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1. Estágio......................................................................................................................................2
2. Introdução ................................................................................................................................2
5. Referências Bibliográficas......................................................................................................12
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1. Estágio
realizado na EMBRAPA Pecuária Sul, nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2010, período integral.
O estágio foi efetuado na área de bovinos leiteiros com orientação da Ms. Dra Renata Wolf Suñé.
Com relação ao projeto acompanhado, este foi elaborada pela Ms. Dra Renata, intitulado como “
Sistemas Pastoris de produção de Leite: avaliação da adequação dos biotipos à sistemas com
O projeto tem propõe avaliar de sistemas em condições controladas com diferentes biótipos
propriedades quais os mais adaptados aos sistemas pastoris mais ou menos intensivos. Para tais
2. Introdução
A produção de leite brasileira em 2007 foi estimada em 26,4 bilhões de litros, gerando um
2009). Com isso, o país foi responsável por 4,5% da produção mundial, sendo o 6° produtor de leite
(FAO, citada por EMBRAPA GADO DE LEITE, 2009). Porém os índices brasileiros ainda são
considerados baixos.
Segundo GIANNONI (1987), uma das dificuldades para a obtenção de altos índices de
produção leiteira no Brasil refere-se ao aumento da área ocupada pela pecuária como forma de se
O melhoramento de uma raça pode ser obtido por meio de dois processos: o aprimoramento
da reprodução entre indivíduos pertencentes a duas raças diferentes. Para um aparelhamento ser
considerado cruzamento, pelo menos um dos reprodutores deve ser de raça pura (TORRES, 1981).
com base genética diferente para a obtenção de informações que permitam considerar a viabilidade
ou não de sua utilização em determinada área. Em dias quentes, animais oriundos do cruzamento de
Argentina.
leite da espécie bovina, respectivamente. O cruzamento delas constitui uma alternativa para
melhorar vários aspectos, concentrando num mesmo indivíduo características positivas das duas
raças, benefícios esses gerados pela heterose. A importância do cruzamento pode ser verificada na
Nova Zelândia, onde aproximadamente 20% do rebanho leiteiro é composto por vacas cruzadas
O peso da vaca Jersey adulta varia de 350 a 450 kg. O da Holandesa varia de 500 a 600 kg.
Os animais cruzados adquirem peso intermediário. Estudos mostram que os altos pesos do gado
porte e consumo reduzidos. Deve-se considerar, no entanto, que a exigência nutricional é maior,
pois para atendê-la, o alimento deve ter melhor qualidade, uma vez que a quantidade ingerida é
menor. Isso não consiste grande problema em clima temperado, onde as pastagens são de valor
nutritivo relativamente satisfatório aos requerimentos animais. Na condição tropical maior atenção
das vacas Holandesas e Jersey, isoladamente, e as cruzadas, verificou-se que a produção de leite e o
peso ao primeiro parto das vacas cruzadas não diferem significativamente das Holandesas puras,
demonstrando que a heterose traduziu ganhos superiores para as cruzadas em relação às médias das
duas raças puras. Além disso, o cruzamento proporcionou ganhos em proteína e gordura no leite,
Outra característica desejável que advém da Jersey é a facilidade de partos, pois na raça
Holandesa a dificuldade de partos em novilhas é grande causa de perda de animais. Tal facilidade
não se refere somente ao tamanho reduzido dos bezerros filhos de touros Jersey – estudos
comprovam que vacas Jersey não têm problemas em parir bezerros de outras raças, como a
consumindo alimentos variados e resistindo a doenças. Isso significa que os animais sofrem menos
com o calor tropical característico do clima brasileiro e por esse motivo, têm menos problemas
reprodutivos. A novilha Jersey tem sua primeira cria mais nova do que quaisquer outras raças, o que
significa custo menor de criação e antecipação da produção leiteira. Ainda em relação à rusticidade,
debilidade dos ligamentos do úbere, devendo-se, portanto, atentar para o composto úbere ao utilizar
sêmen Jersey. Outro fator a ser considerado é a maior susceptibilidade a hipocalcemia pós-parto
(MACHADO, 2005).
A maioria das pesquisas indica que as raças de bovinos indianos apresentam leite com maior
porcentagem de gordura que as européias, com exceção da Jersey e Guernsey, raças de origem
européia cujo leite apresenta alto teor de sólidos. O leite Jersey diferencia-se dos demais por
proteína são consideradas os elementos de maior valor do leite, existindo em muitos países
diferenciação de preços de acordo com as taxas desses constituintes. (GIANNONI, 1987; SOARES,
2005).
rebanho leiteiro do leste de Santa Catarina, observaram que as duas raças apresentaram
para intervalo entre partos, porém, com apenas seis dias de vantagem sobre a raça Holandesa.
Sob clima temperado, estudos realizados na Irlanda analisaram animais dos grupos genéticos
avaliou a produção de leite, o ganho de peso, a condição corporal, a ingestão de matéria seca (IMS)
que Jersey/Holandês e Jersey, que tiveram produtividade similar. No quesito escore corporal os
grupos Jersey e cruzados obtém uma condição superior comparativamente ao Holandês. Houve
intermediária porém possuem mais sólidos no leite do que o animal Holandês. Com relação à
reprodução o animal híbrido apresentou eficiência reprodutiva maior quando comparada com o
Holandês.
