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Faculdade de Tecnologia de Sorocaba

DEPARTAMENTO DE FABRICAÇÃO MECÂNICA

SOLDABILIDADE EM CHAPAS FINAS

RELATÓRIO FINAL DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Aluno: Anderson dos Santos


Orientador: Prof. Amilton Cordeiro
NUPETS - Núcleo De Pesquisas Em Tecnologia Da Soldagem
Curso Superior em Tecnologia Mecânica – Modalidade: Fabricação
Mecânica

JULHO DE 2019
1

DEPARTAMENTO DE FABRICAÇÃO MECÂNICA

Aluno:

Professor Orientador:

Chefe do Departamento
2

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
2. MÉTODO ................................................................................................................................ 4
3. HISTÓRIA DA SOLDA .............................................................................................................. 4
4. SOLDAGEM ............................................................................................................................ 5
4.1. SOLDAGEM O QUE É?............................................................................................................ 5
5. SOLDABILIDADE ..................................................................................................................... 6
6. JUNTAS .................................................................................................................................. 7
6.1. JUNTAS DE TOPO ................................................................................................................... 8
6.2. JUNTAS DE CANTOS ............................................................................................................... 8
6.3. JUNTAS DE ARESTA................................................................................................................ 8
6.4. JUNTA SOBREPOSTA .............................................................................................................. 9
6.5. JUNTA ÂNGULO ..................................................................................................................... 9
7. METALURGIA DA SOLDA ........................................................................................................ 9
8. PROCESSO DE SOLDAGEM ................................................................................................... 11
9. SOLDAGEM DOS AÇOS ......................................................................................................... 11
9.1. AÇOS CARBONO.................................................................................................................. 12
10. DEFEITOS DA SOLDAGEM .................................................................................................... 13
11. SOLDABILIDADE EM CHAPAS FINAS .................................................................................... 13
11.1. FATORES QUE AFETAM A SOLDABILIDADE ....................................................................... 14
11.2. TESTES DE SOLDABILIDADE ............................................................................................... 14
12. CONCEITO DE CHAPA......................................................................................................... 14
12.1. CHAPA FINA ....................................................................................................................... 15
12.2. CHAPA GROSSA ................................................................................................................. 15
13. PARÂMETROS DE SOLDAGEM EM CHAPAS FINAS ............................................................. 17
14. TÉCNICAS DE SOLDAGEM EM CHAPAS FINAS.................................................................... 18
15. CONCLUSÃO....................................................................................................................... 20
16. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 20
17. ANEXOS .............................................................................................................................. 21
3

LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: SOLDAGEM POR FUSÃO .................................................................................................. 6
FIGURA 2: JUNTAS DE TOPO ............................................................................................................... 8
FIGURA 3: JUNTAS DE CANTO ............................................................................................................ 8
FIGURA 4: JUNTAS DE ARESTA .......................................................................................................... 8
FIGURA 5: JUNTAS SOBREPOSTA ..................................................................................................... 9
FIGURA 6: JUNTAS DE ÂNGULO ......................................................................................................... 9
FIGURA 7: ZONA AFETADA TERMICAMENTE ................................................................................ 10
FIGURA 8: CHAPA FINA ....................................................................................................................... 15
FIGURA 9: CHAPA GROSSA................................................................................................................ 15
FIGURA 10: FÓRMULA DE CLASSIFICAÇÃO DE CHAPA ............................................................. 16
FIGURA 11: LIMPEZA DA ÁREA ONDE OCORRERÁ SOLDA ...................................................... 19
FIGURA 12: TÉCNICA DE PONTOS DE SOLDA EM CHAPA FINA .............................................. 19

LISTA DE TABELA
TABELA 1:GRAU DE SOLDABILIDADE ............................................................................................... 7
TABELA 2:DE AÇOS CARBONO DE ACORDO COM CLASSE E TIPOS.................................12

LISTA DE GRAFICOS
GRAFICO 1: EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE SOLDAGEM .......................................................... 5
4

1. INTRODUÇÃO
Essa pesquisa tem como o objetivo compreendermos um pouco mais sobre
solda, sua história, conceitos, soldagem e processos. Como também entender o
conceito soldabilidade e tudo o que gira em torno deste termo, que pode parecer
algo muito complexo para se entender.

