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FICHA DE TRABALHO 1

Grupo I
1. Aristóteles; 2. Lógica; 3. Formal; 4. Argumento; 5. Premissas; 6. Conclusão; 7. Proposição; 8.
Verdade; 9. Validade; 10. Sólido; 11. Dedutivos; 12. Indutivos; 13. Verosímeis

Grupo II
1. (A); 2. (C); 3. (B); 4. (D); 5. (B); 6. (B), (C), (D)

Grupo III
1.
A. Premissas: Todas as árvores de folha persistente ou perene mantêm a folhagem durante todo o ano.
O pinheiro mantém a folhagem durante todo o ano. Conclusão: O pinheiro é uma planta de folha
persistente ou perene.
B. Premissas: Todos os répteis com carapaça são ovíparos. As tartarugas marinhas são répteis com
carapaça. Conclusão: As tartarugas marinhas são ovíparas.
C. Premissas: Nenhuma pessoa que chega frequentemente atrasada e apresenta os trabalhos depois dos
prazos estabelecidos é confiável. A Rita é uma pessoa que chega frequentemente atrasada e apresenta
os trabalhos depois dos prazos estabelecidos. Conclusão: A Rita não é confiável.
D. Premissas: Nenhum judeu ou muçulmano come alimentos derivados do porco. Todos os chouriços e
paios são alimentos derivados do porco. Conclusão: Nenhum judeu ou muçulmano come chouriço ou
paio.
E. Premissas: Nenhum aluno com menos de 14 no exame nacional de biologia e geologia pode
candidatar- se a cursos de medicina. O Hugo teve menos de 14 no exame nacional de biologia e
geologia. Conclusão: O Hugo não poderá candidatar-se a cursos de medicina.

2.1. A lógica é um instrumento para determinar que argumentos são válidos e que argumentos não o
são. Num argumento válido, a verdade das premissas implica necessariamente a verdade da conclusão.
Imaginemos alguém, o professor Esperto, por exemplo, que acredita que os ornitorrincos são aves e
que, simultaneamente defende a crença de que nenhuma ave amamenta as suas crias. A verdade
conjunta destas duas crenças obriga o professor Esperto a acreditar que os ornitorrincos não
amamentam as suas crias. A lógica não é um instrumento que nos permita pôr em causa a racionalidade
das crenças do professor Esperto, mas permite-nos pôr em evidência que não é racional acreditar na
verdade conjunta das premissas e, ao mesmo tempo, recusar a conclusão que delas deriva. A verdade
da conclusão está já, de algum modo, contida nas premissas.
2.2. A lógica formal é um instrumento que permite distinguir os argumentos válidos dos inválidos. Ao
tornar explícitas as regras que determinam que formas lógicas são válidas e que formas não o são,
fornece-nos um meio para pôr à prova argumentos, nossos e alheios. Ao sabermos distinguir os
argumentos válidos dos inválidos, estaremos menos predispostos a construir maus argumentos e mais
aptos para procurar a verdade.
Grupo IV
1. A; B; F; G; I; J; K; M; O

FICHA DE TRABALHO 2
1. (A); 2. (A); 3. (C); 4. (B); 5. (B); 6. (D); 7. (D); 8. (C)

FICHA DE TRABALHO 3
Grupo I
1. Categóricas; 2. Universais; 3. Particulares; 4. Negativa; 5. Afirmativa; 6. Distribuído; 7. Silogismo;
8. Médio; 9. Menor; 10. Maior; 11. Figura; 12. Modo

Grupo II
1. (B); 2. (D); 3. (B); 4. (A); 5. (C)

Grupo III
a) Alguns linces não são ibéricos. Tipo O.
b) Nenhum lince ibérico é herbívoro. Tipo E.
c) Todos os linces ibéricos são carnívoros. Tipo A.
d) Alguns linces são ibéricos. Tipo I.
e) Todos os linces ibéricos são animais muito belos. Tipo A.
f) Alguns linces ibéricos são reproduzidos em cativeiro. Tipo I.

