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Psicologias da Educação e Teorias da Aprendizagem

Autoria: Nilce Deciete

Tema 07
Henri Wallon e o Papel da Emoção
Tema 07
Henri Wallon e o papel da emoção
Autoria: Nilce Deciete
Como citar esse documento:
DECIETE, Nilce. Psicologias da Educação e Teorias da Aprendizagem: Henri Wallon e o Papel da Emoção. Caderno de Atividades. Anhanguera
Publicações: Valinhos, 2014.

Índice

CONVITEÀLEITURA PORDENTRODOTEMA
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© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua
portuguesa ou qualquer outro idioma.
CONVITEÀLEITURA
A partir desse tema você aprenderá sobre um renomeado autor do campo da psicologia da educação, cuja teoria
traz significativas contribuições para se pensar sobre o desenvolvimento do psiquismo humano.

São inúmeras as originalidades da teoria de Henri Wallon e as transformações que ela propiciou ao campo da Psicologia
e da Educação. O estudo integrado e complexo dos processos de desenvolvimento do sujeito, a investigação do papel
da emoção, a concepção de motricidade, de inteligência, de gênese humana, a maneira original de pensar a Psicologia
e o método dialético de análise, são pressupostos básicos que marcam essa teoria e revelam a contemporaneidade do
pensamento desse autor e a fundamental relevância de suas obras.

Fazer a leitura de suas obras e compreender suas ideias não é tarefa fácil, não só pelo número excessivo de publicações,
mas também pela densidade de seus escritos, nos quais o autor dialoga com correntes filosóficas e com autores da
Psicologia, com um raciocínio dialético, nem sempre absorvido pelos leitores. Mas, ao final desta leitura, você será
capaz de compreender o âmago da teoria walloniana e sua contribuição para se pensar o desenvolvimento humano,
suas interfaces e a relevância da teoria para o campo da educação.

PORDENTRODOTEMA
Henri Wallon e o Papel da Emoção
Henri Wallon (1879-1962) nasceu em Paris, cidade onde passou toda a sua vida. Viveu entre diferentes vertentes
filosófico-políticas, pois o cenário de suas obras foi marcado por notórios acontecimentos, dentre eles a revolução
comunista soviética, guerras mundiais e o avanço do fascismo. Os aspectos sociais e políticos permearam e consolidaram,
assim, toda a sua produção intelectual.

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PORDENTRODOTEMA
Quanto a seus estudos superiores, formou-se em Filosofia pela Escola Normal Superior em 1902 e em 1908 concluiu
sua formação em medicina, com o objetivo de tornar-se neuropsiquiatra e psicólogo. Wallon dirigiu sua atenção à
neurologia e ao corpo como base material do psiquismo, pois queria compreender os motivos e razões que levavam as
pessoas a agirem. Nesse exercício teórico, o autor buscou compreender as relações entre o biológico e o psíquico e
entre o indivíduo e a sociedade (NASCIMENTO, 2010).

Segundo Rego (2010), o autor francês desperta grande interesse no meio acadêmico, embora sua obra seja muito
pouco conhecida na área educacional devido à dificuldade de os leitores decifrarem seus densos textos, marcados por
conceitos sofisticados e muitas vezes ligados à área médica.

A formação médica de Wallon aliada à sua disposição e interesses como pesquisador orientou o seu olhar para esmiuçar
e valorizar os componentes orgânicos e a relação desse organismo com o meio, ou seja, a interação “eu-outro”,
olhando para toda a complexidade que marca o desenvolvimento humano.

Orientado pela relação do indivíduo com o meio social, que está em constante mudança, o autor buscou compreender o
psiquismo humano e o seu movimento de formação e transformação, apontando para um percurso do desenvolvimento
que parte da socialização e atinge a individualização do sujeito.

A partir dessa perspectiva, Wallon caracteriza o desenvolvimento humano como um processo não linear, articulando
seus domínios afetivo, cognitivo e motor e que a cada nova exigência do meio está sempre se modificando.

Segundo o autor, o momento das grandes mutações psíquicas segue marcado pelo desenvolvimento das etapas
biológicas, articulado a um processo social onde o indivíduo, desde o nascimento, desenvolve-se para responder às
situações com reações cada vez mais específicas.

As etapas da maturação biológica são fixadas de maneira relativamente estável, mas os recursos são variáveis
conforme as condições de existência, ante as quais a criança só sabe reagir (MAHONEY, 2000, p. 10).