A soldabilidade de chapas finas é um processo em vamos abordar neste estudo


com mais profundidade, devido a dificuldade e/ou complexidade que apresenta
este processo envolvendo estes materiais com menor espessura. Há alguns
fatores que são cruciais para se obter uma solda com qualidade, além da
habilidade do operador (soldador) deve-se conhecer muito bem o material ou a
liga em que se está trabalhando.

Condições, processos em que o material será submetido após a solda, esforços


e solicitações mecânicas, entre outros mais fatores.

2. MÉTODO
Esse relatório foi utilizado o método de pesquisa exploratório com a finalidade
da analisar, entender e até orientar sobre soldabilidade em materiais metálicos
(chapas finas), através de um estudo profundo para que possa ser trabalhado e
aplicado em um método empírico.

3. HISTÓRIA DA SOLDA
O primeiro princípio da solda começou antes de 1800, com a união de duas
peças por fusão. Aonde o processo era todo manual realizado na forja do ferreiro,
com a revolução industrial e as duas guerras mundiais influenciaram
desenvolvimento da solda moderna. Nesse período os métodos usuais eram
solda por resistência, solda a gás e solda a arco.

No início do século XX a soldagem a gás teve seu surgimento e foi dominante


para fabricação e trabalhos de reparos. Alguns anos depois se desenvolveu a
solda elétrica, e tomou conta da indústria definitivamente. Evolução do processo
de soldagem pode ser representada em forma de gráfico, como veremos abaixo.
5

Gráfico 1: Evolução do processo de soldagem

Fonte: file:///D:/soldagem/Tecnologia.pdf

4. SOLDAGEM
A soldagem está estreitamente ligada as mais importantes atividades indústrias
que existem no mundo industrial moderno; construção civil, aeronáutica,
ferroviárias, navais, metalúrgica, mecânica e elétrica. É rara a indústria em que
não utiliza ou nunca passou por um processo de soldagem, seja em sua
produção ou em algum tipo de manutenção.

4.1. SOLDAGEM O QUE É?


Soldagem é um processo de união de materiais, especificamente, união de
metais e polímero. Na soldagem, a união é obtida pela aproximação dos átomos
nos metais ou moléculas nos polímeros, à distância é suficientemente pequena
para que ligações químicas sejam formadas. Diferentemente dos demais
processos de união (através de parafusos, rebitagem, colagem e brasagem), na
soldagem ocorre uma mistura dos materiais base e de adição, essa mistura é
tecnicamente conhecida por solubilidade. A utilização do oxigênio e de um gás
combustível permitiu a obtenção da chama de elevada temperatura, que permiti
a fusão localizada de determinados metais e a formação de um banho de fusão
que, ao solidificar, forma a “ponte” entre as peças a serem unidas observando
6

na figura 1. A soldagem por fusão inclui a maioria dos processos mais usados
atualmente.

Figura 1: Soldagem por fusão

Fonte: file:///D:/soldagem/Tecnologia.pdf

5. SOLDABILIDADE
Segundo a American Welding Society (AWS) define soldabilidade como “a
capacidade de um material ser soldado nas condições de fabricação impostas
por uma estrutura específica projetada de forma adequada e de se comportar
adequadamente em serviço”. Esta definição é coloca pontos importantes como:
“o projeto é adequado?” e as condições e o procedimento de soldagem?” Uma
definição alternativa, mais prática, seria: “a facilidade relativa com que uma solda
satisfatória, que resulte em uma junta similar ao metal sendo soldado, pode ser
produzida”. Outro fator importante é a capacidade de formar a série contínua de
soluções sólidas entre um metal e outro. A maioria das ligas metálicas são
soldáveis, mas, certamente, algumas são mais difíceis de serem soldadas por
um dado processo que outras. Por outro lado, o desempenho esperado para uma
junta soldada depende fundamentalmente da aplicação a que está se destina.
Assim, para determinar a soldabilidade de um material, é fundamental considerar
o processo e procedimento de soldagem e a sua aplicação. Assim, é importante
conhecer bem o material sendo soldado, o projeto da solda e da estrutura e os
requerimentos de serviço (cargas, ambiente, entre outros). Com base nessas
definições, para melhor determinar a soldabilidade, é interessante fazer algumas
suposições:
7