2.1. Alguns seres humanos que vivem em pobreza extrema são viúvas. Todas as viúvas são mulheres.
Logo, algumas mulheres são seres humanos que vivem em pobreza extrema.
2.2. IAI

3.1. Nenhuma obra de Da Vinci deve ser ignorada. Todas as obras de Da Vinci são obras de arte. Logo,
algumas obras de arte não devem ser ignoradas.
3.2. EAO

4.1. Todas as galinhas são fontes baratas de proteínas. Todas as galinhas são animais abundantes no
planeta. Logo, alguns animais abundantes no planeta são fontes baratas de proteínas.
4.2. AAI

5.1. Todos os hipopótamos são apreciadores de água. Nenhum apreciador de água é habitante do
deserto. Logo, nenhum habitante do deserto é hipopótamo.
5.2. AEE

Grupo IV
1.1. Falácia da ilícita maior.
1.2. O termo maior não pode ter maior extensão na conclusão do que na premissa, ou seja, não pode
estar distribuído na conclusão sem estar distribuído na premissa. Neste caso, o termo maior «animal
com asas» está distribuído na conclusão e não está distribuído na premissa maior.

2.1. IAA; Primeira figura.


2.2. Falácia do termo médio não distribuído.
2.3. Este silogismo é inválido, uma vez que viola a regra segundo a qual o termo médio deve ser
tomado pelo menos uma vez em toda a sua extensão, ou seja, o termo médio tem de estar distribuído
pelo menos numa das premissas. Neste exemplo, o termo médio «aves» não está distribuído nem na
premissa maior nem na premissa menor.

3. Este silogismo do modo EAE da primeira figura é válido, uma vez que foram respeitadas todas as
regras exigidas. Inclui três termos: maior (realista), médio (sonhador) e menor (otimista). O termo
médio (sonhador) está presente em ambas as premissas e é tomado em toda a sua extensão na
premissa maior, pois é sujeito de uma proposição universal. Os termos menor e maior estão distribuídos
na conclusão, estando também distribuídos nas respetivas premissas. A conclusão segue a parte mais
fraca (negativa).

4. Este silogismo é inválido, pois na construção do argumento não foram consideradas todas as regras
adequadas. O termo menor (paquiderme) ocorre distribuído na conclusão, mas não na premissa, o que
constitui uma infração à regra que estipula que nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão do
que na respetiva premissa. Incorre-se, neste caso, na falácia da ilícita menor.

5.1. Alguns filmes antigos são a preto e branco. Todos os pandas são a preto e branco. Logo, alguns
pandas são filmes antigos.
5.2. Falácia do termo médio não distribuído.
5.3. Este silogismo é inválido, uma vez que viola a regra segundo a qual o termo médio deve ser
tomado pelo menos uma vez em toda a sua extensão, ou seja, o termo médio tem de estar distribuído
pelo menos numa das premissas. Neste exemplo, o termo médio (a preto e branco) não está distribuído
nem na premissa maior nem na premissa menor.

6.1. Alguns consumidores de bebidas gaseificadas são propensos a mudar de cor. Zimenta é
consumidora de bebidas gaseificadas. Zimenta é propensa a mudar de cor.
6.2. Falácia formal: falácia do termo médio não distribuído. Este argumento é inválido, entre outras
razões, porque viola a regra segundo a qual o termo médio deve ser tomado pelo menos uma vez em
toda a sua extensão, ou seja, o termo médio tem de estar distribuído pelo menos numa das premissas.
Neste exemplo, o termo médio «consumidor de bebidas gaseificadas» não está distribuído nem na
premissa maior nem na premissa menor.

FICHA DE TRABALHO 4
1. (D); 2. (D); 3. (A); 4. (D); 5. (C); 6. (C); 7. (B); 8. (C); 9. (A)

FICHA DE TRABALHO 5
Grupo I
1.
a) A proteção da natureza é um dever de todos e a extinção de espécies é um facto.
b) É falso que a inteligência humana seja sempre usada em benefício da natureza e que a extinção de
espécies seja um facto.
c) Se a extinção de espécies é um facto, então a inteligência humana é sempre usada em benefício da
natureza.
d) Se a extinção de espécies é um facto, então a inteligência humana é sempre usada em benefício da
natureza e os ecologistas não têm razão.
e) A proteção da natureza é um dever de todos se, e somente se, os ecologistas têm razão e a
inteligência humana não é sempre usada em benefício da natureza.
f) A inteligência humana é sempre usada em benefício da natureza ou a extinção de espécies é um
facto.
g) Se a proteção da natureza é um dever de todos e os ecologistas têm razão, então a inteligência
humana é sempre usada em benefício da natureza ou a extinção de espécies não é um facto.
2.
a) ( )
b)
c) ( )
d)
e)

3.
a)
b)

4.
a)
b)
c)
d)

5.
a) Não jogo raspadinhas.
b) Jogo raspadinhas ou ganho o jackpot.
c) Jogo raspadinhas e ganho o jackpot.
d) Se jogo raspadinhas, então ganho o jackpot.
e) Se não jogo raspadinhas, então não ganho o jackpot.
f) Não jogo raspadinhas ou então jogo raspadinhas e ganhei o jackpot.