Desse modo, a teoria walloniana aponta para a relação vital entre a criança e o meio social, uma relação evolutiva que
vai mudando com a idade, conforme as necessidades da própria criança, reveladas em suas atividades, interesses e
conforme os recursos que encontra ao seu alcance para satisfazê-las.

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PORDENTRODOTEMA
Acerca dos estágios de desenvolvimento, Wallon os propõe, assim como Piaget, porém, ele não é adepto a ideia de
que a criança cresce de maneira linear. Segundo o autor, o desenvolvimento humano tem momentos de crise, isto é, a
criança se desenvolve a partir de seus conflitos internos e, para ele, cada estágio estabelece uma forma específica de
interação com o outro, afetando também a conduta da criança.

O olhar de Wallon para a criança é ressaltado por vários teóricos e marca um importante avanço nos estudos da época.
Desde as primeiras décadas do século XX até os dias atuais é possível identificar uma mudança nas pesquisas que
envolvem a criança, passando de um foco voltado para a identificação das características de cada etapa do processo
de desenvolvimento, ou seja, o modo pelo qual as crianças adquirem conhecimentos e habilidades, para uma busca por
conhecer as percepções das próprias crianças (CRUZ; SCHRAMM, 2010).

[...] a sociedade coloca o homem em presença de novos meios, novas necessidades e novos recursos, que
aumentam possibilidades de evolução e diferenciação individual. A constituição biológica da criança ao nascer não
será a única lei de seu destino posterior. Seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias
de sua existência [...] (CRUZ; SCHRAMM, 2010, p. 78).

Após esse breve esboço você aprendeu sobre a orientação teórica de Wallon em consonância com o cenário da época
e sua formação profissional, que perpassou pelas áreas da medicina, filosofia e psicologia e marcou efetivamente seus
postulados. Além disso, acerca da sua teoria é possível compreender, até o momento, a concepção de desenvolvimento
humano, com grande enfoque na relação do sujeito com o meio social.

A partir desses conhecimentos, podemos orientar nosso olhar para um conceito, apontado como princípio e considerado
o cerne da teoria walloniana: o materialismo dialético.

O método dialético assumido por Wallon se justifica, pois a dialética é uma atitude permanente de investigação que
leva em consideração o fato de que nenhum fenômeno pode ser compreendido se for encarado isoladamente, que a
natureza está envolvida num processo de movimento e de mutações, que estas mutações não são simples repetição
circular, mas evolução, não apenas quantitativas e graduais, mas qualitativas e que esta evolução tem por motor a ação
recíproca das forças da natureza (NASCIMENTO, 2010).

Através da concepção dialética, Wallon pretendia ultrapassar a dicotomia orgânico-social, defendendo a relação de
reciprocidade entre o desenvolvimento biológico e o desenvolvimento social, sendo uma condição para o outro.

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PORDENTRODOTEMA
Segundo Almeida (2010), a teoria walloniana considera o materialismo dialético como única posição capaz de abarcar a
diversidade e as contradições da realidade, bem como instrumento para se considerar numa mesma unidade a pessoa
e seu meio, em suas integrações recíprocas.

A opção pelo materialismo dialético significa ainda lidar com o real sem com ele se conformar, o que implica ao sujeito
assumir posições e realizar ações em relação à sociedade.

Retomando nossa discussão sobre desenvolvimento, é possível compreender essa concepção específica a partir do
materialismo dialético, visto que a construção da pessoa em Wallon é tida como gradual e marcadamente dialética,
envolvendo contradições e conflitos relacionados ao meio social. A pessoa é, portanto, um projeto inacabado, que se
constitui nos diferentes momentos da evolução humana.

O esquema de estágios do desenvolvimento proposto por Wallon também é abordado de forma dialética, ou seja,
é entendido no sentido de que cada estágio é preparado pelas atividades do anterior, ou seja, a criança vivencia a
exploração motora para posteriormente vivenciar a exploração intelectual (ALMEIDA, 2010).

A concepção walloniana de desenvolvimento, embasada na dialética organismo-meio é central nas produções do autor,
pois as ideias evolucionistas da época marcavam um modo específico de olhar para a questão do desenvolvimento,
enquanto uma sequência ascendente. Acerca disso, Wallon introduziu uma mudança radical nessa concepção, apontando
para a descontinuidade e para a perplexidade na conduta prática ou intelectual da criança, ressaltando a descontinuidade
no desenvolvimento do pensamento e assinalando as crises e os conflitos (MRECH, 2010).