- O metal-base é adequado para a aplicação desejada, isto é, ela possui as


propriedades adequadas e necessárias para resistir aos requerimentos da
aplicação.

- O projeto da estrutura soldada e de suas soldas é adequado para o uso


pretendido.

Baseado nestas suposições, é necessário, então avaliar a própia junta soldada.


Idealmente uma junta deveria apresentar resistência mecânica, ductilidade,
tenacidade, resistência a fadiga e a corrosão uniformes ao longo da solda e
similares as propriedades do material adjacente.

A figura a seguir resume o grau de soldabilidade de alguns dos materiais


metálicos mais usados na indústria mecânica.

Tabela 1: Grau de soldabilidade

Fonte: file:///D:/soldagem/Tecnologia.pdf

Como se vê, a soldabilidade dos metais varia de um material para outro, de modo
que as juntas soldadas nem sempre apresentam as características mecânicas
desejáveis para determinada aplicação.

6. JUNTAS
Juntas é a união aonde as duas ou mais parte serão soldadas, existem 5 tipos:
juntas de topo, juntas de canto, juntas de aresta, juntas sobrepostas, juntas de
ângulos.
8

6.1. JUNTAS DE TOPO


Junta entre dois componentes alinhados entorno do mesmo plano.
Figura 2: juntas de topo

Fonte: file:///D:/soldagem/Tecnologia.pdf

6.2. JUNTAS DE CANTOS


Junta formada entre dois membros situados aproximadamente e
respectivamente perpendiculares, na forma de um L, cujo canto é soldado.

Figura 3: juntas de canto

Fonte: file:///D:/soldagem/Tecnologia.pdf

6.3. JUNTAS DE ARESTA


Junta entre as extremidades de dois ou mais componentes paralelos ou
parcialmente paralelos.

Figura 4: juntas de aresta

Fonte: file:///D:/soldagem/Tecnologia.pdf
9

6.4. JUNTA SOBREPOSTA


Junta formada por dois componentes a soldar, de tal maneira que suas
superfícies se sobrepõem.

Figura 5: juntas sobrepostas

Fonte: file:///D:/soldagem/Tecnologia.pdf

6.5. JUNTA ÂNGULO


Junta em que, numa seção transversal, os componentes a soldar apresentam-
se em forma de um ângulo. As juntas podem ser em ângulo em quina, em “L”,
em “T” e de ângulo em ângulo.

Figura 6: juntas de ângulo

Fonte: file:///D:/soldagem/Tecnologia.pdf

7. METALURGIA DA SOLDA
A metalurgia da soldagem consiste em estudar os efeitos das operações de
soldagem sobre a estrutura e propriedades dos materiais. O simples fato de se
usar calor nos processos de soldagem implica em alterações na microestrutura
do material metálico, na maioria dos casos, a soldagem reproduz no local da
solda os mesmos fenômenos que ocorrem durante um processo de fundição. Ou
seja, do ponto de vista da estrutura metalógrafa, o material apresenta
características de metal fundido.
10

Por isso, não podemos nos esquecer de que, às vezes, o metal após sofrer
aquecimento, tem suas características mecânicas afetadas. Assim, a junta
soldada pode se tornar relativamente frágil. Na zona afetada termicamente, a
estrutura do metal pode ser modificada pelo alto aquecimento e rápido
resfriamento durante o processo de soldagem. A composição química fica,
praticamente inalterada.