6.
a) ( )
b) ( )
c)
d) ( )

7.
P Q R
V V V V V V
V V F V V V
V F V F V V
V F F F F V
F V V F V V
F V F F F V
F F V F V V
F F F F F V
8.
P Q R ( ) ( ) ( )
V V V V V F F
V V F V V F F
V F V F V F F
V F F F F V F
F V V F V F F
F V F F V F F
F F V F V F F
F F F F F V F

9. Trata-se de uma proposição tautológica, tal como se prova com a tabela abaixo.

P Q ( ) ( ) ( )
F V V
V F V F V V
F V F F F V
F F V F F V

10.
Dicionário:
P: O Benfica joga bem.
Q: O Benfica ganha a Liga dos Campeões.
R: O técnico é responsável pelo fracasso.
S: Os adeptos ficam contentes.
Formalização:
‫؞‬
11.
Dicionário:
P. Sócrates casa com Xantipa.
Q: Xantipa casa com Sócrates.
Formalização:
‫؞‬

P Q ( ) ( )
V V F V F F F
V F F F V F V
F V V V V V F
F F V V V V V

O argumento é inválido, pois há um caso em que as premissas são todas verdadeiras e a conclusão
é falsa.

12.1.
P: Vê um animal.
Q: Está a perder alguma coisa.
12.2.
(A) Modus ponens.
(B)
(C) Modus tollens.
(D) Se não vê um animal, não está a perder nada. Estou a perder alguma coisa. Logo, vejo um animal.
(E) Silogismo disjuntivo.
(F)
(G) Se vê um animal, está a escapar-lhe qualquer coisa. Logo, se não está a escapar-lhe coisa, não vê
um animal.
(H)
(I) Modus tollens.
(J)

13.
a) Dicionário:
P: A lógica é fácil.
Q: A lógica é um passatempo útil.
R: A lógica requer estudo e concentração.
Formalização:
( )

( )
Falácia da afirmação do consequente.
b) Dicionário:
P: Comemos bacalhau.
Q: Comemos atum.
R: Contribuímos para a sua extinção.
Formalização:
( )
( )

Falácia da negação do antecedente.


c) Dicionário:
P: O cachalote é peixe.
Q: O cachalote é mamífero.
Formalização:

Falácia da negação do antecedente.

FICHA DE TRABALHO 6
1. (B); 2. (C); 3. (D); 4. (C); 5. (C); 6. (B); 7. (A); 8. (C)
FICHA DE TRABALHO 7
Grupo I
1.1. A retórica é, segundo Aristóteles, a faculdade de considerar, para cada caso particular, o que pode
ser adequado para persuadir. Nisto se distingue de todas as demais artes. Ocupa-se do que é discutível,
do que é de um modo, mas poderia ter sido de outro. A sua natureza é, pois, a persuasão.
1.2. Tanto a retórica como a dialética partem de premissas apenas prováveis, mas enquanto a dialética
procura dedutivamente chegar a conclusões universais, a retórica «ocupa-se do que é mas também
pode não ser ou ser diferente, ser de outro modo ou ser como uma outra coisa».

2.1 Não, pelo menos não no sentido de persuasão racional. O que aqui vemos é a expressão de uma
relação de força, não argumentação. Argumentar é fornecer razões a favor ou contra uma determinada
tese ou conclusão, tendo por finalidade provocar a adesão racional das pessoas a essa tese. A persuasão
racional pressupõe reconhecer no outro as capacidades e as qualidades de um ser com quem é possível
debater de igual para igual. O objetivo não é forçar a aceitação, mas ganhar a adesão intelectual.

3.
B. O que se define aqui é a demonstração e não a argumentação retórica.
C. O que se define aqui é a argumentação retórica e não a demonstração.