Após esses apontamentos acerca do desenvolvimento em Wallon, se torna pertinente o exercício de aprimorar a discussão
a partir de um conceito chave da teoria, que constitui a principal temática desse material e que oferece elementos sólidos
para elucidar ainda mais os processos de desenvolvimento. Nesse movimento dialético, que caracteriza a vida humana,
a emoção exerce papel fundamental nesse processo, visto que é através dela que o organismo se liga ao social.

Incapaz de realizar algo por si próprio, o recém-nascido é manipulado pelo outro e é, nos movimentos desse outro, que
suas primeiras atitudes tomarão forma, o choro, o grito, os movimentos desordenados de um bebê passam a constituir
a linguagem emocional em busca do outro, levando o outro a satisfazer suas necessidades.

A emoção expressa pelo movimento é o recurso do recém-nascido para sua primeira ligação com a cultura de seu
tempo. Pela emoção o indivíduo pertence primeiro ao meio social, e depois a si próprio (ALMEIDA, 2010, p. 23).

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Segundo Almeida (2010), contrariando as posições teóricas sobre a emoção, que a viam como função perturbadora,
manifestação desorganizada do corpo, ou como um processo organizado para captar energias, Wallon apresenta uma
terceira posição, mostrando que a emoção no ser humano engloba duas posições anteriores: é energética e catastrófica,
mas é, também, e principalmente, fonte de sobrevivência. Tem ela a função de mobilizar o outro, e com componentes
orgânicos acentuados, é essencial nessa mobilização. É instrumento oferecido pela espécie para suprir a inaptidão
da criança no início da vida, e é determinante na evolução mental. Na forma como o adulto dispensa o cuidado para
atender às necessidades da criança, ele expressa as representações de sua cultura, os valores e as possibilidades dos
diferentes meios e grupos.

Mrech (2010) explica que, para Wallon, o papel da motricidade é propiciar descargas de tensão, ou seja, quando o
sujeito não se encontra em condições de realizar determinado movimento, a sua afetividade cresce e as emoções
aparecem. Há uma interação bastante estreita entre a afetividade e a motricidade, isto porque os comportamentos
iniciais da criança estão ligados fundamentalmente ao corpo.

Um novo conceito é aqui elucidado para discutir a questão das emoções e se refere à afetividade. É importante que
você saiba reconhecer o que contempla um e outro para aprofundar ainda mais os seus conhecimentos acerca da teoria
walloniana.

Enquanto a afetividade refere-se à capacidade do ser humano de ser afetado pelo mundo interno e externo, por
sensações ligadas a tonalidades agradáveis e desagradáveis; a emoção, por sua forma de expressão corporal, motora,
visível, ativada pelo fisiológico, é a exteriorização da afetividade (ALMEIDA, 2010).

O efetivo papel da emoção no desenvolvimento humano é assim destacado por inúmeros autores como ponto chave na
teoria walloniana, enquanto mola propulsora para a evolução do psiquismo uma vez que tem um caráter marcadamente
social e pode funcionar como um tipo de linguagem anterior à linguagem oral, como uma primeira forma de sociabilidade.

Até o momento você aprendeu que a criança, para Wallon, é essencialmente emocional e gradualmente vai constituindo-
se em um ser sociocognitivo. O autor estudou a criança contextualizada, como uma realidade viva e total no conjunto de
seus comportamentos e suas condições de existência.

A partir de toda a teoria exposta, se torna instigante aprofundar um pouco mais nos postulados wallonianos, articulando
uma reflexão acerca das contribuições do autor para se pensar a educação, mais especificamente o contexto escolar
de ensino.

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PORDENTRODOTEMA
Como você pode observar, a relação criança-meio é um argumento crucial que perpassa a teoria walloniana. No que se
refere à escola, Wallon defende que esta representa um instrumento indispensável ao desenvolvimento da criança, pois
influencia na formação de sua personalidade, penetrando em todo o seu cotidiano.

O autor acredita que a escola, ao se organizar, deve ser a expressão concreta dessa unidade indissolúvel adulto-criança-
sociedade.

Educar exige, então, o conhecimento da criança concreta, nas suas condições de existência, da natureza das
relações que ela estabelece com o seu meio, da influência dos diversos grupos aos quais ela tem acesso.
(MAHONEY, 2000, p. 10)

Segundo Mahoney (2010), Wallon aponta a escola como um contexto privilegiado para conhecer e estudar melhor a
criança, pois esse espaço é capaz de ampliar as possibilidades de expressão e socialização. A partir da inserção na
escola, a criança aprenderá a desempenhar vários papéis e preencherá diferentes funções, conforme os grupos e as
atividades oferecidas.