Dependendo do processo de soldagem que se use, e da natureza dos metais


que estão sendo soldados, teremos um maior ou menor tamanho da zona
afetada termicamente. Por exemplo, na soldagem manual ao arco com eletrodos
revestidos finos, a zona afetada termicamente é menor do que na soldagem a
gás. É nessa zona que uma série de fenômenos metalúrgicos ocorre. A imagem
a seguir mostra as regiões afetadas termicamente.

Figura 7: zona afetada termicamente

Fonte: file:///D:/soldagem/Tecnologia.pdf

Na região próxima à junta soldada, está a zona de ligação, na qual se observa


uma transição entre a estrutura do metal fundido e a do metal de base. Próximo
a essa faixa, está a zona afetada termicamente na qual o metal é superaquecido
de modo que haja um aumento do tamanho do grão e, portanto, uma alteração
das propriedades do material. Essa faixa é normalmente a mais frágil da junta
soldada.
11

À medida que aumenta a distância da zona fundida, praticamente não há


diferenças na estrutura do material porque as temperaturas são menores.

8. PROCESSO DE SOLDAGEM
A maioria dos processos de soldagem necessita da geração de altas
temperaturas locais que permitem a junção dos metais. O tipo da fonte de calor
é frequentemente usado como descrição básica do tipo do processo, como por
exemplo, soldagem a gás e soldagem a arco.

Um dos maiores problemas da soldagem de metais é que eles reagem


rapidamente com a atmosfera quando sua temperatura aumenta. O método de
proteger o metal quente do ataque da atmosfera é a segunda característica mais
importante de distinção entre os processos.

As técnicas variam de recobrimento com fluxos, que formam uma escória


protetora, até proteção com gases inertes. Em algumas circunstâncias a
atmosfera é removida por meio de vácuo.

Alguns processos foram desenvolvidos para aplicações muito específicas


enquanto outros são flexíveis e podem ser utilizados em vários tipos de
atividades de soldagem.

Embora a soldagem seja usada principalmente para junção de metais similares


e dissimilares, ela também é usada para reparar e reconstruir componentes
desgastados ou danificados.

Existe ainda uma crescente gama de aplicações para o revestimento duro de


partes novas, originando superfícies com resistência a corrosão, abrasão,
impacto e desgaste.

9. SOLDAGEM DOS AÇOS


Classificação dos Aços: Existem muitos tipos de aços e inúmeras formas de
classificá-los: aços estruturais, aços fundidos, aços ferramenta, aços inoxidáveis,
aços laminados a quente, aços micro - ligados, aços de baixo carbono, aços ao
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níquel, aços cromo-molibdênio, aço C-1020, aço A36, aço temperado e revenido,
aço efervescente, etc.

Um sistema muito usado para a classificação de aços é a Designação Numérica


de Aços Carbono e Aços Ligados do American Iron and Steel Institute. Este é
conhecido como o sistema de classificação AISI ou como sistema SAE, uma vez
que foi desenvolvido originalmente pela Society of Automotive Engineers. O
sistema utiliza uma série de quatro ou cinco números para designar aços
carbono de acordo com as classes e tipos mostrados na figura 8. Os dois (ou
três) últimos dígitos deste sistema indicam o valor médio aproximado da faixa de
carbono do aço; por exemplo, 21 indica uma faixa de 0,18 a 0,23%C. Em alguns
poucos casos, esta regra não é seguida para se informar as faixas de manganês,
enxofre, fósforo, cromo e outros elementos. Os primeiros dois dígitos indicam os
principais elementos de liga do aço. Assim, este sistema informa os principais
elementos de liga do aço e o seu teor aproximado de carbono.