Grupo II
1.1. Podemos afirmar que os meios de persuasão em destaque são o pathos, mas também o logos. Por
um lado, procura-se que o auditório seja levado a emocionar-se e que estas emoções interpelem os
indivíduos e possam causar mudanças de comportamento (pathos). Por outro lado, conduz-se o
auditório à conclusão de que, se nada for feito para impedir a violência nos casos que conhecemos, será
«até que a morte os separe». O argumento implícito procura ser, só por si, persuasivo.
1.2. Facilmente concluímos que a persuasão pelo ethos é desvalorizada nesta campanha a favor do
pathos e do logos. Não se procura persuadir o auditório aludindo ao caráter do orador ou procurando
convencer as pessoas de que se trata de uma instituição digna de confiança.

2.1. A água não potável é como uma arma. As armas são letais e matam milhões de crianças todos os
anos. Do mesmo modo, água não potável mata milhares de crianças todos os anos.
2.2. Se a UNICEF tiver razão, a água não potável provoca mais mortes do que a guerra. A UNICEF tem
razão. Logo, a água não potável provoca mais mortes do que a guerra.
2.3. Todos os anos morrem milhares de crianças vítimas do consumo de água não potável. A próxima
criança que morrer, morrerá por não ter acesso a água potável.

3.
A. Indução (generalização).
B. Indução (previsão).
C. Indução (previsão).
D. Indução (generalização).
E. Argumento por analogia.
F. Argumento de autoridade.

4.1. Trata-se de um argumento por analogia, pois compara-se o esquecimento a que são votadas as
mulheres oprimidas com o esquecimento a que é votado o lixo. O argumento implícito pode ser
resumido nos seguintes termos: as mulheres oprimidas são semelhantes a sacos de lixo. Os sacos de
lixo são facilmente ignorados. Do mesmo modo, as mulheres oprimidas são facilmente esquecidas.
4.2. Sim, na medida em que a imagem, só por si, interpela a nossa consciência enquanto cidadãos
defensores dos direitos fundamentais de todos os seres humanos. A analogia com o lixo (o objeto
dispensável, abandonado, ignorado) tende a produzir no auditório sentimentos de repugnância face à
situação das mulheres oprimidas.

Grupo III
1.1. (D); 1.2. (A)

2.1. Estamos perante a falácia do espantalho ou do boneco de palha, pois afirmar que o amor não tem
valor monetário é muito diferente de não valorizar o amor. A falácia do espantalho passa por distorcer
as afirmações do interlocutor, transformando-as num objeto mais frágil e, por conseguinte, mais
facilmente rebatível.

FICHA DE TRABALHO 8
1. (C); 2. (B); 3. (B); 4. (A); 5. (D); 6. (C); 7. (D); 8. (A)

FICHA DE TRABALHO 9
Grupo I
1. Democracia; 2. Direta; 3. Cidadão; 4. Sofistas; 5. Retórica; 6. Relativismo; 7. Erística; 8.
Antropológicos; 9. Kairos; 10. Ironia; 11. Maiêutica; 12. Verdade; 13. Sensível; 14. Opinião

Grupo II
1.1. Tal como o texto refere, democracia significa, em grego, o governo do povo.
1.2. Ao contrário do que acontece nas sociedades modernas, onde a democracia é representativa (ou
indireta) e onde o povo expressa sua vontade por meio da eleição de representantes que tomam
decisões em nome daqueles que os elegeram, na Atenas do século V a.C. a democracia era exercida de
forma direta pelos cidadãos: a totalidade do corpo de cidadãos reunia em plenário para deliberar e
decidir sobre as questões mais importantes.

2.1. O texto elenca as principais críticas dirigidas à retórica (e, consequentemente, aos retores). A
primeira prende-se com a artificialidade do discurso retórico (o orador é treinado para convencer, para
persuadir). A segunda crítica diz respeito à imoralidade (a retórica seria, por natureza, uma técnica
imoral). A terceira tem que ver com o relativismo (a retórica era a técnica da opinião e não um
instrumento ao serviço da busca da verdade). A quarta crítica é política e parte dos defensores da
oligarquia (a retórica está ao serviço da democracia e dos democratas).