Olhar para as questões da teoria walloniana sobre o desenvolvimento, possibilita o pensar na relação da escola com a
formação do sujeito. Falar que a escola deve proporcionar formação integral (intelectual, afetiva e social) às crianças é
comum hoje em dia. No entanto, no início do século passado essa ideia foi uma verdadeira revolução no ensino. Wallon
insistiu na educação escolar como recurso fundamental para o progresso na direção da humanização da sociedade e
argumentou que ao democratizar-se a escola é capaz de oferecer possibilidades iguais de desenvolvimento, possibilitando
a todos o acesso à cultura e ao conhecimento.

No que se refere às etapas do desenvolvimento elucidadas por Wallon, a escola pode ajudar a criança a resolver as
suas dificuldades, os conflitos que ela encontra em cada estágio e prepará-la para a etapa seguinte (MAHONEY, 2000).

Pensando no que você aprendeu sobre o papel da emoção, esse conceito se torna fundamental para orientar a prática
do professor, visto que é por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades.

É importante reconhecer que, para a teoria exposta, todas essas considerações em relação ao aluno precisam ser
pensadas ao mesmo tempo em relação ao professor, visto que os dois pólos se interagem e estão em constante
transformação. É fundamental, portanto, que o professor planeje sua ação, lembrando que todas as atividades propostas
para o aluno também têm uma ressonância no seu próprio desenvolvimento (MAHONEY, 2000).

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PORDENTRODOTEMA
Assim, Wallon valoriza muito a prática e a experiência, argumentando que a formação do professor não pode ficar
limitada apenas à teoria e argumenta: se o objetivo for conservar a mais alta qualidade do ensino, é justo preservar a
dignidade dos professores, de modo a assegurar o seu prestígio social e favorecer o seu aperfeiçoamento profissional
(MAHONEY, 2010).

ACOMPANHENAWEB
Emoções: uma discussão sobre modos de conceber e teorizar

• Nessa dissertação, a autora Lavínia Lopes Salomão Magiolino se fundamenta no materialismo


histórico dialético, utilizando autores como Bakhtin, Vigotski e Wallon para ampliar o debate
acerca das emoções.
Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000343222>. Acesso em: 5 jun.
2014.

Do gesto ao símbolo: a teoria de Henri Wallon sobre a formação simbólica

• Acesse o artigo escrito por Dener Luiz da Silva que explora o desenvolvimento simbólico em
Wallon e, para isso, aborda as especificidades da teoria do autor, buscando decifrar os conceitos
de: emoção, comportamento simbólico, inteligência, fatores de desenvolvimento e outros.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/er/n30/a10n30.pdf>. Acesso em: 9 jul. 2014.

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AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1

Refletindo sobre os seus conhecimentos prévios a respeito da teoria de Henri Wallon, descreva o que você sabia e o que aprendeu
com a leitura desse texto, ressaltando os principais pontos do pensamento desse importante teórico.

Questão 2

De acordo com Wallon, podemos afirmar que:

a) A criança é essencialmente cognitiva e o meio social não exerce grandes interferências na sua constituição.

b) A compreensão dos mecanismos de constituição do conhecimento equivale à compreensão dos mecanismos envolvidos na
formação do pensamento lógico.

c) O conceito de equilibração torna-se especialmente marcante, pois representa o fundamento que explica todo o processo do
desenvolvimento humano.

d) A vida psíquica é formada por três dimensões – motora, afetiva e cognitiva - que coexistem e atuam de forma integrada.

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AGORAÉASUAVEZ
Questão 3
Leia a citação a seguir:
“A emoção, antes da linguagem, é o meio utilizado pelo recém-nascido para estabelecer uma relação com o mundo humano. Gra-
dativamente, os movimentos de expressão, primeiramente fisiológica, evoluem até se tornarem comportamentos afetivos mais
complexos, nos quais a emoção, aos poucos, cede terreno aos sentimentos e depois às atividades intelectuais”.
A partir da análise do excerto acima e com base na teoria de Wallon é possível afirmar que:

a) A criança recém-nascida ainda não interage com o mundo, pois não desenvolveu suas atividades intelectuais.

b) O desenvolvimento da linguagem e das atividades intelectuais são exclusivamente orgânicos.

c) As primeiras atitudes do recém-nascido com o mundo ocorrem através da linguagem emocional em busca do outro.

d) As crianças recém nascidas aprendem com seus pares através da zona de desenvolvimento proximal.

e) O desenvolvimento da criança possui etapas de maturação, sendo os comportamentos afetivos a primeira etapa.

