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A raiva está presente em tantas situações na nossa sociedade que se torna importante
entender o porque da sua existência e, principalmente, aprender a controlar a força
incrível que ela comporta. Saber reconhecer quando ela é construtiva e utilizá-la
adequadamente é uma arte que pode ser aprendida.Conseguir identificar quando ela é
inadequada ou excessiva pode nos proteger de atos impensados que tanto prejuízo
traz para nossas relações afetivas, profissionais e ao próprio bem estar. Na maioria
das vezes, ao se falar em raiva pensa-se, somente na vítima do ato agressivo no qual
ela, em geral, culmina, seja ela físico ou verbal. No entanto, a pessoa que sente raiva
de modo constante e que parece responder ao mundo com este sentimento fica à
mercê de qualquer um que o instigue. Sofre talvez tanto quanto a vítima.
Quando estamos zangados, nosso corpo se mobiliza para a defesa ou para o ataque,
e nossos pensamentos, com freqüência, estão cheios de planos de retaliação ou de
vingança ou se concentram no quão “injustamente’’ fomos tratados. Como com todos
os estados de humor, a raiva é acompanhada de alterações no pensamento,
comportamento e funcionamento físico.
Observe que a emoção da raiva pode variar da irritação à fúria. O quanto ficamos
enraivecidos em determinada situação (ambiente social) é influenciado por nossa
interpretação do significado do acontecimento.
Existe uma variação muito grande do tipo de evento que provoca a raiva. Uma pessoa
pode ficar zangada se tiver que esperar em uma fila e, contudo, ouvir calmamente
críticas quanto a seu desempenho profissional. Outra pessoa pode perfeitamente estar
satisfeita em esperar em uma fila e, todavia, rapidamente atacar qualquer um que
aponta as suas falhas no trabalho. Os tipos de eventos que provocam nossa raiva
estão geralmente relacionados ao nosso passado, bem como ás regras e crenças que
defendemos.
Imagine um homem que perdeu o emprego. Ele sente raiva?’ Depende. Se ele perde
o emprego e considera isso uma decisão justa (talvez porque ele tenha violado alguma
regra da empresa ou esta tenha falido), provavelmente não sentirá raiva.
Entretanto, se o homem pensar que esta demissão foi injusta (talvez outros tenham
violado as regras e não tenham sido despedidos, ou apenas os homens de certa raça
tenham perdido seus empregos), então ele provavelmente ficará com muita raiva.
De forma semelhante, se uma criança pisa em seu pé quando você está andando de
ônibus, você sente dor. Se você sente ou não raiva, depende de sua interpretação da
intenção e do bom senso do comportamento da criança. Sua raiva será provavelmente
será imediata se você achar que o dano foi intencional. Mas se achar que a criança
pisou em seu pé por acidente quando uma virada do ônibus fez com que a criança
perdesse o equilíbrio, você se contrai de dor, mas provavelmente não sente raiva. “A
probabilidade de sentir raiva em resposta a um dano não-intencional está relacionada,
a seu julgamento quanto ao ‘‘bom senso”. Por exemplo, em um ônibus, superlotado,
nós ignoramos quando alguém pisa em nosso pé mais facilmente do que quando o
mesmo está praticamente vazio.
Essas regras de raiva parecem bastante claras e diretas até considerarmos que as
pessoas variam imensamente no que consideram expectativas justas e razoáveis.
Muito próximo. A ligação entre raiva e intimidade pode ser mais bem compreendida
ao reconhecermos que todos nós temos múltiplas expectativas de nossas amizades,
relacionamentos amorosos, colegas de trabalho e assim por diante. Menos
provavelmente temos expectativas pessoais específicas em relação à pessoa que
encontramos casualmente. Quanto mais íntima for nossa relação com alguém, mais
provavelmente temos expectativas em relação à pessoa. Para complicar o quadro,
raramente contamos às pessoas nossas expectativas, ou mesmo estamos cientes
delas, até que tenham sido quebradas. Então ficamos magoados, desapontados e,
com freqüência, com raiva.
1-Reestruturação cognitiva.
Você pode achar útil antecipar situações nas quais você tem grande chance de sentir
raiva e preparar-se para elas. Tentar Imaginá-las o ajuda a pensar em possíveis áreas
problemáticas e a projetar sua resposta com antecedência.
Se você consegue identificar uma situação que será estressante e na qual você corre
alto risco de experimentar raiva, você tem a oportunidade de planejar, escrever e
ensaiar exatamente o que você deseja falar e como você deseja falar, ou seja, pode
ajudá-lo a desenvolver uma estratégia voltada para o que você deseja alcançar e
entrar na situação com um maior grau de confiança.
4- Dar um Tempo.
Esta pode ser uma maneira eficaz de controlar sua raiva. Isso envolve a sua retirada
de uma situação na qual você se encontra,quando os primeiros sinais de aviso,
indicam que sua raiva está ficando fora de controle. Dar um tempo (intervalo) o
ajudará a recuperar o controle sobre si mesmo e sobre a situação.
O intervalo não é utilizado para evitar a situação, mas para abordá-la a partir de um
novo ângulo e com um novo início. Algumas pessoas tentam retornar a situação cm
uma nova estratégia para minimizar a possibilidade de uma explosão de raiva.
A raiva pode ser útil desde que seja mantida dentro de limites aceitáveis e usada na
hora certa, na defesa da justiça, na exigência de medidas preventivas a fatores d risco
e no confronto construtivoem situaçõsem que a calma total não poderia gerar ações de
eficácia.
Enquanto uma vida sem qualquer sentimento de raiva, mesmo que momentâneo, é
praticamente impossível, todo ser humano pode aprender a lidar com ele, a
compreendê-lo, controlá-lo e saber quando e em que medida controlar sua raiva.