3.1. O método socrático é o método dialético das perguntas e respostas. Caracteriza-se pois pelo
recurso ao diálogo frente a frente e à discussão dos conceitos. O objetivo do método socrático é a
procura cooperativa da verdade.
3.2. O método socrático desenvolve-se em duas etapas: a ironia e a maiêutica. A ironia ou arte de
interrogar – etapa desconstrutiva – visa fazer sobressair a incoerência e a inconsistência das crenças
que dirigiam as ações daqueles que não refletiam sobre a essência dos valores. «Só sei que nada sei» é
a máxima associada a esta primeira etapa do método. Uma vez atingida pelo interlocutor a
autoconsciência da sua profunda ignorância, dá-se início à segunda etapa do método, a maiêutica ou
arte de trazer à luz o verdadeiro conhecimento. É uma etapa construtiva de busca cooperativa do
verdadeiro conhecimento, cabendo a cada um a tarefa de descobrir por si mesmo a Verdade. Esta etapa
liga-se à segunda máxima socrática: «Conhece-te a ti mesmo».
4.1. Platão distingue duas realidades – a sensível e a inteligível – e a partir delas estabelece uma série
de dualismos: dualismo ontológico (duas realidades); dualismo epistemológico (dois níveis de
conhecimento: o falso conhecimento, a opinião, e o verdadeiro conhecimento, a episteme); e dualismo
antropológico (o corpo e a alma). Para Platão, o mundo sensível é o dos objetos que percecionamos, o
mundo dos sentidos. É uma ilusão, uma aparência, uma sombra do mundo inteligível, que é constituído
pelas essências, as Ideias ou Formas.
4.2. Platão repudia os sofistas, quer no plano filosófico quer político. Considera-os não filósofos, critica o
seu ensino, bem como o relativismo que o acompanha. Para Platão, os sofistas não passavam de
mercadores e charlatães, mais preocupados em demonstrar as suas habilidades retóricas e em vencer a
disputa do que com a busca e defesa da Verdade. Detêm, por isso, um saber aparente baseado em
opiniões, um simulacro de saber (doxa), que partilham com os seus discípulos.

5.1. Algumas pessoas podem defender que se trata de manipulação, na medida em que o primeiro alvo
visado é a emoção. Mas falar em manipulação e em mau uso da retórica em casos como este não será
correto, na medida em que o apelo se dirige à consciência do cidadão e os objetivos estão claramente
expressos. Não se pretende aqui que os cidadãos holandeses aceitem ou realizem algo contra os seus
melhores interesses, o que seria manipulação, mas que adiram livre e racionalmente a uma causa, a dos
refugiados. Trata-se, pois, de persuasão racional.

FICHA DE TRABALHO 10
1. (B); 2. (D); 3. (A); 4. (C); 5. (A); 6. (D); 7. (B); 8. (C)

FICHA DE TRABALHO 11
Grupo I
1. C; F; I; J; L; N; P

Grupo II
1. Propriedades; 2. Cognoscido; 3. Fenomenologia; 4. Irreversível; 5. Correlação; 6. Objeto; 7.
Apreender; 8. Imagem; 9. Sujeito; 10. Fenómeno.

Grupo III
1. A afirmação de Sócrates mostra que, para falarmos de conhecimento, não basta que exista uma
opinião verdadeira, são necessárias provas. Daí que nem mesmo o juiz mais competente possa emitir
uma opinião correta sem que ela esteja firmada em justificações. No fundo, o que se pretende dizer é
que para haver conhecimento têm de existir três condições: uma crença que seja verdadeira e
justificada.

2.1. A definição platónica de conhecimento diz que este é crença verdadeira justificada. Gettier, com os
seus contraexemplos, sustentou que as três condições da definição tradicional podem não ser suficientes
para definir conhecimento. Os seus contraexemplos vêm mostrar que podemos ter crenças verdadeiras e
justificadas, fundadas em boas razões, e, ainda assim, não termos conhecimento. Será, pois, necessária
uma outra condição, para além das três condições propostas por Platão. Todavia, Gettier limita-se a
levantar o problema, não identifica a solução. A definição de conhecimento, tida como resolvida desde
Platão, converte-se, com Gettier, num problema filosófico.
2.2. (D)

FICHA DE TRABALHO 12
1. (A); 2. (B); 3. (D); 4. (D); 5. (D); 6. (B); 7. (B); 8. (D); 9. (A)
FICHA DE TRABALHO 13
Grupo I
1. (A); 2. (B); 3. (D); 4. (D); 5. (D); 6. (A); 7. (C); 8. (B); 9. (B); 10. (B)