9.1. AÇOS CARBONO

Tabela 1: Tabela de aços carbono de acordo com as classes e tipos

Fonte: file:///D:/soldagem/Tecnologia.pdf
13

10. DEFEITOS DA SOLDAGEM


Com as condições técnicas de soldagem corretas e com os materiais também
corretos o processo de soldagem resultará em alta qualidade. Entretanto, assim
como qualquer processo de soldagem, os defeitos de solda podem ocorrer. A
maioria dos defeitos encontrados na soldagem é causada por práticas de
soldagem inadequadas. Uma vez que as causas sejam determinadas, o
operador pode facilmente corrigir o problema. Defeitos usualmente encontrados
incluem falta de penetração, falta de fusão, mordedura, porosidade e trincas
longitudinais.

11. SOLDABILIDADE EM CHAPAS FINAS


Os materiais menos espessos exigem um cuidado e uma atenção maior na hora
de realizar uma solda. Há muitos fatores que influenciam negativamente no
processo, podemos citar estrutura do material, pouca habilidade do soldador
com relação a este tipo de material, pouquíssima liberdade para erros,
temperaturas, velocidade, entre outros fatores. É fundamental para evitar erros,
ou que se obtenha uma solda de baixa qualidade, que conheçamos e
determinamos o processo de soldagem e destinação da junta soldada.

Como já relatamos no parágrafo acima não se tem muito material para realizar
a solda, um aquecimento a mais na região pode ocorrer o furo do material e/ou
um baixo e ineficiente aquecimento acarretará na falta de penetração. O
comportamento dos materiais em relação ao processo de soldagem e metais de
adição é de extrema importância para se obter uma boa solda, estes
comportamentos devem ser conhecidos aos profissionais que irão determinar os
processos e também ao que irá efetuar o processo. Na soldagem de aços inox
EP, em espessuras pequenas (até 3mm) pode ser usado metal de adição com
composição química semelhante, porém na soldagem do mesmo material com
espessuras maiores devem ser usados metais não endurecíveis por
precipitação, como, por exemplo, o aço inox Ni-Cr contendo cerca de 2% de Nb.
14

11.1. FATORES QUE AFETAM A SOLDABILIDADE

• O principal fator que afeta a soldabilidade dos materiais é sua composição


química.
• Outro fator importante é a capacidade de formar a série continua de
soluções solidas entre um metal e outro.
• Assim. devemos saber como as diferentes ligas metálicas se comportam
diante dos diversos processos de soldagem.

11.2. TESTES DE SOLDABILIDADE

Há vários testes de soldabilidade para avaliação de trincas a frio. Eles são


usados em diversas aplicações, incluindo a seleção do processo de soldagem
adequado, a temperatura de pré-aquecimento, o aporte de calor e o desenho da
junta soldada. Os testes de soldabilidade são ainda usados para avaliar os
efeitos da soldagem nas seguintes propriedades:

• Trincas no metal de base e no metal de solda;


• Ductilidade do metal de base e do metal de solda;
• Penetração da solda;
• Forma da poça de fusão.

Alguns testes são usados para avaliar a forma de fissuração em uma dada
aplicação bem especifica e são usados somente em pesquisas laboratoriais.
Estes testes tentam reproduzir em pequena escala, as condições existentes na
estrutura soldada de interesse. Porém nenhum consegue repetir exatamente as
condições reais de serviço de uma solda, apenas possibilitam uma base para
comparações.

12. CONCEITO DE CHAPA

Em soldagem o conceito de chapa fina ou grossa não está relacionado apenas


a espessura da chapa. Assim, uma chapa de 100mm tida como chapa grossa
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para o processo TIG, pode ser considerada como chapa fina para o processo de
soldagem por eletroescória.

12.1. CHAPA FINA

O conceito de chapa fina está relacionado a um escoamento de calor


bidimensional em uma junta. Isso significa que as isotermas ao longo da
espessura da chapa são linhas retas paralelas e perpendiculares a superfície da
chapa.

Figura 8: chapa fina

Fonte: https://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/metalurgia-livros-senai/121-
conceito-de-chapa

12.2. CHAPA GROSSA

Uma chapa é grossa quando envolve um escoamento de calor tridimensional em


uma junta. As isotermas ao longo da espessura da chapa são círculos
concêntricos com origem na fonte do calor.

