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artin Scorsese pede para explicar a declaração que fez, no início de
outubro, sobre os blockbusters da Marvel. Em artigo publicado no
New York Times, em 4 de novembro, reproduzido dois dias
depois no Globo, ele volta a discriminar os filmes da bem-sucedida
franquia ao dizer que existem “dois campos separados” – o do
“entretenimento audiovisual mundial” e o do “cinema”, categorias que
considera discrepantes e inconciliáveis. Embora chegue a reconhecer que
ainda há “superposições de tempos em tempos entre esses dois
conjuntos”, argumenta que “isso está se tornando cada vez mais raro”. E
teme que “o domínio financeiro de um esteja sendo usado para
marginalizar e depreciar a existência do outro”. Daí sua defesa do que
considera ser cinema – filmes que correspondem ao seu “senso” pessoal
do que “eram e poderiam ser”, desenvolvido na época em que era um
cinéfilo aspirante a cineasta.
https://piaui.folha.uol.com.br/scorsese-pede-para-se-explicar/ 2/4
18/11/2019 Scorsese pede para se explicar
Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, é um exemplo de filme que, de algum modo,
representa o cinema que Scorsese defende
https://piaui.folha.uol.com.br/scorsese-pede-para-se-explicar/ 3/4
18/11/2019 Scorsese pede para se explicar
Afinal, foi essa linhagem que deu e continua a dar valor artístico ao
cinema brasileiro. São projetos que correm “riscos”; filmes que têm “a
visão unificadora de um artista individual”, como assinala Scorsese –
“por que, é claro, o artista individual é o maior risco de todos”.
https://piaui.folha.uol.com.br/scorsese-pede-para-se-explicar/ 4/4