Grupo II
1.1. A dúvida é importante no pensamento de Descartes, pois ela é o método que este institui para
combater o erro e alcançar o conhecimento verdadeiro. É pela dúvida que Descartes procura alcançar o
conhecimento indubitável, capaz de garantir o edifício do saber apoiado em verdades necessárias e
universais.
1.2. A inferência «Eu penso, logo existo», ou seja, o cogito, é a primeira verdade que Descartes
encontra com o caráter de evidência, isto é, como conhecimento claro e distinto. Como Descartes diz no
texto, «Mas não poderíamos igualmente supor que não existimos, enquanto duvidamos da verdade de
todas estas coisas», pois para duvidar é preciso existir, e é nesta medida que Descartes considera que o
«Eu penso, logo existo» é a verdade «mais certa que se apresenta àquele que conduz os seus pen-
samentos por ordem».
1.3. O critério cartesiano de verdade decorre das características que o autor encontra na sua primeira
verdade, a clareza e a distinção, ou seja, a evidência.
1.4. (C)
1.5. (B)

2.1. Razão; 2.2. Clareza; 2.3. Metódica; 2.4. Distinção; 2.5. Racionalismo; 2.6. Deus; 2.7. Cogito;
2.8. Maligno; 2.9. Dúvida; 2.10. Inata; 2.11. Complexas; 2.12. Contiguidade; 2.13. Experiência;
2.14. Semelhança; 2.15. Indução; 2.16. Ideias; 2.17. Hábito; 2.18. Impressões; 2.19. Empirismo;
2.20. Simples

Grupo III
1.1. Segundo Hume, as inferências a partir da experiência são fruto do costume e não do raciocínio por
várias razões: (1) porque só a partir da experiência podemos obter conhecimento; (2) porque as
relações de causa e efeito, como a que o texto refere, são fruto do hábito, pois, na realidade, elas não
existem; (3) porque somos nós que procedemos a essa conexão necessária ao observar o aparecimento
de um acontecimento a partir do aparecimento de um outro ao qual o vemos associado; (4) porque todo
o conhecimento das questões de facto é produto do costume e da experiência e não do raciocínio, que
não consegue estabelecer essa relação por si só.
1.2. Segundo Hume, podemos obter conhecimento de duas espécies: relações de ideias e questões de
facto. As primeiras são verdades analíticas, que nada nos dizem sobre o que acontece no mundo; a sua
verdade pode ser conhecida pela mera inspeção lógica do que afirmam. São, por isso, verdades
necessárias (como as da matemática). As segundas são verdades sintéticas, que nos dizem algo sobre o
que se passa no mundo; a sua verdade depende do teste empírico.

2.1. David Hume discorda da perspetiva cartesiana relativamente a Deus. Descartes é racionalista e
defende que Deus é uma ideia inata que garante a certeza e a universalidade do conhecimento. Hume é
empirista e rejeita, por isso, o inatismo, defendendo que a mente humana é, à partida, uma tábua rasa,
vazia de qualquer conteúdo. Não existe qualquer ideia inata, todo o conhecimento é adquirido através da
experiência e limitado por ela. O conhecimento da realidade só é possível a partir de uma base empírica,
isto é, a partir das impressões sensíveis. É impossível formar impressões sensíveis a propósito de Deus.
Deus não pode, pois, ser objeto do conhecimento, ao contrário do que defendia Descartes.
Grupo IV
1.
A. Contingente; B. Inato; C. Sintético; D. A priori; E. Necessário; F. A posteriori; G. Analítico

2. (A) Empirismo; (B) A razão; (C) A experiência sensível; (D) A razão nada possui, não há património
à partida na razão, a mente é uma tábua rasa; (E) O conhecimento constrói-se dedutivamente, a partir
de premissas evidentes; (F) Matemática; (G) Ciências naturais; (H) Todo o conhecimento é
contingente: verosímil; (I) Não há limites para o conhecimento, a razão permite conhecer
inclusivamente realidades metafísicas.

FICHA DE TRABALHO 14
1. (D); 2. (D); 3. (A); 4. (D); 5. (A); 6. (D); 7. (C); 8. (B)

FICHA DE TRABALHO 15
Grupo I
1.
A. É precisamente o contrário. Com a sua revolução, Kant coloca no centro do conhecimento o objeto,
imobilizando-o, e ativou o sujeito, afirmando precisamente o primado da sua atividade no ato do
conhecimento.
D. Falso. Kant nega esta ideia, muito popular na sua época, que via o sujeito como mero observador da
realidade.
E. As fontes do conhecimento são a sensibilidade e o entendimento e não a razão.
F. Falso. O espaço e o tempo são as duas dimensões da sensibilidade, mas são subjetivas, pois são
formas puras, isto é, nada têm da experiência sensível. São condições subjetivas de toda a experiência
sensível.