Figura 9: chapa grossa

Fonte: https://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/metalurgia-livros-senai/121-
conceito-de-chapa
16

É interessante observar, nas chapas finas e grossas, o formato da fonte de calor


e das isotermas ao longo da espessura da chapa. Também são ressaltadas as
direções de escoamento de calor ao longo das chapas.

Para saber com precisão se a espessura de uma chapa em questão é


classificada como chapa fina e grossa, basta utilizar o adimensional
desenvolvido por Adams, e aplica-lo na fórmula. O adimensional dá um critério
aproximado de classificação das chapas, para chapa fina o adimensional T é
igual ou menor que 0,75; para chapa grossa é maior que 0,75.

Figura 10: fórmula de classificação de chapa fina/grossa

Fonte: https://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/metalurgia-livros-senai/121-
conceito-de-chapa

Tome-se como exemplo uma chapa de 10mm de espessura para aço carbono,
na temperatura ambiente de 25ºC soldada pelo processo TIG e MAG e com
energias de soldagem de 400J/mm no caso de processo TIG e 700J/mm no caso
de MAG. Sabendo que pC é igual a 4,44x10⁶ J/mm³K e Tc é igual a 550ºC, é
possível calcular 7 para os dois processos, bem como classificar as chapas.

Substituindo os valores dados e compatibilizando as unidades de medida,


encontra-se o resultado 0,76 que classifica a chapa como grossa no caso de
processo TIG, e o resultado 0,54 que classifica a chapa como fina no processo
MAG.
17

Observa-se então que, dependendo dos parâmetros de soldagem, das


constantes físicas e dá temperatura de pré-aquecimento, uma chapa que há
primeira vista pode ser classificada como grossa pode ser realidade fina para
uma dada condição de soldagem.

A classificação de chapa fina e grossa está relacionada com os modos de


transferência de calor bi e tridimensional. Isso significa que quanto mais
caminhos houver para o calor escoar, maior será a velocidade de resfriamento
da junta soldada. Pode se desejar o resfriamento lento ou rápido da chapa em
função da transformação da fase ocorrida da ZF e na ZAC do material.

13. PARÂMETROS DE SOLDAGEM EM CHAPAS FINAS


A qualidade do cordão de solda conseguido pelos processos é influenciada por
alguns parâmetros, tais como intensidade de corrente, tensão e comprimento do
arco, velocidade de soldagem, gases de proteção, diâmetro do eletrodo e
posição da tocha, seus tipos e vazão. É preciso, portanto, conhecer estas
variáveis para selecionar o procedimento adequado a cada demanda de
soldagem.

A soldagem de chapas finas é uma das tarefas de junção mais complexas. O


objetivo é criar uma conexão estável, apesar do calibre de material fino. Para
evitar a distorção da chapa de metal e a retração demorada, é necessário gerar
o mínimo de calor na superfície de trabalho. Isso exige muita experiência,
sutileza e equipamento de soldagem que é capaz de trabalhar com precisão em
todas as situações

Dependendo do material, o procedimento de soldagem MAG geralmente é


aplicado em chapas finas. Isso permite uma velocidade de processo
relativamente alta, garante alta resistência a solda e leva a pequenas distorções
e retrabalhos. As soldagens MIG e TIG(GTAW) também são adequadas para
soldar chapas finas, especialmente soldas de canto e soldas verticais comuns,
por exemplo, na construção de painéis de controle.
18

