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o Ano
(Frei Luís de Sousa e «Sermão de Santo António»)
1. ........................................................................................................................................................................... 16 pontos
Devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
1
Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os
Critérios Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 9).
– por um lado, Manuel de Sousa Coutinho revela, em palavras e ações, nacionalismo e patriotismo
(«Meu pai, que é tão bom português, que não pode sofrer estes castelhanos, e que até às vezes dizem
que é de mais o que ele faz e o que ele fala...», linhas 13-14);
– por outro, revela desagrado quando se menciona D. Sebastião, cujo regresso representaria
a recuperação da independência de Portugal («em ouvindo duvidar da morte do meu querido rei
D. Sebastião… ninguém tal há de dizer, mas põe-se logo outro, muda de semblante, fica pensativo
e carrancudo: parece que o vinha afrontar, se voltasse, o pobre do rei», linhas 14-17).
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Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os
Critérios Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 9).
– Maria manifesta interesse por temas impróprios para a sua idade, nomeadamente por romances
populares sobre D. Sebastião e a batalha («Que é do romance que me prometestes? Não é o da
batalha, […] é o outro, é o da ilha encoberta onde está el-rei D. Sebastião, que não morreu e que há
de vir, um dia de névoa muito cerrada…», linhas 3-6), em vez de brincar/de cultivar a alegria, como lhe
sugere a mãe («queria-te ver mais alegre, folgar mais, e com coisas menos…», linhas 16-20);
– revela-se patriota/sebastianista, como se depreende da crença no regresso de D. Sebastião («em que
escapasse o nosso bravo rei, o nosso santo rei D. Sebastião.», linhas 12-13), no espanto pela posição
do pai («– Meu pai, que é tão bom português, que não pode sofrer estes castelhanos», linhas 13-14);
– apresenta um carácter afetuoso quando abraça a mãe que chora, dirigindo-se-lhe carinhosamente
para a acalmar («(Vai-se abraçar com a mãe, que chora.) Minha querida mãe, ora pois então!», linhas
22-23);
– é compreensiva, pois promete não falar mais sobre os assuntos que tanto incomodam a mãe («não
quero mais falar, nem ouvir falar de tal batalha, nem de tais histórias, nem de coisa nenhuma dessas»,
linhas 23-24).
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Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os
Critérios Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 9).
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Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os
Critérios Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 9).
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Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os
Critérios Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso (p. 9).
7. ........................................................................................................................................................................... 16 pontos
Devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes, para comprovar
que D. Sebastião é a figura do passado desejada por uns e receada por outros.
Figura desejada:
Telmo Pais alimenta o sebastianismo de Maria, emprestando-lhe livros sobre o rei e a batalha,
uma vez que tem esperança de que D. João não tenha morrido na batalha de Alcácer Quibir e
há de regressar, revelando fidelidade ao passado e à ordem familiar, pois discorda do segundo
casamento de D. Madalena com Manuel de Sousa Coutinho.
Maria, que recebe de Telmo a lição sebastianista e com quem desenvolve uma cumplicidade
que desagrada a D. Madalena, apresenta a crença no regresso do rei por este representar a
recuperação da independência nacional (ignorando o passado de D. Madalena, não percebe a
razão do desagrado dos seus pais ao ouvir falar na possibilidade de D. Sebastião ter
sobrevivido).
Figura receada:
D. Madalena vive atormentada perante a possibilidade de D. João não ter morrido na batalha
de Alcácer Quibir, dado nunca ter obtido a confirmação da notícia da sua morte, não obstante
todas as diligências efetuadas nesse sentido; por isso, as referências a D. Sebastião angustiam-
na, por representarem a possibilidade de retorno a um passado que poderá trazer a destruição
da sua família.
Manuel de Sousa Coutinho, apesar de retratado como um homem de consciência tranquila,
revela desagrado e inquietação ao ouvir falar da possibilidade do regresso de D. Sebastião,
pois a associação a D. João é inevitável.
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Os descritores de desempenho definidos para este parâmetro devem ser considerados em articulação com os
Critérios Gerais de Classificação relativos à estruturação do discurso.
Critérios Gerais de Classificação – estruturação do discurso
Na avaliação da estruturação do discurso, importa considerar o seguinte:
‒ exceto quando tal é expressamente requerido no item, as respostas não têm de apresentar um parágrafo
introdutório nem um parágrafo conclusivo;
‒ apenas deve ser penalizada a ausência dos parágrafos inequivocamente necessários, ou seja, aqueles que decorrem
da introdução de unidades de sentido claramente distintas das anteriores;
‒ a progressão e a clareza das ideias podem estar asseguradas através de diversos mecanismos (nomeadamente a
pontuação e a repetição lexical), sem recurso obrigatório a conectores interfrásicos.
1. a 5. .................................................................................................................................................................. 40 pontos
Chave
1. (D) (C) 8
2. (B) (D) 8
3. (C) (B) 8
4. (A) (C) 8
5. (B) (A) 8
6. ............................................................................................................................................................................. 8 pontos
a) «[d]a última encenação desta peça de Almeida Garrett» (linha 29); b) «[n]o D. Maria II» (linha 29).
1 Indica um referente. 4
7. ............................................................................................................................................................................. 8 pontos
• Modificador do nome apositivo.
1
A pertinência do(s) argumento(s) é avaliada no parâmetro B.
– Trata-se de um cartoon da autoria de Nardi (2018), intitulado A força da resistência. Neste cartoon,
uma mão robusta masculina impõe-se a um ser curvado, que tenta não ser esmagado pela
agressividade do indicador. Se observarmos atentamente, podemos ver que o indivíduo em
desvantagem é constituído por várias pessoas no seu interior, que o ajudam a suster a força bruta do
dedo.
– Simbolicamente, faz-se a leitura de que um individuo pode ser o protagonista de uma luta contra algo
que se quer impor pela violência. Esse indivíduo é o porta-voz da mensagem de oposição de muitos
outros que o apoiam na sua resistência. Nesta linha de pensamento, o título explicita a intenção da
imagem – a força da resistência não reside num só indivíduo, mas nele enquanto representante de
muitos.
– Relação de semelhança: a atitude de Manuel de Sousa Coutinho foi a de um patriota resistente contra
o domínio filipino, representando todos os que estavam contra esta perda da independência. O facto
de ter incendiado o palácio da sua família, num ato de total despojamento dos bens materiais,
demonstra, simbolicamente, a sua não colaboração com os governantes espanhóis, que buscavam
hospedagem segura em Almada. O seu grito de revolta é explícito: «Há de saber-se no mundo que
ainda há um português em Portugal».
– Comentário crítico: por exemplo, esta temática é intemporal – há de haver sempre quem queira impor
os seus valores através da força e há de sempre existir alguém que represente os oprimidos e que
resista em nome e com a força de todos.
COTAÇÕES
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
I
16 16 8 16 16 16 16 104
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
II
8 8 8 8 8 8 8 56