Estes demonstraram que a heterose foi eficiente nas condições de clima temperado. Porém,
na região tropical onde se tem clima mais adverso, com altas temperaturas e umidade, e a pastagem
possui um crescimento cespitoso, não há na literatura estudos sobre o desempenho destes grupos
genéticos.
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Entender as atividades desenvolvidas pelos animais e seus hábitos alimentares é relevante
Outro fator relevante na produção de leite é a criação de animais para reposição de fêmeas.
As metas de programa de crescimento de novilhas para uma fazenda leiteira são de produzir um
número suficiente de animais para manter o tamanho do rebanho em lactação. Para alcançar essa
meta algumas medidas devem ser tomadas quanto o cuidado com terneiros pois essa fase é uma das
críticas da atividade, são estimadas perdas entre 10 e 20%. É neste período que os animais
apresentam alta suscetibilidade a doenças, entre muitas as principais são a diarréia e a tristeza
bovina, devido as boas normas de manejo, nutrição, ambiente à que os animais são submetidos, bem
como da imunidade obtida por meio de um consumo adequado do colostro (LUCCI, 1989).
A criação de bezerras deve ser considerada como uma das principais atividades da granja
leiteira, uma vez que a melhoria genética do rebanho depende do descarte anual de vacas velhas ou
com problemas reprodutivos por animais jovens e de potencial produtivo mais elevado (SANTOS
O período neonatal (primeiras 4 semanas de vida) é o mais crítico para os bezerros, uma vez
que a maioria das mortes ocorre neste intervalo. Durante as 3 primeiras semanas de vida, os animais
são mais susceptíveis a problemas digestivos que podem causar diarréias e, as infecções pulmonares
que se seguem são os principais responsáveis pela elevada taxa de mortalidade (LUCCI, 1989).
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3.1. Manejo de Terneiros
Os neonatos devem ser separados da mãe no máximo após 1 dia, pois nesse período há a
certeza de que o animal ingeriu o colostro materno. Após este tempo, por estudos realizados na
EMBRAPA Pecuária Sul, verificou-se que o ideal é que as terneiras teriam um melhor desempenho
criadas pelo sistema de criação em estacas, de ferro, presas no solo, por meio de cordas de nylon e
individualizadas, sendo trocadas de lugar sempre que necessário pelas condições do piso, do que
animais criados em grupo em piquete com abrigo coletivo contra chuvas e frio. Também não deve
Estes animais permanecem na estaca por pelo menos 60 dias de idade, saem apenas ao
atingir o peso ideal para a desmama. Permanecem amarrados por cordas, não tendo nenhum
contato físico umas com as outras, somente visual, tendo uma estaca com recipientes para o
fornecimento de água, feno, concentrado e leite, para cada uma deles, tanto macho quanto fêmeas.
O fornecimento do colostro deve ocorrer nas primeiras horas de vida do animal,sendo nas 2
horas a maior taxa de absorção (SILVA, 2002). Isso ocorre pois nas primeiras horas de vida o
intestino é permeável a passagem de proteínas íntegras. Essas proteínas são os primeiros anticorpos
que os animais absorvem, já que eles nascem isentos de imunidade pois os anticorpos da mãe não
atravessam a placenta. O colostro deve ser fornecido durante os 3 primeiros dias, após o
nascimento, a fim se assegurar uma boa proteção local da mucosa intestinal (SANTOS).
Após estes 3 dias de colostro, o animal continua a receber o alimentação antes fornecida
(água, feno, ração e pastagem) e também recebe 4L de leite, sendo 2 L oferecidos no período da
Com o decorrer do tempo o animal passa a se interessar pela dieta sólida que lhe é oferecida.
Desse modo, o terneiro se torna apto ao desmame. Existem muitas rações que justificam o desmame
precoce. Segundo Lucci (1989), o sistema de desaleitamento precoce consiste numa série de
sistemas que empregam quantidades pequenas de leite, até 160 a 200kg de leite por bezerro durante
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o período de aleitamento, sendo realizado normalmente entre a 5ª e 8ª semana de vida.