14. TÉCNICAS DE SOLDAGEM EM CHAPAS FINAS


• Em qualquer processo de soldagem, é indispensável usar equipamentos
de proteção individual. Para este trabalho, indicamos: máscara de solda
com lente de proteção, óculos de proteção, abafador de ruído ou protetor
auricular, botas com solado isolante, avental, mangotes, perneiras e luvas
em couro (raspa ou vaqueta), além de máscara respiratória, caso o
ambiente de soldagem não tenha um sistema de exaustão para fumos e
gases decorrentes do processo.
• Inspecione a tocha de soldagem, as condições do bocal, o bico e o difusor
do fluxo de gás da tocha. Se houver necessidade, limpe e remova os
resíduos de processos anteriores. Substitua os consumíveis que não
estiverem em condições de uso. Esses cuidados irão garantir a
alimentação uniforme do arame de solda e a estabilidade do arco elétrico
durante a soldagem. Para não haver impregnação no bico da tocha, é
necessário utilizar antirrespingo. Assim você prolonga a vida útil do
equipamento e reduz custos de manutenção.
• Regule o equipamento de solda de acordo com a espessura de chapa, a
tensão, a velocidade de arame e a pressão de gás de proteção ou de
acordo com a folha de ordem contendo as especificações e parâmetros
de soldagem. IMPORTANTE: se o equipamento não estiver regulado de
forma adequada, poderão ocorrer alguns problemas com a solda.
• Para soldagens na área automotiva, o recomendado é usar arames
eletrodos com bitolas de 0,6 a 0,8mm. É importante ressaltar o cuidado
ao armazenar o arame eletrodo, se ficar exposto a umidade, ele poderá
sofrer oxidação.
• A área a ser soldada deve estar livre de impurezas, como óleos, ferrugens
e tintas. Caso a área não esteja limpa, haverá dificuldade para
estabilização do arco elétrico, comprometendo a qualidade da solda.
19

Figura 11: limpeza da área onde ocorrerá a solda

Fonte: http://clubedasoficinas.com.br/2013/08/passo-a-passo-soldagem-migmag/

• As chapas externas usadas nos veículos possuem espessuras que


variam de 0,6 a 0,8mm, e de até 1,6mm em regiões estruturais. Como são
consideradas chapas finas, não é recomendado fazer cordões de solda,
pois a peça poderá apresentar deformações pelo calor excessivo
provocado na região. Para este tipo de soldagem é recomendada a
técnica de pontos intercalados, que consiste em fazer pequenos pontos
de soldas em regiões alternadas, para que a peça não apresente
alterações em suas propriedades mecânicas.

Figura 12: técnica de pontos de solda em chapa fina

Fonte: http://clubedasoficinas.com.br/2013/08/passo-a-passo-soldagem-migmag/
20

• Existem dois tipos de gás de proteção no processo MAG: a mistura


Argônio + CO2 (a porcentagem pode variar de acordo com o fabricante)
ou o CO2 puro. É recomendado que a vazão de trabalho do gás de
proteção seja regulada em 10 vezes o diâmetro da bitola do arame
eletrodo: para um arame eletrodo de 0,8 mm, a vazão de trabalho do gás
de proteção deve ser regulada em 8 litros/min. Para evitar danos ao
manômetro, ou até mesmo possíveis acidentes, sempre que houver
necessidade de substituir o gás de proteção, deve-se primeiro aliviar a
pressão da vazão de trabalho, pelo regulador do cilindro. E também
verificar e corrigir possíveis vazamentos em mangueiras e conexões.

15. CONCLUSÃO
A pesquisa de soldabilidade em chapas finas desenvolvida no relatório tem
grande importância em informar ao profissional da área, á conhecer e entender
melhor o comportamento dos materiais em relação aos processos de soldagem,
com ênfase em chapas finas, conceito de chapa e técnicas para solda-las.

Este relatório abre a possibilidade de novas pesquisas, melhorando, comentado


e inserindo novos conteúdos para estar informando ao profissional. Conclui-se
que esta pesquisa seja de caráter informativo podendo proporcionar um melhor
entendimento e clareza.