Grupo II
1.1. Para Kant, a sensibilidade e o entendimento são as duas fontes do conhecimento e têm funções
complementares mas muito distintas. Assim, a sensibilidade capta as impressões, que são a matéria do
conhecimento, e o entendimento organiza-as com os conceitos que produz espontaneamente, dando-
lhes sentido.
1.2. Esta afirmação reforça o que se disse na resposta anterior. Sem a sensibilidade nada seria dado;
sem o entendimento nada seria pensado. Como diz Kant, «pensamentos sem conteúdo são vazios;
intuições sem conceitos são cegas». Por aqui podemos ver a complementaridade existente entre a
sensibilidade e o entendimento na produção do conhecimento.
1.3. Nem Descartes nem Hume concordariam com a frase de Kant. O primeiro, porque racionalista, diria
que os dados dos sentidos não podem ser tidos em conta para a produção do conhecimento verdadeiro.
O segundo, porque empirista, diria que o entendimento não produz espontaneamente o que quer que
seja, pois todo o conhecimento é a posteriori.
1.4. (B)

Grupo III
1. Coperniciana; 2. Objeto; 3. Sensibilidade; 4. Entendimento; 5. Conceitos; 6. Sensíveis; 7.
Organização; 8. Tempo; 9. Espaço

FICHA DE TRABALHO 16
1. (C); 2. (D); 3. (B); 4. (A); 5. (B); 6. (B); 7. (B); 8. (A); 9. (D)
FICHA DE TRABALHO 17
Grupo I
1. (C); 2. (C); 3. (C); 4. (A); 5. (D)

Grupo II
1.1. Conhecimento científico.
1.2. A linguagem técnica e específica.
1.3. O conhecimento científico é metódico, objetivo e sistemático; descreve e explica fenómenos,
ganhando assim uma capacidade preditiva. Recorre à experimentação a a diferentes métodos formais de
prova; é crítico e revisível; o facto de a sua linguagem ser técnica e específica evita possíveis
ambiguidades.

2.1. O texto mostra, pela voz de Sancho, o conhecimento vulgar, bem representado pelas suas
respostas às perguntas sobre o calor de D. Quixote, como sejam: «O calor é aquela coisa que vem do
Sol para a Terra e que aquece nos dias quentes (…) e que dos fogos queima e que das fogueiras mata o
frio»; «Para medir o calor, saiba vossa mercê que tiro casaca e camisa e muito verto pelos poros se ele
aperta, que visto camisa e casaca e muito agitado sou por tremuras se ele me falta».
2.2. O conhecimento vulgar resulta das experiências e vivências; é subjetivo, empírico e concreto;
limita-se a constatar o que existe sem ter grandes preocupações explicativas; é, sobretudo, um
conhecimento prático, superficial e espontâneo; é acrítico e assistemático e socorre-se da linguagem
corrente, o que pode originar ambiguidades.

Grupo III
1. Superficial; 2. Subjetivo; 3. Espontâneo; 4. Concreto; 5. Crítico; 6. Revisível; 7. Metódico; 8.
Empírico; 9. Técnica; 10. Rigor

FICHA DE TRABALHO 18
1. CC; 2. CV; 3. CC; 4. CC; 5. CV; 6. CV; 7. CV; 8. CV; 9. CV; 10. CV; 11. CC; 12. CC; 13. CC; 14.
CV; 15. CV; 16. CV; 17. CV; 18. CV; 19. CC; 20. CV; 21. CV; 22. CV; 23. CC; 24. CV; 25. CV; 26.
CC; 27. CV; 28. CC; 29. CV; 30. CC

FICHA DE TRABALHO 19
Grupo I
1. (D); 2. (B); 3. (A); 4. (C); 5. (B); 6. (C); 7. (D); 8. (B); 9. (C)