Questão 4

Como você sabe, Wallon faz a opção pelo materialismo dialético, enquanto princípio e método de sua teoria. Caracterize essa
escolha do autor.

Questão 5

Refletindo sobre as influências da teoria de Wallon no contexto da educação, descreva como os principais pontos da teoria de
Wallon nos ajuda a pensar sobre o papel da educação e a dimensão da prática educativa.

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FINALIZANDO
Ao longo desse texto você pôde compreender os principais pontos que abarcam a teoria de Wallon. O texto explorou
o papel da emoção, a partir da perspectiva teórica de Wallon. Você entrou em contato com a contextualização do cenário
da época, pôde perceber como se deu a formação e a característica das obras do autor; principalmente no que diz
respeito a sua teoria que trata da relação vital do sujeito com o meio social, a questão do desenvolvimento humano, o
método dialético e o papel da emoção propriamente dito. Ao entrar na questão das emoções você pôde aprender sobre
a relação da mesma com os conceitos anteriormente trabalhados, como a articulação entre emoção e desenvolvimento
humano. Por fim, com a conclusão do texto, você teve a oportunidade de aprender sobre a intersecção dos pressupostos
da teoria walloniana e a educação, retomando a aproximação aos princípios que norteiam a teoria: a relação indivíduo-
meio, o desenvolvimento e o papel da emoção.

REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. Cognição, corpo e afeto. Rev. Educação, Coleção História da Pedagogia: Henri Wallon, São
Paulo: Segmento, vol. 3, p. 20-31, out/2010.

ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. O homem em toda a sua integridade. Rev. Educação, Coleção História da Pedagogia: Henri
Wallon, São Paulo: Segmento, vol. 3, p. 74-83, out/2010.

CRUZ, Silvia Helena Vieira; SCHRAMM, Sandra Maria de Oliveira. O ponto de vista da criança. Rev. Educação, Coleção História
da Pedagogia: Henri Wallon, São Paulo: Segmento, vol. 3, p. 64-73, out/2010.

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REFERÊNCIAS
GALVÃO, Izabel. Expressividade e emoções segundo a perspectiva de Wallon. In: ARANTES, Valéria Amorim (org). Afetividade
na escola: Alternativas Teóricas e Práticas. São Paulo: Summus, 2003, p. 71-88. Disponível em: <http://books.google.com.br/
books?hl=pt-BR&lr=&id=GlGJjoDVt1EC&oi=fnd&pg=PA71&dq=WALLON+E+EMO%C3%87%C3%83O&ots=psqGZmoRlk&sig=
sEjLaBxChg0xB0Ivh3WES-LuwOE#v=onepage&q=WALLON%20E%20EMO%C3%87%C3%83O&f=false>. Acesso em: 05 jun.
2014.

MAGIOLINO, Lavínia Lopes Salomão. Emoções: uma discussão sobre modos de conceber e teorizar. Dissertação de
Mestrado em Educação. Faculdade de Educação, UNICAMP, 2004. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/
document/?code=vtls000343222>. Acesso em: 05 jun. 2014.

MAHONEY, Abigail Alvarenga. Contribuições de H. Wallon para a reflexão sobre questões educacionais. In: Placco, Vera Maria
Nigro de Souza (org.). Psicologia e Educação: Revendo contribuições. São Paulo, Educ/Fapesp, p. 9-31, 2000.

MAHONEY, Abigail Alvarenga. Inspiração para pesquisas em educação. Rev. Educação, Coleção História da Pedagogia: Henri
Wallon, São Paulo: Segmento, vol. 3, p. 54-63, out/2010.

MRECH, Leny Magalhães. Entre a psicologia e a educação. Rev. Educação, Coleção História da Pedagogia: Henri Wallon, São
Paulo: Segmento, vol. 3, p. 32-43, out/2010.

NASCIMENTO, Maria Letícia Barros Pedroso. Um pensador sem medo da contradição. Rev. Educação, Coleção História da
Pedagogia: Henri Wallon, São Paulo: Segmento, vol. 3, p. 6-17, out/2010.