O desaleitamento precoce permite que o animal comece sua vida como ruminante mais
cedo, pois os bezerros recém nascidos possuem o sistema digestivo semelhante ao dos
monogástricos e, à medida que vão tendo necessidade de nutrientes para o seu desenvolvimento,
aleitamento, foi estudado por Viegas e Peixoto (1983) que concluíram que aos 42 dias o
objetivo. O consumo de forragem deve ser estimulado ao máximo, para que haja um consumo
adequado de nutrientes para suportar as taxas exigidas de crescimento. Ração deveria ser fornecida
a vontade até um máximo 2,5 a 3 Kg. Após 2-3 meses de idade, os bezerros podem passar a receber
uma mistura de grãos menos onerosa, ainda limitada a 3 Kg/dia. A limitação do consumo de grãos
O crescimento é uma função flexível de forma que é possível acelerar ou diminuir as taxas
de crescimento das novilhas, com diferentes planos de alimentação, sem afetar o tamanho adulto
(OLIVEIRA). Há vários aspectos relacionados à alimentação das novilhas e esse efeito pode ser
sentido de diferentes formas. Uma baixa ingestão no nível de nutrientes e um crescimento vagaroso
retardam a puberdade em novilhas durante semanas, ao passo que um nível alto de nutrição e um rápido
crescimento aceleram a puberdade (INNAMI). A idade média da puberdade para grupos de novilhas sob
níveis recomendados de nutrição situa-se entre 10 e 12 meses para raças leiteiras (HAFEZ, 1995, citado
por INNAMI). Raças menores atingem a puberdade mais cedo, como segue – Jersey [ 8 meses ],
Guernsey [ 11 meses ], Holstein [ 11 meses ], e Ayrshire [ 13 meses ] (DUKES, 1993, citado por
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INNAMI). De acordo com as normas estabelecidas pelo NRC (1978), bezerras holandesas nascidas
com cerca de 42 kg, devem apresentar ganho de peso diário (GPV) de 400 a 500 gramas durante as
três primeiras semanas de vida. Após a desmama, o ganho diário deve ficar restrito a 700 gramas,
isto para que as novilhas possam acasalar em torno de 14 a 16 meses com parição em torno de 24
meses (SAVASTANO).
mãe para a ingestão do colostro. Logo após a separação da vaca-mãe, o terneiro recebe os primeiros
quantidade oferecida e as sobras. Os animais serão medidos semanalmente nos quesitos: peso,
consumo de feno, consumo de pasto, consumo de leite, ócio deitado, ócio em pé, defecação,
Para que não haja dúvidas quanto a ingestão dos alimentos devido a fatores nutricionais e de
palatabilidade, serão analisados quanto à bromatologia os alimentos oferecidos. Sendo que uma vez
(FRASER, 1985 citado por SAL LA). A rotina dos animais é determinada pelo tempo de
alimentação, ao qual as outras atividades se agregam e estruturam (ARNOLD, 1985 citado por SAL
LA).
alimentação e o sistema de produção adotado (GRANT; ALBRIGHT, 1995; BRÂNCIO et al., 2003
citado por MARTINEZ, 2008). O conhecimento das atividades desenvolvidas e dos hábitos
alimentares contribui para a melhoria do bem-estar (GONYOU, 1994 citado por MARTINEZ,
2008) e do desempenho (FRASER, 1980; POLLI et al., 1995; COSTA et al., 2003 citado por
MARTINEZ, 2008), tanto dos animais submetidos às condições de pastejo (BRÂNCIO et al., 2003
citado por MARTINEZ, 2008). Especificamente para vacas em lactação, a produção, o horário e o
et al., 2002 citado por MARTINEZ, 2008). Entre as principais variáveis comportamentais estudadas
digestinilidade, composição química da forragem e fatores metabólicos (POPPI et al, 1987 citado
Para os bovinos o maior período de pastejo ocorre durante o dia, iniciando ao alvorecer e
novamente ao final da tarde, interrompendo-se com o pôr do sol (ARNOLD, 1985 citado por SAL
LA). Este padrão é modificado pela temperatura, sendo que acima de 25ºC aumenta
significativamente o pastejo noturno (ARNOLD, 1985 citado por SAL LA). Há ainda relatos na
literatura que animais Jersey passam o sofrer estresse calórico a partir de 27°C e o gado Holândes a
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partir de 21°C (PIRES, et al, 2006).
A ingestão diária de forragem é o resultado do produto entre o tempo gasto pelo animais na
atividade de pastejo e a taxa de ingestão de forragem durante esse período que, por sua vez é o
resultado do produto entre número de bocados por unidade de tempo (taxa de bocado) e a
quantidade de forragem apreendida por bocado (tamanho do bocado) (ERLINGER et al., 1990
citado por SARMENTO, 2003). Na média os bovinos permanecem em pastejo durante 4 a 9 horas
atividade. O número de vezes que o animal bebe água é de 1a 4, e o tempo deitado esta
Praticamente metade das horas que um bovino adulto encontra-se acordado é gasta
descansando, normalmente deitados em decúbito ventral, com os pés e pernas embaixo do corpo. A
qualidade da cama oferecida aos animais em confinamento determina a freqüência e a duração dos
análise de pastagem será medida a oferta com relação a matéria seca (MS) e análises
Com relação a taxa de bocado, esta será medida no momento da entrada dos animais no
potreiro. Procede-se com a contagem do número de bocados de cada animal durante 60 segundos,
24 horas, tendo início ás 16:30 e termino ás 14:30 do dia seguinte. No período noturno a
visualização terá o auxilio de uma lanterna para melhorar visualização e os animais estarão
identificados com números no dorso, marcados com spray mata-bicheira. Haverá a observação dos
em rações para bezerros leiteiros desaleitados precocemente - raças e sexos. In: REUNIÃO
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400p.
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