Grupo II
1.1. As objeções que são feitas ao método experimental assentam em dois pressupostos: a natureza da
observação e a natureza dos argumentos indutivos. Relativamente à observação, as críticas vão no
sentido de dizer que a observação não é o ponto de partida da ciência e que há expectativas no
observador que condicionam essa observação, ou seja, a observação não pode ser considerada
completamente neutra e objetiva, pois é influenciada pelos conhecimentos e pelas expectativas do
observador. A observação é ainda seletiva, pois o cientista não se limita a observar, pelo contrário,
seleciona os aspetos que lhe interessam observar. Por fim, o problema da indução, que se relaciona com
o caráter verificacionista do método: as hipóteses, enunciados universais, não podem ser verificadas por
casos particulares. As leis científicas gerais vão mais além da quantidade finita observável que pode
suportá-las.
2.1. O que Popper quer dizer com a frase sublinhada é que um enunciado científico nunca pode ser
considerado verdadeiro, pois só se pode validá-lo negativamente, isto é, provar que é falso. Os testes
empíricos a que é sujeito só podem falar definitivamente pela sua falsidade e nunca pela sua verdade, a
qual, no entender de Popper, nunca se atinge de forma definitiva.
2.2. Um enunciado é científico se, e só se, for passível de ser falsificável, isto é, se puder ser posto à
prova através de testes que tornem possível a sua refutação. Todos os enunciados que não forem
passíveis de ser refutados não são científicos.
2.3. Popper olhou a investigação científica e o progresso da ciência de forma bem diferente da visão que
se tinha até então: evidenciou o papel do erro no progresso científico; mostrou, por outro lado, que a
investigação científica não se apoia na verificabilidade das hipóteses, contrariamente à visão positivista,
mas que as teorias de onde parte só podem ser falsificadas (daí a importância que dá ao critério de
demarcação referido na questão anterior); e contribuiu para o desenvolvimento da «epistemologia
evolucionista» (só as melhores teorias, isto é, aquelas que passam nos testes de falsificação,
sobrevivem. São as melhores, não por serem verdadeiras, mas por não serem falsas. Encontram-se
corroboradas até não passarem na próxima bateria de testes a que forem submetidas).

Grupo III
1. Falsificação; 2. Indução; 3. Demarcação; 4. Conjetura; 5. Falsificável; 6. Erro; 7. Verdade; 8.
Corroborada; 9. Refutada; 10. Falsa

FICHA DE TRABALHO 20
1. (A); 2. (C); 3. (D); 4. (C); 5. (D); 6. (C); 7. (A); 8. (A); 9. (C); 10. (B)

FICHA DE TRABALHO 21
Grupo I
1. D; 2. C; 3. G; 4. E; 5. C; 6. F; 7. A; 8. B; 9. A;10. G; 11. C; 12. G; 13. F; 14. F; 15. H; 16. G;
17. D; 18. B; 19. D; 20. D

Grupo II
1. (D); 2. (B); 3. (C); 4. (A); 5. (B)

Grupo III
1.1. Face às anomalias, algo que foge às expectativas que o cientista possui à partida, este e muitos dos
seus pares tentam integrá-las no paradigma, mas tal obriga a um trabalho redobrado e a uma revisão
permanente, quer das expectativas quer das suas teorias fundamentais. Por isso, muitas vezes, as
anomalias são abandonadas e deixadas para uma geração posterior.
1.2. O aparecimento das anomalias está relacionado com o suficiente desenvolvimento dos instrumentos
e dos conceitos. Só assim estão criadas as condições para que se dê a provável emergência das
anomalias e para que estas sejam assumidas pelos cientistas como uma violação das suas expectativas.
1.3. (D)

2.1. Na fase de ciência normal, os cientistas resistem à mudança, são conservadores, orientando-se pelo
paradigma dominante; na fase de ciência extraordinária são inovadores e põem em causa o paradigma
vigente, procurando novas teorias.
2.2. Em ciência normal, os puzzles correspondem ao trabalho dos cientistas e identificam-se com os
problemas científicos que têm para resolver, pondo à prova a sua habilidade e capacidades.
2.3. Em ciência normal, o progresso científico é cumulativo, isto é, vão-se acrescentando problemas
resolvidos; em ciência extraordinária, este progresso é mais brusco, fruto da revolução científica que lhe
está associada.
2.4. A prática da ciência extraordinária é resultante do período de crise, que se inicia quando as
anomalias acumuladas são em tal número e grau que os cientistas já não as podem ignorar, dando
assim início a uma tentativa de as resolver fora do paradigma vigente, originando a mudança do
paradigma.

Grupo IV
1. Incomensuráveis; 2. Anomalias; 3. Dogmática; 4. Revolução; 5. Puzzles; 6. Paradigma; 7.
Extraordinária; 8. Normal; 9. Crise; 10. Descontínua

FICHA DE TRABALHO 22
1. (B); 2. (D); 3. (D); 4. (C); 5. (B); 6. (C); 7. (A); 8. (B); 9. (C)

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