofrer alterações, ou seja, não é consumido, mas
regenera-se completamente no final. O aumento da velocidade pode ser explicado pelo fato de
que o catalisador faz com que a reação ocorra com menor energia de ativação, ou seja, eles
geram um caminho mais curto, tornando a reação mais fácil. Assim, os catalisadores facilitam
a reação, pois, diminuem a energia de ativação, que seria um obstáculo para a ocorrência da
mesma. Nos procedimentos abaixos foram realizados utilizando diferentes catalisadores em
determinadas reações químicas.
PROCEDIMENTO 1
Neste procedimento, inicialmente observou-se a reação de zinco com ácido sulfúrico,
que é apresentada pela equação abaixo:
Zn + H​2​SO​4​ → ZnSO​4​ + H​2
Pela reação acima, observa-se a formação de H​2​, que é visível quando se inicia o
desprendimento de bolhas nos tubos de ensaio. Após isso, adicionou-se gotas de KMnO​4​,
deixando a solução com uma cor característica roxa. Ao adicionar NaNO​3 em um dos tubos ,
observou-se que a solução tornou-se clara, ou seja, voltou sua cor inicial rapidamente, fato
este, que não observou-se no tubo onde estava ausente mesmo sal.
As reações deste processo podem ser descritas da seguinte forma:
I. 2 MnO​4​-​ + 6 H​+​ + 5 H​2 →
​ 2 Mn​2+​ + 8 H​2​O (LENTA)
II. 5 NO​3​-​ + 5H​2​ → 5 NO​2​-​ + 5 H​2​O (RÁPIDA)
III. 2 MnO4- + 5 NO2- + 6 H+ → 2 Mn​+2​ + 5 NO​3​- ​+ 3 H​2​O (RÁPIDA)

( II + III) 2 MnO​4​-​ + 6 H​+​ + 5 H​2 →


​ 2 Mn​2+​ + 8 H​2​O (=1)

Quando o H​2 liberado pela reação do zinco com H​2​SO​4 reage com KMnO​4​, de acordo
com a reação I, este sofre redução e ocorre de maneira muito lenta. Porém, ao adicionarmos
NaNO​3 na solução de um dos tubos, os íons NO​3​- formados, como mostra a equação II,
reagem (reduzem) rapidamente com o H​2 formando NO​2​- ​e H​2​O. Adiante, também de forma
rápida, o NO​2​-​ reduz os íons 2 MnO​4​-​ da solução aquosa em íons de Mn​2+​.
Observa-se que a soma das duas reações finais é exatamente igual à reação genérica, o
que significa que o catalisador não participa como um produto da reação, sendo regenerado no
final, no caso, os íons NO​3​-​.
PROCEDIMENTO 2
No segundo procedimiento, observou-se diferentes tipos de catalisadores e como estes
se comportam diante da reação:
2H​2​O​2​(l)​ → 2H​2​O​(l) +
​ O​2​(g)

No primeiro tubo adicionou-se algumas gotas de FeCl​3 e verificou-se liberação de


calor e um borbulhamento acelerado e intenso, ou seja, um rápido desprendimento de bolhas
na solução. Essas bolhas liberadas são referentes a formação de O​2​(g) , o que comprova que o

processo de decomposição de H​2​O​2 ​foi acelerado com a adição de cloreto férrico, visto que
este é um ótimo catalisador.
A reação de decomposição ocorre pode ser dada por:
H​2​O​2(​aq)​ + 2Fe​3+​(s)​ → 2H​+​(aq)​ + O​2​(g)​ + 2Fe​2+​(aq)
Pela reação, observa-se que os íons de ferro III reagem (reduzem) ao reagirem com a água
oxigenada, provocando a decomposição da mesma.
No segundo tubo, adicionou-se algumas gotas de CuCl​2 e observou-se o aparecimento
de bolhas de forma mais lenta que no tubo 1. Apesar da solução CuCl​2 ter efeito catalisador
sobre a decomposição da H​2​O​2​, esta reação ocorre de maneira mais lenta e sem liberação de
calor, visto que o CaCl​2 é​ um catalisador de baixo efeito.
Ao terceiro e último tubo, ao adicionarmos a mistura de Na​2​HPO​4 e FeCl​3 à solução,
observou-se que nada ocorreu, ou seja, a adição destas substâncias não apresentaram nenhum
efeito catalítico sobre a reação de decomposição de H​2​O​2​, visto que não houve formação de
bolhas (O​2 gasoso) como nos tubos anteriores. Sabendo-se que o FeCl​3 atua como um bom
catalisador, pode-se concluir que de alguma forma, o Na​2​HPO​4 atua inibindo a reação
catalitica.
A ​Figura 2 apresenta a coloração característica de cada solução após a adição dos
catalisadores e do Na​2​HPO​4​.

Figura 2​ : Coloração adquirida após a adição dos reagentes.

​ ​ Fonte​: Arquivo pessoal.


5. CONCLUSÕES/RECOMENDAÇÕES
Através da prática realizada, tornou-se possível verificar a influência da velocidade
das reações utilizando-se de catalisadores de alta e baixa intensidade. Bem como, a variação
de entalpia presente em reações entre soluções, neste caso, neutralização, e entre espécimes
em estados físicos diferentes, valendo-se do “papel de alumínio” para demonstração da tal.
Conclui-se que a aula experimental foi realizada de forma coesa e segura, seguindo as
normas e orientações laboratoriais, além disso, com o proveito desse conhecimento torna-se
possível a resolução de situações corriqueiras em laboratórios, e beneficiar-se com os fatores
de velocidade e entalpia das reações.
Portanto, podemos afirmar que torna-se indispensável que o conhecimento prático e
teórico estejam alinhados, visto que dispondo-se do mesmo faz-se possível recorrer a reações
ideais para seu resultado final.

REFERÊNCIAS
1. ATKINS, P. W.; JONES, Loretta​.​Princípios de química:​questionando a vida
moderna e o meio ambiente​. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. xxii, 922
p. ISBN 9788540700383 (enc.).
2. VOGEL, Arthur Israel. ​Análise química quantitativa​. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1992. 712 p. ISBN 8527702169 (broch.).
3. BROWN, Theodore L.; LEMAY Jr.; Eugene; BURGDE, Bruce R.. ​Química: ​A
ciência central. 9. ed. São Paulo: Pearson, 2005. Tradução de: Robson Mender Matos.

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