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DE GÊNERO
10. Assédio: Conceitos e formas de e ato infracional: possibilidade e
VIOLÊNCIA
manifestação Nesse cenário atual em que vemos competência
Claudio Carneiro
Flávia Sanna
tantos avanços conservadores no
campo da política e também da justiça,
as autoras e autores, brasileiras/os
DE GÊNERO André Nicolitt
Lilian Castro de Oliveira
Rebeca Henriques 2. Escuta & Inquirição – o limiar das
e estrangeiras que subscrevem os temas polêmicos e atuais
11. Teoria feminista negra e violência textos deste livro, promovem reflexões práticas: Psicologia, Serviço Social e
doméstica contra as mulheres: Con- assertivas a partir das demandas Direito: quem sabe o saber do outro?
tribuições para o debate sociais por proteção e reconhecimento André Nicolitt Caio Cesar Wollmann Schaffer
Cipriana Nicolitt Cordeiro Paranhos de direitos das mulheres, ao mesmo Érika Piedade da Silva Santos
tempo em que refletem criticamente Cristiane Brandão Augusto Lindomar Expedito S. Darós
Soyanni Silva Alves
sobre os limites do direito penal
3. Olhares para as questões de gêne-
12. Intersecção de raça e gênero no e do sistema punitivo, incluindo [ORGS.] ro no sistema de justiça criminal: Um
e atuais
temas polêmicos
sistema penal: entre a invisibilidade e teorizações essenciais sobre as
exercício contínuo de interpretação
o controle social interseccionalidades ou cruzamentos
Carolina Costa Ferreira
Cristiane Brandão Augusto necessários entre as opressões
Isabella Corrêa de Lucena de gênero, raça e classe. Afinal, os 4. Meninas mães/gestantes e a ex-
feminismos também se constroem na tensão do habeas corpus coletivo –
13. Racismo contra mulheres ciganas: diversidade, por entenderem como ambiguidades de opressão de gênero
Estereótipos e marginalização distintas as experiências de violência Érica Babini Machado
Laísa Amaral Queiroz entre mulheres brancas e negras, Maria Adélia Gomes de Melo
por estas estarem sujeitas, além do
14. Feminização da pobreza: Crim- machismo, ao racismo estrutural.” 5. A determinação dos fatos nos
inalização e encarceramento de crimes de gênero: entre compro-
gênero por drogas no Brasil Luciana Boiteux missos epistêmicos e o respeito à
Roberta Duboc Pedrinha presunção de inocência
André Nicolitt
e a contribuição para um sistema
16. Marco conceptual de la Alerta de penal garantista
Violencia de Género en México Mayara Nicolitt Abdala
Katherine Mendoza Bautista Luiza Lopes Nicolitt
17. En busca del acceso a la justicia 8. Atendimento policial à população
de las mujeres (a 10 años de la sen- LGBT+: análise crítica sob a per-
tencia de campo algodonero) spectiva da criminologia queer
María Teresa Ambrosio Morales Natacha Alves de Oliveira
André Nicolitt
[ORGS.]
M.BR
ISBN: 978-65-80444-88-5
CDD341.5CDU343
Sumário
Prefácio 9
1
SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, Patriarcado, Violência. São Paulo: Expressão Popular/
Fundação Perseu Abramo, 2015, p. 46-47.
2
MONTENEGRO, Marília. Lei Maria da Penha: uma análise criminológico-crítica.
Rio de Janeiro: Revan, 2015, p. 33.
9
introduziu relevante diferença de tratamento entre os gêneros em crimes
no contexto de violência doméstica ou familiar contra a mulher, ou seja,
procurou romper, pelo menos formalmente, com o sistema de dominação
que silenciava agressões e violências especificas contra elas. Mais recen-
temente, com a Lei 13.104/15, houve ainda inclusão do feminicídio no
Código Penal, tendo sido reforçada a demanda por expressa enunciação
da violência contra a mulher como estratégia de enfrentamento.
Porém, ainda que uma parte do feminismo tenha apostado na
utilização do direito penal simbólico como instrumento de luta pela
emancipação das mulheres, temos, por outro lado, o reconhecimento,
pela Criminologia Crítica, da seletividade estrutural (não só de classe,
mas também de raça) do sistema punitivo, que coloca em cheque essa
aposta por considerar o Direito Penal como ultima ratio. Nesse cenário,
surge o feminismo antipunitivista que defende as medidas não penais
previstas da Lei Maria da Penha, de prevenção e de proteção, questionan-
do a reivindicação de ampliação do sistema punitivo. Essa contradição
entre os feminismos reflete o dissenso, mas ao mesmo tempo reafirma
a pluralidade de vozes e o protagonismo das mulheres nas suas posições
políticas e teóricas no campo do direito, tradicionalmente ocupado por
homens brancos privilegiados de classe alta.
Nesse cenário atual em que vemos tantos avanços conservadores no
campo da política e também da justiça, as autoras e autores, brasileiras/os
e estrangeiras que subscrevem os textos deste livro, promovem reflexões
assertivas a partir das demandas sociais por proteção e reconhecimento
de direitos das mulheres, ao mesmo tempo em que refletem criticamente
sobre os limites do direito penal e do sistema punitivo, incluindo teoriza-
ções essenciais sobre as interseccionalidades ou cruzamentos necessários
entre as opressões de gênero, raça e classe. Afinal, os feminismos também
se constroem na diversidade, por entenderem como distintas as experi-
ências de violência entre mulheres brancas e negras, por estas estarem
sujeitas, além do machismo, ao racismo estrutural.
