Data: 23/08/2010

1) Defina e explique consumidor, fornecedor, produto e serviço.

Nos ditames dos arts. 2° e 3° do CDC, seguem os seguintes conceitos:

• Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou

serviço como destinatário final;
• Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade
de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de
serviços;
• Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial;
• Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e
securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

2) Onde encontra-se a base constitucional do Direito do Consumidor?

No inciso XXXII do artigo 5° da CF.(CR é baitolagem)

Data: 30/08/2010
3) Explique relação de consumo.
Relação de consumo é a relação jurídica havida entre consumidor e fornecedor,
envolvendo aquisição de produto ou serviço para consumo final.

4) Fale sobre o princípio da vulnerabilidade/hiposuficiência do consumidor.

No Direito, vulnerabilidade é o princípio segundo o qual o sistema jurídico brasileiro
reconhece a qualidade dos agentes mais fracos nas relações de consumo. A presunção
da vulnerabilidade do consumidor é absoluta, isto é, independente da classe social a
que pertença. Por outro lado, a hipossuficiência é uma característica restrita a
determinados consumidores, por sua situação individual carentes de condições culturais
ou materiais.

5) No que consiste o princípio da boa fé?

Segundo Venosa: “a boa fé objetiva se traduz de forma mais perceptível como uma
regra de conduta, um dever de agir de acordo com determinados padrões sociais
 estabelecidos e reconhecidos”. No Direito do Consumidor, a boa fé encontra-se
positivada no inciso III do artigo 4° do CDC.

6) Discorra sobre o princípio da harmonização da relação de consumo.

A harmonização nas relações de consumo se verifica na positivação de uma série de
prerrogativas pelo CDC, equilibrando as partes envolvidas nesta relação, buscando a
lisura nos negóccios entre os agentes econômicos e entre estes e os consumidores,
destinatários finais dos produtos e serviços, prevenindo ou punindo os abusos,
protegendo o livre mercado e incentivando a sadia concorrência.

7) Fale sobre as práticas abusivas de marketing.

As práticas abusivas de publicidade são tratadas no CDC nos incisos III e IV do artigo
6° e principalmente no § 2° do artigo 37, que prevê: “É abusiva, dentre outras a
publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o
medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da
criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a
se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.”

Data: 20/09/2010
8) Discorra sobre venda casada e recusa de fornecimento.
Venda casada é a prática de vender um bem com a condição de que o consumidor
adquira um outro bem. Sua prática é ilegal, consoante o disposto no inciso I do artigo 39
do CDC.
Recusa de fornecimento, tratada no inciso II do artigo 39, pelo qual não pode o
fornecedor recusar a venda do produto (se tiver em estoque) ou a prestação de serviço
(ao qual esteja habilitado).

9) Discorra sobre a entrega e venda de produto ou serviço sem consentimento/pedido.

O produto ou serviço só poderá ser fornecido, havendo solicitação prévia, conforme
inciso III do artigo 39 do CDC. Não sendo cumprida esta regra, deve-se considerar o
produto entregue como amostra grátis (art. 39, § único, CDC).