REGO, Teresa Cristina. Psicogênese da pessoa. Rev. Educação, Coleção História da Pedagogia: Henri Wallon, São Paulo:
Segmento, vol. 3, p. 5, out/2010.

SILVA, Dener Luiz da. Do gesto ao símbolo: a teoria de Henri Wallon sobre a formação simbólica. Educ. rev., Curitiba, n. 30, 2007.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/er/n30/a10n30.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2014.

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GLOSSÁRIO
Psiquismo/Psíquico: termos frequentemente utilizados por autores do campo da psicologia da educação. Referem-
se aos elementos subjetivos do fenômeno humano, relacionando-se diretamete a ideia de inconsciente, pertencente à
alma, às faculdades intelectuais e morais.

Eu-Outro: a concepção walloniana destaca a relação eu-outro, que permeia todo o processo da constituição psíquica
do sujeito. A palavra “outro” remete às relações interpessoais (entre duas ou mais pessoas).

Materialismo dialético: é a concepção filosófica inspirada na teoria de Karl Marx sobre a sociedade, a economia e
a política. A palavra materialismo remete a existência humana em sociedade e seu condicionamento à base material
(capital, matérias-primas e meios de produção). Já a palavra dialética vem do grego dialegos, que quer dizer diálogo ou
polêmica, marca as contradições e a história em constante movimento de transformação.

Sociabilidade: é compreendida como a capacidade natural do ser humano de viver em sociedade, característica ou
atributo do que ou de quem é sociável. O que forma o caráter humano nos indivíduos da espécie humana é a convivência
em grupo.

GABARITO
Questão 1

Resposta: Como partimos de uma questão de conhecimento prévio que remete ao âmbito individual, as possibilidades
de respostas se ampliam e se especificam a partir das diferentes experiências e interpretações subjetivas do texto.

Dentre as discussões que poderiam ser tratadas nesta resposta, destacamos as questões que foram se entrelaçando
no decorrer do texto: a relação indivíduo-meio, o desenvolvimento e o papel da emoção, além da relação da teoria com
o contexto educacional.

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Questão 2

Resposta: Alternativa D.
Justificativa: A noção de pessoa apresentada por Wallon aponta para uma síntese dos conjuntos funcionais (afetivo,
motor e cognitivo) e para integração dinâmica entre o orgânico e o social. Sua posição teórica era contrária à compreensão
do humano de forma fragmentada. A acumulação quantitativa de funções culmina na evolução qualitativa das mesmas
a partir de uma nova organização em que as dimensões motora, afetiva e cognitiva se integram de maneira diversa da
fase anterior, alternando-se no exercício de predominância de uma sobre as demais.

Questão 3

Resposta: Alternativa C.
Justificativa: A Teoria das emoções é de grande importância na obra de Wallon e orienta toda a sua teoria sobre o
desenvolvimento humano. As emoções têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa e são tidas como
manifestações das mais íntimas necessidades, desejos e intenções que provocam impacto nas pessoas ao entorno. É
importante destacar que, para o autor, a emoção precede nitidamente o aparecimento das condutas do tipo cognitivo,
pois é a primeira manifestação de necessidade afetiva do bebê e o elo dele com o meio, tanto biológico como social.

Questão 4

Resposta: O materialismo dialético na obra de Wallon se torna princípio e meio pois é tido como um meio eficaz de
se compreender a relação complexa do indivíduo na sociedade, considerando o fato de que nenhum fenômeno pode
ser compreendido se for encarado isoladamente e que a natureza está envolvida num processo de movimento e de
mutações. Através da concepção dialética, Wallon pretendia ultrapassar a dicotomia orgânico-social, defendendo a
relação de reciprocidade e abarcando as contradições que configuram a realidade.

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Questão 5

Resposta: Um dos principais pontos da teoria walloniana que poderia ser citada nessa questão, refere-se aos subsídios
dessa concepção para se aprofundar a reflexão sobre o contexto educacional, motivando a investigação educacional.
Ao mesmo tempo, impõe exigências sobre esta prática, cobrando da escola o atendimento do indivíduo na integridade
dos domínios que o constituem (afetivo, cognitivo e motor).

Acerca da dimensão da prática educativa, você poderia citar a importância de se organizar espaços escolares que atendam
às necessidades dos alunos, levando em consideração seus conhecimentos prévios, ou seja, o conhecimento da criança
concreta, nas suas condições de existência, da natureza das relações que ela estabelece com o seu meio, etc.

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