Max Weber: Seção 8 – A instituição estatal racional e os modernos partidos
políticos e parlamentos (sociologia do Estado)
A primeira parte do capitulo comenta sobre o nascimento do Estado
racional, e os motivos pelos quais isso só se deu no Ocidente. Utilizando o exemplo chinês no antigo regime, onde havia a categoria de funcionários chamados Mandarim, que com formação humanística literária, não direcionada a um estudo político, eles possuíam um alto status e eram utilizados para resolver conflitos nas vilas para onde eram designados, utilizando-se muito de uma superstição sobre as palavras, e como isso poderia enfurecer os espíritos. Tal tipo de cargo não poderia se dar no Ocidente, já que os aspectos formais e processuais do Estado ocidental estavam situados sobre o direito romano, mas não o conteúdo. O Estado ocidental, então, se situa sobre um funcionalismo especializado e um direito racional, o que consequentemente, leva as condições necessárias para a existência do Capitalismo racional. Logo o capitalismo moderno, também é uma criação ocidental, já que só nesse tipo de Estado haveriam as condições necessárias para sua formação. Em um ambiente supersticioso, o Capitalismo não poderia operar O direito romano não é o formador, per si, do capitalismo moderno. O seu conteúdo não era compatível com a racionalização que os clérigos queriam utilizar em seus próprios processos, acrescentando-se a isso, em parte, o direito germânico, mais racionalizado em conteúdo, onde havia uma categoria de funcionários, os juristas. A influência romana se dava na forma como se constituía o processo, enquanto o conteúdo (legislação, jurídica) tinha influências racionais diversas. (O conteúdo romano por exemplo, se dava através de duelos, o que não era racional o suficiente). A criação do direito Ocidental se deu em parte devido a junção do Estado moderno aos juristas. O que se tornou essencial para a formação do capitalismo moderno. No segundo tópico, é comentado sobre o Estado racional como grupo de dominação institucional com o monopólio da violência legitima, isto é, a questão da coação física. Se o Estado não possuísse o monopólio da violência, o que haveria seria uma anarquia. Por que para o Estado funcionar (existir) ele tem que subordinar as pessoas dominadas à autoridade invocada por ele. Há alguns tipos de dominação através do qual o Estado se utiliza, podendo elas serem internas ou externas. As justificações internas são: dominação tradicional (chefe tribal), dominação carismática (cavalheiro de guerra, líder populista) e dominação legal (a questão jurídica, processos) As justificações externas são: as recompensas materiais e a honra social. O Estado moderno é uma associação de dominação institucional, que impõe a sua dominação de por meio dessas justificações, utilizando a coerção física (monopólio da violência) para exercer autoridade sobre os dominados. E por fim, no último tópico, é tratado a questão do empreendimento estatal de dominação como administração, no caso, a direção política e domínio dos funcionários. O texto comenta que o domínio do Estado não se dá através dos discursos parlamentares ou nas declarações de monarcas, mas sim através do funcionalismo, ou seja, os funcionários fixos, a burocracia. E esse é uma criação que se origina nas cidades, através das associações políticas. Resumo: tudo se deu por meio da especialização e o treinamento racional, que foi a forma Ocidental de organizar o Estado, constituindo assim o Estado moderno e o capitalismo, que estão atrelados, onde o primeiro possibilita as condições de existência do segundo. Logo tudo (citado) é uma condição ocidental, porque só poderia existir com as condições ocidentais de organização: funcionalismo e racionalidade, que dão origem a burocracia, a forma mais efetiva de dominação estatal. (Talvez o resumo esteja errado, mas esse é um texto bem denso de se compreender).