Ao ampliar o alcance do conceito de violência de gênero, a obra
aposta em um feminismo com potencial crítico ao sistema penal, trazendo
temas de criminologia feminista, que trouxe a necessária lente de gênero
para o estudo das ciências criminais, sendo aqui destacados os artigos so-
bre assédio moral; acesso à justiça por mulheres que sofreram violências
e o debate no sistema interamericano de direitos humanos; a reflexão
sobre a atuação do sistema criminal nos casos de violência doméstica e
teorizações sobre os crimes de feminicídio e estupro numa perspectiva
10
de gênero. Aqui mencionamos também o artigo que joga luz sobre o
atendimento policial no caso de violência contra pessoas LGBTTQI,
que são ainda mais invisibilizadas nas estatísticas oficiais.
Ademais, temos os textos de processo penal, que abordam medidas
protetivas de urgência e atos infracionais; a presunção de inocência em
crimes de gênero e a análise transdisciplinar sobre escuta e inquirição: o
depoimento especial de crianças vítimas de violência. Inclui também um
estudo sobre a situação de meninas e mulheres gestantes em situação de
privação de liberdade e as possibilidades criadas pelo habeas corpus coletivo
no STF. Finalmente, vemos contribuições essenciais para o debate do fe-
minismo negro e do racismo no sistema punitivo, por entender que não
há como compreender as dinâmicas da estrutura econômica sem levar
em conta as teorias críticas da raça e decolonial e o feminismo negro,
incluindo o texto sobre violência contra mulheres ciganas e a importante
contribuição sobre encarceramento por gênero, o crime de tráfico de
drogas e a feminização da pobreza no Brasil.
Percebe-se, por fim, certa ousadia desta obra, que ao trazer homens
ao lado de uma maioria de mulheres para refletir sobre tais temas, além
de textos de autoras mexicanas, traz inquietações e promove leituras
diversas e ampliadas, que muito têm a contribuir para os estudos sobre
violência de gênero. Por todos esses motivos, recomendo fortemente a
leitura e parabenizo os organizadores pela iniciativa.
Rio de Janeiro, Agosto de 2019.
Luciana Boiteux3
3
Feminista. Mestre e Doutora em Direito Penal. Professora Associada de Direito Penal
e Criminologia da Faculdade Nacional de Direito e do Programa de Pós Graduação
em Direito da UFRJ.
11
VIOLÊNCIA
1. Medidas protetivas de urgência
DE GÊNERO
10. Assédio: Conceitos e formas de e ato infracional: possibilidade e
VIOLÊNCIA
manifestação Nesse cenário atual em que vemos competência
Claudio Carneiro
Flávia Sanna
tantos avanços conservadores no
campo da política e também da justiça,
as autoras e autores, brasileiras/os
DE GÊNERO André Nicolitt
Lilian Castro de Oliveira
Rebeca Henriques 2. Escuta & Inquirição – o limiar das
e estrangeiras que subscrevem os temas polêmicos e atuais
11. Teoria feminista negra e violência textos deste livro, promovem reflexões práticas: Psicologia, Serviço Social e
doméstica contra as mulheres: Con- assertivas a partir das demandas Direito: quem sabe o saber do outro?
tribuições para o debate sociais por proteção e reconhecimento André Nicolitt Caio Cesar Wollmann Schaffer
Cipriana Nicolitt Cordeiro Paranhos de direitos das mulheres, ao mesmo Érika Piedade da Silva Santos
tempo em que refletem criticamente Cristiane Brandão Augusto Lindomar Expedito S. Darós
Soyanni Silva Alves
sobre os limites do direito penal
3. Olhares para as questões de gêne-
12. Intersecção de raça e gênero no e do sistema punitivo, incluindo [ORGS.] ro no sistema de justiça criminal: Um
e atuais
temas polêmicos
sistema penal: entre a invisibilidade e teorizações essenciais sobre as
exercício contínuo de interpretação
o controle social interseccionalidades ou cruzamentos
Carolina Costa Ferreira
Cristiane Brandão Augusto necessários entre as opressões
Isabella Corrêa de Lucena de gênero, raça e classe. Afinal, os 4. Meninas mães/gestantes e a ex-
feminismos também se constroem na tensão do habeas corpus coletivo –
13. Racismo contra mulheres ciganas: diversidade, por entenderem como ambiguidades de opressão de gênero
Estereótipos e marginalização distintas as experiências de violência Érica Babini Machado
Laísa Amaral Queiroz entre mulheres brancas e negras, Maria Adélia Gomes de Melo
por estas estarem sujeitas, além do
14. Feminização da pobreza: Crim- machismo, ao racismo estrutural.” 5. A determinação dos fatos nos
inalização e encarceramento de crimes de gênero: entre compro-
gênero por drogas no Brasil Luciana Boiteux missos epistêmicos e o respeito à
Roberta Duboc Pedrinha presunção de inocência
André Nicolitt
e a contribuição para um sistema
16. Marco conceptual de la Alerta de penal garantista
Violencia de Género en México Mayara Nicolitt Abdala
Katherine Mendoza Bautista Luiza Lopes Nicolitt
17. En busca del acceso a la justicia 8. Atendimento policial à população
de las mujeres (a 10 años de la sen- LGBT+: análise crítica sob a per-
tencia de campo algodonero) spectiva da criminologia queer
María Teresa Ambrosio Morales Natacha Alves de Oliveira