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2– O livre-arbítrio é...
a. A capacidade para agir de modo diferente.
b. A ideia de que nada está determinado.
c. A capacidade para decidir o nosso destino.
d. A ideia de que alguns acontecimentos são inevitáveis.
GRUPO II
1– Leia atentamente o seguinte texto:
«Uma maneira de examinar uma tese filosófica ou qualquer outra espécie de tese sobre este assunto
é perguntar “que diferença faria? Quão diferente seria o mundo, se a tese fosse verdadeira enquanto
oposta ao que seria o mundo se a mesma fosse falsa?” Parte da atração do determinismo, creio eu,
provém de ele parecer consistente com a maneira como o mundo funciona realmente, pelo menos,
tanto quanto conhecemos acerca dele pela física. Isto é, se o determinismo fosse verdadeiro, então o
mundo atuaria da mesmíssima maneira como atua, e a única diferença seria que algumas das nossas
crenças a propósito do seu funcionamento seriam falsas. Essas crenças são importantes para nós,
porque têm a ver com a crença de que poderíamos ter feito coisas diferentemente da maneira como
efetivamente fizemos. E, por seu turno, essa crença liga-se com crenças acerca da responsabilidade
moral e da nossa própria natureza como pessoas. Mas se o libertismo, que é a tese da vontade livre,
fosse verdadeiro, parece que teríamos de fazer algumas mudanças realmente radicais nas nossas
crenças acerca do mundo. Para termos uma liberdade radical, parece que deveríamos postular a
existência, dentro de cada um de nós, de um si mesmo que fosse capaz de interferir com a ordem
causal da natureza, isto é, parece que de certa maneira deveríamos conter alguma entidade que fosse
capaz de desviar as moléculas das suas trajetórias. Não sei se uma tal conceção é sequer inteligível,
mas decerto não se harmoniza com o que sabemos pela física acerca do mondo como funciona o
mundo. E não existe a mínima prova para supormos que deveríamos abandonar a teoria física a favor
de uma tal conceção.»
John Searle, Mente Cérebro e Ciência, 1984,
trad. Artur Morão, pp. 112-113
Responda apenas a uma das perguntas seguintes, elaborando um pequeno ensaio com o máximo de
uma página (quinhentas palavras), defendendo a sua posição de forma articulada e cuidadosamente
argumentada.
1– «O livre-arbítrio é uma ilusão.» Concorda? Porquê?
2– É o livre-arbítrio compatível com o determinismo? Porquê?