16. REFERÊNCIAS

file:///D:/19_apostilasoldagem.pdf
file:///D:/soldagem/Tecnologia%20da%20Soldagem%202013%20-
%20Prof.%20Amilton%20Cordeiro.pdf
https://www.esab.com.br/br/pt/education/apostilas/upload/apostilametalurgiasol
dagem.pdf
http://www.fatecsorocaba.edu.br/nucleos/NUPETS/Dispositivo-Fixacao-Em-
angulos-Para-Soldagem-JeSSICA-BRAGA.pdf
21

http://cursos.unisanta.br/mecanica/ciclo10/CAPIT10.pdf
http://www.soldasoft.com.br/portal/generalidades/Terminologia%20das%20imp
erfei%C3%A7%C3%B5es%20da%20soldagem.pdf
http://www.ufjf.br/profab/files/2016/09/ESAB-Apostila-MIG-MAG.pdf
http://www.crr.com.br/rodas-poliuretano
http://www.rodiline.com.br/catalogo.html
http://www.acoscontinente.com.br/secao/30/tubo-industrial-quadrado
https://pt.slideshare.net/LucasAmorim7/defeitosemsoldagem
https://www.secotools.com/#article/84570?q=R220.53-0100-12-12A
https://www.secotools.com/#article/84570?q=SEMX1204AFTN-M15
http://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/soldabilidade.pdf
http://clubedasoficinas.com.br/2013/08/passo-a-passo-soldagem-migmag/

17. ANEXOS

Período da pesquisa
Atividades Fevereiro Março Abril Maio Junho/Julho
Revisão
bibliográfica 15/02 -
01/03
(50hs)
Pesquisa de
campo 01/03 -
30/03
(50hs)
Desenvolvimento
da pesquisa 01/04 -
10/05
(50hs)
Análise da
pesquisa 10/05 –
15/06
(60hs)
Relatório final 20/06 – 08/07
(30hs)
22

Soldabilidade em Chapas Finas


Anderson dos Santos
NUPETS – Núcleo de Pesquisas em Tecnologia de Soldagem
EMAIL: astsantos25@hotmail.com
_______________________________________________________________
1 Introdução
Esta pesquisa tem como objetivo processo, podemos citar estrutura do material,
compreendermos um pouco mais pouca habilidade do soldador com relação a este
sobre a solda, sua história, conceitos, tipo de material, pouquíssima liberdade para
soldagem e processos. Como também erros, temperaturas, velocidade, entre outros
entender o conceito de soldabilidade e fatores. É fundamental para evitar erros, ou que
tudo o que gira em torno desse termo, se obtenha uma solda de baixa qualidade, que
que pode parecer algo muito complexo conheçamos e determinamos o processo de
para se entender. A soldabilidade de soldagem e destinação da junta de soldada.
chapas finas é um processo que vamos Como já relatamos no parágrafo acima não se
abordar neste estudo, devido a tem muito material para realizar a solda, um
dificuldade e/ou complexidade que aquecimento a mais na região pode ocorrer o
apresenta este processo envolvendo furo no material e/ou um baixo e ineficiente
estes materiais com menor espessura. aquecimento acarretará na falta de penetração.

2 Objetivo Geral 5 Conceito de chapa


O objetivo principal desta pesquisa é Em soldagem o conceito de chapa fina ou
comentar e mostrar a soldabilidade grossa não está relacionado apenas a sua
em chapas finas, o conceito de chapa, espessura. Assim, uma chapa tida como
seu comportamento, formas de chapa grossa para o processo TIG pode ser
dissipação ou escoamento de calor. considerada como grossa para outro processo.

3 Metodologia 6 Chapa Fina


Este relatório foi utilizado o método O conceito de chapa fina está relacionado a um
de pesquisa exploratório com a escoamento de calor bidimensional em uma
finalidade de conhecer mais sobre junta. Isso significa que as isotermas ao longo
soldabilidade em chapas finas, bem da espessura da chapa são linhas retas paralelas
como seus processos e técnica de e perpendiculares a superfície da chapa.
soldagem.

4 Soldabilidade de Chapas
Finas
Os materiais menos espessos exigem
cuidado e uma atenção maior na de
realizar uma solda, Ha muitos fatores
que influenciam negativamente no

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