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Resumo
O presente trabalho faz uma análise descritiva dos requisitos necessários para os discentes do
curso de graduação de Engenharia de Produção no sudeste brasileiro conforme as Diretrizes
Curriculares Nacionais do curso de Engenharia de Produção e as grandes áreas de formação
definidas pela Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO). Tais análises
tiveram como objetivo identificar habilidades e competências inerentes ao curso de
Engenharia de Produção, de modo a atender o mercado de trabalho com profissionais que
tenham a habilidade de desenvolver e transferir a aplicabilidade do conhecimento. A partir do
levantamento dos principais requisitos laborais, percebeu-se que a principal habilidade do
profissional em Engenharia de Produção consiste em: otimizar o uso de sistemas, sejam eles
quais forem, evitando desperdícios e garantindo competitividade às organizações. Em
acréscimo, compete aos novos profissionais ter experiência profissional comprovada; dominar
as ferramentas de Gestão da Qualidade; entender sobre Logística; Custos e Engenharia
Econômica; dominar o Pacote Office e possuir habilidades no Gerenciamento de Projetos;
dominar a língua inglesa; ter sólidos conhecimentos quanto a Engenharia da
Qualidade/Confiabilidade/CEP. Juntos, os supracitados requisitos correspondem a 70% das
habilidades requeridas pelo mercado de trabalho em Engenharia de Produção.
Palavras-chave: Engenharia de Produção. Ensino. Mercado de Trabalho.
1
Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Especialista em
Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (CEUNIH), Graduada em
Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Coordenadora e Professora do curso de
Engenharia de Produção do CEUNIH. E-mail: andressa.azevedo@izabelahendrix.metodista.br
2
Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Bacharel em
Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Bacharelado em Física em andamento pela
UFMG. Professor do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
(CEUNIH). E-mail: tiago.gontijo@izabelahendrix.metodista.br
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Introdução
Kirbyet et al. (1990, p.72) defendem que “os engenheiros estão envolvidos com a arte
da aplicação prática de conhecimentos empíricos e científicos para projetar e produzir
máquinas ou objetos úteis ao homem”. Para esses autores, essa definição abrange três fases
mais importantes: aplicação do conhecimento; planejamento e produção; utilidade.
Consideradas em conjunto, essas fases propiciam uma compreensão adequada da palavra
engenharia. Com o intenso processo de industrialização, as empresas exigem profissionais
diferenciados capazes de realizar a integração entre mercado, produto e processo. O uso de
sistemas e métodos de tomada de decisão, tanto no plano estratégico quanto no plano
operacional tornou-se algo inevitável para as organizações. Sendo assim, o futuro engenheiro
deve possuir conhecimentos científicos e tecnológicos, com finalidade de atender as
necessidades organizacionais (ABEPRO, 1998).
Neste contexto, Fleury e Fleury (2004) afirmam que a aprendizagem pode transformar
conhecimentos em competências num determinado contexto profissional específico e, como
mencionado, agregar valor ao indivíduo e à organização.
Metodologia
Para, tal, foi coletado junto à base da WOS, todo o histórico de publicações iniciadas a
partir do ano de 2000 (ano em que se iniciam as publicações). O Gráfico 1 apresenta o
histórico de publicações, conforme mencionado no parágrafo anterior. Em especial destaca-se
que existem 135 trabalhos relativos à Educação em Engenharia de Produção cadastrados na
base da Web of Science, dos quais, 42 são artigos científicos.
Gráfico 1– Publicações relativas à Educação em Engenharia de Produção a partir da década do ano 2000
Fonte: Web of Science (2017)
de uma das vagas pesquisadas. O nome da empresa, local de trabalho e outras características
que pudessem indicar a empresa contratante foram mantidas em sigilo. Observando esta vaga,
é possível identificar as competências e habilidades requisitadas pela empresa e, para registro
destes dados, foram selecionados os parâmetros indicados na Tabela 1. Tais indicadores
foram definidos observando as áreas de conhecimento do Engenheiro de Produção,
estabelecidas pela ABEPRO, e o maior número de ocorrências do requisito nas vagas
pesquisadas.
Diante da indicação dos requisitos desejados pela empresa contratante, a vaga foi
então registrada em uma tabela. Por exemplo, para a vaga 1 foram sinalizadas os seguintes
requisitos: “Lean Manufacturing/WCM”, “Engenharia da Qualidade/Confiabilidade/CEP”,
“Gestão da Qualidade”, “Pacote Office”, “Minitab”, “FMEA” e “Softwares de Desenho
Técnico”. Como pode ser observado, algumas habilidades e competências, com menor
número de ocorrências, não foram registradas.
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Tabela 1 – Principais requisitos para o profissional em Engenharia de Produção
Categoria (Requisito) Frqeuência
Lean Manufacturing / World Class Manufacturing (WCM) 28
Experiência Profissional 22
Gestão da Qualidade 22
Logística 13
Custos / Engenharia Econômica 12
Pacote Office 12
Gestão de Projetos 11
Inglês (ou outro Idioma) 11
Engenharia da Qualidade/ Confiabilidade / CEP 10
Perfil de Liderança 8
Disponibilidade para viagem 7
Gestão Ambiental 7
Manutenção 7
Engenharia do Produto 5
Pesquisa Operacional 5
Engenharia do Trabalho 4
Minitab 4
FMEA 3
SAP 3
Softwares de Desenho Técnico 2
Carro próprio 1
Educação em Engenharia de Produção 1
Mestrado e ou Doutorado 1
Programação 1
Carteira de habilitação 0
Fonte: Resultados da pesquisa
Com esta pesquisa, foi possível perceber que, cada vez mais, as empresas exigem
profissionais diferenciados, capazes de realizar a integração entre mercado, produto e
processo. Nesse sentido, Belhot (1997) destaca que o futuro engenheiro deve adaptar-se ao
cenário, de maneira a criar oportunidades para se manter no mercado de trabalho, com
habilidade de planejar, e não mais reeditar soluções conhecidas.
Considerações finais
dominar as ferramentas teóricas, mas compreender os processos, saber lidar com pessoas,
bem como estar disposto a novos desafios.
Por fim, destaca-se que formações pragmáticas, estáticas não estão preparando
efetivamente os profissionais de Engenharia de Produção para o mercado. Diante da grande
sinergia entre a tecnologia e a eficiência, percebe-se que no mercado atual, não basta só ser
inventivo, é preciso ser capaz de encontrar e implantar soluções viáveis para os problemas.
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Referências
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 34. ed. São
Paulo: Paz e Terra, 1996. 148 p.